Download - Sentido e Ritmo da Nossa Revolução.

Transcript
  • 8/14/2019 Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo.

    1/6

    1

    A Ao Integralista Brasileira um movimento revolucionrio, no no sentidocomum que se empresta a esta expresso, porm num sentido mais alto e profundo.

    Quando falamos revoluo integralista no nos referimos arregimentao deforas heterogneas e confusas, tangidas unicamente pelos descontentamentos coletivos eobjetivando exclusivamente o assalto ao Poder. Este movimento, que o maior do mundoem extenso geogrfica, abrangendo um territrio igual ao da Europa, e que o maisimpressionante da Histria Ptria, desde o Descobrimento, , tambm, como fenmenoespiritual, o mais expressivo dos tempos modernos, assim como o mais tipicamentecultural de todos os movimentos sociais e nacionalistas contemporneos.

    A revoluo integralista se processa em dois planos simultaneamente:1) O plano espiritual mediato;2) O plano cultural, imediato.No plano espiritual, o objetivo mediato, porque para atingi-lo teremos de levar

    muitos anos de doutrinao, de educao constante do povo, de esforo individual de cada

    um. No plano cultural, o objetivo imediato, porque o Brasil necessita, desde logo, deuma transformao do Estado, mediante a qual poderemos, como queria Alberto Torres,assumir nova atitude em face dos problemas.

    A Revoluo EspiritualSeria ridculo que ns nos apresentssemos Nao, dizendo: somos os homens

    perfeitos, somos os nicos honestos, somos os santos e os heris, s a ns assiste o direitode governar o pas. Essa atitude de orgulho que tem posto a perder a todos os que

    julgaram salvar o Brasil mediante simples revoluo de quadros, simples mudana dehomens. Em 1930, brasileiros bem intencionados, porm tentados pelo demnio da vaidade,apresentaram-se Nao como os puritanos da Ptria. Esse esprito de puritanismo nopermitiu que os problemas nacionais fossem estudados na sua complexidade e nas suasmais profundas razes, criando-se, apenas, o mito da moralidade administrativa, que,sendo um dever, no pode ser objeto de programa.

    O Integralismo sabe que o Brasil no um pas de santos canonizados nem deanjos pulcros. A doutrina do Integralismo, em relao s questes de Estado no vai buscara sua inspirao no otimismo de Rousseau e de Locke. Pelo contrrio, somos pessimistasem relao possibilidade de uma instantnea transformao dos homens, repousandotoda a nossa esperana imediata na transformao do regime, de modo a policiarmos astendncias ms que uma educao materialista agravou no pas. No vamos aos excessospessimistas de Hobbes, imaginando o Leviat, o Estado absorvente, anulador de todas asliberdades. Conservamo-nos na linha realista, crentes de que uma obra sistemtica deeducao individual e da coletividade elevar a mdia das virtudes morais e cvicas do povobrasileiro, cuja estrutura mais ntima nos revela traos de superioridade incontestvel.

    Essa obra de educao que ns chamamos a revoluo espiritual e em razodela que nos distinguimos tanto do Fascismo como do Hitlerismo, imprimindo um sentidoprofundo ao nosso movimento.

    NCLEOS INTEGRALISTAS DO ESTADO

    DO RIO DE JANEIRO

    Visite nosso portal: [email protected]

    SENTIDO E RITMO DA NOSSA REVOLUOPlnio Salgado

  • 8/14/2019 Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo.

    2/6

    2

    Fariseus e publicanosH no Evangelho uma parbola que serve para ilustrar o nosso pensamento. a do

    fariseu e do publicano. Enquanto aquele vai se ajoelhar prximo ao altar, vangloriando-se desuas virtudes, da sua incorruptvel maneira de cumprir a lei de Moiss, o pobre publicanoajoelha-se na porta do templo de Salomo, exclamando: No sou digno Senhor, de meaproximar de vs. O Divino Mestre afirma que o publicano est no caminho da perfeio eesse o caminho que eu indico a todos os integralistas.

