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Espirito-Santense./2-.-.:
JORNAL POLÍTICO, SCIENTIFICO, llTf ÉMítlO E NOTICIOSO."'• i
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ASSIGNATURA SEM SELLONI BI INI. ....... i . . . . It 4 OMMl llll ¦im................ • * io»
Por numiro avulso SOO r_i_-
ANISO VII.
REDACTOR E PROPRIETÁRIO
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VIOTORIA, 3 DB NOVEMBRO DE 1877. NUM. 13»»
ACTOS OFFICIAESGOVERNO rnovi-UciAL.
1ÍX-KWKNTE DO MEZ DF. OUTUBltO DF. 18T7.
Üiâ_5. -
1.» Setcâa. — Aa Préiidente e Vereadores da«Cantara Municipal da villa da Linhaie». —Kmoffioi-de 9 d aula mes, parlicipáo-me Vmcs.que, ein sessão d'ei_e iiicíiio dia, deliberarãonomear uma coinini_s_o compoila doa cidadãosJo*. Alves da Graça Railna, Dri. KrnesloKugenio da Graça HJitos o Francisco JoséXavier, alim de felicitar as Suas MagesUdesimperiaes pelo seu regresso ao Império doBrazil. Km resposta, declaro-lhes, que fico in-teirado _'e_se acto de amor e veneração queVmcs.; como fieis in'erpetres do sentimentogeral io municipio, que representão, consagrãoaos nossos Augustos Soberanos.
2s Stcção. — Ao laspeetor da Thesouraria deFasenda.—Tendo determinado que aigio para onúcleo de Santa Crua, os colonos hontem che-gados no vapor Clementina, mande V. S.* en-tragar ao Director da colônia de Santa Leopol-dina, Engenheiro* Aristides. Arminio Guaraná,a quanlia de cinco contos de réis, (5:0000000,)para as despesas A faser-se alli.
Ao Inspeclor do Thesouro Provincial. —Haja Viilc. de mandar entregar ao Dr. ManoelGoulart de Sousa, encarregado da direcçao dasobras do cemitério publico. d'esta capital, aquantia de cento e cincoenta mil réis, (150$000,)por elle requisitada, em oflicio de hontem, paraa continuação du referidas obri i.
Deu-se conhecimento ao referido Dr. Goulart.Ao Engenheiro Chi istiano Doavenlura da
Cunha Pinlo — Remello a Vmc, o inclusooflicio da Tliesouraria de Fasenda, datado de 23do corrente mes, sub n.» 309, informando sobreas contas, que vierão annexas ao seu oflicio de15 iio dilo mn, sob n.* .8, das despesas feitascom os trabalhos da commissão a _eu cargo, a(im de que, tendo em vir ta aa ponderações feitaspela mesma Thesouraria, intorme a respeito,devolvem! o-ine os'mencionados papeis.
Ao mesmo Engenheiro e Juir. Commissariodo município de Santa Crus e margens do KioDoce. —Ao oflicio de Vmc;, datado dó )_> docorrente, sob n.» 9, respondo, declarando-llieque, eiii villa das ponderações constantes docitado oflicio,; approvo a proposta que fas dosAstime_s_.es da commissão a seu cargo, LuisRiller e Alfied. Aurélio de Figueiredo, faráservirem n'esse juiso. ¦' >
Aos Agentes de Colonisaçln d'esta capital.— Accusando o recebimento do oflicio de Vmcs.,
de hoje datado, lhes declaro que fico instoiradode haver fundeado no porto desta capital o vaporClementina, procedente do Gênova, condusiuJn412 immigrantes italianos, remettido. por Joa-quim Caetano .Pinto Júnior, de conformidadecom o contracto celebrado com o Governo lm-Srial,
e terem os referidos immigrantes, segun-• as ordena d'esta Presidência, de embarcar
hoje mesmo, no vapor Presidente, para o núcleode Santa Crus.Deu-se sciència a Thesouraria de Fasenda.
. — Ao Dr. Inspeclor Geral da Inslrucção Pu-blica.— Fico inteirado, pelo ssu ollicio, sobn.* 357, de hontem -datado, de ler, no dia 25 tleSetembro findo, entrado no exercício do cargode Professor interino do 1.» entrancia do lugarCnmboapina, o cidadão José Gonçalves Laranja,e alugado pela quanlia de cinco mil réis, (5$,)meusaes, a casa de Manoel da Rocha Pimenlel,para nella funecienar a respectiva aula.
Communicou-se ao Thesouro Provincial.
J —Ao mesmo Dr. Inspeetor Geral.— Ficointeirado peto seu ollicio, de liontem, sob n.*35?. de haver o cidadão Emilio Nunes Leão,lio dia I.' do corrente mes, entrado no exerciciodo cargo de Professor interino do lugar Pontaia Fructa, do municipio da villa do Espirito-Santo.
Deu-se sciència ao Thesouro Provincial.— Ao Director da cotonia do Santa Leopol-
dina. —Haja Vmc. de enviara 1.» via da conta,de que trata em seu oflicio n.« 72, de honteindalado,.
Du 26.
_-• Secção. — Ao Presidente e membros daMesa Parochial da freguesia do Queimado. —Com o oflicio, que Vmcs. me dirigirão em dataii 2 d'este mes, recebi a copia authcnlica dasactas das eleições de Eleitores e Juizes do Paz,Sue
se procederão n'essa freguezia no dia 30 deetembro ultimo; preveni-ulo-llies de quo a se-gunda via das referidas aclas opportuuamentoterã o destino reconimondailo no Art. 103 § 6."das Instrucções Regulamentos dc 12 de Ja-neiro de 1S.6. ——-
FOLHETIM
HISTORIA DG UH% AGULHA
Quero contar aos estimnveis lei-tôies deste jornal a origem singu-lurde üma fortuna considerável ede uni feliz casamento, que tevelugar á pouco tempo.
O hetó. deste veridico romanceé um judeu, .que designarei pelono.ne de Salomão, com licença deSuas Senhorias e Excellencias. Bemsei que ainda se não extinguirãode- todo os prejuízos ácôrca dosisraelitas. Ainda ba por abi muitagente, que manda aos diabos oslsács, Jacobs, Nathan», SalomOes,et reliqua / E com tudo não se pôdenegar, que esta raça poderosa uun-ca foi tão grande como depois quese acha dispersa. D'ella tem sahidobanqueiros , .Ilustres, grandes mi-nistros, músicos notáveis, livreirosintelligentes, fidalgos de nomeada.Bastará dizer,. qut a grande, quea immortal-Rachel, descendia dessaraça amaldiçoada.! .
-¦ Assim, pois, nao vejo inconve-niente algum em que o piotogo-ntstádoBte romance; qüeé judeu,fique sindo judeu t(è ao fiün.
