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Page 1: Revista ARAN Outubro 2012

Nº260Nº261

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0 1 4 6 4ISBN 972-0-97200-003-7

Anúncio feito no pequeno-almoço/debate “Os automóveis clássicos como complemento aos contemporâneos”

ARAN vai criar divisão de clássicos

Págs. IV e V

OE 2013 NO SETOR AUTOMÓVEL

• IUC aumenta 10% acima dos 2500 cc

• ISV deixa de ser reduzido nas autocaravanas

e exportações de carros novos matriculados torna-se mais difícil

• ISP encarece combustíveisPág. VI

Segundo a organização do evento

Clássicos no autódromo do Algarve geram impacto de um milhão

Págs. XII e XIII

“Modelo de negócio tem de mudar ” Entrevista com Jorge Macedo, administrador-delegado do grupo Cardan

Pág. XI

Entrevista com Jorge Macedo, administrador-delegado do grupo Cardan

impacto de um milhãoPágs. XII e XIII

Page 2: Revista ARAN Outubro 2012
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O setor da reparação automóvel está numa situação de extrema gravidade. Uma das grandes preocupações dos operadores de mercado é que já não existe margem de manobra para reduzir a despesa. E a con-corrência é cada vez mais agressiva, apesar dos fatores de produção e a fiscalidade esta-rem a níveis jamais vistos. Manuel Montei-ro, sócio-gerente da São Dinis – Manuten-ção Automóvel, admite que as condições se têm agravado nos últimos tempos e que os tempos difíceis vão continuar.

“Os problemas que afetam as empre-sas de reparação automóvel são de toda a ordem. O que anteriormente era fácil de resolver ou nem sequer constituía um problema transformou-se numa questão de difícil resolução. Desde logo, a procura deste tipo de serviços é menor, na medida em que os clientes prorrogam as revisões

ou eventuais reparações. Por outro lado, o preço é a palavra de ordem. Já não é tão importante a qualidade ou a fidelização do cliente, mas o preço praticado. O cliente pede sempre um orçamento, o qual é de-pois comparado com outras oficinas.”

Mas os problemas não se ficam por aqui, como explicou Manuel Monteiro. Realiza-das as reparações vem o momento do pa-gamento. Claramente, as pessoas atrasam o mais possível os pagamentos, com a oficina à cabeça. “Acontece que temos agora de ser mais seletivos no que toca ao cliente novo, muitos vezes vem de outras oficinas onde não procedeu ao pagamento. Quanto aos clientes mais antigos, também estes estão a passar por dificuldades e muitas empre-sas que eram nossas clientes têm fechado as portas.”

O mercado está muito complicado, as

despesas são sempre as mesmas, só que agora com preços muito mais elevados, “chegou-se a um ponto em que se tornou impossível cortar mais, não há margem para fazer mais cortes”, de acordo com Ma-nuel Monteiro. O que implica uma melhor gestão dos stocks, ao mesmo tempo que as peças estão em constante alteração, o que torna difícil adequar os stocks à procura. O fundo de maneio é cada vez mais restri-to. De notar que a tudo isto se junta um ambiente generalizado de falta de confian-ça. “A concorrência continua a ser muita e até mais agressiva, mesmo por parte dos concessionários. E no atual contexto, a tri-butação atingiu níveis como jamais. O Go-verno também insiste em garantir receita por antecipação, o que está a esvaziar de liquidez muitas empresas, especialmente as de pequenas e médias dimensões”.

O Centro de Arbitragem do Setor Auto-móvel (CASA) vai arrancar com uma cam-panha de sensibilização para as vantagens de adesão à instituição, tanto da parte dos clientes finais como das empresas que ope-ram no ramo. “A partir da sua posição de independência, o CASA pretende ajudar as duas partes a resolverem os conflitos que existem. Por isso, o objetivo da campanha é, por um lado, sensibilizar as empresas a aderirem e, por outro lado, incentivar os consumidores a preferirem empresas ade-rentes”, considera Sara Mendes, diretora do CASA.

A mesma fonte salienta como principal vantagem na adesão ao CASA pelas em-presas, o facto de transmitirem “para os seus clientes uma imagem de qualidade da relação contratual que estabelecem” com o cliente. “Não estamos a falar da qualidade do serviço que é prestado ou do bem que é vendido, mas da qualidade da relação. Por-quê? Porque a empresa garante ao cliente que vai dar resposta a qualquer problema daquela relação contratual, seja ela uma venda, uma reparação ou, entre outros exemplos, uma venda de peças”, explica Sara Mendes.

“Quando um consumidor vai comprar um carro e o faz através de uma empresa que não é aderente do CASA, se surgir um problema decorrente desse processo dessa comprar e venda, como por exemplo um problema de garantia, não tem garantia de que vai resolver o problema através do Centro. Portanto, o cliente pode ficar com o assunto por resolver ou ter de ir para tri-bunais judiciais para fazê-lo. Já se a empre-sa for aderente, garante ao seu cliente que tudo vai ser resolvido através do CASA, que é muito mais célere, económico, de acesso mais fácil – por exemplo, os consu-midores não têm de constituir um advoga-do – e têm a garantia que se o assunto não se resolver por acordo entre as partes, há

um tribunal arbitral que vai decidir sobre o litígio, sendo essa decisão igual, em termos de valor, à dos tribunais judiciais”, acres-centa a mesma fonte.

A vantagem concorrencial das empresas aderentes é outro fator destacado pela di-retora do CASA. “Os consumidores vão, cada vez mais, preferir empresas aderen-tes”, afirma Sara Mendes. “Associada à ‘certificação’ de empresa aderente, há uma publicidade gratuita para essas empresas, uma vez que no seu site, o CASA disponi-biliza os contactos e o link para os sites das empresas aderentes”, acrescenta.

Arbitragem também funciona entre empresas

Outra vantagem destacada pelas empre-

sas aderentes é poderem, também estas, utilizar os serviços do CASA. “Uma em-presa que não é aderente, só pode usar os serviços do Centro se for demandada, ou seja, se o seu cliente vier apresentar uma reclamação contra si. Já uma empresa que é aderente pode utilizar o Centro sendo esta a apresentar reclamação, quer seja contra o cliente, quer contra outras empresas que lhe tenham fornecido bens ou vendido ser-viços. Por exemplo, acontece com frequên-cia a existência de serviços subcontratados, como seja uma empresa de chapa e pintura recorrer aos serviços de mecânica de outra empresa para fazer uma reparação comple-ta. Se houve algum problema no serviço subcontratado, o CASA pode ser utilizado para gerir esse processo”, explica Sara Men-des.

sexta-feira, 19 de outubro 2012 III

Os sacrifícios e os resultados

que nunca chegamO tema do editorial deste mês é

incontornável: a proposta de Orçamento de Estado para 2013 entregue no início esta semana da Assembleia da República. Como português, não posso negar que temos de assumir as responsabilidades perante as instituições internacionais. Agora, antes de os portugueses assumirem as responsabilidades, existirão outros que as deverão assumir primeiro. Nas minhas deslocações pendulares entre Guimarães, onde vivo, e o Porto, onde está sediada a ARAN, vejo que no alargamento da autoestrada foram vários os viadutos demolidos e construídos de novo. Faço uma pergunta: se de Vila Franca de Xira para Lisboa a faixa central foi reduzida no alargamento, por que não se fez o mesmo neste caso. Por que razão se fez aquela obra? Será o que o país tinha condições para assumir aquela despesa?

Penso, por isso, que deveria haver uma explicação cabal da situação, para os portugueses se sentirem motivados aos sacrifícios. Os portugueses vão fazer sacrifícios e não se veem resultados. Onde estão os resultados dos sacrifícios que fizemos no ano passado? Não existem, antes pelo contrário.

Falando pelo setor automóvel, vê-se onde está. E pelas perspetivas que ficam do Orçamento de Estado, a situação vai piorar. A ARAN escreveu ao Sr. ministro das Finanças a sugerir baixar o ISV dos segmentos mais baixos, balizados pelos preços base, para tentar relançar o setor, mas não foi ouvida. De 2007 até agora, encerraram mais de metade das empresas associadas da ARAN. Recebemos cartas que até mexem connosco de empresários a lamentarem-se da situação em que estão. Ainda esta semana houve uma empresa que se tinha inscrito numa formação com três pessoas, mas, entretanto, ligou a dizer que não pode frequentar o curso por falta de dinheiro. A nossa única solução foi mandar telefonar a sugerir a entrega de três cheques pré-datados. E repare-se que formação é obrigatória. Só falta agora a Autoridade para as Condições do Trabalho multar a empresa por não ter ido à formação.

Os combustíveis vão aumentar por via da subida do ISP. A ARAN tem cartas por causa dos rebocadores na Autoridade da Concorrência, na Secretaria de Estado dos Transportes, no IMTT, etc. Em relação ao IMTT, não responde a nada, temos lá cartas há dois anos e não temos resposta. Ao que os rebocadores nos dizem, as multinacionais para quem trabalham não lhes aumentam os preços dos serviços, o que se tornará mais gravoso ainda com este novo aumento dos combustíveis.

O setor automóvel vai colapsar completamente. Será que os governantes não percebem isso? Não entendo. Repito, não concordo com quem afirma que não devemos pagar, pois considero que temos de honrar os nossos compromissos. Agora, temos de responsabilizar quem a contraiu, esclarecer o que se passa e que este sacrifício é necessário, mas não podemos cortar a direito. Aliás, até a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, já avisou para os perigos da austeridade excessiva. Em suma, enquanto não tivermos neste país uma pessoa que olhe, de forma isenta, para o nosso futuro, estamos perdidos.

Editorial

ANTÓNIO TEIXEIRA LOPESPresidente da direcção

da ARAN

MANUEL MONTEIRO, SÓCIO-GERENTE DA SÃO DINIS, LAMENTA

Oficinas de reparação automóvel não têm margem para reduzir despesas

PARA CLIENTES E EMPRESAS

Vantagens de adesão ao CASA sublinhadas em campanha

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Director: António Teixeira Lopes | Redação: Aquiles Pinto, Fátima Neto, Bárbara Coutinho, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Tânia Mota, Ricardo Ferraz, Rui Rei, Sérgio Moreira e Sónia Guerra | Ar-ranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica | Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN

Ficha técnica

A ARAN estará encerrada no dia 2 de novembro. Este dia está marcado

como férias do ano de 2012 e não como “ponte remunerada”.

AVISO

“Os consumidores vão, cada vez mais, preferir empresas aderentes”, afirma Sara Mendes, dire-tora do CASA.

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AQUILES [email protected]

A ARAN vai criar uma divisão de clás-sicos. O anúncio foi feito pelo presiden-te da associação, António Teixeira Lopes, no pequeno-almoço/debate da “Vida Económica” e da ARAN “Os automóveis clássicos como complemento aos contem-porâneos”, realizado no hotel Tiara Park Atlantic Porto. O objetivo do dirigente associativo é promover a qualidade na pres-tação de serviços em veículos clássicos, quer estes sem destinem a circular nas estradas ou para a competição. Tiago Brandão, da empresa Osório Trindade, e Rui Acácio Leite, da Jalcar, concordaram prontamente. “Eu ando atrás do meu negócio, os outros empresários andam atrás do seu negócio. A ARAN está a ajudar-nos, aos associados que têm entre as suas vertentes de atividades os clássicos”, referiu Rui Acácio Leite.

O objetivo da ARAN será que a divisão de clássicos tenha uma vertente dedicada à competição e outra ao restauro. Em rela-ção à competição, a associação poderá vir a assumir um clube “e dar-lhe profissionalis-mo”, segundo Teixeira Lopes.

No que se refere ao restauro, a mesma fonte defende que os automóveis clássicos possam ser olhados pelas empresas espe-cializadas como as viaturas contemporâ-neas em termos de atividade das oficinas. “Quando aparece alguém para recuperar um clássico, fazer um orçamento e ter a coragem de dizer ao cliente se o valor da

recuperação é compensatório face ao valor comercial futuro do carro. Depois, o orça-mento pode ser faseado em termos de pa-gamentos. Portanto, os clássicos podem ser trabalhados de duas formas: ou entram na linha de montagem para restauro total no prazo de meses ou avisa-se que, ao longo do ano, se vai recuperando a viatura nas horas ‘mortas’, fazendo um desconto na mão de obra”, afirma o responsável asso-ciativo, que gostaria de criar uma lista de

empresas especialistas no restauro de clás-sicos. “Ainda há dias recebemos um e-mail de Aveiro a perguntar quem poderia res-taurar um Mercedes antigo”, exemplificou o presidente da ARAN.

Clientes de clássicos diferentes dos contemporâneos

Os clientes de automóveis são distintos dos contemporâneos, segundo Rui Acácio

Os empresários aplaudem a decisão de criação da divisão dedicada aos automóveis históricos.

ANUNCIOU FEITO NO PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE “OS AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS COMO COMPLEMENTO AOS CONTEMPORÂNEOS”

ARAN vai criar divisão de clás sicos

sexta-feira, 19 de outubro 2012IV

Restauro mais rentável que competiçãoA competição é mais rentável do que o restauro no negócio dos clássicos, de acordo os presentes no pequeno-almoço/debate da “Vida Económica” e da ARAN no hotel Tiara Park Atlantic Porto. “Infelizmente, nos últimos anos ainda não tive nenhum cliente [da competição] que chegasse à empresa com dinheiro”, disse Rui Acácio Leite. “Eu tenho a mesma opinião”, acrescentou Tiago Brandão. Os clássicos de competição portugueses são, por norma, bastante rápidos na comparação com os estrangeiros. Rui Acácio Leite explica esse diferencial pela diferença de perspetiva que os pilotos internacionais têm das competições de clássicos. “O preparador português faz tudo. Lá fora, o preparador faz tudo, mas quem vai à prova no fim de semana é o assistente. O próprio conceito das corridas está criado assim lá fora, a corrida é um fim de semana bem passado, não é para as pessoas se aborrecerem. Nunca vi os estrangeiros mudarem uma caixa de velocidades num fim de semana, eu já vim do Estoril ao Porto durante a noite buscar material e voltei para andar dez minutos. Por isso é que os nossos carros são competitivos, porque estão no ‘fio da navalha’ e estão preparados para ‘durarem’ o tempo necessário”, referiu o representante da Jalcar. Tiago Brandão concorda que a diferença é conceptual. “Não posso dizer que os preparadores portugueses são melhores do que os estrangeiros. Têm é uma forma de trabalhar diferente. Os clientes também o exigem, os clientes portugueses querem sempre tudo para serem campeões e lá fora não, estão na competição para se divertirem”, explica aquele responsável pela Osório Trindade.

