REVISTA BUSINESS PORTUGAL 5
ÍNDICE
100 DOMUS
TIMOR-LESTE
PME Excelência’15
Compact Records
AMG
Arborlusitania
Município de Boticas70
56
46
32
20A cerimónia em fotografias
A principal fornecedora de CD’s de sites de vendas conceituados
Um exemplo claro de uma empresa de sucesso
Uma empresa especializada na produção de árvores de alinhamento
O sucesso tem um nome
EDITORIAL
EEstamos de volta. E continuamos
com o nosso espírito de missão bem
presente: trazer às nossas páginas
um Portugal exemplar, merecedor de
distinção e de diferenciação.
Exemplo de bravura e audácia continuam a ser
as PME Excelência. E é por isso mesmo que as
trazemos novamente à Revista Business Portugal
do mês de Março. Este projecto do IAPMEI em
parceria com o Turismo de Portugal e com os
principais bancos a operarem em Portugal, visa
conferir notoriedade às empresas nacionais, e
destacando as suas estratégias de crescimento
que constituem, sem sombra de dúvida, impor-
FICHA TÉCNICA | Propriedade: Guidetarget, Lda | Diretor: Fernando Silva | Direção Editorial: Diana Ferreira ([email protected]) | Corpo Redatorial: Rita Carreira Matos, Susana Lopes, Vera Pinho | Direção Gráfica: Tiago Rodrigues | Secretaria-do: Paula Assunção ([email protected]) | Dep. Comercial: Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Miguel França, José Machado, Luís Silva, Manuel Fernando, Paulo Padilha, Rui Diogo ([email protected]) | Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 6ºandar, sala 6.2 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 | Distribuição: Distribuição gratuíta com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID | Depósito Legal: 374969/14 | Periodicidade: Mensal | Edição
de Abril
A direção editorial da Revista Business Portugal
tantes alavancas ao desenvolvimento económico
do país.
Outro tema que figura nesta nossa edição é a
reabilitação urbana. O leitor sabia que, a nível
europeu, a reabilitação para fim residencial já
representa mais de 30 por cento do total do
sector da construção civil, em detrimento dos
cerca de 26 por cento de construção de habitação
nova? É um novo mercado que está a emergir
em Portugal e que tem trazido um novo alento às
cidades históricas do país, que há tanto se en-
contravam a desmoronar e a mostrar um Portugal
que não se coadunava com os portugueses.
A inovação torna a preencher a nossa revista,
até porque nunca a inovação esteve tanto na
ordem do dia em Portugal. Com 9.5 milhões de
euros destinados à competitividade e inovação, o
Portugal 2020 apresenta assim uma verba para a
promoção da inovação 20 por cento superior à do
anterior quadro de apoios comunitários, o QREN.
E porque são uma parte fundamental do desen-
volvimento do país, os municípios e as freguesias
continuam a marcar presença na Revista Business
Portugal. Com programas de incentivo ao empre-
go e também à fixação de pessoas, assim como
à natalidade, estas entidades são fundamentais
ao país.
Estas são apenas algumas das razões pelas
quais não pode perder a nova edição da Revista
Business Portugal. Não perca!
6 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
TIMOR-LESTE: JANELA DE OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) trata-se de uma organização internacional formada por países lusófonos, criada em 1996. É composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O 2º Fórum da UE-CPLP, iniciativa conjunta da União de Exportadores da CPLP (UE-CPLP) e da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP) constituiu uma verdadeira plataforma de negócios e de cooperação, geradora de condições para a criação e consolidação de um espaço permanente de apoio à atividade ao empresariado de língua portuguesa, estimulando trocas comerciais e a internacionalização. A República Democrática de Timor-Leste (RDTL) tornou-se no oitavo Estado-membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a 1 de Agosto de 2002, seis anos após a criação da CPLP. A relação entre Timor-Leste e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi desde sempre muito restrita. Este país de Língua Portuguesa, situa-se no Sudeste-Asiático e conta com o apoio e solidariedade da CPLP desde os tempos da resistência à ocupação indonésia. Para este relacionamento que é agora recordado, tem grande significado a importância que representa a Comunidade para Timor-Leste e a janela de oportunidades que esta jovem nação representa para os seus Estados-membros, na referência à diferencialidade leste-timorense na região.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 7
TIMOR-LESTE: JANELA DE OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS
8 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
timor-leste
“O passado comum, a comunhão de alguns elementos da nossa cultura, constituem o alicerce fundamental da nossa organização. É altura de começar a pensar numa eventual conjugação que podemos construir com os recursos disponíveis, com o conhecimento e com a potencialidade do capital e do mercado que facilmente poderia ser alcançada através dos meios de cooperação dos nossos países.”
A República Democrática de Timor-Leste (RDTL) tornou-se no oitavo Estado-membro de pleno direito da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a 1 de agosto de 2002, seis anos após a criação da
CPLP.
A relação entre Timor-Leste e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi desde sempre muito
restrita. Este país de Língua Portuguesa, situa-se no Sudeste-Asiático e conta com o apoio e solidariedade
da CPLP desde os tempos da resistência à ocupação indonésia. Para este relacionamento que é agora
recordado, tem grande significado a importância que representa a Comunidade para Timor-Leste e a
janela de oportunidades que esta jovem nação representa para os seus Estados-membros, na referência à
diferencialidade leste-timorense na região.
Na presença da Embaixadora Extraordinária Plenipotenciária da República Democrática de Timor-Leste em
Portugal, Dra. Maria Paixão da Costa, e do Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da CPLP, Antonito de
Araújo, a revista Business Portugal teve a honra de estar à conversa com o Dr. Hernâni Coelho, Ministro dos
Negócios Estrangeiros e Cooperação da República Democrática de Timor-Leste, que nos deu a conhecer a
viabilidade de futuro da comunidade lusófona e as actividades que têm vindo a ser desenvolvidas, em prol
de um propósito comum: projetar e consolidar os especiais laços de amizade entre os Países de Língua
Portuguesa.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) completou este ano 20 anos de existência,
qual é a importância deste momento para a organização?
É altura de repensar a natureza da nossa organização. A CPLP foi criada num alicerce totalmente diferente
de outras organizações regionais e trans-regionais. O passado comum, a comunhão de alguns elementos da
nossa cultura, constituem o alicerce fundamental da nossa organização. Muitas outras viram nessa união uma
oportunidade, e só depois se congregaram para atingir esse objectivo. Connosco foi diferente. Reconhecemos
um passado comum e aí resolvemos juntarmo-nos. Posto isto, começamos a evoluir e a ver quais as novas
dimensões que estão à nossa volta.
Timor-Leste acolheu o Fórum Económico da CPLP no passado mês de Fevereiro, sob o lema “CPLP e a
Globalização”. Em que consiste esta iniciativa?
Este tema tem como principal objetivo trazer benefícios para o cidadão da CPLP, levando para dentro da
nossa organização uma perspetiva não só com base no desenvolvimento de elementos culturais mas
também económicos. Temos presentes a transferência das gerações, a mudança da constituição política,
um novo contexto mundial onde se discutem as relações entre os países e os interesses que se conjugam
ou que se divergem. Timor-Leste considera que essa componente de levar para dentro da CPLP a questão
do desenvolvimento económico seria um elemento importante para reforçar a união e a coesão da nossa
organização.
A língua portuguesa está presente na Europa, Ásia, África e na América latina. O nível de crescimento de
maturidade económica de cada país é diferente e por isso seria ideal se pudessemos capitalizar. Portugal é
considerado um país muito avançado em comparação com outros países-membros. Contudo, existem países
com potencialidades em termos de recursos naturais que podiam ser aproveitados. É altura de começar a
A CPLP E A REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE EM PORTUGAL
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 9
timor-lesteM
aria Paixão da Costa, Hernâni Coelho e Antonito Araújo Embaixadora, M
inistro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador
10 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pensar numa eventual conjugação que podemos construir
com os recursos disponíveis, com o conhecimento e com
a potencialidade do capital e do mercado que facilmente
poderia ser alcançada através dos meios de cooperação
dos nossos países. Foi neste sentido que introduzimos o
lema “CPLP e a Globalização”. Nessa ótica promovemos
a possibilidade de dinamizar o setor empresarial dentro
da nossa organização. Começamos com as atividades
relacionadas a esse setor e organizamos recentemente a
organização do primeiro Fórum Económico Global da CPLP.
Foi o primeiro fórum global da CPLP em Timor-Leste onde
estiveram presentes mais de 500 entidades empresariais.
Abriu-se um leque de oportunidades e criou-se uma
plataforma de contactos entre as potencialidades. Desta
forma compromotemo-nos a dar continuidade a este Fórum
Económico da CPLP para as próximas presidenciais.
No que diz respeito a questões comerciais, como se tem
Timor-Leste posicionado?
Nós temos três pilares fundamentais na base do
desenvolvimento económico em Timor. O primeiro é o
setor dos hidrocarbonetos, como o petróleo e o gás. Neste
momento é o que está mais acessível para ser aproveitado
e utilizado. O segundo é o setor da agricultura, onde temos
potencial mas que não está bem aproveitado. O terceiro é
o do turismo, onde Timor tem a sua singularidade turística
diferente de outras ilhas. Timor é uma combinação de uma
cultura muito única, é o casamento de uma cultura asiática e
ocidental.
Timor-Leste entrou mais tarde relativamente a outros países
que constituem a CPLP. Só entramos em 2002 e com isso
tivemos a oportunidade de aprender com as experiências
vividas nos primeiros anos da criação da organização. Em
2014 foi-nos dada a oportunidade de presidir à CPLP e
nesse âmbito foram identificadas 35 atividades para serem
implementadas nestes dois anos em todos os sectores, da
educação, do comércio, da justiça, do turismo, entre outros.
Estes elementos foram dinamizados e constituem hoje um
interesse especial para Timor porque é uma oportunidade
para podermos explorar todas as potencialidades das áreas
que estão à nossa disposição.
Devido à nossa localização geográfica, nós efetuamos
recentemente o pedido para a adesão à ASEAN (Associação
das Nações do Sudeste Asiático). O Sudeste-Asiático é um
óptimo mercado com mais de 500 milhões de habitantes,
com população jovem e sobretudo em crescimento. Estas
localizações onde temos o privilégio de estar presentes,
poderiam constituir uma plataforma de entrada para as
nossas empresas que têm origem nos países-membros da
CPLP. A ideia é aproveitar as potencialidades que os países-
membros da CPLP têm e a partir disso poder aceder a
potenciais mercados nas nossas regiões.
timor-leste
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 11
É muito importante para as empresas nacionais esta
possibilidade de incrementar trocas comerciais e de
aproveitar esta relação empresarial com as entidades
timorenses…
Sim, eu costumo lançar uma questão aos meus colegas
relativamente a esse assunto: O quê que eles atualmente
importam e onde? Esta pergunta faz-nos ver o tipo de
potencial que temos em cada país-membro. Chegamos à
conclusão que Portugal está a importar matéria que pode
ser igualmente encontrada nos países-membros da CPLP.
Porquê que não priveligiamos isso? Alguns membros ainda
têm muitas dificuldades, ainda estão em fase de crescimento
económico, como é o caso de Timor. Isso significa que
há uma necessidade muito grande em desenvolver as
infra-estruturas básicas que suportam o desenvolvimento
económico.
Timor tem pouco mais de um milhão de habitantes, o
sistema bancário é muito fraco, os sistemas de proteção
dos investimentos não estão ainda muito bem delineados e
a mão de obra qualificada está a um nível muito baixo. Se
nós começarmos a trabalhar numa perspetiva a longo prazo
poderemos ultrapassar estas dificuldades.
Portanto precisam de empresas que se queiram
internacionalizar e não simplesmente exportar ou
importar…
Sim, isso é o mais importante. Com a adesão de Timor
à ASEAN, o mercado timorense vai sofrer alterações.
Nesta nova perpetiva, eles têm aquilo a que eles chamam
“single window”, janela única, que consiste numa livre
movimentação de capitais, de recursos e de produtos. As
empresas que estão em Timor, futuramente terão acesso ao
mercado da Ásia e do Pacífico. Estas potencialidades não
estão previstas a curto prazo mas sim a longo prazo.
Neste momento estamos a desenvolver três projetos
principais em Timor, para além da Base de Abastecimento de
Suai, o Porto de Tibar, o aeroporto e o centro de produção de
cimento. Um deles está em fase de finalização. Estes poderão
ser os primeiros investimentos sérios em Timor.
Que formas é que têm adotado para promover o país
para o exterior?
Neste momento temos um total de 34 missões, uma
combinação entre 27 missões, uma representação
permanente e alguns postos consulares. De acordo com o
plano estratégico, deviamos ter no mínimo 30 embaixadas
e outros consulados. Para além disso é de salientar a nossa
integração nas organizações regionais e internacionais.
Mantemos muitas relações internacionais. Acedemos a
quase todos os tratados e convenções que regulam a matéria
dos direitos humanos, relacionados com a climatologia,
navegação, entre outros. Também fazemos parte de
organizações regionais e transregionais onde temos algum
timor-leste
12 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
interesse específico ou que considerarmos
importante para a salvaguarda da nossa
identidade, integridade e prosperidade.
Recentemente estamos em preparação para
aderir à ASEM, que é uma configuração
entre os países da Europa e da ASEAN.
Estamos também como observadores do
grupo do pacífico, onde já expressamos o
nosso interesse em aderir ao Secretariado
da Comunidade do Pacifico, um Secretariado
de 26 países, do qual os Estados Unidos
também fazem parte. Para além disso Timor-
Leste está a participar ativamente nos fóruns
internacionais.
Tem então sido feito um esforço por parte
do governo timorense para participar
nestes eventos e para promover
iniciativas que trazem visibilidade para o
desenvolvimento do país?
Sim, apesar de ainda não sermos um país
muito desenvolvido, tentamos sempre
participar e marcar a presença nestas
iniciativas.
Depois de 2002 entramos numa
experimentação política. Em 2015
introduzimos uma experimentação política
única na região e no mundo. Em 2012
tivemos o resultado das eleições em que se
congregou uma aliança entre três partidos
políticos para formar o governo. Em 2015 o
bloco destes três partidos decidiu convidar
individualmente quadros da oposição para
integrar o governo. O mais interessante é
que o primeiro-ministro pertencia à oposição.
É uma experiência única que estamos a
introduzir em Timor e que neste momento
está a funcionar. Está a alterar o ambiente
dentro do partido político, da sociedade e
do governo, tendo como meta a construção
do estado, deixando de parte as diferenças
políticas. Durante as eleições, expressamos
as nossas diferenças mas depois
trabalhamos juntos com um único objetivo.
É já intrínseco a todos a necessidade e
a aposta que tem sido feita de forma a
promover os negócios em português?
Sim, devíamos avançar com essa discussão
que iniciamos sobre a criação dessa
plataforma, que tem como objetivo a
cooperação empresarial e económica dos
países-membros da CPLP. É óbvio que
estamos numa fase muito inicial ainda,
estamos a tentar angariar iniciativas para
testar a viabilidade desta filosofia. Durante
a nossa presidência tentamos testar essa
tese através da dinamização dos meios
que poderiam levar-nos a esse destino,
com a colaboração dos empresários e com
essa questão do fórum económico global
da CPLP. É certo que há uma filosofia, há
uma visão nesse sentido e estamos neste
momento a pôr em prática através de
atividades concretas. No nosso ponto de
vista há oportunidades para podermos utilizar
essa plataforma para consolidar a nossa
organização e não podemos depender da
língua para o futuro da nossa organização,
temos muito mais para além da língua.
O que distingue Timor-Leste dos
restantes países da CPLP? O que vos
torna únicos?
O que nos torna únicos é essencialmente
a nossa localização geográfica. Outra
particularidade é a natureza da nossa
própria cultura. Temos coisas em comum
como a língua portuguesa e a religião
católica, mas temos práticas diferentes de
África e da Europa. Assim conseguimos
conviver com ambas as culturas porque
estamos habituados a viver num ambiente
multicultural. Temos mais de 36 grupos
linguísticos diferentes, com culturas,
gastronomias e modos de vida totalmente
diferentes. As paisagens naturais e o
património histórico são também uma
mais-valia, bem como as praias e as
montanhas. Para além disso mais de 45
por cento da ilha tem mais de 43 graus de
ângulo de inclinação, parece uma pirâmide,
contribuindo assim para uma variação da
temperatura e das características espaciais e
biológicas entre as diferentes zonas do país.
Falando um pouco das perspetivas
futuras, vê Timor-Leste mais reforçado
por esta relação que mantém com
a CPLP? É este o veículo principal
das relações que contribuem para o
crescimento de Timor-Leste?
Nós partimos sempre do princípio que a base
é essa afinidade que mantemos. Quando
timor-leste
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 13
encontramos pessoas de países-membros
e de outros continentes que expressam
a mesma língua que nós, sentimos que
fazemos parte de uma grande família. O
papel destes países “irmãos” entre 1975 e
1999 foi muito importante para Timor-Leste.
Nos tempos mais difíceis é que vemos os
nossos verdadeiros amigos, aqueles que
estão lá quando é preciso, e foram esses que
estiveram ao nosso lado desde o início. Os
timorenses nunca irão esquecer isso.
Timor está a evoluir para cumprir a meta
que estabelecemos. Em 2030 Timor-Leste
deveria sair da situação em que agora se
encontra para integrar o grupo do Upper
Midle Income Countries. Todo o esforço
que estamos a fazer neste momento em
termos políticos, económicos e sociais estão
direcionados para um objetivo único. Isto
significa que temos que elevar o rendimento
per capita que atualmente temos, ou seja,
duplicar o nosso rendimento. Em termos
de recursos próprios não temos nenhuma
dívida. Essa é uma das vantagens. Queremos
garantir que a geração futura não sofra por
atos que agora cometemos.
timor-leste
14 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
REABILITAÇÃO URBANA
A reabilitação urbana corresponde a uma modalidade de intervenção arquitetónica, baseada no desempenho de obras de remodelação, com vista à conservação ou modernização do património imobiliário. Esta é, no entanto, uma atividade que se define pela procura de se preservarem as características e elementos que caracterizam o estatuto cultural e histórico dos edifícios intervencionados. Assim, subjacentes à arte da reabilitação poderão estar uma miríade de processos como, por exemplo, a reconstrução, a alteração ou até a ampliação dos imóveis.Mais, porém, do que defini-la enquanto mero conceito subjacente ao ramo da arquitetura, torna-se fulcral que encaremos a reabilitação urbana como uma necessidade cada vez mais premente nas cidades portuguesas. Basta recordar, para tal, o modo como o envelhecimento e a degradação de imóveis – aliados à sua inadaptabilidade perante as exigências dos modos de vida modernos e consequente abandono – poderão traduzir-se na diluição do ADN dos próprios centros urbanos e para a irreparável perda de um património que se assume também como imaterial.É precisamente com a intenção de preservar o cariz identitário das cidades, mas também atendendo à necessidade de se reforçar a sustentabilidade e desempenho energético-ambiental dos centros urbanos que a reabilitação tem, felizmente, vindo a merecer cada vez maior preocupação, não apenas em Portugal, como também um pouco por toda a Europa. É precisamente na tentativa de fazer-se eco ao carácter indispensável da reabilitação urbana que, nas próximas páginas desta edição, apresentamos a história, o percurso e o posicionamento de empresas e porta-vozes que convivem, todos os dias, com esta mesma realidade.
Porque o conforto da sua
casa é importante para si
Model Eco - Z. I. Carvalhais - Lote 3 | 3660-070 São Pedro do Sul - Portugal| Tel.: +351 232 723 304 | web: [email protected] | www.modeleco.net
®A placa é um painel compósito de cimento leve e apresenta-se como alternativa ao sistema de Isolpro
construção tradicional em panos de alvenaria/tijolo.
É a solução ideal para a construção de paredes exteriores/interiores, coberturas, pavimentos, fachadas e o
revestimento com caixa de ar na reabilitação pelo exterior.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 15
Porque o conforto da sua
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construção tradicional em panos de alvenaria/tijolo.
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revestimento com caixa de ar na reabilitação pelo exterior.
16 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
reabilitação urbana | 100 domus
É sob este slogan que se apresenta a 100DOMUS. Com uma atuação exclusiva na cidade do Porto e maioritariamente em edifícios reabilitados no centro histórico, esta equipa não tem receio em afirmar que o seu propósito passa por revitalizar a Invicta.
A qUALIDADE DE vIvER OnDE TUDO ACOnTECE
Esqueça toda e qualquer ideia pré-concebida
que tem sobre a mediação imobiliária. A
100DOMUS, um projeto com cerca de três
anos, rege-se pelo seu caráter inovador de
trabalhar o mercado imobiliário, num local
que acreditam ser extraordinariamente
especial: o Porto.
Com uma forma de atuação muito própria
e diferenciada, esta equipa centra as suas
atenções nas necessidades do cliente,
disponibilizando um acompanhamento
a 100 por cento, desde a compra à
gestão do património. Para que tal seja
conseguido com eficácia e profissionalismos
contam com colaboradores experientes e
multidisciplinares.
É necessário recuar até 2012 para se
perceber a necessidade que o mercado tinha
em encontrar uma empresa de mediação
imobiliária como a 100DOMUS. “Quando
avançamos com este projeto, o mercado
da reabilitação urbana estava a arrancar
e, curiosamente, era um mercado em que
poucos acreditavam. Notámos que faltava
um acompanhamento diferente nesta área,
pois não se fazia um acompanhamento pós-
venda, que consideramos de uma extrema
necessidade e importância. Havia essa falha
e sentimos que era nosso dever suprimi-la”,
conta-nos Paulo Esteves.
“Não somos a mediadora imobiliária
convencional. Não nos limitamos a abrir
e fechar portas, nós criamos projetos em
conjunto com os nossos clientes”, diz-nos
Pedro Ferreira, e Alda Resende faz questão
de complementar que “no fundo, vendemos
sonhos, pois as casas são personalizadas ao
gosto de cada cliente. Num só edifício, temos
casas completamente diferentes”.
Confessam, que inicialmente convencer os
clientes a apostar neste tipo de investimento
e fazê-los ver que os mesmos teriam
rentabilidade não foi tarefa fácil. Hoje em
dia tal já não acontece, pois, regra geral,
as frações dos edifícios são vendidos na
totalidade numa questão de dias. “Sabemos
sempre o que os nossos clientes estão
à procura, pelo que quando aparece um
projeto que se adequa às suas necessidades,
entramos em contacto e, regra geral, o
negócio é quase que realizado no momento”,
confidencia Pedro Almeida.
Acompanhamento personalizado
Aqui, o cliente tem um acompanhamento
constante, desde que o projeto é apresentado
e adjudicado por uma empresa especialista
em reabilitação urbana até à conclusão
da obra. Em todas as visitas efetuadas
está presente um profissional experiente
que integra a equipa 100DOMUS, o que
permite uma resposta imediata a qualquer
dúvida que surja por parte dos clientes.
“Quando entramos num edifício, esteja ele
em que estado estiver, conseguimos de
imediato fazer uma avaliação sobre as suas
apetências e o que poderá crescer ali. O
cliente provavelmente olha e só consegue ver
destroços, nós conseguimos ver o produto
final”, diz Pedro Almeida.
Uma outra forma de atuação desta
equipa passa pelo estudo de capital para
investimento. Alda Resende explica que
Equipa 100 Domus
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 17
100 domus |reabilitação urbana
“São as pessoas que trabalham connosco que fazem desta uma equipa única, são elas que nos diferenciam verdadeiramente no mercado”.
“existem clientes que nos procuram e referem que têm um
certo montante que gostariam de investir no imobiliário.
Nesses casos, fazemos uma avaliação dos projetos que
temos em carteira e que são mais indicados para o
investimento pretendido”. Paulo Esteves refere que esta
forma de trabalho tem crescido substancialmente após os
casos de crises financeiras em alguns bancos portugueses.
Rentabilidade garantida
Cientes das mudanças constantes que o mercado imobiliário
sofre e perante novos paradigmas e novas tendências que
vão surgindo diariamente, a 100DOMUS proporciona os
chamados ‘imóveis com rentabilidade garantida através do
arrendamento’. “Sabemos que temos que fazer frente à
instabilidade dos nossos mercados financeiros e do nosso
sistema bancário, além de que a especulação imobiliária
é sempre um risco. Daí termos apostados neste sistema
que serve tanto o arrendamento tradicional como o turístico
que, atualmente, oferece oportunidades únicas no centro da
cidade do Porto, beneficiando ainda de inúmeras vantagens
fiscais em investir no centro histórico da nossa cidade”,
revelam.
Para tal tem também contribuído a atuação da autarquia,
“que tem mantido uma boa relação com as entidades que se
dedicam à reabilitação da cidade, pois estão cientes de que
estas, além de necessárias, são uma mais valia para todos,
desde cidadãos a turistas”, ressalva Pedro Almeida.
Já Paulo Esteves foca também a importância que os eventos
culturais têm enquanto chamariz a novos investidores e
até residentes. “Se a cidade apresentar um cartaz cultural
variado e preenchido, isso é também um atrativo. Além disso,
as pessoas do norte são diferentes, cativam muito mais”.
18 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
reabilitação urbana | model eco
O produto que tem dado notoriedade à Model Eco desde 2012 é a placa Isolpro que se distingue de outras placas pela sua flexibilidade e facilidade de aplicação para várias construções e ainda pela sua resistência a impactos e a temperaturas altas. Conversámos com o administrador Eurico Martins, que aprofundou os detalhes de um produto que tem vindo a ganhar notoriedade em Portugal e não só.
Começo esta entrevista por lhe pedir que nos apresente
a Model Eco. Conte-nos um pouco da história da
empresa.
A Model Eco é uma empresa criada em 2012 para dedicar-
se ao fabrico e comercialização da placa Isolpro. Este
projeto alicerça-se no know-how de duas empresas com
comprovada experiência no setor da construção (quer no
fabrico e comercialização de materiais quer na reabilitação e
construção de raiz).
Deste modo, a orientação para o cliente, o rigor e o
profissionalismo são princípios que dão forma ao perfil
estratégico da Model Eco. Acresce ainda uma profunda
preocupação ambiental patente na génese da própria
empresa.
