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USO SUSTENTÁVEL DA ÁREA MINERADA DA MINA DA PASSAGEM
JOSÉ FERNANDO MIRANDADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS DA ESCOLA DE MINAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
CYTED – 3: Red Iberoamericana “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” MASYS2ª Jornada técnico-científica de “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” Lisboa 2010
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Brasil: extensa tradição mineradora; acumulou vários casos de abandono de áreas
mineradas; recentemente, alguns casos de adequação de áreas
mineradas a outras formas de uso;
Função da legislação, que passou a ser mais exigente e atuante.
CYTED – 3: Red Iberoamericana “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” MASYS2ª Jornada técnico-científica de “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” Lisboa 2010
Implantação da Política Nacional de Meio Ambiente, através da Lei nº 6938 de 1981
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Mina Piçarrão – VALE - MG
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LAGO ÁGUAS CLARAS – VALE - Belo Horizonte MGLAGO ÁGUAS CLARAS – VALE - Belo Horizonte MG
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MINA DA PASSAGEM SEGUE A TENDÊNCIA MUNDIAL RECENTE:
Qualquer que seja a razão que leva ao fechamento, a recuperação de áreas degradadas e o uso futuro se fazem necessários através de um programa que contemple seis princípios:
Impacto no ambiente físico;
Impacto biológico e/ou ecológico;
Impacto nos valores de uso alternativos da área;
Impacto na qualidade de vida;
Impacto nos valores culturais e sociais;
Impacto no desenvolvimento econômico sustentável.
CYTED – 3: Red Iberoamericana “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” MASYS2ª Jornada técnico-científica de “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” Lisboa 2010
http://www.kernenergie.de/kernenergie/Themen/Entsorgung/index.php?langVersion=0
Depósitos Radioativos na AlemanhaMorsleben - depósito de resíduos radioativos criado durante o tempo da RDA Bartensleben, numa antiga mina de potássio (sal e rocha).
Entre 1981 e 1998 de cerca de 36.750 m³ de resíduos de baixa e média atividade, bem como cerca de 6.600 fontes de radiação fechadas foram ali armazenadas.
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BONNE TERRE MINE
Bonne Terre é uma cidade do Missouri Estados Unidos, que tem uma mina de chumbo (Pb) - operou de 1800 a 1960, quando foi desativada.
http://blogs.riverfronttimes.com/dailyrft/2010/03/history_channel_explores_missouri_diving_oasis_bonne_terre_mine.php
Hoje, a mina é quase toda alagada e possui cerca de 48 Km de lago navegável. Além de atrair mergulhadores de todo o mundo, a mina tem um fluxo médio em torno de 30.000 turistas a cada ano, para uma turnê das galerias, através de barco.
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Um mergulhador examina um carrinho de minério abandonado nas minas de Bonne Terre
http://blogs.riverfronttimes.com/dailyrft/2010/03/history_channel_explores_missouri_diving_oasis_bonne_terre_mine.php
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Um dos muitos prédios submersos dentro da mina de Bonne Terre.
http://blogs.riverfronttimes.com/dailyrft/2010/03/history_channel_explores_missouri_diving_oasis_bonne_terre_mine.php
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http://www.pbase.com/mandrade/image
http://www.pbase.com/mandrade/image/26171036
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Mina da Passagem é um dos casos brasileiros de adequação de uma área minerada em uma estrutura de turismo histórico e de aventura, desfazendo o mito de que o fechamento de mina será sempre visto como uma conseqüência inevitável e problemática da mineração.
Foto de Marcelo Costa-2010
CYTED – 3: Red Iberoamericana “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” MASYS2ª Jornada técnico-científica de “Medio Ambiente Subterráneo y Sostenibilidad” Lisboa 2010
Mina da Passagem - antiga mina de ouro que fica a 5 km do centro da histórica cidade de Mariana, é considerada, hoje, a maior mina de ouro aberta à visitação do mundo.
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Localização: Vila de Passagem, lugar da passagem da estrada entre Ouro Preto e Mariana sobre o Ribeirão do Carmo, a 105 km a sudeste de Belo Horizonte
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O método de lavra utilizado na Mina de Passagem foi o Câmaras e Pilares.Longe de apresentar regularidade como acontece nas lavras de carvão.
Acesso principal - declividade média de 20º e comprimento de 1032m.
A partir destes planos (R), iniciavam as galerias de nível (Retas), acompanhando a direção do minério, com seção de 4 x 4 m.
Todas providas de linhas de 15” de bitola e trilhos de aproximadamente 10 Kg por metro, sobre os quais o minério era transportado por carros e estes empurrados a mão.
E, a partir dessas galerias seguiam-se travessas (seção AB) que cortavam o corpo do minério, deixando-se os pilares de sustentação (com aproximadamente 3m de diâmetro), definindo-se assim, as câmaras.
