CURSO DE TURISMO
TRABALHO INTERDISCIPLINAR
Roteiro turístico no município de Bragança - PA
Equipe:
Edemir dos Santos
Edmilson C. Braga
Lúcia Lima
Maria Benedita
Martha Rodrigues
Patrícia Ventura
Raquel Sousa
Belém-PA 2009
Roteiro turístico no município de Bragança - PA Trabalho interdisciplinar da turma 4TUN1, apresentado para obtenção de nota para o 2º NPC, sob orientação dos professores do 4º Semestre do Curso de Bacharelado em Turismo
Belém-PA
2009
AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus que está conosco em todos os momentos da
jornada a impulsionar e a acalentar...
À Faculdade de Belém, pela oportunidade do aprendizado acadêmico
através do Curso de Turismo,
Aos professores da FABEL pelos conhecimentos proporcionados,
Aos colegas do Curso pela troca de experiências da pesquisa de campo,
A todos que de alguma forma contribuíram para tornar possível este
trabalho
Lista de Figuras
Figs: 1 e 2 – Orla da cidade Pérola do Caeté.
Fig: 3 – Descascando a mandioca.
Fig. 4 - Mandioca.
Fig: 5 – Forno de fazer farinha.
Figs: 6 e 7 – Homem retirando caranguejo do Manguezal.
Figs: 8 e 9 - Igreja de São Benedito e Casa da Família Medeiros.
Fig: 10 – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
Figs: 11 e 12 – Áreas ambientais Patrimoniais dentro da RESEX.
Figs: 13 e 14 – Artesanato local fabricado em olarias dentro da RESEX.
Figs: 15 e 16 – Olarias da região.
Figs: 17 e 18 – Representando a Marujada de São Benedito.
Fig: 19 – Praça das Bandeiras.
Figs: 20 e 21 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont (Boa pavimentação
asfáltica).
Fig: 22 – Rua Nazeazeno Ferreira (Conduz até Ajuruteua).
Figs: 23 e 24 – Rua Treze de Maio (Vai da Igreja Matriz até a Casa das Treze
Janelas).
Figs: 24 e 25 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont.
Figs: 26 e 27 – BR – 308 (Ponte Sapucaia) e Estrada de Camutá.
Figs: 28 e 29 – Estrada de Camutá (acesso à Vila – que – era) e Ramal do Sítio
da D. Lucimar.
Figs: 30 e 31 – Estrada de Camutá com acesso ao ramal que leva ao Mirante e
Ramal do Mirante.
Figs. 32 e 33 – Mirante de São Benedito.
Figs: 34 e 35 Praia de Ajuruteua e PA - 458.
Fig. 36 - Praça das Bandeiras.
Figs: 37 e 38 - Museu de Arte Sacra (Parte interna e externa).
Fig: 39 - Rádio Educadora.
Fig: 40 - Palácio Episcopal.
Fig: 41 - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
Fig: 42 - Instituto Santa Terezinha
Fig: 43 - Casa da Família Medeiros
Fig: 44 - Casa das Treze Janelas
Fig: 45 - Praça Antônio Pereira
Fig: 46 - Palacete Augusto Correia
Fig. 47 – Museu Teatro da Marujada
Fig. 48 – Igreja de São Benedito.
Fig. 49 – Orla Bragantina
Fig. 50 – Marco de fundação de Vila – que – era.
Fig. 51 – Sítio de D. Lucimar
Fig. 52 – Balneário do Santino
Fig. 53 – Mirante de São Benedito
Figs. 54 e 55 – Dois aspectos da Praia de Ajuruteua
Figs. 56 e 57 – Forno de fazer carvão e Forno de fazer farinha
Fig. 58 – Casa da Farinha Sítio da Lucimar
Figs. 59 e 60 – Vegetação característica da Trilha da Farinha
Figs. 61 e 62 – Parte da trilha e acadêmicos da FABEL no decorrer da trilha.
Figs.63 e 64 – Outro forno de fazer carvão e acadêmicos medindo a trilha.
Figs. 65 e 66 - Flora vegetal e parte da interseção da trilha.
Figs. 67 e 68 – Queimadas e plantação de Mandioca.
Figs. 69 e 70 – Final da trilha com vegetação característica da beira do rio Caeté
e queimadas.
Figs. 71 e 72 – Beira do rio Caeté e acadêmicos na trilha.
Figs. De 73 a 84 - Objetos produzidos com material reciclado
Figs.85 e 86 - Mirante de São Benedit
SUMÁRIO
Capítulo I - História da Amazônia aplicada ao Turismo........... ........................
Aspectos socioeconômicos e culturais: Reconhecer no contexto histórico, aspectos socioeconômicos e culturais do município em questão. Valorização de atrativos turísticos históricos: Reconhecer e contextualizar os atrativos turísticos históricos do município em questão. Capítulo II - Transporte Turístico................. ........................................................ Com base no trabalho interdisciplinar elaborado para o 1º NPC, formule uma proposta de ação ao município estudado pelo grupo, considerando e explicitando os seguintes itens: 1) Apresentar referências teóricas de autores da área de Transportes Turísticos, no intuito de subsidiar a proposta de ação do grupo; 2) Criar um ou mais de um roteiro turístico à localidade estudada, com possíveis rotas de ligação, para ser(em) implantado(s) e/ou implementado(s) turisticamente; 3) Desenhar um esboço da infra-estrutura atual da região pesquisada, de modo que a equipe possa elencar tendências e perspectivas que demonstrem a viabilidade de aplicação de modalidades de transporte turísticos, indispensáveis para a implantação e/ou implementação do(s) referido(s) roteiro(s); 4) Sob o olhar do planejamento turístico, sugerir ações consideradas necessárias para a criação, manutenção e comercialização de tal(is) roteiro(s) turístico(s). Capítulo III - Segmentação Turística ...................................................................... 1) Baseado nos preceitos de Roteirização Turística do Ministério do Turismo, cujo conteúdo foi explorado na disciplina de Planejamento Turístico (1º semestre/2009 – Professora Socorro Almeida), elaborar um roteiro turístico, utilizando como conteúdo para o roteiro, os segmentos identificados pela equipe, bem como o
planejamento da Secretaria ou Departamento de Turismo do município. Utilizar também o levantamento de demanda realizado no trabalho do 1º NPC interdisciplinar. 2) Elaborar um “pacote turístico” de três dias, contendo os atrativos identificados pela equipe. Para isso, contar também com o auxílio da Secretaria ou Departamento de Turismo do município. Capítulo IV – Ecoturismo ......................................................................................... 1) Fazer o trabalho de manejo de uma trilha ecológica, seguindo o conteúdo completo de manejo. 2) Elaborar um folder da trilha. Capítulo V – Gestão Ambiental...................... ....................................................... Baseados nas cinco dimensões do trabalho anterior, escolher no mínimo três dimensões e, para cada dimensão, elaborar uma ação em prol da sustentabilidade do projeto desenvolvido por eles.
Roteiro turístico no município de Bragança - PA
Resumo : Este estudo visa à possibilidade de criação de Roteiros Turísticos no
município de Bragança, cidade a Nordeste do Estado Pará, que conta com uma
gama de atrativos e potencialidades turísticas de caráter Patrimonial histórico –
cultural. O levantamento de dados se deu de forma empírica, com visita in loco
afim de que dados a respeito de atrativos, potencialidades, infraestrutura, fossem
detectados, diagnosticados, para que as várias possibilidades de roteiros no
município fossem observadas. O trabalho reflete experiências obtidas no decorrer
da visita técnica, bem como as pesquisas decorrentes do processo investigativo.
A idéia de roteiro se dá mediante a proposta da inserção de um city tour pela
cidade explorando prédios históricos, igrejas e monumentos, comunidades
tradicionais locais que trabalham com artesanatos, sítio responsável pelo benefício
da mandioca para a fabricação de farinha, sendo esta a de melhor qualidade do
Estado, com a devida explanação.
Palavras – chave : Roteiro Turístico; Patrimônio; Histórico – Cultural; Trilhas
Interpretativas.
Abstract: This study is the possibility of creating Itineraries in Bragança, a town
northeast of Pará State, which has a range of attractions and tourism potential of
historic character Sheet - cultural. The survey data was empirically, with on-site
visit in order that information about attractions, capabilities, infrastructure, were
detected, diagnosed, so that the various possibilities for routes in the city were
observed. The work reflects experience gained during the technical visit, as well as
research under the investigative process.The idea of the script is given by
proposing the insertion of a city tour exploring historical builings, churches and
monuments, traditional local communities working with crafts, the site responsible
for the benefit of cassava for the production of flour, which is the best quality of the
state, with explanation.
Keywords - Keywords: Tourist Route, Heritage, Historic – Cultural; Interpretative trails.
CAPÍTULO I
HISTÓRIA DA AMAZÔNIA APLICADA AO TURISMO
PROFESSORA: ROSICLÉIA MENDES
A histórica cidade de Bragança-PA, que honra este título desde 1854, por
intermédio de um decreto do presidente da Província, na época, Sebastião do
Rego Barros, rica por seus patrimônios histórico-culturais materiais e imateriais,
evidencia fortes atrativos que geram potencialidades em diversificados segmentos
do turismo. Para elencar o patrimônio de cunho histórico-cultural relatam-se
alguns exemplos, cuja, finalidade é evidenciar tais atrativos, e possíveis
potencialidades da destinação, culminando com a criação de um roteiro turístico
para a localidade.
Figs. 1 e 2 – Orla da cidade Pérola do Caeté
Bragança é uma cidade localizada ao Nordeste do Pará, a 210 quilômetros
de Belém, capital do Estado, possui quase 400 anos de história, com localização
privilegiada, a margem esquerda do rio Caeté, a cidade foi palco de umas das
primeiras ocupações européias, também chamada, carinhosamente, de “Pérola do
Caeté”, a segunda cidade mais antiga do Estado do Pará. Entretanto, por causa
das dificuldades de comunicação com a capital do Estado, Belém, houve a
necessidade de mudança do núcleo habitacional, para a margem esquerda do rio
Caeté, onde se localiza a sede municipal.
Bragança é uma cidade que, economicamente, sobrevive não somente do
turismo, mas, do comércio local, do benefício da mandioca e posterior fabricação
de farinha d’ água, da pesca comercial e artesanal, quanto a pesca o governo
local mantém ações no sentido de estimular a produção e comercialização do
pescado, objetivando a rentabilidade da atividade para todos os que dela
sobrevivem, este incentivo é promovido através da SEMEP (Secretaria Municipal
de Economia e Pesca de Bragança).
Fig. 3 – Descascando a mandioca
Fig. 4 - Mandioca Fig. 5 – Forno de fazer farinha
O Nordeste do Pará é muito conhecido por seus manguezais, vegetação
berço de caranguejos (Ucides cordatus) responsável por grande parte da
economia da região bragantina, das famílias bragantinas rurais que moram no
entorno do manguezal 83% dessas famílias retiram seu sustento desse
ecossistema. A coleta do caranguejo In natura e também beneficiado é
amplamente comercializada.
Figs. 6 e 7 – Homem retirando caranguejo do Manguezal.
No mais a economia da cidade marca sua expressividade dentro do setor
primário com a agricultura, extrativismo e pecuária, e ainda como atividade
econômica observou-se a fabricação de telhas e tijolos, bem como, a fabricação
do artesanato local.
As casas das famílias tradicionais ainda revestidas com azulejos
portugueses em suas fachadas e com assoalho de acapu e pau amarelo (Casa da
Família Medeiros) revelam o conteúdo de cunho histórico seguindo modelos de
obras erguidas no século XVIII, a exemplo a Igreja de São Benedito, que possui o
piso da época Barroca e tombado pelo Patrimônio Histórico, a Igreja Matriz de
Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da cidade, onde está enterrado o Padre
Dom Eliseu Maria Coroli, fundador da Congregação de Santa Terezinha, e o
Instituto Santa Terezinha, tradicional Educandário da cidade que se revela
também como um prédio de caráter histórico e cultural.
Figs. 8 e 9 - Igreja de São Benedito e Casa da Família Medeiros.
Fig. 10 – Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
A cidade, sem dúvida, prima por seus atrativos culturais imateriais,
caracterizando-se numa das culturas religiosas mais ricas do Estado com relação
às festas religiosas e profanas, um grandioso exemplo é a festa, bicentenária de
são Benedito, que ocorre entre os dias 18 e 26 de dezembro, movimentando o
turismo religioso na cidade, pois é considerada a maior manifestação religiosa
bragantina. Outra manifestação cultural que a cidade de Bragança oferece, é a
Marujada, que é um ritual exuberante, que ocorre simultaneamente, à Festa de
São Benedito. Marujos e Marujas vestindo trajes característicos fazem
apresentações diárias entre os dias 18 e 26 de dezembro.
Bragança é uma cidade que guarda suas histórias, principalmente, as de
cunho histórico-culturais e religiosos, haja vista, que o povo da cidade de
Bragança é consciente a respeito de seus Patrimônios Históricos Culturais
Materiais e Imateriais. Grande exemplo são as famílias extrativistas, que vivem na
Reserva Extrativista Marinha Caeté-Taperaçu, Município de Bragança, no Estado
do Pará, sendo esta de grande relevância patrimonial ambiental da cidade, fato
que se explica mediante:
[...] ao falarmos “patrimônio”, em geral, nos referimos a uma parte apenas
dos bens culturais, o patrimônio histórico – arquitetônico. Essa noção foi
abarcada por outra, mais ampla, a de patrimônio cultural, que envolve
ainda a de patrimônio ambiental, uma vez que hoje concebemos o
ambiente como um produto da ação dos homens, portanto, da cultura.
(RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p.16)
Figs. 11 e 12 – Áreas ambientais Patrimoniais dentro da RESEX
Local onde se encontra vegetações de várzea, campos, restingas e
bosques de terra firme, que abrigam a maior biodiversidade de espécies vegetais
e animais e também se encontram populações tradicionais que sobrevivem de
atividades ligadas ao modo de vida característico da região, como a questão dos
oleiros que desenvolvem um trabalho com cerâmicas, artesanatos e outros,
culminando para a riqueza do patrimônio cultural imaterial da região.
Figs. 13 e 14 – Artesanato local fabricado em olarias dentro da RESEX.
Com intuito de explicitar a relevância da preservação do Patrimônio Cultural
de uma sociedade e assegurar a importância do mesmo para a cidade de
Bragança dentro da atividade turística, cita-se:
A partir do final da década de 1970, verificou-se a valorização do
patrimônio cultural como um fator de memória das sociedades. Hoje
entendemos que, além de servir ao conhecimento do passado,
remanescentes materiais de cultura são testemunhos de experiências
vividas, coletiva ou individualmente, e permitem aos homens lembrar e
ampliar o sentimento de pertencer a um mesmo espaço, de partilhar uma
mesma cultura e desenvolver a percepção de um conjunto de elementos
comuns, que fornecem o sentido de grupo e compõem a identidade
coletiva. (RODRIGUES, apud, FUNARI & PINSKY, 2003 p. 17)
No passado a cidade de Bragança carecia de telhas e tijolo, um português
chamado José Maria Pereira de Macedo veio para a cidade por intermédio do
intendente na época, que convenceu o referido senhor a ficar na região, este
possuía uma larga e ampla experiência nas atividades de olarias, trouxe então,
para a região a arte de vasos e potes de artesanato, que atualmente é
comercializado através das várias comunidades situadas na cidade de Bragança.
Figs. 15 e 16 – Olarias da região.
