CARTEIRA FUNDAMENTALISTA DE AÇÕES:
VOLATILIDADE EM CENA
Abril 2019
Hamilton Moreira Alves
Victor Penna
e time de Research do BB Investimentos
2
ÍNDICE
2. Resumo Março 6
3. Papel e Celulose 8
1. Carteira Fundamentalista 3
4. Siderurgia e Mineração 10
5. Utilities: Transmissão 12
6. Varejo 14
3
CARTEIRA FUNDAMENTALISTA
Perspectiva | Cenário doméstico volátil. Panorama continuará girando em torno do trâmite da reforma da previdência.
No cenário externo, tréguas na guerra comercial versus dúvidas sobre o Brexit se mantêm em cena
1
Abril: estabilidade com volatilidade
No Brasil, mais uma vez, a expectativa do mercado deve
girar ao redor do andamento da proposta da reforma da
previdência. Após certo imbróglio, parece haver
entendimento para dar continuidade ao trâmite do
processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) –
que é o primeiro passo para a sua admissão.
Logicamente, esperamos certa sensibilidade diante da
percepção dos investidores em relação às questões que
envolvam o prazo para a sua aprovação e a dimensão de
uma presumível redução de uma economia de R$ 1,16
trilhão em 10 anos prevista pelo governo.
Vale ressaltar que o Ibovespa flutua, basicamente, ao
redor dos 96 mil pontos desde o início deste ano.
Nos EUA, o cenário parece mais benigno com o Fed não
prevendo mais alta de juros neste ano. Todavia, deve-se
monitorar a inversão da curva de juros, com a
rentabilidade dos títulos do Tesouro mais curtos (até 12
meses) superando a dos de 10 anos (referência). Ainda,
há consenso de que um acordo comercial entre China e
EUA ocorra em breve. Na Europa, o mercado não prevê
maior crescimento da atividade e dúvidas ainda pairam
sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit).
Na carteira deste mês, saem Gerdau, IRB, MRV e Via
Varejo, e entram CSN, RaiaDrogasil, Suzano e Taesa,
com justificativas na sessão “análises setoriais e
recomendações”.
Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research
Composição%
Ponderação Setorial%
Carteira Fundamentalista para ABRIL 2019
Companhia TickerPreço em
29/03/19
Variação
2019 (%)
Variação
Março
Alupar ALUP11 23,22 26,7% 1,6%
CSN CSNA3 16,25 83,8% 24,2%
Itaú Unibanco ITUB4 34,43 1,9% -2,2%
Klabin KLBN11 17,03 7,4% -5,6%
Lojas Renner LREN3 43,80 3,5% 1,4%
Pão de Açúcar PCAR4 91,46 13,9% -1,0%
Petrobras PETR4 28,06 23,7% 3,7%
RaiaDrogasil RADL3 65,30 14,6% 0,1%
Suzano SUZB3 46,55 22,2% -2,3%
Taesa TAEE11 24,80 5,1% -0,6%
ALUP1110%
CSNA310%
ITUB410%
KLBN1110%
LREN310%
PCAR410%
PETR410%
RADL310%
SUZB310%
TAEE1110%
Transmissão20%
Siderurgia10%
Bancos10%
Papel e Celulose
20%
Varejo Cíclico10%
Varejo Não Cíclico20%
Óleo e Gás10%
4
CARTEIRA FUNDAMENTALISTA1
Março | Encerramos o mês praticamente empatados com o Ibovespa (0,07 p.p.)
Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research | Cotações em 29/03/2019, após o fechamento do mercado
Carteira FundamentalistaDesempenho Março/2019
Ticker PesoÚltimo
preço%Dia %Sem %Mês %YTD
Alupar Inv-Unit ALUP11 10,0% 23,22 -0,1% 0,8% 1,6% 26,7%
Gerdau-Pref GGBR4 10,0% 15,14 1,7% 1,3% 0,7% 2,8%
Irb Brasil Resse IRBR3 10,0% 91,25 2,5% 2,4% 5,2% 12,2%
Itau Uniban-Pref ITUB4 10,0% 34,43 1,0% 2,6% -2,2% 1,9%
Klabin Sa - Unit KLBN11 10,0% 17,03 -1,2% -0,8% -5,6% 7,4%
Lojas Renner Sa LREN3 10,0% 43,80 3,5% 2,7% 1,4% 3,5%
Mrv Engenharia MRVE3 10,0% 13,99 1,7% 4,4% 2,9% 13,2%
Pao Acuca-Pref PCAR4 10,0% 91,46 1,1% 0,6% -1,0% 13,9%
Petrobras-Pref PETR4 10,0% 28,06 0,0% 3,9% 3,7% 23,7%
Via Varejo Sa VVAR3 10,0% 4,22 1,0% -2,5% -7,9% -3,9%
Consolidado 100% 1,1% 1,5% -0,1%
Brazil Ibovespa Index IBOV - 95.415 1,1% 1,8% -0,2% 8,6%
Alpha 3 bps -25 bps 7 bps
5
46,8%
11,8%
8,6%
-0,2%-1,9%
10,8%
-1,8%
2,4%
10,2%
3,5%
-3,2%
8,9%
-5,2%
-10,9%
0,9%0,0%
60,2%
27,2%
9,3%
-0,1%-1,5%
11,1%
3,6%3,5%
11,8%
2,4%
-0,2%
7,0%
-1,6%
-9,5%
-0,4%
0,0%
Ibovespa Carteira Fundamentalista
CARTEIRA FUNDAMENTALISTA1
Desempenho histórico | 27,2% em 12 meses; 60,2% em 24 meses
Fonte: Bloomberg, BB Investimentos Research
Desempenho da Carteira% no mês; % no acumulado em 12 meses; % acumulado em 24 meses
6
RESUMO MARÇO
Março | Ibovespa fechou em leve baixa de 0,18%, após grande volatilidade observada no período. Fluxo de capital
estrangeiro voltou a subir, acumulando saldo positivo de R$ 3,2 bilhões. No ano, o saldo é positivo em R$ 2,1 bilhões
Março
O Ibovespa fechou março aos 95.414 pontos, com
variação mensal de -0,18%, acumulando +8,56% no ano
e +11,77% em 12 meses. O giro médio diário foi de R$
17,2 bilhões, ante R$ 17,0 bi em fevereiro e R$ 16,7 bi no
ano até março
O índice oscilou no princípio do mês e depois engrenou
em firme ascensão, atingindo seu maior fechamento
histórico em 99.993 pts no dia 18, e seu teto de
pontuação no dia 19, aos 100.438 pts. Ou seja,
inicialmente, o otimismo com o trâmite da reforma da
previdência alavancou os ativos mas, na sequência,
alguns desentendimentos políticos entre o governo e a
Câmara dos Deputados terminou trazendo temores aos
agentes, levando o mercado acionário a sofrer
realizações.
O Banco Central manteve a taxa Selic em seu piso
histórico em 6,50% a.a., na decisão do Copom no dia 20,
que era esperada pelo mercado, e cujo consenso indica
manutenção deste patamar da taxa até o final deste ano.
Já o risco-país, mensurado pelo CDS 5 anos, subiu a 180
pts em março, versus 156 pts do final de fevereiro.
Com relação ao cenário externo, nos EUA o Fed manteve
a taxa de juros no intervalo 2,25% a 2,50%, como
aguardado pelo mercado, não prevendo novas elevações
ao longo de 2019. No final do mês, houve nova onda de
otimismo sobre um benéfico desfecho dos atritos
comerciais entre EUA e China.
2
Fonte: Economatica, Bloomberg, BB Investimentos Research
Fluxo de capital estrangeiroR$ milhões
Câmbio e CDSR$/US$ e pontos
IbovespaR$ milhões/dia e pontos
3,0
3,2
3,4
3,6
3,8
4,0
4,2
4,4
100
150
200
250
300
350
CDS Brasil 5 anos Real/Dólar
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
50000
60000
65000
70000
75000
80000
85000
90000
95000
100000
105000
Volume Negociado Ibovespa Média Volume 12M
3.207
-2000
-1000
0
1000
2000
3000
4000
5000
-1500
-1000
-500
0
500
1000
1500
Fluxo Diário Acumulado
ANÁLISES SETORIAIS E RECOMENDAÇÕES
Abril 2019
time de Research do BB Investimentos
8
PAPEL E CELULOSE3
O ano começou desafiador, com demanda pressionada em meio à uma guerra de preços. No entanto, acreditamos na
melhora dos embarques a partir de abril e a respectiva retomada nos preços
Fonte: Bloomberg, Ibá, BB Investimentos Research
Exportação brasileira de celuloseKton e US$/ton
Indústria brasileirakton
Visão geral do setor
Este ano começou com grandes desafios para o segmento. Uma mistura de
incertezas em relação à demanda futura de celulose, devido a uma possível
desaceleração econômica na China, e a desaceleração do crescimento global,
levaram a um “cabo de guerra” entre os clientes chineses e os fabricantes de
celulose. Enquanto os clientes chineses insistem em preços de celulose entre US$
660/t e US$ 680/t, os produtores brasileiros de celulose resistem com preços de
US$ 720/t.