A' jiütico.''mais de viçtò onnòsSalomão frà rapfzito de. dez áunosde idade, muito vadío, que andavadescalço a pedir esmolas em uma
— Aos da Meza Parochial da freguesia de San-ta Crus. — Accusando o recebimento do ollicio•Je Vm_s. datado do 8 do corrente acompanhadoda copia authcnlica dis actas dns eleições deEleitores, Veroadòres e Juizes do Paz, que seprocederão n'essa parochia no dia 7 do correnle;declaro-lhes, que a 2.* via, das referidas aclasterá opportiinameiito o destino recoinmendadono Ari. 105 8 6.» das Instrucções de 12 de Ja-neiro de 1876.
2.* Stcçw. — Ao Inspeclor do Thesouro Vio-vincial. — Km resposta ao ollicio tle Vmc, da-tado de 9 do correnle, sob n.» 429, a que acom-Canhou
a copia do contracto, que devolvo, ceibrado na secção do Contencioso d'esse The
souro, com José lios Santos Neves, por seu pro-curador, para a- navegação a vapor do rio S.Matheus, na conformidade da Lei Provincial n.°5, de 6 de Abril do presente anno, lhe declaroque approvo o mesmo contracto* com as seguin-tes moililiiações:
Em vez du duas viagens por mez pelo menos,digã-se quatro viagens.A' cláusula 9.» diga-se quando fòr inlerrom-pida por mais de duas viagens, a que é obrigadaa empreza a dar, não terã a subvenção Corres-pondente. \A' cláusula 12.» em ves de destacamento, di-gi-se em serviço publico.A' cláusula 14 • acerescente-se: ficará sujeitoâ liança tle cinco conlos de réis ;(5:0000000)garantida, que prestará dentro de um mez, a qualreverterá em beneficio dos cofres provinciaes senão levar a clTeito a navegação; e em vez damulta de cincoenta mil réis (50(000,) diga-se:do tresentos mil réis (300(000.)
- Ao Dr. Inspeetor Gorai da Instrueção Pu-blica. - Em solução ao ollicio tle Vmc, datadode 18 do correnle, sob n." 352, declarò-llie que,visto ter sido a cadeira de Instrueção primaria dosexo masculino da villa de S. Pedro do Cacho-eiro de Itapemirim, de que 6 Professor Domin-gos Teixeira Maia, por equivoco considerada nasua proposta constante do oflicio n.» 153, de 12do Maio d'este anno, de 3.» entrancia, quandodevia ser de 2.«, na coifformidado da Lei Pro-vincial n • 37, de 14 do Novembro de 1874, eResolução de 31 de Dezembro do mesmo anno,convém que Vmc. determine aquelle Professorque apresente o sou titulo, alim de ser alterado;licando d'esla fôrma resolvida a consulta cons-tanto da ultima parte do referido ollicio.Deu-se couhecimento ao Inspeetor do The-souro Provincial. *¦¦-
DO SECRETARIO DO GOVERNO.~
Du 25.
2.* Stcção. — Ao Dr* Inspeetor Geral da Ins--Imcção Publica. — O Exm.» Sr. Presidente dàprovincia, manda communicar a V, S.*, para osUns convonienles, que, attendendo ao requeri-mento em que D. Eulalia Julia da Silva Mo-reira, pede para ser admittidaa concurso dei.-nitivo, alim do habilitar-se ao magistério pu-blico primário, na lórma da lei, por despachode hontem, resolveu, á vista da informaçãoconstante de seu officio de 23 do corrente, sobn." 354, doferir-lhe a protenção.
CORRESPONDÊNCIA
Ao mesmo. — Declaro 1» Vmc, era res-posta ao seu ollicio de 23 do corrente, sob n.»355, que approvo a designação que fez dos lentes,tle quo trai. a relação que acompanhou o officiocilado, para Prejidenles e exainimdòres do di-versas bancas do Alheneu Provincial, no mez deNovembro próximo futuro.
Ao mesmo. — Em resposta ao sou officiode 23 do corrente, sob n." 356, tenho a dtzei-ihe,que na fôrma do Art. 11, da Lei Provincial a.»14, de 27 do Abril do presente anno, dovemter começo no dia 15 do mez do Novembro pro-ximo vindouro, os exames das matérias que selejcionao no Atheneu Provincial; devendo, en-trolanto, os exames geraes de preparatórios to-rem lugar logo depois de lindo os tio mencionadoAtheneu.
Ao Dr. Domingos Gomes Barroso. — Como oflicio que Vmc me dirigiu em dala de 23 docorrente, recebi não sô a estatística palhalegica,dos doentes medicados por Vmc. no núcleo co-loniai de Sauta Cruz, desde 21 de Agosto ulti-mo a 12 do corrente, como também o balancedos medicamentos e mais objoclos da ambulan-cia, qua esteve a seu cargo, durante aquelleperíodo.
M-VISTA POLÍTICA.
Pariz, 8 do Outubro de 1877.
E.tnmos em pleno período eleitoral.D'aqui a oito dias a França pronun-cinrá o seu veridicto, e vôr-se-ha tmtaoo que vulem a3 declarações pomposasdos homens que se apoderarão do po-der por meio d'uum violação flagranteda lei das maiorias, regra immutavelde todo o governo parlamentar, quer90 chame republica ou monarchiaconstitucional.
A' testa d'estes homens devemos no-mear o Sr. de Fonrton. Bom que n&oseja o Presidente do Conselho e que estetitulo pertença ao Duque de Broglie,tem no gabinete uma situaç.o prepon-derante, o que ó superabund&ntemeutedémonalrado pela escolha dos cândida-tos Otficiftffá.
Com effeito, passando em revista osnomes dos candidatos em favor dosquaes o goveruo poz em campo a sualegião de funecionarios, desde os Pre-feitos até aos modestos e illetradosguardas cainpestres, vôr-se-ha que amaior parte d'elles a_o bonapartistasãrdeu'es. Nao se precisa d'outra provapara se ficar convencido de que o Sr.
pequena aldêa do monte Jura. Opreguiçoso nao se queria entregara neuhum trabalho honesto, e »
rancho de ciganos, deixavn-o.aniai-i_'essa vida, qu? nao é lá taj fácilcomo muita gente pensa.
II
Em uma bella manha do mez demoz de Abril, passeando Salomãopela única rua da aldôa,. a devorai-uma orost;; de pão, único óboloda commiseraçao publica n'aquelledia, viu brilhar o quer que fossena terra. Abaixa-se, olha e apa-nha. Era nada mais, nada menos,que uma, agulha.
O rapazito apanhara maçhinal-mente o instrumento feminino. D_quo lho serviria aquilio ? Do fazera sua fortuna como os leitores ov8o vér.