A ARAN vai ter uma divisão dedicada aos automóveis clássicos para promover a qualidade na prestação de serviços em veículos clássicos, quer estes se destinem a circular nas estradas ou para a competição, de acordo com presidente da direção da associação. O anúncio foi feito por António Teixeira Lopes no pequeno-almoço/debate da “Vida Económica” e da ARAN “Os automóveis clássicos como complemento aos contemporâneos”.

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ANUNCIOU FEITO NO PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE “OS AUTOMÓVEIS CLÁSSICOS COMO COMPLEMENTO AOS CONTEMPORÂNEOS”

ARAN vai criar divisão de clás sicos

sexta-feira, 19 de outubro 2012 V

Leite. “São conceitos diferentes, o cliente de carros do dia a dia do cliente que tem o seu clássico e que viver com o seu clássico, quer passear com ele, ir a ralis, a competi-ção. São, clientes diferentes. O cliente do clássico acima de tudo, tem de gostar do que tem, senão não investia no que tem. Para nós, oficinas, também usamos os clássicos para rentabilizar os recursos hu-manos. Se um clássico não tem a mesma prioridade – embora possa vir a ter –, pois o cliente não tem, por norma a mesma pressa, tudo o que for tempo morto está investido nos clássicos. Temos algumas unidades em que vamos trabalhando”, ex-plica.

O representante da Jalcar admite que gostaria de olhar para o segmento dos clás-sicos como faz para os contemporâneos de uso quotidiano pelos clientes, mas avisa que para isso tinham estar reunidos vários fatores. Um destes é a alteração das condi-ções económicas ou sociais dos clientes du-rante o processo, até pelo tempo que estas reconstruções habitualmente demoram. “A meio está tudo bem, no fim, porque a fábrica fechou, porque o filho emigrou, já não. E nós ficamos apeados, ficamos com o ‘filho’ na mão, com o dinheiro gasto. Porque nem é nosso, nem é deles”, explica. “Temos 32 carros com clientes nossos em que já gastamos 90% do dinheiro nosso. Muitos já precisam de ser arranjados outra vez. Temos um caso com 18 anos”, exem-plifica Rui Acácio Leite.

Ao contrário do que seria de supor, a crise económica por que o país passa dimi-nui a tendência de repetição de casos como estes. “Os clientes já não arriscam. E aque-las pessoas que diziam que arranjavam para vender logo de seguida e ganhar dinheiro pararam. Neste momento, só manda arran-jar quem pode. Quem vai é para arranjar e para ser sério”, salienta a mesma fonte.

Tiago Brandão, da empresa Osório Trindade, concorda que há menos “aven-tureiros” entre as pessoas que pretendem ser proprietárias de veículos clássicos. “An-tigamente, as pessoas gastavam significati-vamente mais dinheiro com clássicos, não só na manutenção, mas também no restau-ro. Hoje, a maior parte das pessoas procura remediar. Aliás, esta realidade nota-se não só nos clássicos, mas também nas viaturas de dia a dia [contemporâneas]. Por exem-plo, em relação aos carros do dia a dia, an-tigamente, as pessoas davam um toque e esmurravam uma porta, mandavam arran-jar. Hoje, não. Esmurram e ficam à espera que alguém lhes bata para poder arranjar com o seguro”, refere.

António Teixeira Lopes (ARAN)

“Podem ser trabalhados de duas formas: ou entram na linha de montagem para restauro total no prazo de meses ou avisa-se que, ao longo do ano, se vai recuperando a viatura nas horas ‘mortas’, fazendo um desconto na mão de obra”

Rui Acácio Leite (Jalcar)

“Os clientes já não arriscam. E aquelas pessoas que diziam que arranjavam para vender logo de seguida e ganhar dinheiro pararam. Neste momento, só manda arranjar quem pode. Quem vai é para arranjar e para ser sério”

Tiago Brandão (Osório Trindade)

“Antigamente, as pessoas gastavam significativamente mais dinheiro com clássicos (..). Hoje, a maior parte das pessoas procura remediar. Aliás, esta realidade nota-se não só nos clássicos, mas também nas viaturas de dia a dia [contemporâneas]”

INTERVENIENTES

O AutoClássico Porto celebrou, de 5 a 7 de outubro, a décima edição, tendo recebi-do 30 000 visitantes, segundo a Eventos del Motor, empresa galega que organiza o Salão Internacional do Automóvel e Motociclo Clássico e de Época. Aliás, muitas das pesso-as que passaram pela Exponor chegaram da vizinha Espanha, a exemplo do que aconte-ceu nos anos anteriores.

A quantidade de veículos presentes, com mais de 300 expositores, procedentes de nove países diferentes, não deixou, segundo a organização, “ninguém indiferente, cha-mando especialmente à atenção a exposição da Ferrari, com 20 exclusivos modelos entre os quais o 195 Inter do princípio dos anos 1950, com um exemplar que era, de facto, o mais antigo dos Ferrari presentes em Por-tugal, e um dos onze que foram carroçados pelo especialista Vignale”.

Os visitantes puderam ainda ver de per-to uma infinidade de modelos e encontrar de tudo pelos pavilhões do Salão: conhecer a história das míticas motos Harley-David-son, descobrir modelos como o Renault Al-pine, admirar os veículos que participaram nas várias concentrações e passeios com sa-ída e chegada à Exponor, encontrar todo o tipo de peças para veículos clássicos, “lutar” para adquirir um clássico ao melhor preço ou inclusivamente recordar a tecnologia de outros tempos através de câmaras fotográfi-cas ou rádios antigos.

Outro dos pontos de interesse deste Au-toClássico foi saber qual dos 11 modelos a concurso seria eleito, este ano, Melhor Carro do Salão. Após luta renhida, o jurado elegeu o Packard 533 Roadster de 1928 vencedor absoluto deste concurso de elegância, o qual se realiza pelo segundo ano consecutivo. O segundo lugar foi para um precioso Chrysler Plymouth de 1939, e o terceiro para um Fiat 500 de 1954.

Adruzilo Lopes e Stig Blomqvist no Motorshow

Não faltaram outras atividades paralelas onde as crianças (e também os mais cresci-dos) desfrutaram, com um circuito para veí-culos telecomandados, uma pista gigante de slot, simuladores de condução. A atividade paralela que mais visitantes atrai é, contudo, o Motorshow.

Adruzilo Lopes venceu o evento, que con-tou com Stig Blomqvist como convidado internacional a encabeçar uma lista de cerca de 70 participantes. O piloto de Vizela su-cede assim a Ricardo Teodósio na conquista do “capacete”, troféu simbolicamente atri-buído ao vencedor da competição.

Segundo Pedro Ortigão, da Xikane, empre-

sa que organiza o Motorshow era, no fim do evento, um homem feliz. “É muito gratifican-te para nós que, num ano de forte crise econó-mica, o número de visitantes tenha sido pra-ticamente igual ao da edição do ano passado. Temos feito um grande esforço por fazer mais e melhor, e penso que o Motorshow Porto deu mais um passo em frente neste seu décimo aniversário. Sempre assumimos o Motorshow como uma festa dos pilotos feita para o públi-co, sendo com esse foco que continuaremos a trabalhar. Pena que este ano tenha coincidido com outras provas que dividiram adeptos e equipas mas, da nossa parte, estamos desde já em condições de anunciar que o Motorshow Porto do próximo ano será nos dias 4, 5 e 6 de outubro, data que já mantemos há dez anos”, disse Ortigão.

Relativamente ao Troféu Piloto Motor-show, Vitor Pascoal com o Mitsubishi Lan-cer Evo VII esteve em destaque nas mangas de qualificação, ao estabelecer a melhor marca em 51,707s, que representou 0,176s melhor que Pedro Leal e 1,262s melhor que Stig Blomqvist. Nas duas finais disputadas na tarde de Domingo foi Pedro Leal quem brilhou ao efetuar o recorde absoluto da pis-ta em 49,894s na frente de Stig Blomqvist (51,813s) e Adruzilo Lopes (52,048s). Che-gados à finalíssima que decidia o vencedor, os pilotos tinham a novidade do percurso ser composto por duas voltas consecutivas. Aí, Adruzilo Lopes “puxou dos galões” e levou a melhor sobre toda a gente. “Fui convidado pela organização e como tal o meu papel nos treinos e qualificação foi dar espetáculo, che-gados às finais foi tempo de me aplicar e dar o meu melhor” explicava o ex-campeão na-cional de ralis. Pedro Leal teve de se conten-tar com o segundo lugar depois de ter estado muito perto de vencer. “Teria ficado mais contente se tivesse ganho, mas perder para um piloto como o Adruzilo Lopes não me causa incómodo. Ele conseguiu um triunfo merecido,” afirmou Pedro Leal no final.

Stig Blomqvist conseguiu o derradeiro lugar do pódio. A destreza do sueco de 66 anos ao volante do Mitsubishi Lancer Evo X impressionou e deu luta aos pilotos por-tugueses. No final, Stig afirmava que “foi bom regressar a Portugal de onde tenho boas memórias, apesar dos resultados nunca terem sido bons. Foi divertido estar em pis-ta a lutar com estes rapazes.” VÍtor Pascoal resignou-se com o quarto lugar, afirman-do “na finalíssima dei o máximo e fiz duas voltas perfeitas, só que o meu Evo VII não chegou para os Evo X”. Hélder Silva, com um BMW 323i, surpreendeu o pelotão dos carros de duas rodas motrizes ao efetuar uma finalíssima muito eficiente, e Mariana Car-valho venceu entre as senhoras.

Foram mais de 300 os expositores, segundo os números de organização.

RECEBEU 30 MIL VISITANTES

AutoClássico Porto celebrou décima edição

Ao contrário do que seria de supor, a crise económica por que o país passa diminui a tendência de repetição de casos de mau pagamento

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As autocaravanas vão passar a pagar 100% da tabela do Impos-to Sobre Veículos (ISV), pois a proposta de Orçamento de Esta-do para 2013 (OE 2013) prevê a revogação da redução do imposto a liquidar para 15% do total. De notar que algumas das autocara-vanas comercializadas em Portu-gal têm incorporação nacional, pois a transformação industrial dos veículos comerciais em auto-caravanas já é feita em território português.

Além disso, passam a estar ex-cluídos da incidência do ISV os automóveis ligeiros de merca-dorias de caixa fechada que não apresentem cabine integrada na

carroçaria e que tenham peso bruto de 3500 kg, sem tração às quatro rodas. Estas acabam por ser as duas principais medidas em sede de ISV que, para os veículos de passageiros, não sofre qualquer agravamento, o que acontece pela primeira vez em muitos anos.

Alterações às exportações para impedir vendas “falsas”

A proposta de OE 2013 apre-senta ainda maiores barreiras à exportação de viaturas novas matriculadas, para as quais há a previsão de reembolso do ISV pago. Pouco assumida em termos

públicos pelas marcas, estas ope-rações permitem escoar stocks e, mesmo, obter rapel comercial sobre os números globais de ven-das, entre subsidiárias em vários países. Alguns operadores já avi-saram, aliás, que esse facto distor-ce os números das vendas portu-guesas, que estarão ainda piores do que as estatísticas mostram.

Assim, para efeitos do reem-bolso de imposto nas situações

de expedição e exportação dos veículos, passa a ser necessário apresentar, para além dos docu-mentos exigidos no presente, a fatura de aquisição do veículo no território nacional e, quando esti-verem em causa fins comerciais, a respetiva fatura de venda.

Por fim, é eliminada a isenção de imposto aplicável aos parla-mentares europeus que tenham permanecido um mínimo de 12 meses no exercício efetivo de funções, e que venham a estabe-lecer ou restabelecer residência em território nacional. Esta isen-ção mantém-se, no entanto, para funcionários e agentes das Co-munidades Europeias.

AQUILES [email protected]

O Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos matriculados depois de julho de 2007 vai, no pró-ximo ano, ter um aumento de 1,3% nos veículos com cilindrada até 2500 cc e emissões de CO2 de 180 g/km. Acima daqueles valores, o aumento será de 10%. Na prática, este aumen-to atinge o escalão mais alto na com-ponente cilindrada é os dois mais altos da componente ambiental.

Outro fator de realce nas tabelas que vão estar em vigor no próximo ano, se a proposta de Orçamento de Estado para 2013 for aprova-

da como está, no que se refere ao IUC, prende-se com a manuten-ção dos coeficientes anuais.

Pelas contas da “Vida Económi-ca”, um Peugeot 208 1.4 HDI 68 cv (1398 cc e 98 g/km de CO2) paga 118,76 euros em 2012 e vai passar a pagar 130,1 euros em 2013. No caso de Jaguar XF 3.0 V6 (2995 cc e 224 g/km de CO2), que fica nos escalões que sofrem os referidos 10% de aumento, o IUC a liquidar sobe de 533,74 euros (2012) para 653,91 euros (2013).

No que se refere aos veículos matriculados até junho de 2007, o

aumento é também de 1,3% nos veículos com cilindrada mais bai-xas. Nos motores maiores – neste caso com mais de 2601 cc – há também um incremento de 10%. Há, no entanto, uma particulari-dade: é que aqui a subida apenas afeta os veículos a gasolina, “isen-tando” os movidos a gasóleo deste aumento de maior do IUC.