A produção brasileira de celulose atingiu 1.751 kton em dezembro (dados mais
recentes disponíveis), acumulando uma alta 7,7% no ano, de acordo com o Ibá¹. As
exportações somaram 1.509 kton no mês, subindo 30% m/m e 33% a/a (+11,5% em
2018 ante 2017). A China representou 42% das exportações totais de celulose no
mês, seguida pela Europa com 32%. Quanto ao papel, a produção atingiu 901 kton,
alta de 1,6% m/m, com I&E e papelão contribuindo fortemente para isso devido aos
incrementos de 2,9% m/m e 15% m/m, respectivamente. As vendas para o mercado
doméstico foram impulsionadas pelos segmentos de tissue e papelão, que
cresceram 2,8% a/a e 5,1% a/a, respectivamente.
No geral, as condições de mercado devem melhorar ao longo do ano, na opinião da
consultoria especializada Poyry, seguindo as melhores perspectivas para a
economia brasileira, especialmente nos segmentos de tissue e papelão. A empresa
de consultoria também espera que a demanda por embalagens cresça, após uma
retração de 1,8% em 2018.
Celulose dez/18 nov/18 m/m dez/17 a/a YTD a/a
Produção 1.751 1.771 -1,1% 1.874 -6,6% 21.035 7,7%
Exportação 1.509 1.167 29,3% 1.135 33,0% 14.722 11,5%
Papel dez/18 nov/18 m/m dez/17 a/a YTD a/a
Produção 901 887 1,6% 903 -0,2% 10.452 -0,2%
Vendas MI 491 486 1,0% 497 -1,2% 901 0,5%
Vendas ME 169 184 -8,2% 184 -8,2% 2.017 -4,6%
Importações 33 57 -42,1% 49 -32,7% 714 -5,8%
Consumo Aparente 765 760 0,7% 768 -0,4% 9.149 0,4%
0
100
200
300
400
500
600
700
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
kton USD/ton
9
SUZANO
As sinergias operacionais esperadas na aquisição da Fibria poderão somar até R$ 900 mn por ano após 2021, além de
benefícios tributários e redução de capex
3
Tese de Investimento
Com a conclusão do acordo de compra da Fibria, a
Suzano divulgou no Suzano Day em NY, no último
dia 26, as sinergias esperadas: a companhia estima
ganhos operacionais entre R$ 800 e R$ 900
milhões por ano em bases recorrentes após 2021,
que envolvem redução de custos, despesas e
investimentos em diversas áreas.
Além disso, sinergias tributárias em função de uma
maior dedutibilidade fiscal são estimadas em R$ 2,0
bilhões por ano entre 2019 e 2021.
Também foram divulgados os valores de capex
para 2019 da ordem de R$ 6,4 bilhões, uma
redução de 13,5% em relação ao montante gasto
em 2018.
Em nossa opinião, esses valores são
conservadores, o que abre espaço para surpresas
positivas à frente, o que pode trazer upside na
percepção de valor pelos acionistas.
Riscos
Queda nos preços de celulose, podendo afetar a
geração de caixa futura da companhia
Valorização do dólar frente ao real, limitando a
receita da companhia no mercado externo
Retomada mais lenta da economia doméstica, que
acaba afetando a demanda por papel
Fonte: Bloomberg, Economatica, BB Investimentos Research | *estimativas atuais, antes da revisão a ser divulgada em breve
Gráfico base 100Suzano1O novo preço-alvo será divulgado nos próximos dias
EBITDA e Margem EBITDA*R$ mm e %
Outperform SUZB3
Preço de Mercado 29/03/2019 (R$) 46,40
Preço-alvo Dez/2019 (R$)1 Em revisão
Upside (%) -
Máx (52 sem.) 55,20
Mín (52 sem.) 32,77
Variação 2019 (%) 22,2%
Variação 1 mês (%) -2,3%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180SUZB3 IBOV
4.615
6.814
7.696 7.968 8.289
43,9%
50,7%
52,7% 52,6% 52,6%
EBITDA Margem EBITDA
10
SIDERURGIA E MINERAÇÃO 4
Apesar da desaceleração na economia global, os emergentes estão ganhando força e o mercado doméstico mostra
sinais de melhorias, ainda que lenta
Fonte: Bloomberg, IABR, Fenabrave. * dados de exportação ausentes devido à mudança de metodologia da SECEX/MDIC.
