7/26/2019 Trabalho Monetaria Inflao
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FE FACULDADE DE ECONOMIADisciplina: Economia Monetia e Financeia
REGIMES DE METAS DE INFLA!"O NO #RASIL
$o%esso: Leona&o Fla'(ino &e So'(aAl'nos: Cist)ieli Caoline Gon(a*a Vi+*as
Cistiane UesE&milson A'&a &e Oli,eia
Fa-io L'is Na&alSemeste: ./ 012.30
Janeiro 2015
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1. Introduo
Este trabalho abortar o regime de metas no Brasil. Entende-se como sendo regime
de metas, as metas de crescimentos para algum ndice de preos. No Brasil esse ndice de
preo conhecido por IPC !"ndice de Preo do Consumidor mplo#, $ue obtido atra%s dacoleta &eita entre os dias '( e )*( ou )'( dia do m+s. pes$uisa realiada em
estabelecimentos comerciais, prestadores de ser%io, domiclios !aluguel# e concessionrias de
ser%ios pblicos. s preos obtidos s/o os e&eti%amente cobrados ao consumidor para
pagamento a %ista.
IPC utiliado pelo Banco Central como medidor o&icial da in&la/o do pas.
go%erno usa o IPC como re&erencia para %eri&icar se a meta estabelecida para a in&la/o esta
sendo cumprida.0alaremos ainda acerca do CP1, $ue &ormado pelos dirigentes centrais do
Banco Central do Brasil. Ele &oi institudo em 2* de 3unho de '445, como ob3eti%o de
estabelecer as diretries da poltica monetria e de de&inir a ta6a de 3uros.
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2. O Regime de Metas no Brasil e o no mundo
regime de metas de in&la/o comeou a ser implementado em %rios pases a partir
da dcada de '44*, como7 No%a 8el9ndia !'44*#, Canad !'44'#, :eino ;nido !'442#,
0inl9ndia !'44)#, #, :epblica ?checa
!'44>#, Col=mbia !'444# e 16ico !'444#, entre outros.
Brasil aderiu ao regime no ano de '444, o mesmo prop@e uma meta de
crescimento para algum ndice de preos, $ue anunciada no incio de um determinado
perodo. meta estabelecida pelo go%erno eAou parlamento e de%e ser perseguida pelo
banco central cu3a poltica monetria passa ater um nico ob3eti%o7 alcanar a meta
in&lacionria determinada.
3. O caso do Brasil: uma re!e descrio
>, de 2 de 3unho de '444, ou se3a, um pouco depois do Pas ter adotado um
regime de c9mbio &lutuante aps um perodo de &orte press/o especulati%a sobre o real, $ue
ocorreu em 3aneiro da$uele ano. No Brasil, as metas s/o propostas pelo 1inistro da 0aenda,
mas decididas e anunciadas pelo Conselho 1onetrio Nacional !C1N#, $ue constitudo pelo
1inistro da 0aenda, 1inistro do Plane3amento e o Presidente do Banco Central do Brasil
!BCB#. lm do centro da meta, e6presso pela %aria/o do "ndice de Preos ao Consumidor
mplo, calculado pelo IBFE, o C1N determina o inter%alo de toler9ncia adotado, $ue tem
%ariado entre 2G e 2,HG acima e abai6o da meta central, de modo a permitir algum grau de
liberdade algum grau de &le6ibilidade poltica monetria. No regime in&la/o adotado no
Brasil n/o h o uso de um ncleo de in&la/o, 3 $ue, utiliado um ndice de preos cheio !oIPC#.
responsabilidade pelo comprimento das metas de in&la/o &oi delegada ao Banco
Central do Brasil. Em contrapartida, o go%erno delegou as decis@es de poltica monetria, ou
se3a, o poder de determinar a ta6a de 3uros bsica da economia, aos dirigentes do BCB.
Comit+ de Poltica 1onetria !Copom#, $ue composto pela diretoria do Banco Central, se
rene periodicamente !a cada JH dias# para estabelecer a ta6a de 3uros !a ta6a
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neutro. Por e6emplo, $uando estabelecida uma determinada ta6a de 3uros com %is de bai6a,
isto signi&ica $ue o presidente do BCB est autoriado pelo CP1 a reduir a ta6a de 3uros
com 3uros assim se achar con%eniente antes da pr6ima reuni/o ordinria deste organismo.
