Post on 09-Jul-2015
Coleo SENAR
141
ABELHASApis melliferaInstalao do apirio
Coleo SENAR
141
AbelhAsApis melliferaInstalao do apirio
TRABALHADOR NA APICULTURA
2009, SENAR Servio Nacional de Aprendizagem Rural Coleo SENAR - 141 AbElhAS Apis mellifera Instalao do apirio FOTOGRAFIA Ivana leite borges IlUSTRAO Andr Tunes AGRADECIMENTOS Ediney de Oliveira Magalhes Centro Regional de Apicultura da Comisso Executiva do Plano da lavoura Cacaueira, rgo do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento por ceder suas instalaes e equipe tcnica.
SENAR - Servio Nacional de Aprendizagem Rural. Abelhas Apis mellifera: instalao do apirio / Servio Nacional de Aprendizagem Rural. -- 2. ed. Braslia: SENAR, 2010. 80 p. : il. ; 21 cm -- (Coleo SENAR; 141) ISBN 978-85-7664-048-6 1. Abelhas criao. I. Ttulo. II. Srie. 2. Mel - produo. CDU 638.1IMPRESSO NO BRASIL
sumrio
APRESENTAO INTRODUO INSTAlAO DE APIRIO
5 7 8
I - CONhECER AS AbElhAS 9 II - CONhECER OS MATERIAIS bSICOS UTIlIzADOS NA APICUlTURA 19 1 - Conhea a caixa padro langstroth 2 - Conhea o fumigador 3 - Conhea a indumentria 4 - Conhea os principais acessrios utilizados na apicultura III - PREPARAR OS qUADROS DA CAIxA lANGSTROTh PARA O POvOAMENTO 1 - Rena o material 2 - limpe os quadros com a escova 3 - Retire a cera acumulada nos quadros 4 - Coloque o arame nos quadros 5 - Incruste a cera alveolada no quadro aramado Iv - PREPARAR O FUMIGADOR 1 - Rena o Material 2 - Destampe o fumigador 3 - Coloque um pouco de material carburante 4 - Coloque o papel 5 - Acenda o fumigador 6 - Acione o fole 7 - Complete a capacidade do fumigador 8 - Tampe o fumigador 20 25 26 27 29 30 30 31 31 32 37 38 38 39 39 40 40 41 41
v - INSTAlAR O APIRIO 43 1 - Conhea os tipos de apirio 2 - Escolha o local 3 - Instale o apirio vI - POvOAR AS CAIxAS 1 - Compre colmeias povoadas 2 - Capture enxames voadores com o uso de caixas iscas 3 - Capture enxames alojados vII - DISTRIbUIR AS COlMEIAS NO APIRIO vIII - CAlCUlAR OS CUSTOS DE IMPlANTAO 1 - Calcule o investimento inicial 2 - Calcule o material de consumo 3 - Calcule o custo da mo-de-obra Ix - CAlCUlAR OS RENDIMENTOS 44 45 49 53 54 54 61 69 73 74 75 76 77
REFERNCIAS 79
ApresentaoOs produtores rurais brasileiros j mostraram sua competncia na produo de alimentos. Atingimos altos ndices de produtividade e o setor, hoje, representa um tero do Produto Interno bruto (PIb), emprega um tero da fora de trabalho e gera um tero das receitas das nossas exportaes. Certamente, os cursos de capacitao do SENAR (Servio Nacional de Aprendizagem Rural) contriburam para que chegssemos a resultados to satisfatrios. Milhares de produtores e trabalhadores rurais se valeram dos treinamentos promovidos pelo SENAR para obter melhor desempenho em suas atividades. Precisamos nos habilitar a aproveitar as necessidades do mercado e alcanar maior rentabilidade para o nosso negcio. Um dos instrumentos que utilizamos nestas aes de capacitao so cartilhas como essa, que compe a coleo SENAR. Trata-se de um recurso instrucional de grande importncia para a fixao de aprendizagem, que poder se tornar fonte permanente de consulta e referncia. Desde que foi criado, o SENAR vem reunindo experincias, mobilizando esforos e agregando novos valores que se fundem aos contedos disseminados nos cursos e treinamentos. Nossas cartilhas consolidam esse aprendizado e representam o compromisso da Instituio com a qualidade do servio educacional oferecido aos cidados do campo. levamos muito a srio a nossa misso de capacitar os produtores e trabalhadores rurais a serem cada vez mais eficientes. queremos que o campo se modernize, seja capaz de produzir mais e melhor, usando tecnologia adequada e gerenciando com competncia suas atividades. Participe desse esforo e aproveite, com habilidade e disposio, todos os contedos que o SENAR oferece, nesta produtiva cartilha. bom trabalho!Coleo | SENAR
