Seminário Arte na Alta Idade Média
A ARTE GERMÂNICA
Emanuel J. Fontinhas
Referências HAUSER, Arnold, História social da arte e da literatura, São Paulo: Martins
Fontes, 2004, p. 123-271 JANSON, H. W. História Geral da Arte – O mundo antigo e a Idade Média, São
Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 363-387 JANSON, H. W.; JANSON, Anthony F. Iniciação à História da Arte, São Paulo:
Martins Fontes, 2009, p. 102-115 GOMBRICH, E. H. A História da Arte, Rio de Janeiro: LTC, 2012, p. 157-169. LIUKKONEN, Petri, Arnold Hauser, Pegasos, Finlândia, 2008. Disponível em:
http://www.kirjasto.sci.fi/hauser.htm Acesso em: 16/05/13 - 14:30 SORENSEN, Lee, Janson, H[orst] W[oldemar], known as "Peter“, Dictionary of art
historians, EUA, 2000. Disponível em: http://www.dictionaryofarthistorians.org/jansonh.htm Acesso em: 17/05/13 - 16:20
Artigo: GOMBRICH, Ernst, Vide Editorial, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.videeditorial.com.br/dicionario-obras-basicas-da-cultura-ocidental/f-g-h-i/gombrich-ernst.html Acesso em: 18/05/13 - 12:35
Biography Gombrich, The Gombrich Archive, UK, 2005, Disponível em: http://gombrich.co.uk/ Acesso em: 18/05/13 – 15:00
A arte germânica
Mapa dos reinos germânicos, séculos VI e VII. Disponível em: http://medievalfafiuv.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html
A arte germânicaINTRODUÇÃO “A arte produzida durante o período da migração dos povos é uma arte
obsoleta, defasada no tempo, quando comparada com a da Antiguidade Cristã; no aspecto estilístico, não tinha avançado muito além da Idade do Ferro. (...) Apesar do dinamismo explosivo de suas formas, é e continua sendo uma arte meramente decorativa, insignificante e fútil. (...) Quer se trate de um estilo especificamente germânico ou, o que parece ser mais provável, de um estilo ornamental cita e sarmático [povos iranianos, próximos da região do Mar Cáspio], meramente transmitido e imitado pelas tribos germânicas, que se expressa nessa arte linear, estamos em presença de um fenômeno que implica a dissolução completa da concepção clássica de arte e constitui “o mais abrupto contraste com o panorama artístico da região mediterrânea” (HAUSER, 2004, p. 144)
A arte germânica Idade Média – Idade das trevas, idade da fé. Pouco conhecimento a
respeito deste período.
Grande diversidade de estilos artísticos.
ESTILO CÉLTICO-GERMÂNICO Estilo animalista – herdado de tradições mais antigas. Formas abstratas e
orgânicas. Imagens entrelaçadas – figuras animais.
Metais – principal material. Encontrados também em iluminuras, pedras e madeira (poucos exemplares, geralmente da Escandinávia).
Os símbolos provavelmente tinham caráter mágico e de proteção contra maus espíritos.
A arte germânicaFigura 1: Tampo de bolsa, da barca
funerária de Sutton Hoo (lugar onde foi achado o túmulo rei de East Anglia), 623-633 d.C. Ouro com esmaltes e granadas. Museu Britânico, Londres. Disponível em: http://history.furman.edu/webimages/pages/23%http://viagempelaarte-fernanda.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html20Sutton%20Hoo,%20coin%20purse%20lid_jpg.htm
Figura 2: Cabeça de Animal, da barca funerária de Oseberg, c. 825 d. C. Madeira, c. 13 cm, Museu Universitário de Antiguidades, Oslo. Disponível em: http://www.studyblue.com/notes/note/n/anglo-saxon-and-hiberno-saxon-art-/deck/6440305
A arte germânicaESTILO IRLANDÊS
Também chamado de estilo Hibérnico-Saxão. Idade de Ouro da Irlanda. Cristianismo de caráter monástico. Bispos controlavam a Igreja.
Mosteiros – sedes de cultura e aprendizado artístico.
Scriptoria (oficinas) – realizavam cópias de livros religiosos cristãos. Influência das iluminuras primitivas, porém com tradição própria.
Ornamentos decorativos eram muito desenvolvidos – Evangeliário de Lindisfarne.
Figura humana pouco desenvolvida, principais figuras descritivas eram os símbolos dos evangelistas – Evangeliário de Echternach.