Luando o %is neutro, n/o h autoria/o concedida ao presidente do BCB. Contudo, o
presidente do BCB sempre poder con%ocar uma reuni/o e6traordinria do CP1 paraalterar a ta6a de 3uros.
ito dias aps a reuni/o do CP1, o sitio eletr=nico do BCB disponibilia as atas
das reuni@es $ue contm o sumrio da discuss/o do CP1 e as decis@es tomadas $uanto
de&ini/o da ta6a de 3uros bsica. o &inal de cada trimestre, o CP1 publica oRelatrio
de Inflao, $ue pro%+ in&orma@es detalhadas sobre a con3untura econ=mica do pas, assim
como suas pro3e@es para a ta6a de in&la/o, $ue s/o le%adas em conta pelo CP1 nas
reuni@es em $ue de&inida a ta6a de 3uros.Caso a meta de in&la/o K considerando inclusi%e o inter%alo K n/o se3a atingida ao
&inal de cada ano, o presidente do BCB tem $ue en%iar uma carta !$ue de%e ser de
conhecimento pblico# ao 1inistro da 0aenda 3usti&icando as ra@es pelos $uais a meta n/o
&oi cumprida, assim como as medidas propostas para traer a in&la/o para bai6o, alm do
perodo de tempo no $ual espera $ue as medidas tenham e&eito.
". #omit$ de %ol&tica Monet'ria do Banco #entral (#O%OM)
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ordinrias &oi reduido para oito ao ano a partir de 2**5, sendo o calendrio anual di%ulgado
at o &im de 3unho do ano anterior. Copom composto pelos membros da iretoria
Colegiada do Banco Central do Brasil7 o presidente, $ue tem o %oto de $ualidade e os
diretores de dministra/o, ssuntos Internacionais e de Fest/o de :iscos Corporati%os,
0iscalia/o, rgania/o do
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5. O*eti!os e as+ectos o+eracionais
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Con&orme Car%alho !2**#, os de&ensores do regime argumentam $ue a simplicidade
e a transpar+ncia do regime de metas de in&la/o possibilitam ao pblico entender mais
&acilmente a inten/o e os e&eitos da poltica monetria, reduindo assim a incertea $uanto ao
comportamento &uturo da in&la/o. E, dependendo do regime de metas de in&la/oconstitudo, uma poltica monetria mais &le6%el poderia ser adotada !ou se3a, alguma
discricionariedade poderia ser aceita# em rela/o prpria meta perseguida e no $ue di
respeito s condi@es de desemprego e &lutua@es na ta6a de cambio, desde $ue tal
&le6ibilidade n/o sacri&icasse a credibilidade do banco central. Consideram, assim, $ue o
regime de metas de in&la/o poderia n/o ser uma Tregra de polticaU rgida, mas uma estrutura
para a poltica monetria em $ue uma Tdiscricionariedade limitadaU poderia ser e6ercida.
Contudo, para $ue o regime de metas de in&la/o se3a adotado, necessria a de&ini/o de
alguns aspectos operacionais rele%antes, $ue dependem de escolhas das autoridades
econ=micas e das especi&icidades de cada pas.
Esses aspectos operacionais s/o7
, escol-a de uma meta +ontual eou uma anda7 a $uest/o se re&ere ao conhecido
trade-offentre credibilidade e &le6ibilidade. Por um lado, uma meta pontual mais &acilmente
compreendida pelo pblico por outro, a utilia/o de bandas, ainda $ue com uma meta
pontual estabelecida, ou se3a, o anncio de inter%alos de con&iana para a in&la/o !com piso e
teto# tem a %antagem de conceder certa &le6ibilidade poltica monetria diante a ocorr+ncia
de cho$ues $ue possam causar impacto sobre a in&la/o !por e6emplo, um aumento
e6acerbado do preo internacional do petrleo#. ado/o de bandas !em torno de uma meta
pontual# permite assim uma maior &le6ibilidade na estabilia/o da ta6a de crescimento
natural do produto e tambm acomodar os in%estimentos indese3ados da ta6a de c9mbio
nominal, um problema de particular rele%9ncia para os pases em desen%ol%imento su3eitos a
maior %olatilidade dos &lu6os de capitais e $ue possuem regimes de c9mbio &lutuante. lm da
$uest/o rele%ante de se determinar o %alor pontual da meta de in&la/o, a utilia/o de
inter%alos de con&iana !as bandas# re$uer $ue se3a de&inida a amplitude desse inter%alo,
sendo a escolha da amplitude diretamente relacionada ao trade-offmencionado, isto , $uanto
maior o tamanho da banda , mais reduida seria a crena do pblico no es&oro do banco
central para manter a in&la/o bai6a.