Presidente da Confederao da Agricultura e Pecuria do brasil - CNA e do Conselho Deliberativo do SENAR
Senadora Ktia Abreu
5
IntroduoEsta cartilha o primeiro volume referente criao de abelhas do gnero Apis. Aborda, de maneira objetiva, os aspectos tcnicos da implantao de apirio dando nfase ao conhecimento da biologia das abelhas, escolha do local, conhecimentos dos materiais utilizados e formas de aquisio dos enxames. Apresenta tambm duas planilhas, uma para anotao de plantas apcolas de cada regio e outra para custos de implantao, que devero ser preenchidas pelo prprio apicultor.
Coleo | SENAR
7
Instalao de apirioApicultura a atividade de criao de abelhas denominada Apis mellifera. Essas abelhas foram trazidas ao brasil da Europa, por imigrantes, e da frica, pelo prof. Warwick Estevan Kerr (1956). O resultado do cruzamento natural entre as abelhas europias e africanas, no brasil, conhecido como abelhas africanizadas. Sua criao tem a finalidade de produzir mel, plen apcola, prpolis, gelia real, cera, apitoxina (veneno das abelhas para uso medicinal) e, o mais importante, contribuir com o aumento da produo e produtividade agrcola por meio da polinizao. Os produtos das abelhas tm boa aceitao no mercado consumidor, proporcionando rendimentos econmicos compensadores, desde que sejam produzidos dentro de normas tecnicamente corretas.
Coleo | SENAR
8
Conhecer as abelhas
i
Em um enxame existem trs tipos de indivduos diferentes: rainha, zango e operria.
Populao de um enxame 1 rainha At 80.000 operrias 0 - 400 zanges
Funo de cada indivduo na colmeia:
Rainha: a me de todos os indivduos da colnia. S existe uma rainha na colmeia que, para ser fecundada, realiza o voo nupcial. O fato acontece no incio da sua vida reprodutiva. Neste voo a rainha pode ser fecundada por vrios zanges.
10
Coleo | SENAR
Cinco a seis dias aps a fecundao, inicia-se a postura, podendo a rainha pr at 3.000 ovos por dia, em condies de grande florada. A rainha pode viver at cinco anos, no entanto, nas condies tropicais brasileiras, sua vida til de aproximadamente dois anos. A rainha consegue manter as abelhas unidas dentro da colmeia por meio de um cheiro produzido por ela, o feromnio de agregao. Com o passar do tempo, a rainha envelhece diminuindo a postura e a produo de feromnio, fazendo com que as abelhas operrias a substitua. Na apicultura moderna, importante que o apicultor selecione as abelhas rainhas visando o aumento da produtividade.
Operrias: As abelhas operrias so responsveis por todas as tarefas dentro e fora da colmeia. Suas atividades obedecem a uma escala de trabalho que normalmente est associada com a idade do indivduo e ao desenvolvimento de suas glndulas.
11
Coleo | SENAR
Do 1 ao 3 dia de vida As abelhas so denominadas faxineiras. Elas tem a funo de limpar a colmeia, os depsitos de mel e as clulas de nascimento das abelhas operrias, rainhas e zanges.
Do 4 ao 14 dia de vida Nessa idade, elas elaboram a gelia real e alimentam a rainha e as larvas (jovens), motivo pelo qual so batizadas de abelhas nutrizes.