Os 10% de aumento não são exclusivos das quatro rodas. Com efeito, também os motociclos de alta cilindrada, os barcos e as ae-ronaves veem o IUC aumentar na-quela ordem de grandeza.

IMPACTO DO OE 2013 NO SETOR AUTOMÓVEL

sexta-feira, 21 de setembro 2012VI

As viaturas com mais de 2500 cc e 180 g/km têm aumento de 10%. Num Jaguar XF 3.0 V6, o IUC/ano sobe de 533,74 para 653,91 euros.

Pelas contas da “Vida Económica”, um Peugeot 208 1.4 HDI 68 cv paga 118,76 euros em 2012 e vai passar a pagar 130,1 euros em 2013.

PAGAVAM 15% DO IMPOSTO

Autocaravanas vão perder redução do ISV

AUMENTO MÉDIO ABAIXO DAQUELA CILINDRADA SERÁ DE 1,3%

IUC com aumento de 10% para carros com mais de 2500 cc

IUC matrícula depois de julho 2007TABELAS ATUAIS

Cilindrada Taxa CO2 Taxa Ano de aquisição CoeficienteAté 1.250 cm3 27,51 Até 120g/km 56,46 2007 1,00

Mais de 1.250 cm3 até 1.750 cm3 55,22 Mais de 120g/km até 180g/km 84,59 2008 1,05

Mais de 1.750 cm3 até 2.500 cm3 110,34 Mais de 180g/km até 250g/km 169,18 2009 1,10

Mais de 2.500 cm3 347,74 Mais de 250g/km 289,82 2010 1,15

2011 1,15

2012 1,15

TABELAS EM VIGOR EM 2013

Cilindrada Taxa CO2 Taxa Ano de aquisição CoeficienteAté 1.250 cm3 27,87 Até 120g/km 57,19 2007 1,00

Mais de 1.250 cm3 até 1.750 cm3 55,94 Mais de 120g/km até 180g/km 85,69 2008 1,05

Mais de 1.750 cm3 até 2.500 cm3 111,77 Mais de 180g/km até 250g/km 186,1 2009 1,10

Mais de 2.500 cm3 382,51 Mais de 250g/km 318,8 2010 em diante 10,15

IUC matrículas até junho 2007TABELA ATUAL

Gasolina Cilindrada

Outros (Gasóleo, etc.) Cilindrada

Movidos a electricidade Posterior a 1995 De 1990 a 1995 De 1981 a 1989Voltagem total

Até 1.000 Até 1.500 Até 100 17,25 J 10,87 J 7,63 JEntre 1.001 e 1.300

Entre 1.501 e 2.000

Mais de 100 34,61 J 19,45 J 10,87 J

Entre 1.301 e 1.750

Entre 2.001 e 3.000

- 54,06 J 30,22 J 15,16 J

Entre 1.751 e 2.600

Mais de 3.000 - 137,17 J 72,35 J 31,26 J

Entre 2.601 e 3.500

- - 229,39 J 124,92 J 63,61 J

Mais de 3.500 - - 408,69 J 209,94 J 96,46 JTABELA EM VIGOR NO PRÓXIMO ANO

Gasolina Cilindrada

Outros (Gasóleo, etc.) Cilindrada

Movidos a electricidade Posterior a 1995 De 1990 a 1995 De 1981 a 1989Voltagem total

Até 1.000 Até 1.500 Até 100 17,47 J 11,01 J 7,73 JEntre 1.001 e 1.300

Entre 1.501 e 2.000

Mais de 100 35,06 J 19,70 J 11,01 J

Entre 1.301 e 1.750

Entre 2.001 e 3.000

- 54,76 J 30,61 J 15,36 J

Entre 1.751 e 2.600

Mais de 3.000 - 138,95 J 73,29 J 31,67 J

Entre 2.601 e 3.500

- - 252,33 J 137,41 J 69,97 J

Mais de 3.500 - - 449,56 J 230,93 J 106,11 J

Aumento de impostos sobrecarrega preços dos combustíveis

Os combustíveis vão ficar mais caros em 2013, pela via do au-mento de impostos. Segundo a proposta do Orçamento de Esta-do para o próximo ano, a contri-buição para o serviço rodoviário, integrada no ISP, vai aumentar cerca de 1,3% e passar a ser de 1,10 euros por cada mil litros de gasolina (de 65,47 para 66,57 euros) e de 2 euros por cada mil litros de gasóleo (de 87,98 para 89,98 euros). Como as empresas distribuidoras de combustíveis não deverão, segundo anuncia-ram esta semana a associações da-quele setor, assumir este aumento nas suas margens, os carburantes vão ficar mais caros no ano que vem.

As autocaravanas vão passar a liquidar 100% do imposto

Page 7: Revista ARAN Outubro 2012

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Por revestir especial importância e pelo facto de as empresas do setor se verem con-frontadas com notificações para pagamen-to do IUC relativamente ao ano de 2008, passamos a divulgar o entendimento da Autoridade Tributária, através do teor de uma informação disponível no Portal das Finanças (Autoridade Tributária e Adu-aneira), sob o título “IUC – Respostas às Perguntas Mais Frequentes”:Quando entrou em vigor o código do IUC?

A Lei n.º 22-A/2007, que aprovou o Código do IUC, entrou em vigor em 1 de julho de 2007 sendo aplicável nos seguin-tes termos:

• A partir de 1 de julho de 2007, no que respeita aos veículos da categoria B matri-culados a partir dessa mesma data;

• A partir de 1 de janeiro de 2008, no que respeita aos restantes veículos (catego-rias A, C, D, E, F, G).Sobre o que incide o IUC?

O IUC incide sobre:• 1. Veículos das categorias A, B, C, D e

E – abrangem praticamente todos os tipos de veículos motorizados terrestres;

• 2. Veículos da categoria F – embarca-ções de recreio de uso particular;

• 3. Veículos da categoria G – aeronaves de uso particular.Quais os veículos das categorias a e b, matriculados ou registados em portugal, sobre os quais incide o IUC?

• Categoria A: Automóveis ligeiros de pas-sageiros e ligeiros de utilização mista de peso bruto não superior a 2500 kg, matriculados desde 1981 até 30 de junho de 2007;

• Categoria B: Automóveis de passagei-ros referidos nas alíneas a) a d) do n.º 1 do art.º 2.º do Código do Imposto sobre Ve-ículos1 e automóveis ligeiros de utilização mista com peso bruto não superior a 2.500 Kg, matriculados em data posterior a 1 de julho de 2007.

1 - a) Automóveis ligeiros de passageiros, considerando-se como tais os automóveis com peso bruto até 3500 kg e com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do con¬dutor, que se destinem ao transporte de pessoas;

b) Automóveis ligeiros de utilização mista, considerando-se como tais os au-tomóveis com peso bruto até 3500 kg e com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do condutor, que se destinem ao transporte, alternado ou simultâneo, de pessoas e carga;

c) Automóveis ligeiros de mercadorias, considerando-se como tais os automóveis com peso bruto até 3500 kg e com lotação não superior a nove lugares, que se desti-nem ao transporte de carga, de caixa aber-ta, fechada ou sem caixa;

d) Automóveis de passageiros com mais de 3500 kg e com lotação não superior a nove lugares, incluindo o do condutor.Quem deve pagar o IUC?

O IUC deve ser pago:

• Pelos proprietários dos veículos em nome dos quais os mesmos se encontrem registados;

• Pelos locatários financeiros;• Pelos adquirentes com reserva de pro-

priedade; • Por outros titulares de direitos de opção

de compra por força do contrato de loca-ção v.g. leasing, aluguer de longa duração ou renting (aluguer operacional de viatu-ras).Quando devo pagar o IUC de um veículo automóvel?

O IUC é de periodicidade anual. Vence--se na data da matrícula e respetivos ani-versários, independentemente do uso ou fruição, e é exigível até ao cancelamento da matrícula em virtude de abate efetuado nos termos da lei.Em 2008, até quando devia ter pago o IUC de um veículo automóvel?

Durante o mês de aniversário da matrí-cula do veículo.

Por exemplo, se a matricula é de agosto, o pagamento deverá ser efetuado até ao ter-mo desse mês. E, nos anos seguintes, quando devo efetuar o pagamento do IUC desse veículo automóvel?

A regra a seguir é sempre a mesma, ou seja, o pagamento do IUC deve ser efetu-ado até ao termo do mês de aniversário da matrícula do veículo. Por isso, no caso do exemplo do ponto anterior, o pagamento deve ser efetuado sempre no mês de agosto.

E quando um veículo automóvel for matriculado em Portugal pela primeira vez?

O pagamento deverá ocorrer até 30 dias após o prazo exigido para o registo (o qual, atualmente, é de 60 dias a contar da data de atribuição da matrícula – art.º 42.º/2 do Regulamento de Registo Automóvel). Nos anos seguintes segue a regra enunciada no ponto anterior.Vendi o meu veículo automóvel em 2008. Devo pagar o IUC?

Se o registo da transferência da proprie-dade ocorreu antes da data de aniversário da matrícula do veículo, não deve efetuar o pagamento do IUC. O pagamento deve ser efetuado pelo novo proprietário.

Se a alteração da propriedade não tiver sido registada, isto é, se não constar na base de da-dos do Instituto dos Registos e Notariado, I.P. (IRN), veja por favor a questão seguinte.O novo proprietário ainda não fez o registo em nome dele. Quem deve pagar o IUC?

O registo e as alterações da propriedade dos veículos automóveis são feitos somen-te nos serviços competentes do IRN. Não compete à Autoridade Tributária e Adua-neira (AT) inscrever ou alterar a titularida-de dos veículos automóveis. A AT apenas utiliza a base de dados do referido Instituto.

Por isso, enquanto o veículo automóvel estiver registado em seu nome na base de

Imposto Único de Circulação

sexta-feira, 19 de outubro VII

dados do IRN, o imposto é de-vido por si.Efetuei o abate do veículo automóvel. Devo pagar o IUC?

Se o abate ocorreu antes da data de aniversário da matrícula do veículo automóvel, não deve efetuar o pagamento do IUC.Efetuei o abate do veículo e recebi uma notificação para pagar o IUC. O que devo fazer?

As entidades competen-tes para o cancelamento de matrículas são o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. (IMTT), o Insti-tuto Nacional de Aviação Civil (INAC) e a Autoridade Maríti-ma Nacional, consoante se trate de veículos terrestres, aeronaves ou embarcações, respetivamen-te, pelo que deverá tratar do assunto junto do serviço com-petente dessas entidades.

No caso específico dos ve-ículos automóveis o cancela-mento de matrícula poderá ser efetuado sempre que o mesmo se encontre nas situações pre-vistas no art.º 119.º do Código da Estrada, ou seja considerado um Veículo em Fim de Vida. O cancelamento de matrícula nes-te último caso está condiciona-do à exibição, junto do IMTT, de um certificado de destruição emitido por um operador de desmantelamento autorizado.Já não possuo o veículo. Tenho, mesmo assim, de pagar o IUC?

Sim, deve pagar o IUC pois

o veículo só deixará de constar registado em seu nome se:

• For requerida a tranferência da propriedade do veículo ter-restre, da aeronave ou da embar-cação, junto de um serviço do IRN, INAC ou da Autoridade Marítima Nacional, respetiva-mente; ou,

• A matrícula for cancelada pelo serviço competente do IMTT, INAC ou da Autoridade Marítima Nacional, consoante se trate de veículos terrestres, aeronaves ou embarcações, res-petivamente.Sou portador de uma deficiência com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%. Este ano já beneficiei de isenção relativamente a um automóvel. Se adquirir outra viatura, posso requerer nova isenção?

Não. O sujeito passivo porta-dor de deficiência com um grau de incapacidade igual ou supe-rior a 60%, só pode beneficiar de uma isenção por ano.Adquiri uma viatura que beneficiou este ano de isenção (era de uma pessoa portadora de uma deficiência). Devo pagar o imposto? Quando?

Não. Só deverá pagar imposto no ano seguinte, no mês de ani-versário da matrícula.Fui notificado para pagar o IUC de 2008 mas não sou o devedor. Como posso exercer o meu direito de audição prévia?

Poderá exercer o seu direito de

audição prévia:a) Preferencialmente, através

do Portal das Finanças: www.portaldasfinancas.gov.

pt na opção: Consultar > Diver-gências. A AT, tendo em vista simplificar e agilizar o cumpri-mento das suas obrigações fis-cais, disponibiliza-lhe uma lista das divergências detetadas, nesse âmbito, bem como o detalhe com informação de pormenor relativamente a cada divergência e a forma de resolver a respetiva situação.

b) Através de documento es-crito (juntando prova), a reme-ter por via postal para o Serviço de Finanças da área do seu do-micílio fiscal.

c) Dirigindo-se ao seu Serviço de Finanças.Fui notificado para pagar o IUC de 2008. Como posso fazê-lo?

Para regularizar a situação, deve proceder à liquidação e pagamento do imposto em fal-ta. Para tanto, obtenha o docu-mento de pagamento no Portal das Finanças, na opção Pagar > Imposto Único de Circulação > Anos Anteriores ou em qual-quer Serviço de Finanças.

O pagamento pode ser efetu-ado através do Multibanco, da Internet, dos CTT, das Institui-ções de Crédito e dos Serviços de Finanças (Secções de Co-brança), utilizando a referência para pagamento. Para efetuar o pagamento através da Internet utilize o serviço on-line do seu Banco e selecione “Pagamentos ao Estado”.»

(CONTINUA)

(CONTINUAÇÃO)

Foi publicado o novo Regula-mento Emolumentar dos Registos e Notariado, que aumenta signifi-cativamente o valor a pagar pelos serviços e registos nas conservató-rias. De realçar o aumento brutal do valor cobrado aos revendedores pelos registos efetuados online.

