VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 1
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VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 1
Organização e Realização
COLÉGIO DANTE ALIGHIERI Presidente: Dr. José Luiz Farina
Diretora-Geral Pedagógica: Profa. Silvana Leporace
Diretores Assistentes: PROF. Jairo Luiz Valenti – Ed. Ruy Barbosa
PROF. Luís Patrício Raul Arriagada Sancho – Ed. Galileo Galilei
PROFA. Suely Vilaça da Cunha Matiskei – Ed. Leonardo da Vinci
Coordenadora-Geral Pedagógica: PROFA. SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Coordenadora do Programa Cientista Aprendiz: PROFA. SANDRA M. R. TONIDANDEL
Professores Orientadores:
Carolina Lavini Ramos
Cassia Nogueira da Silva
Diogo dos Santos
Eraldo Rizzo de Oliveira
Fernando C. De Domenico
Geisly França Katon
Mara Cristina Pane
Nilce de Angelo
Peterson Lásaro Lopes
Regina Marques Marcók
Rita M. Saraiva de Barros
Sandra M. Rudella Tonidandel
Laboratórios:
Cristiane Rodrigues C. Tavolaro – Física – Ensino Médio
Fulvia Nebó – Ciências da Natureza – E. Fundamental II
Maria Teresa Ventura – Biologia – Ensino Médio
Rita M. Saraiva de Barros – Ciências da Natureza – E. Fundamental II
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VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 3
Apresentação
O VII Simpósio do Cientista Aprendiz é o momento da divulgação do trabalho de investigação dos alunos que participaram do programa Cientista Aprendiz em 2015. A apresentação dos projetos é uma oportunidade para se conhecerem a criatividade e a reflexão, o aprofundamento e a metodologia científica, tarefas com que os alunos se ocuparam durante meses de trabalho. Enfim, é o momento de valorizar o talento deles. As pesquisas foram desenvolvidas pelos alunos e envolveram uma metodologia científica alicerçada nos seguintes aspectos:
Escolha do tema de forma autônoma (pela preferência dos alunos)
Elaboração de uma questão-problema e levantamento de hipóteses
Obtenção e registro de dados
Discussão de resultados
Construção de uma apresentação (num modelo próximo ao de
congressos de divulgação científica).
Este livro de resumos pretende ser um memorial do desenvolvimento do letramento científico dos alunos, deixando marcado, na história de suas vidas escolares e da própria escola, sua posição na comunidade escolar e na capacidade de transformar a sociedade.
Coord. Profª Sandra Maria Rudella Tonidandel
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RELAÇÃO DOS TRABALHOS
CIÊNCIAS HUMANAS ............. PG. 7
1. Avaliação da imagem corporal, hábitos de vida e alimentares em
adolescentes do colégio Dante Alighieri
1. Avaliação da imagem corporal, hábitos de vida e alimentares em adolescentes do
Colégio Dante Alighieri
2. Desenvolvimento de aplicativo para apoio em Teste Vocacional
3. Índice de Desenvolvimento Urbano
4. Relacionando os distúrbios do sono com ansiedade
MEIO AMBIENTE ............. PG. 10
5. Identificação dos tubarões-lixa (Ginglymostoma cirratum) por meio de amostras de
água com o desenvolvimento da técnica de DNA ambiental
6. Rede Biossorvente: retenção de metais pesados com o uso de cascas de banana
7. Revisão taxonômica de tartarugas marinhas
ASTRONOMIA ............. PG. 12
8. A utilização de pequenos satélites para obtenção de dados atmosféricos - Projeto
CanSat
9. O projeto CanSat no Brasil
10. Mapeamento de meteoros na cidade de São Paulo
11. Projeto AstroDante: transmissão ao vivo de fenômenos astronômicos
12. Projeto de construção de um planetário caseiro
13. Relógio de Sol para o Colégio Dante Alighieri
14. Verificação da Lei Titius-Bode em sistemas exoplanetários e determinações de
funções que descrevem as distâncias planetas-estrela
ENGENHARIA ............. PG. 16
15. Celular Solar
16. Controle termopolar: regulação da temperatura de ambientes usando filtros
polarizadores
17. Lavandenergia: aproveitamento de água de descarte dos apartamentos para geração
de eletricidade
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18. Reaproveitando a energia térmica dispensada pelo aparelho de ar condicionado
EXATAS ............. PG. 19
19. Compreendendo a interferência dos harmônicos na rede elétrica
20. Dessalinização da água do mar com energia solar
21. FoodHelp
22. Possíveis impactos do efeito Leidenfrost na dessalinização da água do mar
SAÚDE ............. PG. 22
23. Aromaterapia: uso de óleo essencial da Passiflora alata para tratamento de insônia
24. Crotoxina ou Botox
25. Estudo da peçonha das serpentes Bothrops alternatus no corpo de roedores
26. Identificando antígenos do leite nos alimentos
27. Análise da disfunção mitocondrial na doença de Parkinson
28. Quebrando barreiras da memória com a cafeína
29. Seguindo o rastro das mucinas
BIOLOGIA GERAL ............. PG. 26
30. Menos nutrientes, mais vida?
31. Saindo da zona de conforto: alteração das fontes de nitrogênio no meio de cultura
utilizado no cultivo in vitro de Catasetum fimbriatum para diminuir as perdas de
plantas na aclimatação
32. Tratamento homeopático para controle da septoriose no cultivo da alface Lactuca
sativa
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CIÊNCIAS HUMANAS
1. Avaliação da imagem corporal, hábitos de vida e alimentares em
adolescentes do Colégio Dante Alighieri
ALUNA: AGATHA SCHWARTZMANN
PROFA. ORIENTADORA: RITA M. SARAIVA DE BARROS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
A imagem corporal é a figura de nosso próprio corpo e o corpo é a expressão da mente.
Desde o nascimento, a aparência física é parte importante do que somos, tanto para o
outro como para nós mesmos e influencia o modo como nos relacionamos. Os
adolescentes que estão num estágio de grandes mudanças, tanto físicas quanto
emocionais, apresentam um maior risco de insatisfação corporal. Sabemos também que
os hábitos de vida e as práticas alimentares são construídos em determinações
socioculturais e o adolescente tende a viver o momento atual, não dando importância às
consequências de seus hábitos de vida e alimentares, sendo exemplo disto a alta
porcentagem de jovens obesos e muitos anoréxicos. Essa insatisfação corporal tem sido
atribuída especialmente a pressões socioculturais e à mídia. As mulheres querem uma
magreza irreal e os homens um corpo musculoso. Então nossa questão-problema é “Os
padrões de imagem corporal, hábitos de vida e alimentares dos adolescentes de ambos
os sexos, do Colégio Dante Alighieri seguem os padrões cientificamente identificados?”
Para em um segundo momento definir recursos que levem os adolescentes a uma
imagem corporal positiva e autoconhecimento, promovendo alimentação e atividade física
saudáveis. Nossas hipóteses são que os padrões da imagem corporal dos alunos do
colégio seguem os padrões cientificamente identificados e que a arteterapia e a
musicoterapia orientadas por profissional capacitado, podem ser efetivas para
proporcionar aos adolescentes uma imagem corporal positiva, autoconhecimento e
promover alimentação e atividade física saudáveis. O jovem poderá se expressar de
forma mais clara e particular e aprender mais sobre si mesmo, corpo e mente. Para isso
elaborei um plano em duas etapas: numa 1ª etapa, testarei a minha hipótese coletando os
dados por meio de um questionário que será aplicado em cerca de 240 alunos de 13 a 16
anos de idade para analisar os seus padrões de comportamento. Em uma segunda etapa,
sessões de arteterapia e musicoterapia serão oferecidas a um número menor de alunos
que se interessem, os quais serão reavaliados. Com este trabalho tenho como objetivos
um aumento na satisfação corporal de nossos alunos e o desejo de cuidar do próprio
corpo, encorajando mudanças e inibindo comportamentos potencialmente causadores de
danos, promovendo a saúde como um todo, desenvolvendo em ambiente escolar ações
de prevenção e promoção da saúde.
