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Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, um Mar de Oportunidades
(Avaliação final)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
i
FICHA TÉCNICA
PORTUGAL NÁUTICO: UM MAR DE NEGÓCIOS, UMA MARÉ DE OPORTUNIDADES
Projeto Portugal Náutico
PROMOTOR
AEP – Associação Empresarial de Portugal
PARCEIRO
Oceano XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar
COORDENAÇÃO
Maria da Saúde Inácio
Rui Azevedo
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Sérgio Ribeiro
EQUIPA TÉCNICA
Elisabete Mota
Rui Azevedo
Sara Neves
Sérgio Ribeiro
DATA
Junho 2015
WEBSITE
http://portugalnautico.aeportugal.pt/
PROJETO COFINANCIADO PELO ESTADO PORTUGUÊS E PELA UNIÃO EUROPEIA
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
ii
Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 1
Enquadramento do Estudo no Projeto Portugal Náutico .......................................... 1
2. Análise Externa ................................................................................................................... 3
2.1. Alemanha ........................................................................................................................ 4
2.1.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ......................... 5
2.1.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica ...................................... 8
2.1.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 10
Impacto na Economia ................................................................................................ 11
Planos Nacionais e Estratégias Coletivas ................................................................ 12
A Procura ....................................................................................................................... 15
2.2. Países Escandinavos .................................................................................................... 22
2.2.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 23
2.2.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 26
2.2.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 28
Impacto na Economia ................................................................................................ 30
A Procura ....................................................................................................................... 35
2.3. Reino Unido ................................................................................................................... 40
2.3.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 41
2.3.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 43
2.3.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 45
Impacto na Economia ................................................................................................ 46
A Procura ....................................................................................................................... 47
2.4. Espanha .......................................................................................................................... 50
2.4.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 51
2.4.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 53
2.4.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 59
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
iii
O Turismo em Espanha ................................................................................................ 59
Os produtos turísticos na área da náutica ............................................................. 60
Impacto na Economia ................................................................................................ 66
A Procura ....................................................................................................................... 68
2.5. França............................................................................................................................. 73
2.5.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 74
2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 75
2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 82
Impacto na Economia ................................................................................................ 82
Enquadramento Regulamentar da Náutica de Recreio .................................... 84
Planos Nacionais e Estratégias Coletivas ................................................................ 87
A procura ....................................................................................................................... 90
2.6. Croácia (Como mercado de Alternativo) ............................................................. 91
2.6.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades Nauticas ....................... 92
2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica .................................... 94
2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas ...................................................................... 99
Impacto na Economia .............................................................................................. 102
Planos Nacionais e Estratégias Colectivas ........................................................... 106
Quem Concorre com a Croacia ............................................................................ 107
2.7. Análise à Promoção/comunicação dos Produtos de Nautica de Recreio nos
mercados Alvo ................................................................................................................... 115
2.7.1. Introdução ............................................................................................................ 115
2.7.2. Considerações Metodológicas ........................................................................ 116
2.7.3. Análise dos Resultados ....................................................................................... 117
Atividades de Deslize ................................................................................................ 117
Marítimo-Turísticas ...................................................................................................... 120
Águas Interiores .......................................................................................................... 122
Embarcações de Recreio ........................................................................................ 124
3. Análise Interna ............................................................................................................... 126
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
iv
3.1. Condições naturais para a prática de atividades náuticas ......................... 126
3.2. Infraestruturas e equipamentos de apoio à náutica ...................................... 129
Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio ................................................. 129
Centros de Alto Rendimento ................................................................................... 131
Centros Náuticos / Centros de Mar ....................................................................... 134
Surf Camps .................................................................................................................. 139
3.3. A Prática de atividades náuticas em Portugal ................................................ 141
Embarcações de Recreio Registadas ................................................................... 141
Embarcações de Recreio registadas para prática de Atividades
Marítimo-Turísticas ...................................................................................................... 144
Cartas para Navegação de Embarcações de Recreio ................................... 146
Licenças para a prática de Pesca Lúdica ........................................................... 149
Evolução do número de Praticantes Federados em modalidades náuticas151
3.4. As empresas da fileira da náutica ...................................................................... 156
Construção, Manutenção e Reparação de Embarcações ............................. 156
Exploração dos Portos de Recreio – Marinas ....................................................... 161
Empresas de Animação Turística e Operadores Marítimo-Turísticos ............... 162
3.5. Os produtos turísticos na área da náutica ........................................................ 172
Caracterização da Oferta ....................................................................................... 172
Caracterização da Procura .................................................................................... 214
3.6. Síntese conclusiva .................................................................................................. 215
4. Estratégia e Plano de Acção ...................................................................................... 219
4.1 - Principais conclusões da fase de diagnóstico ................................................ 219
4.2 - Cliente Tipo ............................................................................................................. 223
4.3 - Mercados ................................................................................................................ 224
Alemanha .................................................................................................................... 224
Escandinávia ............................................................................................................... 224
Reino Unido ................................................................................................................. 225
Espanha ....................................................................................................................... 225
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
v
França .......................................................................................................................... 226
4.4 - Segmentação ........................................................................................................ 227
4.5 - Oferta existente ..................................................................................................... 229
Turismo de Aventura Náutico .................................................................................. 229
Águas interiores .......................................................................................................... 229
Aguas Oceânicas ...................................................................................................... 231
Surf ................................................................................................................................. 231
Vela ............................................................................................................................... 231
Mergulho ...................................................................................................................... 232
Embarcações de recreio ......................................................................................... 233
Estágios Desportivos náuticos .................................................................................. 234
Centros de Alto Rendimento ................................................................................... 234
Centros Náuticos / Centros de Mar ....................................................................... 234
Surf Camps .................................................................................................................. 234
4.6 - Estratégia Produto ................................................................................................. 235
Elementos Facilitadores ............................................................................................ 235
Proposta de Valor ...................................................................................................... 236
Modelo Organizacional ............................................................................................ 237
Estratégia de Marketing ........................................................................................... 238
Elementos Estruturantes da estratégia .................................................................. 244
Construção Reputacional da Marca (destino) ................................................... 245
Qualificação da Oferta ............................................................................................ 248
Promoção Internacional da Marca ....................................................................... 253
5 - Conclusões Finais ......................................................................................................... 256
Bibliografia .......................................................................................................................... 257
Anexos ................................................................................................................................. 268
Promotores .......................................................................................................................... 294
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
vi
Índice de Figuras
Figura 1 - A Alemanha no Mapa da Europa ........................................................................ 4
Figura 2 - As Fronteiras da Alemanha Fonte – Elaboração Própria .................................. 5
Figura 3 – Mapa do Mar Frísio (à esquerda) e Ilha de Sylt, a maior das Ilhas Frísias
(à direita) Fonte – Website Germany Travel .......................................................................... 6
Figura 4 - O Lago Bodensee Fonte - Deutschland.de ......................................................... 7
Figura 5 - Temperatura Média (esquerda) e precipitação (direita) durante o
verão (junho-agosto) Fonte - Deutsche Wetterdienst (2010) ............................................ 8
Figura 6 – Evolução do Volume de Negócios para o Total de produtos e serviços
do mercado marítimo (sem os mega iates) em milhões de euros ................................ 11
Figura 7 – População alemã praticante de alguma das atividades nautas
listadas, num contexto diário (coluna azul) ou num contexto de férias e de lazer
(coluna creme). ........................................................................................................................ 17
Figura 8 – Potencial de Procura de Atividades Náuticas ................................................. 18
Figura 9 - Estrutura etária, por tipo de atividade náutica, da população alemã ...... 19
Figura 10 – Número de barcos por comprimento, à vela e a motor, na Alemanha . 20
Figura 11 - Distribuição dos barcos, à vela e a motor, por região geográfica ........... 21
Figura 12- A Península Escandinava no Mapa da Europa Fonte – Elaboração
Própria ......................................................................................................................................... 22
Figura 13 – O Reino Unido no Mapa da Europa................................................................. 40
Figura 14 – Mapa do Reino Unido (esquerda) & Vista Área do Rio Tamisa em
Londres (direita) Fonte – Elaboração Própria (esquerda) & The Guardian / Getty
Images (direita) ......................................................................................................................... 41
Figura 15 - Temperaturas Mínimas e Máximas no Reino Unido (2013) Fonte – World
Weather Online ......................................................................................................................... 42
Figura 16 - Chuva no Reino Unido (Média de Dias e Precipitação em mm) Fonte –
World Weather Online ............................................................................................................. 43
Figura 17 – Mapa do Caminhos Ferroviários (esquerda) e Aeroportos (direita)
Fonte – National Rail & Tourist Net UK ................................................................................... 44
Figura 18 - Top 10 destinos dos Britânicos (2012 e 2013. em milhares de pessoas)
Fonte – Travel Trends (2014) .................................................................................................... 48
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
vii
Figura 19 - Gastos dos Turistas Britânicos no Exterior (2013) Fonte – Turismo de
Portugal & UK Tourism Survey ................................................................................................. 48
Figura 20 - Meio de Transporte Utilizado para as Viagens em Férias ao Exterior
(2013) Fonte – Travel Trends 2013 .......................................................................................... 49
Figura 21 - Propriedade de Barco ......................................................................................... 49
Figura 22 - Espanha no Mapa da Europa ............................................................................ 50
Figura 23 - Evolução dos Portos Desportivos e Recreativos em Espanha (2009)
Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos ........................................................ 54
Figura 24 - Evolução dos Postos de Amarração em Espanha (2009) Fonte -
Federación Española de Puertos Deportivos ...................................................................... 54
Figura 25 - Tamanho dos Portos de Recreio Espanhóis Fonte - Federación
Española de Puertos Deportivos ............................................................................................ 55
Figura 26 - Aeroportos Internacionais em Espanha Fonte - Turismo de Espanha, em
Spain.info .................................................................................................................................... 56
Figura 27 - Rede Ferroviária de Alta Velocidade em Espanha ....................................... 58
Figura 28 - Matrículas de Embarcações de Recreio em Espanha (2007 a 2012)
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas .......................................... 60
Figura 29 - O Mercado da Náutica de Recreio em Espanha, por tipo de
Embarcação (%) Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas .......... 61
Figura 30 - Aluguer de Embarcações (% do total nacional) Fonte - ANEN -
Asociación Nacional de Empresas Náuticas ...................................................................... 63
Figura 31 - As Atividades Nautas em Espanha (evolução das licenças
concedidas, 2003 a 2011) Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas
Náuticas ...................................................................................................................................... 64
Figura 32 - As Atividades Nautas em Espanha (% do total nacional, 2011) Fonte -
ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas ........................................................ 65
Figura 33 - O Efeito da Náutica de Recreio nos Diversos Setores (2009) ....................... 67
Figura 34 – Os Nautas em Espanha Fonte – Departamento de Comercialización e
Investigación de Mercados de la Universidad de Granada ........................................... 69
Figura 35 - Idade dos Turistas Náuticos em Espanha Fonte - Departamento de
Comercialización e Investigación de Mercados de la Universidad de Granada ...... 69
Figura 36 - As Idades e a Escolha do Comprimento do Barco Fonte -
Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada ........................................................................................................ 70
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
viii
Figura 37 – O Tipo de Propriedade das Embarcações de Recreio Fonte –
Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada ........................................................................................................ 71
Figura 38 – O Alojamento dos Nautas em Espanha Fonte – Departamento de
Comercialización e Investigación de Mercados de la Universidad de Granada ...... 71
Figura 39 – As Estações do Ano Escolhidas entre os Nautas* Fonte –
Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada (*Possibilidade de resposta múltipla) ..................................... 72
Figura 40 - A França no Mapa da Europa ........................................................................... 73
Figura 41 – Mapa das principais marinas das várias zonas costeiras: mediterrânea,
atlântica e mediterrânea ....................................................................................................... 76
Figura 42 - Respostas ao inquérito por região e departamento (portos marítimos) ... 77
Figura 43 – Repartição por capacidade de acolhimento .............................................. 77
Figura 44 – Repartição das instalações por volume de negócios (euros) .................... 78
Figura 45 – Repartição das instalações por tipo de gestão ............................................ 78
Figura 46 – Repartição das respostas por região e categoria (número de portos) ... 79
Figura 47 – Repartição das instalações por tipo de embarcação ancoradas nos
portos fluviais ............................................................................................................................. 80
Figura 48 – Repartição das embarcações por dimensão e modo de propulsão,
em águas marítimas, 2013 ...................................................................................................... 81
Figura 49 – Repartição das embarcações por região em águas marítimas, 2013 ..... 81
Figura 50 – Região de Languedoque-Rossilhão ................................................................. 87
Figura 51 – Perfil dos turistas náuticos de águas interiores ............................................... 90
Figura 52 - A Croácia no Mapa da Europa ......................................................................... 91
Figura 53 - O Território Croata em Números ........................................................................ 93
Figura 54 - Temperaturas Médias Anuais, Dias de Sol e Dias de Nevoeiro ................... 93
Figura 55 - Mapa das Marinas Croatas Fonte – Croatia Yachting ................................. 95
Figura 56 - Portos Náuticos na Croácia, por Região ......................................................... 96
Figura 57 - Número de Amarrações por Comprimento do Barco Fonte – TOMAS,
2012 ............................................................................................................................................. 97
Figura 58 – Aeroportos Croatas Fonte – Dalmacija.net .................................................... 97
Figura 59 – Número de Camas entre 1980 e 2010 (em milhares) Tourism in Figures
2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ........................................................... 99
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
ix
Figura 60 - Número de Turistas na Croácia Fonte - “Tourism in Figures 2013”,
Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ....................................................................... 99
Figura 61 - Número de dormidas na Croácia Fonte - “Tourism in Figures 2013”,
Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ..................................................................... 100
Figura 62 - Chegadas de Turistas, 2012-13, por tipo de localidade Fonte - “Tourism
in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014 ....................................... 100
Figura 63 - Receita gerada dos Portos Náuticos em 2009 e 2010, sem IVA (em
milhares) Fonte - CBS, 2011 ................................................................................................... 105
Figura 64 - Indicadores de Desenvolvimento na Marina de Frapa (1996 - 2005)
Fonte – Luković, T. ................................................................................................................... 105
Figura 65 - O Mercado dos Barcos de Recreio, em USD, 2011 a 2014 ........................ 106
Figura 66 - Países Concorrentes da Croácia Fonte – Elaboração Própria ................. 108
Figura 67 – Atividades de deslize: entidade e oferta ...................................................... 118
Figura 68 – Atividades de deslize: valorização na comunicação ................................ 118
Figura 69 – Atividades de deslize: segmentação ............................................................ 119
Figura 70 – Marítimo turísticas: valorização na comunicação ...................................... 121
Figura 71 – Marítimo turísticas: segmentação .................................................................. 121
Figura 72 – Águas interiores: entidade e oferta................................................................ 122
Figura 73 – Águas interiores: valorização na comunicação ......................................... 123
Figura 74 – Águas interiores: segmentação ...................................................................... 123
Figura 75 – “Casa Flutuante” ................................................................................................ 124
Figura 76 – Embarcações de recreio: entidade e oferta ............................................... 125
Figura 77 – Embarcações de recreio: valorização na comunicação ........................ 125
Figura 78 – Proposta de Valor .............................................................................................. 236
Figura 79 – Modelo Organizacional .................................................................................... 237
Figura 80 – Estrutura organizativa ........................................................................................ 237
Figura 81 – Marketing Experiencial ...................................................................................... 239
Figura 82 – Produto Composto ............................................................................................ 242
Figura 83 – Processo seleção do local ............................................................................... 242
Figura 84 – Matriz Estratégica ............................................................................................... 243
Figura 85 – Processo de Desenvolvimento ........................................................................ 244
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
x
Figura 86 – Construção reputacional ................................................................................. 245
Figura 87 – Qualificação da Oferta .................................................................................... 248
Figura 88 – Promoção Internacional da Marca ............................................................... 253
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
xi
Índice de Tabelas
Tabela 1- atividades realizadas por turistas internacionais europeus ........................... 28
Tabela 2 - embarcações de recreio por 1.000 habitantes .............................................. 29
Tabela 3 - tipo de embarcações existentes na Suécia .... Erro! Marcador não definido.
Tabela 4 - produção embarcações na Suécia ................. Erro! Marcador não definido.
Tabela 5 - temperaturas máximas ........................................ Erro! Marcador não definido.
Tabela 6 - principais marinas e portos de Espanha ........................................................... 55
Tabela 7 - províncias espanholas com maior número de licenças sinalizadasErro! Marcador não definido.
Tabela 9: Número de Marinas, Portos de Recreio, Docas de Recreio e Postos de
Amarração registados em Portugal e atribuição de Bandeira Azul às Marinas, por
NUT II, em 2014. Fonte: APPR – Associação Portuguesa de Portos de Recreio e
Programa Bandeira Azul 2014. ............................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 10: Novos registos de Embarcações de Recreio, entre 2009 e 2014, na
DGRM e DGAM. ........................................................................ Erro! Marcador não definido.
Tabela 11: Número de Embarcações registadas em 2013 e 2014 para realização
de atividades Marítimo-Turísticas, por NUT II. FONTE: DGAM – Direção-Geral da
Autoridade Marítima, 13-02-2015. ......................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 12: Evolução do número de cartas emitidas (novas, renovações ou
equiparações) pela DGRM para a condução de Embarcações de Recreio.
FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
Marítimos (10-02-2015). ............................................................ Erro! Marcador não definido.
Tabela 13: Número de Empresas construtoras de Embarcações de Recreio e de
Desporto, volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE – Instituto
Nacional de Estatística (através da PwC). ........................................................................ 157
Tabela 14: Número de Empresas registadas como Exploração dos portos de
recreio (marinas), volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE- Instituto
Nacional de Estatística. ........................................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 15 e Tabela 16: Registos de Operadores Marítimo-Turísticos, por NUT III, em
2012 e 2013 (a azul os NUT III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal
Turismo de Portugal, I.P. (22-01-2015). .................................. Erro! Marcador não definido.
Tabela 17: Registos de Operadores Marítimo-Turísticas, por NUT III, em 2014. (a azul
os NUT III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal Turismo de
Portugal, I.P. (22-01-2015). ..................................................................................................... 166
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
xii
Tabela 18: Lista das regiões NUT III de Portugal (a azul os NUT III costeiros, a branco
os NUT III interiores).................................................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 19: Registo de Empresas de Animação Turística com oferta de atividades
na água, por NUT II, de 2010 a 2014. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-
2015) ............................................................................................ Erro! Marcador não definido.
Tabela 20: Empresas registadas no RNAAT, à data de 22-01-2015, com oferta de
atividades, produtos ou serviços ligados à náutica. FONTE: Portal Turismo de
Portugal, I.P.. (22-01-2015). ...................................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 21: Empresas registadas nos Açores, com serviços relacionados com a
prática de atividades náuticas. FONTE: Guia de Atividades de Animação
Turística 2014|2015. .................................................................. Erro! Marcador não definido.
Tabela 22: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no
RNAAT. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)Erro! Marcador não definido.
Tabela 23: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no
RNAAT. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)Erro! Marcador não definido.
Tabela 24: Oferta de atividades náuticas, disponíveis por OMT e EAT, por NUT II.
FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015) ......... Erro! Marcador não definido.
Tabela 25: Serviços náuticos oferecidos por região NUT II. FONTE: Portal Turismo de
Portugal, I.P.. (22-01-2015) ....................................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 26: Distribuição da disponibilidade de atividades náuticas pelas diferentes
ilhas dos açores. Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.Erro! Marcador não definido.
Tabela 27: Distribuição da oferta de atividades náuticas pelas diferentes ilhas dos
açores. Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.Erro! Marcador não definido.
Tabela 28: Oferta de atividades náuticas, disponíveis pelas empresas dos Açores.
Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015. ... Erro! Marcador não definido.
Tabela 29: Lista dos Paques de Portugal com atividades náuticas representados
no website www. vayacamping.fr. ....................................... Erro! Marcador não definido.
Tabela 30: Oferta náutica em Portugal disponível na plataforma on-line TRIVAGO.Erro! Marcador não definido.
Tabela 31: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line
TRIVAGO, de acordo com o tipo de alojamento. ............ Erro! Marcador não definido.
Tabela 32: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line
tripadvisor, identificado pela busca de atividades náuticas em Sueco.Erro! Marcador não definido.
Tabela 33: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino
Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).Erro! Marcador não definido.
Tabela 34: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino
Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015). ....................................... 207
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
xiii
Tabela 35: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de
Espanha (www.google.es) (busca realizada a: 22-06-2015). ........................................ 209
Tabela 36: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de
França (www.google.fr) (busca realizada a: 08-06-2015). ............................................ 211
1. Introdução
Enquadramento do Estudo no Projeto Portugal Náutico
A AEP em conjunto com a Oceano XXI pretendeu, através da presente iniciativa,
traçar uma estratégia coletiva que permitisse dar corpo ao desenvolvimento de
uma fileira de Náutica de Recreio em Portugal. Será, agora, necessário fechar o
ciclo de desenvolvimento deste novo mercado, através de ações de Promoção
de um novo posicionamento do sector do Mar e que integre a Fileira da Náutica
de Recreio que o presente projeto visou desenvolver.
O projeto foi estruturado em torno de 3 grandes eixos
Agregar, caraterizar e avaliar
Criar e capacitar a rede da Náutica de Recreio nacional
Promover e divulgar
Como resultado foram produzidos um conjunto de outputs, que agora estão
disponíveis no Site do Portugal Nautico.
Durante o decurso do projeto foram realizadas inúmeras ações de discussão e
construção da estratégia coletiva, de Norte a Sul de Portugal e nas Ilhas. Foram
envolvidos centenas de atores nacionais e contatados mais de 2000 entidades
internacionais.
Os documentos foram alvo de diversas análises públicas e foram incluídos os
contributos de todos os que quiseram e puderam participar.
Uma das principais coinclusões desta auscultação é a que a oferta nacional
ainda é muito “jovem”, tendo ainda uma maturidade empresarial pouco
estruturada. Os números mostram esta constatação, bem como a opinião dos
que já trabalham neste setor.
Outra conclusão também comummente apontada é a necessidade de mais
cooperação entre os diveros atores envolvidos no setor de modo a torna-lo mais
atrativo, flexível e resiliente, promovendo assim o reforço da sua
competitividade.
Este documento está estruturado em 3 grandes blocos:
Uma análise externa, realizada com o objetivo de compreender os mercados
com potencial de emissão de nautas de recreio, quais os seus perfis e seus
hábitos de consumo. São também analisados países que já possuem oferta
estruturada de modo a percebermos algumas das estratégias seguidas e de que
modo a envolvente as condiciona.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
2
O segundo bloco prende-se com a análise interna, com um levantamento da
oferta nacinal, o respetivo perfil de consumo e os potencial que pode ser
aproveitado.
O último Bloco apresenta uma proposta de estratégia de desenvolvimento da
oferta de náutica de recreio, assim com uma proposta de plano de ação para
os próximos anos, em termos de desenvolvimento da oferta e a sua promoção
internacional.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
3
2. Análise Externa
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
4
2.1. Alemanha
Mapa da Alemanha
Figura 1 - A Alemanha no Mapa da Europa
Fonte – Elaboração Própria
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
5
2.1.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades
Nauticas
A Alemanha é o sétimo maior país, em área, da Europa e o sexagésimo
segundo maior do mundo (CIA Factbook, 2010). Compreende cerca de 350
000 km² território terrestre e aproximadamente 8 000 km² de território aquático.
O país faz fronteira terrestre com nove países: a Dinamarca, a Holanda, a
Bélgica, o Luxemburgo, a França, a Suíça, a Áustria, a República Checa e a
Polónia.
A costa da Alemanha é banhada pelo Mar do Norte e pelo Mar Báltico. De
acordo com a Comissão Europeia (2010), 50% da costa alemã encontra-se
elevada cerca de 5 metros em comparação com as restantes zonas costeiras
da Europa. Este facto faz com que a Alemanha seja, particularmente,
vulnerável a episódios de tempestades severas e ao risco do aumento do nível
do mar, sendo ainda afetada pela erosão costeira.
Figura 2 - As Fronteiras da Alemanha
Fonte – Elaboração Própria
A costa Alemã do Mar do Norte é caracterizada por praias de areia plana e
pelas acentuadas marés de 2 a 3 metros, duas vezes por dia. Já o Mar Báltico
não tem marés e as tempestades tendem a ser menos prejudiciais do que no
lado do Mar do Norte, contudo esta costa também é afetada pela erosão. O
Mar do Báltico tem um baixo teor de sal e congela facilmente no inverno.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
6
A Alemanha tem uma rede hidroviaria com um comprimento total de cerca de
10 000 km. O litoral tem cerca de 3 500 km de comprimento e a o sistema de
águas interiores é de aproximadamente 7 350 km. Os planos de água interiores
mais longos são o Reno, o Elba e o Danúbio. A Alemanha é, também, um país
rico em lagos, em que o Bodensee, o Müritz e o Chiemsee são os maiores.
Ilhas e Arquipélagos
No Mar do Norte, quando o litoral se afundou durante o século XIII, a sua linha de
dunas costeiras deu origem a um conjunto de ilhas – as ilhas da Frísia Oriental.
Estas ilhas têm elevações máximas inferiores a 35 metros. As ilhas estão
espalhadas ao longo da costa numa linha praticamente reta e paralela à costa,
e em algumas alturas do ano é possível fazer caminhadas pedestres entre as
ilhas.
Figura 3 – Mapa do Mar Frísio (à esquerda) e Ilha de Sylt, a maior das Ilhas Frísias (à
direita)
Fonte – Website Germany Travel
Recursos Costeiros
A costa do Mar do Norte possui grandes extensões de areia, de pântano e
lodaçais, já no lado do Báltico, as seções do norte de Schwerin e
Neubrandenburg são pontilhadas com pântanos e numerosos lagos. A costa de
Schleswig-Holstein, no Mar Báltico, difere marcadamente da costa do Mar do
Norte. Está é recortada por uma série de pequenos fiordes com margens
íngremes e a água profunda e o abrigo dos fiordes proporcionar condições de
navegação seguras. O Parque Nacional Jasmund, ao longo da costa nordeste
do Mar Báltico, é caracterizado por falésias. O ponto mais alto desta costa, o
Königsstuhl, possui 117 metros.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
7
Figura 4 - O Lago Bodensee
Fonte - Deutschland.de
Lagos Interiores
As planícies do norte contêm numerosos lagos, particularmente no nordeste da
Alemanha e nos arredores de Berlim. O lago Müritz, o lago Kummerow, o lago
Plau e o Lago Schwerin são alguns dos lagos que pertencem a esta região.
As colinas dos Alpes são caracterizadas por
inúmeros lagos de água limpa e com as
margens arborizadas. Esta paisagem do sul
da Alemanha é preenchida com os lagos
Ammer, Chiemsee e o Starnberger See. O
Lago de Constança, em alemão Bodensee,
é partilhado com a Suíça e com a Áustria. É
o maior lago da Alemanha, com uma área
de 571,5 quilómetros quadrados, dos quais
305 quilómetros quadrados encontram-se
dentro da Alemanha.
Clima
A Alemanha possui um clima oceânico moderado, com frequentes mudanças
de estado do tempo e de direção e intensidade dos ventos,
predominantemente vindos do oeste. Os invernos no Norte e Noroeste do país
são relativamente amenos e os verões são quentes. A diferença entre o Inverno
e o Verão é maior no Sul da Alemanha, que regista uma média de cerca de -2
°C no Inverno e de 19,4 °C, ou mais elevada, no verão. Em Julho, a temperatura
média encontra-se em torno dos 18 °C nas terras baixas e nos 20 °C nos vales do
sul (Facts about Germany, 2010). A média anual para todo o país é de 9 °C.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
8
Figura 5 - Temperatura Média (esquerda) e precipitação (direita) durante o verão
(junho-agosto)
Fonte - Deutsche Wetterdienst (2010)
2.1.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica
Os países recetores de turistas demonstram uma preocupação crescente com as
condições infraestruturais disponiveis no país, com o objetivo de receber um
grande volume de turistas com qualidade e de forma a proporcionar um bom
grau de satisfação aos visitantes. Assim, os diferentes governos entendem que é
necessário a construção e a manutenção de um conjunto de condições físicas e
de infraestruturas adequadas, nomeadamente, Portos Náuticos, marinas;
aeroportos; Transportes Rodoviários e Ferroviários e Instalações Hoteleiras.
Deve-se realçar que sempre que os turistas viajam para um país estrangeiro,
terão como padrão de avaliação e comparação as condições existentes no seu
país de origem. Uma das maiores dificuldades dos países mais pobres em
infraestruturas é exatamente corresponder aos standards que os países
emissores possuem.
Portos Náuticos, marinas e postos de amarração
As marinas são lugares específicos, na orla costeira ou no interior, onde as
embarcações de recreio podem ficar ancoradas de modo seguro.
As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e
é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta
indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma
associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue
os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar
que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais
de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 pontos de amarração.
Considerando as 600 marinas de água doce, e somando todas as que
pertencem a mercados para os quais não existem dados, estima-se que a
Europa possua mais de 5.000 marinas, com mais de 500.000 pontos de
amarração (ADAC: “Marinaführer, Deutschland, Europe”, 2010). Este mercado,
que agrega deste os portos de atracagem até às instalações de apoio, pode
representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros (Luković, T. & Gržetić, Z.,
2007).
Marinas na Alemanha
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
9
A Alemanha apresenta um conjunto elevado de marinas, aproximadamente 230
marinas, e estas encontram-se distribuifdas pela costa do Mar do Norte, do Mar
Báltico e ainda nos lagos interiores (Lista completa em Anexo). Da lista de
marinas, cerca de 60 marinas não apresenta informação online sobre o seu
número de postos de amarração, no entanto, a soma total das que apresentam
informação ultrapassa os 30 500 pontos de amarração.
Aeroportos
A Alemanha é um país influente, com movimento económico e localizado no
centro da Europa. De forma semelhante ao que acontece com o bom
abastecimento de marinas nas zonas ribeirinhas, o seu território é provido de
vários aeroportos, nacionais e internacionais. Estes são alguns dos aeroportos
alemães com maior movimento:
Frankfurt
Munich
Düsseldorf
Berlin Tegel
Hamburg
Stuttgart
Cologne
Berlin
Basel–Mulh.-Freiburg
Hanover
Nuremberg
Hahn
Bremen
Weeze
Leipzig
Dortmund
Dresden
Baden Airpark
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
10
2.1.3. A Prática de Atividades Nauticas
A indústria da náutica de recreio e do turismo náutico é uma indústria
relativamente recente. Começo a desenvolver-se a partir de meados dos anos
60, em que as embarcações de recreio começaram a assumir uma estrutura
formal e organizada em torno de uma nova área industrial e económica.
A produção industrial resultou na oferta de preços introdutórios atraentes, nos
anos 70 e 80, originando uma expansão significativa deste mercado. Este
desenvolvimento continua a ter repercussões até aos dias de hoje – um estudo
da Bundesverband Wassersportwirtschaft (Associação Alemã da Indústria dos
Desportos Aquáticos) aponta para que cerca de 500 000 alemães sejam
proprietários de uma embarcação de recreio e que, acrescentando os restantes
tripulantes e as embarcações charter, esse número suba para 1,8 milhões de
pessoas ativas e utilizadoras regulares de embarcações. Sendo que o potencial
de crescimento continua a ser elevado
Um estudo do ADAC de 2008 divulgou que 8 milhões de pessoas têm um
interesse nos desportos ligados a embarcações de recreio, seja a vela ou a
motor. Num outro estudo do mesmo ano, desenvolvido pelo Allensbach Media
Analysis (AWA), foi apontado um valor ligeiramente inferior. Este, ultimo estudo,
avança para que sejam cerca de 5 milhões e meio as pessoas interessadas em
praticar desportos com embarcações de recreio (barco a motor: 2 920 000 e
vela: 2 630 000).
O interesse dos alemães nos desportos náuticos encontra-se distribuído da
seguinte forma:
Barcos a Motor - 47,4%Canoagem & Caiaque
26,6%Houseboat - 26,5% Vela - 25,1%
Mergulho - 20,3% Esqui Aquático - 15,1% Surf / Kite Surf - 11,5%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
11
Impacto na Economia
Receitas de Turismo Náutico e da Náutica de Recreio na Alemanha
O turismo é um sector económico relevante para a Alemanha com um elevado
potencial económico. Envovlendo 2,8 milhões de empregos e um volume de
negócios anual de € 233 mil milhões de euros. O turismo náutico tem verificado
um crescimento positivo nos últimos anos e o número de barcos de recreio tem
registado um aumento continuado. Podem ser identificados alguns fatores,
naturais e sociais, para um aumento geral da prática de desportos náuticos,
designadamente, o aumento do número de desportos praticados, os mais de 10
mil quilómetros de águas interiores navegáveis, os numerosos lagos e os 23 mil
quilómetros quadrados de água salgada.
No entanto, no ano fiscal de 2008/2009 a indústria naval europeia começou a
sentir a extensão da crise económica e o resultado foi o declínio da produção
em torno dos 60% em relação ao período anterior. O total de vendas de bens e
serviços náuticos, de cerca de 25 bilhões de euros em 2007/2008, diminui para
cerca de 18,5 mil milhões de euros (uma redução de 26%). O volume de
exportações de barcos fabricados na Alemanha não foi exceção a esta
contração. No primeiro semestre de 2009 foram exportados 642 barcos à vela
(no valor de 61.500.000€) e 740 barcos a motor (no valor de 56.200.000€),
representado um declínio de 66,5% e 62%, face ao mesmo período do ano
anterior.
Figura 6 – Evolução do Volume de Negócios para o Total de produtos e serviços do
mercado marítimo (sem os mega iates) em milhões de euros
1600
1646
1702
1669
17081733
1684
1757
1877
1843
1669
1400
1500
1600
1700
1800
1900
1990 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
12
As vendas totais de bens e serviços náuticos registaram em 2009 um valor de
1 649 mil milhões de euros (uma redução de cerca 10,5% - 1 843 mil milhões de
euros – face ao ano de 2008). Os sectores com as maiores quedas de receitas
foram o das vendas de barcos, quer novos (diminuição de 33,5% face ao ano
anterior) quer usados (a registar uma redução de 21,5%). A venda de
Combustíveis e Lubrificantes, por consequência, verificou também uma
diminuição nas receitas, de aproximadamente, 15%. As actividades relacionadas
com a venda de Material e de Equipamentos, as atividades de Mergulho, os
Serviços e os Charters também registaram um volume de negócios inferior ao
registado no ano anterior, com valores de redução entre os 0,7% e os 4,5%.