O vosso produto mais inovador é a placa Isolpro. Pode
falar-nos um pouco desse produto?
a) Como é feito?
b) Onde pode ser aplicado? Em que divisões de uma
casa recomendam a aplicação?
c) Vantagens de aplicação desta placa
d) O que distingue essa placa de outras do mesmo
género?
a) A placa Isolpro é um painel compósito de cimento leve
e apresenta-se como alternativa ao sistema de construção
tradicional em panos de alvenaria/tijolo.
b) É a solução ideal para a construção de paredes exteriores/
interiores, coberturas, pavimentos, revestimento de fachadas
com caixa de ar na reabilitação pelo exterior. Por outro lado,
os painéis Isolpro são adaptáveis a vários tipos de sistemas
construtivos nomeadamente a construção em Aço Leve (Light
Steel Framing).
c) A composição da placa Isolpro é uma equilibrada
conjugação de vários materiais, nomeadamente: cimento
leve, grânulos de poliestireno, areia, água, fibra de vidro e
uma estrutura interior em aço galvanizado.
d) As suas principais vantagens são:
• Facilidade e rapidez de aplicação;
• Isolamento térmico e acústico eficaz;
ISOLPRO: UMA PLACA RESISTEnTE AO CALOR
• Elevada resistência ao fogo
• Incombustível (B-s1, d0)
• Flexibilidade e adaptabilidade a qualquer tipo de
construção;
• Reduzida capacidade de absorção de água;
• Dureza superficial elevada, mas corte fácil;
• Boa resistência a impactos e à abrasão;
• Leve e de fácil manipulação;
• Rápido tratamento de juntas;
• Resistente à proliferação de fungos e bolor;
• Admite qualquer tipo de acabamento/tratamento final.
Se tivesse de destacar uma vantagem, qual escolheria?
O nosso destaque vai para a resistência ao fogo. Realizamos
ensaios em laboratórios acreditados para obter a
classificação da resistência ao fogo da placa Isolpro quando
aplicada num sistema de parede exterior e os resultados
alcançados superaram as nossas expectativas. Durante a
realização dos ensaios, a face exposta do sistema composto
pela placa Isolpro registou temperaturas na ordem dos
1000/1100 graus centigrados enquanto que a face não
exposta registou uma temperatura na ordem dos 40 graus
centigrados. Os ensaios foram concluídos após um período
de 153 minutos sendo este um período de tempo bastante
considerável tendo em conta o tipo de solução ensaiada.
Estamos, sem dúvida, perante um dos melhores resultados
do mercado a este nível.
Que tipo de feedback têm recebido da parte de clientes
que residem em habitações nas quais a Isolpro foi
aplicada?
O feed-back tem sido bastante positivo. Para além da rapidez
da construção, o desempenho térmico e acústico das casas
tem sido apontado como um dos principais motivos da
satisfação. Por outro lado, a tendência é crescente. Estamos
confiantes no potencial de crescimento da placa Isolpro e
vamos continuar a direccionar todos os nossos esforços no
sentido de satisfazer e antecipar as necessidades dos nossos
clientes.
Euric
o M
artin
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istra
dor
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 19
model eco | reabilitação urbana
Além da Isolpro que outros produtos têm ao dispor?
A Model Eco dedica-se exclusivamente ao fabrico e
comercialização da placa Isolpro
Em que medida é que o vosso projeto beneficia o
ambiente?
As placas Isolpro que não possam ser reutilizadas devido a
cortes podem ser totalmente recicladas sendo por isso o seu
desperdício quase inexistente.
Caso seja necessário efectuar uma operação de manutenção
(ex. reparar uma canalização interior) o processo é localizado
sendo por isso bastante simples, rápido e limpo.
O que acha que torna o vosso negócio único em relação
à concorrência?
A placa Isolpro é um produto inovador graças às suas
características físicas mas também devido à sua
aplicabilidade não havendo um produto similar no mercado.
Em 2013, a placa Isolpro esteve em destaque no Espaço
Inovação da Tektónica e este foi um feito que nos deixou
muito satisfeitos por representar o culminar do processo de
Concepção e Investigação.
O produto apresenta vantagens distintivas tais como o seu
excelente desempenho térmico/acústico e a sua elevada
resistência ao fogo.
A placa Isolpro é também um produto polivalente porque
tanto pode ser utilizado para paredes (exteriores e interiores)
como para lages.
De que forma sustentam estas afirmações?
A Model Eco tem vindo a realizar diversos ensaios
laboratoriais quer para caracterizar o produto quer para testar
diferentes sistemas para paredes e lages.
Até ao momento, já foram testadas várias soluções
construtivas para paredes e lages e os resultados obtidos são
bastante positivos.
Onde é que a placa Isolpro pode ser adquirida?
Uma vasta rede de distribuidores permite que a placa
Isolpro possa ser facilmente adquirida de norte a sul do
território nacional. Basta contactar o nosso departamento
comercial para saber qual é o distribuidor mais próximo.
O departamento comercial da Model Eco está também
disponível para apresentar as melhores soluções para a
exportação da placa Isolpro além-fronteiras.
E onde é que o vosso produto já foi aplicado?
A placa Isolpro está a ser aplicada em Portugal, Angola,
Espanha, Guadalupe, Ilha da Reunião e Guiana Francesa,
entre outros.
Que projetos têm em mente para o futuro?
A placa Isolpro está patenteada em vários países da Europa
e África sendo de prever que num futuro próximo se venha
também a produzir nesses países.
20 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
reabilitação urbana | porto baixa
Hoje, percorrer as ruas da cidade Invicta tem um novo significado. Uma cidade que parecia ter ficado esquecida, hoje tem um novo alento, graças aos diversos investimentos que têm sido feitos na reabilitação urbana daquela que é, atualmente, uma das cidades europeias mais desejadas por turistas de todo o mundo. O Porto está na moda, mas todos esperam que esta não seja apenas uma moda passageira, antes pelo contrário. O Porto está vivo e assim será para ficar.
UMA nOvA CIDADE COM A PORTOBAIxA
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 21
porto baixa | reabilitação urbanaApaixonados pela cidade, José Teixeira, Pedro Soares e Marta Ferreira da Silva são os rostos
empreendedores da PortoBaixa, uma empresa de gestão de investimentos imobiliários que tem na sua
génese a reabilitação do centro da cidade do Porto. De acordo com os nossos interlocutores, “este
projeto nasceu graças a um grupo de investidores de diversas áreas, que em uníssono optaram por
conciliar os seus conhecimentos, experiência e esforços em prol da reabilitação urbana da cidade do
Porto, uma cidade que parecia, há muito, esquecida e na qual já não era aprazível passear ou viver”.
Questionados sobre o porquê desta aposta, os sócios-gerentes dão como o exemplo a restante Europa,
“onde a reabilitação para fim residencial já representa mais de 30 por cento do total do setor da
construção civil, em detrimentos dos cerca de 26 por cento de construção de habitação nova”. Mas
o verdadeiro impulsionador deste projeto foi o centro histórico da cidade do Porto. “Ao contrário da
construção de habitação nova, a reabilitação urbana tem crescido e tem ganho terreno no nosso país.
Aliado a isto, o centro da cidade tem sido alvo de um crescente interesse por parte de quem investe.
Unindo ao património único que a cidade alberga, assim como as características únicas das gentes
do Porto, a sua cultura, clima e gastronomia, sem esquecer o rio e o vinho a que a cidade dá o nome,
vimos aqui um nicho de mercado de alto interesse, além de que estamos plenamente conscientes de
que a reabilitação do centro histórico da cidade era necessário”.
A reabilitação ‘chave na mão’
A PortoBaixa oferece as mais diversas soluções aos que pretendem investir numa habitação na zona
histórica da Invicta. “Há várias possibilidades de desenvolvermos o negócio à medida de cada um dos
nossos clientes”, acrescentando que num único edifício todas as habitações podem ser completamente
diferentes como, regra geral, acontece. “Importa referir que maioritariamente estes edifícios destinam-
se a alojamento local e não para habitação própria”, esclarecem os nossos interlocutores.
Um fenómeno bastante interessante de se constatar é que, hoje em dia, a PortoBaixa vende todas as
habitações ainda antes de iniciar as obras de recuperação. “Dos edifícios que temos neste momento,
todas as habitações já estão vendidas”, revela Pedro Soares.
Com edifícios nalgumas das ruas mais emblemáticas da cidade, a PortoBaixa diferencia-se igualmente
pelo aproveitamento e recuperação que faz de elementos distintivos dos edifícios, sejam fachadas, o
soalho ou um outro pormenor, como um painel de azulejo, que torna aquele edifício diferente e único.
Um projeto prestes a arrancar que está a merecer toda a atenção e curiosidade nos nossos
interlocutores é a construção de um edifício numa zona nobre da Baixa da cidade que receberá 46
apartamentos, cinco lojas e quatro moradias em condomínio privado, “num conceito diferente de tudo o
que temos feito até à data”.
A diferença está nas pessoas
Questionados pelo seu principal elemento diferenciador, a resposta não tarda: “o que nos diferencia
são as pessoas”, dizem. “As verdadeiras e principais diferenças não estão nos materiais ou no design
implementado aos projetos. O que nos difere, de verdade, são as pessoas que connosco colaboram, as
pessoas que constituem esta equipa, pelo empenho e dedicação que colocam em cada projeto, pelo
acompanhamento único que dão aos nossos clientes e, claro está, por amarem verdadeiramente a
cidade que estamos a ‘reconstruir’. A isso, aliamos uma paixão inexcedível naquilo que fazemos”.
A nova vida dos centros históricos
Não é só na cidade do Porto que o interesse pela reabilitação urbana se tem notado. Um pouco por
todo o país e por toda a Europa, as várias cidades têm ganho uma nova vida. Tal é fruto de uma nova
geração que tem escolhido os centros das cidades como a sua casa. O porquê desta escolha? “A
qualidade de vida que aqui se encontra. Quem aqui escolhe viver tem uma qualidade de vida única. Em
todos as esquinas há mercados de rua, comércio de toda a natureza, cafés, sem esquecer uma rede de
transportes que lhes permite chegar a qualquer ponto da cidade”. A crescente vida noturna da cidade
é também uma mais valia, pois deixa de ser necessário utilizar o carro ou apanhar um táxi para uma
saída à noite.
“O interesse pela reabilitação dos centros urbanos tem-se evidenciado ao longo dos anos, e tem feito
‘renascer’ muitas cidades europeias. Quando nos aventuramos nesta área de reabilitar edifícios, muitos
deles estavam em total estado de ruína, e o panorama geral do edificado era simplesmente desolador.
Acreditamos que já fizemos muito, mas sabemos que ainda temos muito a fazer, mas sentimos já um
grande orgulho em estar a contribuir para uma nova cidade, para esta transformação que o Porto tem
vivido”, finalizam.
22 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
PME EXCELÊNCIA’15
São casos irregulares de esforço, ousadia, proatividade, brio empresarial e – em última instância – de visão empreendedora e sucesso. Efetivamente, é de tudo isto que se fala quando estamos perante uma empresa que atingiu o exigente estatuto de PME Excelência. Mas, na lista de méritos por detrás deste processo de seleção natural do mundo empresarial, é também reconhecida a capacidade que os agentes económicos tiveram de remar contra a maré e afirmar-se pela sua singularidade, contribuindo para a geração de riqueza e emprego nas regiões em que se inserem.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 23
Loures reconhece PME's Excelência do concelho
Europarque - entrega de prémios PME Excelência
24 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | proóptica
Com mais de duas décadas de existência, hoje a Proóptica é uma empresa distribuidora de referência no setor óptico, possui um portefólio bem estruturado e diferenciado de marcas e serviços, permitindo posicionar-se no mercado como um parceiro de soluções completas e integradas.
InOvAçãO E ExCELênCIA nO MERCADO óTICO
Entrevistámos o diretor-geral, Luís Justino, que explicou quais os desafios e
lutas conquistadas para atingir o patamar de PME Excelência.
A Proóptica foi congratulada com o prémio PME Excelência 2016. O
que significa este prémio para a empresa? Qual o sentimento com esta
conquista?
A distinção como PME Excelência é para a Proóptica um profundo orgulho e
satisfação. Sabíamos que ser distinguidos como PME Excelência não era fácil,
os rácios económico-financeiros e de gestão exigidos são bastante exigentes,
sobretudo num momento de crise, como o que passamos na economia
portuguesa. A conquista deste mérito é fruto do trabalho sustentado que
temos vindo a desenvolver. Fomos reconhecidos como PME Líder ao longo
dos últimos 7 anos. Em Portugal, existem mais de um milhão de PMEs
(1.110.905, número exacto), destas apenas 7.270 foram distinguidas como
PME Líder 2015 (Proóptica incluída) e apenas 1.509 como PME Excelência
2015. Trata-se de uma homenagem pública às “melhores das melhores”
o que confere uma grande importância a este reconhecimento. Assim, a
atribuição da certificação PME Excelência 2015 é para nós uma grande
honra, uma garantia para os nossos stakeholders, mas também representa
uma responsabilidade acrescida em termos de rigor de gestão e de esforço
de melhoria contínua. Acreditamos que o reconhecimento pelo IAPMEI é
uma recompensa pela nossa transparência, pelo crescimento ponderado e
sustentado e foi atingido graças à preocupação de toda equipa em fazer mais
e melhor. É um prémio que reconhece o esforço, eficiência e dedicação de
todos os colaboradores da empresa e é um incentivo para que possamos
melhorar num contexto cada vez mais exigente e competitivo.
Quais os elementos estratégicos que contribuíram para a conquista da
distinção de PME Excelência?
A conquista deste prémio é sustentada em duas forças estratégicas
da empresa, a aposta na internacionalização e na integração de quatro
Luís Justino Diretor Geral
áreas de negócio. Nos últimos cinco anos, temos internacionalizado a empresa de uma forma sustentada
e comprometida com os mercados onde actuamos preferencialmente: Espanha, Marrocos, Angola, Cabo
Verde e Moçambique. Países que reconhecem a qualidade e as tecnologias dos materiais explorados nas
diferentes áreas que oferecemos e que valorizam o compromisso com um parceiro rigoroso e de confiança.
Por outro lado, a integração de quatro áreas de negócio diferentes, mas complementares é uma das principais
vantagens competitivas e que permite responder às necessidades dos nossos clientes de uma forma completa
e integrada, com preços justos, qualidade irrepreensível e focada no serviço e na relação de proximidade. As
quatro áreas de negócio são: armações e óculos de sol, acessórios, lentes e design+arquitectura.
A Proóptica sempre apostou na inovação como fator de diferenciação. Em 2016, como reforça esta
vantagem competitiva?
Em 2016, reforçamos cada uma das áreas de negócio com novidades e marcas relevantes no mercado. Na
área de armações e óculos de sol lançamos duas marcas no segmento de moda, a Vespa e a Vinyl Factory.
A Vespa apresenta como mais valia a elevada notoriedade e reconhecimento do consumidor final, com
um design de moda direcionado para um lifestyle italiano. A Vinyl Factory possui linhas retro irreverentes e
modernas, com uma inspiração na música e na Pop Art interpretadas nas cores e nas formas. A partir de abril,
a Proóptica dá seguimento ao contrato assinado com a Signet Armorlite, que garante a distribuição da marca
Kodak em Portugal. A Kodak irá reforçar o posicionamento da empresa, como marca de lentes altamente
conceituada junto dos consumidores finais, que proporciona soluções personalizadas com uma excelente
relação qualidade-preço, através de valores como a confiança, fiabilidade, qualidade e simplicidade. A área
de acessórios é reforçada com uma grande aposta na inovação, a parceria com a Fitting Box. Este projeto
surgiu através de uma pesquisa de mercado, dando resposta às necessidades de um consumidor cada vez
mais exigente e que procura mais informação online. A Fitting Box surgiu da combinação perfeita entre um
geek na área da tecnologia e um matemático, que desenvolveram em conjunto uma tecnologia que permite o
reconhecimento facial. Perceberam e estudaram a tridimensionalidade de 700 rostos, desenvolveram avatares
que permitem o reconhecimento de cada pessoa que está no espelho, ecrã ou câmera. Com a utilização de
uma base de dados com mais de 70 mil óculos de sol e armações, a tecnologia coloca os óculos em tempo
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 25
proóptica | pme excelência’15real na cara da pessoa que está a olhar para
o espelho. Esta solução tecnológica permite
ao óptico expor as coleções disponíveis nas
redes sociais, no site e em loja, possibilitando
a mesma experiência ao consumidor em
diferentes plataformas (omnichannel). O
objetivo não é venda online de óculos, mas
sim a promoção de uma experiência online,
ou seja, o cliente experimenta online o
que quer e, depois desloca-se à loja para
realizar a compra, porque o óptico faz
toda a diferença no processo de venda, no
aconselhamento e no conhecimento técnico.
A área de Design+Arquitectura foca-se na
remodelação de lojas e no desenvolvimento
de mobiliário e complementos para ópticas,
com soluções chave na mão. Esta área revela
todo o empreendorismo da empresa, torna
os sonhos reais e concretiza-os em soluções
que optimizam a estética e a funcionalidade.
O grande fator de diferenciação é que
projetamos os nossos layouts com base em
estudos de comportamento do consumidor.
Este ano iremos actualizar o nosso catálogo
com novas linhas de mobiliário e produtos
desenhados de acordo com as necessidades
dos clientes.
Quais os desafios para os próximos
tempos?
Neste momento, a Proóptica é um player
muito relevante no sector. Uma empresa
com capitais exclusivamente portugueses,
muito flexível e polivalente, com uma
equipa jovem que dá tudo para a empresa
crescer e ser cada vez mais sólida. O
galardão de PME Excelência pode resultar
de uma liderança forte, mas é sobretudo
reflexo de uma equipa multidisciplinar,
criativa e pró-activa. Os projetos futuros
passam pelo desenvolvimento em todas
as áreas da empresa, de novos contratos
e novas oportunidades, potenciadas pela
possibilidade de trabalhar com grandes
marcas de distribuição europeias. Nos
próximos anos, continuaremos a apostar
na sustentação do mercado nacional com o
lançamento de marcas e produtos de relevo
e na conquista de mercados internacionais
emergentes. Estamos hoje mais unidos
do que nunca, numa única organização,
com muita personalidade, integrados e
reconhecidos pelo mercado. Os nossos
clientes sabem que podem contar com uma
empresa que garante a inovação, a eficiência
e a confiança de que necessitam para
alavancar os negócios.
26 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | carlos carvalho decoradores
Fundada em 1993, a Carlos Carvalho Decoradores dedica-se à produção e comercialização de peças de decoração de interiores. A empresa, recentemente distinguida com o estatuto de PME excelência 2015, dispõe de uma fábrica para construção própria e de um showroom aberto ao público em Lisboa. Para além disso, é igualmente responsável por projetos de decoração, instalação, montagem e serviço de entregas. Num tom informal, o empresário Carlos Carvalho, revela-nos o que não pode faltar na hora de decorar uma casa, o processo de criação das peças decorativas e os projetos para o futuro.
Começou por ajudar o pai numa fábrica dedicada à produção de assentos e estofos e aí
descobriu a sua vocação. Rapidamente conquistou o seu segmento de mercado, em virtude
do elevado nível da qualidade dos seus serviços e produtos, e conta hoje com mais de
20 anos de sucesso. “Enquanto estudava ajudava o meu pai na parte da contabilidade da
empresa. Nesses momentos em que lá estava, as pessoas pediam-me conselhos. Chegava
mesmo a ir a casa delas e a partir daí segui arquitetura com essa finalidade. Mais tarde
implementei um novo conceito na empresa do meu pai, a elaboração de projetos. Comecei
a fazer projetos de decoração de interiores para particulares e depois para restaurantes”.
Em 1995 a empresa ganha outro nome, nomeadamente, Carlos Carvalho Decoradores,
responsável por todo o processo de concretização dos ambientes e peças, desde a criação
e confeção até à montagem e instalação dos mesmos. “As pessoas dão-nos uma certa
liberdade para apresentarmos o nosso conceito e posteriormente adequam ao seu gosto.
Apresentamos o projeto com o respetivo orçamento, executando depois as peças nas
nossas instalações. A coordenação do planeamento é sempre nossa, temos um arquiteto
responsável por esse assunto. Os preços e as decorações variam muito de projeto para
projeto mas sem dúvida que a grande vantagem é o facto de termos uma fábrica própria de
mobiliário e de estofos.” No atelier, encontramos sofisticados artigos como cadeiras, espelhos,
tecidos, entre outras peças decorativas. Na Carlos Carvalho Decoradores, o difícil é escolher.
“Temos mais de 2.000 referências de tecido, 100 tipos de mesas, de cadeiras, de sofás…
Temos uma vasta gama de produtos.” Para o entrevistado, o grande desafio é o processo de
transformação dos mais variados espaços. “É isso que nos dá gozo. É entrar aqui alguém e
pedir para transformar algo completamente desatualizado numa coisa nova.”
A empresa conta já com cerca de 40 colaboradores e trabalha diariamevnte com parcerias
comerciais, algo que o empresário considera ser uma mais valia para a Carlos Carvalho
O SEU PROjETO, A SUA DECORAçãO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 27
carlos carvalho decoradores | pme excelência ’15
Decoradores. “Neste momento estamos
associados a um grupo muito grande em
Portugal, denominado por United Investments
Portugal. Atualmente temos 85 por cento da
nossa equipa a trabalhar para esse grupo, o
que é muito bom. O nosso objetivo é tentar
crescer com esta solidez.” Ao longo dos anos
a internacionalização tornou-se numa das
prioridades estratégicas da marca. “Cada vez
mais queremos trabalhar com o estrangeiro.
Estamos convidados para trabalhar todo
o Médio Oriente e recentemente surgiu
também um convite para a Polónia, o qual
tivemos que recusar, uma vez que aceitamos
um projeto de tamanha dimensão, que é
o do Médio Oriente.” Quando questionado
sobre aquilo que o cliente mais estima,
o empresário admite que os prazos de
entrega são imprescindíveis para o bom
funcionamento do negócio. “Há obrigações
e prazos a cumprir. Se os fornecedores se
atrasam eu também me vou atrasar na
entrega e isso não pode acontecer.”
Recentemente a empresa foi distinguida
com o estatuto de PME excelência 2015
pela qualidade dos seus desempenhos.
Para Carlos Carvalho, esta distinção é o
reconhecimento de todo o seu trabalho e
dedicação. “Fizemos um grande esforço
de um ano para o outro. Já nos tinha sido
atribuída esta distinção anteriormente.
Tentamos crescer ainda mais e
conseguimos. Este ano estive presente na
atribuição dos prémios e pensei para mim
que para o ano tinha de lá estar outra vez.
Para além disso estas distinções ajudam-nos
no que diz respeito à parte profissional. Se
somos reconhecidos é porque temos algum
mérito.”
No futuro, o empresário pretende
internacionalizar ainda mais a marca, com
a certeza de que em 2017, a percentagem
de exportações ultrapassará a deste ano.
“Neste momento estamos dedicados
quase a 100 por cento ao projeto do Médio
Oriente. Convidaram-nos para um mundo
completamente diferente e estamos muito
entusiasmados. Queremos ser cada vez mais
internacionais. E com esta passagem para
o Médio Oriente, para o ano mais de 80 por
cento vai ser produzido para o estrangeiro”,
remata.
Carlos Carvalho Administrador
28 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | Streak
A missão da Streak assenta na disponibilização de produtos e serviços de qualidade e inovação, em soluções de controlo e automação, com o objetivo de satisfazer e fidelizar clientes, procurando sempre resultados eficientes. Seguir a evolução dos mercados ao nível das tecnologias de ponta, assumindo um compromisso com os clientes e valorizando uma relação de firmeza com os seus parceiros e a comunidade envolvente representa outro dos seus desideratos.
A STREAK – Engenharia em Automação apresenta-se,
nos dias de hoje, como uma empresa de referência
empresarial, tendo sido distinguida, mais uma vez,
com o Prémio PME Excelência. O que representa esta
distinção?
Esta distinção comprova que o trabalho de dedicação e
empenho de toda a equipa da empresa foi reconhecido.
Fundada em setembro de 2002, a STREAK – Engenharia
em Automação tem vindo a registar um crescimento
sustentado e sólido. Quais são os pilares deste
crescimento e desenvolvimento?
O crescimento e desenvolvimento da Streak ao longo destes
anos resultam de um investimento constante em tecnologia
e novos processos bem como, a promoção de trabalho
em equipa e a procura do aperfeiçoamento dos processos
desenvolvidos.
“Para o futuro temos uma visão de crescimento”
Qual o core business da empresa? Quais as soluções
que disponibiliza ao mercado e quais as suas vantagens
competitivas?
A Streak tem procurado ir ao encontro com as necessidades
dos seus principais clientes. Assim, tem desenvolvido novos
sistemas relacionados com robótica, inspeção de qualidade
e processos de maquinação muito específicos em função de
cada cliente.
Dos projetos desenvolvidos pela STREAK – Engenharia
em Automação, dê-nos dois exemplos que tenham sido
mais desafiantes ou marcantes.
A Streak ao longo dos anos teve vários projetos que
desafiaram e marcaram a sua atividade contudo, podemos
destacar dois que a empresa considera como os mais
desafiantes. Um projeto foi relacionado com a integração de
rastreabilidade e inspeção de componentes para a indústria
automóvel (BMW) que incluiu a integração global de todas as
áreas de trabalho da Streak.
Outro projeto foi, a célula robot para a indústria automóvel
que integrou robótica, inspeção por visão artificial e
maquinação de precisão.
A empresa já iniciou o seu processo de expansão
internacional. Em que mercados está presente e quais
os objetivos a este nível?
A Streak tem como objetivo a expansão internacional, desse
modo está presente em Espanha, França, Alemanha e China.
Presentemente está a preparar a sua presença no mercado
suíço.
A STREAK – Engenharia em Automação encontra-se
em processo de certificação. Pode falar-nos um pouco
sobre este processo e quais as razões que vos levaram
a seguir este caminho?
Sim, a Streak encontra-se em processo de certificação pela
ISO 9001 com o objetivo de preparar a empresa para uma
maior eficiência e cumprimento de requisitos essenciais ao
crescimento da mesma, nomeadamente a nível internacional.