Palavras-chave: imagem corporal, adolescentes, hábitos de vida
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2. Desenvolvimento de aplicativo para apoio em Teste Vocacional
ALUNA: MARIA EUGÊNIA ALBUQUERQUE BOCCUTO
PROFA. ORIENTADORA: RITA M. SARAIVA DE BARROS / TANIA CRISTINA P. LUCIANO PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Dúvidas, medo e incerteza são questões constantes na escolha de uma carreira ou
profissão. Alguns jovens tem uma vocação clara e fica fácil decidir, mas a maioria
absoluta se sente perdida quando está prestes a escolher. Para auxiliar adolescentes ou
adultos em sua escolha existe uma área da Psicologia que tem como objetivo avaliar,
através de instrumentos previamente determinados para tal, os processos psicológicos
que constituem o indivíduo, medindo suas características psicológicas, seus valores,
aspirações, nível socioeconômico e estilo de vida. O objetivo principal é fazer com que o
estudante se conheça melhor, mas mesmo assim, muitas dessas características podem
não ser acessadas pelos testes tradicionais. Esse foi um dos motivos que me fez pensar
em desenvolver um aplicativo que ajude na orientação dos que precisam identificar a
melhor profissão a seguir. Para desenvolver o meu projeto pretendo usar um aplicativo
chamado Eye Tracking, que pelo mapeamento do olhar permite compreender com
detalhes o comportamento e as intenções do usuário. O Eye Tracking cobre com
infravermelho os olhos do pesquisado e segue seus reflexos para determinar quais áreas
são preferencialmente observadas, permitindo a absorção de dados não captados em
testes convencionais, reconhecendo as áreas de interesse da interface, identificando
zonas mortas e pontos de confusão. Em parceria com Psicólogo, Cientista Qualificado
para o desenvolvimento deste novo teste, pretendo com imagens estáticas e em
movimento, após sua aplicação em jovens que estejam em fase pré-vestibular, analisar e
interpretar os dados recolhidos e assim, auxiliar em suas escolhas profissionais, tarefa tão
difícil para a maioria.
Palavras-chave: Eye Tracking, teste vocacional, movimentos oculares
3. Índice de Desenvolvimento Urbano
ALUNOS: FELIPE CORRÊA DIAS GODOY E RODRIGO SALDANHA DE MATOS DAVID
PROFA. ORIENTADORA: CÁSSIA NOGUEIRA DA SILVA PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O Índice de Desenvolvimento Urbano (IDU) foi criado para promover e estabelecer um
índice focado exclusivamente na medição do desenvolvimento de cidades, uma vez que,
com o crescente número de pessoas vivendo em áreas urbanas, é necessário um
instrumento que avalie a capacidade destas atenderem às necessidades básicas de suas
populações. Desenvolvemos fórmulas matemáticas com o objetivo de medir cada um dos
cinco itens que compõe o índice sendo estes: médicos por 1000 habitantes (saúde),
população alfabetizada (educação), PIB per capita (capacidade de compra), taxa de
desemprego (empregabilidade) e população com acesso à água encanada (saneamento
básico) - todos muito importantes para avaliar a qualidade de vida da população de uma
cidade. Os índices resultam em valores que variam de 1 a 100 e são usados em uma
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média geométrica, ou seja, multiplicamos todos os resultados obtidos com essas fórmulas
e retiramos a raiz quíntupla, onde o resultado dessa operação corresponde ao valor final
do índice para a cidade em questão. O índice avalia a capacidade das cidades de se
desenvolverem e atenderem da melhor forma possível as suas populações, ou seja,
oferecer aos cidadãos as condições necessárias para viver com qualidade. Este índice
pode ser usado tanto por institutos de pesquisa, quanto por governos para analisar o
desenvolvimento urbano e econômico de uma cidade, e assim estabelecer políticas
públicas mais voltadas para as necessidades especificas da cidade. O IDU também pode
ser usado por empresas, que queiram analisar possíveis novos mercados para se instalar
e criar novas oportunidades, ou também por indivíduos que queiram comparar a
qualidade de vida de diferentes cidades, ou apenas saber qual é a situação atual de sua
cidade.
Palavras-chave: desenvolvimento urbano, qualidade de vida, cidades
4. Relacionando os distúrbios do sono com ansiedade
ALUNA: LUIZA RODRIGUES ARAÚJO
PROFA. ORIENTADORA: RITA MARIA SARAIVA DE BARROS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O sono é um estado muito importante para o desenvolvimento normal do cérebro e tem
sido cada vez mais relacionado ao bem-estar dos indivíduos. É no período de sono
noturno que são liberados alguns hormônios imprescindíveis para a maturação, o
crescimento e a manutenção da saúde do nosso corpo. Pesquisas mostram que as
crianças e os adolescentes dormem cada vez menos, já que ficam muito tempo ligados às
mídias e são expostos a muitos fatores de estresse, como a pressão escolar e a correria
do dia-a-dia e podemos observar que muitas crianças estão sempre tensas e não
conseguem relaxar. Com esta diminuição das horas de sono crianças e adolescentes têm
maior risco de depressão, obesidade e outros problemas de saúde. Então, nossa
questão-problema é “A ansiedade causada no dia-a-dia das crianças e pré-adolescentes
está diminuindo a sua qualidade de sono, causando distúrbios como a insônia, o
sonambulismo e o terror noturno?” Nossa hipótese é que sim, pois o sono está
intimamente ligado ao bem-estar e saúde dos indivíduos. Desse modo, a diminuição do
tempo e qualidade do sono, ligado à ansiedade causada pelas cobranças diárias, pode
desencadear distúrbios do sono nas crianças e pré-adolescentes portadores dessa
condição. Para testar a nossa hipótese, na primeira fase do projeto, o instrumento
utilizado para a coleta de dados será um questionário, aplicado em 450 crianças e pré-
adolescentes das 5ªs e 6ªs séries do Ensino Fundamental de nosso colégio. Com este
estudo, os hábitos de sono e possível presença de distúrbios serão relacionados às
situações e aos níveis de ansiedade no dia-a-dia. Num segundo momento, discutindo o
tema em ambiente escolar, tentarei transpor o conhecimento adquirido e modificar
comportamentos, sensibilizando os estudantes, educadores e pais e/ou responsáveis
discutindo o tema em ambiente escolar.
Palavras-chave: ansiedade, distúrbios do sono, insônia, sonambulismo, terror noturno
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MEIO AMBIENTE
5. Identificação dos tubarões-lixa (Ginglymostoma cirratum) por meio
de amostras de água com o desenvolvimento da técnica de DNA
ambiental
ALUNA: ALESSANDRA SAAD MONTEIRO
PROF. ORIENTADOR: PETERSON LÁSARO LOPES PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O projeto visa ao monitoramento e à conservação efetiva do tubarão-lixa (Ginglymostoma
cirratum), localmente extinto no Sudeste, e da arraia-manta (Manta briostris), vulnerável
pelo mundo (IUCN). Por meio de coleta de amostras de água e primers específicos por
espécie, aplicarei a técnica de Environmental DNA (eDNA) para a verificação da presença
do DNA dos elasmobrânquios estudados nas amostras. Essa técnica foi escolhida por ser
mais acurada que o monitoramento visual (e.g., o fotográfico), porque este último não
assegura que animais presentes na área serão encontrados, o que dificulta maiores
conclusões sobre sua presença na região amostrada. Portanto, usando a técnica de
eDNA, podemos verificar a presença recente dos elasmobrânquios estudados, assim
como estimar a sua densidade populacional, o que nos dará uma noção mais precisa do
seu nível de vulnerabilidade.