    O primeiro ato revolucionrio do integralista assumir essa atitude humilde dianteda Ptria. Em vez de viver apontando os defeitos alheios, procurar descobrir os prpriosdefeitos e corrigi-los. Confiar mais no gnio da raa e na inspirao de Deus do que nosseus prprios mritos. Ferir de morte a vaidade, aceitando muitas vezes o comando de umcompanheiro que tem uma posio social inferior sua. Vencer a si prprio, contrariando-se, ciliciando-se a todo instante em corao e esprito, convencido de que num pas ondecada qual intransigente em relao aos seus semelhantes, no existe possibilidade de

    harmonia social nem de grandeza da Nacionalidade. Dominar o comodismo, a preguia, oceticismo, a desiluso, o cansao, a impetuosidade, o egosmo, o apego s glrias falazes,convencido de que ningum tem o direito de pretender orientar uma Ptria, quando no capaz de governar-se a si prprio. Esforar-se, instante a instante, na aprendizagem dodomnio de si mesmo, pois neste domnio que reside a essncia da autoridade pessoal decada um. Cultivar o amor ao seu povo e a generosidade para os que se manifestamincapazes de compreender este movimento, porque a conquista de todos os brasileirosmuito depende da perseverana, da pacincia, da tenacidade e serenidade dos nossosdoutrinadores. Despertar em si prprio as foras do sentimento nacional porque a fuso detodas as centelhas de patriotismo de cada corao formar a fogueira que incendiar ogrande corao da Ptria. Pedir a Deus coragem e pacincia, fortaleza e inspirao, energiae bondade, severidade sem alarde, bravura sem ostentao, virtude sem orgulho puritanista,

    humildade sem indignidade e dignidade sem egolatria.Luta subjetiva e ao objetivaEssa a revoluo interior, a revoluo espiritual. Ns sabemos que ela se

    processar devagar, porque estamos encharcados dos vcios de uma educao materialista,de uma educao farisaica de catonismos hipcritas em que se esfacelou uma Repblicaque confiou mais nos doutores da lei do que na realidade da Ptria e nas profundasverdades humanas.

    Sei que essa Revoluo Espiritual durar muito tempo e o seu triunfo completo sse dar nas futuras geraes. por isso que, paralela a essa transformao do espritonacional, estamos acionando a Revoluo Cultural. H no Integralismo uma revoluosubjetivae outra objetiva.

    Transformao do Estado

    No podemos nos cingir exclusivamente transformao espiritual, porque temosproblemas imediatos e, principalmente porque, dentro do atual regime, tudo se tornar maisdifcil para atingirmos os objetivos morais que colimamos. Enquanto a revoluo espiritual seprocessa, por assim dizer, numa progresso aritmtica, a outra, a revoluo cultural seopera numa progresso geomtrica. Os resultados que iremos obtendo, em sntese, podemser comparados razo logartmica das duas revolues.

    O problema da transformao do Estado subordina-se a uma concepo filosficada qual decorrem as solues dos problemas poltico e econmico. Partimos do princpio daautoridade moral do Estado, do conceito tico do Estado. Esse princpio se origina daprpria concepo do Universo e do Homem, encarados de modo integral. A subordinaodo mundo da matria e da fora ao mundo do esprito e da vontade. A sntese dasconcepes cientfica e espiritual que marcam os aspectos das filosofias da Idade Mdia e

    do sculo XX. Repelimos todas as unilateralidades to caractersticas do sculo passado.Assim fazendo, no condenamos de um modo absoluto, os esforos prodigiosos dospensadores, socilogos e economistas do sculo XIX. Entendemos que cada corrente secolocou num ponto de vista restrito. A sociedade tem de ser encarada de um modo total,

  • 8/14/2019 Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo.

    3/6

    3

    no s em relao a seus aspectos formais, porm natureza e direo de seusmovimentos.