A certificação vai proporcionar uma melhor gestão da
empresa e relacionamento com os clientes, nacionais e
internacionais.
Em termos de futuro, que visão tem para a STREAK –
Engenharia em Automação?
Para o futuro temos uma visão de crescimento,
sustentado em uma maior especialização que apoiam
o nosso desempenho e, que garantem o reforçar da
internacionalização da empresa no mercado, principalmente
europeu.
30 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | miguel sousa confeções
A Miguel Sousa Confeções é uma empresa têxtil especializada na produção de vestuário para homem, senhora e criança. Fundada em 2006 e com uma estrutura familiar, esta é uma empresa verticalizada, detendo internamente todas as fases
de produção desde a modelação, corte, confeção e acabamento até à embalagem. A qualidade do produto, a capacidade de resposta e a flexibilidade contribuem para a afirmação da Miguel Sousa Confeções como uma referência na indústria
têxtil.
A Miguel Sousa Confeções recebeu a distinção de Estatuto
PME Excelência 2015, atribuído pelo IAPMEI, que procura
homenagear os desempenhos empresariais superiores,
no segmento das pequenas e médias empresas dos mais
variados sectores de atividade, que contribuíram ativamente
para o reforço da capacidade competitiva nacional. Miguel
Sousa e Cláudia Sousa, administradores da empresa,
encaram esta distinção como um reconhecimento do
trabalho desenvolvido. “Acreditamos que este prémio é fruto
do trabalho desenvolvido, ao longo dos últimos 10 anos, por
uma equipa dinâmica e qualificada, que tem colocado as
nossas soluções num patamar de excelência”.
Esta distinção é sentida igualmente como um
reconhecimento pelo esforço e dedicação colocados ao
serviço de um projeto de vida, com o intuito de alcançar
um crescimento cada vez mais sustentado. “A distinção
PME Excelência 2015 é uma motivação adicional para que
continuemos a trabalhar e a servir os nossos clientes com
a qualidade que nos distingue. Este estatuto é, sobretudo,
um reconhecimento do bom trabalho que temos vindo a
SUCESSO EMPRESARIAL ALICERçADO EM TRABALhO E DEDICAçãO
desenvolver”, sustentam Miguel Sousa e Cláudia Sousa.
Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando
no futuro, a Miguel Sousa Confeções adota uma filosofia
vanguardista, estando sempre um passo à frente do seu
tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução
dos seus objetivos, a simplificação da criação de
conhecimento e a criação e disponibilização de produtos e
soluções de qualidade. Estes valores basilares encontram-
se ainda representados na manifestação do seu empenho
em continuar um percurso de contínua inovação. Os
dois administradores apresentam-se como empresários
carismáticos e dinâmicos que têm pautado a sua atividade
profissional por uma grande visão estratégica, a par de um
grande sentido de responsabilidade e uma grande paixão
pelo trabalho que desenvolvem.
A Miguel Sousa Confeções nasceu há 10 anos, pelas
mãos de Miguel e Cláudia, que aliaram a sua experiência e
conhecimentos na área têxtil para se lançarem num desafio
e num verdadeiro projeto de vida. “Comprámos uma empresa
que estava em processo de falência, assumimos essa
Miguel Sousa e Cláudia Sousa Adm
inistradores
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 31
miguel sousa confeções | pme excelência’15
responsabilidade e ficámos com os funcionários e alguns
clientes. A nossa dedicação sempre foi a 100 por cento para
podermos cumprir com os nossos compromissos, por isso
também a gestão sempre foi muito sólida e rigorosa, porque
a nossa ambição era crescer de forma sustentada e segura”,
sublinha Miguel Sousa.
Hoje em dia, nesta empresa com uma posição de destaque
no mercado, Miguel Sousa é o rosto da gestão e Cláudia
Sousa é a criativa e responsável pela produção, funções que
desempenha com grande paixão, mas também com grande
conhecimento, uma vez que, ao longo do seu percurso,
realizou diversos cursos e formações, designadamente no
Citex e na Modatex.
“Na Miguel Sousa Confeções fazemos desde a transformação
da matéria-prima, ou seja da malha em cru até ao produto
acabado e convertemos vários tipos de matéria-prima numa
peça. É a nossa grande vantagem”, revelam, acrescentando
que, para além de fazerem as coleções dos seus clientes,
a empresa também apresenta a sua própria coleção. “A
nossa coleção conjuga o clássico, casual e desportivo para
ir ao encontro dos gostos e exigências da mulher moderna”,
afirma Cláudia Sousa, salientando que a sua coleção é
muito diferente de uma coleção de um estilista, ou seja,
“apostamos em peças que sejam comercializáveis para
rentabilizar o investimento efetuado”.
De acordo com Miguel Sousa e Cláudia Sousa, os
colaboradores da empresa ajudam a que o
produto final seja de qualidade e prestigiado.
“A nossa união e as relações de confiança
com os nossos parceiros têm permitido um
crescimento sólido e sustentado”, advogam,
destacando que, neste momento, a Miguel
Sousa Confeções já exporta para os Estados
Unidos da América, Suécia, Dinamarca,
Holanda, Alemanha, França, Espanha e Itália.
A participação em feiras é uma das
componentes do trabalho desenvolvido
por esta empresa, com o desiderato de
acompanhar as tendências e conhecer as
novidades. “Ainda recentemente, estivemos
numa feira em Paris, porque é imperativo
estar atualizados”, evidencia Miguel Sousa.
Os dois administradores dão ainda conta
da conclusão do projeto de expansão das
instalações, cuja última fase contempla os
escritórios o departamento de criação e
modelagem. Miguel e Cláudia esperam que
o futuro continue a ser promissor, porque a
paixão que sentem por esta área de negócio
vai continuar a ser um motor de crescimento
da empresa.
Cláudia Sousa com m
odelo da sua coleção
32 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | transportes machado
A Transportes Machado foi iniciada pelo seu fundador António Eduardo Machado (pai), na cidade do Porto, dando o seguimento, partir de 1975, António Machado (filho), atual, proprietário e gerente, da Transportes Machado Lda. Este, através da visão e necessidade da indústria estar a evoluir, decidiu laborar na área da prestação de serviços de carga e descargas, a nível regional e nacional.
Passado algum tempo, foram adquirindo equipamentos de manuseamento de máquinas,
apropriados à indústria, desde a indústria gráfica, metalomecânica e a têxtil. Nos anos
oitenta passaram das instalações do Porto para S. Mamede de Infesta, num pavilhão com
1.200 m2. Nos anos 90, passaram para a Maia, nas instalações atuais, numa Plataforma
Logística, adaptada a trasfega de mercadorias de grande porte. “Estamos a conseguir dar a
continuidade a este projeto, com a dedicação e profissionalismo e inovação da 3ª geração da
Transportes Machado, nomeadamente Eduardo Machado (neto)”.
Quem procura, os serviços da Transportes Machado vem essencialmente do ‘passa palavra’,
ou seja, que são outras empresas que dão as boas referências. Também é possível encontrar
os seus serviços desta empresa via internet , através do site. Daí vem o ‘know how’ desta
forma, conseguem aperceber-se que realmente estão a contactar com uma empresa idónea
e que lhes podem ajudar a resolver os problemas, uma vez que é para isso que estão
vocacionados.
“Como atuamos na área de ‘serviços de movimentações de máquinas e transportes’ para
a mudança de instalações das industrias, possuímos um staff de 20 colaboradores.
Estes possuem uma formação técnica e de grande experiência com vários anos”, explica o
empresário.
A Transportes Machado possui um parque empresarial de 10 mil metros quadrados, fazendo
também a logística de equipamentos que os seus clientes lhes solicitam, isto é, o respetivo
armazenamento e a sua distribuição.
A Transportes Machado foram os pioneiros a possuir os camiões com grua e empilhadores.
“Iniciamos com estes veículos em 1978 em Portugal”. António Machado percebeu que havia a
necessidade de equipar as suas viaturas com equipamentos de movimentação, para ser mais
Na atividade de transportes rodoviários de mercadorias
prático, mais rápido e também mais seguro, facilitando as movimentações e necessidades
dos seus clientes.
“Durante estes anos existiram dificuldades, que se sentiram essencialmente em alturas de
crise, mas na Transportes Machado, todos estes anos foram levados com preocupação, no
“crescimento sustentável” mas obviamente estamos a enfrentar, todos os desafios, que nos
aparecem com sangue novo e com garra”.
A Transportes Machado possui transportes especiais e especializados, com equipamentos
inovadores de elevação para cargas e descargas, sempre na tentativa de ultrapassar as
dificuldades e os obstáculos.
“Todos estes anos, têm sido, muito bem-sucedidos. Todos os nossos colaboradores, já tem
muitos anos de experiência, assim como, têm orgulho na empresa que representam. Estes
são o espelho da mesma, com uma formação específica, para o efeito e gosto, pela sua
representação”, frisa.
Os próximos passos da Transportes Machado serão dados pela nova geração, através de
Eduardo Machado (neto), dando o seguimento, na mesma área e procurando sempre evoluir,
para que os investidores possam contar com a TRANSPORTES MACHADO em novas parcerias
futuramente a realizar.
Esta empresa é uma das melhores a nível de movimentação de cargas e descargas, e
de transportes de mercadoria pesada. O seu vasto ‘know how’ e os anos de longínqua
experiência que adquiriram, sendo tal como, reconhecidos como PME Excelência. Pela
primeira vez, António Machado, se destaca por este prémio e este reconhecimento a ele
associado, se prende com o objetivo de realmente, “estarmos no mercado por sermos
referenciados pelos nossos clientes”.
34 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | compact records
A Compact Records é uma empresa destinada à distribuição de material fonográfico e a principal fornecedora de CD’s de sites de vendas conceituados como o Amazon e o E-bay. A empresa sediada na Maia, existe desde 1997 e o seu proprietário é Abílio Silva, com quem a Revista Business teve o prazer de conversar.
A Compact Records atinge o seu auge numa altura em que tudo ligado à internet era
sinónimo de evolução e de grandes investimentos. Para o empresário, não poderia ter surgido
em melhor altura. “Comecei como armazenista generalista, ía ao estrangeiro comprava os
cd’s aos armazéns e vendia às lojas. Mais tarde, com o aparecimento da internet, dá-se um
decréscimo enorme nas vendas. Contudo, eu sempre fui um consumidor atento de música
e procurava marcar pela diferença. Talvez tenha sido isso que nos fez crescer.” Questionado
sobre os seus primeiros contactos com o mercado externo, Abílio Silva conta que inicialmente
começou por negociar com países como a Holanda, Suécia e Bélgica. “Comecei por comprar
apenas materiais a países europeus. Posteriormente passei para os Estados Unidos, mas
tornou-se complicado porque só se podia importar para fora da comunidade europeia o que
lá não existia. Ainda hoje funciona assim.”
Mais tarde, surgem os primeiros convites por parte de editoras internacionais e começam
a fazer distribuição a nível nacional. “Recebemos propostas de várias editoras, na altura
ligadas à dança alternativa e ao metal. Depois começaram a surgir as bandas portuguesas,
muitas delas começaram aqui. Na altura o negócio era essencialmente ligado à importação
e à venda dos produtos”. Em 2008, o empresário conta que viu o seu negócio “tremer” pela
primeira vez, fator que poderia ter posto em causa o futuro da marca. “Pela primeira vez
não estávamos a crescer, muito pelo contrário estávamos a descer aos poucos. Já tínhamos
hÁ 19 AnOS A ELEvAR A InDÚSTRIA MUSICAL POR TODO O MUnDO
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 35
compact records| pme excelência’15
muitas despesas e não estava a conseguir suportá-las. Decidi então que tinha de fazer
alguma coisa. Voltei novamente às feiras e de seguida entramos no negócio online.” A partir
daí, nunca mais parou. “Conseguimos fazer com que tudo aquilo que tínhamos em stock
não estivesse apenas disponível para o mercado português mas sim internacionalmente.
Disparamos para números brutais e foi isso que fez de nós o que hoje somos”.
Atualmente, são os principais fornecedores de música de sites como o Amazon e E-bay, e
não tencionam parar por aqui. “Trabalhámos com os maiores sites do mundo. Sempre tentei
fazer um intercâmbio de produtos, porque eles têm coisas que eu não tenho e eu tenho
coisas que eles não têm. Desta forma a responsabilidade e a competência é mútua e por isso
funcionamos bem.” Numa altura em que grande parte da população sentia que a internet
estava a prejudicar a indústria músical, a Compact Records viu nesse fator uma forma de
aumentar as vendas. O entrevistado admite que, de certa forma, foram eles os principais
impulsionadores da divulgação da música portuguesa para o estrangeiro. “Vendemos muita
música online portuguesa para fora e isto deve-se ao facto de ser possível adquirir música via
internet. Quando um disco é lançado em Portugal, as pessoas conseguem adquiri-lo através
dos sites para os quais trabalhamos.”
Dono de um percurso de sucesso, que cada vez mais se começa a solidificar, o empresário
conta já com três lojas abertas ao público em Portugal, uma em Vila do Conde, uma no Porto
e outra em Leiria. “As lojas têm funcionado bem mas grande parte das vendas são feitas
via online, através do nosso site de vendas, denominado por CDGO.” Se por um lado obtêm
mais lucro através das vendas online, por outro também é onde dedicam grande parte do
investimento. “Aposto muito na informática. As atualizações são muito caras mas o retorno
é quase imediato. O meu stock é cada vez maior mas é preciso muito cuidado na hora de
adquiri-lo. É óbvio que a informática não me diz o que posso comprar, mas ajuda imenso.
Temos um programa que nos diz qual o melhor preço a nível internacional e pelo nome do
disco consigo identificar se estou a fazer uma boa compra ou não.”
Recentemente abriram um armazém em Inglaterra, com o intuito de credibilizar ainda mais a
marca. “Achamos este investimento um bem necessário porque Portugal não tem a mesma
credibilidade que Inglaterra tem no que diz respeito a vendas online.” 75 por cento de quem
compra por exemplo na Amazon UK se vir o mesmo produto sendo duma empresa inglesa ou
de uma portuguesa prefere sempre a Inglesa mesmo às vezes mais cara.”
“Somos das empresas portuguesas que mais faturam a nível músical”, é com esta certeza
que Abílio Silva vê a sua empresa crescer e a ganhar prestígio no mercado internacional.
Quanto aos planos futuros, o empresário admite: “queremos continuar com isto mas cada vez
mais vai ser um negócio de colecionismo”, remata.
www.com
pactrecords.com
36 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | hotel baía cascais
O Hotel Baía Cascais está situado na costa do Estoril, mesmo em frente à Praia dos Pescadores. Com uma localização priveligiada, este hotel familiar proporciona um ambiente acolhedor e um serviço de qualidade a todos os que o visitam. Falámos com João Coruche, director geral da unidade hoteleira, que nos deu a conhecer o hotel e as suas perspetivas futuras.
Refúgio à beira-mar
Como é que surge este projecto?
O Hotel Baia é uma empresa familiar que abriu portas em
1963 pela mão do meu avô, João Soares. Trata-se de um
hotel independente, de família que vai agora na terceira
geração na gestão. Atualmente o HB possui 113 quartos, o
restaurante Baía-Grill famoso pelo pela sua gastronomia, e o
bar no R/C com serviço de cafetaria e pastelaria de fabrico
próprio. Possui ainda seis salas de reunião com diferentes
tipologias, um parque de estacionamento público com 90
lugares e o Blue Bar no “roof top” aberto ao público nos
meses de verão para “Sunsets” com excelentes cocktails,
considerado a cereja no topo do bolo.
A vossa localização é sem dúvida uma mais-valia...
Sim, sem dúvida. Devido à nossa localização, o hotel já
se tornou num marco histórico aqui mesmo no centro da
vila de Cascais. É o ponto de encontro das pessoas da
terra. Os quartos com vista para o mar oferecem uma vista
fantástica e a procura é cada vez maior também devido à sua
proximidade com os diferentes equipamentos existentes em
Cascais.
Recentemente foram distinguidos com o estatuto
de PME Excelência 2015, este é o reconhecimento
merecido?
Com certeza. O Prémio PME Excelência é um prémio que já
nos acompanha há largos anos. É um estatuto que não só
demonstra a solidez financeira do Hotel Baía como também
premeia a nossa liderança e desempenho na gestão. É um
motivo de orgulho! Demonstra que temos sabido investir de
forma sustentada para garantir o crescimento do negócio e
nossa autonomia financeira.
Qual é o balanço que faz desta aposta?
O balanço é altamente positivo. Temos conseguido
desenvolver e modernizar a empresa, investir no nosso
produto, na infraestrura, e em novas tecnologias. Numa
unidade hoteleira que já conta com 53 anos de atividade,
é necessário fazer um investimento constante nos nossos
equipamentos e produtos de modo a nos mantermos
competitivos e para servir um público cada vez mais exigente.
Temos vindo ao longo dos anos não só a remodelar os nossos
quartos e as áreas sociais, mas também as áreas de serviço
e bastidores, sem interromper o normal funcionamento do
hotel. Temos sabido fazer os investimentos certos nas alturas
certas, sem dar um passo maior do que a perna e garantindo
a sustentabilidade do negócio e o seu crescimento.
Tem projetos para um futuro próximo?
Na hotelaria ficar quieto é morte certa. Tencionamos
continuar a investir no nosso produto para continuar a
servir cada vez melhor os nossos hóspedes e clientes. Num
mercado altamente competitivo, será necessário continuar
a investir em novas tecnologias não só em termos de
serviço mas também para a captação de novos clientes.
Continuaremos a investir também no nosso compromisso
de reduzir o impacto da nossa atividade no meio ambiente.
Atualmente possuímos a Certificação Eco Hotel da TUV
Rheinland e a Green Key, fruto do investimento no nosso
programa de gestão ambiental e na nossa infraestrutura.
Pretendemos continuar a melhorar o nosso desempenho
ambiental e ajudar a divulgar as boas práticas e servir de
exemplo de que é possível satisfazer as nossas necessidades
e as dos nossos clientes de forma responsável, reduzindo o
nosso impacto ambiental.
38 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | tito carnes
A Tito Carnes é uma empresa dedicada ao comércio e à indústria de carnes em Lisboa. Com mais de 50 anos de atividade, foi recentemente distinguida com a atribuição do estatuto de PME Excelência 2015, e tem como objetivo oferecer aos seus clientes um atendimento personalizado tentando fornecer os melhores produtos existentes no mercado.
“A MOLA DE UM PAíS E DE UM POvO é O TRABALhO”
Tito Miguel e Severino Gonzalez Administradores
Severino Gonzalez no início da sua atividade empresarial
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 39
tito carnes| pme excelência”15
Severino Gonzalez, mais conhecido por Tito, de onde provem o nome da atual empresa, exerce as funções
de administrador juntamente com o seu filho Tito Miguel. À conversa com a Revista Business Portugal, o
empresário de origem espanhola, conta que veio para Lisboa com apenas 14 anos começando a trabalhar
com familiares no Mercado 24 de Julho. Em 1957, juntamente com o seu pai compraram um talho na Rua
da Cruz dos Poiais, em São Bento, e anos mais tarde abriram um armazém na mesma rua. Em 1993 mudou-
se para umas novas instalações, em Telheiras, com melhores condições de estacionamento com vista a
distribuição da mercadoria tanto para particulares, como para restauração e hotelaria. “Estou muito satisfeito
e tenho todas as condições para oferecer um bom trabalho”
Quando questionado sobre o processo de transformação das carnes que comercializa, o entrevistado garante
que todos os cuidados são poucos e que são muitos os aspetos a ter em conta na hora de preparar o produto
final. Contudo, admite que os clientes estão cada vez mais exigentes. “Antigamente a mercadoria vendia-se
em bruto mas hoje o cliente gosta das coisas mais preparadas e requintadas, o que acho correto, quanto mais
nos for exigido, melhor se trabalha”.
Para além disso, têm também produção própria para abate e consumo. “Os clientes gostariam de poder
consumir só produto nacional, mas é totalmente impossível, o que lamento. Se um cliente me pede 300
lombos seriam precisos 150 animais, uma vez que cada um só tem dois lombos.” Aqui também se importam
muitos outros produtos e muitas peças nobres como lombos e vazias de vitela branca, novilho, entre outras.
Para além de comercializar os produtos diretamente no balcão, a Titocarnes dispõe também de viaturas de
distribuição com sistema de congelação e conservação, afim de servir o cliente de forma rápida e eficaz.
Os clientes espalhados de norte a sul do país, são a prova de que esta empresa se soube implementar no
mercado: “o que mais valorizo é a boa relação que mantenho com os meus clientes e o orgulho que tenho em
fornecer qualidade e produtos de excelência, como eles merecem”.
Finda a Páscoa, é tempo de começar a pensar no verão e nos clientes que vêm de fora, e por isso na Tito
Carnes não há espaço para pausas. Num futuro próximo, o chefe Tito espera que os seus três filhos, que
atualmente integram a equipa, continuem a trilhar o percurso de sucesso que o pai iniciou. “Os meus filhos
vão dar seguimento a este negócio familiar...”
40 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15 | josilmar
A Josilmar é uma empresa dedicada ao comércio e à distribuição de artigos relacionados com a indústria e a construção civil. Situada na Vila da Bobadela, em Loures, foi recentemente distinguida com a atribuição do estatuto de PME Excelência 2015, pela qualidade e excelência dos seus serviços. O responsável pela fundação da empresa é Joaquim Marques que, juntamente com a esposa Maria Alice e com o filho David Marques, esteve à conversa com a Revista Business Portugal.
“A satisfação do cliente é uma prioridade absoluta”
Sem sucesso, o empresário abre a primeira loja em Angola. Já em Portugal, tenta novamente
e funda outro negócio dedicado essencialmente ao comércio de materiais de construção.
“Eu tinha uma loja deste género em África. Pensei que ía regressar para lá, mas infelizmente
não consegui. Um dos meus funcionários ficou encarregue do negócio e mais tarde viu-se
obrigado a fechar o estabelecimento. Decidi abrir então uma loja em Portugal. Fui trabalhando
e recuperando o que em tempos tinha perdido”.
Em 1977, abre um novo espaço, que atualmente explora, com maiores dimensões e maior
diversidade de produtos. Quase a completar 40 anos, a Josilmar é já uma empresa de
referência na zona de Lisboa pelas soluções eficazes e seguras que apresenta, através do
domínio da tecnologia e da qualidade, promovendo a constante satisfação dos seus clientes,
colaboradores e parceiros. Para o proprietário, este estabelecimento reúne as condições
necessárias para o bom funcionamento do negócio. “Mantive muitos clientes, mas trouxe
muitos novos. Agora temos uma grande capacidade e variedade de material.”
David Marques, filho do proprietário, fala também do variado stock de artigos que a empresa
dispõe, de forma a responder às necessidades de todos os clientes. “Temos cerca de 30 mil
artigos diretamente ligados ao comércio de máquinas e ferramentas para o setor profissional,
nomeadamente de construção, automóvel, reciclagem, metalomecânica, entre outras.”
O vasto portfólio de parceiros de negócio permite-lhes atuar de forma transversal junto
dos clientes, colocando à sua disposição um leque de produtos muito diversificado. Para
David Marques, estas parcerias são uma mais valia para a empresa. “Tentamos alimentar
três grandes marcas, nomeadamente a Bosch, Makita e DeWalt. São marcas com grande
notoriedade, com preços competitivos e que nos ajudam a crescer, mas temos que trabalhar
em sintonia para tudo dar certo. É preciso cumprir as exigências deles no que diz respeito ao
cumprimento de prazos e pagamentos. Já trabalhámos com mais marcas, mas atualmente
estas são as três grandes operadoras mundiais neste setor.” Para além disso, a empresa
vende materiais a distribuidores e revendedores independentes, garantindo o melhor preço de
mercado. “Por termos uma vasta gama de soluções em stock, procuram-nos porque sabem
que aqui encontram tudo o que precisam. Praticamos exatamente os mesmos preços que as
marcas.”
Aliado a estes fatores, é também de ressalvar a excelente relação de confiança e proximidade
criada ao longo dos anos entre toda a equipa e clientes. “A satisfação do cliente é uma
prioridade absoluta. Através do mercado tradicional criamos laços fortes com os clientes.
Somos o oposto da internet e dos hipermercados.”
Ao longo dos anos, a empresa tem vindo a crescer e contam já com nove colaboradores a
tempo inteiro. “Temos sempre pessoas na loja e alguns técnicos comerciais dispostos a ir ao
encontro dos clientes para realização de demonstrações.”
Quando questionado sobre a recente distinção com o estatuto PME Excelência 2015, David
Marques considera que essa atribuição é o reconhecimento de todo o trabalho que tem vindo
a ser desenvolvido. Contudo, essa não é a principal ambição da empresa. “Não andamos
propriamente à procura de prémios nem é uma coisa que nos preocupa, mas um prémio
destes traz-nos sempre um acréscimo de credibilidade.”
Nos últimos anos, têm resistido a uma crise que parece ter vindo para ficar. Segundo os
empresários, o objetivo passa por manter o equilibrio que até agora tem sido alcançado. “O
objetivo é continuar”.
No futuro, Joaquim Marques deseja que o filho siga as suas pisadas e que dê continuidade ao
negócio que iniciou. “É ele que vai segurar o barco”, conclui. David Marques, Maria Alice e Joaquim Marques Administradores
42 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
pme excelência’15| hotéis roma e marquês de pombal
Começaram com um negócio familiar e cresceram, conquistando uma posição consolidada com marcas próprias no panorama hoteleiro nacional. Após iniciativas empreendedoras em Fátima e a entrada no Hotel Roma, na década de 80, o grupo apresenta quatro unidades hoteleiras, duas no centro de Lisboa e duas no centro de Fátima. José Miguel Marto, administrador do grupo, recebeu-nos no Hotel Marquês de Pombal em Lisboa e deu-nos a conhecer um pouco de cada um dos hotéis de Lisboa.
DUAS MARCAS DA hOTELARIA TRADICIOnALnA CIDADE DE LISBOA
José Marto licenciou-se em Gestão e tirou o Mestrado em Finanças e Gestão Internacional na
Universidade Nova em Lisboa. Mais tarde, trabalhou numa consultora estratégica americana
em Madrid, e após quatro anos de experiência internacional em projetos de variadas
indústrias, ganhou conhecimento e experiência que está a transpor para o negócio familiar.