Palavras-chave: conservação, monitoramento, environmental DNA, elasmobrânquios
6. Rede Biossorvente: retenção de metais pesados com o uso de
cascas de banana
ALUNA: ISABELLA VENNA LEMBO
PROFA. ORIENTADORA: RITA M. SARAIVA DE BARROS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
A gestão dos recursos hídricos deve ser estratégica para sociedades humanas, uma vez
que a poluição e o mau uso têm trazido como consequência a falta de água. Por exemplo,
o Sistema da Cantareira chegou a um nível nunca visto de escassez de água. Assim, a
procura por novas formas de despoluição da água é fundamental. A água que é
distribuída na cidade tem características diferentes conforme a região de distribuição.
Alguns dos poluentes mais difíceis de retirar da água são os metais pesados que são
provenientes, principalmente, do descarte incorreto de água. O cromo, o níquel e o cobre
são metais vindos majoritariamente do processo de galvanoplastia. Todos em
quantidades acima do nível de segurança são causadores de graves doenças, além de
serem considerados carcinogênicos humanos de acordo com a Agência Internacional de
Pesquisa em Câncer (IARC). Assim, tendo em mente esse grave problema ambiental,
surgiu a ideia de desenvolver uma pesquisa com testes quantitativos, visando verificar a
eficácia do pó da casca de banana, que possui propriedades biossorventes, na retirada
desses metais da água. Nossa questão problema é entender quais são as melhores
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 11
condições para a utilização do pó da casca de banana nesse processo. Nossa hipótese é
que os melhores resultados serão obtidos com a menor granulometria do pó e maior
tempo de contato com a água poluída. Nossa metodologia baseou-se em testes
quantitativos com o pó da casca de banana, com partículas de tamanhos maiores e
menores que 710 micrômetros, realizados na água usada na galvanoplastia da empresa
DECA, após o primeiro processo de tratamento. Primeiramente faremos testes com 25g
do pó da casca de banana, com as duas gramaturas separadamente, colocadas em 1 litro
de água contaminada por 5, 10 e 15 minutos. Após os resultados, testes serão realizados
em diversas temperaturas e pHs, outros fatores que acreditamos poder influenciar na
retirada dos metais citados. Com os resultados do melhor aproveitamento do pó da casca
de banana, utilizaremos esse material nos filtros de tratamento da água da empresa
DECA. Essa pesquisa pode se tornar essencial para a utilização desse elemento
adsorvente na retirada de metais pesados da água em empresas de galvanoplastia.
Palavras-chave: casca de banana, biossorção, metais pesados
7. Revisão taxonômica de tartarugas marinhas
ALUNA: NATALIA MANSUR
PROF. ORIENTADOR: PETERSON LÁSARO LOPES PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Classificar corretamente as espécies é essencial para fundamentar estratégias de
proteção a animais ameaçados de extinção, como as tartarugas-marinhas. Espécies mal
definidas não refletem precisamente a biodiversidade, dessa forma pode haver confusões
para determinar seu estado de conservação e outras características. Atualmente vêm
sendo relatadas tartarugas-marinhas híbridas das espécies Caretta caretta, Lepidochelys
kempii, Lepidochelys olivacea, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata (Karl et al. 1995;
Lara-Ruiz et. al. 2006; Proietti et al. 2014), com evidências genéticas tanto de nDNA e
mtDNA. Esses casos de hibridismo contradizem a atual classificação dessas espécies. A
concepção de espécie mais aceita atualmente entre os taxonomistas é a concepção
evolutiva, que pode ser descrita como “[espécie] é uma linhagem (uma sequência
ancestral-descendente de populações) evoluindo separadamente de outros e com seu
próprio papel evolutivo unitário e tendências” (Simpson 1961:153 apud Mayden). Os
casos de hibridismo são uma evidência de que está ocorrendo fluxo gênico entre
espécies, portanto não seria adequado afirmar que elas estão evoluindo separadamente.
A hipótese deste trabalho é a de que está ocorrendo uma especiação convergente entre
essas espécies. Neste trabalho, pretende-se estimar se a frequência de hibridismo entre
essas espécies é suficientemente significativa para inferir que está ocorrendo especiação
convergente. Os dados que serão usados para analisar os supostos casos de hibridismo
serão tanto genéticos (nDNA e mtDNA) quanto morfológicos. Também será feita uma
análise cladística para melhor compreender a história e as tendências evolutivas do grupo
e compará-las com os demais dados.
Palavras-chave: tartarugas marinhas, revisão taxonômica, hibridismo, sistemática
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ASTRONOMIA
8. A utilização de pequenos satélites para obtenção de dados
atmosféricos - Projeto CanSat
ALUNOS: LUKAS MARTINS, TIAGO PEROTTI CAVALCANTI E TUFFY LICCIARDI ISSA
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Diversos satélites artificiais são enviados frequentemente para orbitar a Terra. Porém, a
construção do satélite e do foguete para colocá-lo em órbita envolve altos custos. O
Projeto CANSAT visa a construção de um pequeno satélite e envio para orbitar a Terra e
coletar dados como, por exemplo, radiação, CO2, umidade, temperatura, pressão do ar e
localização via GPS. Durante esse período preparatório fizemos diversas pesquisas sobre
o CANSAT e sua história através dos países. Também entramos em parceria com a
Universidade Federal do ABC para a construção do foguete. Enquanto a construção do
foguete acontece, nós construiremos e programaremos o satélite. Ao final do período de
um ano juntos com os alunos da Universidade Federal do ABC viajaremos até Brotas para
realizar o envio do CANSAT para a órbita terrestre. Com os resultados obtidos visamos
ajudar pesquisadores, estudantes e meteorologistas com informações obtidas pelo
CANSAT.
Palavras-chave: CANSAT, órbita, satélite, foguete, astronáutica
9. O projeto CanSat no Brasil
ALUNOS: CIPRIANO LEMMO E LUCAS PEROTTI CAVALCANTI
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
No Brasil várias associações e pessoas conseguiram fazer e lançar o CanSat. Além disso,
temos o evento CanSat Brasil da AEB. O CanSat Brasil, é um evento que estimula o
interesse e aumenta o conhecimento sobre as atividades e disciplinas relacionadas aos
projetos espaciais e sua indústria, tanto pelos jovens que participam das competições
como pelo público em geral.
A única universidade que teve sucesso no lançamento do CanSat no Brasil foi a UnB
(Universidade de Brasília), com o projeto dos alunos de engenharia aeroespacial,
LICAnSat1. Além disso existe o Space Camp Brazil. O Space Camp Brazil é uma
atividade educativa para aqueles que se destacam nas áreas de física, robótica e muitos
outras. Neste ano houve o IV Space Camp, que foi no Parque Tecnológico de Itaipu, Foz
do Iguaçu dos dias 9 a 15 de março. Diante desse cenário nacional, pretendemos criar
parcerias com universidades para montar foguetes e, dessa forma, lançar um CanSat
produzido pelo nosso grupo de pesquisa.
Palavras-chave: CanSat, satélite, foguete, astronáutica
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 13
10. Mapeamento de meteoros na cidade de São Paulo
ALUNOS: MARCELO SOARES CAMPOS, SAMIR VARGAS DA FONSECA ATUM E VICTOR RAMOS DE
OLIVEIRA
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Os meteoros, popularmente chamados de "estrelas cadentes" são os rastros luminosos
proporcionados pela rápida passagem de corpos variados na alta atmosfera terrestre.
Esses meteoros são produzidos por pequenos corpos que, gravitando em torno do Sol, ao
atingirem em grande velocidade a atmosfera terrestre, tornam-se incandescentes pelo
choque com as moléculas de ar, reduzindo-se na maioria a pó antes de alcançarem o
solo. A proposta desse trabalho é mapear esses corpos, traçando trajetórias, para
descobrir novos radiantes e monitorar melhor radiantes já conhecidos.