12
Coleo | SENAR
Do 14 ao 21 dia de vida So batizadas de abelhas engenheiras, por ser esse o perodo no qual elas se dedicam produo da cera e construo dos favos.
Do 21 ao 38/42 dia de vida Aps os 21 dias de idade, as operrias do incio atividade de coleta de nctar no campo (fonte de acares), plen (fonte de protena, minerais, leos e vitaminas), resina e gua. Por isso so chamadas de campeiras.
13
Coleo | SENAR
Zango So os indivduos machos da comunidade. No apresentam estrutura especfica para o trabalho e sua funo na colmeia fecundar a rainha. Atingem a maturidade sexual aos 12 dias de vida e, aps fecundar a rainha, morrem, por perderem parte dos seus rgos sexuais, os quais ficam presos na genitlia da rainha.
Ciclo de vida das abelhas
Fases de Desenvolvimento Individuo Rainha Operaria Zango Ovo (dias) 3 3 3 Larva (dias) 5 5 6,5 Pupa (dias) 7 12 14,5 Nasce com: 15 dias 20 dias 24 dias
14
Coleo | SENAR
Morfologia Externa (O Corpo das Abelhas)Coleo | SENAR
15
Cabea: Nela esto inseridos os olhos compostos, ocelos, aparelho bucal e antenas. As abelhas enxergam quatro cores diferentes: amarelo, azul, verde azulado e ultravioleta.
Ateno:A indumentria e os equipamentos no devem ser de cores escuras para no irritar as abelhas.
Trax: nele esto inseridos trs pares de patas (pernas) e dois pares de asas. As operrias possuem na parte posterior do ltimo par de patas uma cavidade chamada corbcula, na qual o plen transportado. Abdmen: dividido em segmentos e, na parte posterior, se encontra o ferro, utilizado em defesa da colmeia.
Morfologia interna (O Corpo das Abelhas)
16
Coleo | SENAR
Abelhas coletam o nctar nas flores com a glossa (lngua) e o transportam no papo. Nas glndulas hipofaringeanas e mandibulares, as abelhas elaboram a gelia real. A glndula nasanov (de cheiro) responsvel pela agregao da famlia. As glndulas cergenas so em nmero de quatro pares e secretam a cera utilizada na construo dos favos. Para a produo de um quilo de cera, necessrio que as abelhas consumam em torno de 7 a 8 quilos de mel. A glndula que produz veneno atinge a maturidade com 19 dias.
17
Coleo | SENAR
18
Coleo | SENAR
Anotaes:
Conhecer os materiais bsicos utilizados na apicultura
ii
1 - Conhea a caixa padro langstrothA caixa langstroth a mais utilizada no brasil devido praticidade de manejo e s necessidades biolgicas das abelhas.
20
Coleo | SENAR
1.1 - Conhea o fundo
1.2 - Conhea o ninho
21
Coleo | SENAR
1.3 - Conhea a melgueira
1.4 - Conhea a tampa
22
Coleo | SENAR
1.5 - Conhea o quadro do ninho
23
Coleo | SENAR
1.6 - Conhea o quadro da melgueira
24
Coleo | SENAR
Ateno:1 - As medidas so internacionalmente padronizadas e devem ser obedecidas para facilitar o manejo da colmeia. 2 - A pintura protege as caixas, aumentando a sua durabilidade. Caso a atividade apcola seja direcionada para a produo orgnica deve-se evitar pintar a mesma.
2 - Conhea o fumigadorO fumigador pea indispensvel no trabalho com as abelhas. O uso da fumaa induz as abelhas a ingerirem mel fazendo com que a vescula melfera (papo) fique cheia, o que dificulta a utilizao do ferro.
a) Cilindro; b) Fole; c) Tampa com bico; d) Grelha; e) bico de pato
25
Coleo | SENAR
3 - Conhea a indumentriaA indumentria o equipamento de proteo individual (E.P.I.) do apicultor. composta de macaco, mscara, luvas, botas e chapu e deve ser usada completa para proteger o apicultor e diminuir os riscos de ferroadas.