Em 2011, assumiu o cargo de administrador do Hotel Roma e do Hotel Marquês de Pombal,
em Lisboa. O entrevistado, que faz já parte da terceira geração do negócio familiar, começa
por contar que o Hotel Roma foi o projeto inicial na cidade de Lisboa, após experiências de
sucesso em Fátima. Jovem e dotado de um espírito empreendedor, acredita que o hotel tem
tudo para continuar a melhorar e a crescer na hotelaria. “É considerado um três estrelas
superior. Temos recebido ótimos comentários e boas menções por parte dos nossos clientes
no Hotel Roma. O facto de oferecermos quartos triplos e familiares é também um fator
distintivo que diferencia a nossa tipologia de oferta, focando segmentos específicos como as
famílias, com dinamismo de procura. Para além disso, o Hotel tem um pilar muito forte no que
diz respeito aos recursos humanos, que “vestem verdadeiramente” a camisola da instituição.”
No restaurante Fiesta-Café no Hotel Roma, podemos encontrar um menu muito variado, com
pratos do dia, e uma seleção cuidada de vinhos portugueses. Este ano, o desenvolveram-
se novos conceitos no hotel e reforçaram-se alguns pontos críticos na restauração.
“Introduzimos 12 novos produtos no pequeno-almoço, melhorando substancialmente a
qualidade, e introduzimos o conceito Brunch do Hotel Roma”. Estes eventos realizam-se aos
domingos, das 12h às 15h30m, tendo como público alvo os clientes do Hotel mas também
residentes nos bairros envolventes (Bairro de São Miguel, de Alvalade, e Areeiro), sendo
iniciativas principalmente dirigidas para o mercado português. “Desta forma temos vindo
a tentar posicionar-nos com uma perspetiva mais direcionada para novos segmentos de
mercado. Contudo, não prescindimos dos valores de qualidade da hotelaria tradicional, na
hora de prestar serviço e acolher os nossos hóspedes. Trabalhamos com base em princípios
e premissas sólidas que nos permitiram ter um destaque particular no mercado nas últimas
décadas.”
José
Mig
uel M
arto
Adm
inis
trado
rHall Hotel Marquês de Pombal
Hall Hotel Marquês de PombalO Hotel Marquês de Pombal está localizado na Avenida da Liberdade, uma das artérias
centrais de Lisboa, e conta já com mais de 15 anos de funcionamento. A unidade hoteleira
de quatro estrelas dispõe de 123 quartos, restaurante, bar, room-service 24 horas, pequeno
almoço buffet completo, sala de conferências, garagem, ginásio, sauna, banho-turco, serviço
de lavandaria, cabeleireiro e centro de estética. Segundo o entrevistado, este Hotel surge num
contexto diferente. “O Hotel Marquês de Pombal é um quatro estrelas superior e compete
com hotéis de quatro-cinco estrelas. Efetuámos uma renovação total em 2009 e temos vindo
a intervir com manutenção recorrente ao longo dos anos. É um produto mais sofisticado e
moderno. No entanto, os mesmos valores de cultura muito focada nos serviços e no cliente
final são em certa medida similares aos do Hotel Roma, tendo como premissa a excelência
no serviço e o foco nas necessidades do cliente.” Ao longo dos anos, o Hotel tem vindo a ser
agraciado com alguns prémios e referências do setor. Em 2015, não foi exceção. “Recebemos
uma distinção muito relevante, ficando classificados como segundo melhor hotel da Europa,
após análise de mais de 74 mil comentários de clientes da eDreams a nível mundial. Sem
dúvida que foi um marco e que criou uma projeção interessante do Hotel Marquês de
Pombal.”
Quando questionado sobre os locais a visitar na capital, o interlocutor sugere alguns dos seus
espaços de eleição. “Identifico-me muito com a zona de Belém. Não se pode deixar de visitar
o Centro Histórico, refiro-me ao tradicionalismo de Alfama, das ruas do Chiado, e do Príncipe
Real… sugiro também um passeio pela Avenida da Liberdade, e obviamente a maravilhosa
vista do Castelo de São Jorge para a cidade de Lisboa. Gostaria também de mencionar os
variados museus, jardins, eventos como os festivais de música e os miradouros de Lisboa,
que hoje em dia estão a ser mais divulgados e proporcionam zonas simpáticas para relaxar
com vistas para a cidade. Certamente há muito para visitar e rever na cidade de Lisboa.”
É relevante salientar que as unidades foram recentemente distinguidas com a atribuição
do estatuto PME Excelência 2015, atribuição essa que José Miguel Marto acredita ser o
reconhecimento merecido do trabalho que a equipa tem vindo a desenvolver ao longo dos
anos.
O grupo possui ainda dois hóteis no centro de Fátima, nomeadamente o Hotel Santa Maria e
o Hotel São José. O entrevistado admite que o turismo religioso tem melhorado residualmente
nos últimos anos e que deve ser valorizado como um fator de atração e de diversificação
geográfica dos turistas que visitam Portugal. É relevante referir que o Hotel Santa Maria
recebeu em 2015 o prémio PME Líder 2015, justificando também as boas práticas de gestão
do grupo tanto em Lisboa, como em Fátima.
Relativamente aos projetos futuros, José Miguel Marto garante: “Temos uma perspetiva de
crescimento a médio-longo prazo. Estamos a ponderar tomar iniciativas adicionais e a planear
novos investimentos.”
Hall Hotel Roma
Restaurante Hotel Roma
Hotel Marquês de PombalHotéis roma e marquês de pombal|pme excelência’15
46 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
INOVAÇÃO
Diz-nos o dicionário da língua portuguesa que por “empreendedorismo” se entende a atitude que quem, por definição, obedece à ambição de dinamizar ou gerar novos produtos ou serviços dentro de um determinado setor de atividade, recorrendo à conceção de novos métodos ou ideias. Ao falarmos em “empreendedorismo” – palavra que felizmente tem vindo a ganhar um renovado fulgor na atualidade empresarial portuguesa – fazemos alusão a um outro conceito, a si subjacente: a inovação, que se traduz na capacidade de inventar, renovar e, enfim, criar.Perante uma leitura breve destes mesmos conceitos, poderíamos ser levados a pensar que a capacidade de empreender, ou a de gerar inovação, seriam faculdades explicadas apenas pela manifestação de um invulgar talento para conceber, ler e interpretar a realidade empresarial. Mas tal aspeto negligenciaria o que está por detrás de muitas boas histórias de inovação: os anos de persistência, a visão informada sobre o mercado, a ambição de chegar-se mais longe ou, acima de tudo, uma genuína vontade de cimentar, ainda mais, o progresso das nossas sociedades.E é precisamente de inovação e empreendedorismo que falaremos nas próximas páginas, percorrendo a história, o ideais, a perspetivas e as ambições futuras de empresários e agentes económicos que se afirmaram como uma referência em áreas tão díspares como a distribuição de café, os facilty services, o arborismo, a nutrição animal, os agentes transitórios ou o mercado dos stands. Mais do que o sucesso de cada um dos envolvidos, há duas conclusões que se podem tirar destas mesmas páginas: a de que, por um lado, a inovação não se escusa a nenhum setor; por outro, a de que não faltam – no nosso país à beira-mar plantado – histórias de empreendedorismo, coragem e vontade de percorrer mares nunca dantes navegados.
Rua Sarmento Pimentel, 164 . 4450-790 Leça da Palmeira . t: [+351] 229 051 670 . m: [+351] 916 497 258Ed. Mar Vermelho . Av. D. João II . lote 1.06.2.5B . 7º Piso . Parque das Nações . 1990-095 Lisboa . t: [+351] 210 171 010 www.amgt.pt
QUALQUER QUE SEJA O TIPO DE MERCADORIA, NÓS TEMOS A SOLUÇÃO PARA O TRANSPORTE!
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48 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | amg transport
Eficientes, discretos e ambiciosos, os transitários colocam todos os seus esforços a trabalhar a favor do crescimento da economia e da satisfação das necessidades dos seus clientes. Desconhecidos da grande parte da sociedade civil, empenham-se na solução e encontram o sucesso. Um exemplo claro de uma empresa de sucesso é a AMG Transport.
Fundada em 2014, a AMG Transport é uma empresa
transitária bem conhecida, pela sua organização e eficiência
e também pela qualidade dos seus serviços no transporte
aéreo e marítimo, especialmente em «just in time». Em
entrevista à Revista Business Portugal, Alexandra Melo,
gestora da empresa, explica as potencialidades da AMG
Transport, bem como a sua cultura empresarial, que se
assume claramente diferente dos transitários ditos standard.
A atividade transitária e, consequentemente, o core business
da AMG Transport consiste na prestação de serviços de
natureza logística e operacional que inclui o planeamento,
o controlo, a coordenação e a direção das operações
relacionadas coma expedição, receção, armazenamento
e circulação de bens e mercadorias. A AMG Transport
A MELhOR SOLUçãO PARA O SEU nEGóCIO…
assume-se como um transitário especializado no transporte
de carga aérea e marítima, respondendo com eficácia às
necessidades do mercado, oferecendo um serviço global. “A
nossa empresa organiza transportes internacionais, porta a
porta, de qualquer tipo de mercadoria, desde a mercadoria
perigosa, farmacêutica, ou de grandes dimensões, fazendo
maioritariamente países terceiros”, esclarece Alexandra
Melo, salientando que a mais-valia de um transitário é fazer
com que o cliente não tenha que se preocupar com muitas
coisas, apenas o que pretende expedir, em que condições e
de que forma, e a AMG Transport faz tudo o resto. “Queremos
que o cliente perceba que nós somos a solução para o seu
problema, ou seja, retiramos o ónus do problema ao cliente,
ficamos com ele até o solucionarmos. Existem sempre
A AMG é conhecida pela sua organização e eficiência, assim como pela qualidade
Rua Sarmento Pimentel, 164 . 4450-790 Leça da Palmeira . t: [+351] 229 051 670 . m: [+351] 916 497 258Ed. Mar Vermelho . Av. D. João II . lote 1.06.2.5B . 7º Piso . Parque das Nações . 1990-095 Lisboa . t: [+351] 210 171 010 www.amgt.pt
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 49
amg transport|inovaçãocontrariedades, mas nós tentamos que o cliente não se
aperceba delas”, evidencia a nossa entrevistada, adiantando
que há uma verdadeira preocupação em antecipar todo
e qualquer problema, por forma a providenciar a melhor
solução para cada caso e cada cliente, como exemplifica
Alexandra Melo: “Recentemente, tivemos um caso de um voo
que ia falhar a ligação com o Porto, fomos imediatamente
avisados dessa falha, por isso pedimos a transferência da
carga para Lisboa e fizemos a entrega na casa do cliente
para que ele não sentisse diferenças no timing, sem custos
acrescidos”. Esta forma de estar e esta cultura empresarial
que é transversal a toda a empresa assumem-se como
fatores distintivos num mercado cada vez mais competitivo,
fazendo com que a AMG Transport se destaque face à
concorrência. “Quando falamos em qualidade, falamos
mesmo em qualidade, porque este é um predicado que não
rouba tempo às pessoas, muito pelo contrário, permite que
as pessoas sejam mais eficientes, produtivas e profissionais”,
salienta.
Por outro lado, esta atitude perante o mercado permite à
AMG Transport criar uma base sólida de confiança com
os seus clientes, que muitas vezes deixam nas mãos da
empresa a decisão da melhor solução para o seu caso,
isto porque o know-how e a experiência da AMG Transport
possibilitam que possa encontrar a solução mais adequada e
aconselhar os clientes da melhor forma possível. “Nós temos
clientes que nos entregam mercadorias específicas, porque
sabem que não falhamos”, revela a administradora. Outra
das características dos seus serviços é a ação rápida desde
a recolha do fornecedor até a entrega ao destinatário, tudo
isto com preços competitivos, que garantem a transparência,
qualidade e grande capacidade de trabalho.
A importância da regulamentação
Alexandra Melo lamenta a existência de uma concorrência
feroz e, muitas vezes, desleal por parte dos armadores
ou agentes de navegação, temendo mesmo que a
atividade transitária possa terminar se nada for feito. “A
regulamentação é uma questão antiga e um verdadeiro tabu.
Muitos armadores desempenham, paralelamente, funções de
transitário. A existência de uma regulamentação fixaria que
quem é armador ou agente de navegação, não poderia ser
transitário, transportador, ou despachante”, afirma Alexandra
Melo, reiterando que esta é uma forma de concorrência
voraz, tanto mais porque, recentemente, foi retirada a
capacidade técnica e financeira ao transitário. A facilitação
do acesso à atividade transitária é uma questão sensível que
a empresária gostava de ver justificada, ao mesmo tempo
que, salienta a urgência na regulamentação da atividade e do
setor. “Em alguns países, esta é uma questão cultural, porque
os profissionais defendem bastante a sua especialização”,
consubstancia.
Estratégia de futuro
Como os olhos postos no futuro, Alexandra Melo espera a
continuidade do crescimento da empresa, de forma sólida
Prima pela base sólida de confiança com os seus clientes
e sustentada, lembrando que no ano de arranque da AMG
Transport o desiderato passava apenas pela sustentabilidade,
mas o certo é que foram ultrapassadas todas as expectativas.
“O nosso principal cliente, em 2014, representava 80 por
cento da faturação. Em 2015, ficou abaixo dos 30 por cento,
isto porque ganhámos quota de mercado, aumentámos a
faturação e a rendibilidade”, sublinha a jovem empresária.
Para 2016, o objetivo passa por “aumentar a quota de
mercado, fidelizar cada vez mais os clientes e manter uma
taxa de crescimento de 20 por cento”, revela Alexandra Melo,
patenteando que a AMG Transport tem os melhores clientes
do mundo, que se assumem como verdadeiros parceiros. Por
outro lado, para Alexandra Melo, “as empresas são feitas de
pessoas e a AMG tem profissionais de excelência a quem
agradeço toda a dedicação que têm com os clientes e que
todos os dias fazem com que a AMG seja a sua segunda
casa, se não a principal”, conclui a jovem empresária.
Perfil de Alexandra Melo
Alexandra Melo é uma jovem empresária que trabalha no
sector dos transitários há cerca de 17 anos, sendo hoje
detentora de uma experiência acumulada e um know-how
sobejamente reconhecido pelos seus pares, assumindo-se
como um exemplo de liderança no feminino.
Alexandra Melo tirou o curso de Controlo e Gestão de
Tráfego na Câmara do Comércio Luso-Alemã, uma
formação com uma duração de três anos e com um estágio
de igual duração numa empresa de transitários. Após o
terminus do curso, foi contratada pela mesma empresa,
que reconheceu o trabalho desenvolvido. Entretanto, foi
contratada por uma empresa multinacional localizada no
Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde foi aprendendo
cada vez mais sobre esta área de negócio. O seu percurso
continuou com a sua ida para uma outra empresa com
o mesmo core business, ao mesmo tempo que foi
frequentando várias formações, nomeadamente de carga
perigosa e segurança. Como sempre teve o desiderato de
ter uma formação superior, Alexandra Melo decidiu tirar a
Capacidade Técnica e Profissional para Transitário, uma vez
que, na altura, um transitário não podia desenvolver a sua
atividade sem um diretor técnico e um diretor financeiro.
Alexandra Melo passou pelo departamento de carga aérea
a fazer exportação, depois importação, passando depois
para o departamento comercial, no qual chegou a diretora
comercial. Posteriormente, transitou para outra empresa,
altura em que já existia a possibilidade do atual projeto
empresarial, no entanto, Alexandra Melo achou que não era
o momento certo para abraçar o desafio. Em 2014, nasceu
a AMG Transport, na qual Alexandra Melo exerce funções de
gestão, tendo no entanto como sócio um grande exportador
português. O seu percurso tem sido feito de experiência e
conhecimento.
Alexandra Melo Gerente
50 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | marques, lda
Tendo completado em fevereiro 60 anos de existência, o concessionário Mercedes-Benz mais antigo do país, um dos mais antigos da Europa e um dos três melhores a nível nacional, pretende continuar no caminho da qualidade e da excelência. Fomos descobrir os fatores do sucesso da Marques, Lda, numa entrevista ao seu atual administrador, Bernardo Leal de Oliveira.
MARCA DE COnfIAnçA hÁ 60 AnOS
O negócio de família já percorreu quatro gerações, o concessionário Marques,
Lda “foi fundado pelo meu bisavô e bisavó há 60 anos. Depois passou para
as mãos dos meus avós, seguiu-se o meu pai e agora eu, sempre como
representantes da Mercedes”, explica o interlocutor. Num setor de alguma
volatilidade e constante transformação, importa perceber quais têm sido
as linhas orientadoras que permitiram à empresa, ao longo das últimas
seis décadas, manter o negócio em franca expansão, “são quatro gerações
de pessoas que sempre se preocuparam com as pessoas, ou seja, não
chegámos até aqui sozinhos, a equipa é fundamental”, realça Bernardo
Leal de Oliveira, acrescentando que “tivemos sempre a sorte de, ao longo
dos anos, trabalharmos com profissionais muito capazes e competentes,
mas também, conseguimos captar e incutir nos colaboradores o espírito
de vestir a camisola, o que hoje em dia é mais raro acontecer. Felizmente,
ainda conseguimos manter essa cultura”. Nas palavras do administrador é
notório que na ‘Marques’, forma como é conhecida a empresa na região de
Santarém, existe um verdadeiro espírito de equipa e união que ultrapassa
a barreira do profissional, “preocupo-me imenso com todos os funcionários
e sabem que podem contar comigo nas mais diversas situações, mas eu
também sei que posso contar com eles”, frisa o entrevistado, revelando que
“quando é necessário também saio do escritório, tiro o casaco e vou lavar
os carros, mudar o óleo ou as pastilhas, as situações resolvem-se e o cliente
fica satisfeito”, destaca Bernardo Leal de Oliveira, demonstrando o espírito
de cooperação existente na equipa que lidera. A sede da empresa, na zona
industrial de Santarém, reúne desde outubro de 2014 todos os serviços de
venda e pós-venda. O maior stand passou do centro de Santarém para a
periferia nesse ano, “antes este stand era pequeno, o maior estava no centro
da cidade, quem é de fora não se deslocava ao centro para ver determinado
modelo, na realidade, percebemos que estávamos a perder oportunidades
de negócio de maneira que, 54 anos depois, resolvemos passar todas as
instalações para cá e mantermos o mais pequeno no centro. Foi uma boa
aposta, a afluência ao stand aumentou bastante”, revela o responsável. Para
além dos dois stands em Santarém, o concessionário Mercedes-Benz tem
mais um espaço em Tomar.
Aposta na formação
Com uma equipa de 40 funcionários, “alguns andaram comigo ao colo”,
confidencia o entrevistado, existe também a política de apostar na formação
dos jovens, “temos parcerias e protocolos com centros de formação, os
estagiários ficam afetos aos vários responsáveis de cada setor”, explica o
interlocutor. Questionado sobre a existência de desvantagens nesta vertente,
Bernardo Leal de Oliveira afirma “que pode provocar até alguma quebra na
produtividade, e talvez por isso, algumas empresas preferem não apostar
nesta vertente, mas é importante podermos contribuir para a formação
destes jovens. Por ano, devem passar por aqui cerca de dez formandos,
que faço questão de conhecer primeiro, o contacto inicial está a meu cargo.
Através de pequenos pormenores, incutimos nestes estagiários o espírito Bernardo Leal de Oliveira Administrador
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 51
marques, lda | inovação
de equipa e o facto de lhes darmos o nosso fato oficial de
trabalho é um deles. É fundamental que os jovens percebam
se gostam mesmo desta área, para que depois, possam
seguir o seu rumo”, evidencia Bernardo Leal de Oliveira.
Para além do apoio aos jovens estudantes, existe a formação
dos colaboradores, “em termos de obrigações legais nós
ultrapassamos largamente os mínimos. O número crescente
de novos modelos, as novas tecnologias e a reciclagem das
mesmas envolve muitas horas de formação. Deslocamo-nos
várias vezes por mês para ações de formação no Centro de
Formação da Mercedes-Benz Portugal. São incomparáveis
os custos de formação desta empresa com outras do mesmo
setor de menor dimensão. Reparamos também que o esforço
é compensado porque cada vez mais os clientes vêm até nós.
As marcas têm de se defender e com a atual especialização
e tecnologia apenas os técnicos qualificados estão
habilitados a trabalhar com um carro Mercedes-Benz. Hoje
em dia a utilização das tecnologias é imprescindível”, salienta
o interlocutor. A adaptação e acompanhamento à evolução do
mercado permitiu que a Marques, Lda se tornasse a empresa
de referência que é hoje, tendo ocupado mais uma vez, em
2015, um lugar no pódio, no prémio referente ao Melhor
Concessionário, atribuído pela Mercedes-Benz Portugal.
Bernardo Leal de Oliveira considera que a base do sucesso
está na “capacidade de nos adaptarmos, ter a perceção da
mudança na altura exata, se não temos essa capacidade
perdemos o barco. Estar em cima do acontecimento é crucial,
qualquer distração pode ser fatal”, enfatiza.
A Mercedes e os portugueses
É com agrado que o entrevistado revela que “felizmente
os portugueses têm comprado mais Mercedes, o mercado
teve melhorias significativas, mas agora, tendo em conta o
novo orçamento, que implica uma nova fiscalidade, estou
convicto de que pode ocorrer um abrandamento, se bem
que, a Mercedes-Benz seja a marca premium que mais se
vende em Portugal, somos na Europa, a seguir à Alemanha,
o país com mais quota de mercado”, revela o responsável
da Marques, Lda. Contudo, no entender do entrevistado,
os portugueses são sui generis, uma vez que “qualquer
tipo de notícia, relacionada com o aumento da carga fiscal
no setor automóvel, seja o suficiente para provocar uma
retração ou um adiamento na decisão da compra, mesmo
que o valor do aumento não seja de todo significativo
(nesta situação concreta estamos a falar em aumentos que
rondam os 400€ a 800€ nos modelos mais vendáveis). Esta
política de sucessivos governos, tem comungado de uma
falta de imaginação terrível e assim têm morto aos poucos
a galinha dos ovos de ouro”, considera Bernardo Leal de
Oliveira, explicando que contudo, feitas as contas, “estas
novas medidas implicam, na realidade, o aumento do valor,
dentro de um financiamento, de uma prestação, Mesmo
assim é o suficiente para a retração, no que à decisão final,
diz respeito”, salienta. Comparando o mercado atual com a
realidade de outros tempos o entrevistado considera que,
“há uma nova realidade. Os carros Mercedes têm outro
design, mais moderno, mais atrativo, fugindo ao clássico,
trazendo para a marca novos clientes, clientes mais jovens.
Quando foi lançado o novo modelo da Classe A, que foi
de facto o marco da revolução nestes novos modelos, não
estávamos habituados a esta nova realidade, foi necessário
adaptar toda a estrutura e equipa, com esforço e dedicação
conseguimos”, frisa Bernardo de Oliveira. Sobre o futuro, o
administrador da Marques, Lda não tem dúvidas, “queremos
estar aqui mais 60 anos”. No entender de Bernardo Leal de
Oliveira “o desafio de futuro é o dia de amanhã, temos que
viver um dia de cada vez. Obviamente, que essa questão
está devidamente estruturada e pensada. Pensar a muito
longo prazo é um risco que corremos de termos de ajustar
constantemente o que planeámos, devido aos vários fatores
externos que condicionam o setor. Mas o objetivo é sempre
o mesmo: manter o serviço de excelência, qualidade e
confiança que temos prestado ao longo dos últimos 60
anos”, conclui.
52 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | boa bica select
Sediada em Aveiro, a Boa Bica Select apresenta já uma sólida implantação no mercado de vending, contando essencialmente com a experiência acumulada ao longo de vários anos. Assente num crescimento sustentado, atingiu já um elevado nível de serviço e satisfação, conquistando o reconhecimento e a preferência dos seus clientes.
A Boa Bica Select é um dos principais operadores de vending no distrito de Aveiro,
distribuindo diariamente inúmeros produtos nas mais diferentes organizações: escritórios,
fábricas, escolas e locais públicos. Assumindo-se como uma empresa de referência pela
qualidade do seu serviço e pela postura profissional adotada pelos seus colaboradores, a Boa
Bica Select conseguiu granjear um sucesso assinalável ao longo do seu percurso empresarial.
Em entrevista à Revista Business Portugal, Álvaro Ramalho, administrador da Boa Bica
Select, revela que a empresa começou como que por “brincadeira”, através de uma série
de fatores que se conjugaram. “Começámos com algumas máquinas de vending colocadas
em determinados pontos estratégicos, a partir daí, fomos crescendo gradualmente. Neste
momento, estamos em todo o distrito de Aveiro, com máquinas de vending em inúmeras
empresas e instituições”, salienta o nosso entrevistado. A Boa Bica Select dedica-se à
comercialização, exploração e abastecimento de máquinas de venda automática, abrangendo
os serviços de máquinas de vending, office coffee, fontes de água e revenda de café. No
que concerne ao vending, a Boa Bica Select coloca ao seu dispor máquinas de venda
automática de bebidas quentes e/ou snacks, adequando sempre o tipo de equipamento às
preferências e perfil do cliente. A empresa assegura a instalação, a reposição dos produtos
tantas vezes quantas as necessárias, assistência gratuita e a máxima qualidade e frescura
dos produtos. A Boa Bica Select faz a importação direta de máquinas, alguma revenda a
pequenos operadores que estão a iniciar a sua atividade dando-lhes também um precioso
apoio técnico permanente. “No vending, cada caso é muito específico e as exigências diferem
de situação para situação. Tentar saber o que o cliente quer e satisfazer as suas necessidades
e exigências são o segredo do sucesso. Tem sido este o foco do nosso trabalho”, afirma,
evidenciando que uma relação de proximidade e um acompanhamento permanente são as
bases para a fidelização dos seus clientes. E é esta postura tão característica que permite
que a Boa Bica Select se distinga de grandes empresas a nível nacional. “O objetivo na área
do vending será sempre circunscrever a área geográfica de atuação ao distrito de Aveiro,
onde possamos garantir a proximidade e o acompanhamento permanente ao cliente”, declara
Álvaro Ramalho. Por outro lado, “um dos fatores distintivos da empresa é que tem um especial
cuidado na seleção do café utilizado importando a maior parte do café diretamente de Itália.