Para isso nós montamos uma estação de mapeamento, de acordo com a organização
BRAMON. Essa estação consiste de uma câmera de monitoramento, e um computador,
para o processamento e envio de dados. A estação detectará os meteoros e os analisará
utilizando o software UFO Capture, instalado no computador. A análise de dados – uma
etapa posterior – será feita primeiramente por membros do BRAMON, que acessarão o
computador utilizando o software Team Viewer, e recolherão os dados brutos.
Posteriormente, quando nós aprendermos a analisar os dados de maneira satisfatória, fá-
lo-emos e o BRAMON fará a coleta dos dados já analisados.
Palavras-chave: mapeamento de meteoros, BRAMON, chuva de meteoros
11. Projeto AstroDante: transmissão ao vivo de fenômenos
astronômicos
ALUNOS: AMADEU DIOGO MARTINS NETO, BRENO RUDELLA TONIDANDEL E GIOVANNI MINATEL
MELO DE CERQUEIRA
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Muitas crianças, adolescentes e jovens não têm interesse ou oportunidade de observar e
compreender os fenômenos celestes, principalmente no que diz respeitos aos fenômenos
solares. O objetivo do Projeto Astrodante é realizar a transmissão ao vivo de fenômenos
astronômicos via app e Youtube Live para ensinar e divulgar Astronomia e seus
fenômenos em tempo real. Nos dois anos de projeto, adquirimos dois telescópios
newtonianos robotizados com o objetivo de realizar filmagens do Sol. Neste ano,
aprendemos conceitos ópticos sobre os telescópios do projeto e propriedades físicas e
químicas do Sol. Após essa etapa, fizemos a acoplagem do filtro solar Thousand na
tampa dos telescópios, para conseguirmos observar o Sol com segurança. Com isso,
realizamos observações do Sol e acoplamos uma webcam para obter fotos e vídeos do
Sol. Após as coletas de dados, foi constatado que a abertura existente na tampa do
telescópio, na qual foi acoplado o filtro solar não permitiu a captação necessária de luz
solar, dificultando as observações. Para solucionar esse problema pretendemos fazer
uma nova tampa com uma abertura maior, utilizando uma impressora 3D. Após os
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devidos acertos realizados, pretendemos utilizar uma câmera de alta definição (WATEC)
e realizar a programação do aplicativo para a realização de filmagens, divulgando assim,
os fenômenos astronômicos em tempo real.
Palavras-chave: astronomia, Sol, telescópio, fenômenos astronômicos, aplicativo,
impressora 3D
12. Projeto de construção de um planetário caseiro
ALUNAS: ISABELA LEBELSON SZAFIR DE NICOLA E VITÓRIA BRINKER CUNHA
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O Planetário é uma ferramenta pedagógica capaz de projetar o céu para qualquer dia e
horário, visto de qualquer local da Terra. Essa ferramenta auxilia o aprendizado de
fenômenos astronômicos de forma lúdica e imersiva. A construção de um projetor
fulldome, ambiente de projeção em 360 graus de vídeo imersivo e um local de exibição
semi-esférico, denominado como domo, permitirá que alunos do Colégio Dante Alighieri
usufruam dessa ferramenta e, futuramente, construam e narrem sessões para o corpo
docente e seus familiares ou responsáveis. Para a realização desse projeto, optamos pela
construção de um projetor fulldome de baixo custo que utilizará lentes de câmeras
fotográficas do tipo “olho de peixe” acopladas num projetor datashow e um domo
construído com triângulos e retângulos de papelão. O domo terá cerca de 3,5 metros de
altura, com capacidade para quinze pessoas sentadas e será abrigado em uma sala
fechada. Com a execução desse projeto, desejamos provar que essa ferramenta é muito
útil para o ensino e divulgação da Astronomia, necessitando a aquisição de um projetor
fulldome profissional para o Colégio Dante Alighieri.
Palavras-chave: astronomia, planetário, projeção fulldome
13. Relógio de Sol para o Colégio Dante Alighieri
ALUNAS: ANA LUISA SPINELLI DE AZEVEDO QUADROS, FERNANDA CHIODO SOLER E YSIS
BARRETO DONATI
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Relógios solares foram os primeiros relógios da humanidade. Com eles, os povos antigos
conseguiam situar-se em relação as horas. A partir desses estudos, iremos aprofundar os
conhecimentos e a cultura dos alunos do Colégio Dante Alighieri construindo e instalando
um Relógio de Sol no Colégio. Por meio da construção e instalação do Relógio de Sol
desejamos agregar conhecimentos para os alunos como, por exemplo: elementos de
mecânica celeste; astronomia; matemática; geografia; arquitetura; história e elementos de
artes. O relógio será construído na forma vertical, localizando-se entre as janelas do
prédio Victório Américo Fontana. Para a construção do mesmo, determinamos a
orientação geográfica do local de implantação do protótipo. Depois, faremos cálculos
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 15
matemáticos para sua construção, em isopor. Instalaremos o protótipo em uma parede
experimental para coletar e analisar os dados. Após os testes realizados e se necessário,
suas devidas correções, partiremos para a construção do relógio em escala real. Para
tanto, utilizaremos a mesma metodologia realizada para a construção do protótipo,
incluindo a elaboração de um banner explicativo do Relógio de Sol para que os alunos
obtenham informações a respeito do experimento.
Palavras-chave: Relógio de Sol, astronomia, Sol
14. Verificação da Lei Titius-Bode em sistemas exoplanetários e
determinações de funções que descrevem as distâncias planetas-
estrela
ALUNOS: LEONARDO DOS REIS ADORNO BECKER GRANDINI E VINÍCIUS LIMA DOS SANTOS
PROF. ORIENTADOR: MARCOS ROGÉRIO CALIL PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Em 1766, Johan Daniel Tietz iniciou os cálculos para determinar as distâncias dos
planetas a partir do Sol. Após 6 anos, Johann Elert Bode aprimorou a fórmula, na qual
passou a ser chamada “Lei de Titius-Bode”. Se comparada com os dados atuais, a lei de
Titius-Bode, descrita pela fórmula dn =4 + 3 · 2n, conseguiu determinar com certa
precisão as distâncias dos planetas de Mercúrio a Urano. A partir desse último planeta os
valores calculados não condizem com os dados atuais. O objetivo deste trabalho é
verificar se a Lei de Titius-Bode se aplica para sistemas exoplanetários que possuem
mais de 3 planetas. Caso a Lei não se aplique para qualquer sistema exoplanetário das
amostras escolhidas, iremos determinar a função que descreve a distância dos
exoplanetas, em relação a sua estrela. Na nossa pesquisa, primeiramente fizemos o
levantamento dos sistemas exoplanetários e, da população de 253, selecionamos 14
deles, sendo: 8 sistemas não-lineares; 3 lineares e; 3 nulos. Após essa análise estatística
descobrimos que a Lei de Titius-Bode não se aplica a nenhum deles. Mas, conseguimos
determinar as funções de cada sistema linear que descreve a distância dos exoplanetas,
em relação as suas estrelas. Num próximo momento, iremos determinar as funções
exponenciais para os sistemas não lineares. Pretendemos por meio dessas funções
verificar se nas próximas descobertas de novos planetas dos sistemas exoplanetários
estudados, as suas respectivas funções determinadas condizem com as previsões
numéricas calculadas.