Anteriormente, a adesão ao pro-jeto online permitia uma poupan-ça de 40% relativamente ao valor cobrado nas conservatórias. Com as alterações introduzidas a pou-pança ficará pelos 15%.

São os seguintes os custos asso-ciados ao registo em apreço:

a) Registo requerido dentro do prazo legal: J 55,30.

b) Registo requerido mais de 60 dias sobre a data do ato: J 110,50.

c) Registo de propriedade ad-quirida em resultado de revenda efetuada por entidade comercial que tenha por atividade princi-pal a compra de veículos para re-venda ou que, em virtude da sua atividade, proceda com caráter de regularidade à transmissão da pro-priedade de veículos, desde que a revenda ocorra nos 180 dias pos-teriores à aquisição da proprieda-de por tal entidade: J 25,50. As quantias referidas são devidas pela mencionada entidade comercial, sendo devida a esta última, por parte do adquirente da proprie-dade em virtude da revenda, os montantes pagos pela entidade comercial pelo registo da proprie-dade a seu favor.

Este regime especial de emolu-mentos só é aplicável:

c.1) Se a entidade comercial referida promover o registo da propriedade adquirida por reven-da no prazo de dois dias úteis a contar de tal revenda (esse prazo inclui o pagamento);

c.2) Se tal entidade tiver pre-viamente promovido o registo da propriedade a seu favor, também por via eletrónica e no prazo de dois dias úteis a contar da data da aquisição (esta limitação não ocorre nos casos em que a proprie-dade tenha sido transmitida a tal entidade por uma outra entidade idêntica, pois, neste caso, o registo a favor da primeira pode ser pedi-do por esta última).

d) Registo relativo a veículo com cilindrada não superior a 50 cm3: J 25,50.

e) Pelo registo inicial relativo a um veículo com matrícula atribuí-da nos 60 dias anteriores: J 46,80

A ARAN não pode deixar de manifestar o seu desagrado com a adoção desta medida que implica um aumento de custos para as em-presas que se dedicam à compra e venda de veículos automóveis e que muito penalizadas têm sido pela grave crise económica que atravessamos. Na base da criação do registo automóvel online estava uma redução de custos nos regis-tos e nas deslocações. Com as alte-rações introduzidas, muito pouco significativa é a redução de custos.

Aumento dos custos do registo de automóveis

Page 8: Revista ARAN Outubro 2012

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O Decreto-lei nº 181/2012, de 6 de agosto, veio estabelecer o regime jurídico de acesso e exercício à atividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor, designada por rent--a-car.

Este decreto-lei visa simplifi-car o regime jurídico de acesso ao exercício da atividade de alu-guer de viaturas de passageiros sem condutor, designada por rent-a-car, quando exercida por prestadores de estabelecidos em território nacional. Este novo regime abrange apenas a ativi-dade de locação de veículos, não incluindo outro tipo de contra-tos ou prestação de serviços de disponibilização de veículos por períodos muito reduzidos, de-signados por “car sharing”, nem aluguer de longa duração, ALD ou renting.

Este diploma apenas entra em vigor 180 dias após a sua publi-cação, isto é, em fevereiro do próximo ano.

O acesso à atividade está su-jeito a comunicação prévia ao

IMT,I.P. através do balcão úni-co eletrónico ou da plataforma eletrónica. O IMT.I.P. pode opor-se no prazo de 20 dias úteis, quando não estejam pre-enchidos os requisitos de acesso à atividade. Para o exercício da atividade, devem ser cumpri-dos, cumulativamente, os se-guintes requisitos:

- Possuir idoneidade (com-provada através do registo cri-minal);

- Propor-se a explorar um nº mínimo de veículos (sete, para o aluguer de veículos novos de passageiros, três, para as restan-tes categorias)

- Dispor de, pelo menos, um estabelecimento fixo para aten-dimento ao público.

Os veículos para alugar devem cumprir os seguintes requisitos:

- Sejam matriculados em Por-tugal;

- Sejam propriedade do loca-dor ou adquiridos em regime de locação financeira;

- Não tenham mais do que cinco anos contados a partir da

data da 1º matrícula;- Pelo menos 10% dos veícu-

los devem cumprir regras am-bientais designadas por “Euro V”

Este novo regime reduz o número mínimo de veículos necessários para o acesso à ativi-dade de 25 para 7 veículos ligei-ros, permitindo que pequenas empresas prestem igualmente serviços e fomenta o empreen-dedorismo.

O novo regime também tem como objetivo facilitiar o acesso à atividade, revogando o requi-sito de exigência de estabeleci-mento principal em Portugal, da necessidade de autorização para abertura de agências e da exigência de forma de pessoa coletiva para o prestador deste serviço.

Devido à necessidade de di-ferenciar este regime de outras atividades, esclarece-se que se excluem do conceito de aluguer de veículos de passageiros sem conduto, os contratos tendentes ao financiamento ou à aquisição

de veículos por qualquer forma, incluindo cláusulas de opção ou promessas de compra e venda dos mesmos, ínsitas no contrato ou constantes de negócio jurídi-co separado.

Este regime pretende também acautelar a posição do locatário, devido à maior vulnerabilidade no que respeita à execução de contratos e à sua celebração, introduzindo normas que pre-veem garantias acrescidas ao consumidor. Umas das novida-des do novo regime para prote-ção do locatário é a necessidade de disponibilizar a prestação de serviço equivalente ao contrata-do ou disponibilização de um veículo de gama superior, sem acréscimo de quaisquer custos, em caso de indisponibilidade do veículo contratado.

Cabe ao locatário assegurar de forma gratuita a prestação de um serviço de assistência ao locatário, disponível 24 horas por dia, para comunicação de situações anómalas que se verifi-quem na execução do contrato.

O novo diploma prevê também quais os documentos que de-vem ser entregues ao locatário, com o fim de serem exibidos às autoridades quando solicitados:

- documento único do auto-móvel;

-comprovativo da apólice de seguro de responsabilidade civil automóvel;

-cópia do contrato de aluguer;-ficha de inspeção quando

aplicável.Apesar de o diploma reger a

atividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor, nos termos do artigo 13º do mesmo diploma, “ pode ser cele-brado um contrato adicional ao de aluguer de veículo de passa-geiros sem condutor tendo por objeto exclusivo a sua condução, a qual só pode ser exercida por pessoa contratada pelo locador, considerando-se esse serviço prestado pelo próprio locador”.

Os contratos de aluguer de veículos têm de ser numerados sequencialmente e feitos em

Rent-a-car – novas regras para o exercício da atividade

sexta-feira, 19 de outubro 2012VIII

S íntese Legislativa

ECONOMIA & FINANÇAS

• Portaria nº 278/2012. D.R. nº 179, Série I de 2012-09-14Regulamenta a implementação gradual do princípio da onerosidade através da determinação dos termos em que é devida a contrapartida pelos serviços, organismos ou demais entidades utilizadores de espaços públicos.

• Portaria nº 281-A/2012. D.R. nº 179, Suplemento, Série I de 2012-09-14Aprova o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).

• Declaração de Retificação nº 47/2012. D.R. nº 180, Série I de 2012-09-17Retifica o Decreto-Lei nº 170/2012, de 1 de agosto, do Ministério da Economia e do Emprego, que proce-de à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 39/2010, de 26 de abril, que cria o regime jurídico da mobilidade elétrica, publicado no Diário da República, 1.ª série, nº 148, de 1 de agosto de 2012.

• Portaria nº 284/2012. D.R. nº 183, Série I de 2012-09-20Primeira alteração à Portaria nº 131/2011, de 4 de abril, que cria um balcão único eletrónico, designado «Balcão do empreendedor».

• Decreto-Lei nº 212/2012. D.R. nº 186, Série I de 2012-09-25Procede à segunda alteração aos estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, transpondo as Diretivas n.os 2009/72/CE e 2009/73/CE, do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 13 de julho, que estabelecem as regras comuns para o mercado interno da eletricidade e do gás natural, respetivamente, e re-vogam as Diretivas n.os 2003/54/CE e 2003/55/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho.

• Decreto-Lei nº 215-A/2012. D.R. nº 194, Suplemento, Série I de 2012-10-08Quinta alteração ao Decreto-Lei nº 29/2006, de 15 de fevereiro, que estabelece os princípios gerais relativos à organização e ao funcionamento do Sistema Elétrico Nacional (SEN), bem como as bases gerais aplicáveis ao exercício das atividades de produção, transporte, distribuição e comercialização de eletricidade e à orga-nização dos mercados de eletricidade.

• Decreto-Lei nº 215-B/2012. D.R. nº 194, Suplemento, Série I de 2012-10-08Sexta alteração ao Decreto-Lei nº 172/2006, de 23 de agosto, e completa a transposição da Diretiva nº 2009/72/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho, que estabelece as regras comuns para o mercado interno de eletricidade.

• Decreto-Lei nº 217/2012. D.R. nº 195, Série I de 2012-10-09

Procede à quarta alteração ao Decreto-Lei nº 267/2002, de 26 de novembro, que estabelece os procedimentos e define as competências para licenciamento e fiscaliza-ção de instalações de armazenamento de produtos de petróleo e de instalações de postos de abastecimento de combustíveis, conformando o mesmo às exigências constantes da Diretiva nº 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa ao livre acesso e exercício de atividades de serviços.

TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

• Decreto Regulamentar nº 50/2012. D.R. nº 186, Série I de 2012-09-25Procede à segunda alteração ao Decreto Regulamentar nº 1-A/2011, de 3 de janeiro, que regulamenta o Códi-go dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social.

• Decreto-Lei nº 213/2012. D.R. nº 186, Série I de 2012-09-25Procede à definição do regime de celebração de acor-dos de regularização voluntária de contribuições e quotizações devidas à segurança social, autoriza o pagamento diferido de montante de contribuições a regularizar em situações não resultantes de incumpri-mento e prevê uma dispensa excecional do pagamento de contribuições.

• Portaria nº 297-A/2012. D.R. nº 189, Suplemento, Série I de 2012-09-28Aprova a declaração modelo nº 43 e respetivas instru-ções de preenchimento a utilizar pelos órgãos do Mi-nistério da Solidariedade e da Segurança Social, para a comunicação dos valores de todas as prestações sociais pagas.

• Portaria nº 309/2012. D.R. nº 195, Série I de 2012-10-09Primeira alteração à Portaria nº 92/2011, de 28 de fevereiro, que regula o Programa de Estágios Profissio-nais.

• Decreto-Lei nº 221/2012. D.R. nº 198, Série I de 2012-10-12Institui a atividade socialmente útil a desenvolver por parte dos beneficiários da prestação de rendimento so-cial de inserção.

TRANSPORTES & RODOVIÁRIO

• Declaração de Retificação nº 49/2012. D.R. nº 181, Série I de 2012-09-18Retifica a Portaria nº 221/2012, de 20 de julho, do Ministério da Economia e do Emprego, que estabelece os requisitos técnicos a que devem obedecer os centros de inspeção técnica de veículos (CITV), no âmbito da

Lei nº 11/2011, de 26 de abril, publicada no Diário da República, 1.ª série, nº 140, de 20 de julho de 2012.

JUSTIÇA

• Decreto-Lei nº 209/2012. D.R. nº 182, Série I de 2012-09-19Altera o Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei nº 322-A/2001, de 14 de dezembro, bem como legislação conexa com emolumentos e taxas.

• Portaria nº 285/2012. D.R. nº 183, Série I de 2012-09-20Regula a certidão permanente de registos e de docu-mentos e a certidão permanente do pacto social atu-alizado.

• Portaria nº 286/2012. D.R. nº 183, Série I de 2012-09-20Altera as Portarias n.os 1416-A/2006, de 19 de dezembro, 1594/2007, de 17 de dezembro, 622/2008, de 18 de ju-lho, 1513/2008, de 23 de dezembro, 1535/2008, de 30 de dezembro, 307/2009, de 25 de março, 696/2009, de 30 de junho, e 145/2010, de 10 de março.

JURISPRUDÊNCIA

• Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo nº 3/2012. D.R. nº 182, Série I de 2012-09-19Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: Das decisões do juiz relator sobre o mérito da causa, profe-ridas sob a invocação dos poderes conferidos no artigo 27º, nº 1, alínea i), do CPTA, cabe reclamação para a conferência, nos termos do nº 2, não recurso.

• Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo nº 4/2012. D.R. nº 183, Série I de 2012-09-20Uniformiza a jurisprudência nos seguintes termos: As empresas de distribuição e venda de fogo de artifício podem ser adjudicatárias nos concursos para produção de espetáculos pirotécnicos, com lançamento e queima de fogo de artifício, desde que, para o efeito, apresen-tem os operadores pirotécnicos necessários, devida-mente credenciados pela PSP, independentemente de quem os indicou para credenciação.

• Acórdão do Tribunal Constitucional nº 404/2012. D.R. nº 194, Série I de 2012-10-08Declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma constante do artigo 34º, nº 1, da Lei Or-gânica nº 1-B/2009, de 7 de julho, na parte em que limita a possibilidade de apresentação de queixas ao Provedor de Justiça por motivo de ações ou omissões das Forças Armadas aos casos em que ocorra violação dos direitos, liberdades e garantias dos próprios militares queixosos.

duplicado. Deve constar a seguinte infor-mação:

- a identificação das partes; - a identificação do veículo alugado;- o preço a pagar, com descrição de to-

dos os componentes fixos e variáveis ou, quando não for possível indicar o preço exato, o método de cálculo do preço e o total do preço expectável, bem como men-ção do imposto aplicável.

-as importâncias recebidas a título de caução;

- os serviços complementares conven-cionados, respetivo preço e condições e, tratando-se de seguros, as suas coberturas e exclusões;

- a data e o local do início e do fim do aluguer, bem como as condições a obser-var pelo locatário aquando da entrega do veículo no termo do contrato;

- o nome, endereço e número de telefo-ne de serviço da assistência.