/R,O. Em economia, e6press/o $ue de&ine situa/o de escolha con&litante,isto , $uando uma a/o econ=mica $ue %isa resolu/o de determinado problemaacarreta, ine%ita%elmente, outros. Por e6emplo, de acordo com as concep@esMenesianas modernas, em determinadas circunst9ncias a redu/o da ta6a de
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desemprego apenas poder ser obtida com o aumento da ta6a de in&la/o, e6istindo,portanto um trade-off entre in&la/o e desemprego. !
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7. 8ist9rico da Meta de In6lao no Brasil.
onte: Banco #entral do Brasil
tra%s da tabela do histrico de metas de in&la/o do BCB, podem-se &aer %rias
anlises sobre os dados. do Copom, a in&la/o medida pela
%aria/o do "ndice Nacional de Preos ao Consumidor mplo !IPC# atingiu *,J2G em
outubro, *,'H ponto percentual !p.p.# abai6o da registrada no m+s anterior. essa &orma, a
in&la/o acumulada em doe meses declinou para 5,H4G !H,>JG em outubro de 2*')#, com os
preos li%res aumentando 5,>>G !,)G em outubro de 2*')#, e os administrados, H,HG
!',*'G em outubro de 2*')#. Especi&icamente sobre preos li%res, os de itens
comerciali%eis aumentaram 5,2HG em doe meses !5,)>G em outubro de 2*')#, e os de n/o
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comerciali%eis, ,JG !>,2JG em outubro de 2*')#. Note-se ainda $ue os preos no
segmento de alimentos e bebidas aumentaram ,5*G em doe meses at outubro !>,>>G em
outubro de 2*')#, e os dos ser%ios, >,H*G !>,JG at outubro de 2*')#. Em sntese, as
in&orma@es dispon%eis sugerem certa persist+ncia da in&la/o, o $ue re&lete, em parte, a
din9mica dos preos no segmento de ser%ios. Como tambm conclui o :elatrio de In&la/ode eembro de 2*'J, acelera/o dos preos ao consumidor no trimestreencerrado em
no%embro decorreu principalmente daacelera/o dos preos li%res, com desta$ue para
impactosassociados saonalidade, em especial sobre os gruposalimenta/o e %esturio.
. I%#,
"ndice Nacional de Preos ao Consumidor mplo !IPC# produido pelo IBFE
desde '44, e tem por ob3eti%o medir a in&la/o de um con3unto de produtos e ser%ios
comercialiados no %are3o, re&erentes ao consumo pessoal das &amlias, cu3o rendimento %aria
entre ' e J* salrios mnimos, $ual$uer $ue se3a a &onte de rendimentos. ?ambm s/o
produidos inde6adores com ob3eti%os espec&icos, como o caso atualmente do "ndice
Nacional de Preos ao Consumidor mplo Especial - IPC-E. partir do m+s de maio de
2***, passou a disponibiliar atra%s da Internet o "ndice Nacional de Preos ao Consumidor
mplo-'H -IPC-'H. esde 3unho de '444, o ndice utiliado pelo Banco Central do Brasilpara o acompanhamento dos ob3eti%os estabelecidos no sistema de metas de in&la/o, sendo
considerado o ndice o&icial de in&la/o do pas.
s principais %ari%eis $ue s/o in%estigadas e as unidades de in%estiga/o s/o os
preos obtidos s/o os e&eti%amente cobrados ao consumidor, para pagamento %ista.
Pes$uisa realiada em estabelecimentos comerciais, prestadores de ser%ios, domiclios e
concessionrias de ser%ios pblicos.