Palavras-chave: astronomia, exoplanetas, funções matemáticas, Lei Titius-Bode
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 16
ENGENHARIA
15. Celular Solar
ALUNAS: LÍVIA VARGAS DA FONSECA ATUM, MARTINA JIMENEZ GARCIA E MANOELA SGAI
MOREL
PROFA. ORIENTADORA: MARA CRISTINA PANE PROF. COORIENTADOR: DIOGO DOS SANTOS
O celular é algo cada vez mais presente e essencial em nossas vidas. Carregar o celular
é um motivo de preocupação, já que, se esquecermos de fazê-lo, passaremos o dia
incomunicáveis, além de ser um processo que exige gasto de energia – o que não é bom
para o nosso planeta. Com isso em mente, temos o objetivo de desenvolver um sistema
hibrido de carregamento do celular que possibilite carregá-lo em qualquer lugar, sem a
necessidade do uso de fios elétricos, e sim por meio de placas solares embutidas no
aparelho e conectadas diretamente em sua bateria. Tendo um sistema híbrido, o aparelho
poderá ser carregado ou através das placas solares ou pelo carregador comum, de modo
que possa ser carregado mesmo na ausência de luz. Realizamos testes para a
construção de um protótipo, para o qual utilizamos placas solares de calculadora, um
celular antigo e sua bateria. Primeiramente, testamos a tensão de duas placas
conectadas em série utilizando um multímetro, o que resultou em 4,4V. Ao conectarmos
estas placas a uma lâmpada de 2,5V, fechando o circuito, a luz desta não acendeu.
Medimos a tensão das placas enquanto ainda ligadas ao circuito e o resultado não
coincidiu com o do teste anterior. Os valores oscilavam, variando de 0,18V a 4,2V.
Nossas hipóteses para essa divergência são de que os fios das placas eram muito finos,
a corrente elétrica era muito pequena, ou que a diminuição da tensão ao se fechar o
circuito seja uma propriedade das placas. Nosso próximo passo é investigar essas
hipóteses para continuarmos nosso projeto.
Palavras-chave: celular, placas solares, carregador sem fio
16. Controle termopolar: regulação da temperatura de ambientes
usando filtros polarizadores
ALUNO: GABRIEL MATHIAS ROSENFELD
PROF. ERALDO RIZZO DE OLIVEIRA PROF. COORIENTADOR: DIOGO DOS SANTOS
O uso excessivo do ar condicionado causa o ressecamento do ar, agravando problemas
respiratórios como a asma e a bronquite, além de ter um alto gasto de energia ao ser
utilizado. Por meio de um sistema de regulação automática de ângulos entre dois
polarizadores, gostaríamos de manter o conforto térmico em ambientes fechados de
maneira sustentável. As fontes luminosas emitem luzes formadas por ondas
eletromagnéticas que vibram em todas as direções. Essa luz é chamada de luz natural.
Ao ser atravessado pelos feixes de luz, o filtro polarizador, deixa passar apenas uma
parte da onda luminosa. Desse acontecimento ocorre um fenômeno chamado
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 17
de polarização da luz. Os polarizadores funcionam como uma fenda permitindo que a luz
passe somente em um plano. Se acontecer de dois polarizadores estarem alinhados
perpendicularmente, a luz passará pelo primeiro, mas pelo segundo não passará. Em
outras palavras, quando dois polarizadores são colocados paralelos entre si parte da luz
natural passa por ambos, tornando-se polarizada. E quando eles estão perpendiculares
nenhuma luz passa pelos dois. Este é o fenômeno da polarização, que por meio dele
podemos reduzir a intensidade luminosa que entra no ambiente e provoca o chamado
“efeito estufa” e consequentemente regular o conforto térmico.
Palavras-chave: conforto térmico, polarização da luz, efeito estufa
17. Lavandenergia: aproveitamento de água de descarte dos
apartamentos para geração de eletricidade
ALUNOS: JOÃO PEDRO CIPOLLA PETRI E JOÃO PEDRO PEREIRA BUENO FORMICOLA
PROF. ERALDO RIZZO DE OLIVEIRA PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Hoje em dia o consumo de água e de energia está aumentando cada vez mais,
provocando uma escassez desses recursos. Uma máquina de lavar roupas de 11 kg
consome a cada ciclo, aproximadamente 125 litros de água. Considerando, em geral 3
ciclos a cada lavagem completa e ainda que, para lavar roupas, separam-se as peças
coloridas das brancas, a quantidade de água usada nessa operação aumenta
substancialmente. Em prédios de condomínios com 4 apartamentos por andar, o consumo
de água para essa finalidade se amplia exponencialmente. Por esse motivo pensamos em
maneiras de aproveitar a água usada nas lavanderias dos prédios para gerar energia
elétrica. Nossa proposta é a de aproveitar a queda dessa água pela tubulação dos prédios
(energia potencial transformada em cinética), para gerar energia elétrica através de uma
turbina do tipo Pelton acionada por um jato d’água. A energia elétrica produzida por um
gerador a ela acoplado poderia ser armazenada para uso em atividades diversas no
condomínio. Atualmente o projeto já está em fase de prototipagem, para realização de
testes. Nosso protótipo consiste de uma caixa d’água, onde é acoplada uma turbina
artesanal feita de acrílico. Um motor elétrico foi acoplado ao sistema do eixo da turbina,
que funciona como um gerador. Uma bomba d’água manual será usada para redirecionar
a água da caixa para o topo da tubulação que aciona a turbina, de modo a não
desperdiçar a água durante os testes.
Palavras-chave: Turbina Pelton, lavanderias, eficiência energética
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 18
18. Reaproveitando a energia térmica dispensada pelo aparelho de ar
condicionado
ALUNO: LUCA AMARAL CEPOLLINA
PROF. ERALDO RIZZO DE OLIVEIRA PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Um dos grandes desafios dos grandes centros urbanos é o controle das temperaturas nos
ambientes visando conforto térmico de seus habitantes ou acondicionamento apropriado
de produtos sensíveis termicamente. Nas últimas décadas, uma maior parcela da
população teve acesso aos aparelhos de ar condicionado, implicando num aumento do
consumo de energia. O aparelho de ar condicionado tem seu funcionamento similar a
uma geladeira, atuando como uma bomba que remove o calor do ambiente interno,
jogando-o para o meio externo. Nossa proposta é utilizar esse calor dispensado para
realizar um pré-aquecimento de água, como se fosse um aquecedor solar. Desse modo,
considerando que energia não pode ser produzida nem destruída, mas apenas
transformada ou transferida, o calor residual de sistemas de ar condicionado pode ser
usado para aquecimento de água sem custo extra. Depois de aquecida, a água seria
transportada por meios de tubos isolados termicamente até o seu destino, que poderia ser
a cozinha, os chuveiros etc. Nossa pesquisa está em fase de prototipagem em escala
reduzida. Nosso protótipo é similar a um aquecedor solar, tendo no lugar das placas
coletoras, um radiador posicionado na exaustão de um sistema de ar condicionado. Com
o protótipo coletaremos os dados necessários para verificar a eficiência de nossa
proposta.
Palavras-chave: sustentabilidade, condicionador de ar, eficiência energética
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 19
EXATAS
19. Compreendendo a interferência dos harmônicos na rede elétrica
ALUNA: BÁRBARA PASTORI GUSTINELI
PROF. ERALDO RIZZO DE OLIVEIRA PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Nos primórdios da eletrificação das cidades, inúmeros dispositivos elétricos foram
desenvolvidos para uso industrial e doméstico, aumentando a eficiência do processo
produtivo e de consumo. Os equipamentos receptores ligados à rede de energia elétrica
funcionavam preponderantemente com cargas lineares, que não afeta a rede elétrica. Por
essa razão, sendo as tensões da alimentação senoidais, as correntes extraídas eram
também senoidais e de mesma frequência. Com o advento dos componentes eletrônicos
que constituem desde os modernos equipamentos de comunicação e de processamento
de dados até lâmpadas fluorescentes de descarga, ruídos na rede elétrica passaram a ser
produzidos aumentando o risco de danos aos equipamentos ligados. Tais ruídos foram
chamados de harmônicos, em virtude deles interferirem nas frequências de oscilação
típicas da rede de distribuição. Tratam-se de uma representação matemática para
analisar a distorção da forma nominal, original de onda, que ocorre em uma rede elétrica.