US$/ton
kton
kton
Vendas de veículosUnidades
Visão geral do setor
Apesar da desaceleração global, a proximidade de
um acordo que pode encerrar a guerra comercial
entre EUA e China poderá trazer boas perspectivas
em termos de demanda por produtos americanos
pelo país asiático, o que poderá refletir
positivamente nos preços do aço no mercado
internacional.
No mercado doméstico, a produção de aço bruto
voltou a ceder, porém as vendas no MI
apresentaram novo incremento em fevereiro para
os produtos laminados planos, com aumento de
14,2% m/m e 5,1% a/a. Com relação às
importações, apesar do crescimento em volume, no
acumulado do ano (até fevereiro) as mesmas
totalizaram US$ 417 milhões, queda de 1,2% na
mesma base de comparação.
Internamente, mantém-se o otimismo em relação a
agenda do governo e ao endereçamento das
reformas necessárias para a economia brasileira, o
que deve impulsionar o PIB em 2019, favorecendo
o setor siderúrgico nacional.
Preço Minério de Ferro (62%) Produção Brasileira de Aços Planos
Mercado de Aço no Brasil
Fev-19 Jan-19 m/m Fev-18 a/a
Prod. de aço bruto 2.662 2.933 -9,2% 2.708 -1,7%
Prod. de planos 1.029 1.106 -7,0% 1.088 -5,4%
Prod. de longos 653 724 -9,8% 739 -11,6%
Vendas de planos (MI) 887 777 14,2% 844 5,1%
Vendas de longos (MI) 536 560 -4,3% 548 -2,2%
Exportações* - - - - -
Importações 203 177 14,7% 158 28,5%
0
500
1000
1500
2000
30
40
50
60
70
80
90
100 IO62%
342.291
198.653
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
400.000
450.000
11
CSN
Resultados acima das expectativas, importantes iniciativas e melhor estrutura de capital refletem a nova fase da
companhia em 2019
4
Tese de Investimento
2018 foi um ano de entregas para a CSN. Muitos
foram os tópicos endereçados, porém ressaltamos:
(i) a rolagem da dívida, que prorrogou em torno de
R$ 8 bi para pós-2023, (ii) a renegociação de
bonds, (iii) a venda da LLC nos EUA, pelo valor de
US$ 400 mm, e (iv) agora, em 2019, o acordo de
pré-pagamento com a Glencore para o
fornecimento de aproximadamente 22 Mt de minério
de ferro pelos próximos 5 anos, na quantia de US$
500 mm.
No segmento de minério de ferro, os projetos ‘CMAI
I’ e de ‘Filtragem I’ foram concluídos e acabaram
responsáveis por trazer o MF da CSN de um
produto com desconto no 2T18 (vs o produto
padrão de mercado) para um produto premium no
trimestre passado. Outros projetos, tais como o
‘CMAI II’ (4T18) e ‘Filtragem II’ (esperado para este
ano) deverão também aumentar a capacidade de
produção e qualidade do minério da empresa.