Entretanto, continuando a tasqni-nhar o pedaço de pao, esteve ellea ponto de lançar ióra o delicadoferrinho,. que tão manejado porbrancas o rosadas mãos, te nr feitoandar a cabeça á roda a todos nó.;— 1'odor dt femina I
O judeusinho passava ú'aquell_momento pela frente de uma peque-na casa coberta do parras. Nó li*miar acha-se uma menina, poucomais moça do que elle, a chorar oamarrotar a costura. Olhou-a ellecom a cruel o indiscreta curiosi-dade do menino, depois, usando deuma fa_ül'ari(hul(?, quo ê uma das
feições mais característicasquella idade disso lhe :
— Porque choras ?
d__-
de Fourton é o principal inspirador dossstron do governo. Se o Úuque de Bro-glie gozasse de toda a influencia a quea presidência do Conselho de Ministroslhe dà direito, os bonapartistas nao se *riao favorocidos de uma maneira taooxagerad») em destrimento dos outroipartidos igualmente hostis &s instt-tuiçOes republicanas. Á repartição dasCandidaturas ofE.iaeoa teria sido maisequi ta vel, se é que é parmittido man»char a palavra equidadt applicandosaás manobras de ministros sustentadospela republica, e qua buacao
'por fat
e por ntfas a queda d"este regimen.O Duque de Broglie, apezar das suas
fluctnaçOes, que d'um liberal parla»mentar fizerao um servidor humildodo despotismo e da rescç _o clerieal,conserva um resto dô pudor, ou an*tes de hypocrisia, qne o impede de pôrabertamente era pratica as tradiçOasauthoritarias do império Uma ilU'g_li«dade fl-graute repugnaria á sua cons*ciência, mas esta consciência é suscepti***vel de certos arranjos o o nobre Duquedeixa fazer pelos outros aquilio que a«Ue mosmo lhe repugnaria fazer.
P.der-se-ha pôr em duvida a neces-sitiada das nossas npreciaço.s è objo-ctar que a nossa antipathia pelo mi-»nisterio nos nao perraitta julgar tomiraparcialidadeos-homens qua o com*pflem ; mas o Figaro, orgSo ministe-
'rial e o mais ferveote Campeão dap.litica do Marechal, confirma a nossaopinião, e, n'esta materie, o seu teste-munho nao é suspeito.
Um dos !principaeu redactores d'estejornal publicou recentemente um ar*tigo infame, verdadeira provocação aogolpe d'Estado. Neste artigo, a situ-ação da França era representada eomodesesperada, se o governo exitasse omempregar os mais vigorosos meios para
p.,,r.;i;« «..-. -. • j. *VT° -wuv-iaa i -.í*^. uia ueixou ae sor vagauunuo. JSra
comprou elio outras, quo vendeudepois com algum lucro. Desde essedia deixou de sor vagabundo. Era
gulha : ©-mamai me baterá.Toma lá uma agnlln que aca-bo da achar. Tua mai já te nãoha de bater.
-•-Obrigada, muito obrigada 1Mas estás a comer pão secco 1 Que-resuma maçã que tenho aqui nobolso ? Ja a tinha mordido, mas•?pez*.r disso ainda está bôa.
Salomão recebeu a maçã e reti-rou-so devórando-a.
III
D'ahi a alguns dias, era o dia dafeira dá aldôa."A
menina, que ora judia comoSalomão, e que designarji pelo nomede Robecca, encontrou-se corà elle.Tinha acabado de receber o presen-te de quatro papeis do bellas éex-cellontes agulhas itiglezas. Nãosabia de que modo so mostrasseagradecida ao joven mendicante.Emfim, levada nâof sei por quo so-creto instineto, deu-lhe dois dospapeis de agulhas que trazia, di-zendo :
Vende-as e com o productocompra maçãs para comerea- compão.
Salomão recebeu os dois papeisdo agulhas e os foi vender a rega-teiras do lugar. liste incidente des-pertou-lhe o, gênio mercantil. Como proço das 'agulhas do Robecca
timerito de agulhas, alfinetes, broches, etc. Como os negócios do im-provi.ado commercio corrião menosmal, tornou-se elio logo o que nóschamamos mascate ou bufáritiheiro.Percorreu noste caracter a Suissa ea Sáboia, fazendo o seu pecúlio, eprovando, contra a opinião recebi--ia, que aigumas vezea a pedra querola njunta limo»
IV
Aos vmte annos do idade associ*ou-se oom um camarada, e fun jouna cidade de L.yão, ou figures, umarmazém de miudezas. Aos trintaannos possuía já uma fortuna deduzentos mil francos, e arriscoumetade em operações da Bolsa. Dota-do de uma intelligencia rara, domi-nado pelo demônio do mercantilis-mo, ganhou era pouco tempo ummilhão.
Então lembrou-se da agulha queachara na rua, e da pequena de ca-bellos negros, que -encontrara achorar, receiosa de que lhe bates-som. Voltou.á aldôa. onde mendi-gara em criança.
Para que ? Para saber noticiasde Robecca. Encontrou-a mulher ebella, mas já um pouco idosa, poistinha vinte e seis annos e ninguémse lembrara de a pedir em casa-mento. Era pobre.
,-~ Minha senhora, lhe disso Sa-loraão, eu possuo ura milhão defrancos.
~ O senhor quer divertir so áminha custa.Lembra-se^ continuou elle,
d'aquelle pobresinho, que lhe deuuma agulha. '—. Oh ! simj lembro-me muito
bem 1 Tinha o semblante tão agrada-vel quo o não posso, esquecer 1 E de-poiSi ainda mo recorcloquè comeua maçã, que eu já tinha mordido!Pois esse menino.era eu ! Aasementesd'aq'iella memorável maça.produzirão bellas macieiras, e se asenhora qui2er sei minha mulher,dar«me-hei por muito feliz l
O casamento se fc_ logo* Eaeha quem duvide da veracidade deminna historia^, asseguro que hacôrca de dois annos jantei eu comSalomão e Rebecca na deliciosaquinta que possuem nas margensdo lago deQenebra. Rebeccaé.ver-dadeiramente uma mulher da Biblia-bôa como uma santa, e ex cel leo temãi de familia.
Isto prova, que Deus p5e a foli-cidade no caminho que percorremos,na vida. Todo o nosso trabalho-consiste em olhar cora attençao,abaixar-nos e apanliar, como fez c>menino da agulha.
* * *.
...v ¦ I' ;L':i
Oi outrof 60 forao todoa' creados porPio lXe4 . -;\Colônias. — Ém, 1868 a populaçãoColonial iio oatj-di) do Brazil era; de
13,0000., pessoas •, presentemente essoiminero^ eleva?iie,|i 40,000,*5»ao iri-cluidhs no calculo as Colônias' subveri-cionadas òií auxiliada.) peloEátado. k
Bonita estatística. — Na Pms-sia, cada 100 matrimônios dAo 400 fi-1 lliu* ; na França, só 300. No? primeiropaiz, o excesso nnnuuf dos nascimen-tos sobre cs óbitos é do 13,200 por mi-IhSo de habitantes ; na França, esteexcesso é do 2,400. Segundo a esta-tistica, para duplicar-se .a populaçãoda França sao necessários 170. amos,na Rússia 60, ni Inglaterra 52 e náPrússia 42. t
E' menliia on menino f. — ODr. Multei assevera, depois de umgrande numero de experiências emque se enganou somente trez vezes,que o fecto cujo coração bate 130a. 135 vezes por- minuto, é ordina-Cimente do sexo masculino, e aquellecujo coração bato 150 a 160 no mesmotempo pertence ao sexo feminino.