26
Coleo | SENAR
Ateno:1 - A indumentria deve ser confeccionada na cor branca e mantida sempre limpa 2 A mscara deve ser de tecido resistente, de cor clara, com tela fina e escura no visor, de forma a permitir melhor visualizao.
Precauo:Odores forte provocam maior defensividade das abelhas, ocasionando ferroada no apicultor.
4 - Conhea os principais acessrios utilizados na apicultura
27
Coleo | SENAR
Formo
Alimentador boardmam
vassourinha
Alimentador de Topo
Coleo | SENAR
Ncleo
Tela excluidora
28
Preparar os quadros da caixa Langstroth para o povoamento
iii
1 - Rena o materialquadros com orifcios para passagem do arame, pregos ou tachas de ponta fina, alicate de corte, alicate universal, martelo, arame galvanizado (n 24 ou 22) ou inoxidvel, limpador de ranhuras, esticador de arame, mesa, banco, lmina de cera alveolada, carretilha, cera bruta, caneco soldador, panela pequena, fogareiro, fsforo, colher, tbua de apoio, botijo de gs e escova.
Coleo | SENAR
2 - limpe os quadros com a escovaA limpeza feita para a retirada das sujeiras.
30
3 - Retire a cera acumulada nos quadrosCom auxlio do limpador de ranhuras retire a cera acumulada nos quadros.
Ateno:quadros defeituosos ou quebrados devem ser descartados
4 - Coloque o arame nos quadrosO arame deve ser colocado no quadro e fixado com pregos, para sustentar as lminas de cera alveolada, evitando, assim, que o favo se quebre durante a centrifugao e as revises.
31
Coleo | SENAR
4.1 - Fixe os preguinhos ou tachinhas at a metade, nas laterais do quadro, rente ao furo 4.2 - Use dois pregos, um em cada lateral do quadro, para amarrar as pontas do arame 4.3 - Passe o fio de arame pelo orifcio e estique-o com o esticador
Coleo | SENAR
5 - Incruste a cera alveolada no quadro aramado5.1 - encaixe a lmina de cera alveolada na ranhura
32
Apoie a lmina de cera alveolada no arame de forma a encaix-la na ranhura do quadro.
5.2 - Derreta a cera bruta em banho-maria
5.3 - Despeje a cera derretida na ranhura.
33
Coleo | SENAR
Para soldar a lmina de cera alveolada na ranhura utilize o caneco soldador ou a colher.
Precauo:Deve-se tomar cuidado ao manusear a cera quente.
5.4 - esquente a carretilha
34
Coleo | SENAR
5.5 - Molhe a tbua de apoio com gua fria.Ateno:A gua evita que a cera se cole na tbua.
5.6 - Ajuste o quadro com a cera alveolada sobre a tbua de apoio.
O arame deve ficar voltado para cima possibilitando a passagem da carretilha.
35
Coleo | SENAR
Ateno:
5.7 - Passe a carretilha aquecida sobre o arame.
Ateno:Ao final da operao, verifique se a cera est bem incrustada.
36
Coleo | SENAR
Preparar o fumigador
iV
1 - Rena o MaterialFumigador, fsforo, papel, material carburante (maravalha ou serragem grossa, cepilho, palha de milho ou qualquer produto de origem vegetal).
2 - Destampe o fumigador
38
Coleo | SENAR
3 - Coloque um pouco de material carburante
4 - Coloque o papel
39
Coleo | SENAR
5 - Acenda o fumigadorColoque fogo no material carburante com ajuda de papel.
6 - Acione o foleAcione o fole levemente para acender o fogo.
40
Coleo | SENAR
7 - Complete a capacidade do fumigadorComplete a capacidade do fumigador com o material carburante.
8 - Tampe o fumigador
41
Coleo | SENAR
Ateno:1- A fumaa deve ser fria, para no irritar as abelhas. 2 - A fumaa deve ser aplicada com, pelo menos, 20 cm de distncia da colmeia.