;ltimos 12 meses
M4s Valo Ac'm'la&o
AnoAc'm'la&o20 meses
Dez/2014 0,78 64,000 64,000
Nov/2014 0,51 55,800 65,500
Out/2014 0,42 50,483 65,872
Set/2014 0,57 46,090 67,465
Ago/2014 0,25 40,057 65,023
Jul/2014 0,01 37,567 65,023Jun/2014 0,40 37,463 65,236
Mai/2014 0,46 33,330 63,751
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Ab/2014 0,67 28,598 62,798
Ma/2014 0,92 21,752 61,531
!ev/2014 0,69 12,438 56,798
Jan/2014 0,55 0,5500 55,853
/odos os !alores desde 1
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=. %reos administrati!os
Preos administrados s/o os preos insens%eis s condi@es de o&erta e demanda.
Esses &ator s/o pelo &ato de serem estabelecidos por meio de contratos, ou por rg/os
pblicos. No brasil eles se encontram pela seguinte di%is/o, o $ue s/o determinados e
regulados %ia go%erno &ederal atra%s dele mesmo ou por ag+ncias reguladoras, e os $ue s/o
determinados pelos go%ernos municipais. ttulo de esclarecimento, est/o inclusos nos
preos administrati%os regulados a n%el &ederal7 ser%ios tele&=nicos, produtos e deri%ados do
petrleo, Eletricidade e planos de sade. V a n%el municipalAestadual, ta6a de gua e esgoto,
IP?;, IPQ, assim como tari&as de transporte pblicos. Qaria/o desses preos depende de
ideologias polticas dos go%ernantes em gest/o, do mercado internacional a &im de se procurar
um a3uste e dos interesses das corpora@es. Podemos citar como e6emplo, deri%ados de
petrleo como gasolina, gs de coinha leo para %eculos entre outros, s/o determinados no
brasil pela a Petrobrs, $ue os a3usta periodicamente &aendo a baliar/o com os preos
internacionais, Porm nem sempre isso respeitado. Energia eltrica, tele&onia tambm s/o
regulados atra%s de contratos pr estabelecidos entre o Fo%erno e as empresas pri%adas,
0ator de muita import9ncia $ue se le%a em considera/o em contratos o &ator
in&la/o, do $ual tem um papel &undamental na determina/o dos a3ustes. ndice de preos
ao consumidor amplo !IPC# composto por cerca de J)* produtos e ser%ios di%ersi&icados
possui destes, 2HG composto de preos administrados. Rogo me6er em um $uarto do ndice
gera um impacto muito grande no resultado da in&la/o. :essalta-se tambm $ue '4G do
IPC, '4G s/o compostos por itens relacionados ao transporte, destes 4G sobre total controle
do go%erno. esta &orma %emos $ue para garantir simpatia popular por %ees represamentos
s/o &eitos a ttulo de ma$uiar os reais indicadores econ=micos, e assim garantir a perpetua/o
do poder. In&elimente essas medidas s/o temporrias e caras, cedo ou tarde esses preos tem
$ue ser rea3ustados. Isso causa n/o s um problema econ=mico, mas tambm uma inseguranainstitucional por parte de in%estidores e6ternos e empreendedores nacionais, $ue in&elimente
s/o os $ue mais sentem essas atitudes populistas deste go%erno.
tualmente com a press/o econ=mica sobre o go%erno em e6erccio no Brasil, para
um controle maior da in&la/o e a necessidade de melhora e crescimento da economia, o atual
ministro da &aendo estipulou como meta de seu trabalho o TpatrimonialismoU como
metodologia a ser utiliada, Na prtica, isso signi&ica mais transpar+ncia e controle das contas
pblicas. E no $ue depender do ministro da &aenda Voa$uim Re%, acabou a manipula/odos preos administrados, e%ido a irresponsabilidade passada, passi%os como de :W 2,H
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bilh@es no setor eltrico de%em ser e$ualiados, a %olta da Cide entre outros rea3ustes.Qimos
no Brasil recentemente uma manipula/o dos preos administrados por parte do go%ernantes
atuais, a &im de se perpetuarem no poder e n/o mostrar a real cita/o econ=mica a popula/o
menos crtica e in&ormada, tais &eitos mostraram uma total irresponsabilidade do grupo
poltico atual com o &uturo de pais, e o respeito ao mercado. Empresas pblicas amargarampre3uos enormes, o pas correu o risco de perder grau de in%estimentos e 3 se a%alia $ue
neste ano podemos ter uma contra/o na economia.
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Biliogra6ia
BCB K Banco Central do Brasil.8ist9rico de metas +ara a in6lao no Brasil (1