Estas observaço.s póJem desde hojeguiar na escolha do nome da criança edoa enfeites do enxoval, etc.
Opinião ácérca da guerrado Oriento. - Na Allemanha fallfto agora muito da opinião do celebreMarechal Conda Moltke, acerca daslutas no Oriento. -
Ura personagem allemão inter ro-gou o Marechal a respeito do que pen-sava do custo da guerra, e se elle an-tevia já a iramediata e completa su-jeiçao de todo o Império Ottomauo àsarmas moscovitas.
Moltke, serena e risonluvaiente, se-gundo contâo, respondeu :A faltar a verdade a Rússia deveficar victoriosa se os chefes do seuexercito n&o enfraquecerem os quatrogg, de que actualmente tanto neces-sitao. ,.'.,,,
O que quer dizer o Marechal comos quatro gg 7E'de fácil interpretação; geld,geduld, g$nie,und gtuch.Muito bem, muito bem '.dinheiro,pacievcia, talento e felicidade.'— Nem mais nem menos.
Mineiros distineto» na Aca,-denila de 0. Paulo. -- Diz a Pro-vincia de S. Paulo:
O Crismo floresce com Theophiloias, Affonso Celso Junior e Feruau-
des de Birros.Tenho paramim que opiiraeiro destes é hoje o mais notaveidos nossos poetai acadêmicos. Dotadode viva imaginação e profundo senti-mento, é ao mesmo tempo um bommetrificador: tem arte e naturalidade,E' sobrinho de Gonçalves Dias. Acho-lhe o mesmo olhar profundo o tristeque ae vê nos retratos do cantor dosTymbiras.
No meio de toda esta actividade lit-teraria, habo_í estudantes de direito.Tenho o prazer de dizer-te que, entremineiros: Trislío da Fonseca e VidalRibeiro. -•'_''¦
Compositores. — Os jornaesfrancezes public&o uma estatística in-taressante, contendo o numero das ope-ras escriptas por diversos maestros, asaber:
Adam escreveu 41 operas gramáticas,Auber 44, Balfe 26, Bellini 11, Boial-dieu34, Car»___4, Cherubini29, Ci-marosa78, Coccia 37, Felicien David8, DouiseUi69,Flotow33,Gounod 12,
testava lançar a chave uo rio, e nooutro dia lá voltava ao meu marlyriò.Formava mil projectos que depois re-geitava; vivia em brazas.- Estava com minha mulher, calmona apparencia, com o sorriso contra-feito nos lábios, quando um criadobateu á porta.
—O que quer ? perguntei eu,E' o cosinheiro, que desejava
fttllar-lhe. ^E o que quer de mim o cosinhei-
ro ? Naosou eu quem examina as suas, contas.. y.
.¦•— Talvez queira pedir-lhe algumfavor, disse minha malher, recebe-o.
O cosinheiro entrou pallido. desfeito,ecora ar mysterioso,
—• O que ó.qi}Q tensRigol,?; pergun-tou minha mulher, aterrada ao vêruimilhante figura.
_— Ah! senhora 1 Ah 1 senhora...' ' — Falia Rigql.' '
;r / - /'"'""/Rigol recebeu uma carta sem! assina-
tura, e dentro delia um bilhete de-milfrancos eom promessa do dobro, so po-zesse no prato de alface com tutano,que eo preparava para mim só, o con-teúdo de lima garrafinha, que acom-
Gluclt^.Guglieimi 13, Hmndeí^O,Halevy 3_», Mendelseohn, 0 Mercadante59, MéylrbtfílO, Mozort 29, Offoii-bách 6Sí,ípacini 63; Pergolose 15, Pé-trella 20j Pttccini Ôl, Pornbra 32, LuizRicci 21; Firedorico Riccr 16, tlilurò,Rossi 29, Rosaini 54, Soarlatini' 38,Spòtmni 20T, Ambroisó ~f hòninz 21,Vaccaí 21, Verdi 24, Weber 14, Zin-gnrelli 31, e Paisiallo, que escreveu,91., ...:.-.."¦-..!,'.¦'.¦•.'.;«':':
.. -• ¦:¦:.¦:¦¦.¦ .-.¦ ¦ _ '-'.?¦' ¦-.'¦' \,..'". '.'¦¦¦¦;¦ ;-:V "¦' "¦';;.:.'¦-"-..'- ';'.,."í;'
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munhos de uma affaiçao, de ura amor,cuja doçura ea ignorava desde muitotempo. Eu lhe disse siraplesmeute :
Parece qua tenho ura inimigomortal; masquem se vê cercado deuma mulher como esta, e do criadostao fieis, .nada receia..
Minha mulher uunca mais quiz vâra Meris, e este, offeudido por vâr seuamor tao raal recompensado, procurouesquecer a ingrata, e dentro era poucocasou-se.
Acaba de contar-me uma historiaodiosa, disse Marans; e esse Meris éum homem espantoso, e muito me ad-mira que queira alliar-se a elle.
A Meris . Pois julga, que elle.quiz envenenar-me ?
Quem mais ?;•- — Eu..
^- Como I Não entendo.'•¦—. Fui eu que escrevi á carta ao cosi-nheiro, e enviei-lhe o veneno. . ?
,' —- Nao me diga isso, Aubertin.'—- Eu èra ciumento, e estava beminformado. Meris olhando-me como-oúnico obstáculo á sua felicidade, e de-sejando minha morte, suggeriu-rneaidéa, que puz em execução, livrou-me
teinpre aflicla.(Da. AuRKtuno Lusa. )
Não ouves a mimosa patativaOorgoiar o seu canto maviosoIA noa vôrdes raminhos da mangueira tNtto sontos como o canto sou ó triste,Como ella n'alma ontorna um vago anceio TPois, criança, o nteu canto é mais tristonhoQuo o cantar damimoga patativa.
NSo ouves o Africano escravisadoNas horas rudes do labor insanoComo desfere um tão saudoso canto TNão sentes quo enternece a melodiaQueiu uma voz já soube o que é saudade?Bois. criança, o meu canto é mais saudosaQue o cantar do Africano escravisado.
Náo ouves a rolinha abandonada,Chorando o esposo quo deixou o ninho,Desforir um cantar tiio ressentido TNão sentes que esse canto encontra um échoEm todo o coração quo a dòr compr'hèmlefPois, criança, o meu canto ó mais doidoQuo o cantar da rolinha abandonada., • i
n '-C.yy
Quando o travo da angustia «dos prazeresEnvenena o sonhar da mocidade,"uando a seiva da vida a dòr consomesó noa resta a esp'rança de além túmulo,
ue Be pôde sentir, criança louca T .ó se pode sentir cruel trlstoza;— Meu canto, pois criança, é mui tristonho.