Cabe à empresa manter um registo de todos os contratos de aluguer celebrados, segundo a ordem da sua celebração, du-rante e dois anos a contar da data do res-petivo termo.

A fiscalização do cumprimentos das nor-mas estabelecidas no decreto-lei cabe ao (à):

-IMT.I.P.;-Guarda Nacional Republicana;-Polícia de Segurança Pública;-Autoridade Nacional de Segurança Ro-

doviária;As empresas já titulares de alvará para o

exercício da atividade de rent-a-car à data da entrada em vigor do presente decreto--lei tem um prazo de um ano para se adap-tarem às novas regras, ficando isentas da apresentação de comunicação prévia ao IMT.I.P. Cabe ao IMT.I.P. a publicação na Internet da lista das empresas titulares de alvará para o exercício da atividade de rent-a-car.

(CONTINUA)

(CONTINUAÇÃO)

Page 9: Revista ARAN Outubro 2012

A Portaria n.º 983/2007, de 27 de agosto, regulamenta as condi-ções de publicidade dos horários de trabalho do pessoal afeto à exploração de veículos automó-veis propriedade de empresas de transportes ou privativos de outras entidades sujeitas às dis-posições do Código do Trabalho, bem como a forma de registo a aplicar aos trabalhadores afetos à exploração de veículos auto-móveis não sujeitos ao aparelho de controlo no domínio dos transportes rodoviários. As vá-rias disposições constantes deste

diploma aplicam-se a empresas prestadoras de serviços através de veículos do tipo pronto-socorro.

Além do livrete individual de controlo por cada trabalhador móvel, o citado diploma obriga o empregador a organizar um re-gisto em livro próprio dos livretes fornecidos a cada trabalhador. De acordo com a alínea b) do artigo 5.º, este registo de livretes deve efetuar-se em livro próprio, do qual conste o número do livrete, nome do titular, bem como a as-sinatura deste aquando da entre-ga e devolução ou, quando for o

caso, a razão justificativa da falta de devolução.

Assim, após a autenticação do livrete individual de controlo junto da Autoridade das Condi-ções de Trabalho, o empregador deve garantir que o livrete fica registado em livro próprio, com indicação das datas de entrega e devolução e respetiva assinatura do trabalhador.

Informa-se que a ARAN tem disponível para os seus Associa-dos o Registo dos Livretes de acordo com o modelo constante na legislação aplicável.

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sexta-feira, 19 de outubro 2012 IX

A partir de novembro de 2012 todos os pneus dos veículos ligei-ros de passageiros e dos veículos comerciais ligeiros e pesados à venda na União Europeia vão passar a ser disponibilizados no mercado com um rótulo de infor-mações referentes a parâmetros como a sua eficiência energética, a sua aderência em piso molhado e o valor de emissão de ruído de rolamento. O sistema proposto e aprovado em plenário, através do regulamento CE Nº1222/2009, apresenta-se muito semelhante ao atualmente utilizado pelos ele-trodomésticos.

Devido principalmente à sua resistência ao rolamento, os pneus são responsáveis por cerca de 20% a 30% do consumo de combustível dos veículos. A redu-ção desta resistência ao rolamen-to pode contribuir de uma for-ma significativa para a eficiência energética dos transportes rodo-viários bem como para a redução das emissões poluentes devido à redução do consumo de com-bustível. A redução da emissão do ruído de rolamento visa reduzir o ruído de tráfego visto que, alem de incomodativo, tem efeitos pre-judiciais para a saúde.

A utilização de um rótulo nor-malizado para a prestação de in-formações sobre os parâmetros dos pneus é suscetível de influen-ciar as decisões de compra dos utilizadores finais no sentido de adquirirem pneus mais seguros, mais silenciosos e mais eficientes em termos energéticos.

É provável que, por sua vez, isso incentive os fabricantes de pneus a otimizarem os referidos parâmetros, abrindo assim cami-nho a um consumo e a uma pro-dução mais sustentável.

O novo rótulo de eficiência dos pneus possui sete classes, de «A» a «G», sendo a classe «A» de cor verde, a mais eficiente, e a classe «G» de cor vermelha, a menos efi-ciente. Ao lado desta informação, o consumidor encontra outra co-luna também com sete classes, de «A» a «G», que classifica a aderên-cia do pneu ao piso em condições molhadas, desta vez sem cores. Por fim, em baixo, consta o nível de ruído, em decibéis, que o pneu produz.

Visto que nem sempre o con-sumidor final tem acesso ao pneu antes de realizar a sua compra como acontece nas compras re-alizadas através da Internet, a difusão da informação relativa à eficiência energética mereceu es-pecial atenção neste regulamento. Assim, os fornecedores devem declarar, no material técnico pro-mocional, incluindo as suas pági-nas Internet, a respetiva informa-ção de características energéticas do pneu.

Este novo regulamento cria obrigações aos distribuidores de garantirem que, no ponto de venda, os pneus ostentem em local claramente visível o auto-colante relativo à eficiência ener-

gética, de forma a informar os consumidores acerca desta antes de efetuarem a compra, além de criar a obrigação de declarar nas faturas entregues ao utilizador fi-nal no momento da compra ou juntamente com estas, a classe de eficiência energética, o valor medido do ruído exterior de ro-lamento e, se for o caso, a classe de aderência em pavimento mo-lhado.

O novo sistema de rotulagem de pneus aplica-se aos pneus das classes C1, C2 e C3.

Neste momento o referido re-gulamento não se aplica a alguns tipos de pneus específicos apesar de:

•Pneus recauchutados;•Pneus todo-o-terreno profis-sionais;•Pneus concebidos apenas para equiparem veículos destinados exclusivamente a corridas de automóveis;•Pneus concebidos exclusiva-mente para veículos matricula-dos pela primeira vez antes de 1 de outubro de 1990;•Pneus sobresselentes de uti-lização temporária do tipo T (previstos para utilização a uma pressão de enchimento supe-

rior à prescrita para pneus con-vencionais e reforçados);•Pneus cuja categoria de velo-cidade seja inferior a 80 quiló-metros/hora;•Pneus cujo diâmetro nominal da jante não exceda 254 milí-metros (mm) ou seja igual ou superior a 635 mm;•Pneus equipados com dis-positivos suplementares para melhorar as propriedades de tração, como os pneus com pregos.O sistema de rotulagem “sensi-

bilizará também os consumidores para as diferenças significativas (quer no plano ambiental, quer no plano económico) existentes entre os vários tipos de pneus — no caso dos automóveis ligei-ros de passageiros, essa diferença pode atualmente atingir os 10% de combustível consumido pelos pneus de melhor e de pior rendi-mento”.

Um estudo de impacto identi-ficou um potencial de poupança de 0,56 a 1,51 milhões de tonela-das de combustível por ano. Este número é o equivalente à retirada de meio milhão a 1,3 milhões de automóveis ligeiros de passageiros das estradas da UE.

Novo sistema de rotulagem de pneus incentiva uma escolha mais eficiente

Registo do Livrete Individual de Controlo

Autorização para a prestação de serviços externos de segurança, higiene e saúde no trabalho

A importância das medidas de proteção coletiva e individual – segurança no trabalho

As entidades emprega-doras devem organizar os serviços de segurança e saúde no trabalho. Sur-gem muitas vezes dúvidas por parte dos Associados quanto às entidades que estão devidamente habili-tadas a exercer os serviços de segurança e saúde no trabalho.

Assim, a autorização de serviços externos, prevista no n.º 1 do Artigo 84.º, da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, cabe à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), no caso de servi-ços de segurança e higie-

ne, e à Direção-Geral da Saúde (DGS), no caso de serviços de saúde no tra-balho.

As empresas não auto-rizadas, e como tal não constantes nas listas onli-ne, quer do site da ACT, quer do microsite de Saú-de Ocupacional da pá-gina da DGS, incorrem, segundo o n.º 6 do artigo 84.º, em contraordenação muito grave pelo exercício da atividade sem autoriza-ção.

As empresas beneficiá-rias ou que adjudicarem os serviços de uma em-presa não autorizada são

solidariamente responsá-veis pelo pagamento da coima, conjuntamente com a empresa infratora, de acordo com o n.º 7 do Artigo 84.º.

Caso exista alguma dú-vida sobre a autorização de empresa contratada, ou a contratar, para a presta-ção de serviços externos de segurança e higiene e/ou saúde no trabalho, po-derão contactar os servi-ços técnicos da ARAN.

A escolha de equipamen-tos de proteção individual é feita com base na avalia-ção dos riscos existentes nos postos de trabalho. Feito o levantamento dos riscos existentes, é necessá-rio proceder à escolha dos equipamentos de proteção individual mais adequado e esta deve ter em conta os se-guintes fatores: característi-cas do trabalhador; duração do equipamento de proteção individual; gravidade do ris-co; frequência da exposição ao risco; características do posto de trabalho em causa.

As razões de eficácia no combate ao risco e mesmo de eficiência produtiva, de-

terminam uma opção de prioridade na aplicação de equipamentos de proteção coletiva relativamente aos equipamentos de proteção individual cuja utilização representa um incómodo para os utilizadores e um in-conveniente para o nível de perceção sensorial necessário para realização das tarefas.

Estas características impli-cam que aos equipamentos de proteção coletiva devam ser associados requisitos de estabilidade, resistência e permanência no espaço e tempo, para que reúnam as propriedades que garantam a maior eficácia.

Estes equipamentos de-

vem ser utilizados em cir-cunstâncias diversificadas, designadamente as seguintes: sSempre que se verifique a possibilidade de existirem al-gum tipo de riscos; em caso de impossibilidade técnica demonstrada de não haver outra possibilidade preventi-va; em situações de perma-nência de curta duração em zonas de risco; na execução de determinados procedi-mentos de emergência.

Os equipamentos de pro-teção individual devem reu-nir em conjunto, proprieda-des de adaptação ao trabalho a realizar, aos riscos em pre-sença e às características in-dividuais dos trabalhadores.

Page 10: Revista ARAN Outubro 2012

* Datas a indicar

Notas:

- As vagas são preenchidas por ordem de chegada; - O plano formação está sujeito a alterações.

Para mais informações contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional da ARAN:Tel. 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 E-mail: [email protected] Morada: Rua Faria Guimarães 631 4200-291 Porto

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R ecursos humanos e formação profissional

OBRIGATORIEDADE LEGAL FORMAÇÃO EM SEGURANÇA,

HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

De acordo com os nºs 1 e 6 do artigo 20º da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, o trabalhador deve receber uma formação adequada no domínio da segurança e saúde no trabalho, tendo em aten-ção o posto de trabalho e o exercício de atividades de risco elevado (nº 1). Constitui contraordenação grave a violação do disposto no nº 1 (nº 6).

Assim, todos os trabalhadores duma empresa são obrigados legalmente a terem formação na área de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Profissional

da ARAN

OBRIGATORIEDADE LEGALCurso de Atestação de Técnicos para Intervenções

em Sistemas de Ar Condicionado Instalados em Veículos a Motor

De acordo com o Decreto-Lei nº 56/2011 e Regulamento (CE) nº 307/2008, só

podem proceder a intervenções em sistemas de ar condicionado, que contêm gases flu-orados com efeito de estufa, instalados em veículos a motor, os técnicos detentores do atestado de formação, obtido por frequência de curso realizado em entidades reconheci-das como Organismos de Atestação pela Agência Portuguesa do Ambiente.

A criação de organismos de atestação, prevista na lei, levou ao aparecimento de enti-dades com oferta formativa nesta área, como é o caso do CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel.

O curso para obtenção de Atestado de Formação de técnico para intervenções em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor, que contenham gases fluora-dos com efeito de estufa, tem duração de 25 horas e o atestado de formação obtido após frequência com aproveitamento do curso do CEPRA tem validade de 7 anos.

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Profissional da ARAN.

sexta-feira, 19 de outubro 2012X

PLANO DE FORMAÇÃO CO-FINANCIADAARAN – 2012 - 2º. SEMESTRE

Designação Local Duração Início Fim Valor Horário

Motores – Diag. De Avarias/ Inform. Técnica

Castelo Branco

50 h 22/10/2012 08/11/2012 89 J 19h–23h

Diag. Rep. Sistemas Antipoluição / Sobreali-mentação

Vila Real 50 h 29/10/2012 16/11/2012 89 J 19h–23h

Diag. Rep. Sistemas de Comunicação e Informação

Pedrouços 50 h 19/11/2012 05/12/2012 89 J 19h–23h

Sistemas de transmis-são automática

Albufeira 25 h 26/11/2012 04/12/2012 45 J 19h–23h

Motores – Diag. De Avarias/ Inform. Técnica

Viseu 50h 19/11/2012 05/12/2012 89J 19h-23h

Diag. Rep. Sistemas Antipoluição / Sobreali-mentação

Braga 50h 06/11/2012 22/11/2012 89J 19h-23h

Diag. Rep. Sist. Trans-missão Automática

Aveiro 50h * * 89J 19h-23h

Emprego ARANAs empresas Associadas da ARAN podem consultar neste espaço informação sobre profissionais à procura de emprego. As empresas interessadas deverão contactar

o Departamento de Recursos Humanos para ter acesso aos CV detalhados.

PROCURA DE EMPREGO:• Referência 01/12 - Mecânico Auto 1ª com experiência nas marcas Renault e Mitsubishi. • Referência 02/12 - Administrativa/recepcionista

OFERTA DE EMPREGO:Empresa de setor automóvel (venda e após-venda) em Ponte de Lima recruta colaboradores - vendedores e respon-sável da oficina.

