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“Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim”
(Jo 12,32).
Julho de 2011 / Ano MMXI
Informativo Mensal do Movimento Pólen
Síntese
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EDITORIAL
Queridos Amigos,
É com grande alegria que iniciamos esse mês dando as boas vindas ao
Inverno e as festanças Juninas. Nada como comer um pinhão, uma paçoca e
participar da quadrilha, e beber um quentão bem quentinho para aquecer o
esqueleto.
Mas vocês sabem a origem dessa festa? Sabem porque a comemoramos?
Esse é o mês de São João e São Pedro! Após a Palavra de Vida, temos um breve
texto contando um pouco da origem e da hístória da Festa Junina.
Espero que todos estejam bem agasalhado e quentinhos, porque quem não
tiver irá pra cadeia no dia 22/07, dia da nossa festa!
Ainda nesse mês teremos o Eazinho dia 16 e a Reunião Central dia 05. Levem
seus representantes e não esqueçam os casacos!
Um grande abraço e fiquem com Deus!
Sem mais para o momento,
Theodor Konrad Wojcikiewicz
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Palavra de Vida
“ Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32).
Desde abril deste ano, em que agradecemos a Deus os 40 anos do Movimento
Pólen, por tudo o que Ele nos tem dado, estamos, em nossas Palavras de vida,
trazendo para dentro de nossa vida a mensagem do nosso Papa Bento XVI para a
XXVI Jornada Mundial da Juventude, a JMJ de 2011 em Madrid, na Espanha. A
Palavra que sintetiza a mensagem é: “Enraizados e edificados em Cristo... Firmes
na fé” (Col 2,7).
Faz parte também da mensagem da JMJ, a presença da Cruz de Cristo e de
um ícone de Maria. Neste mês de julho somos convidados a compartilhar da
peregrinação que se faz pelo mundo “rumo a Madrid”, erguendo bem alto a CRUZ.
Por isso, a nossa Palavra de Vida é “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos
a mim” (Jo 12,32).
No momento que em Jesus crucificado foi elevado da terra, suspenso entre o
chão e o céu, durante três horas de indescritível agonia, começou a atrair os olhares
e o amor dos corações de todos os que tiveram a coragem de se confrontar com
Ele. Daquela Sexta-Feira Santa até o último dia da história da humanidade, Jesus
Crucificado exercerá uma força de salvação para todos os que, em qualquer parte
do mundo, tiverem a coragem de não desviar dele o olhar. “Atrairei todos a mim” (Jo
12,32).
A cruz foi introduzida na
peregrinação da JMJ no Ano Santo da
Redenção que a Igreja vivenciou em
todo o mundo, desde a Semana Santa
de 1983 até a Semana Santa de 1984.
Nesse período, recordando os 1950
anos da Morte e Ressurreição de Cristo,
“uma cruz de Madeira de 3,8 metros foi
construída e colocada como símbolo da
fé católica, perto do altar principal na
Basílica de São Pedro, em Roma”. No
final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Bem-aventurado Papa João
Paulo II deu essa cruz aos jovens como um símbolo do amor de Cristo pela
humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do
Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma.
Ao entregar-lhes a Cruz naquela ocasião, o Bem-aventurado João Paulo II
disse: “Meus queridos jovens! Na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal
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deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo. Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do
amor de Cristo pela humanidade e anunciem a todos que somente na morte e
ressurreição de Cristo podemos encontrar a Salvação e a Redenção” (Isto foi em
Roma, no dia 22 de abril de 1984). Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre.
Levaram a Cruz ao Centro São Lourenço, que se converteu em sua morada habitual
durante os períodos em que ela não estivesse peregrinando pelo mundo.
Em 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo através da Europa, além da
Cortina de Ferro, e por locais das Américas, Ásia, África, Austrália, estando presente
em cada celebração internacional da JMJ. Em 1994 a cruz começou um
compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada pelas dioceses
do país – sede de cada JMJ internacional, como meio de preparação espiritual para
o grande evento.
A cruz, desde aquela que traçamos sobre nós mesmos ao invocamos a
Santíssima Trindade cada manhã, a cruz com a qual iniciamos a oração do rosário
professando nossa fé católica, a cruz presente em nossos lares e em tantos
ambientes públicos... até a Cruz da JMJ, é sempre o sinal do Amor de Deus por nós
em Cristo, que por nós deu a sua vida e ressuscitou vitorioso sobre a morte, o
pecado e o mal.
Se persistirmos em olhar para Jesus Crucificado e Ressuscitado, tanto mais
seremos por Ele atraídos. Se persistirmos em falar e comunicar o Mistério de Jesus
Crucificado e Ressuscitado, ajudaremos muitas pessoas a se decidirem a se deixar
atrair por Ele.
Se persistirmos em testemunhar com os nossos sofrimentos vividos no amor a
Jesus, Crucificado e Ressuscitado, a começar pelos nossos mais próximos, muitos
de todas as idades se deixarão atrair por Ele.
“ Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12,32).
“Enraizados e edificados em Cristo”, vamos prosseguir “Firmes na fé”
(Col 2,7).