Quando longe se está do ser queridoQue nos sorriu na aurora da existência;Quando longe se está do solo amado.Da terra ein'que do dia a luz nós vimos, ).-Que se pôde sentir, criança Mouca TSó se pode sentir agra,saudado; ...,—Meu canto, pois, criança, é raul saudai|oífl-.v
de ura rival perigoso. Morreu o càozi-nho de minha mulher, e gastei algu-mas centenas de francos ; mas recou-quistei a tranquillidade perdida.
Mas, desgraçado I calumniou umhomem honesto !
Eu I Nao disse uma palavra ;rainha bôeca nao se abriu, para aceu-sal-o.
Mas sabia hsra quo sua mulher qolharia como um euvenenadôr.—-Isto ó verdade, e isso mesmo é
que eu queria. Náo desejava elle aminha morte .
Sim; mos eu o julgo incapaz depraticar'uma acçao tao infame.
-— Támbera eu.Então porque fazer recahir sobre
elle o odioso de um crime ?Hoje, que vinte annos sao passa-
dos, e que já nao vejo com os mesmosolhos, envergonho-meearrependo-me;comprehende entretanto, que eu nãoposso dizer isto a minha muiher, nemdesapprovar a sua resolução.
E seu filho será desgraçado, amenina Malvina nào se casará, comaquelle que ama, porque á vinte an-nos o senhor calumniou o pni.
Era. bem linda aqunlla mulher!Tinha nos olhos ura sorriso, uma voz,
uma lagrima, e, quando o beijo daventura estancava aquella lagrimadôco, o prazer illurainava-lliè os olhos,expandio-se-lhe o rosto o podia-se libarnelle o otorno sorrir dos anjos.
A candura de sua alma exprimiao,dé sobra, a alvura de seus vestidos e apalidez de suas laces.
Passava no' mundo alegre e descui-dosa, porque o riso e o pranto nao ca-va vao sulcos no seu rosto, nao deixa-vao vestígios em sua alma; nBo ai te-ravão o palpitar do seu coração.
A's vezes tinha nos olhos ura brilhar,era de sinistro, e nos lábios um riso,que nao humana essência';
'Outras vezes, muda e calma, deixa,
va deslisar-se o pronto pur seu rostopallido; parecia a Niobe antiga.
Petrina sonhava sempre; e chorandoou rindo era sempre bella..
Petrina tinha um amor: a arte ; erapor ella qae chorava a ria.
Nunca notas tao suaves desferiu avoz de uma mulher.
E o idilirio do euthusiasmo cresciaainda por causa do my.3te.io qua a ro-doava.
Víao-se radiantes sobre as taboas dopalco prendendo os ouvidos e os cora.ções, e, quando o patino descendo arran-cava os espectadores desse sonho, eprocuravao vâr a mulher cuja voz osarrouba va, Petrina tinha desapparecido.
Tao isolada vivia qúe ninguém co-nhecia a sua morada : affirraavao ai-guns qua ella librava-se no ether, de .onde descia ás vezes para o palco.
E muitos assim pensavBo, porqueaquella,voz nao era de uma mulher;ente mortal n&o cantaria «assim,¦ y-'/;' "in
E o amor veiu um dia tomar o seulugar e aquelle coração, exigir a suaparte nos sonhos d'aquella existência.¦—: K4 -'i1-1-'"}---'«' | /^ -J"t- > Neste momento ,m porta. da -sala ae
abriu, e entrõvi i Sra; Aubertin.— Aqui tao cedo, minha mulher ?
disse o marido olhando para a pendu-Ia ; eu a julgava no baile da Opera*
•-•Não,: senhor; pedi a meu filho,que acompanhasse as senhoras, quepassearão aqui á tarde, e tive tempode reflectir sobre casamento, que nospropuzerao, Mudei de parecer, e doumeu consentimento para este consórcio.
-.Deveras, senhora.? >?. ít;M ;=—. Deveras. A propósito^ aqui está
uma chaviuha, que achei-a por acasoera um dos dias passados. Será sua 1
i Aubertin recebeu a chsve de cabeçabaixa, e a poz na algibeira.
; ---Meu amigo, disse Marans,». ore-lhas de Denya acabavao de prestar umijool serviço. ^ l
¦ O segredo estava descoberto, e o ma-rido *patihadiijf Üé lá^á,^ qüe á: vinte'8^nnÒS'ti.nhá^irmá_l.o. ,|^'.í^.^.'-;; f'.} ¦¦'
11 Quinze dias í_.jíóis _íieleb_eu-se o ca-samento do, filho de .Aubertin com afilha do ífleris, 'Q* ':'J;f.''
¦' '"•'' 'J'"'"! •¦;vMÁr._X^ií-cARD•''
'%-:*-^viii-r-^-^v'>./"'v'«;?:v;. _.;:%:/-'¦'.,v---:c'* ..-¦ ¦ .•.¦''.v^-' :-"-'.-;v'"-¦¦'-'¦ ¦.'';.¦'¦;'¦¦ ¦:¦;''.'".¦"';¦.¦;¦ ¦•¦;; ''--:-¦.¦¦'-•:¦:' ¦-. ^v,:^;:::.::-.vS^Mfi;•feír:¦'.:.
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-*****__¦-*¦, jwuii i iiiiicw-—w_»rr»-—.i««hw-i»i _—...,...,,, >
A arte,ad nlo^podia aneher?lhe o coração e' Petrina, sorrindo, sonhou deamor.'
Entre o sorriso jorrava-lhe dos la-bios, empregnados dessa suave melon-coliddequo cerca-so o amor, e que écomo o somno ; etn que elle semeia osseus pontiòi alegres. .
Então ai lagrimas desciSo-lhe arden-tes palas laces pallidas, que a lagrimaMarabem a expressão de uma crença,e ss crenças do amor trazem em si o fogo
que as vivifica.
Então sua voz tem ainda mais har-•moiia porque o canto vibrava-lhe ascurdas d'alma.
Por vezes fugaz rubôr tingia-lhe orosto e ella ficava pensotiva e melan-collca.
E o amor deu muis ura toque à suabelleza, mais uma graça no seu sorriso,mais um raio a seus olhos, mais umbrilho é. sua aureola. A,.;' .
Petrina amava muito!
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iV ¦'¦]'¦¦'•»¦¦ ¦ *
O objecto dessa paixfioera Ferdinan-_o, msncebo pallido e melancólico, qnehavia multo a amava em segredo.
E a mudança qne se operara em Pe-trlna» despertou a attenção dos poten-tados qué entendido que o belleza ptr-teacia ao mais. riço, ao mais poderoso,e o afastarão da corte enviando a umaexpedição perigosa o afortunado aman-te.