Ao contrário do que se poderia pensar o café para as máquinas automáticas não pode ser um
café qualquer, tem de ser um café sem impurezas, com um grão regular e uma torra natural
Um serviço com qualidade e profissionalismo onde se devem evitar os torrefatos. As origens devem ser selecionadas e as misturas bem
trabalhadas. Só desta forma podemos garantir que o consumidor toma um verdadeiro café
numa máquina de vending.”
O office coffee é outras das valências da empresa, um conceito que tem vindo a granjear
cada vez maior expressão e dimensão e no qual a Boa Bica Select em boa hora apostou
como complemento do seu core business. “Nós colocamos a máquina gratuitamente na
empresa ou em ambiente doméstico e vendemos o café em kits, com o compromisso da
assistência técnica e se a máquina avariar a colocação de uma nova. Esta é uma nova área
que decidimos abraçar, que funciona como complemento, para tirar a máxima rendibilidade
dos custos e investimentos que efetuamos”, sublinha Álvaro Ramalho, acrescentando que tem
já um parque de 500 pequenas máquinas. O administrador da empresa desvendou ainda que
a Boa Bica Select, opera atualmente em parceria com a Café com Lata que é a representante
oficial da Bonini Portugal. Esta recente empresa do grupo assume já um papel importante no
negócio do café. Além de ter já um vasto número de clientes a nível do serviço office coffe
tem alcançado resultados notórios na divulgação e venda dos produtos da marca Italiana.
A excelência dos cafés Bonini tem por base os seus preciosos grãos de café, originários
das duas principais misturas: Arábica e Robusta. Os elevados padrões de qualidade deste
café aliados ao preço competitivo atraem e fidelizam cada vez mais clientes. “A Bonini
decidiu apostar em Portugal depois de ter consolidado a sua presença em grande parte
dos supermercados da Europa, tendo tido no ano transato um crescimento na ordem dos
300 por cento. Tem a experiência de ter sido a primeira empresa a desenvolver a capsula
compatível com a Dolce Gusto e atualmente dispõe de uma linha de capsulas auto protegidas
compatíveis com a Nespresso com a garantia de oferecer aos consumidores um café italiano
de qualidade superior”.
Estratégia de futuro
De acordo com Álvaro Ramalho, o vending tem muito por onde crescer e inovar.
“As novas aplicações tecnológicas associadas a uma nova mentalidade que se vai criando
nos consumidores e a sua familiarização com os equipamentos de venda automática
vão seguramente num futuro próximo revolucionar este ramo de atividade. É necessário
acompanhar estes desenvolvimentos por perto para poder na altura certa fazer parte da
mudança. Tudo isto sem esquecer que neste negocio como em qualquer outro o capital
humano é sempre a maior riqueza de qualquer empresa. Quanto à área do office coffee a
imaginação é o limite, por isso queremos continuar a crescer e a prestar o melhor serviço
para satisfazer as necessidades e exigências dos nossos clientes”, conclui Álvaro Ramalho.
54 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação |mokador
‘Apaixonados por café’. É desta forma que a equipa da Ânfora de Aromas se apresenta. Este projeto, com sede na cidade da Maia, nasceu em abril de 2009 e pretende levar a todos o verdadeiro aroma do café, seja no conforto da sua casa, durante uma pausa no trabalho, ou no seu restaurante preferido. Trabalhando
exclusivamente com cafés italianos, a parceria com a italiana Mokador surge há três anos e define um momento de viragem na empresa. Ou não fosse este um café ‘100 por cento extraordinário’,
SABORES E AROMAS SEM IGUAL
Filipe Moura, diretor geral da Ânfora de Aromas, está
ligado a este ramo há cerca de duas décadas. Em 2008,
sentiu ser chegada a hora de abraçar novos projetos e
juntamente com uma equipa com um vasto know-how
nesta área, ajudou a lançar a Ânfora de Aromas no mercado
português. “Iniciamos este negócio em plena época de crise
económica, pelo que desde o início temos tido uma atuação
bastante realista e focada neste mercado que, apesar de
muito específico, é pleno de oportunidades”. A Ânfora de
Aromas nasce maioritariamente direcionada para o serviço
de office coffee, procurando trabalhar com empresas com
uma dimensão mais reduzida, nomeadamente escritórios.
“Em pó, grão, cápsulas ou pastilhas, temos a capacidade de
garantir a melhor solução para cada empresa. O nosso foco
está, essencialmente, na qualidade, não só dos produtos,
mas igualmente do serviço, pelo que também garantimos
um serviço pós-venda com todas as comodidades”,
esclarece-nos o interlocutor. A relação comercial com a
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 55
mokador |inovação
italiana Mokador, uma marca prestes a celebrar 50 anos,
começa em 2012. “Desde o início que procuramos um
produto que, a nível comercial, nos pudesse dar alguma
latitude e funcionasse como um fator distintivo. Foi nesta
perspetiva que surgiu esta parceria com a Mokador, da qual
somos representantes exclusivos em Portugal”, adianta
Filipe Moura. Esta é uma empresa consolidada que vai já
na sua segunda geração, cujo capital ainda permanece nas
mãos de quem fundou a fábrica, e que começam a dar os
primeiros passos na sua internacionalização “e vê também
no mercado português um mercado de oportunidade e
que estão satisfeitos com o trabalho que temos feito.
Assim, naturalmente, a nossa parceria avançou para uma
parceria de exclusividade em Portugal, onde para além do
ramo empresarial estamos, este ano, a começar também a
apostar na hotelaria”, completa. A área da distribuição está
também na agenda, mas apenas para 2017. Este mais
recente desafio no setor Horeca tem já dado frutos, pelo que
a Ânfora de Aromas começa já a conquistar algum espaço.
“Atualmente já é possível provar o café Mokador em três
espaços de referência na zona norte. São eles a One Burguer,
em Espinho e Santa Maria da Feira e no Restaurante 1715,
em Vila Nova de Gaia”. Estão já programados mais dois
espaços, um em Vila do Conde, outro na cidade do Porto e no
segundo semestre deste ano chegará a Lisboa.
A Ânfora de Aromas está atualmente focada em cimentar a
sua posição no ramo empresarial de office coffee e também
no home coffee, essencialmente através das empresas
nacionais, onde a vasta experiência da sua equipa de sete
elementos é uma mais valia e uma garantia constante de
qualidade, não só do produto, mas também do serviço.
Mokador: 100% extraordinário
A qualidade dos produtos Mokador está presente em todos
os processos, desde a sua seleção até ao embalamento. “A
Mokador escolhe apenas as melhores plantações do mundo”,
começa por nos explicar o nosso interlocutor. A degustação
do café começa nos locais de origem, mesmo antes do
embarque, de modo a garantir um controlo de qualidade
meticuloso. Aliando o tradicional às mais recentes tecnologias
é possível alcançar uma colheita com precisão quase
absoluta dos melhores grãos, os mais adequados para um
resultado de excelência. No que concerne ao armazenamento
de cada tipologia de café cru, este é feito em separado,
com o propósito de manter intactas as suas diferentes
características, conseguindo assim, uma qualidade superior.
A transformação conta com a inestimável experiência
humana na selecção da matéria prima. “O torrador mestre,
que traz aos cafés Mokador um toque de artesão”, garante
o padrão de qualidade imposto pela marca. “A refrigeração
nas temperaturas exatas permitem salvaguardar o sabor
do café e não danificar o seu aroma. São todos estes
pequenos pormenores que tornam os cafés Mokador tão
únicos”, explica-nos Filipe Moura. Já na fase da maturação
do café, é fundamental o conhecimento dos profissionais
da marca, pois as misturas são essenciais ao equilíbrio dos
sabores e aromas “que vai trazer a suavidade, a doçura e a
cremosidade ao café”. A fase do embalamento é também
fundamental para a garantia de um café de qualidade. “O
embalamento é feito a vácuo, de modo a garantir um café
perfeito no que diz respeito à frescura, sabor e aroma”, diz-
nos o nosso interlocutor. “São todos estes passos tomados
com tamanha precisão que garantem que os cafés Mokador
sejam sinónimo inigualável de qualidade, sabor e aroma sem
igual”.
Os cafés Mokador estão disponíveis em grão, concebido
essencialmente para máquinas expresso, garantindo um
óptimo rendimento, constante e de um nível elevado. Para
escritórios e também para um ambiente mais familiar é
possível encontrar pastilhas e cápsulas, práticas, confiáveis e
versáteis. A embalagem individual garante frescura, sabor e
aroma de café recém-torrado.
Em todos os cafés Mokador, o creme é compacto e
persistente com uma estrutura regular e cor de avelã; o
aroma é delicado, com traços que vão desde o floral até
ao cacau. Finalmente, o seu gosto é refinado, harmonioso,
arredondado e encorpado. Estão, assim, reunidas, todas as
condições necessárias para um café perfeito, para um café
100 por cento extraordinário.
56 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação |leitão e cavaleiro
Sediada em Taveiro, no distrito de Coimbra, a Leitão & Cavaleiro, Lda é uma empresa que se dedica à manutenção florestal e plantações de árvores, com 22 anos de atividade.
Paulo Cavaleiro é o rosto desta empresa e em entrevista à Revista Business Portugal, fala-nos
sobre como surgiu a ideia de criar o seu próprio negócio nesta área bem como dos serviços
que disponibiliza.
“Trabalhava numa outra empresa neste setor, quando decidi criar a minha própria empresa,
em 1994. Somos uma entidade polivalente em que fazemos tudo relacionado com a
manutenção florestal. Quando criei a empresa o meu principal objetivo era criar emprego, o
meu emprego e dar-lhe sustentabilidade”, começa por contar o empresário.
Ao longo dos anos a Leitão & Cavaleiro, Lda foi-se adaptando às necessidades dos clientes
e alargou as ofertas de serviços e capacidades, investindo muito na formação dos seus
colaboradores.
“Temos 18 pessoas no quadro. Nos últimos anos mantivemos 70 a 80 por cento dos nossos
colaboradores, inicialmente contratados a prazo. Esta é uma das nossas principais apostas: a
manutenção dos postos de trabalho.
Atualmente estamos especializados na manutenção, instalação e avaliação de povoamentos
florestais, tais como como controlo de matos, gradagens, limpeza de caminhos, desbastes,
adubações, aplicação de produtos fitofarmacêuticos (exemplo: Combate ao Gonipterus),
plantações, inventários florestais, levantamentos GPS e no combate a incêndios florestais.
O envolvimento que demonstramos e o conhecimento que temos acerca da floresta ajuda-
nos na nossa performance no combate aos incêndios, sendo uma mais-valia na ajuda
aos Bombeiros. Ao protegermos a floresta damos confiança aos proprietários a investir. O
combate aos incêndios é executado ao serviço da AFOCELCA. Temos brigadas terrestres e
helitransportadas, possuímos viaturas próprias de combate a incêndios, sendo quatro ligeiras
e duas semipesados. Todo o nosso pessoal tem formação anual para esta atividade.
É neste contexto que se insere de forma clara a empresa Leitão & Cavaleiro, sempre
aprimorando a técnica e a qualidade, garantindo ser ao mesmo tempo competitiva e
rentável, permitindo sustentar o emprego aos seus colaboradores. De salientar que cumpre
com os requisitos das grandes empresas deste setor, inclusive dos dois maiores grupos
Referência em manutenção florestal
(The Navigator Company e Altri) que têm a sua gestão florestal certificada pelos dois mais
importantes sistemas mundiais de certificação florestal (PEFC e FSC), tendo a empresa Leitão
& Cavaleiro sido, por diversas vezes, auditada nos trabalhos florestais que executa para estas
empresas, sem que nunca tenha sido apontada qualquer não conformidade, contribuindo
desta forma para evidenciar uma boa gestão florestal nas áreas destas companhias”.
No entanto, acredita que ainda há muito a fazer a nível das florestas nacionais, sendo que as
empresas de celulose têm a base da sustentabilidade desta área são quem melhor trabalha
e ensina neste domínio de atuação. Porém, admite que este é um setor onde a crise não se
sentiu devido a bons investimentos por parte destas empresas ao nível da comercialização da
pasta e do papel.
“Esperamos que o atual governo não faça a Revogação do Regime Jurídico das Arborizações
e Rearborizações (RJAAR) DL Nº96/2013, de 19 de julho. Chamo a atenção para o facto de
que quem reclama a revogação deste regulamento poderá ser responsável por causar um
enorme prejuízo para a Floresta e para a Economia Nacional, prejudicando severamente de
forma inequívoca as micro, pequenas e médias empresas que prestam os serviços florestais.
São milhares de postos de trabalho que estão em causa e o consequente abandono da
floresta.
No setor privado há poucas empresas com a nossa experiência e com os nossos recursos.
Queremos inovar e continuar a investir a nível de equipamento assim como na formação dos
nossos recursos humanos. O nosso objetivo passa por mantermos o crescimento sustentado
que temos registado nos últimos anos e continuar a apostar na qualidade dos nossos
serviços”, conclui.
58 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | arborlusitania
A Arborlusitania é uma empresa especializada na produção de árvores de alinhamento, que disponibiliza igualmente uma grande variedade de arbustos, aromáticas, herbáceas, palmáceas, fruteiras entre outras, sendo que todas estas plantas são produzidas acompanhando os mais altos padrões de exigência de qualidade de mercado. Quem nos revela tudo isto é Paulo Couceiro, o administrador desta empresa situada em Coimbra.
Dedicação ao setor
“O meu pai já era produtor de fruteiras” começa por referir Paulo Couceiro, sendo que o
nosso entrevistado decidiu enveredar por essa mesma área, seguindo os passos do pai,
começando por tirar um curso, voltado para o seu ramo de atividade, na Escola Superior
Agrária de Coimbra em 1992 e, a partir desse ano, decidiu dedicar-se ao setor em exclusivo
à produção de ornamentais, criando uma empresa em nome individual, que mais tarde, em
2004 se transformou na Arborlusitânia,
Fatores de distinção
A constante adaptação às solicitações do mercado e os contínuos investimentos realizados,
permitem à Arborlusitânia deter atualmente uma área total aproximada de 150 hectares. De
referir que cada hectar é equivalente a um campo de futebol. Esses 150 hectares abrangem
o terreno de plantação, o terreno de sombreamento para plantas envasadas e uma zona de
estufas aquecidas, o que faz com que esta empresa se consiga distinguir das demais por
serem os detentores do maior stock de árvores disponíveis a nível nacional para entrega
imediata.
Outro fator de distinção é a localização geográfica onde se inserem os viveiros da
Arborlusitânia, pois estão localizados junto à bacia hidrográfica do rio Ceira, que segundo
no refere Paulo Couceiro “apresenta condições edafo-climáticas excelentes e únicas para
a produção de árvores de elevada qualidade, aliadas à experiência adquirida ao longo das
últimas décadas e ao forte empenho de toda uma equipa, permitem-nos afirmar que hoje
a Arborlusitânia é já uma referência a nível nacional, nomeadamente para a maioria dos
municípios, entre os melhores centros de jardinagem nacionais e das grandes construtoras de
obras públicas e espaços verdes”, vinca.
A Arborlusitânia pratica todas as técnicas de produção existentes, tais como por germinação
da semente, por estacaria e por enxerto. “Pois se uma empresa for grande, na questão das
plantas ornamentais, tem de dominar as técnicas todas de multiplicação. Falando de árvores
de médio a grande porte, algumas funcionam muito bem por estaca, outras multiplicam-
se muito bem por semente, outras têm de ser enxertadas para atingirmos a variedade
comercial”, expõe Paulo Couceiro.
Como foi referido anteriormente, quase todos os municípios portugueses têm relações
comerciais com a Arborlusitânia, e, “conseguimos dar conta desse pormenor visto que, em
quase todas as obras realizadas por essas entidades (ou por particulares), é necessário criar
espaços verdes. A Arborlusitânia fornece todo o material à construtora que realiza essas obras
públicas ou privadas”, alude o administrador.
A larga experiência adquirida e o profissionalismo da equipa composta por 35 colaboradores
da Arborlusitânia, permite-lhes aconselhar e colocar à disposição uma vasta seleção de
espécies fundamentais ao paisagismo, como são o caso das árvores de folha caduca, das
UM SETOR COM POTEnCIAL
Paulo Couceiro Gerente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 59
arborlusitania | inovação
árvores de folha persistente, árvores florestais, árvores aromáticas, arbustos, herbáceas, entre
outras. Importa mencionar que todas estas árvores são de produção própria.
“Nos últimos anos, devido à crise financeira que afetou todos os setores, incluindo o nosso,
procurámos diversificar ainda mais a produção, e iniciámos a produção de fruteiras, uma
vez que havia por parte dos nossos clientes das ornamentais interesse em nos adquirirem
também as fruteiras. Sendo que atualmente fornecemos já não só os clientes habituais como
também diretamente o produtor de fruta, na reconversão de pomares antigos ou de novas
produções, sendo o kiwi uma das nossas maiores produções no campo das fruteiras”.
O objetivo desta empresa ligada ao setor agrícola é o de oferecer “o melhor serviço tendo por
base a relação qualidade/preço” e o de ter “uma produção de excelência que nos permita
competir com a qualidade dos produtos provenientes de países como a Bélgica, Holanda e
Itália”, indica o nosso entrevistado.
A lenha
A produção e venda de lenha surge na Arborlusitânia, como resposta ao consumidor final que
como nos revela o administrador “tendo nós um garden de venda ao público em Coimbra,
começamo-nos a aperceber que a lenha tinha muita procura e como nós temos muita área, e
há árvores que não se vendem ou não têm a qualidade pretendida, vimos na venda da lenha,
o mercado para estas árvores de qualidade inferior”, indica Paulo Couceiro.
Uma das falhas com o qual o administrador da Arborlusitânia se deparou no início da sua
atividade foi o de só “produzir coisas que eu achava que eram bonitas e às vezes o mercado
não quer nada disso. O mercado está a apostar mais nos salgueiros, como os chorões, para
os colocarem à beira rio”, explica o nosso interlocutor.
Neste setor Paulo Couceiro, refere que “começamos na brincadeira” e hoje em dia, já fazem
inclusivamente entregas ao domicílio.
Próximos passos
Paulo Couceiro salienta que “com estas questões todas a nível político, visto haver muita
instabilidade, tanto a nível nacional como no estrangeiro, fora isso, este setor é um setor
que vai sempre andando”, e conta também que todos os setores existentes estão todos
entrelaçados “não havendo setores que vão para a frente e outros que ficam para trás” Este
administrador refere igualmente que “ainda existe muito espaço para competir”, conclui.
60 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação| capp
Com mais de 60 anos de história, o Centro de Assistência Paroquial de Pampilhosa (CAPP) obteve recentemente o Certificado Europeu de Qualidade, em todas a suas respostas sociais. Damos a conhecer uma IPSS, criada por iniciativa da Fábrica da Igreja e ereta canonicamente por decreto do Ordinário Diocesano de Coimbra, onde a qualidade dos serviços prestados procura estar em perfeita harmonia com o bem-estar dos utentes.
Os primeiros passos do CAPP foram dados, no ano de 1954, quando o Padre Torres, um
homem com uma “visão social avançada para a época, considerou que a Igreja tinha
um papel importante a desempenhar no apoio a uma população onde existiam imensas
carências. Neste âmbito, foi criada a primeira infraestrutura para apoiar a comunidade, ao
nível da saúde e das carências alimentares”, relata António Marques, vice-presidente da
Instituição. Anos mais tarde, o Padre Rolando Simões deu início a uma nova fase na vida
do CAPP através do apoio à infância. “Depois, em 1978, abrimos um pré-fabricado com
infantário e creche para 100 crianças. Nessa altura, descobrimos também que tínhamos uma
população idosa um pouco abandonada que necessitava de apoio, os filhos tiveram de ir para
outras zonas trabalhar, começámos com um pequeno centro de dia, depois nos anos 90,
avançámos com a construção do edifício atual, que está agora a precisar de ser remodelado”,
revela António Marques. Atualmente, o CAPP presta serviços a mais de 200 pessoas, entre
crianças e idosos. O centro está divido em dois edifícios, o infantário, tendo o atual edifício
sido inaugurado em 2001 e o Centro de Idosos, concluído no ano de 1995. No que diz
respeito à terceira idade, a Instituição apoia 30 utentes em Centro de Dia e 25 em Serviço
de Apoio Domiciliário contando ainda com 20 residentes na sua Estrutura Residencial para
Pessoas Idosas (ERPI). Nos serviços prestados aos mais jovens, a resposta de creche tem 45
crianças, o pré-escolar 43 e o ATL 60. Considerada, em termos de estrutura, uma Instituição
de média dimensão, é responsável por 50 postos de trabalho, ocupando a posição de maior
InSTITUIçãO CERTIfICADA InTERnACIOnALMEnTE
empregador da Pampilhosa, no setor do serviço social.
Certificação europeia de qualidade - EQUASS
A aposta na qualidade e excelência dos serviços prestados, valeram ao CAPP a Certificação
Internacional de Qualidade do EQUASS – European Quality in Social Services. O caminho para
alcançar tal distinção foi longo e teve início ainda durante o mandato da “direção anterior”,
relembra, o vice-presidente. Quando a atual equipa que gere a Instituição tomou posse,
decidiram seguir este rumo e concluir todo o processo. “A nossa preocupação foi sobretudo
impulsionar a melhoria da prestação do serviço, com foco no apoio prestado aos utentes
da Instituição, orientando-nos por práticas e processos internacionalmente reconhecidos.
Fomos impulsionados pelo próprio modelo, a implementar um conjunto de procedimentos
focados também nos colaboradores, no âmbito da formação, seleção e recrutamento,
definição de competências, avaliação de desempenho, e política de reconhecimento. Tudo
isto originou uma transformação interna, onde o intuito era corresponder às boas práticas
internacionais e aos critérios e requisitos do modelo de certificação EQUASS que é sustentado
em princípios nos quais a Instituição se revê, como a Ética, os Direitos e a Orientação para
o Cliente”, explica Alexandre Rebelo, elemento da direção. Questionados sobre o que levou
a este sucesso, os interlocutores fazem questão de sublinhar que nada disto seria possível
Pedro Pereira, António Marques, Alexandre Rebelo, Sutero Seabra e Natércia Ferreira Secretário Geral, Vice-Presidente, Secretário, Vogal e Tesoureira
EQUASS Assurance has been awarded to
Centro de Assistência Paroquial de Pampilhosa C.A.P.P.Portugal
for the period from 15th of February 2016 to 15th of February 2018
In recognition of its proven
Quality Assurance
in the provision of social services.
for the following services/departments:
Estrutura Residencial Para Pessoas IdosasServiço de Apoio Domiciliário
Centro de DiaCreche
Estabelecimento de Educação Pré-EscolarCentro de Atividades de Tempos Livres
Mr. Jean-Paul EssersChairman of the EQUASS Awarding Committee
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 61
capp | inovação“sem a dedicação e envolvimento dos colaboradores, que corresponderam exemplarmente
aos padrões de qualidade exigidos”, enaltece Alexandre Rebelo. A certificação exigiu ainda
a implementação de novas metodologias de trabalho,“reestruturámos as dinâmicas da
organização, procurando colocar as pessoas certas nos locais certos, através dos próprios
recursos internos. Para cumprir com os requisitos exigidos recorremos também a novos
colaboradores, que vieram ocupar posições determinantes, numa estratégia que passou
por uma mudança completa de paradigma do ponto de vista da gestão”, esclarece o atual
elemento da direção, salientando que, “com a implementação do sistema de qualidade
começámos por definir as nossas políticas internas, os nossos processos, procedimentos e
práticas, até alcançarmos indicadores capazes de responder afirmativamente aos requisitos
do modelo. Agora, é tempo de colher alguns frutos, mas também de perceber que este
processo não acaba aqui, sendo imperioso continuar a investir na consolidação do trabalho
realizado. Quando uma Instituição obtém um reconhecimento europeu de qualidade, sendo
atualmente caso único no concelho, isso é claramente uma mais-valia, mas também uma
enorme responsabilidade”, salienta ainda Alexandre Rebelo.
Futuro promissor
No que diz respeito a futuros projetos, a direção do CAPP destaca que a curto prazo o
objetivo é efetivar o aumento da capacidade de resposta do lar residencial “de 20 para 32
utentes residentes, encontrando-nos apenas a aguardar a abertura de candidaturas do novo
quadro comunitário, que teimam em não aparecer, para este tipo de projetos”, realça António
Marques, vice-presidente do CAPP. Alexandre Rebelo refere que “é imperioso avançar com o
projeto não só do ponto de vista estratégico, mas acima de tudo, porque é uma necessidade
premente da população. Neste momento, a capacidade de resposta em Lar encontra-se
esgotada”. Finalizando, os entrevistados fizeram questão de frisar a capital importância dos
colaboradores no evoluir da Instituição, demonstrando que “toda esta transformação e algum
sucesso que vamos tendo deve-se em muito ao esforço e dedicação dos colaboradores.
Agradecemos também aos utentes e seus familiares que em nós depositam a sua confiança,é
por eles que o CAPP existe e é para eles que trabalhamos, sempre nesta perspetiva de
melhorar continuamente”, enaltecem os entrevistados.
62 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | casa pinheiro
A Casa Pinheiro conta com quase quatro décadas de história, assumindo-se hoje como uma verdadeira referência no mercado. Vocacionada para a importação e exportação, comercialização e distribuição de produtos de higiene profissional, a Casa Pinheiro é constituída por uma equipa jovem e dinâmica, orientada para a máxima satisfação das necessidades dos seus clientes.
Na vanguarda da Higiene desde 1977
O crescimento sustentado tem sido uma premissa constante na história da
Casa Pinheiro, facto agora consubstanciado com a recente atribuição do
prémio PME Excelência, uma distinção que representa o reconhecimento do
trabalho desenvolvido e das suas soluções de qualidade e excelência. Para
perceber melhor a dinâmica que gravita em volta da Casa Pinheiro, fomos às
suas instalações em Matosinhos, ao encontro de Helena Rodrigues e Miguel
Pinheiro, os dois timoneiros por detrás de um navio cujas redes se estendem
geograficamente a clientes de norte a sul do país, sem esquecer os Açores e
Madeira, mas cada vez mais à Europa e aos PALOP.
