Esquemas sintese cantigas_amigo
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Cantiga de amigo narrativa: a ida à ermida.
Personagens
• A amiga
• O amigo
(ausente)
Ação
A amiga aguarda
a chegada
do amigo.
Ele não chega,
e a maré sobe
Tempo
A duração
da subida
da maré
Espaço
• A ermida de San
Simon, situada
numa ilha
• Ondas do mar
Estado de espírito do sujeito poético: a donzela em progressivo sofrimento.
Ansiosa
Aguarda
o seu amigo,
que não aparece
O mar sobe;
não há barqueiro
para a ajudar;
não sabe remar
Desesperada
Morrerá
«fremosa»
no alto mar
Nervosa
Papel da Natureza: o perigoso cenário das ondas do mar que rodeiam a amiga.
• Põe a vida da amiga em risco
• Impede o encontro do par amoroso
• Propicia a «morte» da amiga
Mar
Cenário: os elementos contribuem para o isolamento da donzela.
Mar
Ilhéu
ErmidaDonzela
Tempos verbais:
Pretérito
Causas
da situação
atual
Problema
enfrentado
no momento
de enunciação
Futuro
Desenlace
da situação:
morte
Presente/gerúndio
Cantiga de amigo dialogada: pedido angustiado às flores do verde pino.
Personagens
• A amiga
• A Natureza
(flores
do verde pino)
Ação
A amiga questiona as flores
sobre o estado e o paradeiro
do seu amigo.
As flores asseguram-na
de que o amigo está bem
e que chegará no prazo
combinado
Estrutura
Cantiga paralelística perfeita:
unidade central — dístico
• último verso de cada estrofe
é repetido no primeiro verso
da estrofe correspondente
no dístico seguinte
• técnica de leixa-pren:
repetição parcial ou integral
de versos
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi á jurado!
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
Ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
Ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi á jurado!
Ai Deus, e u é?
A donzela dirige-se às flores do verde pinho:
• pede-lhes notícias do seu amigo
• acusa o amigo de lhe ter mentido e de não
cumprir a promessa de se encontrar com ela
Resposta das flores do verde pinho:
• confirmam que o amigo está bem
• asseguram-lhe que o amigo cumprirá a sua
promessa e estará com ela como combinou
Estado de espírito do sujeito poético: a donzela sofrimento por não ter
notícias do seu amigo.
Ansiosa/insegura
Refrão
interrogativo
Apóstrofe
à Natureza com uso
da interjeição «Ai»
repetida ao longo
da cantiga
Furiosa
Frases de tipo
exclamativo
Angustiada/saudosa
Refrão da cantiga «Ai Deus, e u é?» — apóstrofe interrogativa à divindade.
• Demonstra a ansiedade da donzela.
• Intensifica as emoções da donzela.
• Tempo primaveril; fertilidade
• Juventude
• Sentimento entre a donzela e o amigo
Simbologia
das flores
do verde pino
Papel da Natureza: confidente da donzela/tranquiliza a donzela/confirma
a lealdade do amigo junto da donzela.
Ambiente primaveril
Árvores em flor
Relação de proximidade:
Amigas
Irmanas
Cantiga de amigo (bailia): convite às amigas; desejo de ir dançar.
Personagens
Três amigas A donzela incita
as amigas a bailar
Espaço
Campestre:
• Debaixo
das avelaneiras
• Debaixo das avelãs
• Debaixo do ramo florido
Ação
Simbologia do número 3:
Perfeição
Harmonia
Consequência:
as donzelas belas
e apaixonadas
dançarão como elas
Estado de espírito do sujeito poético: a donzela tenta convencer as suas
amigas a dançarem com ela.
Alegre ConfianteSegura
Discurso persuasivo
Participar
no ritual
da dança
Convencer
as amigas
a dançar
1. Ser bela como
as três amigas
2. Amar alguém
Outras donzelas
bailarão: o ritual
cumprir-se-á
Intenção Ação Condição Consequência
Caracterização das três amigas no discurso do sujeito poético: autoelogio.