Forçoso lhe foi partir, e ura dia Pe*trina recebeu a noticia de sua morte.
Era no theatro : ella is começar ocanto ; ao receber a nova fatal, a voz
prendeu-se-lhe no garganta, os olhos
perderão o brilho o cahiu exanime.Prestou-se-lhe mil cuidado: tudo foi
baldado IPetrina ia morrer.Houve ura momento em que o me-
dicò, tomando-lhe o pulso deixou verno rosto estampado o desanimo,
Entretauto"Petrina ergueu-se, o brilhovoltou-lhe aos olhos, a belleza às faces,o sorriso aos lábios.
Ergueu-se e cantou ; havia toda har-monia naquelle canto !
Os espectadores dessa scena contem-playao-a mudos e pasmos.
E as ultimas notas extinguirüo-seeinumagárgilhádaiÔonvulsa,
Petrina era bella, sempre bella e ra-diosa tinna a poesia no rosto e a har-monia ua voz, mas... estava louca I
Entretanto Ferminando nao morrerana perigosa expedição a que o arroja-rSoo crime e a inveja.
Por muito tempo vagou por monteso selvas, batido da desgraça e da fatn-
E um dia transviou-se de caminho''¦'; '-. ¦-,,'.AA-'Az fAA
VI
Havia na Andaluzia um imraensocastello feudal. '' •
Collocado na encosta de uma monta-nha, sobre úm rochedo escarpado, do-minava os arredores em grande distancia; %'
'-"A'"-- '"¦ A"'-'A^' '¦¦'¦' .'
Haviamuitosanpos, séculos talvez,que fôr.a abandonado e os habitantescircumvisiohos, os netos dos velhos ser-vos da gleba, tinh&o-o como uniahabitação, de espíritos e phantasmas.
Beraziüo-se, tremendo ao avistai-opo^pre^aig^mchogariao1 perto dellereceiando que mfto invisível los precipi-tasse no fosso, ou os atirasse dasameias; o limo cobria lhe as muralhas,Tegetaviô)horas e parasitas onde foraoutr'ora o jardim, e de outro lado o pro-cipicío escancarava as fáuces promptoa sorver o ousado que o affrontasse.
Contavfto-se mil lendas do passado,natrav&ò-so os casos do presente, so-"nhava-sè com os terrores do futuro.
Dizia-se que o ultimo sonhor feudalassassinara sua mulher o precipitara-se no abysmo, e desde então a sombrada infeliz esposa vagava nns galleriassolitárias ou appnrecia no alto da torre,desprendendo a voz aos ventos o can-tando os threnos da desgraça e os sò-uhosdoamôr perdido.
Por vezes um raio da lua,, coandopelos vidros mullicôtes das ogivas, il-laminava o castello com brilho estra-nho, emquanto pelas janellas entre-abertas, uma voz desprondendo-so noar cantava harmoniosamente. Os cara-poneses julga vao então findo o myste-rio que os sobresaltava.
Mas no dia seguinte e nos sulwo-quentes, os voutos levavno-lhes aosouvidos as notas da mesma voz e amesma sombra branca campeiava-sena torre solitária,
VII
E uma tarde Ferdinando, tranovia-do do caminho, chegou, a esse cas-tello.
Custou a vencer a resistência doscamponezes, que nao querido deixal-odirigir-se para alli.
Afinal a porta de bronze do parquerangeu sobre os gonxos enferrujados,galgou a pouto etn minas, passou aalluida fachada o o atrio coberto delimo, pescorreu ns vastas gulerias echegou á sala de armas onde cam-peiavBo os retratos da. familia.
Acomidou-se, o como era ja che-gada a noite, procurou dormir,
Leve ruido, que partia dos nposen-tos próximo.-*, perturbou o silenciohorroroso qua o cercava e a solidãopovoou-se de phantasmas.'
Depois, uma voz mavijga suluçouharpejos, que i&o da écho ein écho per-dur-?e nas longas aulas desertas.
Ferdinando ergueu-se, encaminhou*so parn o ponto d'oude partia a voz.Uma fónna indecisa mostrou-se-lho a
principio, depois distinguiu uma mu-lher vestida de roupas brancas.
Era Petrina I
VIII
Aqutdle encontro inesperado ua gal-leria isolada do abandonado castello,lugar que coava pelas ogivas, aquellavoz suave, a voz da sua amante, avoz do Petriua, impressionarão-no vi-vãmente.
Mas Petrina ficara na corto, ricatalvez, e ejquecida delle.
Amargo sorriso roçou-lho os lábios.Como reconhecer uo gargalhar da
louca o doce sorrir da actriz ?
Como transformou-se o olhar daamante no olhar desvairado da ap-
pariçao INao era Petrina, nao IMas aquella voz 1... E de conjectura
era conjectura, dosvairou-se-lhe tam-bom a razão.
XI
Depois.... seguirtto-se protestos deamor o fallas do paixão, cantos o tlire-nos, entrecortados por gargalhadascanvulsivas.
E á meia noite, os camponeses que,de longe, esperavâo o fim de tanta fe-licidade, virão, voltear nó ar, e des-cer ao abysmo o corajoso moço enla-çadonos braços dn phantasma.
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M1SC-LLANEA
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i«. tòflkuíi.-A esposa de Calino podo explica-
ções ao marido acerca da tolegra-|)hia electrica.
—• Como è possível, diz ella, quepor moio de um pequeno apparelhoestabelecido ora Paris su possafallar para Loâo, Madrid, e atópara o novo continente ?
Nada mais simples respondoCalino. Todos os dias presenciamosphonomenos do mesmo gonero eató de maior quilate, sem lhe
prestarmos, attenção.N_o comprehcndo.Ora essa? Quando so pisa a
cauda do um cao como o quo elleladra ?
O abaixo assignado possuidor daApólice da divida publica do valornominal do 1:000^000, sobro o n.°113,267, faz: publicj pelo presenteannuucio quo extraviou-ao do seupoder a referida Apoli.o, o podo ápessoa quo á tiver achado, quoiraontrog.il-a ao annunciante ou aoUr. Manoel Goulart do Souza.
Cidade du Victoria, 31 do Outü-bro do 1877.
Aureliano Martins de AzambujaMeirelles.
(4-1)
^Câ__' _*___ i*-"* _r__KE^P
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Desde então vagão todas as noitesno abandonado castello as sombrassempre unidas da Ferdinando e Pe-trina.
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Í :¦¦, ampregsdo oontra u plilsgmuhii ehronicasda pelle e contra a tisita pulmonar.t Resulta dos fados observados até hojo, qua o
aleatrlo tem uma acçio evidentemente estima-t lute, que, dado em dose» moderadas, «teitaost
(Dictionnairi d» mideciiu du docteur Fina.)a He interior, o aleatrlo opera augcaentindo »doso das urinas, excitando o apetite, aeselerindi
« a digesUo. Receitam-no sobro tudo contra oit oaUrrhos cbronicos do pulmlo o da bexiga, t
(Tratté da phamatia du professe*. Soe-mus.)