    No ficamos com aqueles que, como Spencer, subordinaram tudo sistematizao

    do evolucionismo darwiniano, justificando as opresses da burguesia contra ostrabalhadores; nem com aqueles que, como Le Play, Ratzel, Demoulins, pretenderam ver nageografia social a nica chave dos problemas polticos; nem com aqueles que, comoGobineau ou Gumplowicz, apontavam toda a soluo do problema tnico no mistrio dosplasmas germinativos; nem com Karl Marx, que considerou uma nica face do Homem, aface econmica, e muito menos com Adam Smith, precursor de Marx, que acreditou nodogma das leis naturais em economia; nem com Sorel que reduziu tudo a luta de classe;nem tampouco com aqueles que negaram a luta de classe.

    Ns, integralistas, somos homens do sculo XX, ao passo que os liberais, oscomunistas, os reacionrios de estrema direita, os socialistas timoratos, os republicanospositivistas, os cientifistas polticos so homens de uma poca que se assinalou pelo sentidoda anlise.

    Vivemos hoje uma poca de sntese. Quando as cincias se encontram todas norecesso do tomo, quase se confundindo a qumica com a astronomia, a velha verdade deAristteles surge do fundo da misteriosa harmonia da gravitao dos inios, mostrando-nosem todas as expresses do Universo a diferenciao, na unidade.

    Essa forma de mentalidade nova abre novos horizontes aos problemas polticos. Oconceito revolucionrio ganha uma nova significao, como direito do Esprito etransformao permanente do Estado, guardados os princpios do Direito Natural eobjetivando o destino supremo do Homem, segundo uma concepo espiritualista daexistncia.

    O Estado passa a ser o Grande Revolucionrio, falando em nome das inquietaes,dos desejos, das aspiraes superiores, dos sentimentos de Justia da Nao. O Estadoadquire, assim, uma autoridade nova, sobrepairando aos interesses de grupos sociais,

    polticos ou econmicos. O Estado passa a ser o supervisionador, o mantenedor deequilbrios, a concretizao do ideal de justia e de liberdade, o criador dos ritmos sociais.Conseqncias da nova concepo do Estado

    Uma vez que o Estado se constri de acordo com a alma de uma Nao e recebedesta o poder revolucionrio, ele, o Estado, tem o direito e a autoridade suficientes parainterferir com energia no campo econmico e social, poltico e financeiro, recompondoequilbrios, sempre que alguns elementos da sociedade se hipertrofiem em detrimento deoutros.

    a atitude nova em face dos problemas. Revoluo, em verdade, mudana deatitude.

    Verificando que a democracia est desvirtuada por erros dos sistema; que osufrgio universal a maior das mentiras, a fonte de todo o caudilhismo poltico, o

    instrumento de opresso dos ricos contra os pobres; que a quantidade excessiva de partidosdecorre do sufrgio e que os partidos so hoje em nmero to grande(150 inscritos noSuperior Tribunal Eleitoral) que s servem para anarquizar a Nao, enfraquece-la, dividi-lae alimentar a popularidade fcil de demagogos espertos; que a maior enfermidade do pas o regionalismo poltico, alimentado pelos partidos situacionistas e oposicionistas dosEstados, que no do tempo aos brasileiros de pensar um pouco nos problemas gerais daNao; que os problemas econmicos so tratados pelo critrio exclusivamente regionalista,em conseqncia da estreita mentalidade que os partidos provincianos esto criando; que opovo brasileiro est dividido e, por isso, enfraquecido, no podendo opor-se explorao docapitalismo estrangeiro; que os parlamentos polticos constituem um entrave s medidas deordem econmico-financeira que s um governo forte, tico, baseado em novos princpiosde economia poltica, poder tomar: - o Estado Integralista ter de substituir, imediatamente,

    afim de salvar a verdadeira democracia das garras de oligarquias financeiras, o arcaicoaparelhamento dos partidos pela organizao corporativa da Nao. Cada brasileiro ter dese enquadrar dentro da sua profisso. A vontade nacional ser traduzida com honestidade erealidade, no mbito dos interesses de cada classe. S os vagabundos ficaro de fora, pois

  • 8/14/2019 Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo.