Riscos
Recuperação brasileira mais longa que a esperada
Desaceleração chinesa com a respectiva redução
do consumo do aço e aumento das exportações
Queda no preço do MF, afetando as receitas do
segmento
Fonte: Bloomberg, Economatica, BB Investimentos Research
Gráfico base 100CSN
EBITDA Ajustado e Margem EBITDA Ajustada R$ milhões e %
Outperform CSNA3
Preço de Mercado 29/03/2019 (R$) 15,68
Preço-alvo Dez/2019 (R$) 18,50
Upside (%) 18,0%
Máx (52 sem.) 17,42
Mín (52 sem.) 7,35
Variação 2019 (%) 83,8%
EV/EBITDA (dez/19) 7,1
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
220CSNA3 IBOV
4.645
5.849
7.007 7.395
7.802
25,1%
25,5%
28,4%
29,2% 29,4%
EBITDA Margem EBITDA (%)
12
UTILITIES: TRANSMISSÃO
Estabilidade e previsibilidade na geração de caixa são características do segmento de transmissão. Além disso, a Taesa
possui boa disciplina de capital e preocupação em conquistar novas concessões para garantir sua perpetuidade
Visão geral do setor
5
O segmento de transmissão de energia elétrica
possui características que trazem estabilidade e
previsibilidade na geração de caixa das companhias
atuantes, por envolver baixo custo operacional e
receita reajustada por inflação, e não depender de
volume e preço da energia elétrica.
Devido à expansão do parque gerador e à maior
necessidade de interligação das diferentes regiões
do país, nos últimos anos muitos projetos de
transmissão foram licitados nos leilões regulados,
permitindo o crescimento das cias do segmento.
A Taesa tem histórico de ser atuante em aquisições
de ativos operacionais, e também aproveitou a
oportunidade nesses leilões recentes, conquistando
9 projetos, com lances menos agressivos que a
média dos demais lances vencedores, implicando
boa rentabilidade. A conquista de novas
concessões garantem a perenidade da companhia,
e tem mantido seu nível de alavancagem estável.
Fonte: ANEEL, BB Investimentos.
Histórico dos leilões de transmissãoUnidades; %.
Investimento estimado contratado em leilõesR$ bilhões
137
24
7
28
19 1923
2024
13 1114
21
31
11
2016
1
13
10
10
1710
3
4
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Lotes Negociados Lotes Vazios Deságio Médio (%)
6,65,5
3,31,9
15,1
4,9
2,7
7,6
11,4 11,1
14,5 14,4
18,4
21,5
19,1
13
TAESA
As aquisições e os novos projetos permitem reposição de receita e maior horizonte de geração de caixa para a
companhia, manutenção de sua alavancagem estável (2,0x EBITDA) e forte distribuição de dividendos (90% do lucro)
Tese de investimento
5
Como holding controladora de concessões que
possuem data de vencimento, e em alguns casos
queda de receita no 16º ano da concessão, a Taesa
demonstra foco na conquista de novos ativos, tanto
via aquisições quanto através de novos projetos.
O histórico de conquista de concessões demonstra
boa disciplina de capital, que garante rentabilidade
sobre os investimentos e ritmo de crescimento
compatível com sua geração de caixa, de modo a
não alterar significativamente sua alavancagem ao
longo do tempo.
Esse crescimento não tem impedido a forte
distribuição de dividendos, com média de 90% de
payout nos últimos anos, e esperamos um dividend
yield e 6,8% em 2019.
Riscos:
Possíveis atrasos e sobrecustos nos projetos em
construção
Aumento expressivo de competição em processos
de aquisições
Fonte: BB Investmentos, Bloomberg, Economática, Taesa e ANEEL.
Gráfico base 100Pontos-base
Projeções (contabilidade regulatória)R$ milhões
Taesa
Estimativa de lucro e dividendosR$ milhões
R$1.703 R$1.720 R$1.703
R$2.151
R$1.499 R$1.501 R$1.475
R$1.859
88,1% 87,3% 86,6% 86,4%
ROL Ebitda margem Ebitda
R$678
R$586
R$487
R$776
R$610
R$528
R$439
R$698
90,0% 90,0% 90,0% 90,0%
Lucro líquido Dividendos payout
40
60
80
100
120
140
160
180TAEE11 IEE IBOVOutperform TAEE11
Preço de Mercado 29/03/2019 (R$) 24,63
Preço-alvo Dez/2019 (R$) 26,50
Upside (%) 7,6%
Máx (52 sem.) 26,50
Mín (52 sem.) 17,95
Variação 2019 (%) 5,1%
14
VAREJO 6
Apesar do tímido crescimento no varejo restrito – que exclui material de construção e veículos – os segmentos de
supermercados e saúde e beleza se destacam
Fonte: PNAD, Bacen, CNI
R$ e %
Pontos
%
Saldo Recursos Livres PF e Taxa InadimplênciaR$ bi e %
Visão geral do setor
Apesar de melhorias, os drivers macroeconômicos
que influenciam o setor ainda impõem um ritmo
moroso para a recuperação.