O objetivo geral deste trabalho é proporcionar aos interessados
conhecimentos históricos culturais da cidade de Bragança, bem como induzir o
incentivo do turismo na região, sensibilizando os governantes, para que haja
ações integradas do poder público com o poder privado estimulando a valorização
e preservação do potencial histórico cultural da cidade, mostrando um turismo sob
outro olhar, que não sol e praia no Nordeste do Pará.
Ao mostrar os atrativos potenciais da cidade de Bragança na atualidade,
bem como, seus patrimônios históricos culturais materiais e imateriais, seu povo,
saberes e fazeres observa-se um pouco da História Patrimonial do Brasil que
outrora fora castigada e esquecida, nos meados do século XIX, onde exclusão e
diferenças sociais exultavam, numa sociedade em que negros e brancos pobres
eram tidos fora do contexto cultural, pois escolas não eram para esse tipo de
pessoas, cada um tinha o seu lugar na sociedade. Para ilustrar cita-se:
Negros e brancos pobres eram vistos nos livros escolares como
trabalhadores, mas não construtores de cultura, distinção que cabia a
poucos, brancos e proprietários, com acesso aos bancos das faculdades
e à cultura européia, tida como modelo. (RODRIGUES, apud, FUNARI &
PINSKY, 2003 p.17)
Ainda observam-se entraves culturais dificultando o turismo no Brasil,
acredita-se que os valores estão em constante mutação e na atualidade
acontecem mudanças em várias áreas favorecendo de tal modo a valorização e
conservação do patrimônio, este não deve ser preservado somente para que o
turismo aconteça, entretanto, este recurso se torna um grande potencial para o
desenvolvimento turístico.
Para se evidenciar a riqueza potencial do Brasil, assegurando que o mesmo
poderá ser inserido como um dos destinos turísticos de grande relevância, com
seus recursos patrimoniais culturais de rara beleza cita-se:
Reconhecidamente o Brasil é um país de grande potencialidade turística,
rico em belezas naturais e aspectos culturais que podem atuar como
elementos de atratividade. Neste contexto, o folclore, os sons e ritmos de
diversas regiões brasileiras podem ser destacados, além da existência de
um artesanato variado e diversificado e um patrimônio histórico
arquitetônico dos mais expressivos. (BAHL, 2004 p. 51).
Deste modo este trabalho objetiva reunir num Roteiro Turístico, alguns
atrativos da cidade de Bragança, com a finalidade de fomentar o turismo na região
Norte do Brasil, evidenciando atrativos de caráter histórico e cultural, apontando
os possíveis potenciais visitantes da referida cidade, bem como a segmentação
turística de maior destaque na região. Assim, para Miguel Bahl (2004, p.74) “o
roteiro possibilita uma exposição temática ampla que desperta o interesse das
pessoas e preenche as suas necessidades de evasão e deslocamento,
motivando-as a participar”.
Deste modo ao elencar neste trabalho principais requisitos atrativos da
cidade de Bragança, apontando aspectos socioeconômicos e culturais do
município e explorando de forma clara e objetiva a relevância dos fatores
patrimoniais históricos e culturais da região parte-se para elaboração de um
produto turístico que será apresentado nos capítulos subseqüentes onde a ênfase
será dentro da abordagem de Turismo Cultural, e assim para fundamentar este
segmento do turismo conclui-se que:
O MTur (2008) define Turismo Cultural como as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura.( Mtur, 2008 p.16).
Ao dar ênfase ao Turismo Cultural com Roteiro Turístico na cidade de
Bragança apresentar-se-á a possibilidade de conhecimento das especificidades
atrativas da localidade sob outra visão e não, somente, o turismo de sol e praia
que é comumente conhecido no Estado do Pará nesta região, este conhecimento
sem dúvida irá muito além dos limites do Estado, podendo, vir a ser divulgado e
conhecido em todo o Brasil. Deste modo este trabalho procura de certa forma
divulgar os elementos culturais que foram analisados in loco afim de que:
Grupos folclóricos de dança, corais, bandas, artistas plásticos, poetas,
atores, bonequeiros, produções amadorísticas de vídeo, artesanato em
suas múltiplas tipologias e gastronomia, entre outros, que representem o
modo de vida, hábitos e costumes da população do destino. (Mtur, 2008
p. 47).
Figs. 17 e 18 – Representando a Marujada de São Benedito.
”Afinal, o Brasil é um país que apresenta grande riqueza cultural, como
também, um conjunto de crenças, tradições e um legado que uma determinada
sociedade deixará às futuras gerações” (Projeto Educação Cultural,)
CAPÍTULO II
TRANSPORTES TURÍSTICOS
PROFESSOR: CLEBER SOARES
O crescimento e o desenvolvimento se dão quando há troca de informações
e produtos entre localidades, essa interação só poderá ser realizada com o auxílio
dos transportes, haja vista, que em tempos passados as cidades que mais se
desenvolveram foram àquelas localizadas a margem de rios e lagos onde
predominavam os transportes marítimos, as embarcações, assim para (Ferraz e
Torres, 2001 p.21) “o desenvolvimento de outros meios de transporte (ferroviário,
inicialmente, e depois rodoviário e aéreo) é que levou ao aparecimento de cidades
distantes das rotas de navegação”.
Não se pode dissociar a atividade turística dos serviços de transportes, na
realidade o turismo ficaria inviável se não fosse os transportes em todas as suas
categorias, sabe-se que o desenvolvimento mundial alavancou com o progresso
dos meios de transportes, o que se constata através da história da humanidade,
desde a invenção da roda, passando pelo transporte ferroviário do século XIX, dos
antigos modelos de transporte aéreo, até os atuais, bem como os moderníssimos
TAVs que circulam na Europa, Japão e China.
No mundo em que vivemos em toda a sua longa História, sempre houve
e haverá um lugar de destaque reservado para o Transporte, atividade
que, acertadamente, podemos colocar entre as que mais decisivamente
contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de nossa civilização e
progresso de todos os povos, além do incremento do turismo interno e
externo. (PELLIZER, 1978).
Notadamente o turismo alavancou com o progresso dos meios de
transporte, assim a história e a evolução do globo estão diretamente vinculadas ao
aperfeiçoamento dessa atividade. A humanidade procurou desde os primórdios
aprimorarem o modo de conduzir bens, objetos e pessoas, desde o trenó atrelado
a animais, passando pela invenção da roda pelos Assírios até chegar à conquista
do ar, com o transporte aéreo que contribui em grande escala para a diminuição
de tempo e espaço no planeta, acelerando para a prática da atividade turística.
Deste modo os transportes são a base para o crescimento econômico de
uma região ou país, está presente em todos os setores, assim “as nações em
desenvolvimento terão que determinar quanto dos seus recursos devem ser
dedicados ao transporte” (Wilfred Owen, 1975 p. 35).
As atuais atividades turísticas seriam impossíveis se não fosse às
modernas tecnologias existentes na área de transporte, atravessar oceanos rumo
a Europa no passado, por exemplo, representava viajar durante semanas, até
mesmo os modernos navios fazem o trajeto mais rápido do que as antigas
embarcações, desse modo, para Palhares (2002, p.38) “as embarcações de 1800
e sua tecnologia seriam um empecilho para o fenômeno social que é o turismo,
atualmente”.
Observa-se que para atender a demanda turística da atualidade o sistema
de transportes passou por processos tecnológicos ao longo do tempo, a este
sistema foram incorporados vias, veículos, forças motrizes e terminais, tudo para
viabilizar a atividade turística de uma forma prática e prazerosa para o turista,
objetivando a satisfação deste, visto que, o homem busca caminhos desde os
primórdios da humanidade, quando a força motriz usada era a tração animal.
Para assegurar esta informação Ferraz e Torres (2001, p. 9) dizem que o
primeiro transporte público regular em Paris foi “linhas com itinerários fixos e
horários predeterminados. O serviço era realizado por carruagens com oito
lugares, puxadas por cavalos e distribuídas em cinco linhas.”
Ao retratar neste trabalho a relevância dos meios de transporte para a
atividade turística observa-se a necessidade de apresentar um roteiro turístico
programado para acontecer na cidade de Bragança – PA, este foi devidamente
testado e estudado, pelo grupo de acadêmicos da FABEL- Faculdade de Belém, o
qual se encontra no capítulo IV deste trabalho, na disciplina Segmentação
Turística, (vide folha 46, começo do roteiro). Este roteiro vem engrandecer o
município em questão e também mostrar questões ligadas aos transportes e a
importância dos mesmos dentro da atividade turística. O roteiro acima de tudo faz
com pessoas se interessem em participar, cada roteiro apresenta uma amplitude
de temática estimulando a participação das pessoas, motivando-as. Como explica
Miguel Bahl (2004, p. 74) “Independente do lucro, o roteiro possibilita uma
exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as
suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”.
Deste modo cita-se a seguir o itinerário do roteiro com sua devida rota,
fazendo análise das ruas e avenidas, mostrando perspectivas e tendências no
âmbito da disciplina transportes turísticas; o roteiro tem seu início no centro
histórico bragantino e terá duração de três dias.
NO PRIMEIRO DIA:
1) PRAÇA DAS BANDEIRAS
Museu de Arte Sacra
Rádio Educadora
Palácio Episcopal
Catedral Nossa Senhora do Rosário
Instituto Santa Terezinha
Casa da Família Medeiros
Restaurante Trópicos
Casa das Treze Janelas
Praça Antonio Pereira
Palacete Augusto Correia
Museu da Marujada
Igreja de São Benedito
Orla
NO SEGUNDO DIA:
Vila que Era (fica localizada a 8 km na estrada de Camutá)
Sítio da Senhora Lucimar (está localizado dentro da Resex entra no ramal
do Sítio)
Na entrada do ramal para o Sítio da Lucimar Trilha Ecológica: Trilha da
Farinha.
Balneário do Senhor Santino
Mirante de São Benedito.
NO TERCEIRO DIA:
Praia de Ajuruteua
No decorrer do primeiro dia o grupo de turistas se encontra na Praça das
Bandeiras e dão inicio o itinerário do roteiro, percorrendo as devidas rotas à pé,
em vista dos atrativos serem próximos uns dos outros, observamos que os
transportes utilizados em roteiros é de acordo com a distancia a ser percorrida
assim para Miguel Balh,(2004, p. 76) “Quanto a escolha do meio de transporte,
obviamente que o mais adequado para a oferta da programação turística vai
estar relacionado diretamente á distância e aos tempos para percorrê-las”.
Fig. 19 – Praça das Bandeiras.
Ao testar o roteiro a equipe observou in loco as condições de pavimentação
asfalticas das vias que ligam as rotas, e concluiu que as vias utilizadas no
primeiro dia do roteiro na área urbana da cidade estão em excelentes condições
e bastantes sinalizadas com faixas para pedestres, sinais luminosos e
sinalização de parada obrigatória.
Figs. 20 e 21 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont (Boa pavimentação asfáltica).
Alguns atrativos do roteiro, como o Museu de Arte Sacra e a Praça das
Bandeiras se encontram na Avenida Nazeazeno Ferreira, uma das principais da
cidade, que também dá acesso á praia de Ajuruteua.
Fig. 22 – Rua Nazeazeno Ferreira (Conduz até Ajuruteua).
A rota prossegue, e ao sair do centro histórico segue pela Rua Treze de
maio, a rua está em perfeitas condições, bem sinalizada e ao percorre pela via
passa-se pela antiga Casa da Cultura que está sendo revitalizada, passa-se
também pela Sociedade Beneficente Artística Bragantina, até chegar à Casa da
Família Medeiros, localizada na esquina da Travessa Cônego Miguel com a Rua
Treze de Maio. Ao sair da Casa da Família Medeiros o grupo de turistas se dirige
ao Restaurante Trópicos, localizado à Travessa João XXIII nº 374 – Centro para
almoçar.
Figs. 23 e 24 – Rua Treze de Maio (Vai da Igreja Matriz até a Casa das Treze Janelas).
Na Rua Treze de Maio, esquina com a Rua Sete de Setembro, na Praça
Edvaldo de Souza Martins encontra-se a Casa das Treze Janelas, antiga
Residências dos Prefeitos.
Descendo a Rua Sete de Setembro até chegar à Rua Floriano Peixoto,
toma-se esta via para dobrar na Rua Vigário Mota, ao passar nesta encontra-se
o Bar Adega do Rei e a Caixa Econômica Federal, deste modo chega-se a Praça
Antônio Pereira, onde se encontra o Palacete Augusto Correia, localizado na Rua
Justo Chermont esquina com a Rua Cônego Miguel: Na Rua Justo Chermont
pode-se encontrar o Hospital das Clinicas e uma farmácia de aspecto antigo bem
na esquina e ainda naquelas proximidades o Museu da Marujada.
Ao passar pelo Museu da Marujada, seguindo pela Rua Cônego Miguel,
encontra-se o antigo Barracão da Marujada que atualmente funciona como um
restaurante, daí, prosseguindo chega-se a Praça Primeiro de Outubro (Largo de
São Benedito), onde está situada a Igreja do referido Santo, fundada em
18/12/1798, por iniciativa dos primitivos escravos da antiga Vila de Bragança.
Dando continuidade, após a Praça encontra-se a Orla da cidade e a maravilhosa
paisagem do Rio Caeté, como parte desse roteiro.
Figs. 24 e 25 – Rua Cônego Miguel e Rua Justo Chermont.
No decorrer do segundo dia o grupo de turistas seguirá o roteiro numa van
em vista dos atrativos serem distantes um dos outros e estarem localizados nas
comunidades vizinhas da cidade, com distância de aproximadamente 8 km do
centro urbano.
Então, o grupo de turistas seguirá para o primeiro local á ser visitado:
Comunidade Vila-Que-Era, com intuito de conhecer a antiga Vila de Bragança e
também o artesanato do local, para se chegar a esse atrativo os turistas utilizarão
a rodovia que interliga Bragança a Viseu, BR-308 até chegar à Estrada de
Camutá.
Figs. 26 e 27 – BR – 308 (Ponte Sapucaia) e Estrada de Camutá.
A BR-308, no início do trajeto, se encontra com enormes crateras, já quase
não há asfalto, os veículos trafegam de forma lenta, impossível colocar marcha
alta no veiculo, devido ao caos instalado na referida via, pode-se afirmar que com
tão grande e bela obra inaugurada naqueles arredores (o Mirante de São
Benedito), recentemente, era para as autoridades se voltarem para a recuperação
de pavimentação asfáltica da referida BR, visto que é uma via federal, de
relevância para o desenvolvimento turístico na região. Já a Estrada de Camutá,
mesmo não possuindo asfalto (de terra batida) está em ótimo estado de
conservação, logo no início encontra-se sinalização turística implantadas pela
Paratur, indicando Vila - Que - Era e o Mirante de São Benedito.
Seguindo o roteiro na volta da Comunidade Vila – Que - Era, o grupo de
turistas visitará o Sítio de Dona Lucimar, onde apreciará em mínimos detalhes a
fabricação da farinha de mandioca bragantina, uma das mais deliciosas da região
e também observarão a Trilha da Farinha. Para se chegar a esse atrativo, os
turistas utilizarão o Ramal do Sítio que se encontra em bom estado de
conservação, estando localizado ao lado esquerdo da Estrada de Camutá,
Figs. 28 e 29 – Estrada de Camutá (acesso à Vila – que – era) e Ramal do Sítio da D. Lucimar.
Dando continuidade, após a visita ao sítio, o grupo de turistas seguirá até o
balneário do Senhor Santino, onde apreciará o artesanato, a criação de galinhas
caipiras e desfrutarão de um belíssimo banho, bem como, degustarão a
gastronomia do local onde servem um maravilhoso prato constituído à base de
galinha caipira. Para se chegar a esse local os turistas percorrerão a Estrada de
Camutá até chegar ao Ramal do Mirante de São Benedito, localizado ao lado
esquerdo da referida Estrada, o mesmo se encontra em perfeito estado de
conservação, mais não possui nenhuma sinalização turística que facilite a
localização dos atrativos pelos visitantes.