    4/6

    4

    todo homem que trabalha ter de defender seus interesses dentro da sua corporao.Estar acabada a demagogia tanto civil como militar, ambas perniciosas, ambas atentatriasdos legtimos direitos de um povo, ambas opressoras, ambas fontes do caudilhismo, das

    oligarquias, da politicagem mais grosseira e pretensiosa.Isto feito, a Nao estar em condies de olhar de frente os grupos financeirosinternacionais, dizendo a palavra que ainda no foi dita, desde que nos amarramos ao p damesa dos magnatas de Londres, h mais de cem anos. O Estado Nacional Integralistapoder ento iniciar a revoluo da moeda, fundamental para a libertao de uma Ptria, deum povo de 40 milhes de habitantes e entravado na sua produo, no seu comrcio, naincrementao de suas fontes de riqueza por um sistema absurdo que vem sendo posto emprtica desde o alvorecer do sculo passado, com o fim exclusivo de facilitar asespeculaes indecentes das Bolsas, o jogo criminoso do cmbio, a elevao das taxas de

    juros, a escravizao de todos os produtores.Longo seria expor os pormenores dessa grande revoluo econmica; entretanto,

    estamos certos, ns, os integralistas, de que dentro do atual regime, no haver jeito algum

    de solucionar-se o problema financeiro do pas.Nem o problema financeiro, nem o da justia social. A social-democracia,implantada no Brasil pela Constituio de Julho, nunca resolveu as questes de outrospases; pelo contrrio, agravou-as. A questo proletria no Brasil se entrosa com todas asoutras questes de ordem econmica, financeira, tica e jurdica. Os socialistas no Brasilso da marca daqueles a que se refere Durkheim, dizendo que para eles o socialismo apenas a questo operria. Ns, integralistas, sabemos que o caso operrio no Brasil terde ser resolvido no conjunto que forma o quadro completo dos problemas nacionais.

    Vises unilateraisAlis, a unilateralidade ainda um vcio remanescente do sculo XIX, que temos

    de corrigir nos brasileiros. Muitos pensam que a soluo do nosso caso est, por exemplo,na questo dos transportes; outros que ela est na questo do caf; outros s pensam no

    combustvel, outros julgam encontrar a chave no livre-cambismo, ao passo que outros soprotecionistas. Muitos acham que a alfabetizao o nico problema, outros s falam nosaneamento. Alguns s pensam no quadro econmico, outros s pensam no quadro moral ereligioso. Muitos reduzem tudo a uma questo de moralidade administrativa. H os fanticosdo problema dos latifndios como h os que s se preocupam com a organizaocooperativa. Observo que a tendncia geral tem sido a de subordinar as questes maiscomplexas a um fator nico. Essa mentalidade os integralistas tm de combater, justamenteporque a sua doutrina integral. Todos os problemas se reduzem a um s: o problema doBrasil. Tudo tem de ser enquadrado num s pensamento e subordinado a uma nicaorientao geral e supervisionadora.

    Os integralistas estudamOrientada pelos grandes lineamentos doutrinrios do Sigma, adotando um

    mtodo crtico prprio e objetivando uma finalidade poltica preestabelecida, funciona emintensa atividade, a nossa Secretaria Nacional de Estudos. Dividimos as tarefas segundo asespecialidades. Orientamos as pesquisas, o trabalho das comisses num s sentido. Emtodas as Provncias funcionam as Secretarias Provinciais de Estudos, em correspondnciacom a Secretaria Nacional. So filsofos, socilogos, economistas, pedagogos, tcnicos,que pusemos em constante atividade, pois o nosso movimento rico em valores culturais. nesse setor que estamos operando a revoluo da cultura, tornando cada vez mais ntidauma doutrina de Estado, criando futuros estadistas pelo recrutamento de valores novos quesurgem de um mocidade inquieta.