Por outro lado, as Marinas e o Surf não registaram qualquer alteração, mantendo
as receitas de 152 milhões de euros (nas atividades ligadas às marinas) e de 45
milhões de euros no Surf. As Reparações e Serviços registaram um aumento de
4,5%, com receitas de 254 milhões de euros.
Planos Nacionais e Estratégias Coletivas
Os desportos náuticos e a indústria do turismo náutico têm recebido, nos últimos
anos, um apoio político acentuado. Em 2006 foi adotado pelo Governo Federal
Alemão o plano “Attraktivität des Wassertourismus und des Wassersports stärken”
- Fortalecer a Atratividade do Turismo Aquatico e dos Desportos Náuticos –
aprovando a desregulamentação de algumas áreas. Assim, a título de exemplo,
foram simplificados os requisitos para a compra de barcos de recreio e das
licenças para a sua utilização. Com estas medidas o governo alemão acredita
conseguir induzir um aumento na procura de barcos e um crescimento de
vendas na indústria naval.
Em 2009, continuou a aposta alemã neste setor com a criação de um plano
nacional para a melhoria da estratégica de marketing do turismo náutico –
“Infrastruktur und Marketing für den Wassertourismus in Deutschland Verbessern”.
O objetivo do projeto previa uma comunicação entre todos os parceiros do
desporto náutico e do turismo náutico para melhorar, de forma sustentável, este
sector de atividade. O governo Alemão acreditava que o conseguiria através:
Do Fortalecimento das associações entre os parceiros;
De uma transparência dos diferentes interesses, através de um
envolvimento precoce de todas as partes interessadas no processo de
tomada de decisão;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
13
Do planeamento, decisão e avaliação, com abordagens sustentáveis, de
todas as medidas relacionadas com o mar;
Pelo desenvolvimento de estruturas e instrumentos interativos;
Assegurando uma campanha de marketing conjunta – pela
apresentação da Alemanha como um destino turístico nauta.
Este projeto abrangeu seis pilares estruturais, nomeadamente:
Este plano de desenvolvimento analisou os desafios existentes e emergentes e
compreender as soluções e oportunidades futuras. Cada um dos seis pilares
agrupou um conjunto de tarefas, apresentadas abaixo, de forma resumida1:
Estruturas de Decisão
Coordenação e comando de reuniões departamentais;
Criação de um grupo de trabalho interministerial;
Desenvolvimento de uma rede que agrupe todos os órgãos alemães, dos
vários níveis governamentais, com ligações ao mar;
Organização de uma Conferência Nacional da Náutica.
Estratégias Políticas
1 Ver mais em: “Aktionsplan zum «Entwicklungsplan Meer - Strategie für eine integrierte deutsche
Meerespolitik», Bundesministerium für Verkehr, Bau und Stadtentwicklung”
Estruturas de Decisão Estratégias Políticas
Instrumentos e ProjetosRelações Públicas e Trabalhos de Proximidade
Cooperação EstatalDiálogo entre Federações e Associações
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
14
Promoção do interesse e requisitos políticos para os assuntos do mar e
verificação das políticas departamentais com impactos nesta indústria;
Acompanhamento e implementação do Plano de Ação;
Verificação junto dos "Corredores Marítimos" de apoios existentes.
Instrumentos e Projetos
Desenvolvimento de uma base de dados para uma “Política Marítima
Integrada”;
Criação de uma base de dados para todos os produtos e serviços
relacionados com o mar;
Suporte e apoio de vários projetos náuticos.
Relações Públicas e Trabalhos de Proximidade
Representação do Governo Federal no evento anual do “Dia Europeu do
Mar”;
Organização do Dia Europeu do Mar 2014, em Bremen;
Preparação da "Semana dos Oceanos e dos Mares" na Alemanha;
Participação ativa nos eventos, feiras, seminários e conferências ligadas à
náutica e ao mar;
Desenvolvimento de materiais e documentos públicos para divulgação
nacional e internacional.
Cooperação Estatal
Grupo de trabalho para a criação da "Política Marítima Integrada",
procurando a participação global de vários países na implementação
de um Plano Conjunto de Desenvolvimento do Mar (continuação dos
objetivos do Conselho Federal de 20 de Janeiro de 2007);
Website de Redes.
Diálogo entre Federações e Associações
Proporcionar o envolvimento das federações e das associações no
desenvolvimento dos planos nacionais e permitir que permaneçam e que
a sua opinião seja relevante nas questões da política marítima integrada.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
15
A Procura
As palavras “água” e “férias” são para, uma grande parte dos, turistas alemães
dois lados da mesma moeda. Um terço das viagens de lazer, a nível nacional,
dirigem-se para o Mar do Norte ou para o Báltico. Na Alemanha cerca de 20
milhões de pessoas fazem anualmente férias ou outras atividades de lazer
aquáticas (Wassertourismus in Deutschland, 2013). O potencial para o turismo em
plano de água é extenso, mais de 80% da população, entre os 14 e os 70 anos,
pratica algum tipo de atividade nautica. Este interesse nas atividades náuticas é
facilmente explicado pelas condições naturais do país. A Alemanha é um país
rico em rios, lagos, com condições para a prática de diversos desportos náuticos
e com envolventes paisagísticas interessantes.
Trata-se de um mercado já maduro na Alemanha, contando com a aposta do
governamental no seu crescimento e que se tem vindo a tornar cada vez mais
uma indústria dominada por entidades e empresas profissionais. Os turistas
náuticos alemães são particularmente exigentes, obrigando as empresas deste
sector a discutir e a analisar com frequência as questões ligadas ao serviço ao
cliente e da qualidade.
O Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha desenvolveu, em 2013, um
inquérito para conhecer melhor o mercado interno de turistas náuticos. De entre
várias as conclusões apresentadas, é possível destacar que:
Em 2010, do total de viagens realizadas em território nacional, com
duração de 5 ou mais dias, 33% da população alemã, com 14 anos ou mais,
dirigiu-se para o Mar do Norte ou para o Báltico;
Sol, Praia e água são o tipo de férias mais comum entre os alemães. Em
2010, as férias de cerca de 42% da população envolveu, no mínimo, um
destes três tipos de lazer;
Criação de um conjunto de Standards de qualidade do turismo náutico
Criação de um Guia para as Marinas e Postos de Amarração
Desenvolvimento de um Portal Online com a Oferta Nacional desta indústria
Presença em várias feiras como "Destino Alemão"
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
16
Nos últimos três anos, 60% dos alemães fez com uma frequência regular
férias no mar ou em lagos.
O mesmo estudo analisou a prática de um conjunto de atividades nautas, para
os cinco anos anteriores, as respostas indicaram que a população (entre os 14 e
os 70 anos) pratica com regularidade atividades de lazer ligadas ao mar2, tanto
no seu dia-a-dia, como durante o período de férias.
A figura seguinte apresenta a percentagem da população alemã que pratica
alguma das atividades aquáticas listadas, seja no contexto diário (coluna azul)
ou no contexto de férias e de lazer (coluna creme). A atividade com maior
representatividade é a dos passeios de barcos de passageiros, com 25% da
população alemã a usar, com frequência, nas suas férias. Segue, com uma
representatividade de 10%, a pesca desportiva e os passeios de barco a motor.
O remo e o mergulho são duas atividades que 9% dos alemães gosta de praticar
nos tempos de lazer e de férias. Em relação às outras atividades estas
apresentam as seguintes percentagens de utilização:
Visita a eventos/competições desportivas – 8%
Canoagem – 8%
Jet Esqui – 7%
Vela – 6%
Esqui Aquático – 4%
Surf – 4%
Rafting – 3%
Windsurf – 2%
Kitesurf – 1%
Apenas uma pequena parte da população (cerca de 2%) não praticou
qualquer atividade náutica nos últimos 5 anos.
2 Respostas, em percentagem, para as questões: “Qual das seguintes atividades praticou, nos últimos
cinco anos, numa frequência diária, de lazer ou em férias?”; “Qual destas atividades já tinha
praticado antes?”.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
17
Figura 7 – População alemã praticante de alguma das atividades nautas listadas, num
contexto diário (coluna azul) ou num contexto de férias e de lazer (coluna
creme).
O mesmo estudo analisou, ainda, o potencial de crescimento com base na
intenção dos alemães em praticar uma atividade náutica nos próximos anos. A
variável “Vontade” foi dividida em dois subconjuntos, assim, a coluna mais
escura, representa uma “Certeza que irá praticar nos próximos cinco anos”, já a
coluna mais clara expressa uma opinião de que “considero a possibilidade de
praticar nos próximos cinco anos”.
Os passeios em barcos de passageiros atingiram um total de 67% de intenções,
nos quais 17% correspondem aos alemães que afirmam ter a certeza que irão
fazer este passeio e os restantes 50% acredita que o irá poderá fazer. Visitar
eventos ou competições náuticas (51%), Navegar com um Barco de Recreio a
motor (43%) e o Remo (39%) foram as três atividades que se seguiram na lista das
preferências dos alemães. De seguida, com valores acima dos 30%, encontra-se
o Mergulho (37%), a Pesca Desportiva (35%), a Canoagem (35%), o Jet Esqui
(31%) e a Vela (31%).
Na lista de interesses, verifica-se que a propensão para a prática de desportos
de deslize é inferior às restantes atividades, apesar de que para algumas das
actividades, o valor de interesse é ainda assim alto (figura abaixo).
0
5
10
15
20
25
30
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
18
Figura 8 – Potencial de Procura de Atividades Náuticas
A procura de atividades náuticas de lazer é distinta conforme o perfil
sociodemográfico da população. As atividades de lazer náutico que maior
interesse despertaram nos alemães com idades entre os 50 e os 70 anos são os
Passeios de Barcos (com 39% do total de praticantes), as visitas a eventos e
competições marítimas (com 37%) e, por fim, a vela (com 31% do total de
praticantes).
A população entre os 30 e os 49 anos é o grupo com maior expressão, são
aqueles que representam a maior fatia de praticantes na maioria das
modalidades (exceção apenas para o Rafting, o Kitesurf, o Surf e a Vela). Este
grupo representa quase metade dos praticantes de pesca desportiva (47%) e de
Jet Esqui, Mergulho e Canoagem (44%).
Os jovens entre os 14 e os 29 anos são o grupo mais representativo quando nos
referimos a desportos com maior atividade física, tais como o Rafting e o
Canyoning (49% do total de praticantes), o Surf e o Kitesurf (41%) e também, a
Vela (36%).
179 6 6 9 10 7 6 6 4 3 3 2 2 2
50
4237 33 28 25 28 26 25
20 18 18 16 16 12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
19
Figura 9 - Estrutura etária, por tipo de atividade náutica, da população alemã
O mesmo estudo destaca ainda:
O mercado é dominado pela população masculina;
Cerca de 2% dos homens alemães são proprietários de um barco;
A faixa etária masculina com maior percentagem de barcos é aquela
que se encontra entre os 60 e os 64 anos;
Atualmente, 50% dos proprietários de barcos afirmam ter adquirido o
primeiro barco quando se encontravam na faixa dos 30 anos.
Em 2010, a Bundesverband Wassersportwirtschaft, ou seja, a Associação Alemã
da Indústria dos Desportos Aquáticos, desenvolveu um estudo que, entre outros
objetivos, pretendeu compreender o mercado dos barcos de recreio na
Alemanha. O gráfico abaixo apresenta o número de barcos, por tipo de barco,
que os alemães possuem. O barco mais comum é o barco a motor, com 190 mil
barcos e depois, com 160 mil barcos, encontra-se o iate a motor ou à vela.
Existem mais de 115 mil lanchas a motor na Alemanha e 35 mil barcos à vela.
25
49
41
36
34
36
30
34
30
31
22
22
39
38
38
44
47
33
44
40
44
42
43
40
36
13
21
21
20
31
26
26
26
28
37
39
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Estrutura 14 a 70 anos
Rafting & Canyoning
Kitesurf &Windsurf
Esqui aquático & Jet Esqui
Pesca desportiva
Vela
Mergulho
Remo
Canoagem
Barco a motor
Eventos e Competições
Passeio de Barco
14 a 29 anos 30 a 49 anos 50 a 70 anos
Iate com motor ou à vela Vela Barco a motor Lancha
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
20
O tamanho do barco é uma questão relevante para as entidades deste setor,
em especial, das marinas. Na Alemanha os barcos à vela representam 39% do
total de barcos e, por sua vez, os barcos a motor representam os restantes 61%.
Quando considerados os barcos à vela, os alemães têm 90 mil barcos com
menos de 7,50 metros de comprimentos e 105 mil barcos com mais de 7,50
metros.
Nos barcos a motor, o grupo de barcos com menos de 7,50 metros de
comprimento é mais expressivo e totalizando cerca de 160 mil barcos. Por último,
existem na Alemanha 145 mil barcos a motor e com mais de 7,50 metros de
comprimento.
Figura 10 – Número de barcos por comprimento, à vela e a motor, na Alemanha
A distribuição regional dos proprietários dos barcos foi também analisada e as
principais conclusões são que:
Os barcos a motor existem em maior número do que os barcos à vela,
para todas as regiões do país;
Os alemães da região oeste do país são aqueles com maior número de
barcos, aproximadamente 114 mil a motor e 61 mil à vela;
O norte do país tem 79 mil barcos a motor e cerca de 63 mil à vela;
Com valores próximos aos registados pelo norte, o sul apresenta 74 mil
barcos a motor e 45 mil barcos à vela;
A região este do país é a que tem um menor número de barcos, quase
50 mil barcos a motor e 22 mil barcos à vela.
10500090000
145000160000
0
50000
100000
150000
200000
Barcos à Vela > 7,5 m Barcos à Vela < 7,5 m Barcos a Motor > 7,5 mBarcos a Motor < 7,5 m
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
21
Figura 11 - Distribuição dos barcos, à vela e a motor, por região geográfica
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
22
2.2. Países Escandinavos
Figura 12- A
Península Escandinava no Mapa da Europa
Fonte – Elaboração Própria
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23
2.2.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades
Nauticas
A Escandinávia ou Península Escandinava é uma região geográfica, cultural,
linguística e política do norte da Europa. Localizada entre o Mar do Norte e o
Golfo de Bótnia e o Mar Báltico, constituindo a maior península na Europa. Do
ponto de vista geopolítico, o termo é equivalente a países nórdicos: Dinamarca,
Noruega, Suécia e, por extensão, a Islândia, as Ilhas Faroé, a Finlândia, a
Gronelândia e as Ilhas Åland.
Clima
A Escandinávia é cortada ao meio pelo Círculo Polar Ártico e possui um clima
com as quatro estações bem definidas. Nas áreas mais ao Sul, com um Inverno
muito frio e intensa precipitação de Neve, com temperaturas entre -15 e -5 °C;
um Verão com temperaturas amenas e tempo menos chuvoso, com
temperaturas entre 8 e 22 °C; uma Primavera com temperaturas baixas entre os
meses de Março e Abril, e com gradativa elevação em Maio e Junho, com
médias entre 5 e 12 °C, com gradativa diminuição de Chuva, e o Outono tem
aumento da Chuva conforme o verão se distancia e diminuição das
temperaturas, que ficam entre 0 e 10 °C. No Norte da região, especificamente
nas áreas da Noruega, Suécia e Finlândia que estão acima da latitude 67° e
mais ao interior desses países, temos um inverno longo e muito frio, com
temperaturas entre -35 e -20 °C, com intensa precipitação de Neve, e um Verão
curto e ameno, com diminuição das chuvas e médias entre 5 e 15 °C.
Graças à Corrente do Golfo, a Islândia e cidades do Leste da região, como Oslo,
Trondheim, Copenhaga, e capitais próximas ao Litoral, como Helsínquia e
Estocolmo possuem invernos relativamente amenos, levando em conta a
posição geográfica da região. Reiquejavique, a capital islandesa, raramente
possui temperaturas abaixo dos -5 °C.
Países Integrantes da Península Escandinávia
A Dinamarca é um país da Europa setentrional e membro sénior do Reino da
Dinamarca. É o mais meridional dos países nórdicos, a sudoeste da Suécia e a sul
da Noruega, delimitado no sul pela Alemanha. As fronteiras da Dinamarca estão
no Mar Báltico e no Mar do Norte. O país é composto por uma grande península,
a Jutlândia, e muitas ilhas, sobretudo Zelândia (Sjælland), Funen (Fyn),
Vendsyssel-Thy, Lolland, Falster e Bornholm, assim como centenas de ilhas
menores, muitas vezes referidas como o Arquipélago Dinamarquês.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
24
A Dinamarca partilha uma fronteira de 68 km com a Alemanha no sul e é
cercada por 7.314 quilómetros de mar (incluindo pequenas baías e enseadas).
Desde 2000, a Dinamarca está ligada à Suécia através da Ponte do Øresund.
A Noruega um país do norte da Europa setentrional que ocupa a parte ocidental
da Península Escandinava, a ilha de Jan Mayen e o arquipélago ártico de
Svalbard, através do Tratado de Svalbard. A parte continental do país divide
fronteira a leste com a Suécia e ao norte com a Finlândia e a Rússia. O Reino
Unido e as Ilhas Faroé estão a oeste, através do Mar do Norte, a Islândia e a
Groenlândia estão a oeste, através do mar da Noruega, e a Dinamarca fica
próxima ao extremo sul do país, através do estreito de Skagerrak. A Ilha Bouvet e
a Ilha de Pedro I são territórios dependentes da Noruega, mas não são
considerados parte do Reino.
A extensa linha costeira da Noruega, de frente para o oceano Atlântico Norte e
para o mar de Barents, é a casa de seus famosos fiordes.
Área Total 323,802 Km²
Área Terrestre 304,282 Km²
Área marítima 19,520 Km²
Comprimento da Costa 53,199 km
População 4,722,701
Ilhas 150 000
Área Total 43,094 km²
Área Terrestre 42,434 km²
Área marítima 660 km²
Comprimento da Costa 5,316 km
População 5,556,423
Ilhas 443 ilhas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
25
A Suécia localizada na Península Escandinava na Europa Setentrional. A Suécia
divide fronteiras terrestres com a Noruega, a oeste, e com a Finlândia, a
nordeste, além de estar ligada à Dinamarca através da Ponte do Øresund, no
sul. É o Maior país da Escandinávia por área e população.
Os suecos têm uma relação forte com a água: o país é todo cortado por rios e
canais e possui um litoral cheio de ilhas e penínsulas. A costa da Suécia é
beneficiada por correntes marinhas quentes, que amenizam as temperaturas.
O país oferece ainda uma sucessão de belas paisagens impolutas de lagos e
montanhas praticamente desertas. Lagos, por exemplo, existem milhares deles,
de todos os tamanhos. O maior lago da Suécia é Värnern, que é também um
dos maiores da Europa. Um dos lagos mais bonitos é o Mälaren, perto de
Estocolmo, onde há castelos que podem ser visitados.
Área Total 450,295Km²
Área Terrestre 410,335Km²
Área marítima 39,960 Km²
Comprimento da Costa 3,218 km
População 9,119,423
Ilhas 150 000
A Finlândia faz fronteira com a Suécia a oeste, com a Rússia a leste e com a
Noruega ao norte, enquanto a Estónia está ao sul através do Golfo da Finlândia.
A capital do país é Helsínquia. Cerca de 5,3 milhões de pessoas vivem na
Finlândia, sendo que a maior parte da população está concentrada no sul do
país.
A Finlândia é um país com milhares de lagos e ilhas, 187 888 lagos e 179 584 ilhas,
mais concretamente. Um destes lagos, o Saima, é o 5º maior lago da Europa. A
paisagem finlandesa é predominantemente plana, com algumas colinas e
montes baixos. O ponto mais alto do país, o Halti, com 1328 m, encontra-se no
extremo norte da Lapónia.
A Islândia um país nórdico insular europeu situado no Oceano Atlântico Norte. O
seu território abrange a ilha homónima e algumas pequenas ilham no oceano
Atlântico, localizadas entre a Europa continental e a Gronelândia. O país conta
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
26
com uma população de quase 320 mil habitantes numa área de cerca de 103
mil km². A sua capital e maior cidade é Reykjavík, cuja área metropolitana
abriga cerca de dois terços da população nacional. O interior é constituído
principalmente por um planalto caracterizado por campos de areia, montanhas
e glaciares. Aquecida pela corrente do Golfo, a Islândia tem um clima
temperado em relação à sua latitude e oferece um ambiente habitável.
Territórios da Península Escandinava:
Ilhas Faroé - um território autónomo da Dinamarca
Gronelândia- um território autónomo da Dinamarca e membro do
Conselho Nórdico. Geograficamente e culturalmente, é parte da (nativo)
América do Norte.
Svalbard - administrado pela Noruega
Åland - um território autónomo da Finlândia
2.2.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica
Os turistas oriundos de países desenvolvidos, com condições infraestruturais
alargadas a toda a população e à extensão do seu território, tendem a avaliar
os países que visitam com base no standard do seu país. Desta forma, conhecer
as estruturas disponibilizadas pelos países emissores de turistas assume elevada
importância, especialmente para os países que se querem destacar como
potenciais países recetores.
O número de marinas na Suécia e na Finlândia é elevado, com 1.107 e 1.040
respetivamente. A Dinamarca detem 721 marinas, particularmente relevante
pelo tamanho da sua costa, e depois, a Noruega possui 390 marinas.
Os aeroportos na península Escandinava encontram-se distribuídos pelos 5 países
e que servem de ponte para os destinos náuticos escolhidos pelos escandinavos.
Segue a lista dos principais aeroportos internacionais:
Dinamarca: Aalborg Airport
Dinamarca: Aarhus Airport
Dinamarca: Copenhagen International Airport
Dinamarca: Esbjerg Airport
Finlândia: Helsinki Vantaa Airport
Finlândia: Ivalo Airport
Finlândia: Lappeenranta Airport
Finlândia: Tampere Pirkkala Airport
Finlândia: Vaasa Airport
Islândia: Keflavik International Airport
Noruega: Bergen Flesland Airport
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
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Noruega: Oslo Gardermoen Airport
Suécia: Goteborg Landvetter
Suécia: Malmo Sturup Airport
Suécia: Stockholm Arlanda Airport
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28
2.2.3. A Prática de Atividades Nauticas
O Turismo Náutico e a Náutica de Recreio Escandinava
As embarcações constituem um elemento central na história da Escandinávia e
por muito tempo foram o único meio eficaz de transporte devido à abundância
de lagos características em todos os países desta península. Já no início de 1900
existiam barcos a motor.
De acordo com um estudo realizado pela THR (2006), o mercado da náutica de
recreio representa, em termos de procura primária, aproximadamente 3 milhões
de viagens na Europa, sendo a vela e o mergulho as atividades mais procuradas.
Este mercado apresenta uma taxa de crescimento compreendida entre 8% e
10% ao ano, sendo a Alemanha e a Escandinávia os principais mercados
emissores de turistas. Quanto à procura secundária da náutica de recreio, e de
acordo com informação do European Travel Monitor (IPK), o estudo aponta para
7 milhões de viagens/ano, considerando as atividades realizadas por turistas
internacionais europeus.
Tabela 1- atividades realizadas por turistas internacionais europeus
A Finlândia, a Noruega e a Suécia são os países europeus que possuem o maior
índice de embarcações por 1.000 habitantes, ascendendo respetivamente a
139, 169 e 83 embarcações de recreio por 1.000 habitantes.
Mercado
Emissor
Viagens
Totais
(milhares)
% Viagens de
turismo
náutico
Viagens de
Turismo
Náutico
(milhares)
% do total de
Viagens
Europa 245.00 1.15 2.800 100.0
Alemanha 51.685 1.30 679 24.3
Escandinávia 18.571 2.30 423 15.1
Grã-Bretanha 39.349 0.60 249 8.9
Holanda 17.763 1.10 200 7.1
França 18.493 1.00 178 6.4
Espanha 9.103 0.70 65 2.3
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
29
Tabela 2 - embarcações de recreio por 1.000 habitantes
Como consequência os cruzeiros, a vela, a navegação de lazer e as regatas são
algumas das actividades realizadas pelos escandinavos, frequentemente.
A Croácia, França, Grécia, Itália e Portugal, países do sul da Europa, apresentam
um rácio de embarcações por 1.000 habitantes bastante reduzidos quando
comparados à realidade dos países Nórdicos.
De notar ainda que no grupo de países do Sul da Europa considerado, Portugal
destaca-se por não ultrapassar as cinco embarcações por 1.000 habitantes o
que corresponde ao valor mais baixo entre os países mediterrânicos.
País População Nº de embarcações de
recreio
Rácio de embarcações
de recreio/1.000 hab.
Alemanha 82.400.000 441.530 5
Croácia 4.442.000 105.00 24
Finlândia 5.277.000 731.200 139
França 61.538.000 483.823 8
Grécia 10.964.020 130.522 12
Holanda 16.570.000 280.00 17
Irlanda 4.062.235 25.830 6
Itália 57.900.000 592.000 10
Noruega 4.681.000 793.000 169
Portugal 10.585.900 55.000 5
Reino Unido 60.209.500 541.560 9
Suécia
9.113.257 753.00 83
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
30
Impacto na Economia
O turismo náutico tem apresentado um crescimento positivo e o número de
barcos de recreio tem registado um crescimento contínuo na Escandinava,
segundo as informações disponíveis.
Dos cinco países que compõem a Escandinávia as informações identificadas
são apenas sobre três países: Dinamarca, Noruega e Suécia.
Dinamarca
O mercado de náutica de recreio dinamarquês é um mercado maduro, tal
como as indústrias relacionadas. Como país com uma história de expansão por
atividades em meio marítimo, o mercado de embarcações de lazer
dinamarquês pode funcionar uma porta de entrada para o mercado
escandinavo.
A Dinamarca foi em grande parte construída, e continua a prosperar, em torno
das suas actividades marítimas. Um dos principais motivos são os 5.316 km de
litoral que cercam os 43.094 km2 da principal massa de terra. Uma das
consequências históricas desta geografia foi uma indústria de arenque próspera
na costa da Zelândia, o que ajudou cimentar o comércio e o fluxo de divisas que
ajudou a cidade de Copenhaga crescer e tornar-se a capital do país.
Hoje, as atividades marítimas continuam a suportar o crescimento de
Copenhaga e da Dinamarca.
A Dinamarca, por exemplo, a base de uma das maiores empresas de
navegação do mundo, Maersk Group, que gera mais de 24 mil milhões € de
receitas anuais. Para além desta empresa, Maersk, a indústria de navegação
dinamarquesa inclui mais de 300 empresas de transporte.
Também o sector de actividade da náutica de recreio dinamarquesa é muito
grande face ao tamanho do país, que tem uma população de 5 milhões de
pessoas.
Assim os dados obtidos até à 2010 indicavam:
A existência de 57 000 barcos de recreio em portos dinamarqueses,
sendo que 57% são barcos à vela e 43% barcos a motor.
As pessoas em lista de espera para espaços portuários eram 12 500.
Portos existentes na Dinamarca eram cerca de 320.
Os números de clubes de vela eram 250;
Empresas de aluguer de barco: 50.
Empresas produtoras de barcos de recreio: 30;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
31
Empresas de reparação e manutenção: 150
Os números mostram um mercado ativo e crescente de barcos de lazer. No
entanto, devido ao número de fabricantes, distribuidores existentes, empresas de
manutenção, e as empresas de aluguer, o mercado é também fortemente
competitivo.
Um dos pontos fortes da Dinamarca no mundo desportivo são os desportos
náuticos, em especial a vela e o remo. Como consequência, um dos potenciais
nichos a explorar no mercado dinamarquês é o fornecimento de barcos
profissionais competitivos e respetivos equipamentos.
Os dinamarqueses também gostam de navegar por vários dias de porto para
porto, originando uma procura, estável, de embarcações e equipamentos.
Com mais de 57 mil embarcações de lazer nos portos e 12.500 à espera para se
juntar, existe uma procura continuada de equipamento de vela e canoagem.
Suécia
Com um dos maiores arquipélagos no mundo e inúmeros lagos, rios e canais, a
Suécia é excecionalmente bem dotada para uma atividade náutica
diversificada. A principal força do setor da náutica de recreio da Suécia é a
existência de mais de 1 milhão de barcos, fazendo da Suécia um dos países
líderes na posse de embarcações em todo o mundo.
Os suecos desde sempre foram apaixonados por embarcações e os passeios de
barco são um dos maiores fenómenos populares do país. Um terço da
população adulta realiza um passeio de barco pelo menos uma vez por
temporada/estação.
A Suécia tem uma indústria de construção naval altamente desenvolvida, o que
gera rendimento e proporciona empregos, em particular nas áreas menos
povoadas. Deste modo, não é difícil de entender a importância da náutica no
país.
Não há números exatos de quantos barcos de recreio existem na Suécia,
contudo um inquérito realizado em 2010 revelou que os agregados familiares
suecos com membros com idades entre os 20 e 74 anos possuem 881.000 barcos
de recreio.
A náutica de recreio em 2010 gerou um volume total de vendas de bens e
serviços náuticos, na ordem dos 1,6 mil milhões de euros.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
32
A figura seguinte ilustra o tipo de embarcações existentes na Suécia e a sua
percentagem:
Tipo de embarcações %
Canoas e Caiaques 6.0
Botes e barcos a remos, com ou sem
motores
18.0
Barcos abertos com motores até 10 metros 18.4
Barcos a motor com motores de pelo menos
10 metros sem cabine
32.0
Veleiros e botes sem acomodações para
dormir
2.6
Veleiros com acomodações para dormir
temporariamente
2.2.
Barcos com acomodações para dormir 13.6
Tabela 3 - tipo de embarcações existentes na Suécia
De acordo com com os dados recolhidos, em 2011, foram vendidos na Suécia
cerca de 19.100 barcos e 12 mil motores exteriores para barcos, incluindo 13.000
pequenos barcos, lanchas, 5.700 e 400 veleiros, foram ainda exportados cerca
de 3.700 barcos (no valor de 92.147.000€). Os maiores mercados de exportação
para os barcos suecos são a Noruega, Suécia, Finlândia e Alemanha.
No entanto, foram importados aproximadamente 5.100 barcos (no valor de
209.135.00€), que vieram, maioritariamente, da Finlândia, Noruega, Estados
Unidos e Polónia.
Relativamente à produção foram fabricados na Suécia, em 2011, cerca de 8.200
barcos (no valor de 209.135.00€), incluindo cerca de 7.500 pequenos barcos, 450
lanchas e 250 barcos à vela.
Ano Veleir
os
(Un.)
Veleiros
(M€)
Lanchas
(Un.)
Lanchas
(M€)
Outros
barco
s
(Un.)
Outros
barco
s
(M€)
Totais
(Un.)
Valores
Totais
(M€)
Produção de
Barcos
2008 600 109 1300 76 6100 43 8000 229
2009 520 56 1600 87 5100 33 7220 215
2010 339 76 578 109 8703 42 9620 227
2011 255 59 458 99 7500 42 8213 201
2012 120 38 309 59 5713 37 6142 133
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2013 129 34 229 45 5055 38 5413 116
Exportação
2008 401 77 746 71 5242 25 6389 173
2009 285 66 455 40 4535 29 5275 134
2010 254 41 261 41 4306 14 4821 96
2011 174 31 242 40 3288 9 3704 80
2012 86 22 133 22 2565 8 2784 51
2013 148 17 310 26 2278 6 2736 49
Importação
2008 712 33 5487 122 11917 32 17396 188
2009 314 13 2203 50 6730 15 9247 78
2010 272 14 2727 73 8030 12 11029 99
2011 173 12 4135 72 10132 5 14440 90
2012 126 5 2074 47 10226 6 12426 58
2013 79 8 3925 46 6014 3 10018 57
Tabela 4 - produção embarcações na Suécia
Na tabela anterior pode verificar-se que a produção e importação de veleiros foi
diminuindo gradualmente desde 2008 até 2013. Já do lado das exportações e
apesar de ter ocorrido uma diminuição até 2012, verificou-se um aumento no
ano de 2013.
Relativamente às lanchas, verifica-se uma diminuição na produção de 2008 até
2013. No entanto, tanto as exportações, como as importações, apesar de terem
diminuído até 2012, apresentaram um aumento em 2013.
Nos valores totais constata-se o decréscimo do valor gerado pela produção,
exportação e importação entre 2008 e 2013 o que corresponde ao período mais
forte da crise económica vivida na Europa.
Emprego - A produção de barcos de recreio é extremamente importante para a
Suécia por gerar emprego em empresas de todo o país, mas também porque a
produção é frequentemente localizada em áreas mais remotas, que,
tradicionalmente, oferecem pouco emprego. São exemplo: Orust / Tjörn,
Gotland, Värmland, Småland e partes da Norrland.
De acordo com as estatísticas recolhidas, trabalham cerca de 4 000 pessoas
diretamente na produção dos barcos de recreio na Suécia, se contabilizarmos
todos os fornecedores forem também incluídos estamos a falar de
aproximadamente 12 000 pessoas.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
34
Consumo - As despesas dos proprietários de barcos de recreio em comida,
bebida e restaurantes em 2010 ascenderam a cerca de 961,538 milhões de
euros. As despesas de outras atividades associadas à utilização de
embarcações, tais como a visitas a museus ou a outras atrações turísticas não
está incluído neste valor.
Noruega
De acordo com o CIA World Factbook, o litoral norueguês é 126 por cento maior
do que a costa dos Estados Unidos (ilhas e fiordes incluídos). A Noruega tem uma
longa tradição de utilizar o rico ambiente marinho, incluindo as principais
atividades na navegação comercial e de pesca. Os lares noruegueses possuem,
geralmente, rendimentos elevados e podem dar-se ao luxo de investir em
commodities recreativas. Este nível de vida é uniformemente distribuída entre a
população, fazendo a maioria dos cidadãos consumidores capazes.