Em entrevista à Revista Business Portugal Helena Rodrigues começou por
explicar que esta história de sucesso empresarial começou ainda, nas
instalações em Serpa Pinto, em pleno coração do Porto. Foram apenas
necessários três meses para Helena Rodrigues perceber que tinha em mãos um negócio com grande
potencial de crescimento. Com grande espírito empreendedor, trabalho e uma ambição de chegar mais além,
a empresária conseguiu construir alicerces para os desafios que a Casa Pinheiro haveria de encontrar no seu
percurso, permitindo assim a sua consolidação.
Em 2000, a Casa Pinheiro mudou de paradigma e dos produtos de higiene pessoal domésticos, passou a
comercializar produtos de higiene profissional, esta acabou por ser uma grande alavanca para o crescimento e
desenvolvimento da empresa.
A entrada de Miguel Pinheiro para o negócio da família permitiu uma nova visão sobre as estratégias a seguir,
como nos revela Helena Rodrigues. “O meu filho, que me acompanha nesta aventura diária, sempre andou
por aqui desde criança, com nove ou 10 anos e, desde logo, revelou uma enorme capacidade em função
dos interesses de todos os nossos clientes, por isso, não é de estranhar que tenha um papel fundamental na
continuidade do espírito que esteve na base da criação da Casa Pinheiro”.
Mas, qual será afinal o segredo para a longevidade patente no aumento sustentado do volume de vendas de
uma empresa referência em áreas tão competitivas quanto agressivas como a higiene e a limpeza a nível
profissional e industrial?
Helena Pinheiro entende que o cliente é o grande foco da empresa, por isso mesmo um dos segredos é
saber ouvir o cliente e procurar a solução profissional capaz de responder às suas necessidades específicas.
“Abrangemos um espectro de clientes diversificados, do consumidor final a revendedores, de instituições
públicas e particulares de enorme prestígio a nível nacional a empresas estrangeiras europeias e de
economias emergentes”, salienta, acrescentando que face a esse desafio todos na Casa Pinheiro procuram
constantemente providenciar respostas à medida em tempo útil.
Miguel Pinheiro destaca ainda o domínio técnico dos produtos e suas funcionalidades, aliados a uma
experiência e um vasto conhecimento do mercado, que permite a fidelização dos seus clientes, sendo este um
dos principais desideratos da empresa.
Para Helena Rodrigues, o preço constitui também um fator fundamental, mas sempre aliado ao valor
acrescentado que o atendimento personalizado e o acompanhamento permanente constituem. Por outro
lado, a qualidade é o sustentáculo do negócio, por isso mesmo a Casa Pinheiro criou a sua própria marca
no segmento da gama de papel, a Paper7 e detergentes a Quimi7. A empresária dá ainda conta do caso
dos equipamentos Hi-Set, uma vasta seleção de grande qualidade, “apenas possível graças à experiência e
know-how, para poder escolher os melhores fabricantes nacionais e internacionais”, revela, salientando que
entre todos os fatores distintivos da empresa há um que destaca, “o espírito de equipa que genuinamente
nos caracteriza. Para atingir as nossas metas, é preciso apenas que cada um de nós demonstre empenho,
dedicação e profissionalismo, para que possamos fidelizar os nossos clientes e conquistar novos. O balanço é
francamente positivo”.
Os dois administradores deram também a conhecer uma aposta no marketing que tem marcado o ritmo da
evolução desta empresa orgulhosamente portuguesa. A Casa Pinheiro, não só tem investido bastante, nos
últimos tempos, numa estratégia de diversificação de públicos-alvo, comunicação de meios e especialização
de produtos, cuja fase mais visível será porventura o seu website, dotado de todas as possibilidades ao nível
de e-commerce, que funciona como uma plataforma de apresentação de produtos, mas também como um
meio de comunicação bi-direcional.
Mas esta capacidade não esgota por aqui: “estamos apetrechados com todas as ferramentas tecnológicas
para a organização e prossecução das todas as tarefas. Em simultâneo, temos apostado, cada vez mais, na
segmentação dos nossos públicos-alvo, que são potencialmente infinitos. No fim, apesar de todos os meios,
importam os fundamentos e esses temo-los bem presentes, por isso somos extremamente rigorosos na sua
execução”, esclarece Miguel Pinheiro.
A finalizar, Helena Rodrigues e Miguel Pinheiro mostram-se optimistas quanto ao futuro da Casa Pinheiro,
querendo dar continuidade a um percurso cuidado, construído com muita dedicação, empenho e trabalho.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 63
lac | inovação
A Loja de Apoio ao Contribuinte é composta por uma equipa dinâmica que privilegia o atendimento personalizado, a eficiência e transparência no contacto com os seus clientes, são no fundo estes vectores que definem a política desta organização, com vista a prestar serviços de qualidade e excelência.
Credibilidade e competência
Sediada em Caldas das Taipas, a Loja de Apoio ao Contribuinte é um espaço
dedicado ao cidadão que engloba uma panóplia de serviços que se estendem
desde a administração e gestão de condomínios, contabilidade e seguros até
aos serviços de limpeza. Em entrevista à Revista Business Portugal, Jorge
Cravo, administrador, revela a génese deste projeto empresarial, dando a
conhecer as suas potencialidades e os objetivos que acalenta para o futuro.
Com um percurso profissional marcado sempre pelo afinco ao trabalho e pela
ambição de poder chegar mais além, Jorge Cravo é um verdadeiro exemplo
de um empreendedor, que nunca virou a cara às adversidades. Com uma
experiência profissional ligada à área da ourivesaria, Jorge Cravo sempre
teve o ‘bichinho’ da área comercial, por isso quando passou por momentos
mais difíceis acabou por se dedicar à venda de seguros e, mais tarde,
abraçou a atividade de administração e gestão de condomínios, um pouco
por ‘brincadeira’, como o próprio costuma dizer, no entanto a força de vencer
levou-o a fazer nascer a Unspotted. Como nos disse, tem orgulho de ter
crescido a pulso, com a força do seu trabalho e da sua esposa, Maria Belém,
que por sua vez, é o rosto da gestão da empresa de serviços de limpeza,
Asterisks & Smiles, vocacionada para serviços pós-obra, oficinas automóveis,
condomínios, escritórios e lojas. Os serviços de contabilidade e seguros são
titulados pela empresa Calculus Provider - Contabilidade e Seguros, que tem
como responsável, Daniel Sousa técnico oficial de contas, e Susana Cravo
no apoio administrativo. As três áreas de atividade estão à disposição dos
cidadãos no nº 5 da Rua Banda de Música, nas Caldas das Taipas, num espaço que Jorge Cravo denomina
Loja de Apoio ao Contribuinte.
Atendimento personalizado, acompanhamento permanente, honestidade, eficiência e qualidade são os
valores basilares que sustentam o sucesso deste projeto empresarial que conta com a dinâmica de sete
colaboradores muito unidos e que se identificam plenamente com esta cultura empresarial. “Acima de tudo, o
sucesso deste espaço assenta no trabalho de equipa”.
Administração de condomínios
Jorge Cravo tem uma visão muito peculiar sobre esta área de atividade que, segundo o próprio, desempenha
“com a máxima transparência”, a fim de permitir a fidelização dos seus clientes. Com a gestão de mais 20
prédios, a Unspotted tem deixado a sua marca no mercado pela sua forma de estar e lidar com todos os
problemas inerentes a uma propriedade horizontal e ao seu condomínio. “Tenho a preocupação em perceber
e estar atento a todas as situações que envolvem a administração de condomínios para poder dar a melhor
resposta possível aos nossos clientes”, advoga o administrador, dando como exemplo contrato efetuado com
uma empresa de elevadores com a oferta da manutenção durante 18 meses.
No âmbito da gestão e administração de condomínios, Jorge Cravo lamenta a falta de regulamentação
existente, que por sua vez permite que muitas pessoas possam desempenhar estas funções sem cumprir
comas suas responsabilidades tributárias, constituindo desta forma concorrência desleal para com as
empresas cumpridoras. “A regulamentação do setor iria permitir uma maior valorização e afirmação das
empresas que trabalham de forma correta e honesta”, salienta o administrador, acrescentando que com a
regulamentação, o próprio Estado iria beneficiar, dado que iria arrecadar mais impostos e controlar mais
rigorosamente os movimentos das empresas.
Estratégia de futuro
Com os olhos postos no futuro, Jorge Cravo revela o seu objetivo de abrir quatro filiais, nomeadamente, na
Trofa, Póvoa de Varzim, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira. “A minha ideia é que as filiais englobem
exactamente todos os serviços que estão aqui centralizados na Loja de Apoio ao Contribuinte”, sublinha,
acrescentando que a abertura da primeira filial será provavelmente na Trofa.
LACLOJA DE APOIO AO CONTRIBUINTE
Equipa Loja de Apoio ao Contribuinte
64 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | asc
O sucesso da ASC – Comércio de Produtos de Higiene, Lda. deve-se às parcerias comerciais com as marcas mais prestigiadas e de maior confiança no mercado da higiene profissional. Especializada no fornecimento, aconselhamento e venda de soluções integradas de higienização profissional, a ASC privilegia a relação com os seus clientes, criando verdadeiros laços comerciais.
Certificação e consolidação no mercado de higienização profissional
Sediada em Guimarães, a ASC – Comércio de Produtos de Higiene, Lda. iniciou a sua atividade em 1990,
resultado da experiência acumulada do seu fundador e gerente, Arménio Salgado Costa. O Core Business
da empresa é a comercialização de soluções globais de limpeza e higienização profissional, atendendo às
necessidades e expectativas de cada cliente. Arménio Costa, gerente da ASC, acrescenta “Não nos limitamos
a comercializar produtos, apresentamos soluções, tornando os nossos clientes verdadeiros parceiros
comerciais. Criamos relações comerciais sólidas, profissionais e de confiança, colmatando as necessidades
dos clientes com produtos de qualidade”. O portfólio de clientes concentra-se principalmente no setor
hoteleiro, transportes, lavandarias, aeroportos, empresas de Facility Services e serviços públicos, tais como,
hospitais, escolas, lares, municípios e juntas de freguesia. A ASC oferece uma diversidade de produtos que
incluem uma completa gama de soluções, nomeadamente detergentes, desinfetantes, produtos de lavandaria,
higiene pessoal, consumíveis, acessórios de limpeza, entre outros.
Empresa Certificada
Com vários anos de experiência no mercado, é hoje considerada uma das mais reconhecidas empresas
distribuidoras no segmento. É certificada na “comercialização, montagem e assistência de produtos de higiene
e limpeza” segundo a NP EN ISO 9001:2008 pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER) e pelo
IQNet.
Grande parte do sucesso da empresa deve-se às parcerias comerciais com as marcas mais sólidas e de maior
notoriedade no mercado. Em 2013, a ASC associa-se à Glow Professional, marca reconhecida e valorizada
no setor dos produtos químicos de limpeza, destinados ao ramo profissional. Desenvolvida para colmatar a
necessidade de crescimento na área dos químicos, “a Glow Professional apresenta-se como uma alternativa
às marcas consagradas na medida em que alia o fator qualidade a um preço competitivo, abrangendo as
necessidades de vários setores de atividade”, salienta Arménio Costa.
Nos últimos anos, fruto do crescimento do volume de negócios, a ASC abriu duas filiais, no centro e sul do
país. Assim, atualmente, a empresa dispõe de 3 unidades logísticas (Guimarães, Sintra e Olhão) com stock
permanente, tornando o processo de entrega mais prático e célere.
A empresa tem cerca de 30 colaboradores, diretos e indiretos, e considera que a formação é de
primordial importância, na medida em que é através dela que consegue disponibilizar aos seus clientes
acompanhamento e apoio técnico permanente e personalizado. “No âmbito da Implementação do Sistema
de Gestão da Qualidade, os nossos colaboradores, em especial os técnicos de assistência e os comerciais,
recebem formações sobre várias temáticas relacionadas com o nosso âmbito de atuação. Desse modo, os
nossos comerciais estão preparados para no terreno aconselharem a solução mais adequada para cada tipo
de utilização”, realça Arménio Costa.
A certificação da ASC é uma mais-valia para o posicionamento da empresa no mercado, uma vez que a
notoriedade e o reconhecimento internacional do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma
ISO 9001 prestigia a imagem de qualquer empresa. E, Arménio Costa acrescenta que “Trabalhamos com
qualidade há muitos anos e a certificação só veio atestar essa qualidade”.
Usufruindo de uma vasta experiência e know-how, a ASC distingue-se das restantes empresas do setor pela
diversidade e qualidade dos produtos comercializados e pelo atendimento personalizado. “O reflexo disso é o
eco que temos dos utilizadores dos espaços onde os nossos produtos e equipamentos estão implementados.
Existe um agradável bem-estar, eficiência e rentabilidade” refere Arménio Costa.
Em relação ao futuro, a gerência salienta a pretensão de continuar o caminho que a empresa tem vindo
a percorrer ao longo dos anos, pretendendo continuar a ser considerada uma empresa de referência no
segmento, mantendo a aposta na qualidade e na certificação dos nossos produtos e serviços. O fundador
da empresa evidencia também a pretensão em fortalecer e expandir o negócio, prosseguindo com espírito
inovador tendo como propósito principal a confiança e a satisfação dos seus clientes.
Telefone: +351 253 479 820 - [email protected] - www.aschigiene.pt
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 65
personnalité | inovação
Estreou-se no ramo imobiliário mas, hoje, Personnalité é também sinónimo de Facility Services, numa iniciativa de sucesso que traduz a visão singular de José Carlos Costa.
Empreendedorismo, arrojo e honestidade
Atualmente com sede no coração da cidade de Guimarães, a Personnalité é
uma agência imobiliária que assume um percurso peculiar, em comparação
com outros nomes deste setor. Afinal, este foi um projeto que nasceu
originalmente para funcionar enquanto escritório de negócios, focado em
auxiliar particulares ou investidores na concretização de projetos, bem como
na compra de aparamentos, moradias ou outros imóveis.
A visão do empresário José Carlos Costa, no entanto, cedo contribuiu para
que a características como a transparência no contacto para com os clientes
(que se propagam de norte a sul do país), a discrição, a seriedade ou a
confiança, a Personnalité fosse um nome também associado a uma rara
capacidade de adaptação ao mercado.
A certa altura, “o mercado imobiliário teve uma grande quebra”, recorda
este porta-voz que não se conformou perante os novos condicionalismos
que se impunham no mercado. Pelo contrário, e atendendo ao contacto
anterior que já tinha estabelecimento com a área das limpezas, José Carlos
Costa inaugura – num contexto de plena crise – a Pesonnalité Area Clean.
“O mercado tinha caído bastante, mas eu gostava de estar ativo”, recorda
o empresário, quando questionado sobre os motivos que o levaram ao
desenvolvimento deste projeto paralelo.
Fazendo jus ao seu nome, a Personnalité Area Clean é uma empresa inserida
no ramo dos Facility Services, que providencia serviços de limpeza geral,
tendo em clientes como os condomínios, estabelecimentos comercias e
até indústrias uma grande fatia do seu público-alvo. Claro está que, em
concomitância com o ADN que define a imobiliária com a qual partilha o
nome, também na Personnalité Area Clean a honestidade, a seriedade ou
o rigor se afirmam como valores-chave que pautam a atuação e o know-
how dos seus 12 colaboradores. Pese embora o facto de estar sediada
em Guimarães, os serviços desta companhia estendem-se já a diversos
concelhos do norte de Portugal, nomeadamente Porto, Braga, Fafe, Vila Nova
de Famalicão ou Póvoa de Varzim.
A visão empresarial de José Carlos Costa não se circunscreve, todavia,
ao facto de ter desenvolvido uma empresa paralela no momento em que
o mercado imobiliário mais apertava, evidenciando-se, pelo contrário, no
modo como ambas se complementam na tentativa de prestar o melhor
serviço possível ao cliente. “Uma empresa de limpezas é muito útil ao ramo
imobiliário porque quando vendemos ou arrendamos algo, as pessoas
querem sempre que espaço seja limpo antes ou depois da entrega”, explica o
empresário.
Se valores como o crescimento sustentável ou a estabilidade correspondem
a pedras basilares que sempre definiram o carácter e o posicionamento da
Personnalité Imobiliária, bem como a Personnalité Area Clean, José Carlos
Costa assegura que esses mesmos atributos não vão mudar. Assim sendo,
as principais ambições para o futuro passam pela continuação da exploração
do mercado imobiliário, nomeadamente com a entrada na área do turismo,
através, por exemplo, do arrendamento em unidades hoteleiras e “tudo o que
faz parte da componente turística”. Mas, paralelamente a isso, existe o desejo
de que esta permaneça “uma empresa de referência e de confiança”, ou seja,
com Personnalité.
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66 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação| euromel
No fim do século XIX, Jorge de Almeida Lima adquiriu as suas primeiras colmeias, começando a sua exploração na Quinta do Lameiro, em São Domingos de Benfica, Lisboa. Em 1974, os seus trinetos iniciam-se na atividade apícola, assumindo a recuperação das velhas colmeias. Esta foi a génese da Euromel, primeiro, na Quinta do Lameiro e, a partir de 1979, na Serra da Malcata, ficando a empresa sedeada em Penamacor.
As últimas três décadas da Euromel foram de um exercício
assinalável, pela coerência na prossecução dos objetivos,
pela consistência da gestão e pela validade da estratégia
definida para a empresa. É com grande satisfação que
Frederico Horgan, responsável da Euromel, apresenta os
excelentes resultados da empresa, assumindo-se preparado
para aceitar desafios que possam projetar a empresa e
fortalecer o seu histórico. A escolha da Serra da Malcata,
uma reserva natural com 21 mil hectares, para a produção
do mel Serramel, deveu-se ao seu isolamento e riqueza em
Sabores com qualidade e excelênciaflores silvestres - urzes e rosmaninho - das quais as abelhas
extraem méis de grande qualidade.
Em 2004, nasce o projeto de produção de doces Beirabaga,
produtos confecionados de uma forma tradicional, com
fruta portuguesa da melhor qualidade. O desenvolvimento
das receitas foi liderado pela chef doceira Rita Horgan e a
imagem gráfica teve a assinatura da designer Teresa Horgan.
A qualidade como opção estratégica para o desenvolvimento
da empresa tem permitido a conquista de diversos prémios,
distinções e medalhas nos mais variados concursos, a nível
nacional e internacional, quer nos méis, quer nos doces
tradicionais. “Recentemente, a Euromel foi premiada, em
Inglaterra, com uma Medalha de Ouro, reconhecendo a
qualidade do nosso Doce de Laranja Beirabaga”, revela o
nosso entrevistado, destacando que as distinções granjeadas
são uma forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido
e da busca incessante pela excelência. Fruto da sua cultura
empresarial assente em padrões de qualidade, a Euromel
está fortemente implantada no mercado nacional, marcando
ainda presença a nível internacional nos Estados Unidos
da América, Canadá, Japão, China, Angola e em muitos
países europeus, com destaque para a Alemanha, França
e Reino Unido. “Assumimos o desiderato de atingir outros
pontos do globo, por isso mesmo costumamos participar,
anualmente, no SISAB e em outras atividades em Portugal e
no estrangeiro. Este tipo de eventos são uma montra para o
mercado global”, sublinha.
Em entrevista à Revista Business Portugal, Frederico Horgan
falou ainda das características dos produtos com a assinatura
da empresa e com a marca Serramel. “Nós produzimos o
Mel de Rosmaninho Serramel, um mel claro e de sabor suave
e aromático, sendo este o produto mais exportado”. O Mel
de Queiró da Serra da Malcata, que se caracteriza por ser
escuro e ter um sabor forte e peculiar, é outra das variedades
produzidas, bem como o Mel de Carvalho, uma variedade
pouco divulgada, mas que já foi premiado com uma Medalha
de Prata. Trata-se de um mel muito escuro, viscoso e com
um sabor não tão forte como o da urze.
A Euromel embala e comercializa outros méis de Portugal
como o Mel de Eucalipto, com cor âmbar e um sabor
característico, bem como o Mel de Flores de Laranjeira,
muito claro e com um sabor peculiar, com notas ácidas. O
Mel Cremoso de Flores de Laranjeira é outra das variedades
produzidas. “Este mel cremoso é sujeito, a temperaturas
controladas, que provocam uma cristalização rápida e
muito fina, assumindo a consistência ideal para barrar”,
esclarece. “A Euromel trabalha com mil colmeias. Também
adquirimos mel português a apicultores praticamente do
país todo, nomeadamente méis que não são produzidos na
nossa região, como o mel de laranjeira do Algarve e o mel
de eucalipto da Beira Litoral”, adianta Frederico Horgan,
salientando que o mel adquirido assenta em padrões de
máxima qualidade.
Frederico Horgan refere ainda que a empresa criou alguns
produtos originais como as Granolas com Mel, o Mel com
Avelã e Framboesa e o Mel com Frutos Secos, bem como
produtos dietéticos, dos quais fazem parte o Mel com
Própolis, o Mel com Geleia Real, o Pólen granulado de Flores
da Serra da Malcata e o Mel com pólen da Serra da Malcata.
A Euromel tem ainda uma linha de doces tradicionais com a
marca Beirabaga. São cerca de 20 referências, sendo que
todos os produtos são elaborados apenas com ingredientes
naturais e os doces têm sabores tão diferentes como
framboesa, mirtilo, laranja, medronho, maçã e castanha,
abóbora com amêndoa, tomate verde, chila, entre outros.
A última novidade é o Lemon Curd, produto que obteve em
França a preferência do chef parisiense e criador da “La
Maison du Chocolat”, Gilles Marchal.
Objetivos de futuro
Com os olhos postos no futuro, Frederico Horgan revela
que a Euromel vai investir na ampliação da unidade fabril,
com o intuito de fazer crescer a preponderância de alguns
dos produtos novos que estão a granjear um bom feedback
junto do mercado. Para além disso, os objetivos passam por
desenvolver mercados com potencial no estrangeiro.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 67
penazeites | inovação
A Penazeites foi criada com o objetivo produzir e promover o azeite da região da Beira Baixa, reforçando a qualidade de um produto tradicionalmente português. Atuando em parceria com os olivicultores da região para a obtenção da melhor matéria-prima, e possuindo lagar e linha de embalamento próprios, controla todas as fases do processo produtivo e a qualidade do produto final.
Em entrevista à Revista Business Portugal, Eduardo Leal,
diretor da Penazeites, deu a conhecer um pouco mais sobre
a história desta empresa de referência, cuja excelência
conquistou o mercado nacional e internacional. Produzir
e comercializar o melhor azeite da Beira Baixa, fazendo
uso dos recursos locais de forma sustentada, e apostar na
sua promoção global são os pilares da missão assumida
pela Penazeites. Na unidade industrial desta são apenas
produzidos azeites virgens ou virgens extra, na sequência
da extração do azeite da azeitona única e exclusivamente
através de processos mecânicos. O processo decorre
habitualmente nos meses de novembro e dezembro, podendo
prolongar-se até janeiro. De acordo com Eduardo Leal, a
empresa atua em parceria com os olivicultores da região, Já
que Penamacor tem grande tradição na olivicultura, embora,
segundo o próprio, não tenha acompanhado a modernização
que se verificou noutras zonas do país, nomeadamente
no Alentejo e Ribatejo. “Os olivais são maioritariamente
tradicionais e extensivos com poucas árvores por hectare.
Predomina a variedade galega, a que se juntam outras
variedades, algumas da região, outras importadas de outras
zonas. Cerca de 80 por cento da azeitona que chega ao lagar
Azeites com identidade
é da variedade galega, o que confere um carácter específico
ao azeite da Beira Baixa, que o distingue das outras zonas do
nosso país”, adianta.
O processo começa com a receção da azeitona, e através de
um processo automatizado, esta é limpa, lavada e pesada.
O passo seguinte é a escolha de uma amostra de azeitona
para fazer uma primeira análise para tentar determinar qual
a produção e uma seleção consoante o estado de maturação
e a variedade. “O que determina esta seleção é o facto de
conhecermos bem o mercado no qual operamos”, salienta o
nosso entrevistado, acrescentando que uma empresa com
a dimensão da Penazeites, com esta localização, não pode
cair na armadilha de pensar que atua apenas localmente.
“Nós atuamos localmente, no que toca à produção, se
não atuamos mais é porque de facto existe um défice de
modernização na olivicultura e há escassez de matéria-
prima, mas em termos comerciais pensamos globalmente.
Queremos concorrer com todos os operadores do mercado e
disputar quota de mercado, não só no mercado nacional, mas
também nos mercados externos”, sublinha o gestor.
No que toca ao azeite, quando comparamos o mercado
regional com os centros urbanos, percebemos que na Beira
Baixa, nomeadamente, em Penamacor, há uma tradição de
produção de azeite e ainda existem muitos lagares, assim
sendo o perfil do consumidor de azeite é substancialmente
diferente do que é comumente apreciado como azeite de
alta qualidade. “Se produzíssemos azeite apenas para a
região seria com um determinado perfil adequado ao gosto
destes consumidores, tendo que operar no mercado global,
importa criar uma identidade, ou seja, um perfil de azeite
coerente ao longo do tempo, que permita a sua identificação,
reconhecimento e fidelização por parte do consumidor, tanto
mais quando comercializamos um azeite com marca própria”,
revela salientando que o desiderato da Penazeites é potenciar
as suas vendas e, simultaneamente, divulgar a região como
produtora de azeite. E para contrariar o fenómeno de perda
de relevância no sector desta região, Eduardo Leal entende
ser indispensável reabilitar os olivais existentes e tentar
algum tipo de emparcelamento ou de associativismo de
produtores, visando a reabilitação dos olivais a mecanização,
deixando de olhar para olivicultura como uma atividade de
subsistência, mas sim como uma fonte de rendimento.
Há cinco anos na Penazeites, Eduardo Leal considera ser
importante apostar na formação e captação de jovens para
esta atividade, para contrariar a sua ‘fuga’ para os centros
urbanos, uma vez que esta é uma atividade com mercado,
isto porque o consumo de azeite tem vindo a crescer a nível
nacional e internacional, com um ritmo de crescimento
superior à oferta.