Figs. 30 e 31 – Estrada de Camutá com acesso ao ramal que leva ao Mirante e Ramal do
Mirante.
Ao saírem do balneário, seguindo o roteiro, pelo mesmo Ramal utilizado
para se chegar ao local, os turistas seguirão até o Mirante de São Benedito, um
dos atrativos turísticos mais belos e visitados da região, segundo a Turismóloga
Keise Viana, onde os mesmos apreciarão a beleza cênica do local, desfrutando as
comidinhas típicas como: a tapioquinha, o vatapá e o tacacá vendidos no local.
Figs. 32 e 33 – Mirante de São Benedito.
No decorrer do terceiro dia, o grupo de turistas se encontrará na Praça das
Bandeiras, de onde, seguirão de van, para Praia de Ajuruteua, pela PA – 458
estrada asfaltada e sinalizada possui várias pontes de madeira e uma ponte sobre
o rio Furo Grande que tem duas pistas de concreto, esta estrada atravessa o
manguezal, onde é possível se observar caranguejos atravessando a pista no
período do Suatá, por ocasião do acasalamento, nas luas cheia e nova.
Figs: 34 e 35 Praia de Ajuruteua e PA - 458
O grupo de acadêmicos da FABEL - Faculdade de Belém ao elaborar o
Roteiro Turístico na cidade de Bragança, percebeu a tendência de cunho histórico-
cultural do local, ao observar os prédios históricos, o artesanato local, o benefício
da mandioca, a riqueza de detalhes da cultura européia oriunda dos portugueses
que fundaram a cidade e exploraram o local, enfim, os fazeres e saberes do povo
tradicional da Região.
A cidade procura guardar preceitos antigos, um fato de grande relevância
nesse sentido é a construção do Museu de Arte Sacra que é uma obra,
relativamente nova, inaugurada em 2005 e que reúne obras de artes doadas
oriundas de outros municípios, bem como, obras do século XIX e do ano de 1872.
Com relação às perspectivas de viabilização de transportes turísticos dentro
da cidade de Bragança, a equipe (FABEL) detectou na Secretaria de Turismo o
projeto táxi tour que é um trabalho de parcerias que capacita os motoristas de táxi
ao atendimento aos turistas.
Ainda no âmbito das perspectivas de projetos em andamento no município
disponibilizado pela prefeitura e secretaria de turismo, observaram-se os “Anjos do
Turismo”, que consiste em capacitar crianças de classes baixas, que vivem no
subúrbio, para servirem de guia de turismo no centro histórico da cidade, isto
ocorre somente, no período de alta estação, durante a festa de São Benedito, em
Dezembro e pelo Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Novembro, bem como,
no período das férias de Julho.
Ao elaborar o roteiro turístico no segundo dia para fora da área urbana,
procurou-se observar as perspectivas nesta área, onde se comprovou a falta de
reparos na pavimentação asfáltica da BR 308 e a falta de sinalização turística
dentro dos ramais que levam os turistas aos atrativos, como por exemplo, ao Sítio
de Dona Lucimar, ao Mirante de São Benedito e ao Balneário do Sr. Santino.
Na tentativa de fomentar o turismo na região e divulgar o roteiro proposto
pelo grupo de acadêmicos da FABEL- Faculdade de Belém observou-se a
necessidade da criação de um seminário, que seria um trabalho de parcerias entre
os acadêmicos, o governo do município, (Prefeitura) e a Secretaria de Turismo,
onde deveria ser explicada passo a passo a relevância dos atrativos turísticos
apresentados no roteiro, bem como, inserir no povo bragantino a idéia de
valorização dos seus patrimônios materiais e imateriais. Neste seminário haveria
somente a participação de público adulto, o trabalho com crianças, seria feito nas
escolas com a divulgação de folders, panfletos e palestras explicativas com ênfase
em apresentações teatrais a nível infantil, em linguagem adequada para as
crianças.
CAPÍTULO III
SEGMENTAÇÃO TURÍSTICA
PROFESSORA: LUCIANA MENDES
Baseado em pesquisa de mercado realizada na cidade em foco, criou-se
um roteiro turístico de dois dias para a mesma a partir de levantamentos de dados
sobre;
- As políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo no local;
- Os atrativos culturais e naturais existentes;
- A infraestrutura de hospedagem, transporte, alimentação, tecnologias e
qualificação humana disponíveis para os turistas;
- Os possíveis públicos consumidores, conhecidos através de pesquisa realizada
para identificar o perfil do visitante do local;
- O relacionamento do trade turístico e os concorrentes existentes;
- O tipo de seguimento á que a cidade tem vocação.
Pois, de acordo com Rose (2002) antes de lança qualquer produto no
mercado é essencial conhecer o ambiente que o cerca, ou seja, o produto, o
turista, os concorrentes, os fornecedores, os intermediários e as forças que atuam
no mercado, as quais, segundo o autor “a organização turística não tem condições
de alterar ou agir sobre elas”, que são as forças políticas, naturais, tecnológicas,
demográficas, culturais e econômicas, que em outras palavras significa fazer uma
análise de mercado, sendo necessário entender primeiro o que é mercado.
Segundo o MTur (2007, p. 9 apud KOTLER; KELLER, 2003) “mercado é o
lugar onde pessoas trocam produtos e serviços com outros, considerando sempre
a disponibilidade da oferta existente e a procura pelo bem ou serviço oferecido.Já
Rose (2002, p.21) diz que:
Assim como os demais, o mercado turístico opera em um contexto amplo.
Esse ecossistema, dentro de uma visão sistêmica, determina que
qualquer agente, para sobreviver e permanecer no mercado deve
enfrentar os riscos do ambiente que o cerca.
Então fazer a análise de mercado nada mais é do que observar todos os
requisitos básicos para se colocar no mercado um produto turístico de qualidade,
que satisfaça todos os desejos e necessidades dos turistas, o que é
imprescindível para que essa atividade se desenvolva com sucesso.
Análise do Mercado Turístico
Produto : é a peça de fundamental importância na conjuntura
mercadológica do turismo, por isso, é necessário se conhecer o ambiente que o
cerca, pois, de nada adianta lançar no mercado um produto turístico que não
ofereça infraestrutura básica para a segurança, o bem-estar e o entretenimento
dos turistas, sendo essencial um bom planejamento para que esse produto não se
desgaste e torne-se desinteressante para o visitante, pois, o mercado turístico
tornou-se muito concorrido e diversificado.
Sabe-se que o clima, as paisagens, fauna e flora, que fazem parte dos
recursos naturais, bem como os aspectos de ordem cultural, a exemplo, cultura
local, patrimônio arquitetônico e outros, e ainda bens e serviços na área de
alimentação, saúde, estrada hotéis, restaurantes, gestão e imagem da marca
formam o produto, pois a atratividade por si só não constitui produto turístico, haja
vista, o exemplo citado pelo Mtur, (2009 p.56) “a Floresta Amazônica por si só não
é produto turístico [...] mas para se tornar um produto deve combinar os diversos
fatores que tornam possível sua visitação.
O produto comercializado faz parte da oferta turística e esta se constitui não
somente de atrativos, mas também de um conjunto de bens e serviços
relacionados à hospedagem, alimentação, recreação, lazer e outros, atraindo e
mantendo por um período de tempo o turista ou visitante. Deste modo, para Mário
Beni (2003, p.159) “a oferta em turismo pode ser concebida como o conjunto dos
recursos naturais e culturais que, em sua essência, constituem a matéria – prima
da atividade turística”.
O produto turístico, especificamente, é um produto composto, formado
por componentes de transporte, alimentação, acomodação e
entretenimento. Como qualquer outro bem e serviço, encontra-se à
disposição na natureza de forma limitada, necessita ser produzido e pode
ser considerado uma . riqueza. (LAGE, 2004 p.32).
Operadoras de mercado: engloba o conhecimento de todos os setores
que de forma direta ou indiretamente fazem parte da composição do produto
turístico, o que compreende os fornecedores, as empresas que atuam no
mercado, os intermediários que fazem a venda do produto para o cliente, enfim,
todos os que compõem o trade turístico do local e investem no mercado turístico.
Compreende- se operadoras de mercado os agentes de turismo, as
empresas turísticas, o governo, a comunidade ou população local, sendo que
estes agentes devem possuir objetivos integrados, compatibilizar ideais, numa
cadeia de combinação de esforços, a fim de que haja o desenvolvimento do
turismo na região. Assim pode-se afirmar que, embasado na ação de cada agente
surge o produto turístico que é um conjunto de bens e serviços voltados para a
atividade turística.
Neste contexto de acordo com o MTur (2007, p. 11 apud POTER, 1986)
para entender-se melhor o mercado é necessário conhecer todos os atores ou
forças que influenciam no desempenho da atividade turística , que são: a
rivalidade existente no setor; ameaças de novos concorrentes; ameaças dos
produtos substitutos; aumento do poder de barganha dos compradores; aumento
do poder de barganha dos fornecedores.
1 ) Rivalidade existente: Verificou-se que Bragança, possui uma das
praias de oceano mais procuradas da região, a praia de Ajuruteua, que é o
principal destino secundário da cidade, tendo como principais concorrentes as
praias de Salinas que é um pólo turístico bem mais estruturado e divulgado pela
mídia, freqüentadas pela elite belenense. No entanto, Bragança se diferencia por
oferecer equipamentos de alimentação, hospedagem e transportes bem mais
acessíveis do que a sua principal concorrente, englobando dessa forma um
parcela grande do mercado (classes sociais menos favorecidas) que precisa ser
cada vez mais introduzida na atividade turística devida a grande concorrência do
setor turístico.
2 ) Ameaças de novos concorrentes: é a verificação se existe novos
destinos sendo estruturados para atuarem no mercado, o que não foi identificado,
ao contrário Bragança é que esta despontando como pólo turístico.
3 ) Ameaça dos produtos substitutos: de acordo com o MTur (2007, p.
12) “deve-se entender como os produtos diferentes dos oferecidos por uma
empresa A, por exemplo, podem conquista os clientes e reduzir a venda dos
produtos turísticos de uma empresa B”.
4 ) Aumento do poder de barganha dos compradores: deve-se esta
atento ao poder de compra dos turistas, para que se possa fazer uma analise da
quantidade de renda que esta sendo injetada na economia local, e em Bragança,
identificou- se que o turismo é uma das principais atividades econômicas da
cidade.
5 ) Aumento do poder de barganha dos fornecedores: é preciso
conhecer se existem alternativas de equipamentos de infraestrutura (hotéis,
restaurantes, transportes, entre outros) suficientes para atender a demanda, para
que não haja o monopólio do mercado por falta de concorrência, o que geralmente
causa inflação nos preços e torna-se pouco atrativo para os turistas que procuram
alternativas mais baratas. Segundo pesquisa realizada em Bragança, os preços
cobrados aos turistas ou visitantes são equivalentes aos serviços prestados,
sendo avaliados como baratos e de boa qualidade.
Forças naturais: o ambiente natural representa uma das matérias-primas
do turismo, por isso, deve ser feito um minucioso estudo para se conhecer o
potencial de carga dos recursos naturais existentes e os possíveis impactos que a
atividade turística pode causar nesses ambientes, que geralmente são
irreversíveis, gerando o desgaste do produto e o desinteresse do turista, que está
cada vez mais preocupado com os problemas ambientais. Em Bragança detectou-
se, que não existe nenhum preocupação nem estudo científico para medir o
potencial de carga de seus recursos naturais (infelizmente) que são belíssimos,
onde, já se observam alguns impactos. Observando também o clima, o relevo, a
posição geográfica, etc.
Forças políticas: deve- se conhecer todas as políticas públicas existentes
voltadas para o desenvolvimento da atividade turística de um país, estado e
municípios, verificando se elas são favoráveis ou não ao turismo. Neste caso em
relação ao município aqui proposto podem-se observar algumas ações para dar
incentivo e fomento ao turismo na região:
Taxitour : um projeto que visa capacitar os motoristas de taxi, para atender
o turista de forma adequada, tem o apoio da Paratur e da Prefeitura local.
Anjos do Turísta : é um trabalho da Secretaria de Turismo desenvolvido
com jovens de classe social menos prevalecida, com o objetivo de capacitar e
formar guias mirins para atuar nas épocas demanda de visitante na cidade, isto
ocorre por ocasião das Festividades de São Benedito e pelo Círio de Nossa
Senhora de Nazaré.
Pit: Posto de Informação turística é um projeto que está no papel, seria a
colocação de um Pit na Praça da Bandeira e outro na Praça de Eventos, na
realidade, a informação obtida foi que para tal realização falta a verba. Também a
Secretaria de Turismo local mencionou a construção de quiosques, em 2010,
objetivando a comercialização de artesanatos.
Forças econômicas: Segundo Rose (2002, p.22), deve-se conhecer
“dados como receita individual e familiar, renda discricionária, que permitem
gastos com o lazer; fatores abrangentes como: inflação, nível de emprego e
crescimento econômico, influencia sobremaneira a locação de investimentos no
setor turístico”, ou seja, conhecer o ambiente econômico em que se encontra o
país, verificando taxa de inflação e desemprego, se existe recursos sendo
injetados na economia local e o perfil econômico do turista para obter informações
de quanto as pessoas estão disponibilizando para o laser, pois, em época de crise
os bens de consumo geralmente ficam em segundo plano.
Forças culturais: é um conjugado de todas as atividades culturais,
costumes e modo de vida da população local, sendo importante saber se essas
raízes estão sendo mantidas ou preservadas e de que forma esta se dando este
processo, pois, os fatores culturais influenciam as motivações de viagem. Em
Bragança essas raízes ainda são muito presentes nos seus habitantes e possui
um museu que promovem eventos para divulgar e preservar esses patrimônios
(Museu da Marujada), o que torna a cidade mais atrativa e com um número maior
de opções de entretenimento para o visitante (dependendo da época).
Portanto, a oferta ou produto turístico se constitui num conjunto de
elementos necessários para satisfazer o turista, entretanto, de maneira isolada
estes elementos não fazem parte das atividades turísticas, haja vista, o que
Ignarra (2002, p.47) relata que “um turista no seu ato de consumo turístico
necessita de um conjunto de elementos para satisfazer às suas necessidades”.
Conhecidos todos esses elementos faz- se necessário um minucioso estudo da
possível demanda para o produto.
Demanda: é o conjunto de consumidores reais, ou possíveis consumidores
de um serviço ou produto turístico, sendo necessário o monitoramento constante
das mudanças que ocorrem neste conjunto, pois, novas tendências e
necessidades surgem a todo o momento, e o mercado turístico precisa conhecer e
adaptar rapidamente as mudanças comportamentais que ocorrem com esses
grupos. Sendo então necessário antes de lançar um produto, fazer um
levantamento do perfil do turista em seus aspectos econômicos, culturais, sociais
e de suas necessidades.
Para entender a cadeia de variáveis que se necessita para a
comercialização de um produto turístico e acima de tudo para que o cliente
possa ficar satisfeito, inteiramente satisfeito é imprescindível observar e entender
o consumo turístico, ou seja, tudo aquilo que o turista precisa gastar antes,
durante e depois da viagem com a finalidade de satisfazer os anseios de
motivação para àquela viagem. Desta forma para o Mtur (2009, p. 60), “O
consumo dos visitantes não se restringe apenas às atividades ligadas
diretamente à viagem, mas também a toda atividade de suporte para fazer da
viagem uma experiência agradável.”