Com a dote ordinária de uma ou duascapaulaa na occasiUo da comida, este me-dicamento ba de numa aflloia notável natdoenças seguintes:
¦R0NCHITI8tATARRHOS PULM0NARM
ASTHMAtome teimosaconstipaçOes
tísica pulmonarirritação oo peito*
doença oe qaroantaovspepsia
catarrhos dl bexiga
• em geral sontra todas as effecçSei daimocosas. Cada frasco, do preço de I fran-cos 50 centésimos contém 60 cápsulas. Hediier bastante para demonstrar o poucoque custa o tratamento pelas cápsulas dealpaU-Io- seja 45 centésimos por dia.
Para tait§r at fahificnçtSti $ imitafiti,exigir no rotulo branco piuto impriêtoem preto, i a firma 6ÍY0T «mprnia A ESI FOLIIA&
PAllA SENAPISMOS
MEDALHA DE f RATA vHAVRE, 1868
MEDALHA DE OURO.
Lyon,-1873..- ''¦ -
MEDALHA DE PRATA
pAtti-, 1872.
DIPLOMA HONORÍFICO,
« Conservara mostarda todas as suas pro*« priedades, obter em poucos instantes com a« iiienór, quantidade de medicamento possível „***¦« e/feito decisivo, eis os problemas resolvk'osi« peto Sr. Rigollot, com o mais feliz resultado. »•« A. Bouchardaty Annuurio de Tlierapeulica1808. J
AVISO IMPORTANTE
EXPOSIÇÃO M1KJ ST-IIAi
IParlz, 18V5,
DOPTADO PELOS HOSPITAES DE PAUlZ PE*--LAS AMBULÂNCIAS E HOSPITAES MlLl-
TAUES, PELA MARINHA NASIONALFRANCEZA E PELA MAR1-
NHA JtEAL INGLEZA,ETC, ETC,
Devemos aconselhar aos nossos fre_itò-et' qtttsffse acaulellem contra o papel que se. llies apresentarcomo podendo substituir o Papel Rigollot parctSinapismos. O nosso papel ê o i*?ií'co adop tado*pelos Hospitaes civis e militares, e.o bordo dos1pavios do Estado. E' além disto o unico preo-miado nas Esposições Universaes, tendo oblid*varias 'medalhas'- de prata e uma, de ouro.E recenkmenle «m Diploma Honorífico.
Por conseguinte todo a papel que nào tiver afirma Rigollot deve sei' recusado como falsificado.-
N. As nossas'caixas são envolvidas?por -uma tira dc papei amarello que traz a firmadoinventor. :-. ..-, , .
E'xija,-se esta firma : — P. Rigollot.Ha falsificadores,-
PARIS 34, AVENUE VICTORIA 21PA
Depósitos : No Rio de Janeiro Da pon chl&mePcrnambwv, Mmtre & Comp.»
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XAROPE DE CHLORAL
DEPOUETPbarmaotntleo de Parla
2
As precioias propriedade! da «moaat tem vivamentecaptivado a attenção das pessoas acientiílcas e dos medi-cos, que nio cessam do utilisar sua virtude nos cazosdifliceis contra os quaes sé nao conhecia atlié esta datanenhum meio de accão eíílcai.
O snr Dumas ha pouco tempo se exprimiu nos seguintestermos, na Academia das sciencias :« Duas substancias« appro.vimal.vas, o chloroformio e o chloral, que nai época dc sua descoberta foram o assumpto dc muito( profundos e sérios estudos, no puro interesse da seien-« cia abstracta e das theorias chimicos, tomaram em« seguida parto entre os preciozos agentes da tlierâpéu-« tico : o chloroformio para a chirurgia, o o chloral para« a medecina. »
O Snr Folie, tendo montado uma fabrica para a prepa-raçüo tao delicada de chloral, garante a pureza absolutado seu produeto, o para facilitar o emprego d'estc mara-vilhoso, medicamento, preparou una Xarope de chloral,que contem i
•'¦ uma gramma ie chloral em uma colher de sopa.
O XAROPE DS CHLORAL DE FOLLET, nadose ordinária de uma a duas coUíeros do sopa procurac facilita- aos doentes» unvaomno trauquilloe restnuradorque lhe faz experimentar um grande allivio, restiltie-lho asforças e o animo perdido o ajuda cnormenieiilo a reac-»çao, sem nunca provocar nenhum desses accidenlcs tantas«j lüo repetidas vezes produzidos pelo emprego dos opios.
E'em conseqüência (festas propriedades eminentementesedativas que o XAROPE DS «CHLORAL DEFOLLET, c sempre empregado com grande suecessonos ciizos d'insoinnias, ncvralyias diversas, t,oUa, rheu-malismos, enchaquecas, asthma, bronchiles, phtisica,eólicasliepálicas ou outras, eanser, eclampsia, télanos, etc.,e cm geral, cm todos os cazos em que uma dôr agudaaccarreta a falta de somno.
Puroute o cerco de Paris, o Snr douctor Bôrangcr-Féraud, chefe do serviço dos feridos uo Val-de-üráce,publicou, no Boletim therapeutico unia serie dc observaçõessobre os .resultados obtidos com o chloral que o SnrFoliei, tinha postou disposição do dilo hospital; os feridosreclamavam o seu emprego coni instância.
O Snr douctor Lecaclicnr, que muito se oecupou doemprego do. chloral (ou hydrale de chloral) cm therapeu-lica, publicou sobre este assumpto um trabalho notáveldo qual passamos a dar um extracto :
c O somno ò um dos primeiros emais constantes offeitos, produii-a dos pelo hydrale chloral; principia sempre em geral uni quarto dea hora ou meia hora depois do se ter administrado o medicamento.« O somno 6 profundo e análogo ao somno normal; nSo ó perlur-« bado .por sonhos, e nio é acompanhado nem de excitaçlo psyclüca¦i nem tio pouco de agitaçio musculares... O despertar se opera sema accidentes desagradáveis. Geralmente os doentes, nio se queixamt de dores de estômago, nem do pezo de cabeça, nem de cephalgia< como acontece a maior parte das veies com o emprego dos opios,
« Alem do que com o ópio torna-se indispensável elevar progres-i sivamente as dozes para que seus mesmos effeitos se continuem at produzir e ji o mesmo nSo acontece com o hydrate de chloral. t
Para a golta, o empvego e aeção do chio.ai so torna ex-
rlgli
tremamente preciosa, assim como o «eílor Eergeret deSaint-Léger o demonstra pela observação segunite :
t Um doento estavodo cama havia já um mez, rettido por um alta-t que de gotta, e durante ollo dias mio podo dormir, ainda quo ex-t tenuado pela dòr, insomnias e rigorosa dieta; tudo fazia prover
noites terriveis : ailiuiuislrou-so-llie de uma só vez duas grammasa de chloral dissolvido em ngua.com. assucar; e dez minutos dopo»f o doente adormeceu, e o somno durou trez horas; umeiu noite des-* pertou-se sem dftres do cubeça o em um eslado de contentamentoa indcscriptivel, depois adormecou do novo paru todo o rosto dae noite.