A maioria dos noruegueses desfruta tipicamente cinco semanas de férias anuais,
fazendo do barco um investimento justificável. Como tal, a temporada de verão
é tipicamente inferior a cinco meses, e o mau tempo afeta, significativamente,
as vendas de material e equipamento náutico.
As vendas de barcos de recreio cresceram significativamente a partir de 2001 e
atingiu o pico em 2007-2008. Neste período, a Noruega foi o segundo maior
mercado europeu de barcos com motor e de motores exteriores de barco, o
que é notável para um país de, apenas, 5 milhões de pessoas como a Noruega.
Após o pico em 2007 /2008, a quota de mercado na Noruega diminuiu mais
rapidamente do que o mercado global. No entanto, em 2011, as vendas
começaram a aumentar novamente, e 2013 foi um ano forte.
Cerca de 25 por cento dos lares noruegueses possuem uma ou mais
embarcações, um aumento de 13 % num período de 10 anos. Anteriormente, a
maioria das pessoas tinha alguma experiência marítima antes de comprar uma
embarcação, mas nos últimos anos um novo segmento de proprietários de
embarcações, a preços mais baixos e custos de produção mais reduzidos. Esta
diversidade de compradores criou algumas fragmentações do mercado, mas
com uma característica que é uniforme, 9 dos 10 proprietários são homens.
Estima-se que existam 800 mil barcos de recreio a flutuar em águas norueguesas.
O segmento das lanchas para além de ser o maior é, também, um dos
segmentos que mais cresce. O número de novos motores vendidos no ano
passado, cerca de 26.000 unidades, enfatiza esta tendência.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
35
A procura de barcos a motor está entre 12,000-15,000 as unidades de,
principalmente no campo das importações.
Os barcos insufláveis (reforçados) são cada vez mais populares como os novos
brinquedos, responsáveis pelo “roubo” da quota de mercado às embarcações
de casco de tradicionais. Os Cascos de alumínio são outro caso de sucesso, pelo
aumento da procura.
As estatísticas mostram que o barco em média está a ficar mais caro. As vendas
anuais ente 2001-20007 aumentaram em 370 % e o número de barcos cresceu
240 %.
A Procura
Os escandinavos são ávidos viajantes, em particular, para países europeus,
como Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Grécia. Os Estados Unidos,
seguidos da Tailândia, são os destinos preferidos para as viagens de longo curso.
O nível de rendimento nos países escandinavos é globalmente muito elevado
sendo que uma boa parte é gasta em viagens. As despesas dos turistas nórdicos
per capita em viagens está entre as mais altos do mundo e viajam mais
frequentemente para o estrangeiro que os turistas de outros países. O turista
nórdico média gasta mais de € 1000 no período de férias (incluindo transporte,
alojamento e consumo).
Por exemplo, em 2006, comparando a média mundial, os escandinavos
gastaram, em média, 1.056€ face ao 600€ da despesa da média mundial. Os
escandinavos gastam 90% mais que a média dos turistas europeus em
alimentação, alojamento e atrações turísticas durante as férias.
Estima-se que 2,3% das viagens realizadas por Escandinavos têm uma motivação
náutica. A Alemanha (24%), a Escandinávia (15%), o Reino Unido (9%), a Holanda
(7%) e a França(6%) são os 5 principais mercados emissores europeus de turismo
náutico.
Países recetores de Turistas Escandinavos - Espanha
Para compreender o perfil de turista náutico escandinavo será importante utilizar
Espanha como referência, pois é considerada o número um dos países recetores
de turismo náutico por parte dos turistas escandinavos.
O relatório Travel Survey publicado pela Statistik Sentralbyrå (SSB) mostra que
noruegueses fizeram em 2013 um total de 7.370.000 viagens ao exterior, dos quais
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
36
19% foram destinados para Espanha. Espanha é o segundo mais bem
classificado atrás da Suécia e à frente da Dinamarca. Ocupa a primeira posição
nas viagens de férias mais longas e de turismo náutico.
A Turespaña refere aliás que dentro deste segmento de turismo, a atividade
náutica realizada por turistas escandinavos gerou lucros na ordem dos 960
milhões no ano de 2007.
De entre as atividades preferidas dos turistas náuticos escandinavos, o mergulho
representa 49,3%, as embarcações de trânsito 20,7% e o charter náutico
representam 11,7% do lucro gerado.
A estadia média de cerca de 600 mil turistas estrangeiros que anualmente
usufruem e contratam serviços marítimos nos vários portos espanhóis é em média
11,37 dias.
Os Pacotes turísticos de charter náutico geralmente têm uma duração média de
sete dias, enquanto a média de permanência dos turistas em geral, é de nove
dias. As Baleares, especialmente Palma de Maiorca e Ibiza, e a Catalunha
(Girona e Barcelona) parecem ser os destinos preferênciais dos turistas
escandinavos que procuram fazer atividades náuticas.
As Ilhas Canárias são conhecidas pelas centenas de km de costa e as condições
climáticas ideais durante todo o ano, oferecem todos os ingredientes para ser
um dos locais preferidos para a indústria e turismo náutico mundial.
O progresso em Espanha do sector de barcos de recreio e desportos náuticos e
a relação entre o número de habitantes e o numero de amarações existentes
noutros países europeus é um bom indicador para ilustrar a situação do sector
em Espanha, que se posiciona atrás do Reino Unido. De entre os desportos
náuticos mais populares figuram a vela e o mergulho, que anualmente atraem
milhares de visitantes a vários pontos do mundo.
De acordo com a Consejeria de Turismo del Gobierno de Canárias, este
arquipélago foi eleito em 2009 como o destino preferido do Turismo Náutico na
Europa sendo que suecos, finlandeses e noruegueses são os turistas que mais
viajam para este destino. Segundo os turistas escandinavos as condições
climatéricas durante o ano todo aliada à oferta de diversidade de atividades
náuticas como windsurf, kitesurf, vela, pesca e mergulho são o fator principal.
Segundo as fichas executivas de medida (exploradas abaixo) realizadas pelo
Turismo de Espanha em Setembro de 2014 para cada país nórdico é possível
perceber que em todos a Espanha encontra-se nos três lugares cimeiros de
preferências.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
37
Dinamarca
Em 2010, os dinamarqueses adultos realizaram 6.1 milhões de viagens em lazer,
com pelo menos quatro noites de estadia em 2008; 64% foram visitas externas. O
avião foi o meio de transporte de eleição, com 60% das viagens a serem
realizadas por este meio. Por outro lado, os dinamarqueses optaram pelo carro
em quatro das cinco viagens realizadas na Dinamarca.
Para 43% das viagens realizadas na Dinamarca, o tipo de alojamento
selecionado foi com família e amigos, 20% em habitações de férias próprias e
17% em casas de férias alugadas. Acampar foi também um método popular de
férias na Dinamarca, correspondendo a 11% das viagens totais. O tipo de aloja-
mento mais popular no estrangeiro foi a hotelaria com 53%, enquanto 18% ficou
com amigos/familiares (www.dst.dk).
A Suécia manteve-se o destino mais popular dos dinamarqueses em 2009. Mais
viagens foram registadas devido à fraca moeda sueca, permitindo aos
dinamarqueses comprar intensivamente na Suécia. A Alemanha, a Espanha, a
França, o Reino Unido e a Itália também mantêm a popularidade entre os
dinamarqueses (Euromonitor International, Travel and Tourism in Denmark, 2010).
Os elevados preços do petróleo aumentaram os valores das viagens externas, e
como a Dinamarca é um país que fica a cerca de 6 horas de muitos destinos, o
carro foi uma opção popular. Por outro lado, as viagens externas tornaram-se
mais apelativas devido à valorização da moeda dinamarquesa, que tornou os
produtos internos mais caros. A procura de viagens externas mantém-se forte,
embora as agências tenham cortado mais de 15% na oferta. A categoria dos
charters é a razão principal para os valores positivos nas viagens externas, bem
como a forte moeda dinamarquesa que torna os hotéis e restaurantes
estrangeiros relativamente baratos. Os viajantes continuam a preferir os pacotes
tudo-incluído (Euromonitor International, Tourism Flows Outbound in Denmark,
2010).
Segundo a Danmarks Statisk, em 2013 a Espanha foi o destino líder para férias de
longa duração por parte dos dinamarqueses.
Suécia
De uma forma geral, os suecos viajam com bastante frequência, resultado do
elevado nível de internacionalização e do conhecimento de Inglês e outras
línguas. As viagens para o exterior aumentaram de 9.1 milhões em 2000, para
10.2 milhões em 2009. De acordo com os dados da World Travel and Tourism
Council (WTTC), o número de viagens externas em lazer ou negócios
decresceram 11% no ano de 2009. As viagens de lazer representaram 85%,
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
38
enquanto as viagens de negócios representaram 15%. A Finlândia com 10.4 % e
a Espanha com 11% foram os destinos de eleição para os suecos. A Dinamarca
ocupa a terceira posição. Embora estes números tenham aumentado desde
2008, todos os destinos no top 10, com exceção da Península Malaia - incluindo
a Tailândia - experienciaram um decréscimo em 2009, com a Itália, a Dinamarca
e a Finlândia a registarem os decréscimos mais acentuados. Contudo, importa
referir que as viagens para os destinos no top 10 foram responsáveis por 70% das
viagens realizadas em 2009, significando um aumento de 12% desde 2000. De
uma forma geral, a recessão económica afetou negativamente as viagens
externas dos finlandeses. Estima-se que o desemprego continue a subir até ao
final de 2011 na Finlândia, mas as taxas positivas de crescimento e o aumento da
confiança do consumidor irão conduzir ao crescimento das viagens externas em
2011, estimando-se um crescimento de 3% (Euromonitor, 2010).
No primeiro trimestre do ano – 2011 - os finlandeses realizaram um total de 1 204
000 viagens de lazer para o exterior. Viagens, com dormidas no país de destino,
foram 316 000. Destas, 15% foram para a Estónia e 5% para a Suécia.
Segundo o estudo Rese-och Turist Data Basen de Resurs Ab para 2013, Espanha
foi o país mais visitado por os suecos (13,3%) seguido dos Dinamarqueses (9,2%),
Finlandeses (8,5%) e Noruegueses (7,5%). Em viagens de lazer a quota de
mercado de Espanha ascendeu aos 15,3%. Outros destinos do Mediterrâneo
tiveram percentagens menores de viagens: Turquia (5,5%), Itália (4,5%), Grécia
(4,7%) e França (4,3%).
Os principais concorrentes nos destinos do mercado charter para a temporada
de verão são a Grécia - que este ano foi relançado por operadores depois de
alguns anos de estagnação - e Turquia, que perdeu participação de mercado,
depois de ter aumentando gradualmente nos últimos anos. Enquanto isso, Chipre
tende a enfraquecer as vendas e a capacidade oferecidas tanto gravadas,
mas a Croácia continua a crescer.
Noruega
Em 2010, os noruegueses efetuaram 22.9 milhões de viagens, com pelo menos
uma dormida; 33% destas viagens foram para o exterior. Os destinos mais
populares foram a Suécia, a Dinamarca e a Espanha. As mulheres viajaram mais
do que os homens em 2010 (Statistics Norway, 2010). Nesse ano, verificou-se um
crescimento maior do turismo para o exterior do que nas chegadas e no turismo
doméstico. Estes fatores ficam a dever-se, principalmente, à força da moeda
norueguesa, a par de uma economia saudável. Prevê-se que os noruegueses
continuarão a a viajar para a Suécia e para os países vizinhos. De um modo
geral, a crise global financeira causou menos impactos na economia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
39
norueguesa comparativamente à maioria dos outros países e, como
consequência, os números nas chegadas ao país decresceram dramaticamente
em 2009. Mas, se durante 2008 se verificou um aumento no turismo para o
exterior, em 2009 os noruegueses começaram a viajar menos para fora e a
realizar mais viagens domésticas (Euromonitor, 2010).
No que diz respeito às características das viagens, os noruegueses aumentaram
o seu interesse em produtos e serviços relacionados com a saúde e bem-estar e
turismo ativo. As atividades mais populares foram o golf, o mergulho e o ski, mas
também houve um aumento nas viagens de aventura, nomeadamente para
fazer canoagem e safaris em África. Por seu lado, as viagens de curta duração
aumentaram, bem como o turismo ambiental. Este último, não foi impulsionado
pela procura do consumidor, mas sim pelo crescimento de empresas que,
através da sua oferta, estimulam a procura de produtos e serviços que
contribuem para uma sociedade melhor (Euromonitor, 2010).
No que diz respeito às despesas, um viajante sueco em negócios gasta, em
média, 335 Euros por pessoa/por dia, enquanto um viajante em lazer gasta em
média 100 Euros.
Em 2010, o valor da moeda sueca aumentou de novo perante a queda do Euro
durante 2008 e 2009. A estabilização da moeda de troca irá ser positiva para as
viagens internacionais dos suecos.
No que diz respeito ao padrão das viagens, as viagens ao fim-de-semana e os
short-breaks para cidades europeias tendem a aumentar, tendo como objetivo
sentir-se bem, comer bem, fazer compras, etc. A situação económica e
climática irá afetar as viagens de longo curso, enquanto as viagens de curta
duração para a região nórdica irão aumentar (Swedish Agency for Economic
and Regional Growth).
A economia norueguesa é geralmente fiel ao seu destino. Se estão satisfeitos
com o destino regressa. Este emerge das estatísticas oficiais que mostram que
81% destino de repetição. A este respeito, é de salientar que o nível de
satisfação alcançado: 93% dos noruegueses que visitaram Espanha que marcou
mais de 7 pontos (em uma escala de 1 a 10).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
40
2.3. Reino Unido
Mapa
Figura 13 – O Reino Unido no Mapa da Europa
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
41
2.3.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades
Nauticas
A Grã-Bretanha é constituída pela Inglaterra, pelo País de Gales e pela Escócia.
Estes três países formam, com a Irlanda do Norte, o Reino Unido. Localizado no
noroeste da Europa, o Reino Unido encontra-se entre o Oceano Atlântico, o Mar
do Norte, o Mar da Irlanda e o Canal da Mancha. A geografia do Reino Unido é
variada, incluindo falésias junto da costa, terras de alta e de baixa altitude e
variadas ilhas ao largo da Escócia. A região desfruta de 12 429 quilómetros de
costa e nenhuma localidade se encontra a mais de 120 km do mar.
Figura 14 – Mapa do Reino Unido (esquerda) & Vista Área do Rio Tamisa em Londres
(direita)
Fonte – Elaboração Própria (esquerda) & The Guardian / Getty Images (direita)
Os dois maiores rios são o Rio Severn e o Rio Tamisa. O Rio Severn é o maior rio da
Grã-Bretanha, com 354 quilómetros de comprimento, e nasce a 610 metros de
altitude perto de Plynlimon, no País de Gales. Este rio desagua no Canal de
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
42
Bristol. O rio Tamisa é um rio do sul da Inglaterra, com 346 quilómetros de
extensão, que banha Oxford e Londres e desagua no mar do Norte.
Clima
O Reino Unido é uma ilha composta por outras ilhas de menor dimensão, tendo
assim uma elevada influência marítima no seu clima. O território é também
caracterizado pelas zonas montanhosas do Este do país, incluindo as montanhas
do País de Gales, o Noroeste de Inglaterra e da Escócia.
Figura 15 - Temperaturas Mínimas e Máximas no Reino Unido (2013)
Fonte – World Weather Online
A temperatura mínima, em valores médios, no Reino Unido varia entre os 2°C, nos
meses de Dezembro a Fevereiro, e os 12°C em Julho e Agosto. Já os valores
médios da temperatura máxima encontram-se entre os 7°C (Dezembro) e os
23°C (Agosto).
O Reino Unido é um país chuvoso durante todo o ano, inclusivamente nos meses
de verão, com Julho e Agosto a registarem mais de dez dias de chuva por mês.
Os meses mais rigorosos são Outubro, Novembro, Dezembro e Janeiro, com 15 a
20 dias de chuva por mês.
8 8
1113
17
2022 23
19
15
10
7
2 2 3 4
7
1012 12
10
7
42
0
5
10
15
20
25
Temperatura Máxima (média, em °C)
Temperatura Mínima (média, em °C)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
43
Figura 16 - Chuva no Reino Unido (Média de Dias e Precipitação em mm)
Fonte – World Weather Online
2.3.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica
Os países recetores de turistas têm uma preocupação crescente com as
condições infraestruturais existentes no país. Com o objetivo de receber com
qualidade um grande volume de turistas e, de forma a este ser percebido como
satisfatório para os visitantes, os diferentes governos entendem que é necessário
a construção e a manutenção de um conjunto de condições físicas e de
infraestruturas adequadas, nomeadamente, os Portos Náuticos, marinas e postos
de amarração; os Aeroportos; os Transportes Rodoviários e Ferroviários e as
Instalações Hoteleiras.
Os turistas, quando viajam para um país estrangeiro, têm como padrão de
avaliação e comparação as condições que o seu país de origem oferece. A
dificuldade de alguns países, mais pobres em infraestruturas, é exatamente
corresponder aos standards que esses países emissores apresentam.
As marinas e os postos de amarração são portos náuticos, ou seja, são lugares
específicos, no mar ou em terra, onde as pequenas embarcações podem ficar
ancoradas.
As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e
é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta
indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma
associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue
os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar
que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
44
de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 amarrações. Considerando
as 600 marinas de água doce, e somando todas as que pertencem a mercados
para os quais não existem dados, estima-se que a Europa possua mais de 5.000
marinas, com mais de 500.000 amarrações (ADAC: “Marinaführer, Deutschland,
Europe”, 2010). Este mercado, que agrega deste os portos de amarração até às
instalações de apoio, pode representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros
(Luković, T. & Gržetić, Z., 2007).
Figura 17 – Mapa do Caminhos Ferroviários (esquerda) e Aeroportos (direita)
Fonte – National Rail & Tourist Net UK
A Grã-Bretanha têm, no seu total, 84 marinas, das quais 44 localizam-se na
Inglaterra, 36 na Escócia e as restantes 4 no País de Gales (Marina Guide). O Mar
do Norte é aquele com maior número de marinas (61 marinas), correspondendo
a 72,62% das marinas neste território3. O Reino Unido é um dos países europeus
com um melhor sistema de transportes, tem cerca de 30 aeroportos, 16.454
quilómetros de caminho ferroviário e 394.428 quilómetros de rodovias.
3 Informação completa das marinas, portos, portos de amarração e localização em “Anexo – Lista
de Marinas”
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
45
2.3.3. A Prática de Atividades Nauticas
O Reino Unido publica, anualmente, o estudo Watersport Participation Survey4 –
que pretende monitorizar a participação da sua população nos desportos
náuticos. Este relatório, baseado numa amostra de cerca de 12 mil entrevistados
em todo o Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte),
permite dar uma visão sobre as tendências da atividade nauta ao longo de um
período de 12 anos para as 12 atividades estudadas5.
O sumário das principais conclusões, do estudo de 2013, evidenciam:
28,8% da população participou, durante o ano de 2013, em pelo menos
uma destas atividades;
A taxa de participação em atividades náuticas com barcos de recreio
encontra-se na ordem dos 7,1%, o que corresponde a 3,5 milhões de
pessoas adultas em todo o Reino Unido;
A Canoagem e o Caiaque são as atividades que registaram um maior
crescimento de participação, num total de 3% da população;
Embora as taxas de participação nas atividades tenha registado um
crescimento, o número de eventos com barcos manteve-se semelhante
ao número de eventos registados no ano anterior e a sua taxa de
participação também não registou grandes alterações;
O ano de 2013 assistiu a um aumento dos participantes 'casuais' (menos de
6 vezes durante o ano) e uma diminuição nos participantes regulares;
A participação feminina continua a registar crescimentos constantes
desde 2010,com um volume de participantes próximo dos 40% no ano em
estudo;
A participação do grupo etário com mais de 55 anos continua também a
assinalar aumentos, desde 2002 que esse número aumentou 50%;
4 Este estudo é elaborado por seis organizações britânicas, nomeadamente, British Marine
Federation, Royal Yachting Association, Maritime and Coastguard Agency, Royal National Lifeboat
Institution, British Canoe Union e Marine Management Organisation. 5 As atividades englobadas no estudo foram: Barco à vela; Corridas de Iates; Cruzeiros de Iates;
Barcos a Motor; Cruzeiros; Passeios de Barco em Canais; Outros usos dos Barcos; Remo; Windsurf; Esqui
Aquático; Canoagem; e Outros usos de embarcações pessoais.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
46
O valor em termos de propriedade de barcos, quer a motor que à vela,
diminuiu cerca de 2,7% em comparação ao ano transato. A maior queda
foi registada nas embarcações náuticas de maior tamanho;
Contrariamente ao que acontece com os barcos de recreio, a aquisição
de canoas, de pranchas de windsurf e de outros desportos de deslize
apresentaram um crescimento;
Aproximadamente 35% das atividades náuticas não ocorrem na costa.
Impacto na Economia
Receitas de Turismo Náutico e da Náutica de Recreio no Reino Unido
O estudo Watersport Participation Survey verificou igualmente o impacto
económico das diversas atividades na economia nacional.
Principais conclusões:
O turismo náutico das embarcações de recreio contribuiu com 3.7 biliões
de libras (4.75 mil milhões de euros6) na economia britânica, em 2012-
2013, o que representa 3,2% de todos os gastos com o turismo no Reino
Unido;
Com mais de 2000 empresas no setor do turismo dos passeios de barco –
desde marinas, postos de amarração, venda e reparação de barcos,
aluguer e charter, escolas e formação – gerou um volume de negócios
superior a 783 milhões de euros e mais de 14.900 empregos a tempo
inteiro (diretos e indiretos);
Adicionalmente, os gastos com os serviços complementares durante a
prática das atividades náuticas (que incluem serviços como a
restauração, as viagens e o alojamento) gerarem um Valor
Acrescentado Bruto de 4,24 mil milhões de euros (£ 3,3 mil milhões) para a
economia do Reino Unido;
Estes serviços garantiram também 81 mil postos de trabalho (diretos e
indiretos).
6 Taxa de Conversão para o dia 01 de Outubro de 2014, onde 1£ = 1,285€
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
47
A Procura
Em 2013, a população britânica era superior a 64 milhões de pessoas e a faixa
etária mais numerosa é aquela com idades entre os 25 e os 54 anos,
representando 40,7% dos habitantes.
As famílias britânicas têm, em média, rendimentos altos, que os torna no sétimo
país da OCDE com maior riqueza financeira do lar. A renda líquida ajustada
disponível por família per capita é de US$ 25.828,00 (correspondendo a 20.493,53
euros7) por ano, maior que a média da OCDE de US$ 23.938,00
(aproximadamente 18.994 euros8).
Em 2012 e 2013, Portugal esteve nos dez destinos preferenciais dos britânicos,
com 2.111.000 e 1.900.000 visitantes, respetivamente. Existe uma preferência por
países europeus e, o único país na lista dos dez países mais visitados não
europeu, são os Estados Unidos da América. A Espanha e a França lideram a
escolha dos turistas, concentrando 20,1% e 15,1% (Figura abaixo).
7 Taxa de Câmbio ao dia 01 de Outubro, com 1 USD = 0,7935 EURO 8 Taxa de Câmbio ao dia 01 de Outubro, com 1 USD = 0,7935 EURO
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Polónia
Grécia
Holanda
Portugal
Alemanha
Itália
Irlanda
EUA
França
Espanha
2012 2013
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
48
Figura 18 - Top 10 destinos dos Britânicos (2012 e 2013. em milhares de pessoas)
Fonte – Travel Trends (2014)
Figura 19 - Gastos dos Turistas Britânicos no Exterior (2013)
Fonte – Turismo de Portugal & UK Tourism Survey
Os gastos dos britânicos nas suas férias ocorreram sobretudo para o Alojamento
(28%) e para a Restauração (26%), que em conjunto representaram 54% do total
dos gastos. As Viagens Internas, as Compras e a Animação desempenharam
17%, 15% e 7% respetivamente.
As viagens de avião representaram, em 2013, a escolha de 79.6% dos britânicos
para o meio de transporte utilizado para chegar ao seu destino de viagem
internacional. Em segundo lugar, os meios de transporte marítimo foram a
escolha de 12.2% dos turistas, expondo um potencial para as atividades náuticas
durante as férias. Por último, as viagens por terra, representaram 8.2% do meio de
transporte utilizado para a deslocação ao exterior (Figura seguinte).
28%
7%
3%
26%
15%
17%
4%Alojamento
Animação
Excursões
Restauração
Ar
80%
Mar
12%
Terra
8%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
49
Figura 20 - Meio de Transporte Utilizado para as Viagens em Férias ao Exterior (2013)
Fonte – Travel Trends 2013
O estudo Watersport Participation Survey 2013 elaborou uma tabela que
apresenta a propriedade de barcos por tipo de atividade:
Figura 21 - Propriedade de Barco
42%
35%
48%
9%
26%
19%
13%
14%
23%
35%
30%
27%
6%
7%
11%
18%
3%
4%
20%
13%
8%
9%
16%
3%
8%
13%
0%
12%
10%
17%
11%
8%
3%
5%
1%
13%
23%
28%
32%
45%
27%
21%
31%
22%
20%
20%
20%
28%
Pequenas corridas de barco à vela…
Pequenas atividades barco à vela -…
Corrida de Iate
Cruzeiro de Iate
Motos de água, Jet Esqui e Similares
Lanchas Rápida
Barco a motor / Cruzeiro
Passeios em canais
Remo
Canoagem
Windsurf
Esqui aquático
EuAgregado familiar
Famíliaoutros)
Amigos
4%
5%
0%
3%
15%
4%
12%
23%
12%
10%
26%
6%
7%
2%
1%
5%
3%
20%
7%
9%
6%
3%
1%
2%
0%
0%
0%
1%
2%
0%
0%
1%
1%
1%
2%
4%
3%
4%
4%
1%
5%
11%
1%
5%
25%
7%
2%
10%
Pequenas corridas de barco à…
Pequenas atividades barco à…
Corrida de Iate
Cruzeiro de Iate
Motos de água, Jet Esqui e…
Lanchas Rápida
Barco a motor / Cruzeiro
Passeios em canais
Remo
Canoagem
Windsurf
Esqui aquático
Charter alugado(sem capitão)
Carter alugado(com capitão)
Charter alugado(com frota)
Proprietário
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
50
2.4. Espanha
Mapa
Figura 22 - Espanha no Mapa da Europa
Fonte – Elaboração Própria
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
51
2.4.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades
Nauticas
Espanha é um país integrante da Península Ibérica e situado na Europa
meridional. O seu território inclui as Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, as Ilhas
Canárias, no Oceano Atlântico, e duas cidades autónomas no norte de África,
Ceuta e Melilla, que fazem fronteira com o Marrocos. Com uma área de 504 030
km², a Espanha é, depois da França, o segundo maior país da Europa Ocidental
e da União Europeia, sendo o quarto maior país da Europa.
A natureza peninsular de Espanha explica também o comprimento do seu litoral
de 7.880 quilómetros, distribuídos no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo.
Assim, as duas costas, a costa norte do Oceano Atlântico e, a costa sul, do Mar
Mediterrâneo, juntamente com o clima, concedem à Espanha uma posição
estratégica e favorável no que concerne à prática de desportos náuticos e à
náutica de recreio.
A Espanha, apesar do um país ser reconhecido mundialmente pelas suas praias
e pelo seu clima, oferece à sua população e aos seus turistas um valor que vai
para além do Turismo de Sol e Praia, de onde se pode destacar:
Uma diversidade de culturas: Espanha é um país heterogéneo;
antigo e moderno; refinado e popular; religioso, etc;
A Espanha é um dos países mais ricos do mundo em património, é
o segundo país do mundo com maior número de declarações de
Património Mundial da UNESCO;
Possuí mais de 20.000 monumentos de interesse no país.
Clima
O clima da Espanha é muito variado devido à posição latitudinal e pelas
próprias características de seu território. Este país possui alguns lugares com
suaves temperaturas, em torno dos 16 °C, e outros que ultrapassam os 40 °C,
durante grande parte do verão. A tabela abaixo apresenta a média mensal das
temperaturas máximas, em graus celsius, registadas no ano de 2013. A Grã
Canária apresentou durante todo o ano uma média mensal das temperaturas
máximas acima dos 20°C. A região de Sevilha apesar de não apresentar valores
altos para todo o ano, foi a região que registou, desde Março e até final de
Novembro, médias entre os 20°C e os 38°C. Todas as regiões espanholas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
52
apresentam, um mínimo de quatro meses, nos quais as temperaturas máximas se
encontram acima dos 20°C.
Cidades Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Barcelona 13 14 16 18 21 25 28 28 25 21 17 13
Corunha 13 13 15 16 17 20 22 23 22 19 15 13
Madrid 9 11 15 19 22 27 31 32 25 18 13 9
Maiorca 14 15 17 19 22 26 29 29 27 23 18 15
Grã
Canária
22 22 22 23 27 25 24 25 26 25 23 21
Santander 12 12 14 15 17 20 22 23 21 18 15 12
Sevilha 15 18 21 24 27 32 36 38 32 26 20 16
Valência 15 16 18 20 23 26 28 29 27 23 19 16
Valladolid 7 10 14 17 20 26 29 29 25 18 12 8
Saragoça 10 12 17 19 23 27 31 30 26 20 14 10
Tabela 5 - temperaturas máximas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
53
2.4.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica
Os países recetores de turistas têm uma preocupação crescente com as
condições infraestruturais existentes no país. Com o objetivo de receber com
qualidade um grande volume de turistas e, de forma a este ser percebido como
satisfatório para os visitantes, os diferentes governos entendem que é necessário
a construção e a manutenção de um conjunto de condições físicas e de
infraestruturas adequadas, nomeadamente, os Portos Náuticos, marinas e postos
de amarração; os Aeroportos; os Transportes Rodoviários e Ferroviários e as
Instalações Hoteleiras.
Por outro lado, os turistas, quando viajam para um país estrangeiro, têm como
padrão de avaliação e comparação as condições que o seu país de origem
oferece. A dificuldade de alguns países, mais pobres em infraestruturas, é
exatamente corresponder aos standards que esses países emissores apresentam.
Portos Náuticos, marinas e postos de amarração
As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e
é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta
indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma
associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue
os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar
que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais
de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 postos de amarração.
Considerando as 600 marinas de água doce, e somando todas as que
pertencem a mercados para os quais não existem dados, estima-se que a
Europa possua mais de 5.000 marinas, com mais de 500.000 postos de
amarração (ADAC: “Marinaführer, Deutschland, Europe”, 2010). Este mercado,
que agrega deste os portos de amarração até às instalações de apoio, pode
representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros (Luković, T. & Gržetić, Z.,
2007).
Marinas em Espanha
Em 2009, a Federación Española de Puertos Deportivos - Federação Espanhola
de Portos de Recreio – contabilizou na sua costa um total de 355 portos, e com
126.963 postos de amarração. A frente mediterrânea é aquela com maior
representatividade, 215 portos e 95.800 postos de amarração (mais de 75% do
total de postos de amarração espanhóis)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
54
Apesar da uma saturação da sua faixa costeira (1 porto por cada 15 quilómetros
de costa), a Espanha continua a registar um crescimento constante do número
de marinas e ancoradouros (Figuras seguintes).
Figura 23 - Evolução dos Portos Desportivos e Recreativos em Espanha (2009)
Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos
Figura 24 - Evolução dos Postos de Amarração em Espanha (2009)
Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos
Entre 2005 e 2009, o número de portos aumentou cerca de 11%, de 321 para 355,
e o número de postos de amarração verificou uma subida igualmente
significativa, de aproximadamente 19%. A Federación Española de Puertos
Deportivos descreve os seus portos espanhóis como sendo de pequena
300
310
320
330
340
350
360
2005 2006 2007 2008 2009
95000
100000
105000
110000
115000
120000
125000
130000
2005 2006 2007 2008 2009
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
55
dimensão, com 60% dos portos a apresentarem menos de 300 postos de
amarração.
Figura 25 - Tamanho dos Portos de Recreio Espanhóis
Fonte - Federación Española de Puertos Deportivos
A Marina-Guide, website de referência, lista as principais marinas e portos de
Espanha:
Tabela 6 - principais marinas e portos de Espanha
Marina Porto Oceano / Mar Postos de
Amarração
Marina Barbate Marina Barbate Oceano Atlântico 314
Marina La Línea Alcaidesa Marina Oceano Atlântico 624
Marina Las
Rehoyas De Las
Palmas
Las Palmas Marina Oceano Atlântico 1130
Marina Playa
Blanca
Playa Blanca Marina
(Lanzarote)
Oceano Atlântico 120
Marina Puerto
Colón
Puerto Colon Marina - Tenerife Oceano Atlântico 344
Marina San Miguel San Miguel Marina Teneriffe Oceano Atlântico 340
Marina Santa Cruz Marina del Atlantico - Tenerife Oceano Atlântico 440
Marina
Empuriabrava
Marina Empuriabrava Mar Mediterrâneo 5000
Marina
Cartagena
Puerto Deportivo Tomás
Maestre
Mar Mediterrâneo 1520
Marina de Mataró Port Mataró Mar Mediterrâneo 1086
Marina Valencia Real Club Náutico de Valencia Mar Mediterrâneo 1211
Marina Andalucia Puerto Deportivo de
Benalmádena
Mar Mediterrâneo 1016
59%
28%
13%Pequenos (< 300 postos de amarração)
Médios (entre 300 e 800 postos de
amarração)
Grande (>800 postos de amarração)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
56
Marina Andalucia Puerto Deportivo Almerímar Mar Mediterrâneo 1100
Marina Baleares Puerto Deportivo Santa Eulalia Mar Mediterrâneo 755
Marina Valencia Port America's Cup Marina Mar Mediterrâneo 700
Aeroportos
Espanha é um país com uma rede de 48 aeroportos, nacionais e internacionais,
distribuídos pelo seu território continental e, também, pelas ilhas.