Resposta a Departamento de Recursos Humanos ARAN Tel. 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 E-mail: [email protected]

PLANO DE FORMAÇÃO CEPRA – 2012 - 2º. SemestreDesignação Local Duração Início Fim Horário ValorEletricidade automóvel Prior Velho 25 h 01/10/2012 09/10/2012 19-23h 45 J

Soldadura MAG e eléctrica por resistência

Prior Velho 50 h 01/10/2012 17/10/2012 19-23h 89 J

Diagnóstico e reparação de sistemas de informação e comu-nicação

Prior Velho 50 h 08/10/2012 24/10/2012 19-23h 89 J

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Ignição e Injeção Electrónica de Motores a Gasolina

Prior Velho 50 h 09/10/2012 25/10/2012 19-23h 89 J

Orçamentação de Colisão / Tempários e Tarifários

Prior Velho 50 h 17/10/2012 02/11/2012 19-23h 89 J

Soldadura MIG TIG e específicas para alumínio

Prior Velho 50 h 22/10/2012 08/11/2012 19-23h 89 J

Atestação de técnicos de ar condicionado

Vila Real 16 h 19/11/2012 22/11/2012 19-23h 127,5J

a) Cursos do CEPRA em que os Associados da ARAN têm 15% de Desconto. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição do CEPRA e enviar para a ARAN e o pagamento deve ser efectuado para o NIB 0781 0112 0000 0006 0981 3 entregando o comprovativo de transferência bancária no 1º. dia da formação.b) Cursos do CEPRA em que os interessados devem preencher a ficha de inscrição do CEPRA e enviar para a ARAN e o pagamento deve ser efectuado para o NIB 0781 0112 0000 0006 0981 3 entregando o comprovativo de transferência bancária no 1º. dia da formação.

Notas: - As vagas são preenchidas por ordem de chegada; - O plano formação está sujeito a alterações.

FORMAÇÃOWORKSHOP AMBIENTAL

Câmara Municipal de Aveiro 25 de Outubro Centro Cultural de Congressos14.00h - 18.00h

Câmara Municipla Vila Real 13 Novembro Auditório Biblioteca Municipal

Workshop sobre alterações no Código de Trabalho

Batalha 2 Novembro Exposalão Batalha 19.00h - 22.00h

Page 11: Revista ARAN Outubro 2012

JORGE MACEDO, ADMINISTRADOR-DELEGADO DO GRUPO CARDAN, CONSIDERA

“Modelo do negócio automóvel tem de mudar” O modelo do negócio automóvel “tem de mudar”, segundo o administrador-delegado do grupo Cardan. Jorge Macedo aponta como “um fator crítico” para a sobrevivência do retalho a existência de “custos de distribuição muito mais baixos”. “É um trabalho que tem de ser feito pelos retalhistas em conjunto com as marcas, nomeadamente, trabalhar com stocks mais reduzidos, não ter encargos financeiros provenientes de garantias bancárias, em suma, aliviar toda a estrutura de custos que não acrescenta valor ao negócio”, refere, em entrevista à “Vida Económica”, o líder do grupo automóvel, que no início do ano integrou a Maivex na sua operação.AQUILES [email protected]

Vida Económica – O grupo Cardan integrou a Maivex a 31 de dezembro de 2011. Ao cabo de nove meses, já con-seguem fazer um balanço da operação, que ocorreu num período muito complicado do mercado?

Jorge Macedo – De facto, este é um ano atípico do mercado automóvel, em que a queda é de cerca de 40%. Aliás, sabemos que estatística está deturpada por valores de exportações acima do normal, pelo que a descida será, certamente, superior a 50%. Com efeito, ninguém se lem-brará de uma queda tão grande no mercado. Portanto, esta in-tegração do negócio Maivex na Cardan é marcada por este ano particularmente difícil. No es-sencial, aquilo que pretendíamos com a integração, que passava por aumentar o peso e a dimen-são territorial que tínhamos em marcas que já representávamos (como a Hyundai, a Mazda e a Mitsubishi), foi conseguido, pelo que estamos satisfeitos com este primeiro ano, apesar do contexto adverso.

VE – E representa a entra-da, com automóveis novos, no distrito do Porto.

JM – No fundo, é um regres-so às origens, o negócio arrancou

no Porto já há mais de 40 anos. É um regresso natural, sendo cer-to que já estávamos no mercado do Porto com o negócio de mo-tos e de automóveis usados, mas naquilo que tem a ver com o ne-gócio de carros novos e do pós--venda automóvel é, de facto, um regresso a um mercado em que queríamos estar, não só por ser o mercado de origem, mas por-que é um mercado ligado ao que sempre trabalhámos, o distrito de Braga, o que nos permite reforçar a nossa presença regional. Era um objetivo estratégico de há alguns anos fazer esta ligação.

VE – Em termos de vendas de automóveis novos e usa-dos, o que pode representar esta integração para o grupo Cardan?

JM – O que previmos no final do ano passado, quando analisá-mos este negócio, foi incrementar em cerca de 30% o nosso volu-me global de vendas de viaturas e peças. À luz do mercado de anos anteriores, aumentar 30% seria aumentar 400 ou 500 unidades. À luz do mercado atual, temos de dividir isso por dois, já que o mercado é metade do que já foi. O objetivo inicial passa, então, por crescer cerca de 30% com as marcas atuais, com a meta de, com eventuais futuras integra-ções de mais marcas neste espaço, poder fazer esse número crescer.

VE – Há negociações para novas marcas?

JM – Nesta fase, estamos num período de consolidação face ao crescimento que tivemos nos últimos anos, quer desta inte-gração, quer fruto das marcas que passamos a representar nos últimos anos. Há meia dúzia de anos, o nosso portefólio era de duas marcas e agora é de nove. Portanto, estamos muito focados na consolidação. É provável que,

até ao final do ano, integremos uma marca nova, mas o grande objetivo para o próximo triénio passa por consolidar mais do que por crescer. Obviamente que es-tamos num mercado que evolui muito depressa, em que há algu-mas oportunidades, mas também bastantes ameaças. Por isso, te-mos de ser muito cirúrgicos a se-lecionar as marcas que realmente acrescentam valor. Portanto, mais do que pensar em crescer em nú-mero de marcas, temos de perce-ber quais das atuais acrescentam valor e solidificar a apostas nessas, eventualmente, em detrimento das que acrescentem menos valor.

VE – No presente, o refúgio para os retalhistas automó-veis está no pós-venda, nas peças e nos usados?

JM – Julgo que, obviamente, essas atividades que referiu ga-nham um peso maior em altu-ras em que o mercado de novos

encolhe, como sucedeu. No en-tanto, isso não é algo de novo, já há muitos grupos que, de forma organizada, exploram os usados e as peças. O outro eixo funda-mental é, claramente, reduzir os custos da distribuição. Esse é um trabalho que tem de ser feito pe-los retalhistas em conjunto com as marcas, nomeadamente, traba-lhar com stocks mais reduzidos, não ter encargos financeiros pro-venientes de garantias bancárias, em suma, aliviar toda a estrutura de custos que não acrescenta va-lor ao negócio. Em suma, há dois eixos. Para além da exploração de áreas de negócio que não eram vistas como tão importantes, em paralelo, as estruturas têm de se tornar mais leves, num trabalho conjunto com as marcas e os im-portadores. O modelo do negó-cio automóvel tem de mudar. Um fator crítico para a sobrevivência futura do retalho é ter custos de distribuição muito mais baixos.

VE – Até porque 2013 será um ano de dificuldades, se não acrescidas, pelo menos, iguais.

JM – Certamente não será ainda um ano de recuperação do setor em Portugal, será um ano tão ou mais difícil, embora, hoje em dia, fazer previsões seja um exercício muito complicado, até porque há um conjunto de vari-áveis que não depende dos ope-radores. Diria que, de cada vez que um governante fala ao país, o nosso mercado treme. Portanto, há fatores externos que tornam a imprevisibilidade ainda maior do que seria com as variáveis nor-mais.

Certamente que 2013 será um ano muito difícil em termos de mercado e o sucesso ou insucesso vai depender muito do que ainda agora lhe dizia, da capacidade do modelo de negócio ser alterado e das estruturas se tornarem mais leves e flexíveis para enfrentar os desafios, que penso que em 2013 e, mesmo, em 2014 continuarão a existir.

VE – Neste cenário econó-mico e, até, de mudança dos paradigmas de mobilidade nas cidades, o mercado de motociclos pode ter maior margem de consolidação do que o de automóveis?

JM – Diria que nos grandes centros urbanos se começa a assis-tir a uma tendência para enqua-drar as motos como uma alterna-tiva de mobilidade. Não significa isso que o mercado de motociclos vá crescer, terá é a sua queda ate-nuada. Porque se é verdade que a tendência que referi existe, tam-bém é verdade que as vendas de motociclos de lazer baixarão, pois as pessoas estão mais racionais nas aquisições. Este mercado vai, repito, baixar menos, pois em al-guns mercados as motos podem ser uma alternativa em termos de mobilidade.

sexta-feira, 19 de outubro 2012 XI

“Cada vez que um governante fala ao país, o nosso mercado treme”, disse Jorge Macedo.

Grupo Cardan tem 46 anos de história1966 - A empresa iniciou a sua atividade em Guimarães em 1966 como filial da Garagem Sá da Bandeira (Porto), tendo como principal atividade o comércio e reparação de automóveis.

1977 - Foi constituída a Cardan, por aquisição das posições até aí ocupadas pela Garagem Sá da Bandeira.- No final desse ano, a Cardan torna-se concessionário Mitsubishi.- Nomeação como concessionário das marcas Peugeot e Talbot no distrito de Braga.

2005- Criada a central de peças, sediada em braga e que distribui e comercializa peças e acessórios de várias marcas.

2006 - Inicia a atividade de rent-a-car, através da empresa One Rent.

2007 - O grupo cria uma unidade de negócio dedicada às motos, como concessionário do grupo Piaggio nos principais concelhos do distrito de Braga.

2008 - Regressa às origens, com a abertura de uma concessão Piaggio no Porto. - Passa a representar a marca Kawasaki como concessionário oficial no distrito de Braga.

2009- Marca o início da representação Yamaha com a abertura de instalações integradas no Porto.

2010- A Cardan diversifica a sua oferta em automóveis novos, com as novas concessões Mazda e Hyundai e, nas motos, a Peugeot Scooters.- Passa a representar a Citroën como distribuidor de peças e acessórios.

2011 - A Cardan é nomeada concessionário Kia, nos principais concelhos do distrito de Braga. - Cria a empresa Easy One Automóveis, que se dedica ao negócio de viaturas de ocasião- Integração, no dia 31 de dezembro, da Maivex, histórica empresa da Maia, alargando, assim, o negócio de viaturas novas ao distrito do Porto.

Page 12: Revista ARAN Outubro 2012

WRC

Sébastien Loeb campeão dos campeões

sexta-feira, 19 de outubro 2012XII

O Algarve Historic Festival, que se realiza este fim de semana, permite um retorno económico para a região de cerca de um milhão de euros, segundo as contas do administrador do Autódromo Internacional do Algarve, Paulo Pinheiro. “Para se ter uma noção do impacto deste evento, serão 300 pilotos, o que implica um total de cerca de 1600 acompanhantes, mecânicos e jornalistas, que darão origem a mais de 8000 dormidas”, salienta o responsável pelo complexo situado em Portimão.AQUILES [email protected]

Vida Económica - Quais as expectativas para a quarta edição do Algarve Classic Fes-tival?

Paulo Pinheiro – Antes de mais, esta será a primeira edição da prova com este nome “Algarve Classic Festival”, e inteiramente organizada pelo AIA Motor Clu-be. A organização das três edições anteriores (2009 a 2011) esteve a cargo de uma entidade externa [ao empresário Francisco San-tos]. Com uma nova roupagem, o evento manteve-se na sua essência. Neste evento, a tecnologia, a esté-tica e o desporto motorizado an-darão de mãos dadas, sendo, por isso, o evento ideal para passar um fim de semana em família. Trata--se de uma oportunidade única de os espetadores poderem revisitar a evolução automobilística e as ino-vações que, ao longo do tempo, melhoraram a prestação compe-titiva dos bólides, a beleza que os distingue e a evolução dos meca-nismos de segurança para os pilo-

tos. Adicionalmente, iremos ter o privilégio de receber grandes no-mes do automobilismo mundial não só da antiguidade, mas tam-bém da atualidade.

VE – Quantos inscritos espe-ram?

PP – Acima de 300, distribu-

ídos por nove categorias distin-tas, num total de 14 corridas: JD Classic Challenge, U2TC, Sirtling Moss Trophy, GT & Sport Car Cup, Pre-War Sport Cars, Formu-la Junior, 1000 km, IGD (Iberian Gentlemen Drivers) – Portimão Race e o Campeonato Nacional de Clássicos 1300.

VE – E visitantes nas banca-das?

PP – Contamos com números muito semelhantes às edições an-teriores, tendo em conta que ao longo das três edições o número de espetadores foi bastante homo-géneo, cremos que este ano essa situação se manterá inalterada.

VE – A maioria dos inscritos virá de Portugal ou de outros países?

PP – A grande maioria dos participantes é estrangeira. Como se pode verificar pelas categorias inscritas, apenas duas serão por-tuguesas. Cremos que este facto é demonstrativo da qualidade do nosso circuito além-fronteiras.

VE – O evento é, portanto, um veículo da imagem do país?

PP – Todos os eventos têm essa

Sébastien Loeb sagrou-se cam-peão do mundo de ralis pela nona vez consecutiva ao vencer o Rali de França, disputado entre 4 e 7 de outubro. Este feito histórico faz do piloto francês não um ícone dos ra-lis, já o era, mas de toda a competi-ção automóvel, pois logra destacar--se ainda mais de outros “monstros” como Valentino Rossi (sete títulos no MotoGP) ou Michael Schu-macher (também sete títulos na Fórmula 1). Agora é a vez de Loeb partir para outros desafios. Conclu-ída esta época – este fim de semana disputa-se o Rali de Itália e entre 8 e 11 de novembro o de Espanha –, o piloto vai cumprir um programa re-duzido no WRC no próximo ano, para, em 2014, entrar no WTCC com a Citroën.