Qualidade e notoriedade
A Penazeites tem duas marcas ativas, Grão Mestre, com
mais notoriedade e representatividade no mercado nacional
e internacional, cuja denominação se assume como um
tributo a Gualdim Pais. A segunda marca denomina-se Pérola
da Beira e tem uma conotação muito regional. “Com esta
estratégia de ter duas marcas no mercado tentamos ter uma
oferta que vá ao encontro de dois segmentos de mercado,
ou seja, quem procura qualidade e quem procura preço”,
advoga.
A Penazeites dedica-se à produção e comercialização de
azeite nos mercados nacional e internacional com marcas
próprias, contudo nos últimos anos, alargou a sua oferta
com produtos derivados e complementares ao azeite.
“Começámos por juntar ao nosso catálogo o vinagre, um
produto complementar do azeite no canal da restauração”,
afirma Eduardo Leal, desvendando que há dois anos, na
marca Grão Mestre, a empresa introduziu no mercado uma
gama de azeites aromatizados com 14 aromas distintos,
dentro dos quais, alguns bastante originais e inovadores
como por exemplo o azeite aromatizado com chocolate,
baunilha ou café. A Penazeites disponibiliza ainda uma gama
de pastas de azeitona, cogumelos, tomate e pimentos. E
este ano pretende reintroduzir a azeitona de conserva, não
excluindo a possibilidade de continuar a alargar a oferta do
seu catálogo com outros produtos complementares que lhe
permita potenciar os seus canais de distribuição.
A Penazeites opera em força no mercado nacional e marca
presença igualmente no mercado externo, em países como
o Brasil, Holanda, Suíça, França, Moçambique e Angola, no
entanto o desiderato é entrar nos mercados do Reino Unido e
do norte da Europa.
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Leal
Dire
tor
68 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | nutriprado
Em Portugal Continental, constatou-se durante os últimos anos uma importante mudança no mundo agrícola, onde as longas e largas áreas de cereal mais ou menos intensivo, passaram a dar lugar a grandes áreas de pastagem.
fATORES DETERMInAnTES nUMA PASTAGEM
Este aumento da área em pastagens, quando analisado, revela que na sua grande maioria,
são pastagens naturais ou espontâneas mas, de fraca produtividade, baixa qualidade e com
composições florísticas muito prejudicadas, condicionantes derivadas da ocupação cultural por
cereais. Na NUTRIPRADO acreditamos que, num mundo cada vez mais exigente, especializado
e competitivo, revela-se fundamental, a aposta em pastagens melhoradas que permitam por
isso aumentar a produção de matéria seca por hectare; bem como melhorar a sua qualidade
(energia, proteína e digestibilidade), melhorando assim a rentabilidade por hectare.
Existem alguns fatores base, de consideração fundamental para a instalação de uma
pastagem melhorada:
- Precipitação;
- Solo;
- Temperatura;
- Sementeira;
- Maneio.
Precipitação
Em relação ao regime hídrico, as pastagens podem ser consideradas como:
- Pastagens de Sequeiro – 400 a 600 mm de precipitação/ano;
- Pastagens de Regadio – 6000 a 9000 m³/ha/ano.
Solo
O nosso país é caracterizado por tipos solos muito diversificados, que na generalidade dos
casos são solos delgados, pedregosos, com grandes pendentes de declive e muito suscetíveis
a fenómenos de erosão.
Estes solos apresentam por vezes níveis muito deficitários em fertilidade e com valores de
pH muito baixo. São por isso pobres em matéria orgânica (0.5 a 1.0 por cento), com baixa
disponibilidade em fósforo (fundamental para as leguminosas).
pH 5,8 – 6,5
Matéria Orgânica 2,0% - 2,5%
Azoto 90 – 150 unidades
Fertilidade Fósforo 30 – 60 unidades
Com a instalação e/ou manutenção de uma pastagem é possível:
- Melhoria da Estrutura do solo;
- Aumento da capacidade de retenção de água no solo;
- Controlo na erosão em zonas declivosas;
- Melhoria dos níveis de fertilidade bem como do teor de matéria orgânica do solo;
Não é demais referir, que um sistema de exploração agrícola que privilegie as pastagens
traduz-se em acréscimos anuais de matéria orgânica da ordem dos 0.2 por cento.
Temperatura
Na generalidade do território nacional, as temperaturas são moderadas, não se apresentando
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 69
nutriprado | inovaçãopor isso como um fator limitante à instalação das pastagens.
As altas temperaturas de verão (> 30° C) representam
uma limitação, na medida em que as plantas fecham os
seus estomas, abrandando por isso a fotossíntese, e por
consequente abranda também o seu desenvolvimento
vegetativo. No entanto é necessário ter especial atenção á
temperatura de solo no momento de sementeira, que deverá
ser sempre superior a 10 °C, por forma a melhorar a taxa de
emergência das sementes.
Outro fator importante, e que está indiretamente associado
a temperatura é a radiação solar. Em Portugal existem cerca
de 2.500 a 3.200 horas de sol por ano, o que nos coloca
numa posição privilegiada face a outros países da Europa,
permitindo por isso uma boa disponibilidade de luz, muito
importante na fotossíntese.
Sementeira
Ao nível da sementeira de pastagens melhoradas, é
necessário ter em conta alguns fatores que podem ser
determinantes para uma correta instalação, uma vez que
se trata de uma cultura permanente (para vários anos) é
fundamental o domínio das técnicas associadas ao processo
de sementeira, pode determinar o sucesso na sua instalação.
- Preparação do solo –
Qualquer que seja a pastagem a instalar, é fundamental
uma boa preparação de solo para a sementeira, é por
isso necessário que a terra esteja bem esmiuçada numa
camada de 10 a 15 cm (os torrões são inimigos de uma boa
sementeira).
- Densidade de Plantas –
As espécies a instalar devem ser ajustadas a cada situação
de sementeira. Por se tratarem de sementes de muito
reduzida dimensão, de diâmetro por vezes inferior a 1mm, a
densidade de plantas é muito inferior á que a generalidade
dos agricultores está habituada (por exemplo leguminosas
como o trevo subterrâneo são introduzidas à razão de 10
a 15 kg/ha). As sementes de leguminosas, devem estar
inoculadas, por forma a garantir uma elevada fixação do
azoto atmosférico.
- Profundidade de Sementeira -
Existe uma regra universal no mundo agrícola, que determina
que a profundidade de deposição de uma semente no solo
deve ter em consideração a sua dimensão.
Por isso, e por se tratar de sementes de muito reduzida
dimensão, a profundidade de sementeira não deve exceder
1cm, e deve ser acompanhada de uma rolagem (por forma a
melhorar o contacto entre semente-solo).
- Correção da Fertilidade-
Corrigir a fertilidade do solo, é por norma uma operação
necessária. Deste modo, é fundamental a realização de uma
análise de solo, cujos valores nela obtidos serão importantes
para determinar qual ou quais os nutrientes em falta/excesso.
Sabemos que solos de pH muito baixo (4,0 – 5,0) devem
ser corrigidos com calcário dolomítico (carbonato de cálcio
+ carbonato de magnésio) à razão de 1.000 a 3.000 kg/ha.
A correção de pH torna-se num fator fundamental a ter em
consideração, pois solos ácidos não permitem a absorção de
fósforo pelas plantas, nomeadamente pelas leguminosas.
O fósforo apresenta-se como o ‘motor das leguminosas’ pois
é um elemento fundamental ao seu bom funcionamento,
e para o estabelecimento da relação de simbiose com a
bactéria Rizóbio por forma a permitir a fixação do azoto
atmosférico, transformando-o em azoto assimilável para
a planta. É importante o acompanhamento do nível de
fertilidade do solo, por forma a intervir com as correcções
que sejam necessárias, garantindo assim uma boa
manutenção da produção de biomassa por hectare.
Maneio
O Maneio de uma pastagem, é um dos fatores mais
importantes que intervém na sua produtividade e
persistência. Na generalidade dos casos de instalação
de pastagens não são utilizados herbicidas, pelo que, se
existirem infestantes deve-se pastorear por forma a controla-
las (normalmente na fase inicial de desenvolvimento os
animais comem bem as infestantes). Sabemos que o poder
de recrescimento das espécies utilizadas numa pastagem
melhorada é muito superior ao das infestantes, pelo que um
pastoreio intensificado (com um numero superior de animais
por hectare), seguido de uma fertilização com fósforo,
será sempre um bom mecanismo de controlo das ervas
infestantes. É importante ainda referir que o desenvolvimento
da massa verde produzida, nomeadamente por parte das
leguminosas, como por exemplo o trevo subterrâneo, deve
ser controlado uma vez que por se tratar de plantas de porte
prostrado cuja formação de semente se dá ao nível do solo,
existe risco de ensombramento da floração o que pode
prejudicar a produção de semente e por isso condicionar a
persistência da pastagem.Por estas razões, uma pastagem
raramente se deteriora por excesso de pastoreio.
70 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
MUNICÍPIOS E FREGUESIAS
Fazendo jus ao seu nome e estatuto, é missão da Revista Business Portugal estabelecer um retrato fiel, compreensivo e abrangente daquilo que constitui o tecido empresarial do nosso país. Significa isto que, no desempenhar da nossa missão, interagimos com empresários, instituições ou agentes económicos que, de uma forma positiva, têm vindo a contribuir para o cimentar de Portugal no mapa do empreendedorismo, da inovação, da boa gestão ou do sucesso empresarial.Estabelecer um retrato económico desta natureza sem recorrermos, todavia, a algumas das vozes mais decisivas para o aparecimento, o sucesso ou a consolidação de muitas iniciativas empresariais seria um ato de pura negligência. É, pelo contrário, atendendo à inegável importância do papel que os agentes do poder local ocupam no desenvolvimento do sucesso económico e empresarial português que lhes damos voz, procurando compreender que posicionamentos, perspetivas e ambições reservam, quer para os seus territórios, quer para quem ousa investir neles.Afinal – e pesem embora os condicionalismos impostos pela sua natureza enquanto agentes do poder local – é graças à singular visão dos presidentes das câmaras municipais ou das juntas de freguesia propagadas pelo país que se adotaram algumas das medidas mais marcantes e diferenciadoras, quer para a fixação das respetivas populações nestes territórios, quer para a sustentada atração de novo investimento. Caso para dizer, por isso mesmo, que a inovação e o empreendedorismo são atributos que não se cingem à classe empresarial, afirmando-se também elas enquanto fatores-chave para a dinamização e o crescimento de qualquer município ou freguesia. Nas próximas páginas desta edição apresentamos, por isso, a visão, a estratégia e a ambição de alguns porta-vozes do poder local que ousaram pensar diferente, inovar ou empreender, governando.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 71
72 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
municípios e freguesias | município de boticas
Boticas é uma região de excelência para os apreciadores do turismo de natureza. Tendo em conta esta mais-valia, a autarquia está a apostar no desenvolvimento de novas atividades, através da promoção e dinamização do património natural e arquitetónico. Além desta vertente, o município aposta também na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, através dos incentivos à natalidade e à criação de emprego. A Revista Business Portugal visitou Boticas, em entrevista, ao presidente da autarquia, Fernando Queiroga, revelamos porque é o concelho pode ser considerado um caso de sucesso.
Situado em plena região transmontana, o concelho de Boticas está a potenciar o rico e vasto
património natural, com uma aposta forte no turismo de natureza. A criação do Parque de
Natureza e Biodiversidade é o melhor exemplo, “possui uma grande variedade de fauna e
flora, propícia à biodiversidade. É um espaço encantador, com percursos pedestres, com
algumas rotas, como a dos amores, que vai até à famosa Fonte dos Amores das Águas de
Carvalhelhos. São percursos extraordinários no seio da natureza”, começa por desvendar
Fernando Queiroga. No que diz respeito à fauna, o parque possui “também viveiros de trutas
do Rio Beça, em que damos às pessoas a possibilidade de pescar ou então comprar trutas
e levar para casa. Para os aficionados da pesca é um bom atrativo, temos canas de pesca
para as crianças, no fundo, um parque com atividades para toda a família. Colocámos no
parque espécies autóctones, como é o caso da raça barrosã, com um estábulo de vitelas,
mas também temos outros animais”, revela o autarca. Em tempos, Boticas foi uma região de
referência agrícola na produção de cereais, com inúmeros moinhos de água, espalhados pelo
concelho. A pensar na preservação deste património, existe atualmente uma rota de visita
dedicada a este espólio. A somar a tudo isto, existe também “o Parque Arqueológico do Vale
do Terva, com uma fauna e flora ímpar. Neste espaço há o Centro Interpretativo que facilita
o passeio pelos trilhos. Depois estamos a fomentar e a recuperar o património arqueológico,
muito ligado à figura emblemática do Guerreiro Galaico, símbolo da arqueologia nacional
e que foi encontrado no Castro de Lesenho, localizado no nosso Concelho. Este espaço já
sofreu intervenções de recuperação e estamos agora a tratar da outra parte da muralha”,
explica o edil de Boticas. Para além do vasto património, que inclui também o religioso,
uma outra fonte de atração é a gastronomia tipicamente transmontana, promovida através
de vários eventos, “até final de março realizaram-se os fins de semana gastronómicos do
cozido barrosão. A partir de abril, entraremos com a promoção do cabrito, que é uma carne
propícia desta região de Barroso, depois, faremos também a divulgação da truta fário do
Rio Beça”, evidencia Fernando Queiroga. A região possui diversas unidades de turismo
O SUCESSO TEM UM nOME: BOTICAS
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 73
município de boticas | municípios e freguesiasrural que deixaram de ter a capacidade de resposta desejada, “agora o setor hoteleiro está
complementado com o Hotel das Artes, da Fundação Nadir Afonso, que tem 42 quartos de
boa qualidade, a preços acessíveis, localizado no centro da sede do concelho. Temos vindo
a providenciar algumas atividades para que as pessoas passem férias em Boticas. Existem
vários eventos, como a Feira Gastronómica do Porco, e este ano vamos realizar um outro
certame de produtos da terra, em que não vai faltar o vinho dos mortos, uma referência no
concelho. Este vinho tem uma história associada, que preservamos e divulgamos, é um vinho
com características muito específicas devido à escuridão e à temperatura constante em que
é mantido, considerado palhete, que dá para acompanhar algumas iguarias, deve beber-se
fresco. Boticas é conhecida pelo vinho dos mortos, pela truta e pela carne barrosã. Aqui
preservamos a história, a cultura e a tradição”, exalta o entrevistado.
Incentivos para viver e trabalhar em Boticas
Questionado sobre as dificuldades que alguns municípios transmontanos têm de enfrentar,
sobretudo, devido à desertificação, o autarca explica que existem vários apoios previstos,
onde se procura fomentar a natalidade e a criação de postos de trabalho. Fernando Queiroga
começa por revelar que “já se percebeu que não é o investimento em grandes equipamentos
que fixa as populações e capta investimento. Há um fator fundamental para que estes
territórios continuem com gente, o emprego. Boticas tem a vantagem de ter um investidor
que apostou no concelho e que, neste momento, emprega 120 pessoas”, refere. No que diz
respeito aos incentivos à natalidade e aos jovens, por cada criança que nasce no concelho
são concedidos mil euros, “depois, dos três meses aos três anos são 50 euros por mês.
Atribuímos gratuitamente os livros a todos os alunos do 1ºciclo, oferecemos também, na
totalidade, a alimentação e os transportes escolares. Como a escolaridade obrigatória é até
ao 12º ano e, em Boticas, só existe até ao 9º, pagamos o passe, na totalidade, aos estudantes
que se deslocam para Chaves. Atribuímos uma bolsa de 1200 euros, por ano, aos alunos
que estão no ensino superior. Neste momento o regulamento, contempla 35 bolsas anuais”,
esclarece o interlocutor. De frisar que a autarquia apoia todos os munícipes ao longo da vida,
assim para quem está na vida ativa, a autarquia adotou a taxa reduzida do IMI e devolve na
totalidade a percentagem de IRS a que tem direito. No que toca aos apoios à terceira idade,
o município ajuda na aquisição de “medicamentos, nos transportes para o IPO. Refiro ainda a medida que considero mais emblemática, dirigida aos mais necessitados, o não pagamento
dos três primeiros metros cúbicos de água de consumo. Portanto, o munícipe desde que
nasce, até ao último dia da sua vida, é acompanhado pela autarquia de Boticas”, destaca
Fernando Queiroga. Quanto aos incentivos que se destinam à criação de postos de trabalho,
o município de Boticas decidiu reduzir o preço por metro quadrado dos lotes disponíveis nas
duas zonas industriais do concelho, “uma das zonas estava parada, até porque os preços
estavam um pouco elevados, decidimos reduzir o preço, agora cada metro quadrado custa
1,5 euro. Criámos uma série de incentivos fiscais ao nível das taxas municipais, mas a
principal medida é a ajuda financeira concedida a quem se instale na zona industrial e crie
postos de trabalho. Assim, a uma empresa que crie quatro postos de trabalho e que labore
no mínimo durante sete anos, atribuímos 20 mil euros. Se forem criados entre cinco a nove
postos de trabalho, 30 mil euros, de dez a 50 postos de trabalho, 40 mil euros, mais de 50
postos de trabalho, atribuímos 50 mil euros. Ainda assim, existe um regulamento específico
com mais algumas condições que é preciso respeitar. O que é facto é que tivémos uma
procura muito significativa, aliás há apenas quatro ou cinco lotes disponíveis”, revela o edil
de Boticas. A autarquia procura através de todos estes apoios combater a desertificação, um
dos principais problemas das regiões do interior do país. Neste sentido, Fernando Queiroga
faz questão de sublinhar que “não conheço nenhum município que dê tanto apoio à população
como o de Boticas”. Confrontado com a possibilidade de existir algum momento negativo
ao longo do mandato, o autarca afirma que o “momento mais triste que viveu enquanto
presidente do município foi quando fecharam o tribunal, fiquei mesmo triste, pelo meu povo”.
Para concluir, Fernando Queiroga convida todos os leitores a visitarem o concelho de Boticas,
referindo que “há até uma aplicação para telemóvel que é o Boticas na mão, em que se pode
ver tudo aquilo que existe no concelho, podem escolher onde querem almoçar, o que querem
visitar. Temos um lema que é Boticas, a sedução da montanha, portanto venham a Boticas e
deixem-se seduzir”, remata o autarca.
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74 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
municípios e freguesias| município de penamacor
Apesar dos problemas ligados ao despovoamento e a uma estrutura etária profundamente invertida, o concelho de Penamacor continua a contar com pontos fortes, nomeadamente as excelentes condições para a progressão do turismo rural e a boa qualidade de vida que tem para oferecer, quer às faixas etárias envelhecidas, quer às mais jovens.
Penamacor: uma pequena introdução
O concelho de Penamacor está situado na Beira Baixa, entre as serras da Gardunha e da
Malcata, no encontro destas com a superfície aplanada de Castelo Branco e o campo de
Idanha. Terra fronteiriça, a sede do concelho dista 30 km de Valverde del Fresno (Extramadura
espanhola) 50 de Castelo Branco e 40 da Covilhã.
Ao longo dos tempos a região foi ocupada por vários povos, entre os quais os romanos,
suevos, visigodos e muçulmanos. No entanto, a história de Penamacor é mais clara a
partir do século XII, quando o rei D. Sancho I conquista o território aos mouros. Em épocas
sucessivas Penamacor foi palco de vários movimentos militares, nomeadamente nas guerras
da Restauração e nas invasões francesas.
Afetado por uma corrente migratória que começou no final dos anos 50 do século XX para
“nãO hÁ PROGRESSO nEM EvOLUçãO SEM PLAnEAMEnTO”
nunca mais parar, Penamacor baseia muita da sua atividade económica na silvicultura,
produção agrícola e agro-indústria, e o turismo apresenta-se como um setor em crescimento.
Viajámos até à Beira Baixa e estivemos à conversa com o presidente da Câmara Municipal
de Penamacor, António Luís Beites, que nos revelou as características positivas da região,
que muitos desconhecem, assim como um conjunto de medidas que foram ou estão a ser
tomadas com o objetivo de ajudar ao desenvolvimento de um concelho situado em meio rural.
Onde há problemas também há potencialidades
O concelho de Penamacor sofre do mesmo mal que abala muitas regiões no interior de
Portugal, nomeadamente a tendência para o despovoamento, em resultado da emigração dos
jovens e envelhecimento dos residentes e, consequentemente, de um forte e continuado saldo
fisiológico negativo. O presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites, não acredita
em estratégias de curto prazo para reverter esta situação, antes em medidas de alcance de
médio e longo prazo.
Apesar de António Luís Beites ainda estar no seu primeiro mandato como presidente da
Câmara de Penamacor, ao cabo de quase três anos de governação conhece não só os pontos
fracos, mas também os fatores positivos e suscetíveis de serem potencializados. A localização,
para o autarca, é um desses fatores, quando coloca o concelho “a meio caminho” entre Porto,
Lisboa e Madrid: “Temos uma localização da qual se pode dizer que é interior profundo, mas
isso depende da perspetiva com que se vê”, diz.
No pouco tempo que conduz os destinos concelhios, António Luís Beites já conseguiu colocar
em movimento vários projetos na área da requalificação urbana, quer em Penamacor quer em
várias freguesias do concelho, visando ganhos de eficiência funcional e de atratividade para o
turismo.
Além disso, foram concluídos com sucesso o processo de revisão do Plano Diretor Municipal
de Penamacor, que estava em curso há 12 anos, assim como o processo de alteração da
Zona Industrial, que visou a criação de sete novos lotes para a fixação de empresas, ao
mesmo tempo que se iniciava o processo de ampliação, que ainda decorre. António Luís
Beites também reconhece as tradicionais componentes agrícolas e florestal como sérias
potencialidades que Penamacor já aproveita e poderá aproveitar muito mais.
No que toca à oferta turística, Penamacor dispõe hoje de um hotel de 4 estrelas associado a
um balnear termal, cujas águas têm características únicas no país, mas também apresenta
ótimas condições para o desenvolvimento do turismo rural e de natureza. Em fevereiro, o
concelho aderiu à Associação Aldeias Históricas de Portugal, tendo em mira uma futura
classificação da zona medieval de Penamacor como Aldeia Histórica, porque, é convicção do
Presidente, que Penamacor tem atributos que chegam e sobram para isso. Antó
nio
Luís
Bei
tes
Pres
iden
te
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 75
município de penamacor | municípios e freguesias
Entre os locais históricos do concelho poderemos destacar
o Castelo de Penamacor, também conhecido como Cimo de
Vila, que inclui o conjunto monumental formado pela antiga
Casa da Câmara, Torre do Relógio e Torre de Menagem.
Fora da zona medieval, o Convento de Santo António, uma
construção do século XVI, é um extraordinário repositório de
riquíssima talha dourada. António Luís Beites sublinha que o
objetivo de requalificar toda a zona histórica de Penamacor
continua a ser uma prioridade, e acredita que a ligação com a
Associação Aldeias de Portugal poderá ajudar a cumpri-lo. “O
projeto está em curso e creio que depois dessa requalificação
estaremos ao nível dos restantes municípios nesta matéria.
Até porque Penamacor é sinónimo de património edificado
e, em termos turísticos e culturais, é algo que temos que
potenciar”.
Qualidade de vida para todos
Apesar de Penamacor, enquanto meio rural, não usufruir de
alguma oferta mais consentânea com os meios urbanos, uma
característica visível é a qualidade de vida que por lá pode
ser apreciada. De facto, em Penamacor “existe desde os
apoios à infância e terceira idade, passando pela educação e
pela saúde”, realça António Luís Beites.
E confirma-se que Penamacor proporciona à sua população
de cerca de 5.200 habitantes uma qualidade de vida que não
existe em centros urbanos. A população idosa, prevalecente
no concelho, usufrui de apoio social proporcionado por lares
e centros de dia, com estes a prestar assistência domiciliária
em todas as freguesias.
Quanto ao ensino, os alunos, desde o pré-escolar até ao
12º ano, têm acesso a manuais escolares, transportes e
alimentação gratuitos, algo que não existe em todo o país.
Além disso, António Luís Beites sente que as faixas etárias
jovens começam a afeiçoar-se mais às suas origens. “Eu
creio que os jovens gostam mais da sua terra e que só
não ficam se não puderem. Cabe-nos a nós e ao tecido
empresarial instalado criar condições para que cada vez mais
jovens possam ficar por cá e, talvez até, regressar”.
O presidente António Luís Beites mostra-se otimista em
relação ao futuro, acreditando que a região de Penamacor
tem potencial para crescer de forma gradual. “Não há
progresso nem evolução sem planeamento. Infelizmente,
em Portugal, às vezes, planeia-se rápido demais e executa-
se lentamente. Deve ser precisamente o contrário, ou seja:
planear bem e executar rápido”.
76 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
municípios e freguesias| freguesia de nossa senhora de fátima do entroncamento
A Freguesia de Nossa Senhora de Fátima do Entroncamento, no Concelho do Entroncamento, conhecido como Cidade Ferroviária, é uma das maiores Freguesias do distrito de Santarém, onde se encontra sediado o Museu Nacional Ferroviário e o Complexo Desportivo Municipal. Com mais de dez anos de existência, o dinamismo e o desenvolvimento são cada vez mais visíveis no dia-a-dia desta Freguesia que tem como principal defensor o seu presidente Ezequiel Estrada.
POR UMA fREGUESIA DInâMICA, MODERnA E COM SEnTIDO DE MISSãO…
A criação da Freguesia de Nossa Senhora
de Fátima, no Concelho do Entroncamento,
distrito de Santarém, com sede no Concelho
do Entroncamento, cujos limites da nova
Freguesia de Nossa Senhora de Fátima,
desanexada da Freguesia do Entroncamento,
estão descritos na Lei n.º 68/2003, de 26
de agosto, sendo que no âmbito do Artigo
7.º, pode ler-se que a presente lei entrou
em vigor no dia 1 de janeiro de 2004, tendo
sido aprovada em 1 de julho de 2003 e
promulgada em 31 de julho de 2003, pelo
Presidente da República, Jorge Sampaio
(Diário da República nº 196 SÉRIE I-A de
2003-08-26).