Cargas não lineares, quando alimentadas por uma onda de tensão elétrica senoidal,
produzem uma corrente elétrica não senoidal, que ao alimentar outros aparelhos, pode
lhes causar danos funcionais. Dessa forma, se a tensão de alimentação for maior que a
tensão original devido aos harmônicos, a vida útil do aparelho irá diminuir, pois ele é
sensível ao nível de tensão a ele aplicado. Nossa pesquisa se encontra num estágio de
buscar soluções usadas por indústrias de modo a projetar adaptações às redes
domésticas.
Palavras-chave: harmônicos, rede elétrica, tecnologia moderna
20. Dessalinização da água do mar com energia solar
ALUNO: DANTE MARTINS BARROSO DEL MANTO
PROF. ERALDO RIZZO DE OLIVEIRA PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
A crise hídrica atual é resultado de inúmeros fatores de ordem política e estratégica,
demonstrando uma de nossas grandes fragilidades ao organizar os espaços habitacionais
atendidos por um suprimento de água limitado e em permanente risco de extinção.
Havemos, portanto de pensar em estratégias eficazes para contornar essa situação ou,
pelo menos, para diminuir nossa vulnerabilidade hídrica frente às demandas para
consumo, produção de energia elétrica, agricultura, pecuária etc. Uma fonte abundante de
água que é pouco explorada, em termos mundiais, é o imenso reservatório marítimo.
Apesar de funcionais, os métodos de dessalinização conhecidos hoje precisam de muita
energia sendo, portanto, muito caros. Nosso projeto se baseia em uma usina heliotérmica,
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 20
na qual os raios solares são redirecionados por vários espelhos para uma torre central
contendo um tanque de água do mar. Com a energia solar, a água do reservatório entra
em ebulição e gira uma turbina para produzir energia, ao mesmo tempo em que
dessaliniza a água, otimizando o processo ao máximo. No momento o foco do projeto
está na focalização dos raios solares e na ebulição da água salgada. Futuramente,
pretende-se focar na automação do sistema para acompanhar a movimentação do sol
durante o dia e durante o ano, além de buscar um material que suporte a alta corrosão
promovida pela da água do mar, associada às altas temperaturas.
Palavras-chave: raios solares, dessalinização, usina heliotérmica
21. FoodHelp
ALUNO: VICTOR HOFFMANN PERTSEW
PROFA. ORIENTADORA: MARA CRISTINA PANE PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
Esse projeto tem por objetivo criar um aplicativo (app) para ajudar pessoas com
dificuldades alimentares, como alergia ou intolerância alimentar, na hora da compra de
produtos ou até mesmo no consumo, pois muitas vezes nos rótulos de produtos algumas
informações importantes sobre a composição dos mesmos não aparecem e em alguns
casos essas informações são de componentes que causam alergias ou intolerâncias. O
app em desenvolvimento utiliza um código bidimensional chamado QR-CODE e um banco
de dados com informações sobre as substâncias que desencadeiam os tipos mais
comuns de alergias e intolerâncias. Para isso foi feito uma pesquisa de como esses
componentes aparecem ou não nos rótulos dos produtos. Com essas informações o app
vai ajudar as pessoas com as tais dificuldades a consumir produtos sem o risco da
compra de um produto que desencadeia a alergia do indivíduo. O app vai ler o QR-CODE
presente nos rótulos e então informar se tal produto é adequado ou não para consumo, ou
se algum componente presente no produto desencadeia algum tipo de alergia.
Palavras-chave: QR-CODE, rótulos, alergia, intolerância alimentar
22. Possíveis impactos do efeito Leidenfrost na dessalinização da
água do mar
ALUNOS: MATHEUS GASPARETTO INSERRA E PEDRO LAGES MANSUR VALDETARO
PROF. ERALDO RIZZO DE OLIVEIRA PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O efeito Leidenfrost pode ser observado em situações típicas quando se deseja descobrir
a temperatura, por exemplo, uma frigideira ou panela posta ao fogo. Ao aspergir gotas de
agua na superfície aquecida, dependendo da temperatura, ao invés de ocorrer a
evaporação instantaneamente, elas se mantêm em estado líquido e em suspensão sobre
uma camada de vapor, indicando que a superfície aquecida se encontra a uma
temperatura em torno 200ºC. Nossa pesquisa que, inicialmente se destinava a buscar
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 21
aplicações mais diretas para o efeito Leidenfrost, segue atualmente na investigação da
possibilidade de modificar a concentração de sal na água pelo processo de
dessalinização por aquecimento. Através do ciclo de convecção e troca de estado que se
dá na água em meio ao efeito de Leidenfrost foram propostos testes com grupo controle,
aferindo de modo indireto a concentração de sal. Volumes controlados de água com
concentração várias concentrações salinas, passaram pelo efeito Leidenfrost, sendo
medidas as resistências elétricas da água restante através de um multímetro, atento ao
controle da temperatura.
Palavras-chave: efeito Leidenfrost, dessalinização
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 22
SAÚDE
23. Aromaterapia: uso de óleo essencial da Passiflora alata para
tratamento de insônia
ALUNA: ANA PAULA BISSON BENSI
PROFA. ORIENTADORA: REGINA MARQUES MARCÓK PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
A insônia é o principal distúrbio do sono e está se tornando cada vez mais frequente na
população, diante da vida corrida, principalmente nas grandes cidades. Esse distúrbio é
caracterizado pela dificuldade de iniciar e/ou manter o sono. Como consequência, as
pessoas que sofrem de insônia têm prejuízos no metabolismo, acarretando, por vezes,
problemas de saúde, sociais e até profissionais. O maracujá é uma das plantas mais
utilizadas e comercializadas como fitoterápico e suas folhas têm sido amplamente
utilizadas no tratamento contra ansiedade, taquicardia, palpitações e dores musculares.
(Proença da Cunha et. al., 2003). Há na literatura, trabalhos indicando a ação sedativa do
chá, feito a partir das folhas do maracujá, sobre o Sistema Nervoso Central. Já as
sementes são consideradas importantes fontes de óleo essencial e utilizadas com
destinos variados na indústria alimentícia e cosmética (Bedoukian, 1980). O objetivo deste
trabalho é utilizar a essência de maracujá, contendo o óleo extraído do fruto, como
recurso terapêutico para diminuir a incidência da insônia em adultos. Para isso, o óleo
essencial do maracujá-doce, Passiflora alata, será liberado por um difusor, no ambiente
de descanso, de uma amostra de 5 pessoas que apresentam quadro de insônia, por um
período de 15 dias.
Palavras-chave: aromaterapia, insônia, Passiflora alata
24. Crotoxina ou Botox
ALUNA: GIOVANNA RIBEIRO TIRELLI
PROFA. ORIENTADORA: CAROLINA LAVINI RAMOS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O AVC é uma doença debilitante, e a segunda maior causa de incapacidade no mundo.
Dentre suas várias sequelas a que escolhemos tratar é a espasticidade, ou seja, um
distúrbio motor causado pelo aumento do tônus muscular. O tratamento atual dessa
sequela é a fisioterapia (que auxilia e até mesmo recupera alguns movimetos) em
conjunto com aplicações de Botox. A toxina botulinica tipo A relaxa os músculos por ser
aplicada na placa entre o nervo e o músculo (bloqueia a liberação de acetilcolina pelas
terminações pré-sinápticas). Mas essa substância tem algumas falhas como seu preço e
a duração de cada aplicação, além disso, quando aplicada em excesso gera uma
paralisia, deixando o músculo mole e flácido. Na busca por um tratamento alternativo
encontramos o Curare (toxina d-tubocurarina), mas após algumas pesquisas se mostrou
inviável devido ao seu mecanismo de dispersão (ação sistêmica) no corpo. Continuamos
a busca por uma substância que relaxasse o músculo, mas que fosse isenta das falhas
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 23
apresentadas pelo Botox, e assim nos deparamos com a Crotoxina. Extraída do veneno
de cobras do gênero Crotalus, essa substância tem se provado eficiente no tratamento do
estrabismo (doença que afeta o paralelismo dos olhos). Quando aplicada a Crotoxina age
como um bloqueador neuromuscular, o que causa paralisia transitória do músculo e,
consequentemente, um relaxamento muscular parcial. Por isso acreditamos ser a melhor
saída para a questão da espasticidade. O próximo passo é continuarmos investigando os
possíveis benefícios da Crotoxina para a espasticidade e estabelecermos uma parceria
para iniciarmos os testes in vitro.