Figura 26 - Aeroportos Internacionais em Espanha
Fonte - Turismo de Espanha, em Spain.info
Em 2010, a AENA - Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea – listou os vinte
principais aeroportos espanhóis9:
9 Ver mais em: http://www.aena.es/csee/ccurl/333/933/anualDefinitivos_2010.pdf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
57
Madrid-Barajas Airport
Barcelona-El Prat Airport
Palma de Mallorca Airport
Málaga Airport
Gran Canaria Airport
Alicante Airport
Tenerife South Airport (Reina
Sofía)
Ibiza Airport
Lanzarote Airport
Valencia Airport
Girona-Costa Brava Airport
Sevilla Airport (Sevilla)
Fuerteventura Airport
Tenerife North Airport (Los
Rodeos)
Bilbao Airport
Menorca Airport
Santiago de Compostela
Airport
Reus Airport
Asturias Airport
Murcia-San Javier Airport
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
58
Transporte Rodoviário e Ferroviário
Espanha tem uma rede rodoviária de mais de 11 000 quilómetros. O plano de
Investimento do Governo propõe aumentar esta rede para 15 000 quilómetros
até ao ano de 2020, convertendo-se numa das mais amplas e modernas do
mundo.
No que se refere ao transporte ferroviário, este país dispõe de uma rede de mais
de 15.000 quilómetros. As linhas de comboio de alta velocidade são uma
prioridade nos planos de infra-estrutura do Governo. A rede de comboios de alta
velocidade contará, nos próximos anos, com 7.200 quilómetros, desta forma,
Madrid estará conectada por este tipo de transporte rápido com a fronteira
francesa, via Saragoça (Aragão), Barcelona (Catalunha) e via Vitoria e Irún no
País Basco (Spain Business).
Figura 27 - Rede Ferroviária de Alta
Velocidade em Espanha
Fonte - ACPRail
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
59
2.4.3. A Prática de Atividades Nauticas
O Turismo em Espanha
A Espanha é um país com diversas atrações turísticas, com história e com um
importante património cultural, com 41 lugares classificados como Património
Mundial. No entanto, é a combinação de quatro fatores, designadamente, (1) o
clima, (2) as praias, (3) o preço e (4) a proximidade, que faz do turismo “Sol e
Mar” o maior importador de turistas para este país.
Este modelo tem apresentado, até ao momento, um notável sucesso, com
entradas de receitas estrangeiras elevadas e fazendo da Espanha o terceiro
destino mundial, com 57,3 milhões de chegadas (Organização Mundial de
Turismo, 2008). Os turistas chegam principalmente do Reino Unido, da Alemanha,
da França e dos países escandinávos.
O modelo de "Sol e Mar" começa a apresentar os primeiros sinais de
estagnação, causada em parte:
Pela saturação geográfica, provocada pela concentração do turismo na
costa do Mediterrâneo e nas ilhas;
Pelo baixo uso das infraestruturas e da capacidade de alojamento
turístico, consequência da forte sazonalidade neste produto turístico;
Pelo elevado impacto sobre o meio ambiente;
Pela forte concorrência de outros países do Mediterrâneo,
nomeadamente da Tunísia, Marrocos e, dos países orientais como o Egito,
Croácia, Bulgária, Grécia e, especialmente, da Turquia.
Neste modelo de turismo baseado, fundamentalmente, na proximidade com o
Mar Mediterrâneo, os desportos aquáticos e náuticos ocupam um lugar de
relevo, que se traduz na existência de numerosas infraestruturas relacionadas
com as atividades das embarcações de recreio.
O Turismo em Espanha
- Terceiro lugar no ranking mundial;
- Recebeu 57,3 milhões de turistas internacionais;
- Dos quais 70% para as áreas costeiras;
- Gerou receitas de 61.600 milhões de USD;
Fonte: Organização Mundial do Turismo (2008)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
60
O turismo náutico é também contemplado no Plan Turístico Español 2020, que
afirma uma aposta na "melhoria do quadro jurídico e administrativo,
amplificando a qualidade no domínio do relacionamento com o cliente e na
combinação do turismo náutico com outras atividades turísticas"
Os produtos turísticos na área da náutica
A situação da indústria náutica, em Espanha, entre 2002 e 2006, foi marcada por
uma estabilidade económica e pela continuação dos níveis de crescimento
registados até então. O setor náutico espanhol registrou, nesse intervalo, uma
tendência de crescimento no número de matrículas, alcançando um
crescimento acumulado de 22%. A partir de 2007, a vitalidade da economia
espanhola começa a apresentar os primeiros sinais da crise financeira mundial,
circunstância que originou uma diminuição, gradual, do registas das matrículas
de embarcações náuticas de recreio. O processo registou um agravamento nos
anos subsequentes, em 2008 e em 2009.
As matrículas em 2012, no período entre Janeiro a Junho, registaram uma
diminuição de 8,7%, face ao mesmo período no ano anterior. Neste primeiro
semestre de 2012 foram registadas 2.760 embarcações.
A figura seguinte apresenta o número de licenças de embarcações registadas
entre Janeiro de 2007 e Junho de 2012.
Figura 28 - Matrículas de Embarcações de Recreio em Espanha (2007 a 2012)
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas
100
300
500
700
900
1100
1300
1500
1700
Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
2007 2008 2009 2010 2011 2012
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
61
Existe um manifesto declínio entre os anos de 2007 e 2008 para os anos seguintes,
de 2009 até 2012. No entanto, o mês de Junho de 2012 registou um número de
licenças (797) superior ao registado no mesmo mês de 2011 (763).
Os pedidos de licença concentram-se sobretudo nos meses entre Abril e
Setembro, com Julho a ser o mês com maior afluência de pedidos.
A ANEN, Asociación Nacional de Empresas Náuticas, analisou o este mercado e
classificou a náutica de recreio pelo tipo de embarcações, nomeadamente:
Os barcos a motor são o tipo de embarcação com maior representatividade no
mercado espanhol da náutica de recreio, totalizando 51,51% em 2011 e 46,49%
em 2012. Apesar de serem a embarcação de preferência, a sua variação de
2011 para 2012 foi negativa, na ordem dos 17,60%. As restantes embarcações,
com percentagens inferiores à registada pelos barcos a motor, assinalaram no
entanto variações positivas entre os dois anos em análise. As lanchas semi rígidas
excederam os 16,80% (2011) para 19,31% (2012) e as lanchas insufláveis, que
representavam 12,47% do mercado em 2011, representaram no ano seguinte
13,33%. Por fim, em 2012, as motos de água e a vela compunham 12,79% e
8,08%, respetivamente, do mercado espanhol.
Figura 29 - O Mercado da Náutica de Recreio em Espanha, por tipo de Embarcação (%)
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas
O número de embarcações registadas não é uniforme para todo o território
espanhol, algumas províncias assinalam uma maior ocorrência de registos do
Barcos a Motor Barcos à Vela Lanchas insufláveis Lanchas semi rígidas Motos de Água
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Motos de Água Barcos a motor Lanchas
insufláveis
Lanchas semi
rígidas
Vela
% 2011 / Total % 2012/ Total
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
62
que outras. Barcelona encontra-se em primeiro lugar, com um total de 424
licenças de embarcações submetidas no primeiro semestre de 2012, um valor
6,27% superior ao registado em 2011. Segue, a figura abaixo, com os dados para
2011 e 2012, de Janeiro a Junho, das dez províncias espanholas com maior
número de licenças sinalizadas.
Província 2011 (Jan a Jun) 2012 (Jan a Jun) % Variação
Barcelona 399 424 6,27
Ilhas Baleares 342 325 -4,97
Cádis 119 196 64,71
Málaga 172 167 -2,91
Girona 136 159 16,91
Alicante 182 153 -15,93
Madrid 220 149 -32,27
Las Palmas 134 134 0,00
Corunha 104 122 17,31
Pontevedra 164 103 -37,20
(Subtotal) 1972 1932 -2,03
Tabela 7 - províncias espanholas com maior número de licenças sinalizadas
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas
Tanto Barcelona como as Ilhas Baleares encontram-se com registos superiores às
restantes províncias, sendo Cádis a província que segue em terceiro lugar, com
196 pedidos de licenças, no primeiro semestre de 2012. Adicionalmente, Cádis
(64,71%), Corunha (17,31%), Girona (16,91%) e Barcelona (6,27%) foram as quatro
províncias a registar uma variação positiva entre 2011 e 2012.
O aluguer de embarcações, tanto pelo custo financeiro como pela
conveniência que oferecem, é variadas vezes a opção para quem quer praticar
algum desporto com embarcações de recreio. Este mercado, em valor
percentual do número de alugueres, é dominado pelo aluguer das motos de
água, com mais de 80%. Seguem os barcos à vela, os barcos a motor e, por fim,
as lanchas semi rígidas.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
63
Figura 30 - Aluguer de Embarcações (% do total nacional)
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas
*Valores percentuais do número total de licenças emitidas entre Janeiro e Junho de
2012
As licenças obrigatórias para os barcos, tanto à vela como a motor, são um
indicador da prática da náutica de recreio. Em Espanha, é também necessário
o pedido de licença para a prática de outros desportos náuticos, tais como:
A figura seguinte apresenta a evolução do número de licenças emitidas, pelas
entidades competentes espanholas, durante 2003 e até 2011, para os seis
desportos indicados acima, juntamente, com a vela.
0
20
40
60
80
100
Motos de Água Barcos a motor Lanchas semi rígidas Vela
2011 2012
Ativ. Subaquáticas Esqui Náutico Motonáutica Canoagem Remo Surf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
64
Figura 31 - As Atividades Nautas em Espanha (evolução das licenças concedidas, 2003 a
2011)
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas
A Canoagem, as Atividades Subaquáticas e a Vela são as três atividades com
uma maior procura no mercado Espanhol. Depois, com menos de 15.000
licenças por ano, encontram-se as restantes atividades, ou seja, o remo, o surf, o
esqui náutico e a motonáutica.
As Atividades Subaquáticas não registaram uma grande oscilação na procura,
em 2003 o número de licenças emitidas foi de 43.170 e, em 2011, desceu para
36.969. A Vela segue uma tendência similar à registada pelas atividades
subaquáticas, com exceção para o ano de 2007 e 2010, que registaram um
crescimento da procura. A Canoagem apresenta valores próximos nos anos 2003
e 2011, no entanto, no intervalo de tempo entre estes dois anos, a sua procura
apresentou níveis distintos. Em 2003, o governo espanhol emitiu 21.455 licenças
para a prática da canoagem, depois, em 2006 esse número aumentou para
67.394 licenças. Já em 2001, a procura deve um declínio, e foram registadas
15.167 licenças, um valor inferior ao registado em 2003.
O Remo, o Surf, o Esqui Náutico e a Motonáutica apresentam uma menor
expressão de valor de mercado. A média anual de licenças emitidas encontra-
se entre as 1.153, para a Motonáutica e, as 8.753 para o Remo. Com 1.427 e
4.983 de licenças médias anuais, para os anos de 2003 a 2011, encontra-se o
Esqui Aquático e o Surf, respetivamente.
Resumidamente, em 2011, a Vela foi o desporto náutico com maior procura em
Espanha (37,17% do total dos desportos náuticos). As atividades subaquáticas
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Atividades subaquáticas Esqui náutico
Motonáutica Canoagem
Remo Vela
Surf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
65
registaram aproximadamente 29% da procura (28,54%) e a Canoagem 11,71%.
Com valores próximos, o Surf representou 10,81% e o Remo 10,25%.
Figura 32 - As Atividades Nautas em Espanha (% do total nacional, 2011)
Fonte - ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas
28%
1%1%
12%
10%
37%
11% Atividades subaquáticas
Esqui náutico
Motonáutica
Canoagem
Remo
Vela
Surf
As principais feiras e eventos náuticos que Espanha realiza:
Salón Náutico de Barcelona
Expo Náutica – Salón Náutico de Madrid;
Barcelona World Race.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
66
Impacto na Economia
O turismo náutico é um sector com um elevado consumo de serviços e de bens
intermédios, por exemplo, um barco exige motores, geradores, equipamentos
eletrónicos e diversos componente de outras indústrias auxiliares, que sem a
existência da primeira não subsistiriam. Em 2009, o sector da náutica de recreio
em Espanha registou uma Produção Efetiva de 5.690 milhões de euros e 1.079
milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB). No mesmo ano, este setor
gerou 16 mil postos de trabalho (AENB - Asociación de Empresas Náuticas de
Baleares; ANEN - Asociación Nacional de Empresas Náuticas; MYBA The
Worldwide Yachting Association; AEGY - La Asociacion Española de Grandes
Yates, 2012).
O Impacto Económico e o Emprego da Náutica de Recreio em Espanha (2009)10
Efeito Direto Efeito Total Multiplicador
Produção efetiva (milhões de
euros)
5.690 17.192 3,61
VAB (milhões de euros) 1.079 5.690 5,27
Empregos 16.000 107.434 6,71
O interesse no desenvolvimento deste sector encontra-se, diversas vezes, ligado
aos elevados efeitos multiplicadores que são originados. Assim, o efeito total da
produção efetiva multiplica 3,61 vezes, ou seja, o efeito direito de 5.690 milhões
de euros correspondem a um efeito total de 17.192 milhões de euros. O mesmo
acontece para o Valor Acrescentado Bruto que, em 2009, multiplicou os seus
efeitos totais em 5,27 vezes. O emprego é a variável com um multiplicador de
6,71; os 16 mil empregos diretos correspondem a 107.434 postos de trabalho
indiretos.
Os efeitos do sucesso da náutica de recreio são distintos, dependendo do setor
de atividade. A figura seguinte ilustra o efeito global da náutica entre os
diferentes setores da economia espanhola, nomeadamente, na agricultura, na
energia, na indústria, nos serviços e no próprio sector da náutica. Desta forma, o
setor de serviços é aquele que recebe a maior fração do efeito total do setor
(37,62%), seguido de náutica de recreio (28,78%), claramente influenciado pela
importância do efeito direto. Em terceiro lugar surge o setor industrial, com
10 Instituto Nacional de Estadística
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
67
28,05%. Por fim, e com um valor residual, aparece o setor da Energia (4,39) e da
Agricultura (0,71% do efeito total).
Figura 33 - O Efeito da Náutica de Recreio nos Diversos Setores (2009)
Indústria
28%
Energia
4%
Agricultura
1%Serviços
38%
Náutica de
Recreio
29%
CLIPPING
- O Turismo Náutico na Espanha irá crescer 12% durante 2014;
- O turista náutico gasta 30% mais do que outros turistas, de modo a que o setor
exige um plano de marketing específico;
- Em entrevista, o responsável da Estaciones Náutica, Rafael Moreno, destaca que
este aumento na procura é consequência dos novos hábitos da sociedade, que se
encontra cada vez mais atraída para o desporto “tanto no dia-a-dia como no seu
tempo livre”;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
68
A Procura
Em 2010, mais de 2 milhões de turistas estrangeiros realizaram atividades náuticas
em Espanha, e em especial nos meses de Julho e Agosto. O arco entre o Mar
Cantábrico e o Oceano Atlântico é frequentado sobretudo no verão, a zona do
Mediterrâneo é visitada desde a primavera e as Canárias durante todo o ano.
O número de turistas espanhóis que, em 2009, praticaram atividades náuticas foi
superior a 1,2 milhões. A Comunidade Valenciana foi a região eleita por um
maior número de turistas espanhóis para a prática de desportos náuticos (19,3%).
Seguem-se, em importância, as regiões da Catalunha (9,5%), as Ilhas Canárias
(7,1%), Andaluzia (5,7%) e as Ilhas Baleares (5,4%).
Tamanho das embarcações
Considerando a tipologia de embarcações por comprimento, observa-se que a
procura é mais dirigida a embarcações mais pequenas, reforçando o domínio
do mercado deste tipo de embarcações. Nos primeiros nove meses de 2010, os
barcos com menos de 8 metros de comprimento representavam 86% do
mercado total.
Os barcos de 8 a 12 metros, apresentaram um crescimento, ainda que
moderado (+ 1,9%). Por outro lado, as embarcações de comprimento superior
caíram fortemente durante este período, especialmente de 15 a 18 m (- 21,7%).
Também em queda ainda que menos acentuada (-16,7%), encontram-se as
embarcações com mais de 18 metros. Os barcos de maior comprimento, a partir
de 12 metros, representam 3,3% do mercado total.
O comportamento de procura por barcos de recreio responde a fatores sazonais
e está concentrada nos meses de Junho, Julho e Agosto. Em Junho de 2010
foram vendidos mais de metade dos barcos recreio (28,9%) que as vendas
realizadas nos meses anteriores (Abril e Maio). Os meses de Julho e Agosto e
mostram uma situação mais estável, mantendo um crescimento moderado, que
se situou nos 9,5%, em média.
Em Espanha, os nautas das embarcações de recreio estão divididos de forma
uniforme, ou seja, não existe um desequilíbrio significativo nos segmentos que
exibem interesse na sua prática. Os Estudantes são os que mostram uma
representatividade menor, de apenas 3% do total de nautas em Espanha. Os
Profissionais Liberais (20%) e os Empresários em nome individual (19%) são os
grupos com maior representatividade, no entanto, os restantes apresentam
valores próximos. 17% dos nautas são Altos Executivos, já o segmento dos
Empregados por conta de outrem e o segmento dos Reformados compõe, cada
um, 14% dos nautas. Por fim, os Quadros Intermédios representam 13%.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
69
Figura 34 – Os Nautas em Espanha
Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada
O turismo náutico em Espanha é praticado, em mais de 80%, por adultos entre os
31 e os 60 anos. Os dois escalões intermédios, dos 31 aos 45 anos e dos 46 aos 60
anos, apresentam uma expressão muito similar, de 42% e 41%, respetivamente. As
pessoas com mais de 60 anos são o terceiro grupo e representando,
aproximadamente, 10% dos praticantes. Por fim, encontram-se todos aqueles
com menos de 30 anos (7% dos turistas náuticos).
Figura 35 - Idade dos Turistas Náuticos em Espanha
Fonte - Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada
Curiosamente, os dois grupos etários mais expressivos apresentam diferenças na
escolha do comprimento do barco de recreio. Neste caso, os nautas com 31 a
Estudantes
3%
Profissionais
Liberais
20%
Empresários em
nome individual
19%
Altos Executivos
17%
Quadros
Intermédios
13%
Empregados
14%
Reformados
14%
%
0
10
20
30
40
50
Menos de 30 anos 31-45 anos 46-60 anos Mais de 60 anos
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
70
45 anos preferem barcos menores, de 6 a 10 metros, já os nautas com 46 a 60
anos preferem os barcos com mais de 10 metros.
Figura 36 - As Idades e a Escolha do Comprimento do Barco
Fonte - Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada
As embarcações de recreio são na sua maioria propriedade privada dos nautas
(67%), complementarmente, o mercado do aluguer representa 23% das
embarcações, em Espanha. É comum verificar uma diferença entre estes dois
tipos de propriedade, e na náutica de recreio a posse de um barco é mais
comum que o seu aluguer. Estatísticas mais recentes destacam uma subida no
aluguer dos barcos, com ou sem tripulação, em comparação ao verificado no
início da década de 1990. Os restantes 10% encontram-se divididos em 9% dos
nautas que viajam em embarcações emprestadas por amigos ou familiares e
em 1% dos que têm uma embarcação em contrato de Time Sharing, ou seja,
com propriedade compartilhada.
6 a 10 m. 10 a 15 m. 15 a 20 m.
31 a 45 anos 51 36 36
46 a 60 anos 33 47 47
0
10
20
30
40
50
60
%
Própria; 67,3
Alugada; 23,1
Amigos-
Familiares; 8,8
Time Sharing;
0,8
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
71
Figura 37 – O Tipo de Propriedade das Embarcações de Recreio
Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada
O alojamento dos nautas é feito maioritariamente nos próprios barcos (69%).
Quando o barco assim não o permite ou quando a opção do nauta reside por
outro tipo de alojamento, as opções dividem-se entre: casa própria (11%), casa
arrendada (9%), hotel (6%) ou em casa de amigos e familiares (5%).
Figura 38 – O Alojamento dos Nautas em Espanha
Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada
Conforme já abordado anteriormente, as estações do ano mais quentes são as
preferidas entre os nautas, com especial destaque para o verão, como escolha
principal de aproximadamente 90% dos nautas, seguida da primavera (34,6%).
Os meses mais frios têm também adeptos, no entanto, num número inferior. O
outono agregou a preferência de 26,8% e o Inverno 8,3% dos nautas.
69%
6%
11%
9%5%
Barco
Hotel
Casa própria
Casa arrendada
Casa de amigos-
familiares
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
72
Figura 39 – As Estações do Ano Escolhidas entre os Nautas*
Fonte – Departamento de Comercialización e Investigación de Mercados de la
Universidad de Granada
(*Possibilidade de resposta múltipla)
Exemplo - Os Turistas Nautas na Comunidade de Valência
- As atividades náuticas de lazer mais praticadas durante o verão são as
relacionadas com as embarcações de recreio, nomeadamente o com barcos a
motor e os barcos à vela. No entanto, estas são outras atividades com diversos
praticantes:
Windsurf;
Mergulho;
Kitesurf.
- A Internet é o canal mais utilizado para obter informações sobre os destinos de
turismo náutico. As outras fontes são as Recomendações de outros nautas e as
Revistas da Especialidade.
- Os nautas viajam com seu próprio veículo, tendem a ficar nas suas casas de
férias e têm consigo carro, ou outro tipo de veículo rodoviário, para as
deslocações em terra;
- Em geral, as atividades náuticas são realizadas com a companhia de amigos
ou familiares;
- A despesa média diária, por pessoa, para a atividade náutica é de 91 €;
(Agència Valenciana del Turisme. Estudio de la Demanda de Turismo Náutico en
la Comunitat Valenciana. & Conselleria de Turismo, Cultura y Deporte Julio 2011)
34,6
88,8
26,8
8,3
0
20
40
60
80
100
Primavera Verão Outono Inverno
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
73
2.5. França
Mapa
Figura 40 - A França no Mapa da Europa
Fonte – Elaboração Própria
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
74
2.5.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades
Nauticas
A localização geográfica da França oferece duas grandes vantagens: está
inserida no coração da União Europeia, gozando de uma posição de
encruzilhada, reforçada por uma extensa rede de comunicações. A sua
localização central na Europa faz com que seja um território de passagem. Tem
também um duplo acesso ao mar com quatro linhas de costa no Mar do Norte,
o Canal da Mancha, o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, que estão entre
os mais utilizados mares do mundo.
O litoral da França estende-se por 5.500 km, sendo 7.000 km com os territórios
ultramarinos. Nenhum outro país da União Europeia tem maior número de
quilómetros de costa e oferece mais portos de águas profundas. Possui mais de
500 portos, de comércio, de pesca e de lazer ao longo de sua costa. A França é
a quinta potência europeia portuária, com mais de 360 milhões de toneladas de
carga e 30 milhões de passageiros.
O turismo é um dos sectores mais significativos da França, com enormes
potencialidades em diversas áreas como o turismo urbano, cultural,
gastronómico, destino de compras, turismo de natureza, turismo náutico, entre
outros. Com 85 milhões de turistas em 2013, detém o título de maior destino
turístico do mundo. Tendo em consideração esta vantagem competitiva, o país
considera o sector marítimo como tendo uma importância estratégica
fundamental.
A náutica de recreio beneficia desta “boleia” da estratégia do país para o
turismo e para o mar, em particular da importante estratégia dos portos, através
das infraestruturas, recursos humanos, tecido empresarial de construção de
embarcações, prestação de serviços, entre outros.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
75
2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica
O sector da náutica de recreio em francês caracteriza-se pelo seu dinamismo e
pela grande variedade de produtos oferecidos: embarcações à vela e a motor,
de tamanhos e características muito diferentes; mas também vela ligeira e
diversos desportos; serviços (empresas de aluguer de equipamento, marinas);
assim como a investigação o desenvolvimento de novas formas de lazer.
Os profissionais da náutica de recreio estão agrupados numa federação: a
Federação das Indústrias Náuticas (FIN - Fédération des Industries Nautiques).
Estima-se que o número de velejadores seja de cerca de 4 milhões.
Dada a importância que o sector ocupa no panorama mundial diversos eventos
são realizados anualmente em França, como o Salon Nautique de Paris, um das
maiores eventos do género no mundo recebendo cerca de 260 mil visitantes.
Duas outras exposições são realizadas no outono: O Festival de la Plaisance de
Cannes e o Grand Pavois de la Rochelle.
Marinas
Existem cerca de 470 portos e instalações de recreio no mar para acomodar
navios e 50 portos e abrigos fluviais, agrupados principalmente na federação
francesa de marinas (FFPP - Fédération Française des Ports de Plaisance). Estas
instalações são responsáveis por cerca de 165 mil lugares identificados.
A este parque, devem ser adicionadas os lugares de amarração individuai
coletivos fora dos portos, ao longo da costa, geralmente em estuários
protegidos.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
76
Figura 41 – Mapa das principais marinas das várias zonas costeiras: mediterrânea,
atlântica e mediterrânea
Fonte – Elaboração Própria
Estudo do observatório dos portos de lazer
O Observatório dos Portos de Lazer desenvolveu em 2011 um inquérito que
distribuiu a 408 marinas e portos para proceder a uma caraterização global do
sector.
A taxa de respostas obtida foi de cerca de 54%, com 179 instalações marítimos,
representando 118 792 lugares de amarração e 41 fluviais, representando 8 131
lugares de amarração.
Região Departamento Portos Capacidade Região Departamento Portos Capacidade
Norte 3 1.282 Languedoque-Rossilhão 16 18.753
Norte 1 450 Aude 2 1.812
Pas de Calais 2 832 Gard 2 5.296
Picardia 1 250 Hérault 5 3.952
Somme 1 250
Pirenéus
Orientais 7 7.693
Alta Normandia 2 1.180 Provença -Côte d’Azur 73 46.259
Sena Marítimo 2 1.180
Alpes-
Marítimos 19 13.341
Baixa Normandia 9 4.865
Bocas do
Ródano 26 15.404
Calvados 3 481 Var 28 17.514
Mancha 6 4.384 Córsega 4 1.343
Bretanha 43 25.901 Córsega 4 1.343
Côtes d'Armor 12 7.021 Total Mediterrâneo 93 66.355
Finistère 17 8.905
Ile et Vilaine 1 679
Morbihan 13 9.296
Pais do Loire 6 2.095
Líger-Atlântico 4 70
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
77
Vendeia 2 2.025 Territórios ultramarinos 5 2.675
Poitou-Charentes 13 8.407 Territórios ultramarinos 5 2.675
Carântono-
Marítimo 13 8.407
Aquitânia 4 5.782
Gironda 2 4.316
Landes 1 951
Pirenéus
Atlânticos 1 515
Total Mancha /
Atlântico 81 49.762 Total França 179 118.792
Figura 42 - Respostas ao inquérito por região e departamento (portos marítimos)
Fonte: Observatório dos portos de lazer
A tipologia mais comum dos portos de lazer marítimos corresponde a uma
dimensão entre 100 a 499 postos de amarração (36,3%), seguida dos portos com
dimensão entre 500 e 1000 postos. No entanto podem encontrar-se pequenas
marinas, com capacidade inferior a 100 postos (12,8% do total), assim como
marinas de grande dimensão, com capacidades superiores a 1000 postos (19%),
como se pode constatar na figura seguinte.
Figura 43 – Repartição por capacidade de acolhimento
Fonte – Observatório dos Portos de lazer
Já a dimensão das instalações por volume de negócios, apresenta uma grande
variedade de situações, desde valores inferiores a 50 mil euros de volume de
negócios (10% das instalações), até valores superiores a 3 milhões de euros (10%),
conforme se pode ler na figura seguinte.
12,8%
36,3%31,8%
19,0%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
< 100 postos de
amarração
de 100 a 499 postos de 500 a 1000 postos > 1000 postos
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
78
Figura 44 – Repartição das instalações por volume de negócios (euros)
Fonte – Observatório dos Portos de lazer
Os principais modelos de gestão das instalações de portos de lazer dividem-se
entre a gestão direta (48%), a delegação por arrendamento (12%) e a
delegação por concessão (40%). Enquanto a gestão direta é feita, na sua
grande maioria, por entidades públicas, a gestão por concessão compreende
um conjunto diversificado de situações: além das instituições públicas (29%),
engloba ainda a gestão feita por associações (7%), Câmaras do Comércio e
Indústria (21%), empresas privadas (16%) e empresas mistas (27%).
Geral Delegação
Figura 45 – Repartição das instalações por tipo de gestão
Fonte – Observatório dos Portos de lazer
Portos interiores
Os portos interiores distribuem-se por todo o território francês, acompanhando o
percurso dos principais rios do território e a localização dos maiores lagos. Na
15%
4%
14%12%
16%
9%
20%
10%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
igual ou
inferior a 50
mil
50 a 100 mil 100 a 300
mil
300 a 500
mil
500 mil a 1
milhão
1 a 1,5
milhões
1 a 3
milhões
igual ou
superior a 3
milhões
Gestão
direta;
48%Delegação
arrendament
o; 12%
Delegação
concessão
; 40%
7%
21%
16%
29%
27%
Associações
Câmaras
Comércio e…
Empresas privadas
Instituições
públicas
Empresas mistas
0% 20% 40%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
79
figura seguinte apresenta-se a distribuição dos portos de águas interiores ao
inquérito do Observatório dos Portos de Lazer.
A frota de embarcações fluviais e lagos interiores estima-se em cerca de 35.000
unidades (muitos dos barcos de recreio registados no mar também podem
navegar no interior).
Fluvial Lacustre
Aquitânia 5
Borgonha 4 1
Bretanha 2
Centro 1
Champagne 2 2
Alta Normandia 1
Languedoque-Rossilhão 4
Lorena 3
Sul-Pirenéus 1
Norte-Pas-de-Calais 3
País do Loire 3
Picardia 1
Provença-Alpes-Côte d’Azur 0
Ilha de França 5
Ródano-Alpes 1
Total 36 3
Figura 46 – Repartição das respostas por região e categoria (número de portos)
Fonte – Observatório dos Portos de lazer
Como seria de esperar o tipo de embarcações ancoradas nos portos interiores
são de porte sensivelmente menos do que as dos portos marítimos. No que
respeita aos portos fluviais, prevalecem as embarcações com dimensão
compreendida entre os 6 e os 10 metros de comprimento, sendo que cerca de
90% do total de embarcações tem até 14 metros. Nos portos lacustres a
dimensão média é ainda menor sendo que mais de metade das embarcações
ancoradas tem mesmo de 6 metros de comprimento.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
80
Figura 47 – Repartição das instalações por tipo de embarcação ancoradas nos portos
fluviais
Fonte – Observatório dos Portos de lazer
A Fileira Náutica
A fileira náutica, nas suas várias componentes - produção, distribuição e serviços
- inclui 4,9 mil empresas, gerou um volume de negócios de 4,16 mil milhões de
euros e mais de 45.000 postos de trabalho em 2007. A França é o segundo maior
fabricante de barcos de recreio do mundo e o maior na Europa (o primeiro no
mundo para a construção de vela com o grupo Beneteau - Jeanneau).
Mais de 63% da produção é exportada, principalmente para a Alemanha, o
Reino Unido, Espanha e Itália para os países da União Europeia e dos Estados
Unidos. Este sector inclui grandes fabricantes como o grupo Jeanneau-Beneteau,
Dufour et Sparks, Fountaine Pajot, Guy Couach, Catana, Hamel.
Frota de navios de lazer
Em 2013 foram efetuadas 14.000 inscrições de novos navios no mar, além das
64.000 embarcações usadas vendidas no mesmo período.
A navegação de lazer no mar representa uma frota total de cerca de 979.918
unidades (31 de agosto de 2013, excluindo territórios ultramarinos), dos quais
74,6% são embarcações a motor, enquanto 20,2% corresponde a embarcações
à vela, conforme se pode ver na figura seguinte.
Três quartos do parque de embarcações de águas marítimas são de
comprimento inferior a 6 metros. Por outro lado cerca de 4,5% correspondem a
embarcações com mais de 10 metros de cumprimento.
0
500
1000
1500
2000
2500
< 6 m 6 a 10 m 10 a 14 m 14 a 18 m 18 a 24 m > 24 m < 6 m 6 a 10 m > 14 m
Fluvial Lacustre
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
81
Figura 48 – Repartição das embarcações por dimensão e modo de propulsão, em
águas marítimas, 2013
Fonte – Direction Génerale des Infrastructures, des Transportes et de la Mer
A região de Provença-Alpes-Côte d’Azur (PACA) concentra o maior número de
embarcações em águas marítimas. Em conjunto com Languedoque-Rossilhão e
a Córsega, forma a zona costeira mediterrânea, albergando quase 40% do total
das embarcações. A Bretanha, banhada quer pela costa Atlântica a oeste, quer
pelo Canal da Mancha a Norte, é a segunda região com mais embarcações,
representando 24% do total.
Figura 49 – Repartição das embarcações por região em águas marítimas, 2013
Fonte – Direction Génerale des Infrastructures, des Transportes et de la Mer
564 012
173 295
105 963
46 253 45 87327 831 16 688
731 117
197 826
50 770
205
0
100 000
200 000
300 000
400 000
500 000
600 000
700 000
800 000
28 730
44 801
48 023
54 444
55 561
78 558
84 974
108 564
235 156
241 107
Norte-Pas-de-Calais / Picardia
Alta Normandia
Córsega
Baixa Normandia
Poitou-Charentes
Aquitânia
País do Loire
Languedoque-Rossilhão
Bretanha
Provença-Alpes-Côte d’Azur
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
82
Cote d’Azur
Um cartão-de-visita de França em termos de turismo náutico é a região da Cote
d’Azur, a Riviera Francesa. Com mais de 10 milhões de turistas por ano, a esta
região é o segundo principal destino turístico no país, após a região parisiense.
Contudo, no que diz respeito ao turismo náutico, assume um lugar de destaque.
Todos os anos a Cote d'Azur hospeda 50% da frota mundial de iates luxuosos,
sendo que 90% desses iates visitam costa da região pelo menos uma vez na vida.
Alguns fatores contribuem de forma decisiva para criar as condições propícias
para ser um destino de eleição dos turistas náuticos:
2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas
Impacto na Economia
A produção náutica francesa está sobretudo voltada para a exportação, que
corresponde a 72% da produção. O continente americano representa a maior
fatia deste valor, mas também os mercados da Ásia e do Oriente Médio,
continuaram a crescer (+ 13%): atingindo um volume de negócios de €
311.000.000 e representando 42% da produção.