Anotaes:
42
Coleo | SENAR
instalar o apirio
V
1 - Conhea os tipos de apirioApirio um conjunto de colmeias (caixas com abelhas) devidamente instaladas e manejadas racionalmente.
1.1 - Apirio fixo caracterizado pela permanncia das colmeias durante todos os meses do ano, em um mesmo local, no qual as abelhas vo explorar as fontes florais disponveis em seu raio de ao (1500 m).
1.2 - Apirio migratrioColeo | SENAR
44
caracterizado pela mudana do apirio de uma regio para outra acompanhando as floradas, com vistas produo de mel e tambm a prestao do servio de polinizao em lavouras visando o aumento da produtividade.
2 - escolha o localO local a ser escolhido para a instalao do apirio deve considerar as normas de segurana para pessoas e animais, a disponibilidade de flora apcola e de gua.
2.1 - Observe as fontes de nctar e plenO local a ser escolhido dever ter flora apcola abundante que fornea nctar (matria prima para a produo de mel) e plen (fonte de protena e vitaminas para a alimentao das abelhas)
O raio de ao das abelhas na coleta de nctar e plen de aproximadamente 1500m.
45
Coleo | SENAR
Ateno:
Abelha coletando nctar e plen
Abelha coletando nctar
O Apicultor deve fazer o levantamento da flora apcola existente em sua regio para planejar suas atividades ao longo do ano. Com o auxlio da tabela ele deve anotar os nomes das plantas, o ms ou meses de ocorrncia das floradas e se as plantas fornecem plen ou nctar. Tabela: exemplo de preenchimento da tabela para levantamento da flora apcola.Nome da Planta Assa-peixe Coqueiro Cip-uva CorticeiraColeo | SENAR
JAN
FEV MAR ABR MAI
JUN
JUL PN
AGO SET OUT NOV DEZ
P
P
P
P N
P
P
P
P
P
P
P
P
PN N
PN N
PN
PN
PN
PN N
PN N
PN N
Cambar Bracatinga Aroeira
PN N N N N
PN
PN N N
46
legenda: P= plen N = nctar PN= plen + nctar
Ateno:1 - Observe as plantas que esto com flores. 2 - Observe a presena de plen nas patas das abelhas (corbcula) ao visitar a flor, isso um indicativo que a planta fornecedora de plen. 3 - Ao observar a abelha visitando a flor sem a presena de plen em suas patas indicativo de que a planta fornecedora de nctar. 4 - Existem plantas que fornecem tanto plen como nctar ou somente um desses produtos.
2.2 - Observe as fontes de guaA gua essencial para o bom desenvolvimento das colnias. locais com gua parada devem ser evitados, pois podem ser focos de doenas. A fonte de gua no deve estar a uma distncia superior a 200 m. Em locais com escassez de gua, deve-se instalar bebedouro.
47
Coleo | SENAR
2.3 - Considere a facilidade de acesso ao apirioO acesso deve permitir a aproximao de veculos para transportar materiais, colmeias e o escoamento da produo.
Precauo:Na instalao do apirio (zona rural) devem-se observar as distncias de segurana: escolas e residncias rurais - 500 metros; criaes de animais domsticos confinados - 300 metros; estradas e rodovias- 300 metros.
48
Coleo | SENAR
3 - Instale o apirio3.1 - Reuna o materialEnxado ou enxada, faco, cavadeiras, trena, machado, cavaletes.
3.2 - limpe a rea escolhida
49
Coleo | SENAR
3.3 - Marque a rea com piquetes
3.4 - Coloque os cavaletesOs cavaletes podem ser distribudos de diversas formas, o que depende de vrios fatores: topografia, vegetao existente, objetivo do apirio e aspectos climticos, como vento.
50
Coleo | SENAR
Ateno:1 reas sujeitas a inundaes e ventos fortes devem ser evitadas. 2 Em regies com temperatura altas, instalar apirio em locais parcialmente sombreados. 3 Evitar colocar as colmeias em locais totalmente sombreados, para evitar a umidade excessiva. 4 - Escolher locais que apresentem facilidade de aproximao de veculos.