Dentro de um produto turístico o que vai demandar a procura são os
atrativos oferecidos por este, por serem fatores determinantes para que turistas
optem por determinados locais e suas especificidades, por conseguinte, a
demanda sugere diversidades de segmentos no âmbito do setor turístico. E
assim como os atrativos influenciam na demanda pelo produto, as facilidades e
acessibilidades também contribuem para a aquisição ou não do produto turístico,
haja vista, que para Beatriz Lage, (2004 p. 33) “as facilidades são os elementos
do produto turístico que não geram normalmente os fluxos do turismo, mas a sua
ausência pode impedir os turistas de procurarem as atrações.” Estas facilidades
e acessibilidades dizem respeito à hospedagem, às vias de acesso, saneamento
básico, farmácias, bancos, lojas de souvenirs e outras ligadas ou não à cadeia
do turismo.
A heterogeneidade da demanda turística é embasada na percepção de
fatores de origem socioeconômico, geográfico, comportamental e outros, além de
integrar as motivações de viagens de cada indivíduo que variam de pessoas para
pessoa, estas variáveis servem para segmentar o mercado turístico.
O mundo passa por uma imensa transição o que atualmente satisfaz a
necessidade humana, posteriormente, poderá não mais satisfazer, este fato se
aplica também na atividade turística e para ressaltar a relevância da demanda
turística no mundo globalizado cita-se:
Vivemos em tempos de extrema e profunda transição; o que hoje é válido
e consumido, amanhã se torna obsoleto e não responde mais às
necessidades que parecia satisfazer. Os mercados buscam reagir rápido
a esta situação, porque mudam, também, os produtos e serviços, os
desejos e motivação dos consumidores e suas decisões de compra, os
canais de distribuição, a publicidade e o marketing competitivo. (BENI,
2003 p. 214).
Assim sendo, com as pesquisas de demanda é possível conhecer as
motivações do visitante, somente, assim, conhecendo o perfil do publico alvo
pode-se segmentar a atividade, visto que, os objetivos e anseios de uns podem
ser totalmente diferente de outros. Baseado em tais percepções, aplicou-se em
Bragança um questionário sócio-econômico para 30 pessoas, com o intuito de
identificar o perfil e a demanda dos possíveis consumidores do roteiro sugerido
para a cidade, resultado pode ser verificado nos gráficos abaixo.
Quando perguntados sobre o local de origem, as estatísticas obtidas
mostraram que o principal ponto de origem das pessoas para o destino Bragança
é Belém, com 44% dos entrevistados originários desta cidade, seguido de 23% de
visitantes de outros estados do país como, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do
Norte, 17% vindos da cidade de Castanhal, 7% do município de Barcarena, 3% do
município de Viseu, 3% do município de Santa Izabel e 3% de regiões próximas á
Bragança. Concluindo que 77% dos visitantes da localidade são de paraenses,
sendo necessária uma divulgação interestadual maior.
Origem
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
Em relação ao sexo, as estatísticas mostram que 60% dos visitantes são do
sexo feminino, um indicativo da emancipação econômica feminina que nos últimos
anos vem crescendo aceleradamen
mercado consumidor e que deve cada vez mais ser englobada pelo mercado
turístico, principalmente porque, geralmente a mulher gasta mais do que o homem
e dessa forma injeta mais dinheiro na economia, no entanto, é m
relação aos serviços prestados. Os homens representaram 40% dos visitantes
entrevistados.
Sexo
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
44
17
73 3 3
23
Origem
Belém Castanhal
40%M
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
Em relação ao sexo, as estatísticas mostram que 60% dos visitantes são do
sexo feminino, um indicativo da emancipação econômica feminina que nos últimos
anos vem crescendo aceleradamente, tornando-se uma importante parcela do
mercado consumidor e que deve cada vez mais ser englobada pelo mercado
turístico, principalmente porque, geralmente a mulher gasta mais do que o homem
e dessa forma injeta mais dinheiro na economia, no entanto, é m
relação aos serviços prestados. Os homens representaram 40% dos visitantes
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
Castanhal Barcarena Viseu Sta. Isabel A. Correa
40%M
60%F
Colunas1
Em relação ao sexo, as estatísticas mostram que 60% dos visitantes são do
sexo feminino, um indicativo da emancipação econômica feminina que nos últimos
se uma importante parcela do
mercado consumidor e que deve cada vez mais ser englobada pelo mercado
turístico, principalmente porque, geralmente a mulher gasta mais do que o homem
e dessa forma injeta mais dinheiro na economia, no entanto, é mais exigente em
relação aos serviços prestados. Os homens representaram 40% dos visitantes
A. Correa Outros
Na questão profissional observou - se um empate entre profissionais
liberais e funcionários públicos, onde cada profissão obteve um índice de 33%,
sendo, que dos 33% de profissionais liberais, 18% são mulheres e 15% homens,
encanto, que os 33% dos funcionários públicos, 24% são mulheres e 9% homens.
Tais estatísticas, só mostram ainda mais a forçar feminino no mercado e a grande
parcela da população que ela representa, pois, a mulher encontra-se mais
estabilizada e independente. Os profissionais autônomos corresponderam á 27%
e os estudantes 7% dos entrevistados.
Profissão
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
A renda dos entrevistados que ganham até um salário mínimo
corresponderam a 17% das estatísticas; até 2 salários 40%, onde 32,5% são de
homens e 7,5% mulheres; até 3 salários 30%, onde 3% são homens e 27%
mulheres; de 4 a 5 salários 10%, onde 7% de mulheres e 3% de homens e os que
tem rendimentos acima de 6 salários mínimos corresponderam a 3%. Neste
contexto verifica-se, a grande parcela do mercado que as classes menos
favorecidas representam, e que disponibilizam uma parte de seus recursos para o
lazer e novamente a mulher aparece como força de mercado, com renda
superior a do homem.
33 33
27
7
P. Liberal F. Público Autonômo Estudante
Renda
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
A idade dos entrevistados ficou classificada da seguinte forma: 33% tinham
de 20 á 30 anos, 44% de 31 á 40 anos, 10% de 41 á 50 e 13% mais de 50.
Concluindo-se que a faixa etária das pessoas que mais freqüentam o local é
mediana, ou seja, nem jovem nem velha, pois, so
de 20 á 40 anos, observaremos que este número corresponderá a 77% dos
visitantes.
até 1 salário
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
entrevistados ficou classificada da seguinte forma: 33% tinham
de 20 á 30 anos, 44% de 31 á 40 anos, 10% de 41 á 50 e 13% mais de 50.
se que a faixa etária das pessoas que mais freqüentam o local é
mediana, ou seja, nem jovem nem velha, pois, somando os resultados das idades
de 20 á 40 anos, observaremos que este número corresponderá a 77% dos
17%
4030
10 3
até 2 salários até 3 salários de 4 á 5 salários mais de 6 salários
entrevistados ficou classificada da seguinte forma: 33% tinham
de 20 á 30 anos, 44% de 31 á 40 anos, 10% de 41 á 50 e 13% mais de 50.
se que a faixa etária das pessoas que mais freqüentam o local é
mando os resultados das idades
de 20 á 40 anos, observaremos que este número corresponderá a 77% dos
mais de 6 salários
Idade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
A maioria dos entrevistados eram casados o que
pesquisa, 30% são solteiros, 17% outros (amigados, juntos, enrolados, casais
modernos) e 3% divorciados, o que a leva a concluir que a maioria das pessoas
viajam em família, o que irá ser observado mais adiante.
Estado Civil
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança
Em se tratando de nível de escolaridade os dados apresentaram
diversificados, em que, 27% possuíam nível médio completo, 23% nível superior,
20% fundamental completo, 10% médio incompleto, 10%
33
30
50
17
3
Solteiro
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009
A maioria dos entrevistados eram casados o que correspondeu a 50% da
pesquisa, 30% são solteiros, 17% outros (amigados, juntos, enrolados, casais
modernos) e 3% divorciados, o que a leva a concluir que a maioria das pessoas
viajam em família, o que irá ser observado mais adiante.
Pesquisa de turismo receptivo em Bragança – Nov/ 2009.
Em se tratando de nível de escolaridade os dados apresentaram
diversificados, em que, 27% possuíam nível médio completo, 23% nível superior,
20% fundamental completo, 10% médio incompleto, 10% superior incompleto, 7%
44 10 13
20 á 30 31 á 40 41 á 50 mais de 50
Solteiro Casado Outros Divorciados
correspondeu a 50% da
pesquisa, 30% são solteiros, 17% outros (amigados, juntos, enrolados, casais
modernos) e 3% divorciados, o que a leva a concluir que a maioria das pessoas
Em se tratando de nível de escolaridade os dados apresentaram-se bem
diversificados, em que, 27% possuíam nível médio completo, 23% nível superior,
superior incompleto, 7%
fundamental incompleto e 3% possuíam Pós
forma, que o nível de formação dos visitantes é alto.
Escolaridade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
No requisito motivação 30%
trabalho ou para eventos, 20% visita estava visitando parentes e amigos, 13%
atrativos naturais, 10% atrativos culturais. Verifica
de lazer, atrativos culturais e naturais 53% das pess
inúmeras alternativas de entretenimento e atrativos que a localidade disponibiliza
aos visitantes.
Motivação
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
7
20
10
27
23
10
3
F. Incompleto
Md. Completo
Pós Grad
20
27
13
30
10
Visita /parente/amigos
laser
fundamental incompleto e 3% possuíam Pós - graduação. Identificando dessa
forma, que o nível de formação dos visitantes é alto.
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
No requisito motivação 30% dos entrevistados viajaram a laser, 27% a
trabalho ou para eventos, 20% visita estava visitando parentes e amigos, 13%
atrativos naturais, 10% atrativos culturais. Verifica-se que somados as motivações
de lazer, atrativos culturais e naturais 53% das pessoas viajam até o local pelas
inúmeras alternativas de entretenimento e atrativos que a localidade disponibiliza
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
3
F. Incompleto F. Completo Md. Incompleto
Md. Completo Superior Superior Incompleto
Pós Grad
Visita /parente/amigos trabalho/eventos atrativos naturais
atrativos culturais
graduação. Identificando dessa
dos entrevistados viajaram a laser, 27% a
trabalho ou para eventos, 20% visita estava visitando parentes e amigos, 13%
se que somados as motivações
oas viajam até o local pelas
inúmeras alternativas de entretenimento e atrativos que a localidade disponibiliza
Md. Incompleto
Superior Incompleto
atrativos naturais
O número de pessoas que viajavam com os entrevistados no momento da
pesquisa, ficou dividido da seguinte forma, 33% viajavam em grupo de 2 pessoas,
30% em número de 3 pessoas, 27% sozinho, 10% em grupos de 4 ou mais
pessoas.
Número de Viajantes
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Perguntado como costumam viajar, 47% dos entrevistados responderam
em família, 33% com amigos e 20% sozinhos. Comparando com o gráfico acima
observa - se que, 80% das pessoas costumam viajar acompanhado, o que resulta
em um gasto maior na localidade, no entanto, uma quantia significativa de
pessoas viajam sozinhos, por não terem família constituída, o que lhes possibilita
disponibilizar uma quantia maior de recursos para viajar, ao contrário dos que
possuem família, que tem outros gastos e por isso viajam menos.
27
33
10
30
1 pessoa 2 pessoas 3 pessoas 4 pessoas ou mais
Como Viajam
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
Sobre a forma em que a viagem foi organizada, 77% das pessoas
planejaram e organizaram pessoalmente a viagem sem intermediários, 10%
tiveram a viagem planejada por entidades associativas, 10% por conhecidos, 10%
por agência de viagem, 3% por conhecidos, observando
produtos turísticos vendidos por agências de turismo e de viagem destinados a
Bragança.
Excursão Organizada
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
O tempo de permanência dos visitantes no local distribuiu
forma 50% das pessoas passariam de 3 á 5 dias na cidade, 33% até 2 dias, 7% de
6 á 10 dias, 7% um dia, 3% mais de 10 dias. Concluindo
pessoas disponibiliza os fins de semana para viajarem.
20
47
33
10103
77
Agência de Viagem
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
Sobre a forma em que a viagem foi organizada, 77% das pessoas
planejaram e organizaram pessoalmente a viagem sem intermediários, 10%
planejada por entidades associativas, 10% por conhecidos, 10%
por agência de viagem, 3% por conhecidos, observando-se, a carência de
produtos turísticos vendidos por agências de turismo e de viagem destinados a
Excursão Organizada
isa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
O tempo de permanência dos visitantes no local distribuiu
forma 50% das pessoas passariam de 3 á 5 dias na cidade, 33% até 2 dias, 7% de
6 á 10 dias, 7% um dia, 3% mais de 10 dias. Concluindo-se, que a maioria das
pessoas disponibiliza os fins de semana para viajarem.
Sozinho Em família Com amigos
Agência de Viagem Ent. Associativas Conhecido Outros
Sobre a forma em que a viagem foi organizada, 77% das pessoas
planejaram e organizaram pessoalmente a viagem sem intermediários, 10%
planejada por entidades associativas, 10% por conhecidos, 10%
se, a carência de
produtos turísticos vendidos por agências de turismo e de viagem destinados a
Excursão Organizada
O tempo de permanência dos visitantes no local distribuiu-se da seguinte
forma 50% das pessoas passariam de 3 á 5 dias na cidade, 33% até 2 dias, 7% de
se, que a maioria das
Outros
Tempo de Permanência
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
O meio de transporte mais utilizados pelos turistas para chegarem à cidade,
foi de carro particular com 50% dos visitantes tendo se utilizado deste recurso,
27% utilizaram-se de ônibus de linha, 10% de vans, 7% de barco, 3% de taxi, 3%
de ônibus fretado. Nesse requisito verifica
transportes, tendo assim o vi
convir.
Transporte
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
7
33
50
37
1 dias até 2 dias
50
Carro Particular Ônibus Fretado
Tempo de Permanência
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
O meio de transporte mais utilizados pelos turistas para chegarem à cidade,
ticular com 50% dos visitantes tendo se utilizado deste recurso,
se de ônibus de linha, 10% de vans, 7% de barco, 3% de taxi, 3%
de ônibus fretado. Nesse requisito verifica-se, que existem varias alternativas de
transportes, tendo assim o visitante a oportunidade de escolher a que melhor lhe
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
até 2 dias de 3 á 5 dias de 6 á 10 dias mais de 10
3
27
73
10
Ônibus Fretado Ônibus de linha Barco Táxi Vans
O meio de transporte mais utilizados pelos turistas para chegarem à cidade,
ticular com 50% dos visitantes tendo se utilizado deste recurso,
se de ônibus de linha, 10% de vans, 7% de barco, 3% de taxi, 3%
se, que existem varias alternativas de
sitante a oportunidade de escolher a que melhor lhe
mais de 10
Vans
Perguntou-se aos visitantes se tiveram alguma dificuldade de orientação e
informação dentro da cidade e 83% consideram
sinalização existentes no local, não tendo maiores problemas e apenas 17%
relataram que tiveram que pedir informação para se locomoverem na cidade.
Informações e Orientações na cidade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em
Para fazerem suas refeições 47% dos entrevistados preferiram os
restaurantes, 40% os locais de hospedagens, que em sua maioria oferece
algumas refeições e 13% escolheram outras alternativas como, casa de amigos,
parentes e pequenos loc
Onde fez as refeições
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
47
40
13
Restaurantes
se aos visitantes se tiveram alguma dificuldade de orientação e
informação dentro da cidade e 83% consideram satisfatórias as placas de
sinalização existentes no local, não tendo maiores problemas e apenas 17%
relataram que tiveram que pedir informação para se locomoverem na cidade.