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Adaptado de Maia (1948)
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No interior da mina, amplos salões, com cerca de 30 km de túneis e galerias e lagos subterrâneos de águas cristalinas, a temperatura oscila entre 17º C a 20º C, em qualquer época do ano, decorrente do eficiente sistema de ventilação natural que utiliza aberturas no teto das galerias interligando os níveis ao exterior da mina.
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Foto de Marcelo Costa-2010
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HISTÓRICO
Ouro primário descoberto no início do século XVIII - (1719). Lavra rudimentar foi iniciada em 1729. Em 1819 ela foi adquirida pelo Barão de Eschwege que aplicou técnicas modernas de mineração, dando inicio a uma profunda galeria para esgotamento de água e elaborou o primeiro plano de lavra subterrânea em Passagem. 1819 - criada a primeira companhia mineradora do País de capital privado - Sociedade Mineralógica da Passagem. Instalação de um engenho com nove pilões Californianos e moinhos para pedras, até então não usados no Brasil. Em 1821 Eschwege deixa o Brasil, ficando a exploração paralisada devido à conjuntura econômica do Brasil e à baixa cotação do ouro no mercado. Em 1976, o controle acionário foi transferido ao médico Dr. Walter Rodrigues, que
não conseguiu dar continuidade à exploração subterrânea. Atualmente, é controlada por herdeiros do Dr. Rodrigues que a transformaram num
complexo turístico onde os equipamentos desativados foram requalificados.
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Lisboa, - 11 e 12 de noviembre de 2010
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Pilões Californianos
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Com o fim da extração de ouro, em 1984, a empresa se viu diante de uma situação delicada, o que fazer com as escavações?
Foi nesta época que surgiu o projeto de se implantar ali um outro tipo de exploração: o turismo.
TURISMO
Foi implantado o projeto de adequar suas escavações subterrâneas numa estru-tura de visitação pública para que o turista fosse apresentado às implicações técnicas e ambientais da explotação mineral, na forma de uma mina / museu.
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http://www.panoramio.com/photo/610118
Atualmente, um pequeno trolley (espécie de vagão com bancos), usado pelos mineiros desde a época da explotação do ouro, leva o turista aos níveis situados a mais de 120m de profundidade.
Escada que dá acesso aos mergulhadores para o lago Fonte: http://www.1000dias.com/rodrigo/brasil/?id=353&tit=De-Volta-a-Mina-da-Passagem
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Em 1999, a mina foi aberta à visitação de mergulhadores e desde então é o ponto mais visitado para mergulhadores em cavernas no Brasil.
ESPORTE RADICAL
Em 2006 – a Mina da Passagem foi alugada para uma rede de televisão nacional, para uma competição de Downhill.
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Evento, inédito no Brasil.
O circuito, (+/- 1000 metros e três obstáculos artificiais) foi completado pelos atletas mais rápidos em cerca de 1 minuto.
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Conclusões
Áreas mineradas, abandonadas, em sua maioria não se recuperam num espaço de tempo desejável pelos meios naturais. Muitos problemas ambientais são provocados pela ausência de medidas preventivas e falta de uma recuperação efetiva.
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A Mina de Passagem é um bom exemplo de iniciativa de valorização e utilização de minas antigas para geoturismo, o que já é bastante difundido na Europa.
A presença deste e de outros sítios geológicos no QF mostra a importância desta região para história da mineração do Brasil e pode constituir-se em um instrumento de divulgação e conservação a partir de sua utilização pelo geoturismo.
Mediante os indicadores de desenvolvimento sustentável adotados pela legislação brasileira, verifica-se que a proposta de uso das áreas da mina da Passagem está atendendo com êxito às exigências ambientais pertinentes no País.
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REFERENCIAS • Knol, R. Planning for Mine Closure: responsibility of regulations, communit or industry? Australia: Minerals Council of Australia Environmental Workshop. 1999. P. 69- 82.
•Lima, H. M.; Curi, A. Mine Closure Principles. Ouro Preto. In: X Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental, Associação Brasileira de Geologia de Engenharia. 2002. 146p. Mi.
•Luz, Adão Benvindo da. Desativação de Minas. Rio de Janeiro: CETEM/CNPq, 1996. 18p.
•Maia, Joaquim. Considerações Sobre a Prática de Lavra em Passagem, MG. Ouro Preto. Escola de Minas da UFOP. Tese de livre docência. 1948. 125p.
•Oliveira Júnior, J. B. desativação de empreendimentos mineiros: estratégia para diminuir o passivo ambiental. São Paulo. Tese de Doutorado em Engenharia Mineral, Universidade de São Paulo, Escola Politécnica. 2001. 179 p.
•Rubio, Rafael Fernández. Minería y sustentabilidad Hoy. Belo Horizonte. X Congresso Brasileiro de Mineração. Anais. IBRAM. 2003.
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Obrigado e até breve!
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