51
Coleo | SENAR
52
Coleo | SENAR
Anotaes:
Povoar as caixas
Vi
Existem diferentes formas de povoamento das caixas para aqueles que esto iniciando na atividade apcola. So elas: aquisio por meio de compra, captura de enxames ativo (que j esto alojados) e captura de enxames passivos (que abandonaram suas moradias e que tambm esto em processo de enxameao, ou processo de diviso natural).
1 - Compre colmeias povoadasOs enxames devem ser adquiridos de empresas apcolas com experincia no ramo ou de apicultores idneos. Na compra, devem ser observados a sanidade dos enxames, o tamanho da famlia e a idade da rainha.
2 - Capture enxames voadores com o uso de caixas iscasAs caixas-iscas podem ser confeccionadas em madeira ou papelo. Aps a preparao, devem ser colocadas de 2 a 4 metros de altura em relao ao cho. A poca ideal para a colocao das caixas-iscas a mesma da enxameao, o que coincide com a poca das floradas intensas (safra do mel).
2.1 - Rena o materialCaixa de papelo ou madeira (destinadas ao acondicionamento de verduras) com as dimenses de 26 cm de altura x 48,5 cm de comprimento x 22cm de largura, 5 quadros de ninho, cera alveolada nova, sarrafo de madeira, pregos, martelo, folhas de erva cidreira, plstico, arame, faca e fita crepe.
54
Coleo | SENAR
2.2 - Coloque os sarrafos nas laterais superiores da caixaA finalidade de se colocar sarrafos nas laterais superiores da caixa dar sustentao aos quadros de ninho com cera nova.
2.3 - esfregue folhas de erva cidreira nas partes internas da caixa-iscaO uso das folhas ajuda a atrair os enxames e diminuir ou eliminar cheiros estranhos na caixa de papelo.
55
Coleo | SENAR
2.4 - Coloque os quadros com a tira de cera alveolada na caixa-isca
2.5 - Feche a caixa com fita crepe.
56
Coleo | SENAR
2.6 - Abra o alvadoO alvado construdo por meio de uma abertura de aproximadamente 1,5 cm de altura por 3,0 cm de comprimento, na parte inferior da caixa.
2.7 - Forre a caixa-isca com saco plstico transparente
57
Coleo | SENAR
2.8 - Pendure a caixa-isca forrada em rvoresA caixa-isca deve ser pendurada em rvores, em uma altura de 2 e 4 metros.
2.9 - Verifique a entrada do enxame.
58
Coleo | SENAR
2.10 - Retire a caixa-isca da arvore.
2.11 - Transfira os quadros com as abelhas para um ncleoA transferncia deve ser feita quadro por quadro e na mesma sequncia que se encontrava na caixa-isca, certificando- se que a rainha foi transferida em segurana.
59
Coleo | SENAR
Precauo:1 - A indumentria completa deve ser usada durante toda a operao; 2 - Colocar fumaa na caixa-isca antes de passar os quadros para o ncleo.
2.12 - Transporte a caixa-ncleoAo anoitecer a caixa-ncleo deve ser fechada com espuma para ser transportada para o apirio.
60
Coleo | SENAR
3 - Capture enxames alojados o mtodo de transferncia de enxames alojados em locais como cupins, rvores e residncias para colmeias racionais. Pode ser feito em qualquer poca do ano.
3.1 - Rena o materialCavalete, enxado, machado, fumigador, maravalha, p de cabra, faco, ncleo, ninho, quadros aramados, cobertura, alimentador boardmam, xarope, gua com acar, caneca, liga de borracha, fsforo, gaiola de rainha, vassoura, redutor de alvado, lanterna, faca, espuma, balde com tampa, saco plstico e indumentria.