Em 2012/2013 a indústria naval francesa gerou uma receita total de 740,3 milhões
de euros, para 47.131 unidades produzidas, e representando diretamente 6.163
empregados.
A produção de veleiros liderou a indústria com um volume de negócios de cerca
de 422,6 milhões de euros e uma taxa de exportação de 75%.
A França é líder mundial no segmento de casco único, com um volume de
negócios de 252,1 milhões de euros, e no segmento multicascos de cruzeiro com
um volume de negócios de € 163,4 milhões de euros.
300 dias de sol por ano
115 km de litoral18 campos de
golfe14 estações de
esqui3.000 restaurantes
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
83
A produção francesa de barcos a motor é representou neste período 298,5
milhões de euros, com as exportações a representarem 68% das vendas.
Alguns números da fileira náutica francesa:
Fonte: Direção Geral das infraestruturas, dos transportes e do mar
O sector do turismo náutico é composto por um conjunto alargado de atores,
entre clientes e fornecedores que, de forma integrada, constituem a sua cadeia
de valor.
Em França, a Federação das Indústrias Náuticas, congrega muitos desses atores
e organiza os seus associados por categoria, segundo a sua intervenção na
cadeia de valor:
90 Fornecedores de equipamentos
75 Empresas de alugueres marítimos
16 Empresas de alugueres fluviais
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
84
13 Produtores de Motores
16 Empresas de desportos com prancha
124 Prestadores de serviços náuticos
153 Empresas de comércio e manutenção de
embarcações
38 Empresas de Iates de luxo
10 Empresas de desportos de natureza
30 Instituições públicas e outros atores
Enquadramento Regulamentar da Náutica de Recreio
Um conjunto de normativos regula o funcionamento da náutica de recreio em
França.
Inscrição e Registo
O registo é obrigatório para todas as embarcações motorizadas com mais de
5m ou mais 6cv. As embarcações de recreio com um volume igual ou superior a
10 metros cúbicos, ou cujo peso seja igual ou superior a 10 toneladas devem ser
registrados na França se viajarem habitualmente em França e os seus
proprietários aí tiverem a sua residência habitual ou, o caso das empresas, a
sede dos seus negócios. (artigos 78º e seguintes do Código Fluvial - Decreto de
15 de Outubro de 2009, sobre as condições para o registo, licença e aposição
de marcas de identidade externa de barcos de navegação recreio ou
estacionados em águas interiores).
A escolha é entre o registro "mar" ou inscrição como "águas interiores". O registo
de "mar" é obrigatório para todos os navios que navegam no mar, mesmo que
esporadicamente.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
85
O Certificado Internacional de Barco de Recreio (CIBP) é emitido
automaticamente a qualquer titular de carta de circulação em "águas interiores"
para uma embarcação com menos de 20m. Esta é necessária para navegar
noutros países, especialmente na Alemanha e na Áustria. O CIBP é válido por um
período de 2 anos.
Barcos mais de 20 milhões que naveguem em águas interiores devem possuir o
Certificat Communautaire, válido por cinco anos (Decreto de 19 de Janeiro de
2009). Este certificado é emitido após a inspeção de segurança para
embarcações que não possuam marca CE ou cujo certificado expirou.
Segurança
As embarcações de recreio são obrigadas a ter a bordo equipamentos de
segurança, correspondente a uma lista tipo relativa ao tipo de embarcação e à
sua área de navegação.
Além disso, todas as embarcações de recreio (mar ou rio) colocadas no
mercado comunitário após 16 de junho de 1998, independentemente do seu
tipo e método de propulsão, cujo comprimento se situe entre 2,5 m e 24 m
devem ser estar em conformidade com a Directiva Europeia 94-25 e com o
Decreto 96-611, com a redacção dada pelo Decreto n º 2005-185, de 25 de
Fevereiro de 2005.
Sistema de comunicações VHF
Os equipamentos de voz VHF são opcionais para embarcações de recreio à
vela em águas francesas do interior, exceto em determinadas áreas (por
exemplo, em Paris.) em que são obrigatórios. Quando a embarcação possui esse
tipo de equipamentos, regista-lo na Agence Nationale des Fréquences.
A utilização de um rádio VHF portátil com uma potência máxima de 6 watts, e
desprovido da função ASN é permitida aos titulares de cartas de condução de
mar ou águas interiores. Assim, o CRR (Certificat Restreint de Radiotéléphonie)
não obrigatório para as unidades portáteis VHF, em frança, apesar de continuar
obrigatório noutros países ou em águas internacionais. Além disso, é obrigatório
para a utilização de estações VHF com mais de 6 watts e / ou com a função ASN
(todos os telefones fixos).
Certificado ou licença náutica de lazer
Para os residentes franceses, a autorização náutica de lazer é necessária para
todas as embarcações com uma potência superior a 6cv. Existe a opção
costeira (limitada a seis milhas de navegação de abrigo) ou águas interiores
(limitado a 20m de comprimento de barco). São ainda possíveis extensões para
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
86
o exterior (para o primeiro caso) ou para grandes embarcações fluviais (no
segundo caso).
Para os estrangeiros, é aplicada a resolução ICC, Decreto n ° 91-731 de 23 de
Julho de 1991, que estabelece as condições de validade do Certificado
Internacional de Marinheiro, para navios com menos de 15m.
Navegação mista, mar e rio
Desde que o marinheiro tem as devidas licenças, os navios registados como
"mar" podem viajar no mar e em águas interiores. Contudo, as embarcações
registadas em "águas interiores" não devem ultrapassar os "limites do mar",
mencionada em mapas SHOM.
Podem ser concedidas autorizações excecionais mediante pedido a Affaires
Maritimes, para uma única viagem após a inspeção da embarcação. Os navios
que possuam bandeiras estrangeiras e autorizadas no seu país de origem para o
mar, podem também mover-se por mar e águas interiores. Todos os navios
devem ser capazes de apresentar um documento oficial que justifique a sua
bandeira.
Taxas
Todas as embarcações de recreio que circulem por vias navegáveis interiores
geridos por VNF devem pagar o Péage VNF ("vinheta"). Este não é pago nas vias
geridas pelas comunidades locais. O montante da taxa varia em cinco
categorias de acordo com a superfície do navio.
Embarcações registadas como "mar" devem pagar um imposto anual que varia
consoante o comprimento do navio e da sua potência de motor. Uma taxa de
passaporte pelo mesmo valor é aplicada a navios de bandeira estrangeira,
quando o barco está a navegue em águas marítimas, mesmo que
esporadicamente.
Documentos normativos das vias marítimas
O RGP (Regulamento Geral da Polícia – Navegação Interior) e os RPP
(Regulamentos particulares para cada via marítima) estão disponíveis em
formato digital no website do Ministério dos Transportes
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
87
Planos Nacionais e Estratégias Coletivas
A náutica de recreio está muito descentralizada, sendo que cada região tem as
suas próprias estratégias de desenvolvimento para este subsector.
A nível nacional pode ser destacada, no entanto, a estratégia nacional de
revitalização portuária, pelo papel de âncora que as estruturas portuárias
desempenham no desenvolvimento de toda a fileira náutica.
Estratégia nacional de revitalização portuária
A estratégia nacional de revitalização portuária é composta por três áreas
principais: a construção de soluções de logísticas integradas; reforço da política
industrial; reforço do papel do desenvolvimento e gestão do espaço.
Com esta nova estratégia, a França pretende manter um lugar de destaque no
comércio internacional como um ponto de entrada ou hub da Europa e
contribuir para o desenvolvimento industrial e económico, e simultaneamente
promover o emprego. Por outro lado tem em vista projetar o interior a nível
europeu e iniciar a cooperação em estruturas costeiras e fluviais.
Exemplos de Estratégias Regionais:
Região Languedoque-Rossilhão
Figura 50 – Região de Languedoque-Rossilhão
Languedoque-Rossilhão é a região central do sul da França, que inclui a parte
mais ocidental da costa mediterrânea da França, estendendo-se desde o vale
do Ródano até à fronteira espanhola. As suas maiores cidades são Marselha e
Montpellier.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
88
Ao contrário da Provença, a leste, esta região é plana, com longas praias de
areia, e uma infraestrutura turística moderna. Em grande parte as áreas até 20
quilômetros da costa têm foram desenvolvidas com forte orientação para o
turismo nos últimos 40 anos.
Anualmente recebe cerca de 5 milhões de turistas estrangeiros, num total de 20
milhões de noites. Os turistas alemães constituem o maior mercado (34%),
seguindo-se os britânicos (22%), holandeses (17%), belgas, suíços e italianos.
Os principais critérios de escolha do destino pelos turistas estrangeiros a
gastronomia (72%), a beleza das paisagens (65%), e os monumentos e museus
(62%).
Nos seus 220 km de costa, conta com 28 portos marítimos, além dos 14 portos
fluviais, albergando o terceiro maior parque de embarcações registadas: 105 mil
unidades.
Alberga uma importante indústria náutica, responsável por 6600 empregos
gerados por 1790 empresas em diversas áreas de atividade :
220 estaleiros / equipamentos / motores
880 empresas comerciais / manutenção / serviços
690 empresas de náutica de recreio
Um dos principais atores na área da promoção económica e do turismo é a
Agência regional de desenvolvimento económico: Invest Sud de France.
A Estratégia regional da região de Languedoque-Rossilhão para a Náutica de
Recreio assenta em 4 eixos de desenvolvimento :
Desenvolvimento económico e comercial das empresas,
Competências nas questões náuticas,
Inovação e a partilha de infraestruturas
Imagem náutica específica na região e criar um evento emblemático
Córsega
A Córsega é uma ilha montanhosa. Com uma área de 8680 km2 é a quarta
maior ilha do mediterrâneo, depois da Sicília, Sardenha e Chipre. Um terço do
seu território é protegido como parque natural e preserva um litoral intacto e sem
construção. O turismo representa, no entanto, uma importante atividade
económica. O território da ilha apresenta uma baixa densidade populacional,
com apenas 31habitantes por km2, que praticamente duplica durante o verão.
A região é servida por uma vasta rede de 19 portos marítimos espalhados ao
longo dos seus 1000 km de costa, uma das mais visitadas da costa Francesa. A
estratégia regional da região da Córsega para a Náutica de Recreio passa por
um conjunto articulado de áreas complementares:
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
89
Infraestruturas
Portos (criação, extensão e melhoria)
Gestão ambiental
Produtos turísticos
Organização de 2-3 eventos náuticos
Conceção e comercialização de produtos turísticos micro-
regionais
Marketing online
Pontos de acesso wi-fi nas marinas
Pesca desportiva
Apoio à oferta de bens e serviços relacionados com nautismo
PAC “Córsega Sailing League”
Formação
Programas de apoio a projeto
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
90
A procura
Um estudo realizado em parceria pelo RNOF e a ANPEI (ver atores chave) junto
de 14 mil nautas de recreio caraterizou o perfil do nauta de recreio de águas
interiores. Em alguns parâmetros são apresentadas os resultados específicos para
os nautas de nacionalidade francesa.
Turistas náuticos de águas
interiores
Nacionalidade Francesa
Tipo de utilização Meio de lazer (95%)
Residência principal (5%)
Sexo do piloto Masculino (96%)
Idade média 56 anos 53 anos
Estatuto profissional do
condutor
Reformados (41%)
Quadros médios (16%)
Reformados (53%)
Quadros médios (20%)
Idade da embarcação 24 anos
Anos de posse da
embarcação
6 anos 5 anos
Capacidade média 6 lugares, 4 camas 6 lugares, 2 camas
Registo Marítimo (58%), Fluvial (40%)
Habitável 63% 51%
Tamanho médio da
embarcação
9 m comprimento, 3 m
largura,
8m comprimento, 2 m
largura
Número médio de anos de
prática
13 anos 11 anos
Tempo médio de prática
por ano
46 dias 44 dias
Navegação no estrangeiro 56% 39%
As atividades mais
praticadas nas escalas
1 - Visitas aos locais;
2 - Descanso; 3 -
Restauração
Número médio de pessoas
a bordo
2,7 adultos e 0,7 crianças 2,9 adultos e 1 criança
Duração média da escala 5,3 noites
Gasto médio por dia 39 € 33 €
Gasto médio por ano 2.170 € 1.460 €
Figura 51 – Perfil dos turistas náuticos de águas interiores
Fonte – Réseau National d’Observation du Tourisme Fluvial
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
91
2.6. Croácia (Como mercado de
Alternativo)
Figura 52 - A Croácia no Mapa da Europa
Fonte – Elaboração Própria
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
92
A Croácia não pode ser vista, nem como um mercado emissor, nem como um
mercado concorrente a Portugal. Trata-se no entanto de um importante
mercado alternativo, como o é a Turquia e/ou a Grécia.
A expressão da Croácia como “mercado alternativo” prende-se com o facto
de, embora possuír condições diversas de Portugal - logo não ser concorrente,
ter uma estratégia em curso de atração de Nautas de Recreio para os mesmos
mercados apontados como de maior potencial para Portugal.
Como se verá neste capítulo, as condições naturais são diferentes bem como o
seu posicionamento geográfico em relação aos mercados é distinto. Ainda
assim, considerou-se importante a inclusão da análise a este mercado, uma vez
que a sua orientação em termos de mercados alvo coincide com os
identificados no estudo para Portugal, o que não deixa de ser natural.
Para sermos capazes de ter uma oferta inovadora é imprescidivel conhecer a
concorrência.
2.6.1. Condições Naturais Para a Pratica de Atividades
Nauticas
A Croácia, oficialmente República da Croácia, é um país localizado na Europa
Central, no lado oriental do Mar Adriático, e partilha fronteira terrestre com a
Eslovénia, Hungria, Sérvia, Bósnia e Montenegro e também partilha fronteira
marítima com a Itália. A região costeira deste país, com 6.278 km e 1.244 ilhas,
representa mais de um terço do seu território.
As características naturais costeiras deste país da União Europeia torna-o no
terceiro país do Mediterrâneo com maior costa, depois da Grécia (13.676 km) e
da Itália (7.600 km). Do lado contrário, os países com menor litoral, estão a
Turquia (5.191 km), a Espanha (2.580 km), a França (1.703 km), o Montenegro (274
km), e a Eslovénia (32 km). As mais de 1.200 ilhas situam a Croácia situa-se em
segundo lugar, depois da Grécia, que possui mais de 3.000 ilhas.
Consequentemente, quando comparada com outros países mediterrânicos, a
Croácia detém boas condições para a prática do turismo náutico. Este país
possuí uma longa costa recuada, com um grande número de ilhas e de baías
abrigadas, que lhes permite uma navegação agradável, especialmente porque
esta costa croata encontra-se preservada ambientalmente, sem uma
construção habitacional excessiva e com um mar limpo (Horak et al., 2006).
Segue abaixo uma tabela que sumula os principais números caracterizadores
das condições naturais da Croácia:
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
93
Área Total 88.073 km²
Área Terreste 56.594 km²
Área Marítima 31.479 km²
População 4.480.043
Comprimento da Costa 6.278 km
- Continental – Comprimento litoral 1.880 km
- Ilhas – Comprimento litoral 4.398 km
Número de Ilhas 1.244
Figura 53 - O Território Croata em Números
Fonte - Ministry of Sea, Transport and Infrastructure (2011)
O clima é igualmente um fator diferenciador na Croácia, este é dominado por
dois géneros distintos, o mediterrânico e o continental. O clima temperado
mediterrânico predomina na faixa litoral do mar Adriático, enquanto o clima
temperado continental abrange as áreas do interior da Croácia.
Cidade Temperatura
Média Anual (°C)
Dias de Sol Dias de
Nevoeiro
Dubrovnik 17,6 162 53
Hvar 17,5 141 64
Makarska 17,6 140 87
Mali Lošinj 16,6 92 56
Pula 16,5 - -
Rijeka 15,2 86 107
Split 17,4 124 67
Šibenik 16,3 129 49
Zadar 16,2 119 56
Figura 54 - Temperaturas Médias Anuais, Dias de Sol e Dias de Nevoeiro
Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia
No decorrer dos meses de junho, julho e agosto, a temperatura média mais
baixa encontra-se nos 24,4°C (em Pula) e a temperatura média mais alta em
28,6°C (em Split).
Apesar do país ser reconhecido mundialmente pelas suas praias e pelo clima, a
Croácia oferece mais e, conta já com sete pontos classificados como Património
Mundial pela UNESCO, nomeadamente:
Complexo Episcopal da Basílica Eufrasiana,
Catedral de São Tiago de Šibenik,
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
94
Cidade velha de Dubrovnik,
Núcleo Histórico de Split com o Palácio de Diocleciano,
Planície de Stari Grad,
Palácio de Diocleciano em Split e,
Parque Nacional dos Lagos de Plitvice.
Da lista da UNESCO, o Parque Nacional de Lagos de Plitvice é o único património
natural, no entanto, a natureza é um outro aspeto variado e particular deste
país, as ilhas do litoral são um exemplo de grande beleza, encontrando-se
protegidas em três parques nacionais, nomeadamente, o Parque Nacional de
Brijuni, o Parque Nacional de Mljet e o Parque Nacional das Ilhas Kornati.
“A Croácia tem as condições ideais para o desenvolvimento do
turismo náutico, e tem um grande número de vantagens
comparativamente com a maioria dos outros países do
Mediterrâneo. Estas vantagens são: uma melhor costa litoral; um
maior número de portos, bem distribuídos e protegidos; uma
melhor posição geográfica em relação aos países de origem dos
turistas; uma natureza bem preservada e um mar limpo”
(Favro, S. e Saganić, I.; 2007)
2.5.2. Infraestruturas e Equipamentos de Apoio à Nautica
A Croácia tem uma ligação geográfica e histórica com o mar. A zona costeira é,
pelas razões enunciadas anteriormente, um local atraente para a prática de
turismo náutico, em especial, para os velejadores de embarcações de recreio.
Nos meses de Julho e Agosto, o número médio mensal de licenças de
navegação emitidas encontra-se entre as 16.000 e as 18.000. Com o objetivo de
receber com qualidade este volume de turistas e, de forma a ser percebido
como satisfatório para os visitantes, é necessário a construção e a manutenção
de um conjunto de condições físicas e de infraestruturas adequadas,
nomeadamente:
Portos Náuticos, marinas e postos de amarração;
Aeroportos;
Transportes Rodoviários e Ferroviários;
Instalações Hoteleiras.
Portos Náuticos, marinas e postos de amarração
As marinas e os postos de amarração são portos náuticos, ou seja, são lugares
específicos, no mar ou em terra, onde as pequenas embarcações podem ficar
ancoradas.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
95
As marinas são, comercialmente, as portas mais importantes do turismo náutico e
é difícil apresentar dados específicos sobre o tamanho, tipo e capacidade desta
indústria na Europa. Esta dificuldade advém da não existência de uma
associação profissional internacional que recolha, processe, pesquise e agregue
os dados e incentive o desenvolvimento da indústria. Contudo, é possível estimar
que na Europa existam cerca de 4. 400 marinas de água salgada, das quais mais
de 1. 600 são de qualidade elevada e com 40. 000 leitos. Considerando as 600
marinas de água doce, e somando todas as que pertencem a mercados para
os quais não existem dados, estima-se que a Europa possua mais de 5.000
marinas, com mais de 500.000 leitos (ADAC: “Marinaführer, Deutschland, Europe”,
2010). Este mercado, que agrega deste os portos de amarração até às
instalações de apoio, pode representar, na Europa, cerca de 60 biliões de euros
(Luković, T. & Gržetić, Z., 2007).
Figura 55 - Mapa das Marinas Croatas
Fonte – Croatia Yachting
Na República da Croácia, a 31 de Dezembro de 2013, estava registadas 13.735
embarcações, permanentemente ancoradas, nos portos náuticos, das quais
84,5% em água e as restantes 15,5% utilizaram postos de amarração terrestres
(Croatian Bureau of Statistics, 2014). Quanto ao tipo de embarcações, os barcos
com motor e à vela apresentaram percentagens próximas, de 48.9% e 49%,
respetivamente, os restantes 2.1% pertencem a Outras Embarcações.
A mesma fonte agrega, por regiões, as informações sobre os portos náuticos.
Desta feita, a Croácia conta com vinte e dois ancoradouros, treze postos de
atração, sessenta e uma marinas. A região croata com um maior número de
portos de amarração é o Condado Litoral-Serrano, que tem como sua capital a
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
96
cidade de Rijeka, e conta com 32 portos náuticos. Zadar e Split seguem a lista
com vinte e três e dezassete, respetivamente. A região de Ístria é a que
apresenta um maior número de Marinas de 1ª Categoria11.
Marinas
Total Ancor
a-
douro
Atracação Em
terra
1ª
Categ
o-ria *
2ª
Categ
o-ria *
3ª
Categ
o-ria *
Âncoras Outros Região
106 22 13 14 6 24 17 6 4 Croácia
32 10 5 7 1 3 3 3 - Conda
do
Litoral
Serrano
23 9 3 3 - 4 4 - - Zadar
14 1 - 1 2 4 5 - 1 Šilbenik
Knin
17 2 2 2 - 5 3 2 1 Split
Dalmác
ia
14 - 2 - 3 6 2 1 - Istria
6 - 1 1 - 2 - - 2 Dubrov
nik
Neretva
Figura 56 - Portos Náuticos na Croácia, por Região
Fonte: Croatian Bureau of Statistics, 2014
O Ministério do Turismo da Croácia desenvolve, periodicamente, estudos para
melhor compreender o turismo no seu país. TOMAS é o nome de uma dessas
pesquisas, e as mais recentes são TOMAS 2012, TOMAS 2007 e TOMAS 2004. A
tabela apresentada abaixo foi construída com informação constante no TOMAS
2012, e agrega os barcos ancorados em território croata pelo seu comprimento.
Número de amarrações, total (2011) 16 940
Dos quais barcos com:
Menos de 6 metros de comprimento 727
6 a 8 metros 1 446
8 a 10 metros 2 900
10 a 12 metros 4 569
11 As marinas podem ser classificadas em três níveis, ou seja, marinas de 1ª categoria, marinas de 2ª
categoria e marinas de 3ª categoria. As marinas de 1ª categoria denotam uma qualidade padrão
alta, as marinas de 2ª categoria uma qualidade média e as marinas de 3ª categoria revelam uma
qualidade satisfatória.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
97
12 a 15 metros 4 350
15 a 20 metros 2 322
Mais de 20 metros 626
Figura 57 - Número de Amarrações por Comprimento do Barco
Fonte – TOMAS, 2012
Os barcos entre 10 e 12 metros e os barcos com 12 a 15 metros de comprimento
representam mais de metade dos barcos ancorados. Assim, os primeiros, com 4
569 barcos, representam 27% e os segundos, com 4.359 barcos, traduzem uns
expressivos 25,7%. Os barcos com menor representatividade são aqueles que se
enquadram nas duas categorias nas extremidades opostas, ou seja, os barcos
com menos de seis metros (4,3%) e os barcos com mais de vinte metros (3,7%).
Aeroportos
No território croata existem nove aeroportos, sete
ao longo da costa, um na capital e um outro no
interior, na cidade de Osijek. Desta rede de
aeroportos, cinco são aeroportos internacionais,
e estão localizados nas principais cidades,
nomeadamente Zagreb, Zadar, Split, Dubrovnik e
Rijeka. Atualmente, a EasyJet, Flyglobespan,
Germanwings, TUIfly, Ryanair, Thomson e Wizz Air,
são as companhias low-cost a voar para a
Croácia. As companhias aéreas com maior
movimento são a Croatia Airlines (membro da
Star Alliance), a Lufthansa e a British Airways. Em
relação aos voos intercontinentais, de e para a
Croácia, estes não são regulares e apresentam
um caracter sazonal.
Transportes Rodoviários e Ferroviários
Nos últimos anos, o transporte rodoviário na Croácia registou melhorias
significativas, superando, inclusive, a generalidade dos países europeus. Vinte
anos de regime comunista iugoslavo atrasaram o desenvolvimento deste país,
no entanto, depois da queda do mesmo, iniciou-se uma fase de recuperação,
com uma incidência particular na construção de autoestradas, especialmente
depois de 2000. Atualmente, e porque este processo é ainda recente e em
construção, as rodovias croatas são consideradas como uma das mais seguras e
mais modernas da Europa. Em 1991, existiam somente duas autoestradas, uma
que efetuava a ligação entre Zagreb e Karlovac (A1) e outra entre Zagreb e
Figura 58 – Aeroportos Croatas
Fonte – Dalmacija.net
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
98
Slavonski Brod (A3). Esta estrada foi posteriormente amplificada e,
presentemente, conecta Zagreb à fronteira com a Sérvia e com a Eslovénia.
O Partido Comunista bloqueou, durante os anos que esteve no poder, a criação
de várias autoestradas mas, especialmente, daquela que conectava as duas
maiores cidades do país, Zagreb e Split. Esta ligação encontra-se agora
concluída e operacional, tal como também se encontra a autoestrada que liga
Zagreb a Rijeka, a autoestrada que une Zagreb ao nordeste (fronteira húngara)
e ainda a que liga a capital ao noroeste (fronteira com a Eslovénia).
Em 2007, foi planeada a construção de onze autoestradas:
Duas A3, com ligações Bregana – Zagreb – Slavonski Brod – Fronteira Com
Sérvia;
Uma A2, unindo Zagreb a Krapina e ainda a Macelj;
Uma A4, de Zagreb até à fronteira húngara, e passando por Varaždin;
Três A6 entre Zagreb e Rijeka, entre outras autoestradas de ampliação da
rede já existente.
A Croácia encontra-se hoje provida de autoestradas de qualidade e com
ligações às principais localidades croatas e também com ligações às fronteiras
com os outros países.
Os caminhos ferroviários não assistiram ao mesmo desenvolvimento e
modernização que os caminhos rodoviários, no entanto, a Croácia conta com
várias rotas ferroviárias, designadamente:
de Zagreb para Vinkovci (e para Belgrado, na Sérvia);
de Zagreb para Osijek, via Koprivnica ou via Strizivojna-Vrpolje;
de Zagreb para Rijeka, e
de Zagreb para Split.
A nível internacional, existem rotas para a Eslovénia, Hungria, Bósnia e
Herzegovina e Sérvia.
Instalações Hoteleiras
A qualidade do alojamento croata evidencia uma tendência de melhoria.
Atualmente, 2,7% dos estabelecimentos têm cinco estrelas, 17,1% são hotéis de
quatro estrelas e 54,8% são instalações de três estrelas. A construção de novos
hotéis, bem como a renovação dos hotéis já existentes, é uma das
preocupações do governo e das entidades locais croatas. A maioria das camas
são em pequenos hotéis familiares e de Bed and Breakfast (B&Bs) que
proporcionam serviços personalizados e adaptados às necessidades dos
hóspedes. Em 2007, os hotéis e os restaurantes croatas empregavam cerca de
86.040 pessoas e, o consumo médio diário para o alojamento, por pessoa,
encontrava-se perto dos 89 Euros (Belgian Trade Office in Zagreb, Tourism in
Croatia, 2013)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
99
Os dados mais recentes do Ministério do Turismo da Croácia, Tourism in Figures
2013, apresentam a evolução do número de camas entre 1980 e 2010 (Figura
10). Assim, a Croácia tem verificado um aumento do número de camas ao
longo destes trinta anos, com exceção do intervalo entre 1985 e 1990, altura em
que o país se viu envolvido numa guerra e onde a destruição de edifícios era
uma realidade. Em 2010 o número de camas em hotéis e outras unidades
hoteleiras situava-se em 910 mil camas, um valor 31,50% superior ao registado em
1980 (692 mil camas).
Figura 59 – Número de Camas entre 1980 e 2010 (em milhares)
Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014
2.5.3. A Prática de Atividades Nauticas
O Turismo Croata
Este país é um destino turístico que, após a luta pela sua independência na
Guerra Civil da Jugoslávia, conflito que durou entre 1991 e 1995, voltou a registar
um crescimento de entradas de turistas. Em 1995, foi o ano em que se registou
um menor número de turistas, contudo, desde esse ano, o país tem verificado
um crescimento constante. Em 2010, o número de turistas na Croácia foi superior
a 10 milhões.
Figura 60 - Número de Turistas na Croácia
Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014
1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Número de Camas
(em milhares)
692 820 863 609 710 909 910
Número de Turistas (em
milhares)
7.929 10,125 8.498 2.438 7.136 9.995 10.604
Número de estadia
(em milhares)
53.600 67.665 52.523 12.885 39.183 51.421 56.416
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
100
O crescimento de turistas é acompanhado, na mesma extensão, pelo aumento
do número de dormidas. O ano de 2010 registou quase 60 milhões de noites, um
valor superior ao registado em 2000 e em 2005, no entanto, inferior ao registado
em 1985, de cerca de 70 milhões.
Figura 61 - Número de dormidas na Croácia
Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014
O destino das estadias na Croácia encontra-se concentrada no que se classifica
como “Costa Marítima”, com 84,6% dos turistas. Os restantes 15,4% dividem-se
entre os turistas que visitaram a capital (5,9%), as montanhas (2,5%), os resorts de
saúde (0,9%) e outras localidades turísticas (6,0%).
Chegada de Turistas
(em milhares)
INDEX
2013/12
Estrutura
(em %)
2012 2013 2012 2013
Costa
Marítima
9.978 10.386 104.1 84.6 83.6
Resorts Saúde 106 118 111.3 0.9 0.9
Montanhas 300 320 106.7 2.5 2.6
Outras
localidades
turísticas
708 817 115.4 6.0 6.6
Capital 701 789 112.6 5.9 6.3
TOTAL 11.793 12.430 105.4 100 100
Figura 62 - Chegadas de Turistas, 2012-13, por tipo de localidade
Fonte - “Tourism in Figures 2013”, Ministry of Tourism Republic of Croatia 2014
O Turismo Náutico e a Náutica de Recreio Croata
O turismo náutico croata, como atividade de desenvolvimento económico, teve
o seu início compreendido entre as duas guerras mundiais. Até essa altura, os
navegadores utilizavam os espaços físicos das marinas existentes na costa, no
entanto, estas careciam de condições próprias para receber um turista náutico.
O final da década de 1960 e o início da década de 1970 marcou o surgimento
dos primeiros planos para a construção de portos exclusivos para este tipo de
turista.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
101
Assim, no primeiro período de construção de marinas, entre 1975 e 1984, foram
construídas 19 marinas com aproximadamente 4.466 postos de amarração.
Nessa altura, como a oferta turística náutica não possuía ainda um corpo
formal, era comum assistir-se ao surgimento de iniciativas individuais de
desenvolvimento local. Já o segundo período de construção de marinas foi
marcado por um desenvolvimento planeado onde a fundação do "Adriatic
Club Yugoslavia" em 1983 (mais tarde renomeado ACI - Adriatic Croatia
International Club) estabeleceu um marco no turismo náutico da Croácia.
Consequentemente, mais de 20 marinas com 5.814 postos de amarração foram
construídas entre 1984 e 1990. O ano de 1993 é marcado pelo início das
privatizações das marinas e, em 2006, a costa croata contava com um total de
95 portos de turismo náutico, dos quais 56 eram marinas, com um total de
21.491 postos de amarração (15.973 no mar e 5.518 em terra).
A aposta na construção de marinas está estreitamente relacionada com as
características naturais da costa croata. Com as águas calmas e o clima
favorável, a aposta da Croácia está, desta forma, focada nas embarcações
de recreio, a vela ou a motor, e nos serviços que lhe estão associados,
nomeadamente, a produção, a manutenção, a reparação e o aluguer das
embarcações.
A Croácia também apostou, apesar de ser numa proporção inferior à sua
aposta nas atividades ligadas às embarcações de recreio, no turismo de
mergulho. Este turismo tem registado, desde 1996, um aumento da sua
popularidade e o crescimento anual do número de turistas tem sido entre os
15% e os 20%. O número de centros de mergulho profissionais aumentou nos
locais mais atraentes da costa e em 2011 o país contava com mais de cem
centros de mergulho registados e licenciados, principalmente na região de
Ístria e Kvarner.
A atividade de mergulho é atraente quando o espaço oferece, no mínimo,
uma das duas opções: Beleza natural - com penhasco, grutas, cavernas,
espécies animais e de plantas únicas, entre outros; e caso sejam localidades
arqueológicas e/ou com destroços debaixo de água.
A República da Croácia oferece as duas na maioria das suas regiões. A beleza
natural, a costa recuada e as 1.500 cavernas preenchem o primeiro critério. Já
quanto ao segundo critério, e como consequência das antigas rotas de
comércio, existem destroços de navios afundados que datam desde os tempos
da Antiga Grécia. Ao longo do caminho que ligava ao norte da Itália existiam
diversas colónias nas margens do Adriático, vilas romanas nas ilhas Brijuni e
outros locais utilizados por marinheiros que procuravam refúgio e
ancoradouros.
Dentro da indústria turística croata, o turismo náutico congrega cerca de 8% do
número total de chegadas e de 2% do número total de dormidas. No entanto,
este tem uma taxa de crescimento mais dinâmica que as outras atividades de
turismo.
“O Turismo
Náutico tem o
maior e mais
intenso efeito
multiplicador
que poderia,
num curto
espaço
temporal, torná-
lo no produto
croata mais
competitivo do
mundo”
Kovačić, M. et al.
(2011)
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
102
A produção de barcos, já não se encontra no âmbito do turismo náutico, no
entanto, engloba as atividades relacionadas com a náutica de recreio. Neste
ponto, apesar da Croácia ser tradicionalmente um mercado com uma longa
tradição nas questões do mar, a produção de barcos foi até há poucos anos
uma indústria artesanal, com uma infraestrutura deficiente e métodos obsoletos.
Nos últimos anos esta situação alterou-se, os construtores começaram a
desenvolver as suas operações e a produzir barcos a motor e barcos à vela com
boa qualidade. O aumento do número de barcos de lazer que visitam a costa
do Adriático tem, por seu lado, incentivado o crescimento das atividades de
reparação e de manutenção.
A construção de barcos croata é hoje caracterizada por um conjunto de
empresas, de tamanho médio, que procura constantemente o desenvolvimento.