Pe. Pedro Adolino Martendal
Diretor Espiritual
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Festas Juninas Origem/História
Festa juninas ou santos populares são uma celebração brasileira e portuguesa,
de origem européia. Historicamente, está relacionada com a festa pagã do solstício
de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-
gregoriano) e cristianizada na Idade Média como "festa de São João".
Ela festeja no Brasil importantes santos católicos:
Santo Antônio (13 de junho)
São João (24 de junho)
São Pedro (29 de junho)
São Paulo (29 de junho)
São Marçal (30 de Junho)
Em Portugal, estas festas são conhecidas pelo nome de santos populares e
correspondem a diferentes feriados municipais: Santo António, em Lisboa, São
Pedro no Seixal, São João, no Porto, em Braga e em Almada.
No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São
João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de
outros países europeus cristianizados dos quais se oriundam as comunidades de
imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa
já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos
costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.
Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus
católicos, protestantes e ortodoxos (França, Portugal, Irlanda, os países nórdicos e
do Leste europeu). As fogueiras de São João e a celebração de casamentos reais
ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina) são
costumes ainda hoje praticados em festas de São João européias.
A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região
árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro,
pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do
milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.
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O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um
largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamento
para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e
adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel
colorido, balões e palha de coqueiro. Nos arraiás acontecem as quadrilhas, os
forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos…
Origem da fogueira
Fogueira de São João em Mäntsälä na Finlândia. Fogueiras de São João são
bastantes populares na Finlândia, onde parte da população passa o dia de São João
("Juhannus") no campo ao redor das cidades em festejos (por causa do elevado
consumo de bebidas alcoólicas, a porcentagem de acidentes e intervenções policiais
no São João finlandês é comparável à do Carnaval brasileiro).
De origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã
de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã
"sempre verde" em árvore de natal, a fogueira do dia de "Midsummer" (24 de Junho)
tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista,
o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço
comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da
Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às
fogueiras de Natal.
Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo
costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em
um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento
de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender
uma fogueira sobre um monte.
O uso de balões
O uso de balões e fogos de artifício durante São João no Brasil está
relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Fogos de
artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados
por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no
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Nordeste e em outras partes do Brasil. Os fogos de artifício, segundo a tradição
popular, servem para despertar São João Batista (fogos de artifício podem ser
perigosos, por isso tome muito cuidado!!).
Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei
devido ao risco de incêndio (não solte balões!!! no Brasil eles são proibidos e podem
tirar vidas inocentes!!!). Os balões serviam para avisar que a festa iria começar;
eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança.
Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar
bombas e estalinhos.
O mastro de São João
O mastro de São João, conhecido em Portugal como o mastro dos Santos
Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a
essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três
bandeirinhas simbolizando os santos (São João, São Pedro e São Paulo). Tendo
hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes
de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem
sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o "mastro de maio", ou a
árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.
Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante
notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal passou a ser erguido em
junho e a celebrar as festas desse mês (o mesmo fenômeno também ocorrendo na
Suécia, onde o mastro de maio, "majstången", de origem primaveril, passou a ser
erguido durante as festas estivais de junho, "Midsommarafton"). O fato de suspender
milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs
similares em torno do mastro de maio. Hoje em dia, um rico simbolismo católico
popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os
seus enfeites.
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A Quadrilha
A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para
quatro pares, a "quadrille", em voga na França entre o início do século XIX e a
Primeira Guerra Mundial. A "quadrille" francesa, por sua parte, já era um
desenvolvimento da "contredanse", popular nos meios aristocráticos franceses do
século XVIII. A "contredanse" se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de
origem campesina , surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se
popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.
A "quadrille" veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das
elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de
Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas
poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de
letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do
cavanhaque).
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com
danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o
aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda
que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o
seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma
dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a
quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a
influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais
pelos estudos folclóricos…
O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa
entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como
outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por
associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por
professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana,
como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse
folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e
artificial da quadrilha.
Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem
acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão (acordeom), pandeiro, zabumba,
violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria
a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso
binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.
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Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre
"marcante" ou "marcador", pois é quem determina as figurações diversas que os
dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por
alguns mestres para cadenciar a dança.
Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora
do nordeste (indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das
comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável.
Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a quadrilha pode
encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas
de São João européias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais.
Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois
elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa."
Fonte: http://www.cantodapaz.com.br/blog/2008/06/23/simbolos-festa-junina/
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AGENDA PÓLEN – 2011
Julho
02/07/2011 - Festa Julina
02/07/2011 - Missa Mensal
05/07/2011 - Reunião Comunidade Central
16/07/2011 - Eazinho
16/07/2011 - Missa Jovem
30/07/2011 - Missa Jovem
Agosto
02/08/2011 - Reunião Comunidade Central
06/08/2011 - Missa Mensal
20/08/2011 - Missa Jovem
26/08/2011 - Aniversário Movimento Pólen
31/08/2011 - Adoração ao Santíssimo
Setembro
03/09/2011 - Missa Mensal
06/09/2011 - Reunião Comunidade Central
16/09/2011 - LIV Retiro Básico
24/09/2011 - Festa Temática
29/09/2011 - Adoração ao Santíssimo