O endividamento das famílias encontra-se um
pouco acima da média dos últimos 3 anos,
enquanto que o saldo de recursos livres PF
apresentou um incremento de 12,2% na
comparação anual. Já o índice de Confiança do
Consumidor deu um repique após as eleições
presidenciais, indicando maior propensão para o
consumo em 2019.
No varejo restrito, o crescimento dos últimos doze
meses até janeiro/19 foi puxado pelo segmento de
supermercados (+4,9%) e de saúde e beleza
(+8,1%). Os segmentos de bens duráveis e
semiduráveis, que contam com uma maior
demanda reprimida, ainda não deslancharam
devido à falta de condições macroeconômicas mais
robustas, com a taxa de desemprego, por exemplo,
em um patamar bastante elevado.
Renda Real e Desemprego Endividamento das Famílias
Confiança dos Consumidores
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
-
200,0
400,0
600,0
800,0
1.000,0
1.200,0
Saldo de Recursos Livres PF Inadimplência
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
Total S/ financiamento imobiliário
114,3
106,8
90
95
100
105
110
115
120
0%
4%
8%
12%
16%
1.800
1.900
2.000
2.100
2.200
2.300
Renda Real Taxa de Desemprego
15
RAIA DROGRASIL
Diante de um cenário macroeconômico incerto, a Raia Drogasil se destaca por sua capacidade de execução superior e
por ter um perfil mais defensivo na Bolsa
6
Tese de Investimento
Ainda enfrentando um ambiente competitivo mais
difícil, a Raia Drogasil aplicou descontos acima da
média de mercado com o intuito de ganhar
participação de mercado, o que já gerou frutos com
manutenção de share no Estado de São Paulo e
ganhos de share em todos os demais estados em
que atua no ano de 2018.
Ao nosso ver, a RD é a empresa mais bem
preparada para liderar o movimento de
consolidação do setor, amparada por uma
capacitação de execução superior e um estrutura
financeira saudável. Incluímos a ação da Raia
Drogasil na carteira considerando o perfil defensivo
da ação da companhia. Além disso, RADL3 está
sendo negociada abaixo de seu múltiplo histórico
(EV/EBITDA), indicando espaço para valorização da
ação.
Riscos
Retomada do mercado mais lenta que o esperado
Maior competição no mercado de drogarias
Progresso abaixo do esperado do plano de
expansão de lojas
Fonte: Bloomberg, Economatica, BB Investimentos Research
Gráfico base 100Raia Drogasil
EBITDA Ajustado e Margem EBITDA Ajustada R$ bilhões e %
Market Perform RADL3
Preço de Mercado 28/03/2019 (R$) 65,00
Preço-alvo para 12/2019 (R$) 80,30
Upside (%) 23,5%
Máx (52 sem.) 82,25
Mín (52 sem.) 55,26
Variação 2019 (%) 14,3%
EV/EBITDA (dez/19) 17,6x
1,13 1,20
1,53
1,79
8,6%
8,1%
8,9%
9,2%
EBITDA Margem EBITDA
20
40
60
80
100
120
140RADL3 IBOV
16
DISCLAIMER
Informações relevantes
ESTE RELATÓRIO FOI PRODUZIDO PELO BB-BANCO DE INVESTIMENTO S.A. AS INFORMAÇÕES E OPINIÕES AQUI CONTIDAS FORAM CONSOLIDADAS OU ELABORADAS COM BASE EM INFORMAÇÕES OBTIDAS DE
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CORRETAS. TODAS AS RECOMENDAÇÕES E ESTIMATIVAS APRESENTADAS DERIVAM DO JULGAMENTO DE NOSSOS ANALISTAS E PODEM SER ALTERNADAS A QUALQUER MOMENTO SEM AVISO PRÉVIO, EM FUNÇÃO
DE MUDANÇAS QUE POSSAM AFETAR AS PROJEÇÕES DA EMPRESA. ESTE MATERIAL TEM POR FINALIDADE APENAS INFORMAR E SERVIR COMO INSTRUMENTO QUE AUXILIE A TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO.