Informações e Orientações na cidade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Para fazerem suas refeições 47% dos entrevistados preferiram os
restaurantes, 40% os locais de hospedagens, que em sua maioria oferece
algumas refeições e 13% escolheram outras alternativas como, casa de amigos,
parentes e pequenos locais que oferecem comidas rápidas.
Onde fez as refeições
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
17
83
Sim Não
Restaurantes Local de Hospedagem Outros
se aos visitantes se tiveram alguma dificuldade de orientação e
satisfatórias as placas de
sinalização existentes no local, não tendo maiores problemas e apenas 17%
relataram que tiveram que pedir informação para se locomoverem na cidade.
Para fazerem suas refeições 47% dos entrevistados preferiram os
restaurantes, 40% os locais de hospedagens, que em sua maioria oferece
algumas refeições e 13% escolheram outras alternativas como, casa de amigos,
Os preços são fatores determinantes na hora da aquisição de um produto
ou serviço e 87% dos entrevistados acharam os preços de alimentação e
hospedagem adequados, 13% consideraram os preços de hospedagem muito
altos e 10% o preço os alimentos, 3% acharam os preços da alimentação baixos
demais.
Preços Acessíveis
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Os recursos naturais constituíram- se nós principais atrativos para os
visitantes, representando 60% das motivações que os levaram ao local, seguidos
de 23% motivados por amigos e parentes, acompanhados por 17% que tiveram
outros motivos para viajarem. Sendo necessário um monitoramento maior desses
recursos, para que os mesmos não sejam impactados pelo uso desordenado e
irracional.
87 87
3
1013
Alimentação Hospedagem
Adequados Muito baixo Muito Alto
Atrativo que o trouxe á cidade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
Apesar de ressaltarem
segurança, qualificação de atendimento, limpeza, entre outros, 100% dos
pesquisados indicariam á cidade a amigos e pretendem voltar em outras
oportunidades, o leva a supor uma certa fidelidade ao local, algo que se
cada vez mais raro devido a grande concorrência no setor turístico, que
disponibiliza ao consumidos um leque de alternativas.
Pretende Voltar e Indicar a Cidade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Fazendo uma análise do
prédios históricos, gastronomia, atendimento, limpeza, segurança e transportes, a
avaliação dos visitantes foi positiva, com a maiorias dos itens tendo recebido
23
60
17
Parentes e Amigos
100
Pretende Voltar
Atrativo que o trouxe á cidade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009.
Apesar de ressaltarem á necessidade de algumas melhorias como,
segurança, qualificação de atendimento, limpeza, entre outros, 100% dos
pesquisados indicariam á cidade a amigos e pretendem voltar em outras
oportunidades, o leva a supor uma certa fidelidade ao local, algo que se
cada vez mais raro devido a grande concorrência no setor turístico, que
disponibiliza ao consumidos um leque de alternativas.
Pretende Voltar e Indicar a Cidade
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Fazendo uma análise dos requisitos básicos de infraestrutura como, praias,
prédios históricos, gastronomia, atendimento, limpeza, segurança e transportes, a
avaliação dos visitantes foi positiva, com a maiorias dos itens tendo recebido
Parentes e Amigos Natureza Outros
100
Indicar Amigos
Sim Não
á necessidade de algumas melhorias como,
segurança, qualificação de atendimento, limpeza, entre outros, 100% dos
pesquisados indicariam á cidade a amigos e pretendem voltar em outras
oportunidades, o leva a supor uma certa fidelidade ao local, algo que se tornou
cada vez mais raro devido a grande concorrência no setor turístico, que
s requisitos básicos de infraestrutura como, praias,
prédios históricos, gastronomia, atendimento, limpeza, segurança e transportes, a
avaliação dos visitantes foi positiva, com a maiorias dos itens tendo recebido
conceito Bom, por mais de 50% dos entrevistados, com exceção do requisito
segurança, que na avaliação teve 41% de conceito Bom. O que possibilita a
propaganda boca a boca, que é a melhor forma de divulgar uma localidade.
Caracterize a Oferta Turística
FONTE. Pesquisa de turismo receptivo em Bragança. Nov/ 2009
Então conhecido o produto Bragança, onde observol-se que o lugar tem
um grande potencial turístico, possuindo um patrimônio histórico belíssimo e bem
conservado; exuberantes recursos naturais com vastas áreas de mangues e
praias; tradições culturais bastante vivas nos moradores locais; infraestrutura de
hospedagem, transporte e alimentação avaliadas como Bom, comunidades que
produzem cerâmicas de forma bem rústica, formando assim um conjunto de
ofertas de atrativos e entretenimento bem diversificados para os turistas e a
demanda para o local obtida através de pesquisa de demanda, organiza-se o
mercado em seguimentos, ou seja, distribui os turistas de acordo com seus
desejos e necessidades.
Segmentação Turística
Segmentar segundo o MTur ( 2007, p. 26 apud LOVELOCK; WRIGHT,
2001) “é dividir a demanda em grupos diferentes nos quais todos os clientes
compartilham características relevantes que os distinguem de clientes de outros
seguimentos”. Através da segmentação do mercado é possível aumentar a
demanda de uma região, pois, identificadas as alternativas de produtos de um
3 3 6 5 10
3323
77 77
5766 60
41
64
3 7 10 1623 23
1317 1327
13 7 3
Ruim Bom Regular Excelente
lugar, pode-se, destina-los para um grupo específico, para segmentar um produto
é preciso tem conhecimento da vocação do lugar, da imagem que ele possui, o
perfil do turista que pretende atrair e os desejos e necessidades que a demanda
pretende suprir com a aquisição de um produto.
Pois, dentro de um produto existem as variáveis de nivelamento do mesmo,
onde se observa o benefício central, produto básico, produto esperado, produto
ampliado, produto potencial, sendo as características de cada um numa ordem
continua percebe-se a busca fundamental do cliente, a necessidade do cliente
transformada em produto, tudo aquilo que o turista já espera naquele produto, um
valor adicional do produto algo que supera a expectativa do cliente e finalmente o
produto potencial é a superação do produto no futuro e não só para atender a
demanda naquele momento, como também adicionar valores a este para que
possa a atender demandas futuras.
Assim para fundamentar estas variáveis do produto cita-se:
Percebe-se que o produto se distancia da oferta física e se aproxima, cada vez mais, da percepção de valor pelo cliente, por meio do benefício ou solução obtida com a compra realizada. Já que os produtos estão relacionados com a percepção dos clientes, e cada cliente tem uma percepção diferente do outro, nem todos os produtos ou serviços terão o mesmo valor percebido por todos os clientes. Essa é a importância que a segmentação tem para a elaboração de uma estratégia eficaz. (Mtur, 2009).
Um produto trabalhado dentro de um segmento turístico, não quer dizer que
o mesmo não possa ser visto em outros segmentos dentro de outros roteiros, o
que vai demandar esta situação é a potencialidades de atrativos da região, e dos
diversos nichos em várias espécies de motivações que vão sendo identificadas:
Dessa forma, a promoção de um produto, roteirizado ou não, com base
em um segmento principal, não inviabiliza que vários outros segmentos
possam ser trabalhados em outros tantos roteiros, a depender dos
potenciais atrativos e do público que se queira buscar. (Mtur, 2008, p.).
Segmentar ajuda no processo de criação e formulação de roteiros, que
serão criados de acordo com as necessidades do público alvo. Segundo o MTur
(2007, p. 26) roteiro “é um itinerário caracterizado por um ou mais elementos que
lhe confere identidade, definido e estruturado para fins de planejamento, gestão,
promoção e comercialização turística”, podendo ser considerado como um método
de organizar e ordenar os atrativos turísticos de uma região.
Para entendimento fica claro que a segmentação do turismo se faz presente
e necessária para viabilizar a atividade de forma planejada a gestão de mercados,
vale mencionar que os segmentos não são criados, todavia, identificados para a
composição da oferta turistica de forma a atender os diversificados nichos de
mercado, com a finalidade de fidelizar clientes, o que pode ser compreendido
mediante o fato de os clientes de um modo geral, possuem desejos, anseios e
preferências diferenciadas e com a segmentação é possivel enquadrar diversos
nichos nas várias motivações de viagem que vão surgindo, portanto para o Mtur,
(2009, p.67) “nesse sentido, será necessário desenvolver uma oferta segmentada,
definindo tipos de turismo específicos”.
Conhecendo-se o perfil da demanda turística pode-se estruturar e criar
roteiros, pois a criação destes se dá de acordo com o tipo de público alvo que tem
motivação para àquele tipo de turismo ou segmento. Portanto, mais uma vez para
o Mtur, (2009, p.70) “a escolha do segmento vai ajudar na estruturação de
produtos e elaboração de roteiros, pois a identidade dada a cada roteiro será
criada, levando em consideração ao público que o público ao qual se destina.”
Ao relacionar turismo com fatores culturais surge um segmento denominado
Turismo Cultural que se baseia na satisfação do turista em apreciar saberes e
fazeres de um povo, experimentar aspectos do modo de vida deste, fatores
relevantes de sua cultura, desta feita a orientação a trilhar para que se
apresentem bons produtos turísticos para o mercado é a roteirização e a
segmentação, assim para o Mtur (2008, p.13) estas metodologias funcionam
“como estratégias, por entender serem imprescindíveis ações que permitem o
fortalecimento do capital social e a conseqüente e concomitante promoção e
preservação da cultura brasileira, como atrativo turístico e como patrimônio.”
Baseado em pesquisa de mercado e análise de material bibliográfico criou-
se um roteiro turístico de Bragança PA, dando ênfase ao aspecto histórico cultural,
pois é um segmento bastante cultuado pelo povo da região e por outros
municípios localizados nos arredores, visto que, Bragança é uma cidade histórica
explorada e fundada por europeus portugueses que estiveram no local em
meados de 1634, por ocasião da fundação da cidade, a mesma exala seu
contexto histórico europeu, propiciando, inúmeros atrativos de rara beleza
patrimonial e cultural, além de belezas patrimoniais ambientais, com objetivo de
motivar pessoas à visitarem e valorizarem o local, assim, nesse contexto, para
Miguel Bahl (2004, p. 74)” independente do lucro, o roteiro possibilita uma
exposição temática ampla que desperta o interesse das pessoas e preenche as
suas necessidades de evasão e deslocamento, motivando-as a participar”.
O Roteiro Turístico elaborado para o município de Bragança inicia-se na
Praça das Bandeiras, localizada na Avenida Nazareno Ferreira, terá a duração de
dois dias, no primeiro dia a rota será trabalhada a pé, em vista da pequena
distância, entre os atrativos, no segundo dia a equipe colocará um transporte a
disposição dos turistas para percorrer o devido itinerário de maneira a fazer uma
rota obedecendo à seqüência dos destinos em questão.
PRIMEIRO DIA
O primeiro dia do roteiro será na área urbana da cidade, precisamente, no
Centro Histórico Bragantino:
PRAÇA DAS BANDEIRAS
Fig. 36 - Praça das Bandeiras.
A praça foi construída em 1966, é um espaço que serve para feiras e
manifestações cívicas, nela há um monumento que é dedicado à Bandeira
Nacional, ao seu entorno existe uma gama de atrativos que compõe o Centro
Histórico Bragantino, pontos que serão explorados neste roteiro, a saber:
1 – MUSEU DE ARTE SACRA
Figs: 37 e 38 - Museu de Arte Sacra (Parte interna e externa)
O referido museu localiza-se à Travessa Marcelino Castanho, s/n (esquina
com a Avenida Nazareno Ferreira, s/n), foi inaugurado em 2005, pela Diocese de
Bragança e é mantido com o incentivo de parceria com a prefeitura de Bragança,
seu objetivo é reunir um grande acervo de obras sacras, as obras que estão no
museu são doações de pessoas de vários municípios e também doações das 23
paróquias que integram a diocese de Bragança, várias imagens foram doadas por
pessoas que não deram definição das origens das mesmas, pode-se observar
mantos de Nossa Senhora de Nazaré doados por famílias bragantinas que
residem em Belém.
O acervo do Museu de Arte Sacra de Bragança é constituído de muitas
peças, todavia, muitas ainda se encontram guardadas, pelo fato do local ainda não
está totalmente concluído, as peças estão guardadas sob o poder da Diocese na
Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Podem-se exaltar as seguintes peças de obras sacras no museu:
A Cátedra de Dom Elizeu Maria Coroli, uma espécie de cadeira de madeira
lei antiga, uma imagem de São Sebastião do Século XIX, uma imagem de Nossa
Senhora das Dores de 1872 do acervo da Igreja Matriz, por ocasião da permuta,
da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e a Irmandade de São Benedito.
2 – RÁDIO EDUCADORA
Fig: 39 - Rádio Educadora
A Rádio Educadora foi fundada em 1960, precisamente, em novembro,
pertence à Diocese de Bragança, é escutada em quase todos os Estados do Norte
e Nordeste do Brasil, nasceu de um projeto ousado de desenvolver atividades
educacionais à distância e minimizar desigualdades sociais, esta rádio tem servido
de apoio social para a formação da população bragantina, permitindo que a
mesma reflita sobre questões polêmicas e atuais. A programação FM está
disponível na internet.
3 – PALÁCIO EPISCOPAL
Fig: 40 - Palácio Episcopal.
Foram os padres italianos Barnabitas que construíram este prédio, os
primeiros moradores foram os europeus. A cidade, na época funcionava como a
prelazia do Guamá, na altura da ordenação do Monsenhor Elizeu Maria Corolli, que
trouxe os padres Paulo Beloles e seu irmão Paulo Corolli, vieram em sua
companhia as irmãs do “Preciosíssimo Sangue”.
4 – CATEDRAL NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Fig: 41 - Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga da
cidade,construída por escravos, onde está enterrado o Padre Dom Eliseu Maria
Corolli, fundador da Congregação de Santa Terezinha, e o Instituto Santa
Terezinha, tradicional Educandário da cidade, esta fora construída para São
Benedito, contudo, em 1872 houve a permuta das igrejas ficando São Benedito
com a igreja localizada na Praça 01 de Outubro.Foi construída em 1854,
inaugurada em 1876, a permuta aconteceu por causa do local ser pequeno para
os festejos que cresciam a cada ano, então as irmandades entraram em
negociação devido a nova igreja ser maior tanto por dentro como nos arredores.
5 – INSTITUTO SANTA TERESINHA
Fig: 42 - Instituto Santa Terezinha
O Instituto foi um projeto do Padre italiano Dom Elizeu Maria Coroli, de
estilo neoclássico, fundado em 1938, atualmente possui setenta anos, funciona
como uma das mais tradicionais escolas de Ensino Fundamental, Médio e Infantil
da cidade de Bragança, também servindo de residência das Irmãs Missionárias de
Santa Teresinha que mantém o prédio e são responsáveis pelo seu
funcionamento, o lema da escola é “Educar para a vida”, ainda numa concepção
de Dom Elizeu, seu fundador.
6 – CASA DA FAMÍLIA MEDEIROS
Fig: 43 - Casa da Família Medeiros
Casa de família portuguesa, com assoalho de acapu e pau-amarelo. As
paredes do lado de fora da casa revestida com azulejos portugueses e, no alto,
estão blocos de cimento com as iniciais do primeiro dono. A casa comporta móveis
antigos em madeira escura com tampos de mármore, cristais, cofre, caixa-forte,
cadeira e espada, bem ao estilo português, pertencentes ao pai do primeiro
proprietário que foi comandante da Guarda Nacional, Sr. Antônio Fernandes de
Medeiros.