    A disciplinaA revoluo espiritual ns a realizamos nos quadros da Secretaria Nacional de

    Educao. Somos hoje 400.000 brasileiros que, em 1.123 ncleos que funcionam em todo o

    pas, constitumos uma s famlia. Os integralistas no dizem Nao o que costumamdizer os puritanos e os fariseus do regime, atribuindo-se virtudes super-humanas. Osintegralistas exclamam: Somos brasileiros de boa vontade. Amamos nossa Ptria, cremosem Deus, estremecemos nossas famlias. Queremos ser bons e fazemos esforo para isso.

  • 8/14/2019 Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo.

    5/6

    5

    Esperamos que Deus, que ps a sua cruz de estrelas no cu do Brasil, nos inspire cada diae nos ajude a cultivar as virtudes cvicas

    O tempo que um integralista perderia fazendo acusaes deve ser empregadofazendo exame de conscincia e corrigindo as vaidades a fim de, um dia, quando tiverautoridade nas mos, no assumir atitudes quixotescas alardeando superioridades ridculas.

    O integralista sabe que tudo deve dar sua Ptria, que nada deve pedir a ela.Sabe que sofrer injustias, ser alvo de mentiras, de injrias e calnias, ser ridicularizadopor muitos e at apontado como louco. Abrasado pela divina loucura do amor da Ptria, elea tudo ser surdo. Suportar com alegria todas as perseguies que porventura lhe faampor ser integralista. Sofrer a agresso dos comunistas, defendendo-se, mas sem dio,porque o comunismo um fenmeno de dor num esprito desorientado pelos maus. Nuncadeixar de cumprir uma ordem de seus superiores, desde que ela no fira os princpioscristos em que se baseia o nosso movimento, porque uma ordem certa e discutida torna-semais perniciosa do que uma errada e cumprida, porque esta, pelo menos, prestigia o

    princpio de autoridade e revela em quem obedece a um triunfo moral sobre si prprio.Quem no sabe obedecer jamais saber comandar e o Integralismo tambm uma escolade comandantes.

    A nossa disciplina condena todos os conchavos de bastidores com foraspolticas liberais-democrticas, porque eles enfraquecem o princpio da autoridade. Nossapropaganda a descoberto, para que no haja compromissos de ordem particular. Aessncia do regime que desejamos incompatvel com processos maquiavlicos. Toda apreocupao dos integralistas formar uma grande famlia, presa pelos laos indestrutveisde uma doutrina e de uma solidariedade moral profunda.

    Carter brasileiro do movimentoO que distingue o Integralismo dos movimentos nacionalistas que hoje se

    processam em quase todos os pases do mundo exatamente o alto sentido cultural e o

    profundo sentido sentimental. Cristalizando, dia a dia, uma unidade de pensamento, oIntegralismo no se baseia num homem, porm num sistema de idias. Seus alicerces, pois,so os mais slidos possveis. O Chefe no passa de um simples soldado, queeventualmente exprime o princpio da autoridade. Estamos realizando um movimento parasculos e no para quadrinios. No pretendemos uma ditadura porque s os povosbrbaros toleram ditaduras, ainda quando estas venham disfaradas em positivismos desegundo grau, em consulados militares ou comits ou juntas de salvao pblica. No nosinsurgimos contra homens, porque eles so produtos dos partidos. Os partidos so produtode um regime. O regime produto de uma civilizao. Essa civilizao produto de umafilosofia de vida. Essa filosofia de vida produto de uma atitude de orgulhodo homem. aqui que encontramos o pivdo imenso maquinismo da economia e da poltica, maquinismodescontrolado, sem ritmo lgico e apenas expressivo da confuso dos espritos no sculo

    XIX. , entretanto, no sentimento delicado do povo brasileiro que vamos encontrar a chavecom que abrimos as portas do sculo XX. Para compreender o movimento integralista necessrio compreender a alma brasileira e sentir os dramas universais. E essacompreenso mais simples do que parece. Basta libertarmo-nos de ns mesmos, isto ,dos prejuzos de uma civilizao desumana e de uma cultura livresca. Ser simples como agua e como a luz. Ser pobre em corao e em esprito. A lio poltica das nacionalidadesest mais nas coisas simples e boas do que nas complicaes com que o charlatanismo deum sculo, que entronizou o empirismo, perturbou ainda mais as almas agitadas dos povos.