A vitória no Rali de França, além garantir o título, representou o oi-tavo triunfo da temporada e 75º da sua fabulosa carreira (mais de me-tade dos ralis disputados). Com o lugar no pódio, Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen, asseguraram os pontos necessários para o título de Construtores. A Citroën Total World Rally Team assegurou desta forma no Rali de França o seu oi-tavo título.

Bastante mais compacta que nos dois primeiros dias, a última etapa do Rali de França não se anunciava fácil. Depois de ter caído durante toda a noite, a chuva não deu tré-guas ao início da manhã, o que le-vantava várias questões ao nível da escolha de pneus. Os DS3 WRC da Citroën Total World Rally Team deixaram o parque de assistência “calçados” com os Michelin Pilot Sport macios.

Desde os primeiros metros da especial Vignoble de Cleebourg, Sébastien Loeb foi sentindo o baixo nível de aderência. Com os olhos fixos nos monitores que difundiam as imagens aéreas e “in board” em direto, os engenheiros da Citroën Racing tinham alguns suores frios sempre que viam o DS3 WRC nº1 no asfalto alagado. “Nós entráva-mos regularmente em aquaplan-ning e como havia cada vez mais água no asfalto, preocupei-me, so-bretudo nos últimos quilómetros, em terminar.

Em rigor, a vitória não era indis-pensável para conquistar o título”, reconhecia o líder do rali.

“Encontrei esta manhã condi-ções semelhantes àquelas que vivi no Rali dos Vosges, prova que reali-zei como forma de preparação para este rali”, disse Mikko Hirvonen.

“Estou a ser muito cauteloso para não comprometer o resultado de conjunto da equipa. Sendo regular, penso que é difícil alcançar o Latva-la”.

Depois do reagrupamento em Haguenau, terra natal de Sébastien Loeb, os 10 primeiros foram colo-cados por ordem inversa para ata-carem as derradeiras três especiais. Realizada já debaixo de sol, mas com piso enlameado, a segunda passagem por Vignoble de Clee-bourg atribuía os pontos de Power Stage. Apesar disso, Sébastien Loeb e Mikko Hirvonen não se preocu-param com o desempenho absolu-to nesta especial, pois os pontos não eram necessários para as contas do título de pilotos.

Gerindo o seu avanço até ao final da última especial em Haguenau, Sébastien Loen e Daniel Elena pu-deram enfim libertar-se da tensão acumulada ao longo da semana: “Viemos para esta prova para revi-ver as sensações de 2010, quando conquistámos o título em casa. Este ano é ainda mais forte, porque é sem dúvida o último. Conquistei-o esta manhã, mas verdadeiramente não foi fácil devido às condições climatéricas. Mesmo depois de a chuva ter parado, as especiais es-tavam muito enlameadas. Faltam--me dois ralis para ser coroado, mas estou muito contente por poder oferecer este momento ao público alsaciano”.

No pódio, pela oitava vez este ano, Mikko Hirvonen mostrava um largo sorriso. “Já tinha tido a honra de conquistar um título de construtores em 2007 e tenho o prazer de reviver esse momento com a Citroën. É isso que é preci-so reter deste fim de semana, mas pela minha parte estou também satisfeito com os progressos no as-falto. Terminei na mesma posição no Rali da Alemanha, mas tenho a sensação de ter ultrapassado mais alguns degraus neste rali. Poderei verificar isso na Catalunha, mas an-tes disso temos de festejar este gran-de momento”.

Presente no meio da equipa, Fré-déric Banzet, diretor-geral de Au-tomóveis Citroën, juntou-se com prazer à festa. “A Citroën participa no desporto motorizado para ga-nhar e a Citroën Racing mostrou mais uma vez que é a melhor equi-pa do mundo. Engenheiros, técni-cos, estrutura, todos fizeram um trabalho formidável esta tempora-da. Estes sucessos validam o esforço voluntário e enérgico da marca”.

O Rali de França foi um sucesso pleno para a Citroën Total World Rally Team.

Este evento tem a particularidade de os seus participantes terem um estatuto socioeconómico elevado.

PAULO PINHEIRO, ADMINISTRADOR DO AIA, AFIRMA

Clássicos no autódromo do Algarve geram impacto de um milhão

Este evento destina--se acima de tudo a pessoas que têm uma verdadeira “paixão” pelas viaturas clássicas

“Vida Económica” associa-se ao eventoA “Vida Económica” é um dos parceiros deste Algarve Historic Festival, como Media Partner. A associação à iniciativa do Autódromo Internacional do Algarve vem no seguimento da já histórica ligação do nosso jornal a eventos motorizados, em especial ligados ao desporto automóvel. O primeiro exemplo destas parcerias foi o Circuito da Boavista, evento a que a “Vida Económica” esteve associada em 2007.

Page 13: Revista ARAN Outubro 2012

OPEN DE RALIS

Daniel Nunes venceu rali de Loulé

NA BAJA DE IDANHA-A-NOVA

Miguel Barbosa pentacampeão nacional de TT

A edição 2012 do Rallye de Loulé-Casino de Vilamoura foi uma batalha a dois, com Daniel Nunes e Ricardo Teodósio a tro-carem argumentos e uma diferen-ça reduzida no final. Fernando Peres saiu com o título do Open na mão e Diogo Gago voltou ao topo do Desafio Modelstand.

A vitória da equipa Daniel Nu-nes e Daniel Amaral, em Mitsu-bishi Lancer EVO 6, começou a desenhar-se nos troços iniciais do Rallye de Loulé-Casino de Vila-moura. Partindo em quartos na estrada, atacaram forte, vencendo os primeiros troços construindo uma liderança segura. No entan-to, Ricardo Teodósio não baixou os braços, e, paulatinamente, foi recuperando tempo, deixando a incerteza até ao último quilóme-tro. A diferença cifrou-se em 2,6 segundos, com Daniel Nunes a conquistar a segunda vitória no Open e Ricardo Teodósio a re-gressar aos bons resultados. No final, ambos manifestaram sa-tisfação com o resultado, tendo ambos reconhecido ter sido uma luta até à última “borracha dos pneus”.

Fernando Peres e Filipe Fer-nandes, no Mitsubishi EVO 7 começaram com um pião no tro-ço inaugural que os afastava da frente. As diferenças acumuladas criaram um hiato para o duo da frente, e o terceiro lugar foi su-ficiente para Peres conquistar o título do Open. No final, mani-festava satisfação pelo dever cum-prindo.

Na quarta posição acabava

João Correia e Ricardo Barreto, que depois de uma série de aban-donos conseguiam um resultado muito positivo. Para além do segundo lugar júnior, também eram segundo entre os concor-rentes do regional sul, atrás de Daniel Nunes. No quinto lugar Luís Mota e Alexandre Ramos, que efetuaram uma prova consis-tente, apesar das limitações do pi-loto com um problema no braço.

A esperada luta no Desafio Modelstand durou até ao final quarta especial, quando Gil An-tunes abandonou com um pro-blema num tubo do radiador. Nesta altura Diogo Gago já lide-rava com 17,7 segundos, muito graças a um tempo avassalador na primeira passagem por Ca-valos. Com esta vitória, o piloto

algarvio reassume a liderança do Desafio. Pedro Fins e Sérgio Vaz fecharam o pódio.

A dureza da prova, aliado ao calor abrasador que se fez sentir, foram decisivos no desfecho das contas do regional sul. Num pó-dio totalmente Mitsubishi, enca-beçado por Daniel Nunes, João Correia e Luís Mota, as atenções viraram-se para os lugares secun-dários. Os abandonos de Márcio Marreiros e de Jorge Rego abri-ram portas a Marco Ferreira, que geriu o andamento e levou o Ci-troën Saxo até ao sexto regional, assumindo a liderança do regio-nal com 65 pontos. Numa prova marcada por muitos abandonos, 13 concorrentes lograram levar as viaturas até ao Parque Fechado situado no Casino de Vilamoura.

Com a vitória obtida na Baja TT Idanha-a-Nova (29 de se-tembro), Miguel Barbosa sa-grou-se pentacampeão nacional de todo o erreno, um resultado inédito no panorama do todo o terreno nacional. Numa pro-va disputada sob tempo seco, depois da muita lama na Super Especial de ontem, setor onde também foram os mais rápidos, a dupla do Mitsubishi Racing Lancer com as cores da BP Ul-timate e da Vodafone viu cum-pridos grande parte dos objetivos a que se tinham proposto para a presente temporada, já que, em simultâneo, tal prestação garan-tiu o primeiro título ao seu nave-gador Pedro Velosa. Falta apenas o ceptro por equipas, que tam-bém já está mais perto.

“Objetivo cumprido! Quería-mos ganhar e conseguimo-lo e, com isso, os títulos de todo-o--terreno de 2012”, referiu Mi-guel Barbosa à chegada ao final do setor seletivo de cerca de 330 km. “Não foi uma baja fá-cil, já que em algumas zonas do percurso o nosso carro revelou--se menos eficaz. De qualquer modo foi uma excelente prova e

toda a equipa está de parabéns. Não posso deixar de agradecer aos meus patrocinadores, sem os quais nada isto seria possível, e sublinhar o fantástico trabalho desenvolvido pela Sports&You, Vaison Sport e pela JMS Systems ao longo de toda a temporada.”

Já sem a pressão dos títulos,

o BP Ultimate Vodafone Team poderá enfrentar com outro es-pírito a derradeira jornada do Campeonato de Portugal Voda-fone de Todo o Terreno, a Baja Portalegre 500, a correr-se no início de novembro, buscando nova vitória na conceituada jor-nada alentejana.

sexta-feira, 19 de outubro XIII

componente: mostrar o que de melhor se faz em Portugal, em particular no Algarve, através da divulgação da região algarvia pelo mundo. Aliás, cremos que o clima e a beleza da região são também fatores indissociáveis do sucesso deste evento. Os participantes e espetadores aproveitam a prova para desfrutarem de umas férias no Algarve, aproveitando o clima ameno que nesta altura do ano se faz sentir.

VE – Têm ideia de qual o im-pacto económico do evento?

PP – Este evento tem a particu-laridade de os seus participantes terem um estatuto socioeconó-mico elevado. Consequentemen-te, o impacto será significativo, se considerarmos que, a nível de alojamento, as unidades hoteleiras escolhidas pela esmagadora maio-ria dos participantes são maiori-tariamente de segmento superior (cinco estrelas). Para se ter uma noção do impacto deste evento, serão 300 pilotos, o que implica um total de cerca de 1600 acom-panhantes, mecânicos e jornalistas, que darão origem a mais de 8000 dormidas, neste período de época baixa no Algarve, o que juntando a todos os serviços conexos com o

evento irá gerar um impacto eco-nómico direto de cerca de um mi-lhão de euros.

VE – E o impacto mediático?PP – Tendo em conta que este

evento acaba por não ser um even-to comum, na medida em que a competição em si acaba por não ser o móbil principal do evento, o mediatismo é mais reduzido do que a maior parte das outras pro-vas que aqui têm lugar. Este evento destina-se acima de tudo a pessoas que têm uma verdadeira “paixão” pelas viaturas clássicas. Portan-to, respondendo à sua questão, o mediatismo não é tão significativo como em outros eventos.

VE – As três anteriores edi-ções do evento tiveram outro organizador. O que levou o Au-tódromo Internacional do Al-garve a assumir a organização do evento de 2012?

PP – Cremos que, este ano, sen-do o quarto ano que o autódromo organiza eventos desportivos, tí-nhamos a obrigação de potenciar toda a estrutura própria da Parkal-gar, e assim, conseguimos reduzir os custos de organização, man-tendo o nível do evento e esta foi também efetivamente uma forma de reduzirmos custos.

Daniel Nunes (na foto) teve uma batalha acérrima com Ricardo Teodósio.

O piloto do Mitsubishi Racing Lancer volta a sagrar-se campeão.

Este evento tem a particularidade de os seus participantes terem um estatuto socioeconómico elevado.

PAULO PINHEIRO, ADMINISTRADOR DO AIA, AFIRMA

Clássicos no autódromo do Algarve geram impacto de um milhão

Page 14: Revista ARAN Outubro 2012

A Toyota e Galp concluíram os testes em condições reais ao Prius Plug-in. Os testes arrancaram em maio de 2010 e termina-ram no início deste mês, tendo as cinco viaturas posta à prova percorrido 210 mil km. Os parceiros da marca e da petrolífera no projeto foram o Instituto Superior Téc-nico (IST) e a gestora de frota LeasePlan.

Dos cinco carros em teste, três foram utilizados por outros tantos condutores, um com movimentos pendulares infe-riores a 10 km, com origem e destino no concelho de Matosinhos; outro com mo-vimentos pendulares entre 10 e 20 km, com origem e destino nos concelhos de Santiago do Cacém e Sines; e um outro com movimentos pendulares entre 20 e 40 km, com origem e destino nos conce-lhos de Oeiras e Lisboa. Os outros dois Prius Plug-in cumpriram um plano de teste e de demonstração com vários par-ceiros e organizações nas estradas do con-tinente e ilhas. Ao todo, foram registados 158 ensaios com parceiros institucionais, mais de 20 ensaios de grupo, aos quais se juntou a apresentação do conceito híbri-do elétrico Plug-in em 20 eventos rela-cionados com a temática da mobilidade sustentável.

23 contributos nacionais para melhorias no Prius Plug-in

Das ideias mais simples, como iluminar o ponto de carregamento do carro, até às propostas mais desafiantes, como possi-bilitar ao condutor controlar a condução em modo elétrico ou híbrido, foram regis-tados 23 contributos nacionais, os quais foram remetidos para a I&D da Toyota, e que, juntamente com os dados subme-tidos pelos restantes países que integraram este teste mundial, foi possível desenvolver e melhorar o Prius Plug-in que agora se apresenta ao mercado.