7 – RESTAURANTE TRÓPICOS
Ao sair da Casa da Família Medeiros o grupo de turistas se dirige ao
Restaurante Trópicos, localizado à Travessa João XXIII nº 374 – Centro para
almoçar e degustar o prato carro chefe do restaurante Steak House, que se
constitui de uma chapa mista, elaborada com carnes e mariscos variados e que
segundo a Sra. Tásmia é o prato mais comercializado no restaurante, que
funciona de terça – feira a domingo, entretanto, só serve pratos comerciais até
sexta – feira, ocorrendo no final de semana, somente, Service à la carte, o Steak
house é servido com Yakimash,(espécie de arroz)
8 – CASA DAS TREZE JANELAS
Fig: 44 - Casa das Treze Janelas
Esta casa construida por Simpliciano Fernandes de Medeiros, em 1908, foi
sua residência por algum tempo, outra personalidade que nasceu na casa foi Stelio
Maroja, figura que foi prefeito de Belém, muito tempo depois a prefeitura adquiriu o
prédio sendo restaurada em 1968 na gestão administrativa de Euclides Dias
Ramos, passou a ser a Casa dos Prefeitos. Atualmente o prédio abriga a
Secretária Municipal de Saúde.
9 – PRAÇA ANTÔNIO PEREIRA
Fig: 45 - Praça Antônio Pereira
A praça está localizada entre as ruas Doutor Justo Chermont e General Gurjão
e as travessas Vigário Mota e Cônego Miguel, Bairro – Centro, em frente ao
prédio-sede da Prefeitura Municipal de Bragança, é uma praça centenária. Seu
nome é em virtude da intendência Antônio Pedro da Silva Pereira (nome atual da
praça), no período de 1889/1890. Era conhecida popularmente como “Praça do
Jardim”.
10 – PALACETE AUGUSTO CORRÊIA
Fig: 46 - Palacete Augusto Correia
Local onde funcionou a Prefeitura de Bragança é um prédio em alvenaria
coberto com de telha de barro. Piso em ladrilhos e a escadaria; os alicerces, em
pedra, foram feitos pelos portugueses. Cópia fiel do palácio de Bragança, em
Portugal. Inaugurado, possivelmente, em 1902 e/ou 1903. Passando a ser
chamada de prefeitura a partir de 1930. Em 09 de Dezembro de 1922, estiveram,
neste prédio, os aviadores Euclides Pinto Martins, brasileiro, e Walter Hilton, norte
americano que empreenderam o RAID NEW YORK- Rio de Janeiro. Para
relembrar este grandioso fato colocaram uma placa na gestão administrativa do
Cel. Childerico Fernandes
11 – MUSEU DA MARUJADA
Fig. 47 – Museu Teatro da Marujada
É um espaço novo destinado a fomentar a marujada, divulgando e
mostrando aos visitantes, a importância da mesma nos aspectos culturais e
artísticos, expõe material de artistas bragantinos, artesanatos e registros
históricos. Localiza-se na Praça Antônio Pereira s/n – Centro.
12 – IGREJA DE SÃO BENEDITO
Fig. 48 – Igreja de São Benedito.
Edificação construída no século XVIII, pelos índios e negros com auxílio,
dos jesuítas, entre os anos 1750/1760, é pintada de branco e possui altos relevos
em seu exterior, o interior é marcado por peças barrocas, apresenta apenas uma
torre, foi no passado negociado uma troca entre as irmandades de Nossa Senhora
do Rosário e a Irmandade de São Benedito, ficando esta última com a sua gestão
administrativa desde 1872, depois de haver sido aprovada pelas autoridades
eclesiásticas do Estado do Pará. A igreja situa-se às margens do rio Caeté, local
palco de uma das maiores festas religiosas do município de Bragança: a
Festividade de São Benedito, que acontece no período de 18 a 26 de dezembro.
Em 20 de Dezembro de 1990, tornou-se Patrimônio Histórico do interior do Pará,
devido à grandiosidade da festa do Santo em relação ao fator cultural.
13 – ORLA
Fig. 49 – Orla Bragantina
Bragança é privilegiada pela sua localização, a margem esquerda do Rio
Caeté, outrora fundada à margem direita do mesmo rio, todavia, para facilitar a
comunicação com Belém, a capital do Estado, mudou-se para o lado esquerdo, o
que confere a cidade rara beleza cênica da paisagem, onde palmeiras bailam ao
vento, conferindo um toque especial à paisagem. No calçadão, à noite, pode-se
percorrer a feirinha de artesanatos bragantinos e usufruir dos bares e restaurantes
no entorno da orla. Localizada às proximidades da Igreja de São Benedito, a orla é
palco da festa de São Benedito, que ocorre de 18 a 26 de dezembro, quando a
cidade reúne festa, devoção e cores e a cidade recebe mais de 100 mil visitantes.
SEGUNDO DIA
No segundo dia do roteiro, haverá a necessidade de transporte, em virtude
de distâncias mais longas e assim pode-se comprovar com Miguel Balh,(2004,
p.) “Quanto a escolha do meio de transporte, obviamente que o mais adequado
para a oferta da programação turística vai estar relacionado diretamente à
distância e aos tempos para percorrê-las”. Deste modo, o grupo de turistas
utilizará uma van como meio de transporte no segundo dia do roteiro visto que
percorrerão distâncias entre 10 a 15 Km, aproximadamente.
1 - VILA QUE ERA (FICA LOCALIZADA A 8 km NA ESTRADA DE CAMUTÁ)
Fig. 50 – Marco de fundação de Vila – que – era.
A história conta que neste local, foi que Álvaro de Souza, filho de Gaspar de
Souza, fundou a margem direita do rio Caeté o que seria a cidade de Bragança.
”O surgimento do povoado Souza do Caeté aconteceu em 1634, após Álvaro de
Souza haver retomado a posse de suas terras, junto à corte da Espanha, à qual
Portugal estava sob o domínio” (SIQUEIRA, 2008 p. 36). Entretanto, por causa
das dificuldades de comunicação com a capital do Estado, Belém, houve a
necessidade de mudança do núcleo habitacional, para a margem esquerda do rio
Caeté, onde se localiza a sede municipal nos dias atuais.
Vila – Que – Era é conhecida por suas panelas de barro feita a mão e pelo
processo de manuseio da argila para a confecção do artesanato (com as cinzas
feitas da casca do caripé (Hirtella excelsa Standl. ex Prance), e com chamote),
atualmente, utilizam os dois processos, um a mão e o outro com uso de fôrmas de
gesso para a confecção das peças, o fato causa polêmica, pois, para algumas
pessoas as peças feitas à mão são mais valiosas, enquanto que as outras podem
sofrer descaracterização. A utilização de formas para a fabricação das famosas
panelas deu-se devido à capacitação ministrada pelo SEBRAE para a
comunidade.
A visita de turistas no local será de grande valia e troca de experiências,
visto que poderão adquirir e fotografar as panelas, conversar com populações
locais, conhecer o modo de vida característico destes, conhecer o manuseio da
argila para a fabricação das peças e ver o monumento da Cruz de Malta, marco
dos portugueses no local, quando de sua fundação, sem contar com a magnífica
paisagem de beleza cênica do rio Caéte, que deste lado configura uma paisagem
com terrenos de altitudes, relembrando, por sua semelhança as regiões européias.
2 - SÍTIO DA SENHORA LUCIMAR (ESTÁ LOCALIZADO DENTR O DA RESEX)
Fig. 51 – Sítio de D. Lucimar
O acesso para o Sítio da D. Lucimar é o mesmo que leva ao Mirante de São
Benedito, toma-se a Rodovia Bragança – Viseu, a BR 308, entra-se no ramal que
leva a Vila – que – era para depois entrar num sub ramal para o lado esquerdo
que liga o ramal principal ao sítio. A estrada de terra batida e vegetação
característica da RESEX estão presentes ao longo do percurso que de veículo
motorizado não se torna distante o trajeto, todavia, ao utilizar, o sub ramal a pé,
em caráter de aventura, a caminhada até o sitio é de aproximadamente, uma hora
ou um pouco mais.
Chegando ao sítio, o turista poderá entrar em contato com o processo de
fabricação da farinha de mandioca (Manihot esculenta Crantz), largamente
consumida em todo o Estado e parte do Brasil, onde apreciará o beneficio desta.
Os subprodutos da mandioca (Manihot esculenta Crantz) têm grande
relevância para a economia bragantina e assim sendo a farinha produzida na terra
repercuti em todo o Brasil como a melhor de todo o Estado do Pará, a farinha d’
água é um alimento típico indígena, possui grande valor energético, visto que é
carboidrato, é largamente consumida pelo povo amazônico.
O turista irá observar o beneficio da mandioca desde o cortar da maniva,
para retirar as raízes da terra, colocá-las na água, com casca ou sem casca, se
optar por usá-las com casca, o processo demora mais, ficando na água por três a
quatro dias. Descascar e lavar muito bem, moer em uma máquina apropriada.
Depois desse processo a massa obtida é colocada no tipiti até secar em questão
de horas. Após é só passar por uma peneira e logo depois vai ao forno (este forno,
totalmente artesanal, possui uma espécie de bacia feita de cobre, todos os
equipamentos necessários para a fabricação da farinha d’ água estão in loco para
apreciação) para cozinhar, o período de cozimento é aproximadamente uma hora.
Alimentos oriundos da mandioca para alimentação humana, além da
farinha, exaltam-se também o carimã, o beiju, a fécula, o tucupi, todos originários
desta raiz e que compõem pratos amazônicos desde os primórdios da época
indígena.
3 - BALNEÁRIO DO SENHOR SANTINO
Fig. 52 – Balneário do Santino
Balneário do Sr. Santino está localizado na Vila do Camutá, estrada que vai
para o Mirante de São Benedito. Então, do mesmo modo, o acesso é pela Rodovia
Bragança – Viseu, na Vila de Camutá, o balneário funciona de segunda a
domingo, no horário das 08h00min às 23h00min é está sob responsabilidade do
Sr. José Augusto (Zeca). Neste balneário, os turistas poderão apreciar o
artesanato, assim como, a criação de galinhas caipiras e ainda, depois de um
longo trajeto, desfrutar de um fresquíssimo banho, bem como, degustar a
gastronomia local onde servem um saboroso prato de galinha caipira à moda da
casa. Os turistas almoçarão no balneário, tomarão banho e estenderão em
práticas diversificadas de lazer até o cair da tarde, quando visitarão o Mirante de
São Benedito.
4 - MIRANTE DE SÃO BENEDITO.
Fig. 53 – Mirante de São Benedito
O Mirante é uma obra recentemente inaugurada, precisamente no dia 01 de
Agosto de 2009, construída na gestão do prefeito Edson de Oliveira, localiza-se na
Vila de Camutá, local que recebeu os primeiros europeus Franceses, comandados
por Daniel de La Touche e posteriormente os portugueses, esta obra representa a
valorização do turismo e da cultura na região e enaltece a fé inabalável no popular
São Benedito.
O Mirante uma área de 2.500 m², está à margem direita do rio Caeté,
distante a 6 km do centro urbano da cidade, a estátua do santo possui 16,50 m,
elaborada pelo escultor Jorge Trindade, está localizada a 8m do terreno plano, o
que se consegue subir até o local fazendo uso de uma escadaria de 131 degraus,
além da escada, possui uma rampa com corrimão para uso de cadeirantes ou
pessoas que não desejem subir pelos degraus. Totalmente iluminada com
iluminação ornamental e sinalizada com placas informativas em português e
inglês.
Dentro do Mirante é possível o turista apreciar a paisagem da Pérola do
Caeté em visão panorâmica, degustar a famosa gastronomia local, sentir na pele o
vento bragantino, fazer maravilhosas fotos que servirão para recordação de tão
belo local.
TERCEIRO DIA
PRAIA DE AJURUTEUA
Figs. 54 e 55 – Dois aspectos da Praia de Ajuruteua
O grupo de turistas se reúne na Praça das Bandeiras para tomarem a van,
onde seguirão para a Praia de Ajuruteua, praia oceânica a 36 km da cidade de
Bragança, percurso realizado em quarenta minutos, onde o turista apreciará em
ambos os lados da rodovia potentes mananciais de manguesais onde é retirado o
caranguejo uçá, grande fonte de renda da economia bragantina. O espetáculo da
viagem é vivenciado pela observação da vegetação acrescida do fenômeno do
suatá que é quando os caranguejos saem e atravessam a rua para o
acasalamento, o ritual ocorre duas vezes ao ano, provavelmente, de dezembro a
maio, período de grandes chuvas em todo o Estado. Nessa época é comum
placas de sinalização indicando cuidados por causa de caranguejo na pista
No decorrer da viagem dependendo do horário é possível visualizar garças
e guarás a uma razoável distância da pista, oriundas da Ilha do Canela, APA
localizada nesta região, que abriga grande biodiversidade da fauna e flora
ecológica desse ecossistema.
A praia de Ajuruteua é uma grande extensão de praias de areias brancas,
aonde as ondas chegam a três metros nos períodos de marés altas, havendo
opção para todos os gostos, podendo ser encontrados locais com bastante
movimentação e também locais bem tranqüilos. Na praia há uma gama de
restaurantes dos mais populares aos mais caros para todo tipo de público.
Os turistas ficarão na Praia de Ajuruteua o dia todo até as 17h00,
almoçarão as 12h50min no Restaurante da Pousada Sabor de Beijo, depois do
almoço aproveitarão um pouco mais a praia, para depois retornar a Bragança.
PACOTE TURÍSTICO
Para ser viabilizado em três dias.
Primeiro dia:
08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras.
09h00min: Saída a pé pelo Centro Histórico da cidade percorrendo seis atrativos,
até a Casa da Família Medeiros.
12h30min: Saída da Casa da Família Medeiros para o almoço no Restaurante
Trópicos, localizado no Centro Bragantino, o que poderá durar 01h30min.
14h00min: Saída do restaurante Trópicos para percurso a pé a mais cinco
atrativos, a começar pela Casa das Treze Janelas.
18h00min: Chegada, após seção de fotos por todos os atrativos visitados, à Orla
Bragantina.
Noite Livre.
Segundo dia:
08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras.
09h00min: Saída de Van para Vila – que – era para apreciação do artesanato local
e observação do marco de fundação da cidade.
11h00: Saída da Vila – que – era.
11h20min: Chegada ao Sítio de D. Lucimar, onde farão a observação da Trilha da
Farinha e apreciação o processo do benefício da Mandioca e seus derivados.
12h45min: Saída do Sítio da D. Lucimar.
13h00min: Chegada ao Balneário do Santino.
13h20min: Almoço no balneário, para a degustação da tradicional galinha caipira.
14h20min: Término do almoço e posterior exploração do local para conhecimento.
15h00min: Refrescante e tradicional banho de igarapé até as 16h40min.
17h00min: Saída do Balneário do Santino.
17h15min: Chegada ao Mirante de São Benedito, para apreciação do pôr do sol,
vista panorâmica da cidade e do rio Caeté e degustação de comidas típicas da
região, a exemplo as tapioquinhas, o vatapá e o tacacá vendidos no local.
18h30min: Saída do Mirante São Benedito, após seção de fotos.
19h00: Chegada a Praça das Bandeiras.
Noite livre.
Terceiro dia :
08h30min: Encontro na Praça das Bandeiras.
09h00min: Saída de Van para Praia de Ajuruteua.
09h40min: Chegada à Praia de Ajuruteua banho em praia oceânica até as
12h30min.
12h50min: Almoço no Restaurante da Pousada Sabor de Beijo.
13h15min: Término do almoço, apreciação das ondas do mar até as 14h40min e
posterior banho de sol e mar até as 16h50min.
17h00: Retorno à Bragança.
17h40: Chegada a Bragança, na Praça das Bandeiras. Noite livre.