    _________________________________________________________________________________

    Se voc deseja maiores informaes sobre o Integralismo, contate:NCLEOS INTEGRALISTAS DO ESTADO DO RIO DE [email protected] NOSSO PORTAL: www.integralismorio.org

  • 8/14/2019 Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo.

    6/6

    6

    APNDICE HISTRICO SOBRE O SENTIDO E RITMO DA NOSSA REVOLUOSrgio de Vasconcellos

    Em 1932, Plnio Salgado fundou o Integralismocom o lanamento do mais famoso documento da HistriaPoltica Brasileira, o Manifesto de Outubro.

    O Movimento cresceu enormemente, ameaando,simultaneamente, pela primeira vez na nossa Histria, asoligarquias que governavam o Pas desde a Descoberta e osinteresses do capitalismo internacional, bem como, frustrou osplanos comunistas de uma rpida e sem resistncia conquistado Brasil.

    Centenas de milhares de pessoas filiaram-se aAco Integralista Brasileira, antes mesmo que a organizaocompletasse dois anos de existncia.

    Em 22 de Janeiro de 1935, Plnio Salgadocompletaria 40 anos. Para festejar o seu Aniversrio, osIntegralistas do Rio de Janeiro idealizaram uma apoteticacomemorao.

    A Homenagem consistiria num Banquete paratrezentos convidados: Lideranas Integralistas e as figurasmais significativas na Literatura, nas Cincias, nas Artes, etc.,reunidos no apenas para festejar o natalcio do ChefeNacional do Integralismo, mas, tambm, o mais destacadoescritor de sua gerao. Cerca de dois mil Camisas-Verdesformariam Alas na frente e nas escadarias do CopacabanaPalace Hotel, onde se realizaria o magno evento.

    Quando tudo j se encontrava preparado, aspresenas confirmadas da nata da intelectualidade brasileira,um simples telefonema de So Paulo encerrou os festejos. O

    Chefe Nacional proibia terminantemente a comemorao, pois,no era lcito que se gastasse tanto dinheiro numa festividadetipicamente burguesa e liberal-democrtica, enquanto o Brasilprecisava de Escolas, Famlias padeciam necessidades,Brasileiros passavam fome!

    Limitaram-se os Integralistas, ento, a mandarcelebrar uma Missa Solene em Ao de Graas, na antigaCatedral, que ficou superlotada de Milicianos.

    Mas, o Chefe Nacional, tendo recusado aquelashomenagens, terminou por presentear a Nao Brasileira,concedendo ao Correio da Manh - o mais importante jornalda poca -, naquele 22 de Janeiro de 1935, uma sensacionalentrevista. O jornal esgotou-se rapidamente e, fato raro na

    nossa Imprensa, foi repetida pelo matutino no dia seguinte; nodia 24 de Janeiro, A Offensiva, j o principal rgo daImprensa Integralista e que em breve seria o maior jornal dopas e o primeiro de circulao nacional, reproduzia aentrevista.

    O contedo desse documento, ainda atual, era de tal ordem que o prprio Plnio Salgadocolocou-o como primeiro captulo do seu livro A Doutrina do Sigma, tendo ainda sido reproduzidoem O Sonho do Philosopho Integralista, de Custdio de Viveiros, no O Communismo e seu Contra-Veneno, de Alberto Silvares, de novo por Plnio Salgado, no seu Pginas de Ontem, e ainda maisrecentemente no volume O Pensamento Revolucionrio de Plnio Salgado, organizado por AugustaGarcia Rocha Dorea.

    O Sentido e Ritmo da Nossa Revoluo, pelo seu relevante contedo doutrinrio, deleitura obrigatria para todos os Integralistas.

    Se voc deseja maiores informaes sobre o Integralismo, contate:NCLEOS INTEGRALISTAS DO ESTADO DO RIO DE [email protected] NOSSO PORTAL: www.integralismorio.org

    O Chefe Nacional Plnio Salgado