NÃO É, E NÃO DEVE SER INTERPRETADO COMO UMA OFERTA OU SOLICITAÇÃO DE OFERTA PARA COMPRAR OU VENDER QUAISQUER TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS OU OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS. É
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1. A INSTITUIÇÃO PODE SER REMUNERADA POR SERVIÇOS PRESTADOS OU POSSUIR RELAÇÕES COMERCIAIS COM A(S) EMPRESA(S) ANALISADA(S) NESTE RELATÓRIO OU COM PESSOA NATURAL OU JURÍDICA,
FUNDO OU UNIVERSALIDADE DE DIREITOS, QUE ATUE REPRESENTANDO O MESMO INTERESSE DESSA(S) EMPRESA(S); O CONGLOMERADO BANCO DO BRASIL S.A PODE SER REMUNERADO POR SERVIÇOS
PRESTADOS OU POSSUIR RELAÇÕES COMERCIAIS COM A(S) EMPRESA(S) ANALISADA(S) NESTE RELATÓRIO, OU COM PESSOA NATURAL OU JURÍDICA, FUNDO OU UNIVERSALIDADE DE DIREITOS, QUE ATUE
REPRESENTANDO O MESMO INTERESSE DESSA(S) EMPRESA(S).
2. A INSTITUIÇÃO PODE POSSUIR PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DIRETA OU INDIRETA, IGUAL OU SUPERIOR A 1% DO CAPITAL SOCIAL DA(S) EMPRESA(S) ANALISADA(S), MAS PODERÁ ADQUIRIR, ALIENAR OU INTERMEDIAR
VALORES MOBILIÁRIOS DA EMPRESA(S) NO MERCADO; O CONGLOMERADO BANCO DO BRASIL S.A PODE POSSUIR PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA DIRETA OU INDIRETA, IGUAL OU SUPERIOR A 1% DO CAPITAL SOCIAL
DA(S) EMPRESA(S) ANALISADA(S), E PODERÁ ADQUIRIR, ALIENAR E INTERMEDIAR VALORES MOBILIÁRIOS DA(S) EMPRESA(S) NO MERCADO.
RATING. “RATING” É UMA OPINIÃO SOBRE OS FUNDAMENTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS E DIVERSOS RISCOS A QUE UMA EMPRESA, INSTITUIÇÃO FINANCEIRA OU CAPTAÇÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS, POSSA
ESTAR SUJEITA DENTRO DE UM CONTEXTO ESPECÍFICO, QUE PODE SER MODIFICADA CONFORME ESTES RISCOS SE ALTEREM. “O INVESTIDOR NÃO DEVE CONSIDERAR EM HIPÓTESE ALGUMA O “RATING” COMO
RECOMENDAÇÃO DE INVESTIMENTO.
17
DISCLAIMER
O(S) ANALISTA(S) DE INVESTIMENTO, OU DE VALORES MOBILIÁRIOS, ENVOLVIDO(S) NA ELABORAÇÃO DESTE RELATÓRIO (“ANALISTAS DE INVESTIMENTO”), DECLARA(M) QUE:
1. AS RECOMENDAÇÕES CONTIDAS NESTE REFLETEM EXCLUSIVAMENTE SUAS OPINIÕES PESSOAIS SOBRE A COMPANHIA E SEUS VALORES MOBILIÁRIOS E FORAM ELABORADAS DE FORMA INDEPENDENTE E
AUTÔNOMA, INCLUSIVE EM RELAÇÃO AO BB-BANCO DE INVESTIMENTO S.A E DEMAIS EMPRESAS DO GRUPO. 2. SUA REMUNERAÇÃO É INTEGRALMENTE VINCULADA ÀS POLÍTICAS SALARIAIS DO BANCO DO BRASIL
S.A. E NÃO RECEBEM REMUNERAÇÃO ADICIONAL POR SERVIÇOS PRESTADOS PARA O EMISSOR OBJETO DO RELATÓRIO DE ANÁLISE OU PESSOAS A ELE LIGADAS. 3. O(S) ANALISTA(S) DE INVESTIMENTOS, SEUS
CÔNJUGES OU COMPANHEIROS, DETÊM, DIRETA OU INDIRETAMENTE, EM NOME PRÓPRIO OU DE TERCEIROS, AÇÕES E/OU OUTROS VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO DAS COMPANHIAS OBJETO DE SUA ANÁLISE.