Palavras-chave: crotoxina, espasticidade, AVC, tratamento alternativo
25. Estudo da peçonha das serpentes Bothrops alternatus no corpo
de roedores
ALUNAS: JULIANA SILVEIRA PRODONOFF, LUNA DUARTE PRADO GARCIA E TAUANY LEONARDO
DA SILVA
PROF. ORIENTADOR: PETERSON LÁSARO LOPES PROFA. COORIENTADORA: SANDRA MARIA RUDELLA TONIDANDEL
Pouco se sabe sobre os efeitos do veneno da serpente Bothrops alternatus no organismo
de mamíferos. Este trabalho visa aprofundar os estudos nessa área, procurando
investigar a porcentagem de desgranulação de mastócitos peritoneais do camundongo
após a inoculação da substância pesquisada. O veneno da serpente Bothrops alternatus
deve causar ativação e desgranulação de mastócitos de tecido conjuntivo em grande
quantidade. Chegamos a essa conclusão nos baseando nos efeitos do veneno da
serpente Bothrops moojeni (Sampaio, 2009), que possui um alto grau de parentesco com
a Bothrops alternatus. Tais estudos serão realizados testando o mesmo em camundongos
(cujo uso é fiscalizado e legalizado pelo Comitê de Ética do Instituto Butantan), que serão
sacrificados em atmosfera de gás carbônico, após uma injeção intraperitoneal do veneno.
Após o experimento, será retirado o mesentério dos camundongos, o qual será colocado
em lâminas, para a análise no microscópio, após sua coloração. Todas as etapas nas
quais o contato com o animal, vivo ou após seu falecimento, é necessário, serão
realizadas por um profissional qualificado. Por meio da técnica de EIA, será determinada
a desgranulação de mastócitos peritoneais. Os resultados do projeto poderão ser
utilizados em futuros trabalhos na área. Não há estudos suficientes sobre efeitos
inflamatórios locais induzidos pelo veneno dessa serpente. Com as experiências
realizadas, será possível conhecer mais detalhadamente as respostas do organismo a
essa substância, e, eventualmente, auxiliar na concepção de um soro antiofídico
específico para a espécie, uma vez que o soro antibotrópico (usado em acidentes ofídicos
envolvendo serpentes do gênero Bothrops) nem sempre é capaz de neutralizar os efeitos
locais induzidos, podendo levar ao desenvolvimento de necroses, inclusive.
Palavras-chave: veneno proteolítico, Bothrops alternatus, bioquímica toxicológica
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 24
26. Identificando antígenos do leite nos alimentos
ALUNA: LORENA DAL COLLINA SANGIULIANO
PROFA. ORIENTADORA: CAROLINA LAVINI RAMOS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a alguns antígenos e pode
causar alguns desconfortos. A reação de hipersensibilidade a alguns alimentos pode ser
desencadeada com a simples ingestão de uma refeição que contenha o antígeno ao qual
o corpo da pessoa reage exageradamente ou pelo contato com objetos contaminados
com a proteína e isso pode levar a graves episódios alérgicos como coceiras, irritação no
nariz, urticarias e até o choque anafilático, que pode levar à morte. A dificuldade de
identificar os elementos que possuem o antígeno aos quais a pessoa é alérgica faz com
que seja necessário um método fácil e rápido de perceber em que alimentos eles se
encontram. O projeto visa desenvolver um “kit” a fim de detectar o alérgeno do leite ou
traços de suas proteínas nos alimentos para que a pessoa não corra o risco de passar por
um processo alérgico por acidente e possa fazer uma melhor escolha alimentar. Além de
mais tarde aperfeiçoá-lo para melhorar sua eficácia e rapidez, estender para outros
alérgenos e alimentos não líquidos.
Palavras-chave: antígenos do leite, beta-lactoglobulina, alergia
27. Análise da disfunção mitocondrial na doença de Parkinson
ALUNA: CAROLINA EVA PADILHA
PROFA. ORIENTADORA: CAROLINA LAVINI RAMOS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
A doença de Parkinson provoca tremores e dificuldades de se movimentar. Ela ocorre
quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina (um neurotransmissor
responsável por enviar comandos para os nervos) começam a se degenerar impedindo o
envio de mensagens corretamente e ocasionando a perda da habilidade de se
movimentar de modo eficaz. Nessa doença foi identificada uma disfunção no complexo I
da cadeia respiratória mitocondrial e uma significante atrofia das áreas substância negra e
locus cerúleos do cérebro daqueles afetados pela doença. Com base nisso, o intuito
desse estudo é observar se há expressão anormal de alguma proteína relacionada ao
funcionamento mitocondrial nessas áreas de cérebro, antes da agregação proteica, e
verificar se há uma relação com o desenvolvimento da doença. Para testar essa hipótese
utilizaremos um modelo de parkisonismo induzido por rotenona em ratos para avaliar a
expressão proteica nestas áreas do cérebro. O estudo de alterações celulares no período
anterior a agregação proteica em doenças neurodegenerativas é importante para a
melhor compreensão dos fenômenos que contribuem para o quadro de tais doenças.
Palavras-chave: Doença de Parkinson, mitocôndrias, expressão proteica
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 25
28. Quebrando barreiras da memória com a cafeína
ALUNA: BRUNA SPINA PAPALEO
PROF. ORIENTADOR: PETERSON LÁSARO LOPES PROFA. COORIENTADORA: SANDRA MARIA RUDELLA TONIDANDEL
O principal objetivo do meu projeto é descobrir as ações da cafeína no sistema nervoso,
principalmente no quesito memória. Em fases posteriores do meu projeto, a intenção é
descobrir se a cafeína pode ser usada para melhorar a memória e aumentar a atenção, o
que poderia aprimorar inclusive o desempenho pedagógico. Por estimular a liberação do
hormônio adrenalina e inibir a ação da adenosina intracelular (que promove o sono), a
cafeína tem um efeito que tende a deixar mais alerta. Devido a essa característica, eu
acredito que a cafeína afete as sinapses, promovendo um pensar mais rápido e um
melhor armazenamento de informações, melhorando inclusive a memória. A primeira fase
do meu projeto será realizada com testes em planárias (possivelmente do gênero
Dugesia). Eu testarei como a cafeína afeta a memória de planárias, comparando um
grupo experimental sob o efeito de cafeína com um grupo controle, com desafios simples
de aprendizagem. Esses primeiros resultados indicarão o caminho da pesquisa em fases
posteriores.
Palavras-chave: memória, cafeína, atenção, sinapse, testes de aprendizado em planárias
29. Seguindo o rastro das mucinas
ALUNA: JULIANA MARTES STERNLICHT
PROFA. ORIENTADORA: CAROLINA LAVINI RAMOS PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLA TONIDANDEL
O câncer é uma doença genética que se manifesta na forma de tumores malignos. Suas
células fazem metástase, não sofrem apoptose e têm algumas moléculas alteradas.