O setor emprega cerca de 2.500 pessoas e tem um rendimento aproximado de
950 milhões de Kunas, ou seja, 125 milhões de euros (Marine Sector Croatia, UK
Trade & Investment, 2008). Este é um mercado com exponencial de crescimento,
porque por um lado, a produção é menor do que a capacidade instalada
existente, e por outro, a procura deste produto continua a ser crescente.
Os dados de 2008 e relativos ao ano precedente indicam que existiam, em
território croata, 83 empresas registadas para a produção de barcos e que estas
empresas produziram, nesse ano, 1.030 barcos, dos quais:
Com menos de 7,5 metros: 520 barcos
Com mais de 7,5 metros: 350
Barcos sem caracter lúdico (barcos de pesca, por exemplo): 10
Barcos de borracha: 150
De forma complementar, existem diversos construtores de barcos com uma
produção substancial, embora apenas alguns deles sejam competitivos no
mercado internacional, tanto em termos de preço, como em qualidade. A
aplicação de materiais de alta tecnologia é já uma tendência global neste
sector, contudo, a Croácia apresenta apenas um pequeno número de
empresas a fazer a sua implementação nos barcos.
A estratégia do governo croata para o aumento da competitividade dos
exportadores nacionais prevê o financiamento e o apoio a seis grupos
exportadores, um dos quais o pequeno grupo de construtores navais.
Impacto na Economia
Receitas de turismo náutico na Croácia
Os esforços da Croácia no desenvolvimento desta indústria têm sido louváveis e
usado como modelo para replicação no turismo náutico sustentável de outros
países e regiões. O princípio básico de gestão do desenvolvimento do turismo
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
103
náutico é o do princípio do desenvolvimento sustentável, que pressupõe a
necessidade de se encontrar um compromisso entre a necessidade de
preservação das áreas naturais e da necessidade de desenvolvimento
económico.
Durante o ano de 2007, o turismo náutico (compreende as atividades
desportivas e as feiras e exposições de barcos) gerou uma receita de mais de
700 milhões de euros. Por regiões, o maior volume de negócios veio dos portos
de Zadar (13,5 milhões de euros), Šibenik-Knin (13,4 milhões de euros) e Ístria (11,1
milhões de euros).
Esta estimativa de receitas inclui:
Receitas de embarcações com amarração permanente e anual nos
portos náuticos;
Receitas de amarração em trânsito;
Receitas de amarração sazonal;
Receitas de manutenção e reparação dos barcos e/ou dos motores nos
portos náuticos e em outras lojas de serviços;
Os rendimentos auferidos do aluguer do barco:
Receitas provenientes com os navios de cruzeiro;
Receitas de diversas funções (o registo do navio, a taxa de inscrição,
emissão de vinhetas para os barcos estrangeiros, taxa de turismo, entre
outras);
Receitas das concessões de domínio marítimo;
Lucro na venda de combustível.
O Croatian Bureau of Statistics publicou, em Março de 2011, um press release
com os dados das receitas geradas nos portos náuticos, em 2009 e 2010, sem o
valor de IVA. Após a conversão, verifica-se que em 2009 as receitas totais, dos
portos náuticos da Croácia geraram 71,454 milhões de euros e no ano seguinte
totalizaram 75,484 milhões de euros, um aumento de 5,65%. O aluguer de postos
de amarração é a atividade com uma maior expressão nas receitas dos portos
náutico, representando desde 74,14% das receitas em Zadar, até 81,46% em
Rijeka.
12 Taxa de conversão aplicada, de Kuna Croata para Euros, à data de 09 de Julho de 2014.
2009 (€)12 2010 (€)²
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
104
República da Croácia 71. 454 75. 488
Aluguer de Ancoradouros 53. 348 57. 322
Amarrações Permanentes 42. 347 44. 616
Em trânsito 11. 001 12. 706
Serviços aos clientes 6. 119 6. 568
Outras receitas 11. 987 11. 605
Condado Litoral-Serrano - Rijeka 11. 029 11. 503
Aluguer de Ancoradouros 8. 984 9. 428
Amarrações Permanentes 7. 947 8. 065
Em trânsito 1. 037 1. 363
Serviços aos clientes 649 745
Outras receitas 1. 395 1.330
Condado de Zadar 16. 665 17. 218
Aluguer de Ancoradouros 12. 360 12. 886
Amarrações Permanentes 10. 777 11. 222
Em trânsito 1. 583 1. 665
Serviços aos clientes 1. 061 1. 093
Outras receitas 3. 245 3. 247
Condado Šibensko-Knin 17. 274 17. 757
Aluguer de Ancoradouros 11. 192 11. 422
Amarrações Permanentes 8. 890 8. 892
Em trânsito 2. 302 2. 530
Serviços aos clientes 1. 787 2. 245
Outras receitas 4. 296 4. 089
Condado Split-Dalmácia 9. 544 10. 386
Aluguer de Ancoradouros 7. 242 8. 525
Amarrações Permanentes 4. 580 5. 331
Em trânsito 2. 662 3. 194
Serviços aos clientes 1. 228 1. 021
Outras receitas 1. 074 840
Condado de Ístria 13. 283 14. 610
Aluguer de Ancoradouros 10. 767 12. 006
Amarrações Permanentes 8. 777 9. 674
Em trânsito 1. 990 2. 333
Serviços aos clientes 1. 008 822
Outras receitas 1. 508 1. 781
Dubrovnik Neretva 3. 658 4. 014
Aluguer de Ancoradouros 2. 803 3. 054
Amarrações Permanentes 1. 375 1. 433
Em trânsito 1. 428 1. 620
Serviços aos clientes 387 642
Outras receitas 468 318
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
105
Figura 63 - Receita gerada dos Portos Náuticos em 2009 e 2010, sem IVA (em milhares)
Fonte - CBS, 2011
A população local, antes da construção da marina, era de 350 pessoas, no ano
de 2005 totalizavam 2000 pessoas. A idade média desta população também se
alterou, tornou-se mais jovem, de 70 anos para aproximadamente 40 anos. O
número de empresas ampliou dez vezes e o número de pessoas empregadas
aumentou de 30 para 800 pessoas. Nestes dez anos cresceu igualmente o
número de restaurantes, de cafés e de lojas, e foram criados dois
escritórios/agências de câmbios, quatro centros médicos e duas escolas
primárias.
Exemplo da marina de Frapa em Rogoznica:
O dono da marina, Franjo Pašalić, visitou a Croácia durante a guerra, no ano
de 1992. Anos mais tarde, decidiu investir na construção de uma marina
numa localidade quase abandonada – Rogoznica - perto de Šibenik. Foi
construída uma ilha artificial e os primeiros barcos foram acomodados em
1996, numa marina ainda inacabada. Ao longo dos últimos 10 anos, a marina
tem desenvolvido atraentes instalações para os marinheiros visitarem, mas
acima de tudo, tem contribuído para o desenvolvimento local.
Figura 64 - Indicadores de Desenvolvimento na Marina de Frapa (1996 - 2005)
Fonte – Luković, T.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
106
Mercado - Barcos de Recreio
Apesar da desaceleração da economia mundial, a procura de barcos e de
equipamentos de lazer tem registado um crescido constante. Conforme referido
anteriormente, a maioria dos barcos e equipamentos são importados, da União
Europeia e dos Estados Unidos, mas a produção local está tornar-se mais
competitiva (Pleasure Boat International Resource Guide, A Reference for U.S.
Exporters, 2014).
Mercado Croata das Embarcações de Recreio
2011 2012 2013 (est.) (2014 (proj.)
Tamanho
Mercado (total)
150.000 160.000 180.000 200.00
Produção Local
(total)
(sem
informação)
40.000 55.000 60.000
Exportações
(total)
20.000 30.000 40.000 50.000
Importações
(total)
130.000 135.000 160.000 180.000
Figura 65 - O Mercado dos Barcos de Recreio, em USD, 2011 a 2014
Fonte - Pleasure Boat International Resource Guide, a Reference for U.S. Exporters, 2014
Planos Nacionais e Estratégias Colectivas
O Turismo Náutico tem um efeito multiplicador intenso que pode, num curto
espaço de tempo, torná-lo no produto croata mais competitivo no mundo
(Kovačić, M. et al.; 2011). Os Planos Nacionais de Desenvolvimento Estratégico
do Turismo Náutico na República da Croácia visam tornar esta atividade num
produto líder do país. A publicação mais recente, com o seu âmbito de atuação
para 2009 e até 2019, definiu como seus objetivos:
1. Gestão e Uso sustentável:
a. Do espaço e do meio ambiente;
b. Das infraestruturas náuticas (portos náuticos, estaleiros, portos
abertos ao público);
c. Dos serviços de turismo náutico;
2. Revisão de documentos de planeamento físico para a construção de
novas capacidades de acolhimento;
3. Aumento das capacidades de acolhimento, através da reabilitação,
reconstrução e renovação de portos existentes;
4. Criação de um sistema de vigilância, de navegação e de gestão
marítima;
5. Prover os portos náuticos com dispositivos e equipamentos para a
proteção das águas marinhas contra a poluição;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
107
6. Criação de uma gestão integral do sistema de turismo náutico (banco
de dados e registo de domínio marítimo);
7. Simplificação dos procedimentos administrativos e harmonização da
legislação;
8. Aumento da produção de embarcação em estaleiros croatas,
apoiado pelo desenvolvimento do Cluster de Turismo Náutico;
9. Criação de novos centros de reparação e de prestação de serviços às
embarcações e atualização dos existentes.
10. Reforço da competitividade de todos os participantes na oferta global
do turismo náutico;
11. Utilização da tecnologia e das normas ambientais emergentes;
Criação de um sistema de educação continuado para os praticantes de turismo
náutico.
Quem Concorre com a Croacia
A concorrência croata encontra-se concentrada em cinco países, a Espanha, a
França, a Itália, a Grécia e a Turquia. Os países mediterrânicos, turisticamente
mais desenvolvidos, são a Itália, a França e a Espanha e estes têm as condições
para a entrega de uma oferta mais desenvolvida. No entanto, não gozam de
um litoral tão atraente, com arquipélagos, como oferece a Croácia, a Grécia e
a Turquia. Portanto, pode-se concluir que a Itália, a França e a Espanha são os
maiores concorrentes no que diz respeito ao desenvolvimento da oferta turística,
e a Grécia e a Turquia no que respeita à beleza do litoral. Tanto a Eslovénia
como o Montenegro não são concorrentes que preocupam a Croácia, a sua
oferta é de baixa qualidade, com fracas infraestruturas e com um comprimento
de costa reduzido.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
108
Figura 66 - Países Concorrentes da Croácia
Fonte – Elaboração Própria
O Turismo da Croácia desenvolveu um conjunto de questões aos seus
navegadores de forma a entender o que estes avaliavam como “Melhor na
Croácia” ou como “Pior na Croácia”, ou seja, se consideram que é melhor no
país concorrente em análise. Esta avaliação da Satisfação incluiu a análise a:
Elementos Sociais:
o Imagem do País
o Sensação de Segurança
o Hospitalidade
Natureza e Preservação:
o Clima
o Beleza da Paisagem
o Preservação da Costa
o Limpeza do Mar
o Limpeza, geral
Oferta Gastronómica
Oferta Náutica:
o Disponibilidade de Postos de Amarração
o Equipamento Marítimo
o Distribuição Espacial da Marinha
o Embarcações
Value for Money da oferta náutica
Elementos sociais
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Imagem do País
Sensação de Segurança
Hospitalidade
Espanha
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
109
Algumas conclusões da perceção dos elementos sociais nos diferentes países:
A hospitalidade croata é vista como superior à hospitalidade francesa,
italiana e grega, no entanto, é percecionada como de qualidade inferior
quando comparada com a espanhola e a turca;
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Imagem do País
Sensação de Segurança
Hospitalidade
França
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Imagem do País
Sensação de Segurança
Hospitalidade
Itália
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Imagem do País
Sensação de Segurança
Hospitalidade
Grécia
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Imagem do País
Sensação de Segurança
Hospitalidade
Turquia
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
110
A sensação de segurança é uma questão essencial e, neste ponto, a
Croácia destaca-se, pela positiva, em relação à Espanha, Itália, Grécia e
Turquia. Desta forma, é apenas percecionada como inferior quando a
comparação é feita com a França;
A imagem do país não é entendida pelos navegadores nem como pior
nem como melhor em relação aos países mais desenvolvidos, ou seja,
com a Espanha, a França e a Itália. Por seu lado, quando equiparada
com a Grécia ou a Turquia, a imagem da Croácia é entendida como
sendo melhor;
Natureza e Preservação
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Clima
Beleza Paisagística
Preservação Costeira
Limpeza do Mar
Limpeza, em geral
Espanha
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Clima
Beleza Paisagística
Preservação Costeira
Limpeza do Mar
Limpeza, em geral
França
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Clima
Beleza Paisagística
Preservação Costeira
Limpeza do Mar
Limpeza, em geral
Itália
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
111
Algumas conclusões da perceção dos elementos da Natureza e Preservação
nos diferentes países em análise:
Em todas as variáveis deste ponto, a Croácia é avaliada como superior
em relação aos seus concorrentes. O clima, a beleza paisagística, a
preservação costeira e a limpeza, quer geral, quer do mar, são a
“Bandeira do Turismo Náutico Croata”, ou seja, são as características que
o distinguem como um destino turístico de excelência;
A limpeza, em relação aos concorrentes, é avaliada como melhor na
Croácia, com mais de 75%. Quando comparada com a França, esse
valor é ainda positivo, no entanto, reduz ligeiramente, 55% dos
navegadores concordam que a Croácia é mais limpa;
A limpeza do mar é efetivamente o que destaca a Croácia dos restantes
cinco concorrentes, mais de 90% dos navegadores considera-a melhor
que em Espanha, 84% quando comparada com a França, 86% com a
limpeza do mar italiano e mais de 75% quando confrontada com a
Grécia e a Turquia;
A preservação costeira é entendida como melhor, com valores entre os
61% (na Turquia) e 88% (em Espanha);
Por fim, tanto a Beleza Paisagística como o Clima são entendidos, em
mais de 70% dos navegadores, como melhor do que na Grécia e
Espanha e, mais de 85% do que em França, Itália e Turquia.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Clima
Beleza Paisagística
Preservação Costeira
Limpeza do Mar
Limpeza, em geral
Grécia
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Clima
Beleza Paisagística
Preservação Costeira
Limpeza do Mar
Limpeza, em geral
Turquia
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
112
Oferta Gastronómica
A avaliação da oferta gastronómica croata verifica diferenças dependo do país
com a qual é comparada. A gastronomia croata é melhor do que na Grécia
(65%) e na Turquia (74%), contudo, é avaliada como pior do que a italiana (57%),
francesa (71%) e espanhola (75%).
Oferta Náutica
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Espanha
França
Itália
Grécia
Turquia
Oferta Gastronómica
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Disponibilidade de Postos de…
Equipamento marítimo
Distribuição Espacial da Marinha
Embarcações
Espanha
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
113
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Disponibilidade de Postos de…
Equipamento marítimo
Distribuição Espacial da Marinha
Embarcações
França
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Disponibilidade de Postos de…
Equipamento marítimo
Distribuição Espacial da Marinha
Embarcações
Itália
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Disponibilidade de Postos de…
Equipamento marítimo
Distribuição Espacial da Marinha
Embarcações
Grécia
Melhor na Croácia Pior na Croácia
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Disponibilidade de Postos de…
Equipamento marítimo
Distribuição Espacial da Marinha
Embarcações
Turquia
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
114
Value for Money da oferta náutica
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Espanha França Itália Grécia Turquia
Value for Money da Oferta Náutica
Melhor na Croácia Pior na Croácia
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
115
2.7. Análise à Promoção/comunicação
dos Produtos de Nautica de Recreio nos
mercados Alvo
2.7.1. Introdução
O projeto Portugal Náutico considera fundamental, para o cumprimento dos
objetivos a que se propõe, posicionar Portugal como um destino preferencial
junto dos melhores mercados mundiais. De entre estes mercados destacam-se a
Alemanha, a Espanha, a França, os Países Escandinavos e o Reino Unido.
O posicionamento de uma oferta, suporta-se na comparação com os
referenciais existentes. Deste modo considerou-se essencial identificar como nos
mercados emissores, a oferta é apresentada aos consumidores, como são tidos
em conta os seus desejos e com base de informação se tenta construir a oferta
nesses locais. O objetivo do trabalho foi o de dar uma base de partida para o
desenvolvimento de uma oferta que possua maior valor percecionado, que os
produtos alternativos já presentes nesses mercados, caso contrário, a
sustentabilidade do negócio estará em causa.
Neste capítulo analisa-se um conjunto de variáveis de modo a entender quais os
aspetos mais valorizados pelos atores locais de produtos náuticos nos mercados
alvo identificados.
A análise centrou-se em sitres de quatro tipologias de produtos:
Deslize, onde se incluem atividades como o surf e o windsurf;
Marítimo-turísticas, tais como a observação de aves, os passeios
marítimos, o mergulho, e pesca desportiva;
Águas interiores, incluindo passeios de barco, descidas de rio e outras
atividades associadas;
Embarcações de recreio, com o aluguer de embarcações à vela ou a
motor.
O caminho seguido foi o da análise de um conjunto de websites de entidades
que oferecem produtos náuticos nestes mercados, no sentido de identificar
padrões e a estrutura da sua comunicação/ promoção.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
116
2.7.2. Considerações Metodológicas
Para cada uma das tipologias de produtos selecionadas foram analisados 15
websites, seguindo uma distribuição equilibrada entre as diferentes atividades
existentes e os países definidos.
A abordagem metodológica foi realizada em 3 etapas
A análise de cada site centrou-se em quadro áreas diferentes:
Para cada um dos quadrantes referidos, foram avaliados, numa escala de 1
(mínimo) a 5 (máximo), os seguintes itens:
Local das atividades: descrição dos locais, as suas características,
aspetos diferenciadores, acessos, clima, assim como a presença de
Listagem dos Sites por
atividade e país
Análise de cada site de acordo com
os critérios estabelecidos
Tratamento estatistico dos
dados
Entidade:
•Tipologia
•Atividades desenvolvidas
•Âmbito local / global
•Carácter público / privado
Oferta:
•Oferta do produto core ou em forma de um pack integrado de produtos
•Oferta de alojamento
•Apresentação e divulgação dos preços
Tipo de Segmentação:
•por idade, género ou nível sociocultural
Valorização na comunicação:
• local das atividades;
• produtos complementares;
•regulamentação e segurança.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
117
elementos como mapas, fotografias e vídeo. Pretendeu-se perceber o
grau e profundidade da descrição da envolvente geográfica.
Produtos complementares: descrição de produtos associados às
atividades como ensino e a formação, aluguer e venda de
equipamentos, viagens, alojamento e refeições. O objetivo foi o de
perceber a abordagem se concentra mais no produto ou na experiencia
de consumo.
Segurança: apresentação das principais normas de segurança,
certificações, instrutores, e níveis de prática associados aos locais (de
principiante a especialista). As questões de segurança sempre
acompanharam todos os encontros que se realizaram no âmbito de
constituição da rede, pelo que se pretendeu entender o grau e
profundidade da descrição das preocupações com segurança e a
regulamentação das atividades apresentadas.
Os dados foram coligidos em grelhas de avaliação segundo os critérios
anteriores, tendo-se obtido os resultados que se apresentam de seguida.
2.7.3. Análise dos Resultados
Atividades de Deslize
As atividades náuticas de deslize compreendem um conjunto de práticas
suportadas em pranchas como o surf, o windsurf, o bodyboard entre outras,
porventura menos divulgadas como o Stand Up Paddle. O surf reveste-se de um
particular interesse por ser uma atividade em que Portugal tem registado uma
crescente notoriedade internacional.
Entre as principais iniciativas empresariais relacionadas com as atividades
náuticas de deslize, destacam-se as escolas e os surfcamps. Estes últimos têm um
âmbito mais alargado, correspondendo a espaços integrados concebidos para
prestar apoio aos praticantes, oferecendo um conjunto alargado de serviços. De
entre os serviços prestados destacam-se o (1) ensino da modalidade, (2) a
venda e aluguer de equipamento, (3) o alojamento (sobretudo residências ou
roulottes) e refeições, (4) prestação de informações diversas e (5) transporte
para os locais da prática desportiva.
Na análise, e à semelhança das restantes atividades náuticas analisadas, todas
as entidades de deslize apresentam um carácter privado. Complementarmente,
a grande maioria é de âmbito local, promovendo as atividades de deslize
associadas a um determinado ponto da costa que reúne condições favoráveis à
prática da modalidade. No entanto, 20% assumiam um âmbito mais alargado,
como se pode verificar na seguinteFigura 43.
A grande maioria das entidades proporciona uma oferta alargada de serviços,
sendo o alojamento um dos mais habituais. É também comum a oferta estar
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
118
organizada num pacote que engloba diversos serviços, ao invés de serviços
independentes.
Figura 67 – Atividades de deslize: entidade e oferta
Fonte – Elaboração própria
Os websites analisados reforçam essa ideia de serviço alargado, dando ênfase à
descrição das características dos produtos complementares. Conforme se
verificar na figura seguinteFigura 68, mais de 50% dos websites foram avaliados
com uma pontuação igual ou superior a 4, numa escala de 1 a 5.
Também é dada uma particular atenção à apresentação dos locais
envolventes, sendo que em mais de 70% dos websites esta variável recebeu uma
avaliação igual ou superior a 3. Esta conclusão poderá estar relacionada e ser
explicada pelo fator de diferenciação que o local pode conferir, não só pelas
características associadas à ondulação, mas também pela natureza envolvente.
As descrições de regulamentação e de segurança não verificaram uma
importância relevante nos websites, sendo normalmente remetidas para o
conteúdo das formações.
Figura 68 – Atividades de deslize: valorização na comunicação
80%
100%
87%
87%
100%
20%
0%
13%
13%
0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Local / Global
Privada / Pública
Pacote / independente
Alojamento
Preço
7% 7%0%
20%13%
80%
27% 27%
13%
33%40%
0%
13% 13%7%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
Local Prod. Complementares Reg. e segurança
1 2 3 4 5
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
119
Fonte – Elaboração própria
A segmentação encontrada é sobretudo de natureza sociocultural, sendo a
oferta direcionada particularmente para um público que valoriza o meio
ambiente e o contacto com a natureza. A segmentação por idades é também
verificada, apesar de uma baixa representatividade, e especialmente as aulas
destinadas a crianças.
Figura 69 – Atividades de deslize: segmentação
Fonte – Elaboração própria
20%
0%
47%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Idade
Género
Sócio Cultural
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
120
Marítimo-Turísticas
A tipologia marítimo-turística refere-se às atividades náuticas praticadas no mar,
tais como passeios de barco, mergulho, pesca desportiva ou passeios de
observação. As atividades mais comuns são os passeios de barco e as escolas
de mergulho, que agregadas correspondem a 80% dos websites identificados.
Como se pode verificar na figura, todas as entidades apresentam um carácter
privado e 80% são de âmbito local. Os preços das atividades são apresentados
quase na totalidade das entidades e, apenas 7%, não faz referência ao preços
praticado. Por outro lado, não existe um desequilíbrio entre as entidades que
apresentam o produto de forma independente e as que apresentam pacotes
de produtos, propondo um produto alargado. Cerca de 40% das entidades
proporciona alojamento facultativo aos seus clientes.
As escolas de mergulho associam habitualmente as aulas em cursos, com alguns
em torno de uma certificação. Além das certificações de mergulhador nacional,
existem certificados internacionais de mergulhador que assumem um especial
destaque. Os certificados da PADI, sigla inglesa para Associação Profissional dos
Instrutores de mergulho, são os mais comuns e são habitualmente propostos nas
escolas de mergulho.
No que concerne à intensidade com que são descritos, quer os locais, quer os
produtos complementares, é alterável de entidade para entidade, sendo que
são aspetos habitualmente referidos, mesmo que com maior ou menor
profundidade, conforme se constata na figura seguinte.
80%
100%
53%
40%
93%
20%
0%
47%
60%
7%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Local / Global
Privada / Pública
Pacote / independente
Alojamento
Preço
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
121
Figura 70 – Marítimo turísticas: valorização na comunicação
Fonte – Elaboração própria
As escolas de mergulho associam habitualmente, ao produto base, os produtos
complementares, tais como passeios de barco, com sugestões de fotografia e
visita a lugares, destroços, ou observação de animais. Nos passeios de barco é
dado uma maior ênfase à descrição dos locais a visitar, em particular, os de
maior beleza e à observação de animais marinhos.
Os regulamentos e a segurança assumem, sobretudo nas escolas de mergulho,
um particular destaque. Devido ao risco associado à atividade, torna-se
essencial demonstrar ao cliente que as diversas situações estão acauteladas.
Assim, existe uma especial ênfase ao currículo e à apresentação dos instrutores
da escola. Por outro lado, os locais de mergulho são habitualmente catalogados
por níveis de dificuldade e experiência.
Relativamente à segmentação apresentada, verifica-se alguma segmentação
sociocultural, mas sobretudo por idades, com aulas de mergulho destinadas
especificamente a crianças e aulas para adultos.
Figura 71 – Marítimo turísticas: segmentação
Fonte – Elaboração própria
7%
13%
20%
33%
47%
20%20%
33%
47%
27%
7%
13%13%
0% 0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
Local Prod. Complementares Reg. e segurança
1 2 3 4 5
27%
0%
13%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Idade
Género
Sócio Cultural
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
122
Águas Interiores
A tipologia águas interiores refere-se às atividades náuticas fluviais ou lacustres,
tais como passeios de barco ou descida de rios. Existem vários tipos de passeios
de barco em águas interiores, com propósitos distintos, desde cruzeiros de
negócios ou de lazer; passeios de um dia, compreendendo animação e
refeições a bordo; passeios destinados à prática da pesca; até aos cruzeiros de
uma semana, com percursos definidos, que podem ser complementados com
passeios de bicicleta ao longo das margens dos cursos de água e de outras
atividades de natureza.
Também as descidas de rios podem assumir vários tipos de atividades. No
entanto, as entidades que se dedicam à sua promoção, oferecem um portfólio
alargado de atividades, habitualmente de natureza mais radical e de aventura,
como rafting, canoying, hidrospeed, bungee jumping, paintball, entre outros.
Na tipologia de águas interiores, destaca-se o facto de um terço das empresas
terem um caráter global. Por outro lado, um pouco mais de 60% oferece a
possibilidade de o cliente adquirir um produto alargado a um conjunto de
produtos associados, como é o caso do alojamento (53%).
Figura 72 – Águas interiores: entidade e oferta
Fonte – Elaboração própria
Como se pode constatar, as empresas dedicam uma atenção especial à
descrição do local, incluindo fotos e vídeos para complementar a descrição.
Esta atenção pode justificar-se pelo tipo de cliente alvo desta tipologia, que
valoriza o contacto com a natureza e o meio ambiente. É também dada
alguma atenção à apresentação dos produtos complementares, principalmente
no caso dos passeios de barco, tais como as refeições a bordo, bicicletas, etc.
A regulamentação e segurança assume um especial destaque sobretudo nas
atividades de descida de rios, por envolverem um risco acrescido. Assim, a
apresentação dos guias e instrutores, as normas e equipamentos de segurança e
a classificação do grau de exigência das atividades são aspetos bastante
valorizados.
67%
100%
60%
53%
100%
33%
0%
40%
47%
0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Local / Global
Privada / Pública
Pacote / independente
Alojamento
Preço
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
123
Figura 73 – Águas interiores: valorização na comunicação
Fonte – Elaboração própria
A segmentação sócio cultural assume relevância na tipologia de águas
interiores, com 53% das empresas, sobretudo nas atividades de descida de rios,
mais vocacionada para um segmento de consumidores que procuram
atividades de contacto com a natureza, e mais propensos a correr riscos.
Figura 74 – Águas interiores: segmentação
Fonte – Elaboração própria
0% 0%
40%
7%
33%
0%
27%
53%
20%
53%
13%
27%
13%
0%
13%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Local Prod. Complementares Reg. e segurança
1 2 3 4 5
7%
0%
53%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Idade
Género
Sócio Cultural
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
124
Embarcações de Recreio
A tipologia de embarcações de recreio corresponde a empresas com
embarcações à vela ou a motor, e que, a pedido do cliente, pode ainda ser
contratado um piloto de embarcações. No entanto, podemos identificar um
subgrupo de empresas a operar sobretudo no Reino Unido, em França, e na
Alemanha, que oferece um produto de características muito específicas.
Usufruindo da rede fluvial e dos canais presentes, acrescenta um conjunto de
serviços que adicionam um valor significativo ao produto.
O conceito é o de propor umas férias fluviais, dentro do barco, realizando um
roteiro proposto. Trata-se de embarcações ligeiras habitáveis, “casas flutuantes”,
que não necessitam de licença e em que poderá ser ainda proposto um
conjunto de atividades lúdicas, formando um pacote de férias, que pode incluir:
bicicletas,
sugestão de rota,
equipamento de pesca,
guias fluviais e de pesca,
internet, álbum de fotografias,
estacionamento,
formação de pilotagem.
Figura 75 – “Casa Flutuante”
http://www.ukboathire.com/
Relativamente à caracterização das empresas analisadas, dois terços das
empresas de aluguer de embarcações são de âmbito local. Um terço das
empresas apresenta uma oferta estruturada em pacote, sobretudo as empresas
de “casas flutuantes”. Por fim, apenas 20% das empresas proporciona
alojamento (exterior à embarcação).
À semelhança das tipologias de atividades anteriores, as entidades são de
âmbito privado e todas apresentam expressamente os preços no website.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
125
Figura 76 – Embarcações de recreio: entidade e oferta
Fonte – Elaboração própria
Não há uma uniformidade de situações no que respeita à intensidade com que
é apresentado o local. A tendência é a de que as empresas de “casas
flutuantes” descrevam os locais com maior detalhe, uma vez que os roteiros
fazem habitualmente parte do seu produto. A profundidade de apresentação
dos produtos complementares é média, tendo sido a maioria dos websites
classificado nos níveis 2 e 3.
Pelo baixo risco relativo que este tipo de atividades representa, também não são
habitualmente aprofundados aspetos referentes à regulamentação de
segurança.
Figura 77 – Embarcações de recreio: valorização na comunicação
Fonte – Elaboração própria
67%
100%
33%
20%
100%
33%
0%
67%
80%
0%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Local / Global
Privada / Pública
Pacote / independente
Alojamento
Preço
27%
13%
47%
7%
33% 33%
13%
33%
13%13% 13%
7%
40%
7%
0%0%
10%
20%
30%
40%
50%
Local Prod. Complementares Reg. e segurança
1 2 3 4 5
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
126
3. Análise Interna
O presente capítulo inicia-se com uma caraterização do setor da náutica em
Portugal, elaborada a partir da reunião e da sistematização de informação de
diversas fontes, procede, seguidamente, à identificação do conjunto de recursos
naturais e infraestruturais do País disponíveis para apoio às atividades náuticas e
carateriza sumariamente algumas dessas atividades, inventaria alguns dos
principais produtos turísticos da náutica de recreio e encerra com uma síntese
conclusiva sobre os principais desafios que se colocam ao desenvolvimento do
setor.
3.1. Condições naturais para a prática de atividades
náuticas
Portugal possui uma extensa costa com cerca de 2800 Km dotada de excelentes
condições para o desenvolvimento das atividades náuticas. Situado no SW da
Europa, virado para o Atlântico, a centralidade do País é reforçada pela
posição dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Esta posição
geoestratégica permite-lhe condições para beneficiar dos fluxos de turismo
náutico que se orientam entre o norte e o sul da Europa e entre o continente
americano e o continente europeu.
A costa continental é muito diversa, com diferenças significativas do ponto de
vista morfológico, que determinam condições específicas favoráveis para a
prática de diferentes atividades náuticas como a vela, o surf, o Kitesurf.
A transparência das águas, especialmente nos arquipélagos dos Açores e da
Madeira e a criação de recifes artificiais no Algarve tem suportado o
crescimento de atividades de mergulho, merecendo especial destaque a
Reserva Natural dos Ilhéus das Formigas. Portugal apresenta também uma
diversidade de condições nas águas interiores – rios, lagoas e albufeiras – que
favorecem a prática de atividades de remo, de canoagem, de rafting, de
canyoning, de pesca desportiva, entre outros.
Além dos excelentes recursos naturais de que dispõe, Portugal possui também
condições de clima muito favoráveis para a prática de atividades náuticas ao
longo de todo o ano. Acresce a riqueza do património natural e cultural que o
País em geral apresenta e uma cultura de acolhimento que, associada a preços
moderados e à excelente acessibilidade através da rede de aeroportos
internacionais existente no Continente e nas Regiões Autónomas e à operação
de diversas companhias low cost, criam condições de atratividade do País no
contexto global do turismo náutico.
Portugal tem acolhido, nos últimos anos, alguns eventos internacionais de grande
relevo, quer na vela (por exemplo, a Volvo Ocean Race) quer no surf (Moche Rip
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
127
Curl Pro Portugal), que têm contribuído para reforçar a imagem do País
enquanto destino de excelência para a prática destas modalidades.
O aproveitamento destes potenciais, a formação e desenvolvimento de
produtos de turismo náutico que valorizem as especificidades do País e a sua
adequada promoção internacional junto dos mercados e dos públicos-alvo,
constituem objetivos a prosseguir para os quais o projeto Portugal Náutico
pretende contribuir.
Portugal apresenta um conjunto muito diversificado de recursos favoráveis à
prática de atividades náuticas de recreio e de competição que constituem uma
base relevante para o desenvolvimento do turismo náutico.