A arte germânica Pagina da Cruz, do
Evangeliário de Lindisfarne, c. 700 d. C. Iluminura, 34 x 25 cm. British Library, Londres. Disponível em: http://www.eccentricbliss.com/2012/09/lindisfarne-gospels-folio-26-verso/
A arte germânica Símbolo de S. Marcos, do
Evangeliário de Echternach, c. 700 d. C. Iluminura, Bibliothèque Nationale, Paris. Disponível em: http://bjws.blogspot.com.br/2012/02/illuminated-manuscripts.html
A arte germânica
Detalhe do Batistério de Cividale, mármore, c. 725-750 d. c. Museo Cristiano, Cividale. Disponível em: http://www.flickriver.com/groups/medievalinscriptions/pool/interesting/
A arte germânicaARTE CAROLÍNGIA Império de Carlos Magno – importantes realizações culturais.
Letras romanas – derivadas dos manuscritos carolíngios. Compilação e cópia da literatura romana clássica.
Restauração Carolíngia – tentativa de restaurar a civilização romana. Fusão entre o espírito céltico-germânico e o mundo mediterrâneo.
Arquitetura Inspiração nas construções de Constantino (Roma) e Justiniano (Ravena). Construções imponentes em Aachen, capital
do Império.
Capela Palatina em Aachen, mais famosa construção. Inspirada na Igreja de San Vitale em Ravena. A construção de mosteiros foi incentivada por Carlos Magno.
A arte germânicaFigura 1: Interior da Capela
Palatina de Aachen, 792-805 d. C. Disponível em: http://viagempelaarte-fernanda.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html
Figura 2: Cúpula da Capela Palatina de Aachen. Disponível em: http://viagempelaarte-fernanda.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html
A arte germânica
Reprodução da planta do mosteiro carolíngio que se encontra na biblioteca de Saint Gallen. Disponível em: http://www.ipv.pt/millenium/millenium27/20.htm
A arte germânicaManuscritos e capas de livros Os livros sobreviream em grandes quantidades. Iluminuras produzidas em
diversos estilos, inspiradas por modelos clássicos
As Iluminuras produzidas na capital Aachen, se parecem muito com os modelos clássicos. Evangeliário de Carlos Magno.
Escola de Reims, iluminuras similares ao estilo hibérnico-saxão. Evangeliário do Arcebispo Ebbon de Reims.
Escola de Reims – saltério de Utrecht.
Ouriversaria – Evangeliário de Lindau.
A arte germânica S. Mateus do Evangeliário de
Carlos Magno, c. 800-810 d. C. Iluminura, Kuntistorisches Museum, Viena. Disponível
em: http://www.flickr.com/photos/designhistoriadaarte/5690772156/in/photostream
A arte germânica S. Marcos, do Evangeliário
do Arcebispo de Ebbon de Reims, c. 861-835 d. C. Iluminura, Biblioteca Municipal de Epernay, França. Disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vangeli_di_ebbone_(evangelista_marco),_epernay,_Biblioth%C3%A8que_municipale,_Ms._1_f_18_v.,_20,8x26_cm,_ante_823.jpg
A arte germânica
Ilustração do salmo 44, do Saltério de Utrecht, c. 820-832 d. C. Iluminura, Biblioteca da Universidade, Utrecht. Disponível em: http://www.flickriver.com/photos/47773123@N05/5252234778/
A arte germânica Capa anterior da
encadernação do Evangeliário de Lindau. De c. 870 d. C. Ouro e pedras preciosas, 35X27 cm. The Pierpont Morgan Library, Nova York. Disponível em: https://picasaweb.google.com/lh/photo/2oWozZtKrU7SriSmVDEWL8CbaBS6gtQ6L3t6Zj4C4s4
A arte germânica ARTE OTONIANA Invasão e consolidação dos normandos – século XI. Oto I – Sacro Império
Romano-Germânico. Restauração das ambições de Carlos Magno.
Esculturas Restauração e ruptura em relação às tradições carolíngias.
Realismo expressivo nas imagens – crucifixo de Gereão.
Arquitetura Igreja da Abadia Beneditina de Hildesheim – preocupação com a simetria,
equilíbrio harmonioso.
A arte germânica Crucifixo de Gereão, c. 975-
100 d. C. Madeira, Catedral de
Colônia. Disponível em: http://www.flickr.com/photos/johndona
ghy/309759816/
A arte germânica Interior da Igreja da Abadia
Beneditina de São Miguel, Hildesheim, c. 1001-35. Disponível em: http://www.geolocation.ws/v/W/File:Hildesheim-St%20Michaels%20Church.interior.01.JPG/-/en
A arte germânicaManuscritos Intensidade de expressão e gesto.
Elementos carolíngios, bizantinos e da arte cristã primitiva fundidos nas iluminuras otonianas.
Evangeliário de Oto III
A arte germânica Cristo lavando os pás de
Pedro, do Evangeliário de Oto III, c. 1000 d. C. Iluminura. Biblioteca do Estado da Baviera, Munique. Disponível
em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Christ_washing_the_Apostles'_feet_-
_Otto_III_Gospels.png
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