• Desde entilo continua com o u**> do chloral, e as ancius atrozes ot dolorozus bem como ns contraccòos dos músculos cessaram. »
O chloral tem lambem uinauceoo. notável sobre a tossoque canca tanto os doentes atacados dc co.iislipAçõès oude bronchiles.
O scüor douctor Offret, depois'do ter citado em suasmemórias alguins ciuos de curas rápidas pelo chloral,acerescenta' :
¦ 'iVdoria
citar ainda varias outras observicfles feltu caiu Iniivi-« duos «ilauados du lúberçiiloí (ít'tlinuhui;«is| eut diflurantes gruus,«do broucliiles chronicas a àgujlits'.
a EsIhs doentes ezt.nuadus pela losse, «privados a maior parle das« vezes de um somnotri.iiqi.ullo, «nc.Miraram no «zo do.chloral um« grande alliviu qunmlu incsin a movpliiná niio lenlia produzido o« menorelieito, Os suores t.boudaulesquo o.)pii.ncjii todos os phlhi-« sicos me pareceram diminuir .sob* fnfliicucin d'oste medicainenlo;e a.tos»e se tein.copitmitciineiite apaziguado por uma mar.xirii muito
sensival.»
Os jornaes de medecina e resumos scienlificos tem
publicado, os resultados obUdos pelo emprego de chloral
pelos Snr* douclorcs : llichardson-» I»o»'gcr
Nos mesmos depotitot acMo-se os teguintêtproduotot deJ.-P.Larm:
XAROPE UBOZE JWZÁ* TÔNICO, ANtl-NERVOSO
XAROPE SEDATIVO ..m^S^ BROMURETO DE POTÁSSIO
XAROPE FERRUGIHOSO ZZ&Jgi* PROTO-IODÜRETO OE FERRO
Deve-se ter cautela com as numerosas falsificações t imitações, o'emprego das quaes pode ser muito noscivo á saúde.
Para ter-se a certeza da pureza e da dosagem exacta das substanciasempregadas nas preparações acima mencionadas, devo-se exigir sobrecada frasco a firma e a marca de fabrica de J. P. Laroze.
h * irai! hlei — S 1b| «11.1 B 3 ;»l%s \W31 LÊ
Parlo, jr.-r. IsABOZE • €.AL» bem comoosS*í!I»l»«SSTO»IO§-BKlílirAIjpara as doenças das mulheres, o pura as affecções do ânus, assim como o contastamnumerosos ensaios feitos no hospital do nieio-diu, e nas clinicas especiaes.
Paris, 28, rue Taitbout, BEYWAL, pharmaceutico.
ma^ma^aammBm*mmmamma*mma9
VERDADEIRO
LICOR DA ABBAOIA OE FEGAMP (FRANÇA);Com o» flm âe prevenir os con-
Este celebre licor lão appre-ciado do publico, a ponto de seapresentar hoje em todas as boasinezas, no restaurante e no jantarcaseiro, nos maiores hotéis e nossalões de príncipes, he objectode innumeras imitações, dasquaesa máxima parte são de prpvu-niencia extrangeiro.
sumidores cuidadosa de nSo be-berem senão um produeto puro,escolhido e essencialmente hy-gienico, contra ns imitações de-testaveis ao paladar e nocivas ásaude, damos ao lado o modeloda garrafa com os sellos e rótulosdo verdadeiro .licor benedictino,que deve ter no rotulo da parteinferior da garrafa a assignaturado Director geral,'
'A. LEGRAND AIní.
Deposito geral em Fécamp (França).
Pilulas Caiharticas de Ayer. 1 FÍGADO DE BACALHAUPurgativas e Reguladoras.
[Vi'-fta e taiiianho dos paeotes «le «aila vl.drinbo]
Para Purgar suave e completamente, purlfl-car e foitalecer todo o systema, combattendooIIIimiü o promptainento ns inolestinn cau.Mado.spordesarranjo do estorangio ou fitjndo.
An Plllnlaa de Ayor «Ro conhecidas lia mais doum quarto da século e por todo o orhe pío. muiafamadas por suaa virtude». Elias corrigem qual-quer irregularidade nos vários órgãos assimilatirosdo corpo a sua composição i tal que as obstruoçOesque s&o chamadas a remover nio podem resistir-lhes ou evadir-se á sua acçio. Kio só curam moles-tias" de todos o:i dias a que todos estamos sujeitos,mas tambem enfermidades séria» e perigosas- Masao páasò que aeuseffeitoa u&o fortes, sfio no mesmotempo o mais segura o melhor purgante para nieni-nos. Qiian»lo o ventre uito está iuuhado n&ó pro-duzem dòr e sua acç&o aperitlra 6 muito menor doque a dpi purgantes comnmns.
Adaptüo-sa a. todos.oa climas, e a pessoas de qual-quer edado ou estado que seja, pois nüo contêmcalomelanos nem droga deletéria. Em todos os.casos é um remédio seguro que qualquer podo to-mar. O assucar que cobro estas Pululas conserva-as sempre frescas e aa tornão agradáveis ao paladar.Sendo vegetaes, e puramente taes, nao pode resul-tar mal de seu itso em qualquer quantidade qu»seja. -
FREFAItADAS FILO
Dr, J. C. Ayer & Co.,Chimicos médicos de Lowell, Est. Un.¦VDB32ST2DE-SBcm todas as boticas 9 lojas de drogas.
ÓLEO^s
DB
IODO-FERREO
C01 QUINAE CASCA SE LARANJA AMARGA
do Doutor BUCOUX, 209, rue Saint-Dcnis, PARIS. .
Este medicamento ¦ é fácil de tomar,sem náusea, e de cheiro 'agradável. Pelasua composição, possue todas as quali-dades que lhe permittem substituir cottivantagem toda a serie de medicamentos,como : pilulas ferruginosasi vinho dequina* óleo de fígado de bacalhau, xaropede casca de laranja amarga, empregadospara combater a anemia, a chlofòsè, asaffecções do peito> a bronchite9os catarrhoSya tysieaftà. diatheseestruihosa,escrophúlósà>etc;, etc. — Por motivo do seu é^tegofácil, da sua aeção multipUceè segura,da economia paraos doentes, os medicMreceitam-o de preferencia a qualqueroutro medicamento seinjelháiite» 4
TYrOÜKAWlIA DO liSHRlTO-SANTENSE S.-Rua di S.Dio.oo - 3.
.tf.,cB^aiB-E-8iggL*'5ro^»w.»jaK.
¦ ¦
'• .; »¦ '•¥'»^rÍ¥:'t;''".'::::'.''-)i;i".,:;'
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