4. OS ANALISTAS DE INVESTIMENTO, SEUS CÔNJUGES OU COMPANHEIROS, POSSUEM, DIRETA OU INDIRETAMENTE, QUALQUER INTERESSE FINANCEIRO EM RELAÇÃO À COMPANHIA EMISSORA DOS VALORES
MOBILIÁRIOS ANALISADOS NESTE RELATÓRIO. 5. O(S) ANALISTA(S) DE INVESTIMENTO TEM VÍNCULO COM PESSOA NATURAL QUE TRABALHA PARA O EMISSOR OBJETO DO RELATÓRIO DE ANÁLISE. 6. AS
INFORMAÇÕES, OPINIÕES, ESTIMATIVAS E PROJEÇÕES CONTIDAS NESTE DOCUMENTO REFEREM-SE À DATA PRESENTE E ESTÃO SUJEITAS À MUDANÇAS, NÃO IMPLICANDO NECESSARIAMENTE NA OBRIGAÇÃO DE
QUALQUER COMUNICAÇÃO NO SENTIDO DE ATUALIZAÇÃO OU REVISÃO COM RESPEITO A TAL MUDANÇA.
Informações relevantes: analistas de valores mobiliários
AnalistasItens
1 2 3 4 5
Catherine Kiselar X X
Daniel Cobucci X X X
Gabriela E. Cortez X X X
Geórgia Jorge X X
Hamilton Moreira Alves X X
Henrique Tomaz X X X
Jose Roberto dos Anjos X X
Kamila Oliveira X X
Luciana Carvalho X X X
AnalistasItens
1 2 3 4 5
Rafael Dias X X
Rafael Reis X X X
Renato Odo X X X
Renato Hallgren X X X
Ricardo Vieites X X
Richardi Ferreira X X
Victor Penna X X X
Vinicius Soares X X X
Wesley Bernabé X X
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BB INVESTIMENTOS
Mercado de Capitais | Equipe de Research
Diretor Gerente Executivo Gerentes da Equipe de Pesquisa
Fernando Campos Denisio Augusto Liberato Estratégia - Wesley Bernabé, CFA Análise de Empresas - Victor Penna
[email protected] [email protected] [email protected] [email protected]
Estratégia e Macroeconomia Renda Variável Equipe de Vendas BB Securities - London
Hamilton Moreira Alves Agronegócios Imobiliário Investidor Institucional Managing Director – Admilson Monteiro Garcia
[email protected] Luciana Carvalho Georgia Jorge [email protected] Deputy Managing Director – João Domingos Cicarini Jr
Henrique Tomaz, CFA [email protected] [email protected] Varejo Director of Sales Trading – Boris Skulczuk
[email protected] Catherine Kiselar Kamila Oliveira açõ[email protected] Nick Demopoulos
Ricardo Vieites [email protected] [email protected] Annabela Garcia | Melton Plummer
[email protected] Alimentos e Bebidas Papel e Celulose Gerente - Antonio Emilio Ruiz Bruno Fantasia | Gianpaolo Rivas
Richardi Ferreira Luciana Carvalho Gabriela E. Cortez Antonio de Lima Junior
[email protected] [email protected] [email protected] Bruno Finotello Banco do Brasil Securities LLC - New York
Bancos e Serv. Financeiros Siderurgia e Mineração Daniel Frazatti Gallina Deputy Managing Director – Gabriel Cambui Mesquita
Renda Fixa Wesley Bernabé, CFA Gabriela E. Cortez Denise Rédua de Oliveira Charles Langalis
Renato Odo [email protected] [email protected] Fábio Caponi Bertoluci Fabio Frazão | Fernando Ocana
[email protected] Vinícius Soares Transporte e Logística Fernando Leite Helio Hashimoto | Michelle Malvezzi
José Roberto dos Anjos [email protected] Renato Hallgren Henrique Reis João Kloster
[email protected] Bens de Capital [email protected] Marcela Andressa Pereira Shinichiro Fukui
Gabriela E. Cortez Utilities Pedro Gonçalves
[email protected] Rafael Dias Rafael Reis BB Securities Asia Pte Ltd – Singapore
Catherine Kiselar [email protected] Renata Simões Managing Director – Marcelo Sobreira
[email protected] Varejo Sandra Regina Saran José Carlos Reis
Óleo e Gás Georgia Jorge Zhao Hao, CFA
Daniel Cobucci [email protected] Li Jing Ting
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