Entre a versão Concept de 2010 e o Prius Plug-in 2012, que agora entra em comercialização, as diferenças são signi-ficativas, destacando-se as resultantes do teste mundial: baterias de lítio mais com-pactas, controlo de temperatura de ban-cos, permitindo maior eficiência de ener-gia, mais 5 km de autonomia em modo elétrico (para um total de 25 km), Menos 10 g/km de CO2 (para 49 g/km), botão EV/Híbrido para controlo da energia, nova localização do ponto de carga, agen-da de carregamento e redução do peso em 110 kg.

APÓS 210 MIL KM

Toyota e Galp concluem testes ao Prius Plug-in

A Hyundai é a marca da in-dústria automóvel que mais ra-pidamente tem crescido, tendo o valor da marca aumentado em 24,4%, para 7,5 mil milhões de dólares desde há um ano, de acor-do com o estudo das 100 melho-res marcas mundiais de 2012, da consultora de marcas Interbrand. A Toyota continua a liderar aque-la tabela entre as marcas automó-veis, com um valor atribuído de 30,3 mil milhões de dólares.

Voltando à Hyundai, a marca coreana tem sido incluída nas 100 Melhores Marcas Globais há oito anos consecutivos, ficando este ano classificada no 53º lu-gar entre as 100 marcas, o que significa um crescimento cons-tante desde o 84º lugar ocupado em 2005, tendo assim atingido a melhor classificação de sempre este ano.

“A Hyundai tornou-se numa preocupação emergente, diría-mos mesmo invejada pelos seus rivais a nível global. Prosperan-do durante a grave recessão da indústria, a Hyundai continua a progredir no seu crescimento, beneficiando das apostas ousadas efetuadas com sucesso, aprovei-tando assim todas as oportunida-des do mercado. A Marca está a realizar um percurso semelhante no mercado europeu”, pôde ler--se no site da Interbrand.

Mark Hall, diretor de ma-rketing da Hyundai na Europa, recordou, por seu turno, que a marca “tem trabalhado ardua-mente para desenvolver a marca globalmente e os resultados do estudo da Interbrand são mui-to encorajadores”. “Este ano, na

Europa, chegámos a mais clien-tes a nível emocional, graças ao nosso patrocínio do campeonato da UEFA Euro 2012. O nosso envolvimento continua com o futebol e as novas iniciativas, tais como o regresso ao Campeonato Mundial de Ralis, vão ajudar-nos a alcançar os nossos objetivos fu-turos”, concluiu Mark Hall.

Este ano o índice de crescimen-to de 24,4% superou significati-vamente a média de crescimento

de 11,2% da indústria. Para além da indústria automóvel, a Hyun-dai é uma das marcas mundiais com um crescimento mais rápi-do, próxima do índice de cresci-mento de marcas como a Apple, Google e a Amazon. A classifi-cação da Interbrand é calculada usando os balanços financeiros das empresas combinados com atividades de marketing, enquan-to refletem igualmente o lucro potencial da marca.

Hyundai continua a crescer no rankingde marcas da Interbrand

sexta-feira, 19 de outubro 2012XIV

Os testes arrancaram em maio de 2010 e terminaram no início deste mês, tendo as cinco viaturas posta à prova percorrido 210 mil km.

EM SUBSTITUIÇÃO DO 2.0 ATMOSFÉRICO

Novo Renault Clio RScom motor 1.6 turbo

As novas versões e carroçarias da quarta geração do Renault Clio continuam a ser reveladas pela marca francesa. Depois da carrinha, a novidade para os amantes de carros desportivos: o Clio RS. A versão mais despor-tiva do utilitário está prevista chegar no primeiro trimestre do próximo ano e vai montar mo-tor de 1.6 litros turbo de 200 cv (ao contrário, do modelo ainda em comercialização, que tem motor 2.0 atmosférico com os mesmos 200 cv), com caixa de velocidades de dupla embraia-gem EDC (do inglês “Efficient Double Clutch”) acoplada.

“O Novo Clio RS 200 EDC reúne todos os valores da Re-nault Sport: beleza e perfor-mance. E tem tudo para se tornar uma referência no mer-cado, à semelhança dos seus an-tecessores. O motor turbo, com um elevado binário nos baixos regimes, mas também a caixa de dupla embraiagem EDC, de-senvolvida pela Renault Sport, irão proporcionar novas sensa-ções de condução desportiva. O constante envolvimento da Renault Sport na competição automóvel é um excelente labo-ratório para a aquisição de com-petências que depois colocamos nos modelos de série”, afirma Patrice Ratti, diretor-geral da Renault Sport Technologies.

Desenvolvido pela Renault Sport Technologies, o Novo Clio Renault Clio RS 200 EDC beneficia dos genes e da experi-ência da presença da marca no desporto motorizado. A lâmina

dianteira evoca os Renault de Fórmula 1. O difusor traseiro e o aileron oferecem, respetiva-mente, 80 % e 20 % de apoio aerodinâmico suplementar. A grelha, os spoilers, os para-cho-ques, os faróis diurnos de LED e as jantes de 17 ou 18 polega-das são elementos específicos do Novo Clio RS 200 EDC, contribuindo para o forte im-pacto visual que o automóvel provoca.

No interior, o ambiente não podia deixar de ser vincada-mente desportivo, predominan-do o vermelho, o volante espe-cífico enquadrado pelas patilhas de comando da caixa de veloci-dades e a instrumentação pró-pria do modelo. Apesar deste ambiente desportivo, o mode-lo tem, de série, equipamentos como o sistema multimédia, a navegação com ecrã tátil, rádio bluetooth com entrada USB.

O programa de ensaios português teve, fruto da parceria com IST, um modelo próprio, onde foram monitorizados os dados de mais de 130 mil km percorridos pelas três viaturas dos utilizadores Galp Energia. Daqui foi possível constar que as viagens superiores a 5 km de distância representaram menos de 5%, tendo sido

registados consumos reais de combustível entre 3 e 3,5 litros aos 100 km. Além dis-so, segundo da Toyota Caetano Portugal, “a análise do padrão de condução dos uti-lizadores com o Prius Plug-in (antes e de-pois) permitiu comprovar que a tecnolo-gia híbrida induz a uma condução menos agressiva, logo mais eficiente”.

A potência (200 cv) mantém-se.

O i30 SW é o mais recente produto da marca.

Toyota é a marca automóvel mais valiosaMarca

Valor da Marca ($100 milhões) | vs. 2011

Classificação Geral 2012

Toyota 303 9% 10

Mercedes 301 10% 11

BMW 291 18% 12

Honda 173 -11% 21

VW 93 18% 39

Ford 80 6% 45

Hyundai 75 24% 53

Audi 72 17% 55

Porsche 51 12% 72

Nissan 50 30% 73

Page 15: Revista ARAN Outubro 2012

A Honda anuncia a introdução no merca-do nacional de novas versões especiais para os seus modelos Civic e Jazz. Denominadas de City, ambas as versões, oferecem equipa-mento adicional. Estas campanhas estarão em vigor até 31 de dezembro de 2012.

Para o Honda Civic, a versão City está disponível nas motorizações a gasolina 1.4 de 100 cv e 1.8 de 142 cv. Destaque para a oferta dos sistemas de navegação integrado e de telefone de mãos livres. O preço do 1.4 é de 21 200 euros e o do 1.8 de 24 700 euros. Os clientes que optarem pela aqui-sição deste novo Civic poderão igualmente benefi ciar, de uma valorização adicional de

2000 euros pelo automóvel antigo.Com motorização 1.2 de 90cv, o Jazz

City vem equipado com um sistema de navegação portátil e um sistema de comu-nicação bluetooth. O seu nível de equipa-mento inclui ainda, ar condicionado, jantes em liga leve, rádio leitor de CD, entrada auxiliar para mp3 e o popular sistema de bancos mágicos que reforça a versatilidade do seu interior. Adicionalmente, os clientes poderão benefi ciar, na compra deste novo modelo, de uma valorização adicional de 3000 euros pelo automóvel antigo, fi can-do assim o Novo Jazz City, com um PVP a partir de 13 100 euros.

AQUILES [email protected]

As vendas de automóveis continuam a defi nhar em Portugal, começando a falta adjetivos que qualifi quem o momento por que o setor passa. Em setembro, foram vendidos 6358 automóveis ligeiros de pas-sageiros, menos 30,9% que em igual mês do ano passado. No acumulado dos pri-meiros nove meses de 2012, as matrículas de ligeiros de passageiros não foram além das 74 461 unidades, o que corresponde a uma descida de 39,7% face ao período homólogo do exercício.

Por marcas, e ainda no acumulado do ano, a liderança mantém-se nas mãos da Renault (-39,4%), seguida da Volkswagen (-37,5% no acumulado do ano, embora tenha conseguido ser a marca mais vendida em Portugal em setembro, com 607 carros) e da Peugeot (-37,9%). As marcas do”top” dez que mais sentem os efeitos da crise são a Ford (-54,6%), a Opel (-52,4%) e a Citroën (-47,4%). Pelo contrário, as que têm quebras menos acentuadas são a Audi (-7,1%) e a BMW (-16,1%). Aliás, na aná-lise isolada ao mês de setembro, aquelas foram as duas únicas marcas a operar em Portugal que lograram registar crescimen-to em relação ao mês homólogo. A subida foi, respetivamente, de 16% e 0,6%.

Veículos de trabalho também perdem

Quanto ao mercado de veículos comer-ciais ligeiros, registou, em setembro, uma queda de 54,1%, tendo sido registadas 1119 viaturas. No período acumulado de janeiro a setembro de 2012, o mercado não foi além das 10 823 unidades, regis-tando, desse modo, uma perda de 55,1% face a igual período do ano passado.

A exceção a esta regra de depressão do mercado aconteceu, em setembro, nos pe-sados de passageiros e de mercadorias, que registaram um crescimento de 13,1%, para 216 veículos, naquele que foi o úl-timo mês de variação positiva para aque-le segmento desde setembro de 2011. O acumulado de 2012 não escapa, porém, à razia do mercado e as vendas situaram-se em 1519 unidades, menos 38,6% do que no ano passado.

Honda anuncia versões especiais do Civic e do Jazz

Novos registos caem em toda a Europa

A quebra nas vendas de carros não é ex-clusiva de Portugal. Com efeito, os registos de automóveis novos ligeiros de passagei-ros na Europa continuaram, em setembro, a tendência descendente, caindo pelo dé-cimo segundo mês consecutivo. A procura de carros novos caiu 10,8%, totalizando 1 099 264 unidades, em comparação com setembro de 2011. No acumulado de me-ses do ano, a queda chegou a 7,6%, com um total de 9 368 327 automóveis novos matriculados na União Europeia (UE).

Em setembro, nos principais mercados, o britânico (+8,2%) foi o único a crescer, enquanto a Alemanha (-10,9%), Fran-ça (-17,9%), Itália (-25,7%) e Espanha (-36,8%) verifi caram se uma quebra de dois dígitos. Em Portugal, a quebra na venda dos ligeiros de passageiros foi de 30,9%.

De janeiro a setembro, o mercado da UE desceu 7,6%, em comparação com os primeiros nove meses de 2011. Os resulta-dos foram variados em todos os mercados, como o Reino Unido a registar um cres-cimento (+4,3%), enquanto na Alemanha a procura caiu 1,8%, enquanto Espanha (-11%), França (-13,8%) e Itália (-20,5%) contrairiam mais severamente. Em Por-tugal, a descida foi mais forte do que em qualquer dos cinco grandes mercados, tendo a descida nas vendas de ligeiros de passageiros chegado a 39,7%.

DESCIDA ATÉ SETEMBRO PERTO DOS 40%

Vendas de automóveis continuam “anémicas”

sexta-feira, 19 de outubro 2012 XV

O Civic (foto) e o Jazz são os modelos visados.

35% DE DESCONTO EM PEÇAS ORIGINAIS

DE DESGASTE DA GAMA

FIAT E FORD(CAMPANHA VÁLIDA ATÉ 15 DE FEVEREIRO DE 2012)

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A Citroën voltou a associar-se à Moda Lisboa, depois de o ter feito pela primeira vez na edição de março do evento. A marca francesa foi, então, o carro ofi cial, através da linha DS, da iniciativa, que se realizou no Pátio da Galé (Lisboa), de 11 a 14 de outu-bro. Entre os DS mostrado, o destaque foi para o DS3 Cabrio, que a Citroën revelou no recente Salão de Paris. “Na sua génese, o

DS3 Cabrio é um verdadeiro DS3 com to-dos os atributos que levaram ao seu sucesso, traduzido em mais de 180 000 exemplares vendidos no espaço de dois anos. Um vo-lume que, acumulado com as duas outras propostas da linha DS – DS4 e DS5 –, as-cende já às 250 mil unidades”, refere um comunicado do construtor. O DS3 Cabrio chega no início de 2013.

Citroën associou-se à Moda Lisboa

Marcas generalistas são as que mais sofremJANEIRO A SETEMBRO

Unidades % % no Mercado

2012 2011 Var. 2012 2011

Renault 8.052 13282 -39,4 10,81 10,76

Volkswagen 7.578 12129 -37,5 10,18 9,82

Peugeot 6.533 10512 -37,9 8,77 8,51

BMW 4.863 5797 -16,1 6,53 4,70

Audi 4.638 4995 -7,1 6,23 4,05

Opel 4.486 9432 -52,4 6,02 7,64

Mercedes 4.103 5414 -24,2 5,51 4,39

Ford 3.900 8583 -54,6 5,24 6,95

Citroën 3.886 7389 -47,4 5,22 5,98

Fiat 3.884 5879 -33,9 5,22 4,76Fonte: ACAP

Page 16: Revista ARAN Outubro 2012

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