MARKETING TURÍSTICO
Conhecido o produto em todos os aspectos, o perfil do turista e suas
necessidades e criado um produto turístico, é hora de leva- lo ao conhecimento do
consumidor, observando que a atividade turística atua em um ambiente amplo,
requerendo o trabalho de várias áreas de conhecimento técnico e científico, e uma
dessas áreas de conhecimento é o Marketing, que se tornou uma ferramenta
indispensável para a promoção de um produto ou serviço, pois, o mundo
globalizado, onde as mudanças de comportamento e tendências ocorrem a todo o
momento, obrigam as atividades de mercado a se adaptarem rapidamente a essas
mudanças, para que possam sobreviver nesse ambiente, sendo o Marketing o elo
entre as duas partes integrantes do mercado, o produto e o consumidor.
Casteli (1984, p 54), um dos pioneiros do estudo do Marketing turístico, o
define como sendo um “conjunto de atividades que engloba a criação, o
aprimoramento, a distribuição de bens, produtos e serviços turísticos à disposição
do consumidor (turista) na hora em que ele demandar”, ou seja, a prestação de
serviços (o produto turístico se caracteriza por ser um bem de serviço) que
atendam todas as necessidades e expectativas dos turistas no momento em que
ele viajar.
O Marketing deve começar dentro do ambiente das empresas, a começar
dos cargos mais baixo até a gerência, ou seja, deve começar dentro da própria
organização turística que gera o produto, passando pelas empresas e
organizações que formam o trade turístico, até alcançar os consumidores finais.
Sendo que o Marketing, em todos os setores que atuar deve ser resumido em
respeito ao consumidor, pois, é ele que vai medir o sucesso ou não de um produto
ou serviço, observando que uma campanha de Marketing mal planejada pode
causar sérios prejuízos às organizações turísticas.
FERRAMENTAS DO MARKETING TURÍSTICO
Rose (2002, p. 23 apud McCarty, 1976), basea- se na teoría dos quarto Ps,
que define como ferramentas de Marketing Turístico:
O produto : que é a matéria - prima do turismo, pois, seu planejamento
correto contribuirá para o desenvolvimento do turismo sustentável e a
permanência do mesmo no mercado.
O preço: fator decisório na hora de se adquirir um produto turístico, deve
ser estabelecido de modo que possam reparar possíveis danos causados ao
produto, possibilitar salários dignos aos empregados e gerar lucro para as
empresas. Sendo indispensável no mercado competitivo atual que, promoções
beneficiem cada vez mais o consumidor.
Praça : é a escolha de métodos e canais de distribuição que viabilizará a
comercialização do produto, ou seja, como vai ser vendido, se de forma direta da
empresa para o consumidor ou através de intermediários (agências de viagem,
operadoras turísticas, entre outras).
Promoção: é o ato de como se comunicar com o público consumidor, que
segundo Talarico (1996) é qualquer mecanismo que passe de alguma forma uma
mensagem direta ou indiretamente do produto ao consumidor. Existem vários
mecanismos de se comunicar como, através de: Publicidade, Publicações,
Relações Públicas, Feiras Turísticas, Workshops, Fa m- tours, Internet, entre
outros.
CONCLUSÃO
Pesquisas comprovam que o mercado turístico é o que mais cresce no
mundo, principalmente pelo aumento de pessoas preocupadas, com a questão da
sustentabilidade econômica e o uso racional dos recursos materiais e naturais,
que virou uma epidemia mundial e que se mostra como um modismo por tempo
indeterminado. No entanto, o aumento desta identidade sócio-ambiental cria um
consumidor mais consciente e exigente na hora de adquirir um produto turístico,
sendo necessário que alguns requisitos básicos sejam observados ante de se
lançar um produto neste mercado.
Analisando este contexto e pesquisando Bragança, verifica-se que esta é
uma localidade privilegiada e que tem tudo para desenvolver sua economia
baseada no turismo, precisando de articulações políticas, sociais e empresariais,
pois, a atividade turística não se desenvolve sozinha precisa de um conjunto de
atores que atuem juntos e de forma ordenada para que o espetáculo seja
aplaudido, isso, comprova a interdisciplinaridade que caracteriza a atividade
turística.
CAPÍTULO IV
ECOTURISMO
PROFESSORA: SOCORRO ALMEIDA
METODOLOGIA E PRODUTO
Procedeu-se o levantamento das características da Trilha da Farinha, com
a utilização de equipamentos tais como, bússola e trena, para elaboração do
respectivo croqui. A partir dos dados coletados, foram propostas algumas
intervenções e sinalizações interpretativas. Segundo, Moraes (2000, p.36). “As
placas de sinalização são equipamentos também utilizados para fornecer
segurança e orientação para os usuários da área visitada”.
TRILHA DA FARINHA
Trata-se de uma trilha de média distância, com aproximadamente 1.500 m
de cumprimento, situada na RESEX extrativista Caetê-Taperaçú, cujos temas
interpretativos propostos poderão ser de grande relevância na conservação dos
ecossistemas existentes no local, para as comunidades próximas e para o
desenvolvimento da atividade turística de forma sustentável.
Figs. 56 e 57 – Forno de fazer carvão e Forno de fazer farinha
Fig. 58 – Casa da Farinha Sítio da Lucimar
As trilhas interpretativas, segundo Guillaumon (1977 apud ANDRADE,
2003, p. 3), "podem ser definidas como sendo um percurso em um sítio natural
que consegue promover um contato mais estreito entre homem e a natureza".
Com isso o autor caracteriza a idéia de se usar as trilhas interpretativas como um
meio pedagógico nas comunidades.
O autor, Tilden, afirma em alguns de seus princípios que a interpretação
não pretende apenas informar e instruir, mas provocar as pessoas. A provocação
tem um sentido de tornar a interpretação um instrumento de estimular mudanças
de atitudes nas pessoas com relação ao meio ambiente, fazendo com que elas
sejam atores efetivos na preservação do mesmo. Para, Proudman (1977)
características históricas e culturais devem ser pesquisadas e ressaltadas a fim de
otimizar as informações e incluir a dimensão educacional às trilhas.
A trilha apresenta árvores centenárias, diversidades de fauna e flora,
potencial para o desenvolvimento do Ecoturismo e do Turismo de Aventura
(Rapel, Arborismo, Passeio Ciclístico, Caminhadas, Trekking e outras) e dá
acesso a uma comunidade que mantém hábitos de vida e culturas ainda bem
tradicionais.
Figs. 59 e 60 – Vegetação característica da Trilha da Farinha.
[...] hoje o “praticante” quer um acesso fácil, rápido e garantido para
aventura. E o mercado responde, oferecendo “fast-food” de aventura
através da operação do turismo de aventura [...]. Em resumo tudo o que
envolve a prática de atividades de aventura é deixado para um prestador
de serviços, numa relação em que o consumidor entra com interesse e
investimento de dinheiro e o operador proporciona uma experiência,
através de uma atividade que antes só era acessível a pessoas cujas
vidas eram intimamente ligadas com essas atividades. O custo, que no
passado era um investimento pessoal, refletido em escolhas e caminhos
para se aprofundar em uma atividade significativa (no caso do
“aventureiro”), passa a ser o desejo e capacidade de compra (no caso do
“consumidor). (OLIVEIRA, apud, NEIMAN & MENDONÇA, 2005 p. 204).
CROQUI DA TRILHA
1. Painel do inicio da trilha
2. Painel interpretativo sobre a conservação da natureza.
3. Painel interpretativo sobre a casa de farinha
4. Painel interpretativo sobre a conservação ambiental.
5. Painel interpretativo sobre a casa de farinha.
6. Painel interpretativo sobre a conservação da natureza
INTERPLETAÇÃO DE DADOS DO INVENTÁRIO DA TRILHA.
PROPRIEDADE E USO DA TERRA
A Trilha da Farinha localiza-se na Reserva Extrativista Caéte-Taperaçu de
propriedade da União Federal, transformada em RESEX em 20 de maio de 2005 e
que abrange uma área de aproximadamente quarenta e dois mil, sessenta e oito
hectares e oitenta e seis centiares, no limite do terreno de marinha, na foz do Rio
Caeté, sendo de responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, administrar a Reserva Extrativista e
adotar medidas necessárias para a sua conservação, e nos termos do art. 18 da
Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000, providenciou contratos de cessão de uso
gratuito da terra à população tradicional extrativista.
Figs. 61 e 62 – Parte da trilha e acadêmicos da FABEL no decorrer da trilha.
A RESEX possui uma rica biodiversidade, observada no decorrer da trilha
que possibilita ao visitante escutar o canto de vários pássaros e conhecer várias
espécies da flora do lugar, observa-se também que a diversidade de costume e
hábitos dos que residem no local ainda são bem rurais, pois, ainda preservam
técnicas de plantio e beneficiamento da produção bastante rústicos, apresentando
uma carência muito grande de recursos técnicos, financeiros, e de infraestrutura
básica de saneamento, equipamentos de serviços públicos e oportunidades de
emprego.
Figs.63 e 64 – Outro forno de fazer carvão e acadêmicos medindo a trilha.
ESTADO DE USO DA TERRA, INFRAESTRUTURA HUMANA E
INTERSECÇÕES
As terras da RESEX em que se encontra a trilha são habitadas por
populações tradicionais, que moram em pequenas casas, a maioria de madeira (já
existem algumas de tijolos) e que sobrevivem da agricultura de subsistência
familiar e se utilizam de técnicas de plantio inadequados (usam técnicas de
queimadas para limparem os terrenos) que causam grandes impactos visuais e ao
meio ambiente, cabendo as autoridades gestoras da RESEX levar até essas
comunidades formas e procedimentos de utilização adequadas dos recurso
naturais, de que eles tanto dependem, pois, para o funcionamento adequado dos
ecossistemas existentes, é preciso a interação entre os que deles tiram a sua
subsistência e os recursos técnicos científicos que podem minimizar possíveis
impactos, mantendo-os equilibrados.
Figs. 65 e 66 - Flora vegetal e parte da interseção da trilha.
79
No final da trilha encontra-se uma casa de farinha, onde os moradores
fazem o benefício da mandioca (Manihot esculenta Crantz), a produção da farinha
e a extração do tucupi (suco da mandioca muito utilizado na gastronomia
paraense), uma construção rústica e sem infraestrutura básica de higiene,
precisando de melhorias para receber os visitantes (possíveis turistas), pois, o
local já recebe algumas pessoas, que vão se refrescar no igarapé que passa pela
propriedade, o local apresenta um potencial turístico que pode ser desenvolvido,
desde que, de forma equilibrada com os recursos naturais.
MEIO DE ACESSO À TRILHA
O acesso à trilha pode ser feito por automóveis, pela Estrada de Camutá,
que levam cerca de 20 minutos do centro da cidade até a entrada da trilha, pode-
se também chegar de bicicleta, que leva em torno de 40 minutos até o local, no
entanto, a via de acesso não permite a utilização desse meio de transporte, pois,
não é pavimentada e isso ocasiona grande quantidade de poeira, o que seria
desagradável e incomodo para o transporte de turistas.
ÁREAS DEGRADADAS OU SUJEITAS A DEGRADAÇÃO EXTERNA A O
TURISMO OU PELO TURISMO E ÁREAS FRÁGEIS
Alguns trechos no entorno da trilha apresentam áreas degradadas pelos
moradores para o plantio de culturas múltiplas e a construção de fornos para a
fabricação de carvão, o que ocasiona grandes clareiras no decorrer da trilha,
observando também algumas intersecções que possuem olhos d’águas e
igarapés que podem ser impactados se utilizados pelo turismo de forma
desordenada e sem controle, pois, são áreas úmidas e com o pisoteamento em
excesso podem causar impactos irreversíveis ao ambiente natural. Nessas áreas
frágeis, poderiam ser feitos manejos específicos como a construção de pontes ou
passarelas para se evitar o contato direto com o solo.
80
Figs. 67 e 68 – Queimadas e plantação de Mandioca.
RELEVO, FUNÇÃO E FORMA DA TRILHA
A trilha possui um relevo plano na sua extensão, não apresentando riscos
nem obstáculos que poderiam causar acidentes aos turistas, no entanto, em
alguns trechos do seu entorno, como pequenos morros onde se encontram
roçados para cultivo da mandioca, apresentam elevações de terras propícias ao
desenvolvimento de atividades esportivas de aventura como, ciclismo, moto
velocidade e a construção de pontos de observações da fauna e flora da região,
não apresentando nenhum risco de desabamento. A trilha possui uma forma reta
sem aclives, declives e grandes curvaturas, exceto a curvatura para uma
intersecção que também segue linha reta e no momento é utilizada apenas para
fazer a ligação entre as comunidades, não sendo explorada pela atividade
turística.
Com 1500 metros de comprimento e aproximadamente dois metros de
largura, dotada de atrativos patrimoniais naturais, com um percurso de
aproximadamente duas horas de caminhada sem contar com as aventuras
propostas.
Figs. 69 e 70 – Final da trilha com vegetação caracteística da beira do rio Caeté e queimadas.
81
TRILHAS JÁ UTILIZADA PARA FINS DE TURISMO OU RECREA ÇÃO.
Há extrema necessidade de monitoramento, do profissional de planejamento
em trilha até as coordenadas ficarem nas mãos da comunidade que deverão ser
capacitadas para que haja um desenvolvimento sustentável, pois a mesma já se
encontra em degradação pela utilização de fins recreativos e uso da terra. A
capacidade de carga é importante no que diz respeito a degradação e ao controle
do fluxo turístico ou da demanda turística. O certo seria cobrar uma taxa de
entrada para que as intervenções propostas não fossem utilizadas pelo povo da
terra, causando super população no local de forma desordenada, os mesmos
poderiam freqüentar, todavia, o controle seria necessário e o maior objetivo seria
atingir a demanda turística.
Figs. 71 e 72 – Beira do rio Caeté e acadêmicos na trilha.
CLASSIFICAÇÃO DA TRILHA (FUNÇÃO, FORMA E GRAU DE DI FICULDADE).
Esta trilha é de média distância, as chamadas trilhas interpretativas Natural
trails que apresentam caráter recreativo e educativo com interpretação ambiental
com forma linear de interseção à esquerda, possui um grau de dificuldade regular,
com obstáculos naturais e graduação moderada. A trilha pode ser guiada e não
guiada, sendo que, a trilha que utiliza um guia pode ser considerada de caráter
sustentável por suprir determinada necessidade da comunidade e poderá ser
mantida de forma preservada.
82
CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES EM TRILHAS, IMPACTOS E MEDIDAS
DE CONTROLE DOS MESMOS
É classificada como grupo A, pois não há necessidade de experiência em
esportes radicais e nem tem que pernoitar. Quanto a intensidade e nível técnico é
classificada como fácil, necessário apenas de boa saúde. Há impactos negativos
como as queimadas por causa do cultivo da macaxeira e fabricação de carvão
para manutenção da comunidade, algumas partes precisam de reflorestamento,
porque se encontram bastante impactadas. A reforma e reestruturação da ponte
são necessárias, mas leva-se em consideração a capacidade de carga para que
não haja outro impacto.
OBRAS (INTERVENÇÕES) EXISTENTES E SUGESTÕES DE OBRA S
(MENCIONAR OS PONTOS ONDE AS OBRAS DEVERÃO SER REAL IZADAS).
Segundo Murta e Goodey (2002, p.36), trilha "[...] é uma rota, já existente
ou planejada, que liga pontos de interesse em ambientes urbanos ou
naturais". Os "pontos de interesse" citados pelas autoras são aqueles
vistos durante o caminho, mas a orientação necessária para percebê-los
só pode ser dada pela interpretação. Assim tudo dependerá da
interpretação da trilha.