Repetição
das expressões positivas:
beleza e formosura
«quem for velida como nós»
«quem for louçana como nós»
«quem bem parecer como nós parecemos»
Características formais: estrutura paralelística com refrão intercalado.
Cantiga de amigo, de temática semelhante à do género alba:
a separação dos amantes.
Personagens
• Locutor:
a amiga
• Destinatário:
o amigo
• Testemunha:
as aves
1. A donzela alerta o amigo para
a chegada da manhã
2. As aves celebram o seu amor
3. O amigo partiu os ramos em que
as aves celebrantes pousavam
4. O amigo secou as fontes que
as aves celebrantes usavam
Espaço
Cenário
do idílio amoroso:
• Manhã
• Canto dos pássaros
• Ramos das árvores
• Fontes
Ação
• A donzela alerta o amigo para a chegada da manhã.
• A separação dos amantes é acompanhada por mudanças na Natureza.
Transformação na Natureza == evolução da relação amorosa
Estrutura da cantiga:
Coplas 1-4
Ambiente idílico, afetivo: a donzela acorda o amigo / a certeza de ser amada
Tempo presente: verbos no presente e no imperfeito do modo indicativo; modo imperativo
1.ª parte
Harmonia
Mensageiro da manhã
Assunto do canto: amor
Canto das aves
Coplas 5-8
Ambiente desagradável, penoso
Destruição dos símbolos da harmonia amorosa pelo amigo
Situação passada e que já não existe: verbos no perfeito do indicativo2.ª parte
Rutura
O amigo corta os ramos em que as aves pousavam
O amigo seca as fontes em que as aves bebiam
Canto das aves
termina porque
Simbologia do refrão:
Características formais: cantiga paralelística perfeita.
• Coplas 1 a 4: alegria da donzela.
• Coplas 5 a 8: antítese entre a tristeza descrita nos versos e a alegria
apresentada no refrão.
São idênticos, em intervalos de cinco, os versos 2/7, 8/13, 11/16, 14/19 e 17/22.
Cantiga de amigo, de temática semelhante à do género marinha
ou barcarola: a presença do mar.
Situação inicial: amigo ausente.
O sujeito poético e os elementos da Natureza:
EU
Donzela
TU
Ondas do
mar de Vigo
Apóstrofe
Confidentes
Mensageiras
Sentimentos pelo amigo
Paradeiro do amigo
Estado de espírito do sujeito poético: a donzela em progressivo sofrimento.
Coplas 1 e 2
Coplas 3 e 4
Refrão
«se vistes meu amigo?»
«se vistes meu amado?»
«o por que eu suspiro?»
«por que ei gram cuidado?»
Ansiosa
Duvidosa
Aflita
Preocupada
Desejo de rever o amigo;
desejo de união«E ai se verra cedo!»
virá — futuro do modo indicativo
Angústia e receio constantes
devido à ausência do amado
Inquieta
Emotiva
Repetição
Frases interrogativas
Frase exclamativa
• Cantiga de refrão.
• Cantiga paralelística perfeita, com emprego da técnica de leixa-pren.
Características formais:
Cantiga de amigo dialogada: conversa entre uma mãe e a sua filha.
Texto
lírico Texto
dramático Texto
narrativo
Veados == símbolo
do amigo
Situação inicial: a mãe interroga a filha acerca do seu atraso na fonte.
Percebe que a filha
está apaixonada.
Recusa a mentira
Discurso da filha:
veados revolviam a água
Personagens
• A mãe — madre
vigilante e protetora
• A donzela — filha
apaixonada
• Coplas 1 e 2 :
a mãe interroga a filha
• Coplas 3 e 4: a filha
justifica o seu atraso
• Coplas 5 e 6 : a mãe
não aceita a explicação
da donzela
Espaço
Campestre:
• a fonte
• outros elementos
da Natureza
(referência ao rio, ao mar
e aos cervos do monte)
Ação
«mentir por amigo», «mentir por amado» —
encontro com o namorado
Discurso da mãe:
os veados não revolvem
as águas
A filha mente para
esconder a verdadeira
razão do seu atraso