Desta forma, a Freguesia assumiu as suas
responsabilidades, enquanto Autarquia do
Poder Local, após as eleições autárquicas
de 2005, tendo uma área de 9,2 km2 e
contando, atualmente, com uma população
jovem e ativa que ultrapassa os 12.000
cidadãos.
À data de criação desta Freguesia constavam
dos cadernos eleitorais cerca de 6200
eleitores, sendo que à data da tomada de
posse do atual Órgão Executivo, outubro
de 2013, existiam 10320 eleitores e
presentemente, encontram-se registados
cerca de 10540 eleitores.
Desde a sua criação, a Freguesia tem vindo a
crescer. É no seu território que está instalada
a zona industrial com várias unidades de
fabrico, indústrias de transformação e
comércio diverso.
Nesta continuidade, singulariza-se que o
Presidente Ezequiel Estrada foi o último
Presidente da Junta de Freguesia do
Entroncamento, sendo também, o atual Presidente da Junta
de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima do Entroncamento.
Conta com a excelente colaboração dos elementos que
integram o Órgão Executivo a Secretária Isabel Campaniço,
a Tesoureira Irene Crispim, o Vogal João Fernandes e a
Vogal Paula Ferreira, com duas funcionárias dos Serviços
Administrativos e dois dos Serviços Gerais, que envidam
todos os esforços na concretização dos apoios e ajudas
de cariz cultural e social, das obras públicas municipais
executadas na Freguesia, na convicção da promoção do
bem-estar da comunidade e do seu desenvolvimento de
caráter social, económico e cultural. Assim sendo, tudo
têm feito e continuarão a fazer para a consolidação de uma
Freguesia de proximidade, com uma maior e mais justa
preocupação social, sempre numa perspetiva “Dinâmica,
Moderna e com Sentido de Missão”.
Decorrente da sua Missão a Junta de Freguesia estabeleceu
diversos protocolos de interesse e desenvolvimento para a
mesma, com diferentes Entidades, das quais se destacam a
Câmara Municipal do Entroncamento - CME, Agrupamento de
Escolas Cidade do Entroncamento - AECE, Museu Nacional
Ferroviário, Associação de Professores - ENCOPROF, Instituto
Padre António Vieira, Direção Geral do Território – DGT, entre
outras colaborações existentes, nomeadamente: com o CLDS,
Projeto Reviver, Centro de Convívio da Terceira Idade, CERE,
USE, Lares da Santa Casa da Misericórdia, Associação dos
Lares dos Ferroviários, Conferencia de São Vicente de Paulo,
entre outras.
No que diz respeito às infraestruturas disponíveis, é na
Freguesia de Nossa Senhora de Fátima que está sediada a
sede do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento
e se concentra o maior número de alunos devido aos
equipamentos escolares que possui: Escola Secundária c/ 3º
Ciclo, Escola Básica do Bonito e o Jardim de Infância Sophia
de Mello Breyner Andresen. Para além da educação das suas
Ezequiel Estrada Presidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 77
freguesia de nossa senhora de fátima do entroncamento | municípios e freguesias
crianças, a Freguesia preocupa-se também com a formação
dos seus cidadãos jovens, promovendo estágios destinados
aos mesmos, bem como o apoio a uma Universidade Sénior
que conta com cerca de 300 alunos. Aqui, as atividades vão
desde a pintura às línguas, entre muitas outras disciplinas,
passando pelo Ioga, por uma escola de Cavaquinhos e uma
Tuna Académica.
Com cerca de 48 associações e clubes no concelho, a que
a Junta de Freguesia está sempre atenta, muitos dos quais
se encontram sediados na Freguesia e têm à disposição um
Complexo Desportivo Municipal do Bonito, equipado com
um pavilhão desportivo, três campos de futebol (um relvado
e dois sintéticos), uma pista de atletismo, dois campos de
ténis, um parque radical e piscinas. Estão ligados à prática
desportiva o CLAC (Clube de Lazer, Aventura e Competição)
e o CADE (Clube Amador de Desportos do Entroncamento),
entre outras associações e clubes. O clube de “Motards” que
se mostra organizado, em breve terá o seu espaço social,
assim como os escuteiros que contam com espaços próprios
para as suas atividades.
Aqui o lazer e o bem-estar não são esquecidos, por isso
existe uma zona piscatória, a Albufeira do Bonito, com 20
pesqueiros que faz as maravilhas de quem por lá passa para
pescar ou apenas para passear e um restaurante panorâmico
com vista para a albufeira; piscinas e um centro atlético
muito frequentado. A Freguesia desenvolve alguns convívios
piscatórios intergeracionais, contando para o efeito com o
apoio do Clube Amador de Pesca do Entroncamento - CAPE.
Mas há uma particularidade da qual a Freguesia destaca,
o Museu Nacional Ferroviário. “Tem peças raras, peças
de grande porte como locomotivas antigas”, explica o
presidente, “o comboio real com a sua locomotiva que se
encontra em bom estado de conservação e o comboio
presidencial ainda em atividade”. Numa área de grande
dimensão, este museu tem um memorial de peças
identificadas como peças únicas no mundo. Ezequiel Estrada,
assim como o seu Órgão Executivo, no âmbito da parceria
com o referido Museu, empenham-se, sempre que possível,
na divulgação e colaboração no sentido de atrair mais
visitantes e de apoiar o mesmo.
Nas instalações da sede de Freguesia existem três
espaços/salas preparados para formação (com capacidade
para 25 e 23 alunos) que são, muitas das vezes, utilizados
através de protocolos pontuais com o IEFP e o NERSANT
(Núcleo Empresarial de Santarém), entre outros, devidamente
equipados com videoprojectores e quadros didáticos. O
auditório/ sala de sessões, é utilizado para reuniões, ações
de formação (limite máximo de 90 lugares), atividades
promovidas quer pelas instituições e associações da
Freguesia sem fins lucrativos a custo zero, quer por
empresas, com um custo simbólico.
“Apoiar as famílias carenciadas é responsabilidade do Órgão
Executivo da Freguesia”, afirma o Presidente, “e contamos
com a colaboração da Conferência de S. Vicente e Paulo no
alerta e levantamento das situações e das necessidades”.
Assim, são comparticipados mensalmente tanto a nível de
produtos farmacêuticos como alimentares, não esquecendo o
reforço do apoio nas épocas festivas. Para além deste apoio,
a Junta de Freguesia criou um fundo social, para o qual
contribui, apoiando os clubes e associações, assim como um
programa de bolsas de estudo atribuídos desde o Ensino
Pré-escolar ao Ensino Superior.
A Junta de Freguesia pretende continuar a melhorar a
qualidade de vida dos seus cidadãos em colaboração com
a CME, no melhoramento e limpeza de espaços públicos,
contando em breve adquirir um equipamento moderno e de
grande rendimento para o efeito, assim como a recuperação
de uma moradia doada à Freguesia por uma cidadã anónima.
Em jeito de conclusão, Ezequiel Estrada deixa uma
mensagem à sua população: “eu e restantes elementos
do Órgão Executivo estamos atentos às preocupações da
população em geral e procuraremos contribuir, sempre que
possível, para a resolução dos problemas e bem-estar da
população”.
78 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
municípios e freguesias | junta de freguesia de tancos
Tancos é uma freguesia rural do concelho de Vila Nova da Barquinha, com 1,56 km² de área e 215 eleitores.
DEIxE-SE LEvAR PELOS EnCAnTOS DESTA TERRA!
Esta freguesia está situada na margem direita do rio Tejo, sendo conhecida pela sua beleza
e graça naturais e pela sua zona ribeirinha e pelo cais que se enquadram num cenário
paisagístico impar. Tancos é também considerado como sendo uma das vilas mais floridas da
Europa, tendo conquistado em 1999 uma Medalha de Bronze no Concurso Europeu de Vilas
Floridas. A Revista Business Portugal esteve à conversa com José Homem, o homem que
dirige os destinos de Tancos desde as últimas eleições autárquicas.
Apesar de ser uma freguesia de pequena dimensão, Tancos é extensa quanto às
coletividades que possui. As coletividades existentes nesta freguesia vão desde o grupo
folclórico denominado ‘Os Pescadores de Tancos’ fundado em 1981, que tem representado
o concelho a nível nacional e internacional. O Grupo Coral de Tancos que foi fundado em
1984, cujo objetivo era o de animar as celebrações litúrgicas da paróquia, tendo alargado o
seu programa, meses depois a canto de música tradicional e popular portuguesa. Assim se
manteve até finais de 1990, data em que tomou novo impulso e deu inicio à sua atividade de
Coral Polifónico Misto.
Desta freguesia também fazem parte ‘O União Desportiva de Tancos’, o ‘Clube de Pesca
Desportiva de Tancos’ e, mais recentemente foi criada uma associação que está a gerir o
Albergue da Juventude “Flor da minha terra”, que possui quatro quartos com oito camas de
beliche e um quarto de casal, servindo para alojar quem deseja visitar esta região.
Como Tancos é uma freguesia pequena, o setor industrial não marca presença, sendo que
o setor mais comum de ser encontrado nesta zona é o setor redirecionado para a prestação
de serviços, como é o caso do restaurante de Almourol que tem ao seu dispor uma sala de
refeições com ar condicionado para 80 pessoas, um salão panorâmico com ar condicionado
com vista para o Tejo e para o castelo de Almourol com capacidade para 200 pessoas,
uma esplanada natural na margem do Tejo para 300 pessoas, um parque infantil e um
parque de estacionamento, outro espaço que também é muito conceituado é o Pitoresco
que se encontra logo à entrada de Tancos, que é um café e também possui uma área ligada
ao artesanato , existe outro projeto, que é uma quinta rural denominada Quinta Ribeiro
Tanquinhos, uma quinta que se dedica maioritariamente ao turismo onde pode passear a
cavalo , alude José Homem.
A nível turístico, o presidente da Junta de Freguesia de Tancos não poderia deixar de
mencionar o Castelo de Almourol, considerado uma das sete maravilhas de Portugal. “O
castelo é o nosso ex libris e, a nível de coordenação com a paróquia também é possível visitar
a Igreja de Nossa Senhora da Conceição ou Igreja Matriz de Tancos, como é mais conhecida e
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 79
junta de freguesia de tancos | municípios e freguesiasa Igreja da Misericórdia de Tancos”, divulga o autarca.
Tancos é uma freguesia conhecida também pela importância da sua atividade militar. No seu
Polígono Militar encontram-se instaladas várias unidades militares notáveis, nomeadamente
a Regimento de Engenharia Nº 1, Brigada de reação rápida e a Escola de Tropas
Aerotransportadas.
Quando questionado sobre que festividades e romarias se podem encontrar em Tancos, José
Homem salienta que “existem as festas anuais que se realizam em agosto, na altura do 15
de agosto e que antigamente era feita por populares, com falta de interesse em continuar
com as festas as câmaras de Vila Nova da Barquinha e Chamusca, começaram a realizar as
festas que deram o nome um rio e duas aldeias, mas com a falta de verbas começaram as
associações a tomar conta das festividades para que a tradição não se perdesse”, conta o
nosso entrevistado.
Pelo terceiro ano consecutivo, vai também realizar-se em Tancos a Festa do Peixe do Rio, que
se realiza sempre no primeiro fim de semana de julho, esta festa também está a cargo das
coletividades, vindo pessoas de vários pontos do país para apreciar o peixe frito pescado no
rio. José Homem estima que nesta edição estarão presentes cerca de três mil pessoas.
Quanto a apoios à população, “nós temos uma carrinha que saí à segunda, quarta e sexta
feira para irem levantar as pensões, para irem ao médico, fazer exames ou então, à terça e à
quinta quando não está previsto saídas da carrinha, a população tem a facilidade de telefonar
para conseguirmos prestar esse serviço nesses dias”. O apoio domiciliário é realizado pela
Santa Casa da Misericórdia.
A única escola em funcionamento em Tancos é a pré-escola que está em funcionamento com
10 alunos, “porque também servimos a parte militar e eles colocam cá os filhos”, alude José
Homem.
Sobre o futuro de Tancos, o autarca revela que “projetos há sempre!”, sendo que o único
projeto que esta freguesia começou de raiz foi o Albergue da Juventude com recurso a
fundos da Comunidade Europeia. Atualmente, “temos um projeto em vista que é a construção
da casa mortuária e passar a ter um espaço próprio para velar o corpo”, porque, segundo
José Homem, não se justifica que utilizem a igreja para essa situação. Esta freguesia aposta
também na requalificação das suas estruturas.
80 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
municípios e freguesias| junta de freguesia de pombalinho
A Freguesia do Pombalinho tem 400 anos de existência, e foi sempre uma freguesia pertencente ao concelho de Santarém até há três anos atrás por força da lei da reorganização das freguesias que conseguiu através do movimento da população e dos próprios autarcas daqui ser transferida para o concelho da Golegã, quem nos revelou esta informação foi Luís Júlio, o presidente desta freguesia.
POMBALInhO EM MOvIMEnTO
A área da freguesia é pequena, são cerca de nove quilómetros quadrados e está situada
entre três rios, o rio Tejo, o rio Alviela e o rio Almonda e é por isso que Pombalinho é
também conhecida como a terra das cheias aqui no Ribatejo. Pombalinho tem cerca de
500 habitantes, já chegou a ter mil, mas nos últimos 25 anos perdeu muita gente, “como é
habitual no interior”.
Quando questionado sobre o que se poderia fazer para fixar a população em Pombalinho, Luís
Júlio refere que “não é fácil, porque a falta de emprego faz com que as pessoas saiam, mas
com a construção de um bairro de habitação social, na lógica de cooperativa, seria uma boa
ajuda, uma vez que as pessoas, nos últimos anos perderam a capacidade de construção e de
empréstimo bancário e esta crise no país também dificultou muito este processo”. O autarca
refere ainda que “esta é uma zona rural, que só tem a Golegã aqui perto e o Pombalinho
acaba por ser apenas um dormitório porque têm de trabalhar fora e isso faz com que se
perca muita população”. Só para se ter uma ideia, há 20 anos havia cerca de 60 crianças no
primeiro ciclo e agora só existem 10 crianças. A escola foi encerrada em 2010, reabriu em
2011 e todos os anos é encerrada e a luta da população é todos os anos conseguirem manter
a escola a funcionar. Esta deve de ser a escola do primeiro ciclo do país com 10 crianças que
continua a funcionar e no jardim de infância só funciona com três alunos.
O facto de conseguirem manter as escolas abertas mesmo com poucas crianças é um motivo
de orgulho para Luís Júlio, uma vez que “segundo dados estatísticos a que tivemos acesso,
as crianças que saíram daqui nos últimos dois anos foram as que tiveram, no quinto ano de
escolaridade, melhor aproveitamento escolar na Golegã, o que deita por terra as perspetivas
de ministros deste país que argumentavam que o encerramento de escolas era necessário
devido ao insucesso escolar e posterior abandono dos estudos e isso é falso, visto que
existem outras características positivas, como por exemplo, a proximidade com a família, mais
tempo, mais tranquilidade e mais segurança”, salienta.
Setores de atividade
Historicamente e mantém-se atualmente, o setor agrícola é o que tem mais peso, sendo a
vinha com muitas adegas e muita produção de vinho e o azeite com as oliveiras. Nos últimos
20 a 30 anos, com a alteração desse cultivo, com o arranque de oliveiras e de vinhas deu
espaço ao cultivo de outros produtos, como o milho, a beterraba, o tomate, entre outros. A
freguesia do Pombalinho não tem serviços públicos, nem empresas, o que existe nesta região
são empresários ligados à agricultura.
Ação social
Esta é talvez a vertente mais interessante da freguesia, visto que no Pombalinho, na questão
social “nós temos um serviço a que chamamos de ‘Psicologia Comunitária’, em que todos
os dias da semana com um consultório na sede da junta de Freguesia e com consultas ao
domicilio para a população mais dependente e menos autónoma”, relata o presidente. Outro
serviço do qual a junta dispõe à sua população é o transporte dos seus fregueses para
Coletivo da Junta de Freguesia
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 81
Coletivo da Junta de Freguesia
junta de freguesia de pombalinho | municípios e freguesiasconsultas no hospital ou centros de saúde, tendo uma funcionária que transporta, acompanha
nas consultas e, posteriormente, os leva para casa de forma gratuita.
A única instituição/coletividade da freguesia é a ‘Casa do Povo do Pombalinho’ que recebe
todo o apoio da Junta de Freguesia e que está equiparada a uma IPSS, funcionando como um
centro de apoio para os idosos, fazendo também apoio domiciliário.
Quanto ao jardim de infância e primeiro ciclo, também têm o seu transporte gratuito de casa
para a escola e vice-versa.
Foi inaugurado em abril de 2015 um ginásio de fitness ao ar livre, onde existem 24 estações
com aparelhos de manutenção “de muita qualidade e foi um sucesso, sendo o primeiro a ser
criado no concelho da Golegã”, destaca o autarca.
Festividades
O Pombalinho não para e, como tal, desde o inicio do ano até dezembro, celebram-se aqui
imensas festividades e comemorações ao longo do ano, como por exemplo, o ano novo, o
carnaval, o 25 de Abril, os três santos populares, e no verão realizam-se a festa anual e várias
noites no jardim com fados, folclore entre outros eventos. Como não existem coletividades é a
Junta de Freguesia que assegura a realização destes eventos.
De referir que a junta não gasta um cêntimo do seu orçamento. Todos os eventos e, como foi
o caso do ginásio de ar livre ou a requalificação da ponte, foram feitos com recurso a recolha
de verbas em colaboração estreita com a população local.
Futuro
No futuro, Luís Filipe Júlio pretende continuar a manter a dinâmica que existe no Pombalinho
até então, continuar a lutar pelo direito a um médico e manter a escola enquanto houver
crianças. Por outro lado, continua a construção de um museu rural de ar livre nas ruas e num
páteo da freguesia e, juntamente com a câmara da Golegã, será feita a requalificação da rua
mais antiga do Pombalinho (Rua de Santo António) e também a construção de um espaço
comunitário numa antiga adega, tornando-se assim um espaço de utilidade social diária para
a população em geral.
82 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
municípios e freguesias | freguesia de vila nova da barquinha
A Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha é uma nova freguesia, com cerca de dois anos e meio, que resultou da extinção das freguesias de Moita do Norte e Vila Nova da Barquinha. Esta nova freguesia anexou os dois territórios.
A Revista Business Portugal esteve à conversa com João Machado, presidente desta junta e
com Laurindo Esperança, o responsável pela tesouraria.
A autarquia tem 3.136 eleitores e é, também, a maior freguesia do concelho. Quando
questionado sobre quais os principais setores de atividade que existem nesta freguesia João
Machado revela que “na freguesia temos muito pouco em termos de indústria uma vez que
o Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha fica situado na zona norte do Concelho,
na freguesia da Atalaia, com uma área de 30 hectares”. Este parque empresarial está todo
infraestruturado e loteado, tem segurança, controlo de acessos e gestão de espaços verdes.
Ali não se vendem terrenos, mas sim aprovam-se planos de investimento com a colaboração
Freguesia preocupada com as suas gentes
do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Local. Situa-se junto às autoestradas A13 e A23 e
perto da linha de caminho-de-ferro do leste e do norte. João Machado desabafa dizendo que,
a partir de 2007, a crise económica e financeira, a falta de acesso ao crédito por parte das
empresas, o atraso da distribuição dos fundos comunitários do Portugal 2020 e a cobrança
de portagens das autoestradas próximas, foram fatores de inércia de crescimento do número
de empresas no Centro de Negócios, mas ao que tem conhecimento há procura para a
instalação de novas empresas.
Atualmente, os maiores empregadores da freguesia são: a Câmara Municipal, a Santa Casa
da Misericórdia, a Sociedade de Refrigerantes Baía Lda e, mais recentemente, o Intermarché
Coletivo da Junta de Freguesia
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 83
freguesia de vila nova da barquinha | municípios e freguesias
– Barquinha, que foi inaugurado em agosto do ano transato e, de acordo com João Machado,
veio trazer mais dinâmica à freguesia.
Em termos de apoio à terceira idade, a Junta, não exerce apoio direto às pessoas mais idosas,
no entanto, quando necessitam de alguma ajuda “nós estamos sempre disponíveis para as
apoiar”, salienta João Machado. Todavia, e como grande complemento, existe a Associação
Essência da Partilha – Universidade Sénior, frequentada por pessoas acima dos 55 anos, a
quem a Junta apoia. Proporcionamos, ainda aos mais idosos da freguesia, um passeio anual
onde visitamos diversos locais do País.
Os idosos que não têm tanta autonomia são também apoiados pela Santa Casa da
Misericórdia através do apoio domiciliário (AD) onde, atualmente, existem 36 utentes. A Santa
Casa da Misericórdia, para além do AD, conta ainda com um de centro de dia (CD) e também
funciona em regime de internato. Possui, também, com creche (0 aos 3 anos). No âmbito de
crianças e jovens em risco, a Santa Casa alberga no CAT (Centro de Acolhimento Temporário)
17 crianças/jovens, de idades bem diferenciadas.
“Na educação possuímos um campus escolar completamente novo (ensino básico e
secundário, até ao 12.º ano). O mesmo é composto por um pavilhão desportivo, ao serviço
dos alunos e da população, um campo de relva sintética, um edifício para o ensino secundário
e um Centro Escolar (ensino básico) onde funciona a Escola Ciência Viva, e dentro deste
último o Centro Integrado de Educação em Ciências, dotado de laboratório e exposições
interativas, um conceito pioneiro a nível nacional.
Na freguesia, com o apoio da Junta, existe também uma loja social, local que serve de apoio à
população mais desfavorecida através da entrega de roupas e géneros alimentícios.
No centro histórico de Vila Nova da Barquinha funciona, desde 2010, uma Loja do Cidadão
de segunda geração. Possuímos uma unidade de saúde familiar, um posto da GNR, uma
repartição de Finanças e um Centro de Estudos de Arte Contemporânea onde se dá formação
em teatro, desenho, fotografia, vídeo, etc.
Temos um Parque Ribeirinho com 7 hectares, ao qual foi atribuído o Prémio Nacional de
Arquitetura Paisagista em 2007”. Desde a sua abertura, visitaram o Parque milhares de
pessoas, quer pela zona envolvente e proximidade do rio, quer pelas condições dos cais
onde aconchegam milhares de canoas que descem o Tejo, quer pelas zonas de lazer, parque
de merendas e quiosques inseridos em sombras de plátanos centenários, quer pelo espaço
onde as crianças podem divertir-se em autonomia total. Neste local está instalado o Parque
de Esculturas Contemporânea de Almourol, com 11 esculturas dos melhores escultores
portugueses, premiado pela Sociedade Portuguesa de Autores, como a melhor exposição ao
ar livre em 2012. Como complemento, este parque é enquadrado por uma paisagem natural
de extrema beleza proporcionada pelo rio Tejo.
Entretanto, foram criados à volta do parque infraestruturas para acompanhar o fluxo de
pessoas de que são exemplo o posto de turismo, a loja de produtos da terra, os quiosques, a
cervejaria, o centro náutico, os hotéis, o alojamento rural, um banco, uma clínica, etc.
Quando questionado sobre que associações se podem encontrar em Vila Nova da Barquinha,
João Machado expõe que “existem muitas associações nesta freguesia, felizmente. Temos
várias associações ou clubes dinamizam, e muito, a freguesia de Vila Nova da Barquinha em
termos culturais e desportivos. Dou como exemplos: o Clube União de Recreios que realiza
noites de fado, peças de teatro, danças de salão, bailes em datas festivas, almoços e jantares
de solidariedade. Todos os lucros revertem a favor da pessoa ou da atividade em causa, com
a simples preocupação de ajudar”, indica o autarca; o Clube de Instrução e Recreios, Ex
Tuna, que, em termos culturais, implementou o jazz na Freguesia, com a realização quinzenal
de espetáculos de jazz, noites de fado, têm também uma escola de música, um clube de
teatro e cultivam ainda uma atividade anual que é o Passeio de Bicicletas Antigas, que atrai
sempre imensos participantes de vários pontos do País; o Grupo Cicloturismo Barquinhense
organiza todos os anos em Vila Nova da Barquinha uma prova de BTT denominada ‘Almourol
à vista’ inserida no troféu BTT Ribatejo Norte e no dia 24 de Abril próximo trará a Vila Nova da
Barquinha cerca de 700 ciclistas; a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila
Nova da Barquinha que possui um grupo de Teatro, banda filarmónica e Corpo de Salvação
Pública; o ‘Pára Clube os Boinas Verdes’, que organiza campeonatos de paraquedismo,
inseridos na federação Portuguesa de Paraquedismo, ministra cursos de paraquedismo
civil (no Aeródromo Militar de Tancos) e demonstrações de paraquedismo; o Clube Náutico
Barquinhense que este ano irá organizar o campeonato nacional de canoagem, ‘Esperanças
2’ que acontecerá no nosso rio, o Tejo; o Clube de Natação Tejo também tem uma grande
presença no nosso País, os seus atletas participam em várias competições regionais, distritais
e nacionais; o Sporting Clube Barquinhense que desenvolve atividades culturais e o Futsal;
o VespAlmourol (motos vespas); a Escola de Guitarras de Vila Nova da Barquinha; o Grupo
Barquinha Saudosa (música); o Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo; o
Clube Desportivo Caça e Pesca; a Associação de Pesca Desportiva ‘os Pestinhas’; o Corpo
Nacional de Escutas – Agrupamento 583; etc.
A nível de ações de reabilitação requalificámos o jardim da nora, em Moita do Norte, estamos
a recuperar, alguns arruamentos em Cardal e vamos remodelar o Parque Desportivo do
Cardal.
A crítica é unânime em considerar Vila Nova da Barquinha “como surpreendente” quer pelo
Parque de Escultura Contemporânea Almourol, quer pelas 2 galerias de arte, quer pelo Centro
Integrado de Educação em Ciências, equipamentos que são uma grande mais-valia para
a freguesia, para o concelho e para a região, uma vez que atraem milhares de visitantes e
constituem um polo gerador de riqueza, sabendo-se que a cultura e criatividade são o motor
da economia no presente e no futuro.
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86 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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