3.2 - localize o enxame
61
Coleo | SENAR
3.3 - Aplique a fumaa no enxame
Ateno:A aplicao da fumaa deve ser feita de forma moderada. Espere 3 minutos para iniciar o trabalho. Repita a aplicao da fumaa, de acordo com a necessidade.
3.4 - limpe a rea que abriga o enxame
62
Coleo | SENAR
3.5 - localize os favos
3.6 - Retire os favos em sequncia
63
Coleo | SENAR
Ateno:1 - Os favos que contm crias devem ser transferidos para a caixa de captura. 2 Favos com mel devem ser colocados em balde com tampa, para evitar saque pelas abelhas. 3 - Os favos, escuros, com plen, ressecados e vazios devem ser colocados em sacos plsticos ou em baldes para serem reaproveitados.
3.7 - Corte os favos de cria no tamanho do quadro
64
Coleo | SENAR
3.8 - Fixe os favos de cria nos quadros do ninhoO favo de cria deve ser fixado no quadro, utilizando a liga de borracha) ou barbante, na mesma posio encontrada no enxame capturado.
3.9 - Transfira as abelhas para a caixa de capturaA transferncia das abelhas do enxame capturado para a caixa de captura deve ser feita utilizando recipiente como caneca ou concha.
65
Coleo | SENAR
3.10 - Observe o comportamento das abelhasOperrias com o abdmen voltado para cima ou entrando espontaneamente na colmeia um indicador de que a rainha l se encontra. Caso as operrias no estejam entrando espontaneamente na caixa de captura, observe se h formao de cachos de abelhas nas proximidades do local, o que pode ser indicativo de que a rainha no entrou na colmeia.
3.11 - Coloque a colmeia sobre o cavalete 3.12 - Alimente o enxame capturadoColeo | SENAR
Aps a captura, o enxame deve ser alimentado com xarope (mistura de gua com acar na proporo de 1:1).
66
3.13 - Transporte o enxame capturado para o apirio
Ateno:1 - A colmeia deve ficar no local da captura pelo perodo mnimo de trs dias, para que os favos sejam soldados no quadro de ninho pelas abelhas. 2- Alimente artificialmente (xarope) as abelhas capturadas, para substituir a reserva de mel retirada. 3 - Alimentao artificial, colocao de cera alveolada, recebimento de crias fechadas de outra colmeia e troca de rainhas so cuidados necessrios para o bom desenvolvimento do enxame no apirio.Coleo | SENAR
Precauo:O uso do EPI necessrio para esta operao.
67
68
Coleo | SENAR
Anotaes
Distribuir as colmeias no apirio
Vii
As colmeias podem ser distribudas de diversas formas no apirio dependendo da rea disponvel (tamanho, declividade, sombreamento). As colmeias devem ficar em cavaletes individuais, com distncias mnimas de 2 m entre as caixas e de 4 a 5 m entre as fileiras. Exemplos:
Distribuio em linha
Distribuio em U
Distribuio em crculoColeo | SENAR
70
Distribuio em quadrado individual
Distribuio em zigue zagueColeo | SENAR
71
72
Coleo | SENAR
Anotaes:
Calcular os custos de implantao
Viii
A planilha abaixo permite que se faa uma estimativa dos valores a serem gastos na implantao de um apirio.