De forma mais específica destacam-se os seguintes recursos a mobilizar para a
prática de diferentes atividades em águas interiores:
- No Alto Minho, os rios Minho, Lima, Cávado e seus afluentes apresentam
excelentes condições para a prática de diversas atividades desde a canoagem,
o canyoning (rios Laboreiro e Âncora), o Jet-Ski (rio Cávado), a pesca desportiva,
o rafting (rio Minho), o remo;
- O rio Douro e seus afluentes apresentam excelentes condições para a prática
do remo e canoagem (em Melres, Gondomar e em Caldas de Aregos,
Resende), motonáutica e Jet ski (Caldas de Aregos, Resende), rafting (Rio Paiva),
cruzeiros fluviais no vale do Douro. A qualidade de algumas das albufeiras
existentes ao longo do rio, associadas à presença de unidades hoteleiras
equipadas para o apoio às atividades náuticas, constituem fatores de atração
de equipas internacionais de diferentes modalidades para a realização de
estágios durante o período do ano em que, por razões climatéricas, não podem
treinar nos respetivos países;
- A ria de Aveiro apresenta excelentes condições para a prática do remo e da
canoagem e para a realização de atividades marítimo-turísticas,
nomeadamente a observação de aves;
- O rio Mondego e afluentes tem excelentes condições para o remo e a
canoagem (albufeira da Aguieira) e para o rafting (nos rios Alva e Alvoco); a
albufeira da Aguieira é frequentemente utilizada para acolher o treino de
seleções do leste da Europa durante o período de inverno, aproveitando as
excelentes condições naturais, de clima e de acolhimento que oferece.
- O rio Tejo e afluentes, com destaque para o estuário do Tejo com excelentes
condições para as atividades de vela, remo, canoagem e passeios marítimo-
turísticos e para a Barragem de Castelo de Bode (Zêzere), que apresenta
condições excelentes para a prática da motonáutica, do jet-ski e Wakeboard
(vai acolher o Campeonato Mundial em Setembro de 2015) e para o Vale do
Sorraia;
- O estuário do Sado com condições para a prática da vela e para atividades
marítimo turísticas como a observação de aves e observação de golfinhos;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
128
- Diversas barragens presentes no Alentejo, nomeadamente, Avis, Montargil,
Santa Clara que apresentam excelentes condições para atividades de pesca
desportiva, remo e canoagem, motonáutica e wakeboard (Montargil).
- O rio Guadiana e especialmente a barragem do Alqueva, com 250 km2 de
superfície, 83 km de comprimento e 1200 km de margens, apresenta excelentes
condições para a prática das diferentes atividades náuticas e para o
desenvolvimento de atividades turísticas, nomeadamente o aluguer de casas
barco para a realização de percursos na barragem e para a observação de
aves;
As zonas costeiras de Portugal apresentam também excelentes condições para
a prática de diferentes atividades náuticas, nomeadamente as seguintes:
- No que respeita aos desportes de deslize, com destaque para o surf, de acordo
com o “Portugal Surf Guide”, os melhores spots para a prática da modalidade
são: na região Norte de Portugal Continental, as praias de Moledo do Minho, da
Arda, Aguçadoura, Internacional de Matosinhos e Espinho; na região Centro as
praias da Barra, Cabedelo, Buarcos/Tamargueira, Lagido, Cantinho da Baía,
Super Tubos (Peniche), Areia Branca, do Navio (Santa Cruz), Ribeira D’Ilhas e Foz
do Lizandro; na região de Lisboa as praias Grande, Guincho, Carcavelos, São
João Lorosae, Centro Desportivo de Surf e Fonte da Telha; no Alentejo as praias
de São Torpes e Malhão; no Algarve as praias de Arrifana, Amado, Cordoama,
Faro e Sagres. No Arquipélago da Madeira refere-se a praia de Machico (na
costa este), e no Arquipélago dos Açores a praia de Santa Bárbara – Areais (na
costa noroeste da Ilha de São Miguel).
- A prática da Vela é transversal a todo o País, é no entanto na região de Lisboa,
Cascais, Sesimbra, Tróia e também no Algarve e nas Regiões Autónomas, que
decorre o maior número de eventos anuais, não só ao nível de embarcações de
vela ligeira, como de vela de cruzeiro13.
- O mergulho tem condições favoráveis para a sua prática em diversos pontos
do país. No Continente, encontram-se bons locais para mergulho nas Berlengas,
em Sesimbra (local indicado para iniciação ao mergulho), no Cabo de Sines,
passando por Vila Nove de Milfontes, Porto Covo, até à Ilha do Pessegueiro, em
Sagres (sendo os locais mais apelativos o “Vapor das 19”; a caverna de Shadows
Canyon; e a Praia da Carrapateira) e no Algarve (com destaque para o
potencial do Projeto Ocean Revival14, ao largo de Portimão, um Recife Artificial
único no mundo, composto por uma frota representativa dos navios da Marinha
Portuguesa). Nos Açores pratica-se mergulho na ilha de Santa Maria (pelas
13 www.arvc.pt 14 www.oceanrevival.pt
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
129
jamantas e pelos tubarões baleia), no Pico e Faial (pelos tubarões azuis), nas
Flores (pelos Meros), no Corvo (pela experiência de estar ao lado de peixes
gigantes) e na Ilha da Graciosa (para a visualização de destroços de
naufrágios). Na Madeira, refere-se os spots Reserva de Garajau e Porto Santo
(principalmente pelas grutas e o “Madeirense”)15.
- Finalmente, as atividades marítimo-turísticas têm expressão um pouco por toda
a costa e em alguns rios interiores, mas principalmente na região do Algarve e
nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, para observação de cetáceos e
aves marinhas e para a prática de pesca lúdica e desportiva.
3.2. Infraestruturas e equipamentos de apoio à náutica
Portugal dispõe de um conjunto de infraestruturas e de equipamentos de apoio
às atividades náuticas com caraterísticas e qualidade variável, com destaque
para as marinas e portos de recreio, centros de alto rendimento, centros
náuticos, centros de mar, surf camps.
Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio
As Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio suportam atividades ligadas à
utilização de embarcações de recreio sendo uma infraestrutura fundamental
para a prática da Vela. Englobam, consoante os casos, além das rampas de
acesso à água, postos de amarração, outros serviços de apoio que podem
variar entre balneários, escolas de formação, áreas comerciais, postos de
turismo, restauração, hotelaria, oficinas de reparação de embarcações, etc..
De acordo com a designação oficial, Marina é um conjunto de infraestruturas
localizadas em plano de água abrigado, exclusivamente destinadas ao turismo,
desporto e lazer, dispondo em terra dos apoios necessários às embarcações e
tripulações, e enquadrado (nas proximidades, não obrigatoriamente integrado
em) por complexos hoteleiro e residencial. Um Porto de Recreio é um conjunto
de infraestruturas marítimas, fluviais e terrestres, num plano de água abrigado,
destinado à náutica de recreio e dispondo dos apoios necessários às tripulações
e embarcações. Por fim, uma Doca de Recreio é apenas uma infraestrutura em
rampa, que permite o acesso das embarcações ao plano de água
(FONTE: Diário da República Eletrónico).
15 http://blog.toprural.pt/seis-lugares-ideais-para-praticar-mergulho-em-portugal/
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
130
Portugal possuía em 2014, conforme pode ser verificado pela tabela seguinte, 30
marinas, 15 portos de recreio e 6 docas de recreio totalizando, no conjunto, 13
785 postos de amarração. Os postos de amarração concentram-se, sobretudo,
nas regiões do Algarve e de Lisboa, as regiões do Centro e do Norte, apesar de
concentrarem um número significativo de marinas e de portos de recreio têm um
número de postos de amarração bem inferior, o que reflete a menor dimensão
destas infraestruturas.
Tabela 8: Número de Marinas, Portos de Recreio, Docas de Recreio e Postos de
Amarração registados em Portugal e atribuição de Bandeira Azul às Marinas,
por NUT II, em 2014. Fonte: APPR – Associação Portuguesa de Portos de Recreio e
Programa Bandeira Azul 201416.
As principais marinas no território continental localizam-se, de norte para sul, em
Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Leixões, Douro, Figueira da Foz, Cascais,
Lisboa, Tróia, Lagos, Portimão, Albufeira e Vilamoura. Nas Regiões Autónomas
destacam-se, nos Açores, as marinas de Ponta Delgada, da Horta e de Angra do
Heroísmo e na Madeira as marinas do Funchal e Porto Santo.
A dimensão, condições de acesso, infraestruturas e serviços disponíveis nas
marinas nacionais é muito heterogénea, as marinas de Vilamoura e de Albufeira
foram distinguidas, de entre as marinas de 5 âncoras, com a classificação da
primeira e segunda melhor marina internacional, respetivamente.
Algumas marinas e portos de recreio ostentam a Bandeira Azul principalmente
nos Açores, no Algarve e Alentejo, o que revela a boa qualidade ambiental
local e a aplicação de boas práticas ambientais.
16 http://bandeiraazul.abae.pt/docs/press/2014/BandeiraAzul-2014.pdf
NUT II MarinasPortos de
Recreio
Docas de
Recreio
Postos de
Amarração
Bandeira
AzulNorte 7 1 0 1 555 0
Centro 3 5 0 1 556 0
Lisboa 2 2 5 3 208 2
Alentejo 2 1 0 454 3
Algarve 4 5 1 3 797 4
Madeira 4 1 0 1 260 2
Açores 8 0 0 1 955 6
TOTAL 30 15 6 13 785 17
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
131
O estudo apresenta as principais características e serviços disponibilizados nas
marinas nacionais. Numa leitura síntese, é evidente a diversidade de situações
existentes quer do ponto de vista de dimensão (postos de amarração), do
comprimento máximo de embarcações de recreio admitidas, de disponibilidade
de Wifi e de serviços de reparação e ainda de outros serviços de apoio. É
reduzido o número de marinas que oferece serviços de Wifi e serviços de
reparação, bem como é reduzido o número de marinas que oferece outras
atividades de animação e serviços que complementam a oferta turística.
Centros de Alto Rendimento
Os Centros de Alto Rendimento (CAR) são unidades operativas que abrangem
um conjunto específico e diversificado de instalações, equipamentos desportivos
e serviços de apoio multidisciplinar (medicina, psicologia, fisioterapia e
nutrição)17. Estão, normalmente, ao serviço das Federações Desportivas,
possibilitando a realização de estágios e monitorização de resultados, tendo
como finalidade a melhoria e otimização do rendimento desportivo. Atualmente
existem em Portugal três CAR, ligados à prática de atividades náuticas, e estão
em construção mais três. Os três CAR orientados para a prática de atividades
náuticas estão em Viana do Castelo, Montemor-o-Velho e Peniche.
O Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho foi o primeiro CAR Náutico
a ser inaugurado em Portugal, com valências para as áreas da Canoagem e
Remo, apoiando também as modalidades de Triatlo e de Natação em águas
livres. Instalado no Leito Padre Estêvão Cabral, reestruturado e inaugurado em
2010 com o acolhimento de um campeonato europeu de remo, fazem parte
deste CAR o Centro Náutico, ancorado nas margens do vale entre Formoselha e
Montemor, a Pista de Atletismo direcionada para o treino do Triatlo, e a Pousada
da Juventude, já na área de transição para o Centro Histórico18.
17 www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades.aspx 18 www.cm-montemorvelho.pt/centro_alto_rendimento.htm
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
132
Imagens CAR MoV @www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades/car-montemor-
o-velho.aspx
O espaço é composto por um pavilhão com uma zona ampla para
arrecadação de barcos, zona de gabinetes, sauna, ginásio e zona de
balneários, e por uma pista de 2 quilómetros, mais canal de “arrefecimento”,
mais canal de retorno e “aquecimento”, com um sistema de funcionamento que
permite que os atletas em competição e os barcos de serviço não se cruzem,
prevenindo a ocorrência de acidentes. A estrutura desportiva está preparada
para receber 90 atletas em regime regular, mas poderá acolher até 700 atletas
durante a realização de eventos. De referir ainda que a Canoagem tem uma
“Residência Universitária”, com capacidade para 10 atletas.
O Centro de Alto Rendimento de Peniche foi inaugurado a 9 de outubro de
2012, momento em que se realizou a etapa portuguesa do Campeonato do
Mundo de Surf – Rip Curl PRO Portugal 2012. Localiza-se próximo das praias de
Supertubos, da Baía, do Molhe Este e do Baleal e tem capacidade para 30
pessoas, entre atletas e técnicos. Está subdividido em quatro áreas: a técnico-
desportiva, a residencial, a social e a administrativa. Na área técnico-desportiva
encontram-se duas salas de aquecimento/laboratório, duas salas polivalentes de
formação, vestiários/balneários/sanitários que integram sauna, sala de
massagens e sala de apoio médico/primeiros socorros, complementado com um
hangar para arrecadação das pranchas e outro material náutico.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
133
Imagem CARP1 @www.cm-peniche.pt/CustomPages/ShowPage.aspx?pageid=91924bd8-b276-
4dc3-8878-c31183974e79&m=b329
Imagem CAR P2 @www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades/car-peniche.aspx
Este CAR acolhe também desportistas de outras modalidades, nomeadamente
de canoagem, que aproveitam a proximidade da albufeira da Barragem de
São Domingos19 para a realização de treinos.
Finalmente, o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo foi
inaugurado a 5 de abril de 2013 e localiza-se na Praia do Cabedelo. Está
atualmente a ser gerido pelo “Surf Clube de Viana”, representante da Surfrider
Foundation em Portugal. Também com capacidade para 30 pessoas, possui 2
salas de formação, 1 sala de aquecimento, balneários de apoio, gabinete
médico e sala de massagens, para além dos espaços de estadia dos atletas e
técnicos e do hangar para arrecadação de pranchas e outro material.
19 www.cm-peniche.pt/News/newsdetail.aspx?news=59cea31d-5c5f-446d-a440-
9f2a2e9f1b55
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
134
Imagens CAR VC @www.fundacaodesporto.pt/pt/projetos-e-atividades/car-viana-do-
castelo.aspx
Além destes CAR estão em construção o Centro de Alto Rendimento do Surf de
Aveiro, em S. Jacinto, o Centro de Alto Rendimento do Surf da Nazaré, ao qual
se associará o nome de Garret Mc-Namara, “padrinho” do projeto e Gráfico
incontornável do Surf mundial. Espera-se que já em 2015 este CAR seja a base de
apoio ao projeto North Canyon20 e o CAR do Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa,
orientado para a prática de Remo.
Centros Náuticos / Centros de Mar
Os Centros Náuticos, ou Centros de Mar, são um conceito global, abrangendo
estruturas diversificadas de apoio a atividades náuticas, tanto para atletas
federados como para praticantes livres ou turistas. Constituem‐se como um polo
agregador da náutica e do turismo náutico através da articulação, em rede, de
um conjunto de atividades e serviços que podem englobar, além das
instalações náuticas, a manutenção e reparação de embarcações de recreio e
atividades de dinamização do turismo náutico que valorizem um conjunto de
elementos patrimoniais e ambientais e potenciem a criação de novas atividades
e empresas. Destacam-se os seguintes:
- O Centro Náutico de Ponte do Lima compreende um conjunto de
infraestruturas como pavilhão para armazém e tratamento de embarcações,
balneários, ginásio, tanques de treino de canoagem, restaurante/bar, parque de
estacionamento, rampa de barcos de recreio e embarcadouro para barcos de
20 www.record.xl.pt/Modalidades/Surf/interior.aspx?content_id=921637
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
135
recreio e de desporto21. Através de protocolos com a Câmara Municipal, dá
apoio direto a mais de uma centena de jovens desportistas das escolas
(desporto escolar), prestando também apoio à população em geral que
pretenda praticar atividades ligadas à náutica, em particular à canoagem.
Imagem Centro Náutico de Ponte de Lima @www.cm-pontedelima.pt
- O Centro de Mar de Viana do Castelo é o maior (em termos de área) Centro
de Mar em funcionamento em Portugal, tendo sido inaugurado em 2013. Foram
construídos dois novos edifícios para os centros de Vela e de Canoagem,
recuperado e ampliado o edifício de uma antiga fábrica para o centro de
Remo e adquirido diverso material de apoio e equipamentos necessários para o
funcionamento de cada centro. O Centro de Mar incorpora ainda um Centro de
Interpretação Ambiental e de Documentação do Mar, a funcionar no Navio Gil
Eannes, atracado na antiga doca comercial de Viana do Castelo.
21 www.altominho.pt/gca/index.php?id=938
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
136
Imagens Centro de Mar Viana do Castelo, cedidas pela CIM Alto Minho; 1.Centro de
Remo e 2.Centro de Canoagem.
O Centro de Remo foi a primeira estrutura do Projeto a estar concluída, tendo
sido inaugurado a 8 de junho de 2013, conta atualmente com 75 utilizadores. É
composto por pavilhões para guardar embarcações, tanque de aprendizagem,
áreas administrativas, balneários e ainda uma sala de exposição dos troféus dos
clubes.
O Centro de Vela, inaugurado a 3 de agosto de 2013, está a servir 82 atletas
federados, a que acrescem 27 praticantes da vela/recreação. O equipamento,
com 1 140,50 m2, é constituído por dois volumes com dois pisos, articulados
perpendicularmente entre si e implantados de acordo com a orientação e
funcionalidade dos cais da envolvente. No piso térreo está o hangar, a
ferramentaria, gabinete de primeiros socorros, ginásio, balneários e área
comercial, sendo o primeiro piso destinado a hangar, sala de formação,
secretaria, sala de direção, salas de sócios e bar.
O Centro de Canoagem foi inaugurado a 6 de setembro de 2013 e serve 40
atletas federados, a que acrescem 600 praticantes da canoagem/recreação,
um grupo de desporto escolar e 8 técnicos. Com uma área de implantação de
1197 m2, está dividido em três edifícios: o edifício pelo qual se acede ao clube e
que reúne a maior diversidade funcional com receção/secretaria, balneários,
posto médico, sala dos monitores e ginásio, uma sala polivalente, zona de
exposição de troféus, sala da direção e gabinete de trabalho/reuniões; o
edifício para arrumo de embarcações desportivas; e um edifício com garagem,
oficina, hangar de embarcações de lazer e arrumos.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
137
O Centro de Mar de Viana do Castelo tem servido de suporte ao projeto de
Desporto Náutico Escolar, dinamizado pela Câmara Municipal de Viana do
Castelo e com o envolvimento das escolas e dos clubes locais, permitindo aos
alunos dos ensinos básico e secundário a prática de uma modalidade náutica
no âmbito dos respetivos curricula escolar.
De referir que o Centro de Mar de Viana do Castelo foi um dos Projetos Âncora
do Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar, aquando da candidatura
ao processo de reconhecimento de Estratégia de Eficiência Coletiva nacional
em 2009.
- O Centro de Desportos Náuticos do Gramido, localizado a 8 km do Oceano
Atlântico e a 3 km da cidade do Porto, possui um plano de água estável, com
uma extensão de 25 km, favorável para a preparação dos atletas de remo e
canoagem. O Centro de Estágio é composto pela componente de alojamento
e de treino. O alojamento encontra-se dividido em duas secções: uma, para os
atletas, pode alojar 42 pessoas, outra para alojar treinadores e dirigentes. As
equipas poderão optar entre confecionarem as próprias refeições no espaço ou
requisitar o fornecimento das mesmas, podendo a elaboração da ementa ser
coordenada em conjunto com o nutricionista da equipa. A componente de
treino possui um conjunto de equipamentos desportivos integrados,
nomeadamente, hangar para barcos, ginásio de musculação, sala com
ergómetros e tanques para remo. Há também a possibilidade de alugar lanchas
a motor para acompanhamento dos treinos. Na área envolvente, destaca-se
um passadiço ao longo do curso do rio, com cerca de 6 km, indicado para
corrida, bicicleta ou caminhada, proporcionando a realização de atividades
físicas complementares ao treino específico da modalidade náutica. A pequena
distância do posto náutico, os atletas dispõem de uma piscina coberta assim
como pavilhões gimnodesportivos. O Centro disponibiliza um serviço de
acolhimento e transporte a partir do aeroporto.
Imagem Centro de Desportos Náuticos de Gramido @www.cninfante.pt
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
138
- O Centro Náutico de Algés (Lisboa) está em funcionamento desde 2012, ainda
em instalações provisórias, dispondo desde já de uma rampa de acesso à
água/terra e de um travel lift para retirar as embarcações do rio Tejo. O
equipamento náutico, ainda em fase de construção, é gerido pela entidade
criada em conjunto pela Marina de Lagos / MSF e Sopromar (vencedora do
concurso público promovido pela Administração do Porto de Lisboa (APL) em
2011). Uma vez em pleno funcionamento, o Centro Náutico de Algés contará
com um edifício de dois pisos, com oficinas, loja náutica, centro de formação,
balneários e escritórios e contará com uma lotação de 300 embarcações,
dando resposta à necessidade de estacionamento de embarcações a seco,
carpintaria, serralharia, fibra, eletrónica, e rigging.
- O Centro Náutico do Zêzere encontra-se no rio Zêzere, mais precisamente em
Palhais, concelho da Sertã. É composto por uma Marina e uma loja náutica,
bem como uma zona de Campismo, Parque Infantil, Restaurante, Bar e
Esplanadas. A Marina tem disponíveis os serviços: rampa de acesso à água,
aluguer de jangadas e motas de água, transporte, subida e descida de
embarcações de recreio, lugares cativos para embarcações, reparação de
cascos, apoio no caso de avaria dentro e fora de água e comercialização de
motas de água. A loja tem disponível diverso material necessário para a prática
de atividades náuticas. Os desportos náuticos mais praticados neste local são o
ski, wakboard, canoagem, banana e moto de água.
Imagem Centro Náutico do Zêzere @ www.centronauticozezere.com
- O Complexo Clube Náutico de Avis está inserido na Albufeira do Maranhão,
sob a Ribeira de Seda, Avis (Alto Alentejo) e é composto por Parque de
Campismo, Praia Fluvial, Piscinas Municipais, zona de solário, Parque Infantil,
Hangar náutico, Parque de merendas e Restaurante.
O Parque de Campismo dispõe de 10 apartamentos totalmente equipados, com
capacidade até 6 pessoas. As infraestruturas envolventes, aliadas à
tranquilidade, clima e espelho de água fazem desde local um dos mais
procurados para a realização estágios de equipas nacionais e internacionais de
Remo.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
139
Imagem Complexo Clube Náutico de Avis @www.cm-avis.pt/complexo-do-clube-nautico
- O Centro Náutico de Monsaraz, localizado a cerca de 4 km do centro de
Monsaraz, possui um ancoradouro para 10 barcos, e disponibiliza serviços como,
passeios de barco, canoagem, ski aquático, gaivotas, sendo também possível
realizar outras atividades como BTT e passeios a cavalo ou charrete. Na sua
envolvente conta também com parque de merendas, parque infantil, parque
estacionamento, casas de banho, duches e serviços de transfer. Este centro já
acolheu (entre os dias 14 e 17 de fevereiro de 2015) a primeira etapa do
Campeonato Europeu de Formula Windsurfing.
Imagem Centro Náutico Monsaraz @ http://centronautico-monsaraz.net/centro-
nautico.php
- Há ainda o Centro Náutico da Barragem da Aguieira, que se encontra descrito
no ponto 3.4. em “Exploração dos Portos de Recreio – Marinas”.
Surf Camps
Os surf camps são constituídos por um conjunto de infraestruturas de apoio à
prática do surf, que tem registado, nos últimos anos, uma grande aposta e
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
140
crescimento. Os surf camps destinam-se a praticantes livres de Surf, principiantes
ou mais experientes. São compostos, habitualmente, por estruturas concentradas
num local (ou em locais próximos entre si), com serviços de hotelaria,
restauração, espaços para armazenamento de material ou aluguer de material,
aulas de Surf e transferes para os spots mais interessantes de uma dada região
para a prática da modalidade, sendo apresentado ao público como um
pacote integrado de serviços para utilização individual ou em grupo/famílias,
durante um ou vários dias.
O primeiro Surf Camp registado em Portugal foi o “Baleal Surf Camp – Peniche,
Portugal”22 e iniciou a sua atividade em 1993. Atualmente é uma das escolas de
surf mais conhecidas e apreciadas do Atlântico. Encontra-se no Cantinho da
Baía, próximo do epicentro das melhores praias da região do oeste (Península de
Peniche e Baleal: Porto Batel, Consolação, Supertubos, Molhe Leste, Cerros, Baía,
Prainha, Lagido, Almagreira e Belgas) e possui a componente de alojamento a
cerca de 10 minutos, em conceito de hostal ou apartamento, indicado para
pessoas individuais, grupos de amigos ou famílias.
Desde então foram registados vários surf camps em Portugal. Tem-se como
exemplos, em Lisboa o Lisbon Surf Camp23 e o Lisbon Estoril Coast24, no Algarve o
Algarve Surf School25 e o Wavesensations Surfcamp26, na Região Autónoma da
Madeira o Madeira Surf Camp27 e nos Açores o Azores Surf Center28 na ilha de
São Miguel e Caldeira Surf Camp29 na ilha de São Jorge.
Entre outros Surf Camps registados pelo país, existem alguns integrados em redes
mundiais, como por exemplo, a rede resignada por “United Surf Camps”30 que
integra 28 Surf Camps pelo Planeta, entre Europa, América Central, América do
Sul, África, Ásia e Pacífico. Em Portugal existem três Surf Camps registados nesta
rede no Algarve, em Lisboa e no Porto. No Algarve, a estadia é numa casa
particular, com capacidade para 10 pessoas, situada na zona Vicentina,
próxima das praias de Arrifana, Amoreira e Monte Clérigo. O Surf Camp de
Lisboa encontra-se na Praia das Maçãs (Sintra), onde se realizam as atividades
de Surf e onde se encontra uma casa com quartos para duas a cinco pessoas;
há também a possibilidade de alojamento também numa casa na Ericeira (para
22 www.balealsurfcamp.com 23 http://lisbonsurfcamp.com/location/lx-surf-camp/ 24 http://lisbonsurfcamp.com/location/lisbon-estoril-coast/ 25 www.algarvesurfschool.com 26 www.wavesensations.pt/pt/portugal-algarve-sagres-surfcamp 27 http://madeirasurfcamp.com/ 28 http://azoressurfcenter.com/accomodation 29 www.caldeirasurfcamp.com/ 30 https://unitedsurfcamps.com
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
141
grupos até 9 pessoas). No Porto, a acomodação é num hostel no centro da
cidade e a escola e prática de Surf realiza-se na praia de Matosinhos (cerca de
10 min de carro). De notar que nesta rede, na zona europeia, há apenas um
spot registado no Reino Unido (Newquay, região sudoeste), um na Irlanda
(Bundoran, a nordeste), um em França (Hossegor, costa sudeste; considerado
em diversos sites como o melhor local para a prática de surf no país), um na
Noruega (Hoddevik, na zona mais ocidental do país) e dois em Espanha (Conil
de la Frontera, na região de Andaluzia – sul, e Loredo, na região de Santander –
norte).
3.3. A Prática de atividades náuticas em Portugal
Neste capítulo procede-se à apresentação sumária da prática de atividades
náuticas em Portugal através da abordagem de diferentes aspetos como as
embarcações de recreio registadas, as cartas de navegação e licenças
emitidas e os praticantes federados.
Embarcações de Recreio Registadas
Qualquer Embarcação de Recreio (ER – embarcação com comprimento entre
2,5 m e 24 m31) que se pretenda colocar na água para navegar, tem de estar
devidamente registada e obedecer a um conjunto de regras e condições de
navegação. O local e entidade que certifica o registo da ER depende da sua
tipologia.
Existem cinco Tipologias de ER, de acordo com a zona de navegação a que
estão aptas a navegar:
Tipo 1 – embarcações para navegação oceânica (concebidas e
adequadas para navegar sem limite de área),
Tipo 2 – embarcações para navegação ao largo (para navegar ao largo
até 200 milhas de um porto de abrigo),
Tipo 3 – embarcações para navegação costeira (até uma distância não
superior a 60 milhas de um porto de abrigo e 25 milhas da costa),
Tipo 4 – embarcações para navegação costeira restrita (navegação até
uma distância não superior a 20 milhas de um porto de abrigo e 6
milhas da costa) e
31 www.marinha.pt/Conteudos_Externos/lexmar/PGPAT%20100/PGPAT%201000%20-
%20Cap%C3%ADtulos/Cap%C3%
ADtulo%20I%20Identifica%C3%A7%C3%A3o%20e%20opera%C3%A7%C3%A3o%20emb/RG
C/Decreto-lei_329_95(09DEZ95).pdf Decreto-Lei nº 329/95, de 09-12-1995, REGULAMENTO
DA NÁUTICA DE RECREIO.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
142
Tipo 5 – embarcações para navegação em águas abrigadas (autorizadas
a navegar apenas em zonas de fraca agitação marítima, junto à
costa e em águas interiores) 32.
A DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos
tem a seu cargo a responsabilidade de emissão de registos de ER Tipos 1, 2 e 3.
As ER Tipo 4 e 5 têm de ser registadas junto da DGAM – Direção-Geral da
Autoridade Marítima, numa das 46 Capitanias ou Delegações Marítimas
disponíveis no País (Continente e Ilhas). Navegando em águas territoriais sob
domínio das Capitanias Nacionais (Zonas Marítimas), as ER têm de obedecer a
um conjunto de regras de jurisdição da Capitania onde estão registadas. No
caso de navegação em Albufeiras, a ER tem de estar devidamente registada e
deve ainda ser solicitada uma autorização para navegação à Administração da
Região Hidrográfica do local onde se pretende usar a embarcação33.
Através da DGAM, foi possível obter o número de ER Tipo 4 e Tipo 5 ativas, em
cada Capitania ou Delegação Marítima Portuguesa, ao longo dos últimos
11 anos.
Analisando estes dados verifica-se que, mesmo tendo ocorrido períodos com
menor número de novos registos (confrontando com os dados da Erro! A origem
da referência não foi encontrada.), a frota global de ER Tipo 4 e Tipo 5 tem
assistido a um constante crescimento. Estavam registadas no País, no final do
ano de 2014, 6 343 Embarcações do Tipo 4 e 76 152 do Tipo 5 (Gráfico 1 e
Gráfico 2), ou seja, assistiu-se a um crescimento de 322 % e 109 %,
respetivamente, em relação a 2004. De destacar a concentração de
Embarcações na região de Lisboa, Centro e Algarve, sendo estas as NUT II com
maior frota de Embarcações Tipo 4 e Tipo 5.
32 www.portaldomar.pt/NauticadeRecreio/Embarcacoes/index.htm 33 https://dre.pt/application/dir/pdf1s/1998/09/217B00/48654867.pdf Portaria 783/98, de 19
de setembro, REGULAMENTO DA NAVEGAÇÃO EM ALBUFEIRAS.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
143
Gráfico 1 e Gráfico 2 – Número total de Embarcações de Recreio ativas, respetivamente
Tipo 4 e Tipo 5, entre 2004 e 2014, por NUT II. FONTE: DGAM – Direção-Geral da
Autoridade Marítima (13-02-2015).Gráfico 2
Nos últimos anos verificou-se uma grande subida no registo de embarcações
Tipos 4 e 5 (nomeadamente Tipo 4), tipicamente pequenas embarcações, com
menores custos de manutenção. O facto anterior pode-se dever à legislação
publicada em julho de 2013 e em outubro de 2014, que veio facilitar as
condições para a exploração de ER por parte de Operadores Marítimo-Turísticos.
Através da análise da Erro! A origem da referência não foi encontrada.,
facilmente se conclui que, no geral, o número de novos registos de ER tem
diminuído significativamente ao longo dos últimos cinco anos, tendo-se
verificado no entanto uma subida no ano de 2014, principalmente à custa das
embarcações dos tipos 4 e 5. As Embarcações Tipo 2 são, claramente, o tipo
menos procurado nos últimos anos e as ER Tipo 3 registaram uma queda muito
acentuada entre 2009 e 2012, tendo diminuído em 62 % o número de registos
neste período.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
144
Tabela 9: Novos registos de Embarcações de Recreio, entre 2009 e 2014, na DGRM e
DGAM.
(FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
Marítimos (10-02-2015; Tipo 1, 2 e 3) e DGAM – Direção-Geral da Autoridade
Marítima (28-01-2015, Tipo 4 e 5).
Embarcações de Recreio registadas para prática de Atividades
Marítimo-Turísticas
As Embarcações de Recreio utilizadas para a prática de Atividades Marítimo-
Turísticas (AMT) têm de estar registadas para a prática da navegação, em geral,
e têm de efetuar um outro registo para se passarem a designar por ER-MT. A
entidade a contactar para se efetuar este registo é a DGAM,
independentemente da Tipologia da ER. As Embarcações são registadas de
acordo com as toneladas de arqueação bruta (TAB) sob uma de duas formas:
“menor de 30 TAB” ou “maior ou igual a 30 TAB”.
Através dos serviços da DGAM foram obtidos dados relativos ao registo de
embarcações para AMT em 2013 e 2014, por Capitanias e Delegações
Marítimas.
Segundo os dados obtidos, o número de ER-MT registadas em 2014 foi cerca de
20 % superior ao número registado em 2013. Em 2013 foram registadas 804
embarcações nas Delegações Marítimas Portuguesas, Continente e
Arquipélagos, e em 2014 foram registadas 957 novas ER-MT
REGISTO 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Tipo 1 19 17 11 9 6 8
Tipo 2 5 1 1 0 1 1
Tipo 3 66 62 45 25 17 17
Tipo 4 126 125 84 74 66 88
Tipo 5 1017 911 677 554 490 561
TOTAL 1233 1116 818 662 580 675
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
145
Tabela 10: Número de Embarcações registadas em 2013 e 2014 para realização de
atividades Marítimo-Turísticas, por NUT II. FONTE: DGAM – Direção-Geral da
Autoridade Marítima, 13-02-2015.
É importante salientar que cerca de metade dos registos anuais de
Embarcações de Recreio para a prática de atividades Marítimo-Turísticas é
efetuado na região do Algarve.
No Continente, as Capitanias/Delegações Marítimas com mais registos de
embarcações para a realização de atividades Marítimo-Turísticas foram, em
2013, Lagos, Portimão e Peniche, tendo Faro destronado Peniche em 2014.
Funchal tem a terceira Delegação com mais registos a nível do País, nos dois
anos, e na Região Autónoma dos Açores, as Delegações com mais registos
foram, em 2013, Ponta Delgada, Praia da Vitória e Santa Cruz da Graciosa e em
2014, Porta Delgada, Horta e São Roque do Pico.