83
PLANILHA DE LEVANTAMENTO
TABELA DE DADOS LEVANTADOS DA TRILHA
PONTO ÂNGULO DIST(M) OBSERVAÇÕES
0 -01
Área queimada,clareira,painel d sinaliz,preparar espaço p/
vegetação, criação de cobertura para entrada da trilha,
controle de fluxo, sombra.
01-02 Manutenção da estrada
02-03 Vegetação, área queimada
03-04 Queimada lado direito, vegetação capoeirão
04-05
Vegetação, canto de pássaros, arvore anani, começo da
floresta
05-06
Fazer uma ponte de arvore para outra (estiva), arvores:
cajuaçú, cajuí, ,arumã,sororoca, modalidade:rapel
06-07 Olho d’água, paxiuba, arvore inclinada c/cipó
07-08
Revitalização da ponte sobre o rio c / ciclovia, painel
educativo.
08-09 Arvores: cajuaçú, sororoca, paxiuba.
09-10
Arvore embaúba, pássaros contemplando, termino da
floresta
10-11 Capoeira, tucumã
11-12
Arvore pente de macaco, interseção à esquerda:const.
Degraus, parada para visualizalão no píer, cobras a vista.
igarapé
12-13
13-14
Área desmatada p/ mandioca,área impactada perto do
igarapé
14-15 Área de queimada, fazer reflorestamento
15-16
Caieira a direita, tira o barro para fazer forno,impactado.
MORRO CULTIVO DA MANDIOCA.
16-17
17-18 MORRO CULTIVO DA MANDIOCA
18-19
84
19-20
20-21 Mangueira grande no meio da trilha
21-22 Casa de farinha, PAINEL INTERPRETATIVO
22-23 Arvores: babaçu, taperebá, bacuri a direita.
23-24 Cajui, declive na entrada do igarapé. Barracas de sombra.
24-25
25-26
85
INTERCESSÃO À DIREITA TABELA DE DADOS LEVANTADOS DA TRILHA
PONTO ÂNGULO DIST(M) OBSERVAÇÕES
0 -01 Intercessão, entrada rumo ao rio Caetê
01-02
02-03
03-04
04-05
05-06
06-07
07-08 Painel interpretativo
08-09 Roçado
09-10
10-11
11-12
12-13
13-14
14-15
15-16
16-17
17-18
18-19
19-20
20-21
21-22
22-23
23-24
24-25 Arvore: tucumã, pitomba etc...
25-26 Sororoca, tucumã
26-27 Casa de farinha, painel intrpretativo.
28-29
Esquerda aclive, ciclismo Arvore caída, Abelha, ponte
sobre igarapé.
29-30 Queimada p/ plantação
30-31
86
31-32
32-33
33-34
Beira do rio, construção de um píer, parte degradada,raiz
exposta.painel interpretativo. Arvores grande, rapel,
recreação.
87
CAPÍTULO V
GESTÃO AMBIENTAL
PROFESSORA: MICHELLE SENA
Em pesquisa de campo realizada na cidade de Bragança, com o objetivo de
fazer um levantamento do potencial turístico do local, detectaram-se algumas
deficiências que comprometem a qualidade e o desenvolvimento sustentável da
atividade turística no núcleo receptor, observando que essa atividade turística é a
que mais cresce no mundo.
Observado os problemas como: a falta de instalações adequadas para a
produção e exposição das cerâmicas produzidas nas comunidades; a destinação
e o armazenamento do lixo em local próprio e a falta de estudos do potencial de
carga dos produtos turísticos que a cidade tem a oferecer aos turistas, propõem-
se a ações que poderão minimizar tais deficiências e dessa forma proporcionar o
desenvolvimento econômico, preservação do meio ambiente e melhorias na
qualidade de vida das comunidades do local.
INSTALAÇÕES INADEQUADAS/ AÇÕES PROPOSTAS
Nos últimos anos vem crescendo cada vez mais o número de pessoas
preocupadas com as questões ambientais, com uma consciência ecológica cada
vez mais formada. Tornam-se exigentes e dessa forma dão preferência a
produtos sustentáveis e a empresas que respeitam os recursos naturais e que
contribuam para formação de uma identidade ecológica mundial, sendo o turismo
um forte instrumento capaz de incentivar a preservação e o uso racional dos
recursos. Produtos turísticos que incentivam a preservação, a reutilização de
materiais recicláveis, a conservação dos rios e o uso dos recursos de forma
menos impactante possível, são fatores determinantes na hora da aquisição de
um pacote turístico, um exemplo disso é a preferência pelo o Ecoturismo, que
vem se apresentando como o segmento turístico que mais cresce no mundo.
88
Por isso, seguindo a mesma linha de raciocínio da tendência mundial, pois, a
sustentabilidade tornou-se moda, a ação proposta para melhoria das instalações
onde são produzidas as cerâmicas nas comunidades de Bragança, que no
momento são lugares sujos, de piso de terra batida, sem infra-estrutura para
armazenar as peças produzidas, é a utilização de técnicas da chamada
arquitetura sustentável capaz de aproveitar os recursos de formas
ecologicamente corretos, aproveitando e mantendo a rusticidade do local de uma
forma mais agradáveis aos olhos dos visitantes e melhorando o ambiente de
trabalho das artesãs, pois, dessa forma esses ambientes que funcionam como
oficina de produção, tornariam-se o próprio centro receptor da comunidade, onde,
os turistas poderiam participar e observar a produção de utensílios para
comercialização, em um local capaz de despertar no visitante a consciência
ecológica, de que o homem pode tirar e aproveitar tudo que precisa da natureza,
desde de que de forma racional e equilibrada.
Segundo a arquiteta Deise Leal em entrevista dada á jornalista Gabriela
Angeli, do jornal estado do Rio de Janeiro, um projeto de arquitetura sustentável
deve ser implantada em um local que não seja preciso desmatar, agredir a
natureza e aproveitar o máximo possível dos recursos naturais como à luz solar, a
ventilação, a água da chuva, o clima, o relevo e vegetação, também chamados de
arquitetura bioclimática, sendo imprescindível canalizar o esgoto para uma fossa
séptica, pois, os resíduos biológicos podem transforma-se em adubos, o que
diminuiria os danos no meio ambiente. Tais critérios encaixam perfeitamente nas
construções já existente nas comunidades de Bragança, reforçando ainda mais a
idéia da implantação de um projeto dessa natureza, seja o mais viável ao local
que já possui uma base precisando apenas de algumas adaptações como: a
construção de banheiros ecologicamente corretos para atender as necessidades
dos visitantes; pisos adequados; o melhoramento do paisagismo e canalização da
água da chuva, que podem ser utilizadas para a fabricação das cerâmicas, ou
seja, as implantações de critérios que favoreçam o desenvolvimento econômico, a
estética, o turismo e principalmente a preservação ambiental.
89
A manutenção da sustentabilidade do turismo requer o gerenciamento
dos impactos ambientais e socioeconômicos, o estabelecimento dos
indicadores ambientais e a conservação da qualidade dos produtos e
dos mercados turísticos. Através de um bom planejamento,
desenvolvimento e gerenciamento do turismo,é possível minimizar seus
impactos negativos; porém, a fim de assegurar a continuidade da
sustentabilidade do turismo, o desenvolvimento turístico deve ser
continuamente monitorado, e ações devem ser tomadas caso apareçam
problemas.( ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 2003, P.100).
DESTINAÇÃO E ARMAZENAMENTO DO LIXO/AÇÕES PROPOSTAS
O lixo foi o maior problema detectado na cidade, a pesar de já existir uma
cooperativa (COOMARCA) a qual beneficia uma pequena parte desses resíduos
sólidos. Esses detritos encontram-se armazenados em um local a céu aberto e o
mais impactante, é o fato de se localizar nas proximidades do igarapé Chumucuí
que abastece a cidade, o que propicia a contaminação dos lençóis freáticos pelo
chorume (nome dado à substância produzida pela drenagem do lixo, resultado da
putrefação de matérias orgânicas e lavagem pela água da chuva). Também é o
mesmo igarapé que passa por uma propriedade particular transformada em
balneário (Balneário do Deco), o mesmo recebe turista e a nata da sociedade
bragantina. Este problema do lixo inviabiliza a entrada desse produto turístico em
um roteiro, pois, a única via de acesso ao empreendimento passa pelo lixão, o
que causa grandes impactos aos visitantes, que com certeza não farão uma
avaliação positiva da situação observada.
Analisando o problema e pensando em ações que favoreçam o
desenvolvimento e melhoria na qualidade da atividade turística do local, propõe-
se:
• A construção de um aterro sanitário (estação de tratamento do chorume),
que segundo alguns especialistas na área classificam como destino mais
adequado para o lixo, pois, impede a proliferação de doenças na população,
melhora a estética e os odores causados pelo lixo acumulado.
90
• A compostagem que é a técnica que transforma a matéria orgânica em
composto orgânico e aumenta cerca de 50% a vida útil dos aterros sanitários.
• A incineração que é a queima do lixo em alta temperatura e que impede a
contaminação das pessoas principalmente por resíduos hospitalares.
• Educação ambiental, com campanhas de massa que incentivem as pessoas
a fazerem à coleta seletiva dos resíduos produzidos pelos os mesmos, pois,
segundo Storey (2000) a educação ambiental não se reduz apenas aos conceitos
ecológicos da natureza mais engloba também as questões dos valores morais, da
cidadania, da justiça, da saúde e da pobreza.
Qualquer ação feita com o propósito de desenvolver a educação ambiental
tem que ter como referências o grupo envolvido, conhecendo o cotidiano, a
cultura, história, e a situação econômica em que se encontra caso contrário a
ação não terá efeito.
• O incentivo do poder público a cooperativa existente no local, para que
possam se desenvolver de forma sustentável e envolver um número maior de
pessoas na comunidade, pois, a cooperativa é formada por apenas 12 pessoas, e
levar a eles o conhecimento de ecotécnicas variadas de reciclagem e
aproveitamento do lixo. A prefeitura juntamente com o SEBRAE deveriam criar
novos horizontes para essa comunidade como, a criação de novos cursos a
serem executado na comunidade envolvida, realizando aulas que auxiliariam os
trabalhadores em seus serviços, como cursos: de bisqui, aplicações de artefatos
em roupas, fabricação de sandalias, cintos, bolsas, puff, cadeiras, e etc, tudo isso
seria aproveitados do lixo como: espelho quebrado, vidro, pneus, garrafas pets,
latinhas de refrigerantes, papelão e etc. Contudo essa atuação do SEBRAE
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facilitaria na formação de algumas pessoas da própria comunidade para dar
instruções aos demais, pois, esse é um processo demorado, que em dois ou três
mêses não se resolveria, presisaria de muita perssistência, por que esse é um
processo lento e de longo prazo.
A reciclagem no mundo tornou-se uma grande fonte de renda e um
modismo que parece não ser passageiro.
Exemplos de criatividades na produção de objetos reciclados no mundo:
Figs. De 73 a 84 - Objetos produzidos com material reciclado
Para que todas essas propostas se concretise é preciso, que haja parcerias
do poder público, privado, de ONGs, instituições que incentivem o
empreendedorismo como, o SEBRAE, para que possam incentivar os moradores
do local a se organizarem.
92
ESTUDO CIENTÍFICO DE CAPACIDADE DE CARGA/ AÇÕES PRO POSTAS
Outro problema observado na cidade é a falta de estudo científico que
determine à capacidade de carga dos produtos turísticos. O turismo sustentável
considera a inclusão social, a conservação dos recursos naturais, a qualidade de
serviço, como elementos fundamentais para a viabilidade econômica do turismo a
longo prazo. Neste sentido este trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade
de carga do mirante de São Benedito e a praia de Ajurutea. O uso desordenado
faz com que cause grandes desgastes do atrativo no pequeno espaço de tempo,
tornando-o desinteressante para o turista, diminuindo a demanda para o local,
além dos impactos negativos que geralmente são irreversíveis.
Capacidade de carga é o planejamento do turismo com o objetivo de
controlar e identificar o número máximo de visitantes que a localidade comporta,
degradando o mínimo possível o ambiente envolvido. O estudo de capacidade de
carga antrópica são importantes para avaliar a intencidade do uso público na área
envolvida.
O mirante de São Benedito, foi construído em uma torre de 8 M e medindo
16,50 M, ocupa uma área de 2.500 M² no alto de um morro, na vila de Camutá,
margem esquerda do rio Caeté, distante 6 km do centro de Bragança.
Para facilitar o acesso ao mirante, foi
construído uma escadaria de 131 degraus e
uma rampa com corremão e iluminação. Na
praça há dois
quiosques
para venda de
comidas
típicas e artesanatos da região, tendo uma ampla
área e uma vista panorâmica da cidade de
Bragança e da reserva extrativista(RESEX).
Figs.85 e 86 - Mirante de São Benedito
93
Desde sua inaguração observa-se um grande fluxo de visitantes, contudo
vem causando sérios ploblemas socioambientais como a degradação das
estradas que dar acesso ao mirante e o grande números de pessoas nos bares e
bauneários da comunidade de Camutá causando desgate ao ambiente.
Para que haja turismo sustentável em uma localidade é preciso ter
consciência de que necessitará de planejamento e zoneamento que determine a
capacidade de carga.
Ajuruteua
Ajuruteua é conhecida como umas das mais belas praias da costa atlântica
paraense, porém, há muitas deficiências nas ações antrópicas, no âmbito da
conservação. Nessecita-se de grande atenção do poder público, para que se faça
um estudo aprofundado no uso desordenado da área.
Em alta sazonalidade, Ajuruteua é invadida por milhares de pessoas que
buscam lazer e descanso, usufruindo de bares, restastaurantes e pousadas, no
qual esses estabelecimentos usam os recursos naturais sem sustentabilidade,
depositando seus detritos de forma inadequada no ambiente. Precisando de
adequações necessárias para sustentabilidade futura como: fiscalização
ambiental, a proibição de veículos na área de pós-praia, coleta de lixo
diariamente, substituir os bainheiros dos bares e restaurante por bainheiros
químios, implantação de containners de lixo em pontos estratégicos da praia e
etc..
O estudo de carga é de fundamental importância para o atrativo turístico,
pois, tem como finalidade o levantamento de dados para detectar o limite máximo
de visitantes que o local suporta, e os impactos causados pela massificação. Por
consequência da sobrecarga de turista na praia e a falta de inforamações e
atitude dos moradores, faz com que o ambiente passe por grandes impactos de
ordem natural e antrópicas como: a migração de barras arenosas, a degradação
dos manguesais, a utilização da área da praia para construções de casas e
pousadas na linha de pós-praia, lixo jogado no ambiente, acumulo de carros na
praia e etc.
94
Por consequência da sobrecarga em alta sazonalidade e a imprudência do
poder público faz com que haja um grande acumulo de lixo na praia, sem opções,
os moradores e donos de estabelecimentos jogam os dejetos nas dunas de área
e até mesmo no mar.
Compreendendo a aplitude do tema aqui apresentado, propomos novas
ideias que viabilize uma política conjuta de desenvolvimento sustentável,
sobretudo, os impactos gerado pelo turismo, são preocupantes, e deve ser
trabalhado de forma a garantir o equilibrio do homem X natureza . É necessario
criar um planejamento turístico que visará sempre no conceito de sustentabilidade
ambiental, uma vez que se trata de um processo lento. Para que a comunidade
se adapti as mudanças é preciso antes de mais nada que haja ponderamento,
para que o indivíduo se intere com certas transformações, pois, o morador tem
que se sentir envolvido nas ações.
O incentivo do poder público e privado é indipensável para essas
propostas, pois tudo dependerá da integração de todos.
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95
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