1 - Calcule o investimento inicialPlanilha para o clculo do custo de implantao do apirioESPECIFICAO Alimentador tipo Boardmam Carretilha manual para incrustar cera nos quadros Colmeia completa com uma melgueira Esticador de arame Formo para apicultor Fumigador Ncleo para captura e transporte de enxamesColeo | SENAR
UNIDADE
QUANTIDADE
VALOR UNITRIO
VALOR TOTAL
Cavalete individual para colmeia Telha de zinco ou alumnio TOTAL
74
2 - Calcule o material de consumoPlanilha para o clculo do custo do material de consumoESPECIFICAO Arame no 22 ou 24 Bota de borracha Cera alveolada Chapu de palha aba dura tipo safri Luvas Macaco para apicultor Mscara para apicultor Pregos Tinta ltex (opcional) Tinta leo (opcional)Coleo | SENAR
UNIDADE
QUANTIDADE
VALOR UNITRIO
VALOR TOTAL
Vassourinha de crina TOTAL
75
3 - Calcule o custo da mo-de-obraPlanilha para o clculo do custo da mo-de obraESPECIFICAO Implantao de apirio Captura de enxames Manuteno da colmeia Beneficiamento do mel TOTAL UNIDADE h/d/ano h/d/ano h/d/ano h/d/ano Quantidade VALOR UNITRIO VALOR TOTAL
legenda: h/d/ano - hora/dia/ano
76
Coleo | SENAR
Calcular os rendimentos
iX
Planilha para o clculo dos rendimentosESPECIFICAO Comercializao de mel 1o ano Comercializao de mel 2o ano Comercializao de mel 3o ano Comercializao de mel 4o ano Comercializao de mel 5o ano UNIDADE Kg Kg Kg Kg Kg Quantidade VALOR UNITRIO TOTAL
legenda: Kg = quilo
No primeiro ano, considera-se a produo de 50% do potencial total e a partir do segundo registra-se a capacidade total. No brasil, a produo de mel varia de acordo com a regio e o manejo aplicado.
78MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Coleo | SENAR
Anexo - Tabela para levantamento da flora apcola
Nome da Planta
JAN
FEV
legenda: P = plen
N = nctar
PN = plen + nctar
RefernciasAlvES, Eloi Machado. Identificao botnica da flora e caracterizao do mel orgnico de abelhas africanizadas produzido nas Ilhas Floresta e laranjeira do alto Rio Paran, 2008, 72f. Tese (Doutorado em Produo Animal- Apicultura) - Universidade Estadual de Maring, Maring-PR, 2008. AlvES, Eloi Machado. Polinizao e composio de acares do nctar de soja (Glycine Max l. merrill) variedade Codetec 207, 2004, 72f. Tese (Doutorado em produo animal- Apicultura) - Universidade Estadual de Maring, Maring-PR, 2004. APICUlTURA: Manual do agente de desenvolvimento rural. braslia: SEbRAE, 2004. (Projeto APIS Apicultura Integrada e Sustentvel). COSTA, Paulo Srgio Cavalcanti; OlIvEIRA, Juliana Silva. Manual prtico de criao de abelhas. viosa : Aprenda Fcil, 2005. COUTO, Regina helena Nogueira. Apicultura: manejo e produtos. 2.ed. Jaboticabal: Editora Afiliada, 2002. ESPNDOlA, Evaristo Antnio et all. Curso profissionalizante de apicultura: informaes tcnicas. Florianpolis : EPAGRJ, 2003. (boletim Didtico; 45). FREIRE, Ulysses Costa. Origem da prpolis verde e preta produzida em Minas Gerais. 2000, 50f. Dissertao (Mestrado em Entomologia) Universidade Federal de viosa, viosa-MG, 2000. MAGAlhES, Ediney de Oliveira; bORGES, Ivana leite. Manual de apicultura. CEPlAC-bA, brasil. 2006. Mod. I, II e III; 1 CD-ROM. MARqUES, Agenor Neves. Apicultura em marcha. Santa Catarina: Dehon, 1989.
79
Coleo | SENAR
SANTANA, Claudinei Neiva; MARTINS, Maria Amlia SEAbRA; AlvES, Rogrio Marcos de Oliveira. Criao de abelhas para produo de mel. 2.ed. braslia : SENAR, 2004. (Coleo SENAR; 17 Trabalhador na Apicultura) SANTOS, Guaracy Telles dos; bOAvENTURA, Marcelino Champagnat. Produo de prpolis. braslia : SENAR, 2007. (Coleo SENAR; 126 Trabalhador na Apicultura). WIESE, helmuth. Apicultura. Santa Catarina: livraria e Editora Agropecuria, 2000. WINSTON, Mark l. A biologia da abelha. Traduo de Carlos A. Osouski. Porto Alegre : Magister, 2003.
80
Coleo | SENAR