Dentre os tipos de câncer, há o melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele devido à
sua alta capacidade de metástase. Em 2010, houve 1507 óbitos no Brasil por causa deste
câncer. Nas células do melanoma, há mucinas alteradas, como a muc15, que são
marcadores moleculares. A muc15 pode ser identificada por anticorpos monoclonais, que
são produzidos artificialmente para atingir um antígeno de interesse. Os tratamentos para
o melanoma não são eficazes ou são desgastantes, sendo um deles a quimioterapia, na
qual compostos químicos atingem células que se proliferam constantemente. Assim, os
quimioterápicos atacam também células saudáveis. O quimioterápico mais utilizado no
tratamento do melanoma é a dacarbazina. Pensando em uma forma de fazer o
quimioterápico chegar somente às células neoplásicas, gostaria de descobrir como utilizar
os anticorpos monoclonais, que conseguem atingir antígenos específicos (mucinas
alteradas), como transporte para um quimioterápico (dacarbazina) que eliminaria as
células cancerígenas. A hipótese é que é possível produzir anticorpos monoclonais que
atinjam as mucinas alteradas. Estes anticorpos podem ser acoplados à dacarbazina que
eliminaria as células cancerígenas. Nas próximas etapas, investigarei mais a fundo as
propriedades dos anticorpos monoclonais, as características das mucinas, os
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 26
quimioterápicos e acharei um meio de acoplar o quimioterápico aos anticorpos
monoclonais.
Palavras-chave: melanoma, mucinas alteradas, anticorpos monoclonais, dacarbazina
BIOLOGIA GERAL
30. Menos nutrientes, mais vida?
ALUNOS: GABRIEL BASSOTO DE ABREU E SOPHIA LOPES RIBEIRO FIOROTTO
PROFA. ORIENTADORA: NILCE DE ANGELO PROF. COORIENTADOR: FERNANDO CAMPOS DE DOMENICO
É sabido que a fase de aclimatação da família Orchidaceae gera inúmeras mortes, devido
ao grande estresse que estas sofrem com a diminuição de nutrientes disponíveis. O
projeto visa desenvolver uma solução para reduzir essas perdas, que prejudicam
produtores, gerando um maior custo de produção e, consumidores, que pagarão mais.
Assim, pensou-se em uma fase de pré-aclimatação, visando a produção de um meio de
cultura intermediário para o desenvolvimento das plantas, supondo uma redução do
impacto gerado no envasamento. Para tanto, desenvolveram-se quatro meios de cultura,
são eles: meio controle, que possui X (100%) da concentração nutritiva, e os demais que
foram produzidos a partir da diluição deste, possuindo 1/8, 1/16 e 1/32 de X da
concentração. Estes receberam plantas em desenvolvimento há três meses que
passaram por uma coleta de dados inicial, considerando aspectos quantitativos foliares,
radiculares e de pseudobulbos. Houve a espera de quatro meses até a desmontagem do
experimento, em que se fez a retirada de todas as plantas do meio de cultura em que
estavam, seguido por uma segunda coleta de dados das variáveis utilizados
anteriormente, incluindo, porém, as medidas de massa fresca aérea e radicular. A análise
foi feita utilizando a estatística anova, com um único fator, comparando dois grupos
segundo relações como a variância do comprimento de folhas e raízes. Percebeu-se uma
menor variação significativa do comprimento das raízes e folhas dos grupos 1/16 e 1/32
em relação ao controle, enquanto no grupo 1/8 houve um aumento. Então, conclui-se que
os grupos 1/16 e 1/32 não apresentaram estímulos adaptativos e, provavelmente, não
teriam uma alteração na taxa de sobrevivência, sendo, pois, o grupo 1/8 o mais indicado
por a planta manter ou até melhorar seu desenvolvimento, além da economia que o
produtor teria no preparo do meio de cultura.
Palavras-chave: aclimatação, concentração nutritiva, estatística anova, Catasetum
fimbriatum, meio de cultura.
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 27
31. Saindo da zona de conforto: alteração das fontes de nitrogênio no
meio de cultura utilizado no cultivo in vitro de Catasetum fimbriatum
para diminuir as perdas de plantas na aclimatação
ALUNAS: BRUNA LONGO DE CAMPOS BUENO E GABRIELLA MADEIRA BARRETTI
PROFA. ORIENTADORA: NILCE DE ANGELO PROF. COORIENTADOR: FERNANDO CAMPOS DE DOMENICO
As orquídeas estão ente as plantas ornamentais mais apreciadas e algumas espécies,
como a Catasetum fimbriatum, são utilizadas como modelos experimentais em pesquisas
básicas de fisiologia vegetal. Essas plantas são cultivadas, normalmente, em condições
artificiais in vitro, crescendo no interior de frascos contendo meios de cultura
especialmente preparados. Geralmente ocorre uma perda muito grande de plantas no
momento em que elas deixam os frascos e são envasadas, na fase conhecida como
aclimatação. Nossa hipótese era que parte dessas perdas deve-se às condições muito
favoráveis às plantas no interior dos frascos, o que as levaria a formar raízes menores e
menos eficientes em absorver os nutrientes após o envasamento. O meio de cultura
normalmente utilizado no cultivo in vitro de orquídeas supre as necessidades de
nitrogênio dessas plantas a partir de duas fontes distintas: amônio e nitrato. Em nosso
projeto propusemos o cultivo das plantas em meios com uma única fonte de nitrogênio, de
modo que as plantas fossem induzidas a investir mais no crescimento de raízes durante o
cultivo in vitro. Na primeira etapa de nosso trabalho, as plantas foram produzidas através
de clonagem por estiolamento. Na segunda, transferimos as gemas para os respectivos
meios de cultura: o primeiro contendo somente o nitrato, o segundo contendo somente o
amônio e o terceiro (controle) contendo tanto o nitrato quanto o amônio como fontes de
nitrogênio. No início da segunda etapa, foram realizadas medidas dos seguintes
parâmetros: tamanho e número de raízes, tamanho e número de folhas, a altura e largura
do pseudobulbo. Após 75 dias, o trabalho foi desmontado e novas medições, dos mesmos
parâmetros, foram realizadas, além da massa fresca. Os resultados foram tratados
estatisticamente e observamos que o meio contendo amônio, em comparação com o meio
controle e com o meio contendo nitrato, apresentou resultados diferentes e significativos.
Palavras-chave: aclimatação, fonte de nitrogênio, nitrato, amônio, meio de cultura
32. Tratamento homeopático para controle da septoriose no cultivo da
alface Lactuca sativa
ALUNA: GABRIELA MARCONDES
PROFA. ORIENTADORA: REGINA MARQUES MARCÓK PROFA. COORIENTADORA: SANDRA M. RUDELLATONIDANDEL
A Homeopatia é uma prática iniciada no final do século XVIII na Alemanha, inicialmente
utilizada para tratamento de doenças em seres humanos. Posteriormente, seu uso foi
ampliado para a veterinária e agronomia. No Brasil, desde o ano 2000, a prática
homeopática já é considerada uma especialidade em Veterinária, e o Conselho Federal
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 28
de Medicina já a reconhece como especialidade médica. O tratamento homeopático
apresenta certas vantagens na agricultura em relação ao tratamento convencional, pois
os medicamentos homeopáticos não são tóxicos, trazendo maior qualidade do produto
cultivado, além de maior segurança para o trabalhador rural, uma vez que não entra em
contato com agrotóxicos. Hortaliças como a alface tem expressão significativa na
economia agrícola, mas sofrem com a ação de pragas que reduzem a produtividade das
lavouras. São Paulo responde por 31% da produção brasileira de alface, segundo dados
da Embrapa. O objetivo do nosso trabalho é inibir o aparecimento da septoriose, doença
fúngica incidente nas folhas de alface, Lactuca sativa, com tratamento homeopático.
Nossa hipótese é de que com a homeopatia possamos interferir em processos
metabólicos, trazendo melhores condições para a defesa dessa hortaliça, o que pode
acarretar em maior produtividade do cultivo. Resultados promissores têm sido apontados
em pesquisas realizadas na Embrapa e na Universidade Federal de Viçosa com doenças
fúngicas em alguns cultivares
Palavras-chave: homeopatia, septoriose, Lactuca sativa.
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 29
VII SIMPÓSIO DE PRÉ-INICIAÇÃO DO CIENTISTA APRENDIZ - 30
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