No ano de 2014, o número de registos aumentou em todas as unidades territoriais
de nível II, exceto na zona Centro, que diminuiu muito ligeiramente. Em Lisboa
ocorreu um aumento global de quase 160 % em relação a 2013. Este
crescimento deveu-se, principalmente, ao forte crescimento do número de
registo de ER-MT com mais de 30 TAB, que equivaleu a 700% em relação ao
registo do ano anterior (o crescimento mais elevado em toda as regiões). A
segunda região com o maior crescimento (400 %) foi o Alentejo. De notar ainda
que o número de embarcações com menos de 30 TAB registadas em 2014 foi
cerca de 160 % superior ao de 2013 no Norte (Erro! A origem da referência não
foi encontrada. e Gráfico 3). Estas variações podem-se explicar devido à
publicação do Decreto-Lei n.º 95/2013 e Decreto-Lei n.º 149/2014, que alteraram
as regras de inscrição das embarcações para a realização de atividades
marítimo-turística (ver mais à frente em “Empresas de Animação Turística e
Operadores Marítimo-Turísticos”).
< 30TAB > 30TAB TOTAL % < 30TAB > 30TAB TOTAL % < 30TAB > 30TAB TOTAL
Norte 9 46 35 81 10% 72 40 112 12% 157 114 138
Centro 5 69 6 75 9% 67 4 71 7% 97 67 95
Lisboa 8 67 5 72 9% 77 36 113 12% 114 720 157
Alentejo 1 17 1 18 2% 15 4 19 2% 88 400 106
Algarve 10 411 19 430 53% 437 30 467 49% 106 158 109
RAMadeira 2 47 2 49 6% 65 2 67 7% 138 100 137
RAAçores 11 71 8 79 10% 103 5 108 11% 145 63 137
TOTAL 46 728 76 804 100% 836 121 957 100% 115 159 119
NUTS II
Embarcações MT registradas
em 2013Capitanias e
Delegações
Marítimas
Variação
2013 - 2014
Embarcações MT registradas
em 2014
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
146
Gráfico 3 – Número de Embarcações de Recreio registadas como Marítimo-Turísticas na
DGAM, em 2013 e 2014, por NUT II e por TAB. FONTE: DGAM – Direção-Geral da
Autoridade Marítima (13-02-2015).
Analisando o gráfico, constata-se que a Capitania onde ocorreram mais registos
de ER-MT, em 2013 e em 2014, foi Lagos (com 18% e 15 %, respetivamente, do
total de registos nacional), seguido de Portimão, Funchal, Peniche, Ponta
Delgada, Douro e Faro (cada uma destas com pouco mais de 5 % dos registos).
De salientar que na Horta foram registadas três embarcações com mais de
30 TAB em 2013 e em 2014 foram registadas 29 embarcações com Arqueação
Bruta inferior a 30 toneladas e nenhuma com arqueação superior.
Cartas para Navegação de Embarcações de Recreio
Em Portugal, para a condução de uma qualquer ER é necessário possuir uma
Carta emitida pela DGRM (salvo exceções previstas na legislação).
Existem cinco tipologias de cartas: Principiante, Marinheiro, Patrão Local, Patrão
de Costa e Patrão de Alto Mar, cada uma diferenciando-se da outra,
essencialmente, em características como a potência e comprimento das
embarcações, a distância de navegação em relação ao porto/marina e a
distância de navegação em relação à costa34. Há também uma idade mínima
para inscrição e solicitação da carta, sendo necessário ter pelo menos 8 anos
para a carta de Principiante, 14 anos para a carta de Marinheiro e mais de 18
anos para as seguintes cartas. De referir ainda que a atribuição de cartas é um
processo gradual a partir das cartas de Patrão, isto é, para se obter a carta de
34 www.portaldomar.pt/NauticadeRecreio/CartasdeNavegador/index.htm
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
147
Patrão de Costa é necessário possuir a carta de Patrão Local há mais de um
ano, e procedimento idêntico para solicitação da carta de Patrão de Alto Mar
(possuir a carta de Patrão de Costa há mais de 1 ano), salvo exceções por
equiparação, por exemplo, para os oficiais de Marinha.
Ao longo dos últimos cinco anos, tem-se verificado um ligeiro crescimento do
número de cartas emitido35 pela DGRM, embora não constante (Erro! A origem
da referência não foi encontrada.). Em 2014 foram emitidas, renovadas e
equiparadas mais 444 cartas que em 2009 (10 241 cartas no total), o que
corresponde a um crescimento geral de 4,5 %. As cartas mais emitidas são
claramente de Marinheiro e Patrão Local (47 % e 37 %, respetivamente;). No
entanto, a emissão de cartas de Marinheiro tem vindo a decrescer de uma
forma ligeira (em 2014 emitiram-se menos 8 % que o número de cartas emitidas
em 2009) e o número de emissão de cartas de Patrão Local, e Patrão de Costa,
tem vindo a crescer (Gráfico 4, em 2014 registou-se um aumento na emissão
destes dois tipos de cartas em 23 % e 11,5 %, respetivamente, face a 2009). A
emissão de cartas de Patrão de Alto Mar teve também um crescimento de 10%
entre 2009 e 2014.
35 Por cartas emitidas, consideram-se aqui as novas cartas, as renovações e as
solicitações de equiparação.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
148
Gráfico 4 e 5 – Cartas emitidas pela DGRM ao longo dos anos, desde 2009 a 2014, para
as categorias de Marinheiro, Patrão Local, Patrão de Costa e Patrão de Alto
Mar. FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
Marítimos (10-02-2015). Gráfico 5
Tabela 11: Evolução do número de cartas emitidas (novas, renovações ou
equiparações) pela DGRM para a condução de Embarcações de Recreio.
FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
Marítimos (10-02-2015).
No universo de cartas emitido anualmente, o número de registos de cartas de
Principiante é quase insignificante, tendo o máximo relativo ocorrido em 2012,
com 0,28 % de representatividade. As cartas de Patrão de Alto Mar solicitadas
são também em número reduzido, mas representam já entre 2,9 a 4,0 % nos anos
Cartas Emitidas Principiante Marinheiro Patrão LocalPatrão de
Motor
Patrão de
Vela e Motor
Patrão de
Costa
Patrão de
Alto MarTOTAL
2009 25 5263 3082 76 242 829 280 9797
2010 13 5663 3329 96 275 916 365 10657
2011 17 5445 3314 95 302 935 336 10444
2012 29 4978 3413 102 328 1001 407 10258
2013 13 5028 3808 134 324 896 385 10588
2014 17 4849 3785 98 260 924 308 10241
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
149
de 2009 a 2014. Existem outras duas cartas, Patrão de Motor e Patrão de Vela e
Motor, que atualmente são apenas consideradas para renovação.
Licenças para a prática de Pesca Lúdica
Através do website da DGRM36 recolheram-se dados referentes à prática da
Pesca Lúdica em Portugal Continental, pesca apeada, embarcada ou
submarina. Estão disponíveis, por regiões e a nível nacional desde 2007, o
número de Licenças emitidas para a prática da pesca com fins lúdicos e que se
destinam exclusivamente à prática em águas oceânicas, águas interiores
marítimas e águas interiores não marítimas sob jurisdição da autoridade marítima
do continente.
Desde 23 de janeiro de 2014 que (de acordo com a Portaria n.º 14/201437),
podem ser emitidas licenças por um período diário, mensal ou anual, mas até
esta data não podiam ser emitidas Licenças diárias e podiam ser emitidas
Licenças trianuais. Os valores a pagar pelas Licenças variam consoante o tipo de
Licença (apeada, embarcada ou submarina) e o período de pesca. As Licenças
diárias estão disponíveis apenas para um tipo de pesca isoladamente (apeada
ou embarcada ou submarina).
Analisando o número total de Licenças emitidas para a prática de Pesca Lúdica
em Portugal Continental, de imediato ressalta a quebra acentuada entre o
número de Licenças emitidas em 2007 e em 2008. Este facto pode-se dever à
publicação da Lei n.º 7/2008, de 15 de fevereiro – Lei da pesca nas águas
interiores que, entre outras condicionantes, refere que um dos requisitos para o
exercício da pesca lúdica é a titularidade de carta de pescador (CAPÍTULO IV –
Exercício da pesca, Artigo 23.º), o que não acontecia anteriormente. Assim,
depois desta quebra abrupta inicial (desde o momento que temos registos), no
geral a prática de Pesca Lúdica tem diminuído, tanto na emissão de Licenças
para prática de Pesca a nível Regional como a nível Nacional/Continente
(tendo estas últimas atingido o mínimo de sempre em 2013, com uma descida
de 28% em relação ao numero de 2007, Gráfico 6). Há, no entanto, a exceção
36 www.dgrm.min-
agricultura.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&xpgid=genericPageV2&conteudoDetalhe_v2=17
0345 37
www.google.pt/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=0C
CAQFjAA&url=http
%3A%2F%2Fwww.dgrm.min-
agricultura.pt%2Fxeo%2Fattachfileu.jsp%3Flook_parentBoui%3D2459417%26att_
display%3Dn%26att_download%3Dy&ei=A6P0VKeTH4n9UveqgsgJ&usg=AFQjCNFOwc8kzbs
dOIRQejJsw4E1otYMuA&bvm=bv.87269000,d.d24
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
150
das regiões de Lisboa e Algarve, que têm vindo a aumentar ligeiramente de ano
para ano, e da região do Centro que aumentou significativamente até 2012
(chegando às 40 616 Licenças), tendo posteriormente descido cerca de 10 % em
2013, voltando ao mesmo milhar registado em 2008.
Gráfico 6 – Licenças emitidas pela DGRM para prática de Pesca Lúdica (apeada,
embarcada ou submarina), entre 2007 e 2013. FONTE: DGRM – Direção-Geral de
Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (10-02-2015).
Analisando os dados de 2013, comparativamente aos dados de 2007, a única
Pesca Lúdica que teve um crescimento positivo, de 16 %, foi a Pesca
Subaquática na região de Lisboa. Por outro lado, o número de Licenças
Nacionais para Pesca por Embarcação e Pesca Submarina decresceram mais
de 40 % (Gráfico 7).
Gráfico 7 – Comparação do número de Licenças emitidas pela DGRM para a prática
de Pesca Lúdica, seja apeada, embarcada ou submarina, entre 2013 e 2007.
FONTE: DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços
Marítimos (14-01-2015).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
151
Com a nova legislação em vigor, as Empresas de Animação Turística e os
Operadores Marítimo-Turísticos passam a ter de adquirir diretamente à DGRM
licenças, com duração de um dia, para a possibilidade de prática de Pesca
apeada, embarcada ou submarina. De notar que atualmente uma licença
deste tipo pode ser adquirida diretamente num terminal multibanco.
Evolução do número de Praticantes Federados em modalidades náuticas
É comumente aceite que a existência de mais praticantes constitui uma
condição relevante para o desenvolvimento do setor da náutica ao contribuir
para a criação e alargamento do mercado interno e para o desenvolvimento
das condições materiais, imateriais e de contexto necessárias à promoção e
afirmação internacional do setor.
Quem pratica uma atividade náutica fá-lo de uma de duas formas: por recreio
ou por competição.
É difícil contabilizar os praticantes de atividades náuticas em Portugal porque
são muitas e dispersas as atividades e os locais onde se praticam e porque não
há nenhum registo centralizado sobre a prática de atividades náuticas a nível
individual (de forma isolada, em família ou em grupo). Assim, os dados
contabilizados e fiáveis a que temos acesso são os registos dos praticantes de
modalidades náuticas desportivas federadas.
O número de praticantes inscritos nas federações desportivas de atividades
náuticas tem vindo a diminuir nos últimos anos em Portugal.
Através do portal do Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (IPDJ38) é
possível analisar, desde 1996 até 2013, a evolução do número de praticantes
federados inscritos nas Federações Portuguesas de dez modalidades: Atividades
Subaquáticas, Canoagem, Jet Ski, Motonáutica, Pesca de Alto Mar, Pesca
Desportiva, Remo, Ski Náutico, Surf e Vela. (deixou de haver dados relativos ao
Ski Náutico desde 2006, não há dados de Vela para o ano 2010 e em 2013 não
houve dados registados relativamente ao Jet Ski).
Pela análise do Gráfico 8 é possível verificar que entre 1996 e 2013 o
comportamento do número de inscritos nas federações náuticas em Portugal foi
variável, tendo ocorrido o máximo absoluto no ano de 2003, com 15 658
praticantes inscritos. Em termos gerais, entre 1996 e 2013 houve um crescimento
de 5 %, estando em 2013 11 844 atletas inscritos, menos 24 % que em 2003.
38 www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=103
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
152
Analisando o número de inscritos nas federações desportivas no global (Gráfico
9), tem-se verificado um constante decréscimo da representatividade das
modalidades náuticas. Enquanto em 1996 as modalidades náuticas federadas
representavam 4,3 % dos desportistas inscritos (11 302 atletas federados náuticos
para 254 286 atletas não náuticos), em 2013 representavam apenas 2,3 %, (um
total de 11 844 atletas federados náuticos para 512 151 atletas de outras
modalidades).
Gráfico 8 – Número total de atletas desportivos inscritos nas modalidades náuticas
federadas. FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).
Gráfico 9 – Evolução da representatividade das modalidades náuticas relativamente ao
número total de atletas desportivos federados. FONTE: Instituto Português do
Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).
No período compreendido entre 2003 e 2008, o crescimento global do número
de praticantes desportivos federados foi de quase 35 %, tendo esse crescimento
sido mais reduzido no período 2008-2013, aproximadamente de 7 %.
Entre 2003 e 2013 as quatro modalidades com maior crescimento do número de
praticantes federados foram Voleibol, Basquetebol, Andebol e Rugby, que
cresceram, respetivamente, 162 %, 98 %, 70 % e 65 %. Apenas estas quatro
modalidades registaram em 2013 a inscrição de 134 224 atletas.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
153
Relativamente às atividades náuticas, é de salientar o crescimento lento, mas
constante, ao longo dos últimos anos, da prática federada de Canoagem e de
Remo. Um crescimento de 25% e de 23 %, respetivamente, no período de
10 anos, entre 2003-2013 (Gráfico 10). Em 2013, as modalidades referidas eram a
segunda e a quarta mais praticadas, respetivamente, sendo a primeira a Pesca
Desportiva e a terceira a Vela (apesar da forte queda de inscritos verificada nos
últimos cinco anos, 35%). Até 2011 destaca-se também o crescimento da prática
de Surf, tendo depois decrescido ligeiramente.
A Pesca Desportiva tem sido, desde sempre, a atividade náutica com mais
desportistas federados, no entanto o número tem vindo a decrescer (à exceção
de um ligeiro aumento em 2010) tendo-se registado um decréscimo de 30 %
entre o número de inscrições de 2003 e 2013.
Uma outra informação a reter é o facto de o número de praticantes de
Atividades Subaquáticas, que entre 1998 e 2007 era uma das três atividades com
mais praticantes federados, ter diminuído significativamente, ocupando em 2013
a sexta posição (uma redução de 66 % em relação ao valor verificado no ano
2001, o ano com mais inscritos).
A diminuição geral da prática federada de atividades náuticas contrasta com o
aumento da prática de atividades desportivas em geral. Analisando o Gráfico
11, verifica-se que a percentagem da prática de cada uma das atividades em
relação ao todo tem vindo a diminuir significativamente.
Gráfico 10 – Número de praticantes desportivos inscritos nas atividades náuticas
federadas, entre 1996 e 2013.
FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
154
Gráfico 11 – Percentagem global da representatividade dos desportivos náuticos no
total dos desportos federados, entre 1996 e 2013. FONTE: Instituto Português do
Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).
A análise por género permite concluir que, em 2013, os praticantes federados
femininos representavam 25 % do universo desportivo. Nas modalidades
náuticas, o género feminino apenas representou 17 % do total de praticantes
náuticos, que corresponde a 1,5 % do total de mulheres federadas (Gráfico 12).
Gráfico 12 – Número de atletas federados registados em 2013, por género, no global e
nas modalidades náuticas.
FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (01-03-2015).
Quanto ao número de clubes náuticos registados nas respetivas federações
existiam, em 2013, 698 clubes, sendo que o desporto náutico com maior número
de clubes era, à semelhança com o número de praticantes, a Pesca Desportiva,
com 39 % dos clubes (Gráfico 13). Entre 2006 e 2011 assistiu-se a um forte
crescimento no registo de Clubes de Surf, representando 26 % dos clubes
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
155
registados nesse último ano. Contudo, em 2013 o número de registos decresceu
e a percentagem de representatividade também, passando para 11 % do total.
Gráfico 13 – Número de Clubes Náuticos registados nas Federações das respetivas
atividades, entre 1996 e 2013.
FONTE: Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P..
No que se refere à comparticipação financeira por Federação Desportiva (1996-
2013) segundo a mesma fonte do IPJ, conclui-se que a componente financeira
atribuída à prática de atividades náuticas federadas nunca ultrapassou os três
milhões de euros/ano e tem vindo, de uma forma geral, a diminuir (Gráfico 14).
O valor máximo absoluto atribuído à náutica ocorreu em 2007, precisamente
após o ano com maior número de triunfos internacionais por parte dos atletas
náuticos Portugueses.
Entre as modalidades náuticas com maior financiamento destaca-se a Vela. No
entanto, nos últimos anos a Vela tem vindo a receber menos financiamento,
embora, em termos relativos, continue a ser o desporto náutico mais financiado.
Durante muito tempo o Remo foi a segunda modalidade com mais apoio
financeiro, lugar ocupado pela Canoagem em 2013.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
156
Gráfico 14 – Valor do financiamento atribuído a projetos náuticos e a percentagem
global de financiamento, entre 1996 e 2013. FONTE: Instituto Português do
Desporto e Juventude, I.P..
3.4. As empresas da fileira da náutica
A fileira da náutica organiza um conjunto de atividades que pertencem a uma
cadeia de valor que engloba desde a construção, manutenção e reparação de
embarcações de recreio e de desporto, construção de equipamento, fabrico
de vestuário e fatos especiais, transportes, agências de viagem, formação,
atividades marítimo-turísticas, serviços, etc. Nos pontos seguintes apresenta-se
uma caraterização sumária de algumas das atividades que integram a fileira da
náutica.
Construção, Manutenção e Reparação de Embarcações
Este setor engloba a construção e reparação de embarcações de recreio e
desporto, sem motor, para diferentes atividades náuticas como a vela, o remo, a
canoagem e o rafting; a construção de embarcações a motor, nomeadamente
para atividades marítimo-turísticas e de embarcações de apoio (como botes e
semirrígidos).
Segundo a Classificação Portuguesa das Actividades Económicas39 (CAE), existe
um código específico para a Construção de Embarcações de Recreio e de
39 www.ine.pt/ine_novidades/semin/cae/CAE_REV_3.pdf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
157
Desporto – CAE 30120. Não está, no entanto, discriminado código relativo à
manutenção ou reparação deste tipo de embarcações.
De acordo com a Tabela 12, o número de empresas ligadas a este setor tem-se
mantido mais ou menos constante ao longo dos últimos quatro anos, após ter
sofrido uma forte quebra, de 17 %, de 2008 para 2009.
Tabela 12: Número de Empresas construtoras de Embarcações de Recreio e de
Desporto, volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE – Instituto
Nacional de Estatística (através da PwC).
CAE 30120
Construção de Embarcações de
Recreio
e de Desporto
2008 2009 2010 2011 2012
Número de Empresas 59 49 50 47 48
Pessoal ao Serviço 618 256 321 299 438
De acordo com os dados apresentados pela AIN – Associação de Indústrias
Navais (num workshop relativo ao setor), o desaparecimento de 10 empresas no
período refletiu-se numa redução de 57 % do Volume de Negócios do setor da
construção de embarcações de recreio e de desporto (Gráfico 15).
Entre 2011 e 2012, o Volume de Negócios teve um crescimento surpreendente
(84 %), o que se refletiu também no aumento de Pessoal ao Serviço (mais 139
pessoas em 2012 que em 2011, Tabela 12). O VAB – Valor Acrescentado Bruto
tem vindo a ter, naturalmente, um comportamento semelhante ao Volume de
Negócios (Gráfico 15 e 16).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
158
Gráfico 15 e Gráfico 16 – Volume de Negócios e Valor Acrescentado Bruto relativo à
Construção de embarcações de recreio e de desporto. FONTE: INE e AIN –
Associação das Indústrias Navais.
Considerando o sistema de classificação dos produtos da União Europeia40, em
particular o estabelecido no Sistema Harmonizado (SH) de Designação e de
Codificação de Mercadorias, foi possível obter informação relativa às
importações e exportações portuguesas dos produtos associados ao CAE 30120.
No SH, os navios, embarcações e estruturas flutuantes estão catalogados com o
código geral 89, sendo depois o código 8903 atribuído a iates e outras
embarcações de recreio ou desportivas, a barcos de remo e a canoas, e o
código 8907 a outras estruturas flutuantes (como balsas, reservatórios, boias de
sinalização e semelhantes).
40http://exporthelp.europa.eu/thdapp/display.htm?page=rt/rt_SistemaDe
ClassificacaoDeProdutosDaEU.html&docType=main&languageId=PT
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
159
De acordo com dados disponibilizados pela AIN relativos aos valores
movimentados e destinos/origens, dos produtos41: Barcos insufláveis (8903.10),
Barcos à vela, com ou sem motor auxiliar (8903.91), Barcos a motor, exceto de
motor fora-de-borda (8903.92), Barcos a remo, canoas e outros barcos de recreio
(8903.99), Balsas insufláveis (8907.10), foi efetuado o levantamento dos valores de
importação e exportação para o período de 2004 a 2013, conforme Gráfico 17.
Gráfico 17 – Valores acumulados de importação e exportação de embarcações de
recreio e desporto no período de 2004-2013. FONTE: AIN – Associação das
Indústrias Navais.
O saldo dos movimentos de importação e de exportação, apesar de
globalmente negativo (maior importação), tem sofrido oscilações.
Os produtos com maior peso, quer nas importações quer nas exportações, são,
sem dúvida, os Barcos a motor (exceto de motor fora-de-borda; código 8903.92),
o que se compreende, também devido ao elevado valor comercial em relação
aos demais produtos. O Gráfico 18 apresenta a evolução anual do produto,
onde se constata que, desde 2007, o valor das importações tem sido superior às
exportações, havendo a significativa exceção do ano de 2012, quando se
verificaram os valores anuais mais elevados de sempre (ambos superiores a 50
milhões de euros) e quando as exportações foram superiores 21% em relação às
importações.
41www.wcoomd.org/~/media/WCO/Public/Global/PDF/Topics/Nomencla
ture/Instruments%20and%20Tools/HS%20Nomenclature%20Older%20Edition
/2002/HS%202002/1789E.ashx?db=web
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
160
Gráfico 18 – Variação anual das importações e exportações de “Barcos a Motor, exceto
de motor fora-de-agua”. FONTE: AIN – Associação das Indústrias Navais (23-04-
2015).
Relativamente ao produto 8903.10 – Barcos insufláveis observa-se desde 2004 um
saldo comercial positivo, embora decrescente até ao ano 2013, em que as
importações superaram o valor o valor das exportações (Gráfico 19).
Gráfico 19 – Variação anual das importações e exportações de “Barcos insufláveis”.
FONTE: AIN – Associação das Indústrias Navais (23-04-2015).
Outra informação pertinente, relativamente ao mercado da construção de
embarcações, é a identificação dos mercados para onde se destinam as nossas
exportações. Como se pode verificar no gráfico abaixo, para o período entre
2003 e 2013, a maior parte do nosso volume de negócios exportado (29 %) é
para o mercado espanhol, seguindo-se o italiano e o francês.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
161
Gráfico 20 – Variação anual das importações e exportações de “Barcos a Motor, exceto
de motor fora-de-agua. FONTE: AIN – Associação das Indústrias Navais (23-04-
2015).
Exploração dos Portos de Recreio – Marinas
De acordo com dados do INE (Erro! A origem da referência não foi encontrada.),
em 2012 estavam registadas 13 empresas com o CAE 93292, que se refere a
“Exploração dos portos de recreio (marinas)”.
Comparando este número com o da Erro! A origem da referência não foi
encontrada. (existência de 51 Marinas, Portos de Recreio e Docas de Recreio em
2014), ressalva-se que esta discrepância se deve ao facto de muitas destas
infraestruturas serem geridas por entidades como as Administrações Portuárias às
quais as Marinas estão associadas, Clubes Náuticos, Associações ou mesmo pelo
Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, I.P. (IPTM) que até 2014 tinha a seu
cargo a gestão dos portos de pesca e alguns dos portos de recreio do território
continental, estando atualmente a ser geridos sob a responsabilidade da
DOCAPESCA, S.A..
Este setor verificou, entre 2008 e 2011, um crescimento de 62,5 % no número de
marinas e um aumento mais modesto do volume de negócios e do pessoal ao
serviço, cerca 8% em ambos os casos, no período considerado. Ao contrário, o
valor acrescentado bruto registou uma diminuição de cerca de 11% entre 2008 e
2012.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
162
CAE 93292
Exploração dos portos de recreio
(marinas)
2008 2009 2010 2011 2012
Número de Empresas 8 7 8 13 13
Volume de Negócios (milhares €) 11.110 10.953 11.345 11.964 12.011
Valor Acrescentado Bruto (VAB)
(milhares €) 6.055 6.505 6.551 5.273 5.370
Pessoal ao Serviço 78 78 78 84 92
Tabela 13: Número de Empresas registadas como Exploração dos portos de recreio
(marinas), volume de negócios e pessoal ao serviço. Fonte: INE- Instituto
Nacional de Estatística.
Empresas de Animação Turística e Operadores Marítimo-Turísticos
Para uma melhor caracterização do setor das atividades marítimo-turísticas em
Portugal é importante abordar a evolução do enquadramento legal da
atividade.
Há cerca de 20 anos atrás, em 1997, a legislação turística foi objeto de profundas
alterações, desencadeando uma forte reestruturação do quadro legislativo
global do sector (Decreto-Lei n.º 167/97, de 4 de julho42) e em 1998, pelo Decreto
Regulamentar n.º 22/98, de 21 de Setembro43, foi regulamentada a declaração
de interesse para o turismo.
Em 2000 foi legislado, pela primeira vez, o enquadramento legal sobre o acesso
e exercício da atividade das Empresas de Animação Turística (Decreto-Lei n.º
204/2000 de 1 de setembro44) e posteriormente, em 2002, foi aprovado o
Regulamento da Atividade Marítimo-Turística (RAMT – Decreto-Lei n.º 21/2002, de
31 de janeiro), que define as regras aplicáveis às embarcações utilizadas por
todos os agentes autorizados a exercer a atividade marítimo-turística, em todo o
território nacional. A 28 de outubro de 2003 foi publicado o Decreto-Lei nº
42 www.oasrn.org/upload/apoio/legislacao/pdf/tur16797.pdf 43 http://dre.tretas.org/pdfs/1998/09/21/dre-97356.pdf 44 www.iapmei.pt/iapmei-leg-03.php?lei=2273
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
163
269/200345 que veio trazer alguns ajustamentos ao RAMT, em matérias
respeitantes às regras das embarcações de recreio utilizadas para o exercício da
atividade.
Em 2009 tornou-se a assistir a uma grande mudança política no setor do Turismo,
com a publicação do Decreto-Lei n.º 108/2009, de 15 de maio46, que surgiu para
dar seguimento a uma das medidas do Programa SIMPLEX — Programa de
Simplificação Administrativa. Esta alteração da lei provocou o forte aumento no
registo de empresas no setor (Fonte: Turismo de Portugal). Por forma a simplificar
os processos burocráticos relacionados com a atividade, a manter atualizada a
base de contactos dos agentes a operar no mercado e a contribuir para uma
melhor monitorização e acompanhamento da evolução do setor, foi deliberado
(neste Decreto-Lei n.º 108/2009), a criação do Registo Nacional dos Agentes de
Animação Turística (RNAAT), gerido através de um balcão único (portal web):
Turismo de Portugal, I. P.. Desde então é obrigatório que todas as empresas
sediadas no Continente ligadas à animação turística, isto é, Empresas de
Animação Turística (EAT) e Operadores Marítimo-Turísticos (OMT), se registem no
portal.
De notar que uma pessoa singular ou coletiva é considerada EAT caso
desenvolva, com caráter comercial, alguma atividade de animação turística,
como as atividades de turismo de ar livre ou de turismo cultural, e que tenham
interesse turístico para a região em que se desenvolvem, sejam estas
desenvolvidas com ou sem recurso a embarcações. Para ser considerada um
OMT, a pessoa singular ou coletiva, deve recorrer sempre à utilização de
embarcações, com fins lucrativos, para a realização das suas atividades.
Mais recentemente (19 de julho de 2013) o Decreto-Lei n.º 95/201347 veio
introduzir alterações às condições e ao processo de registo, tornando mais
simples e menos oneroso o acesso ao exercício da atividade (atualmente é
possível iniciar uma atividade através de uma mera comunicação prévia, nas
condições previstas, a realizar através de formulário eletrónico disponível no
Portal Turismo de Portugal, I.P. – RNAAT). Estes fatores contribuíram para o
45www.portodelisboa.pt/portal/page/portal/PORTAL_PORTO_LISBOA/AUT
ORIDADE_PORTUARIA/LEGISLACAO/MARITIMO_TURISTICA/DL%20269-
2003%20Actividades%20Mar%EDtimo-Tur%EDsticas.pdf 46
www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/conhecimento/legislacao/licenciamentoe
utilidadeturistica/
empresasdeanimacaoturistica/Anexos/DL108_2009.pdf 47
www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/conhecimento/legislacao/licenciamentoe
utilidadeturistica/
empresasdeanimacaoturistica/Anexos/Altera%C3%A7%C3%A3oRNAAT_DL95_2013.pdf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
164
aumento significativo do número de OMT e ER-MT registadas em, principalmente,
2014, conforme de pode verificar pela análise das Erro! A origem da referência
não foi encontrada., Erro! A origem da referência não foi encontrada. e Erro! A
origem da referência não foi encontrada.8.
Finalmente, em 2014, com o Decreto-Lei n.º 149/2014 de 10 de outubro48 foi
aprovado o Regulamento das Embarcações Utilizadas na Atividade Marítimo-
Turística (REAMT), que revogou o RAMT e viram-se aprovados novos
procedimentos relativos à utilização das embarcações afetas à atividade
marítimo-turística. Desta nova lei, destacam-se duas grandes mudanças: o
alargamento da tipologia das embarcações que podem ser afetas à atividade
(podendo agora ser utilizadas embarcações de comércio, pesca, rebocadores,
tradicionais e barcos típicos, entre outras); e a alteração relativa ao número de
passageiros que podem embarcar, sendo agora possível transportar até 18
passageiros (ao contrário dos anteriores 12), embora obedecendo a algumas
condicionantes.
No que respeita às Regiões Autónomas, empresas com atividades turísticas
sediadas na Madeira passaram a ser obrigadas a registar-se no RNAAT a partir
de 2013, enquanto as empresas sediadas na Região Autónoma dos Açores não
estão, para já, obrigadas ao registo no RNAAT, estando obrigadas ao registo e lei
própria da Região.
48
www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/turismodeportugal/destaque/Documents/at
ividade-maritimo-turistica.pdf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
165
Gráfico 21, Gráfico 22, Gráfico 23 e Gráfico 24 – Registo de Operadores Marítimo-Turísticos no
RNAAT, entre 2011 e 2014. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P. (22-01-2015).
Conforme os Gráficos anteriores ilustram, tem-se verificado um aumento no
número de registos de Operadores Marítimo-Turísticos no RNAAT, bem como a
diversificação da sua localização. Em 2012 decorreram registos apenas em 11
NUT III, em 2013 em 16 NUT III, número que subiu em 2014 para 22 regiões. De
notar que 10% destes registos se localizam em NUT III interiores que dispõem de
lagos, lagoas, albufeiras e rios.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
166
Tabela 14 e Tabela 15: Registos de Operadores Marítimo-Turísticos, por NUT III, em 2012 e
2013 (a azul os NUT III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal Turismo
de Portugal, I.P. (22-01-2015).
Tabela 16: Registos de Operadores Marítimo-Turísticas, por NUT III, em 2014. (a azul os NUT
III costeiros, a branco os NUT III interiores). FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.
(22-01-2015).
Código
NUT IIINUT III
Num. Registos
2014
1 Minho-Lima 4
2 Cávado 3
3 Ave 2
4 Grande Porto 17
5 Tâmega 2
6 Entre Douro e Vouga 1
9 Baixo Vouga 6
10 Baixo Mondego 3
11 Pinhal Litoral 3
14 Dão-Lafões 2
17 Beira Interior Sul 2
19 Oeste 13
20 Grande Lisboa 49
21 Península de Setúbal 9
22 Médio Tejo 3
23 Lezíria do Tejo 1
24 Alentejo Litoral 1
25 Alto Alentejo 1
26 Alentejo Central 1
27 Baixo Alentejo 1
28 Algarve 38
RAM Região Autónoma da Madeira 5
TOTAL 167
Código
NUT IIINUT III
Num. Registos
2012
1 Minho-Lima 2
4 Grande Porto 1
9 Baixo Vouga 3
10 Baixo Mondego 1
19 Oeste 3
20 Grande Lisboa 23
21 Península de Setúbal 3
23 Lezíria do Tejo 1
26 Alentejo Litoral 4
27 Baixo Alentejo 1
28 Algarve 13
TOTAL 55
Código
NUT IIINUT III
Num. Registos
2013
1 Minho-Lima 1
2 Cávado 2
3 Ave 2
4 Grande Porto 2
5 Tâmega 1
7 Douro 3
8 Alto Trás-os-Montes 1
9 Baixo Vouga 5
17 Beira Interior Sul 1
19 Oeste 2
20 Grande Lisboa 27
21 Península de Setúbal 11
23 Lezíria do Tejo 1
25 Alto Alentejo 1
26 Alentejo Central 1
28 Algarve 21
TOTAL 82
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
167
Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/NUTS_de_Portugal.
1-Minho-Lima 11-Pinhal Litoral 21-Península de Setúbal
2-Cávado 12-Pinhal Interior Norte 22-Médio Tejo
3-Ave 13-Pinhal Interior Sul 23-Lezíria do Tejo
4-Grande Porto 14-Dão-Lafões 24-Alentejo Litoral
5-Tâmega 15-Serra da Estrela 25-Alto Alentejo
6-Entre Douro e Vouga 16-Beira Interior Norte 26-Alentejo Central
7-Douro 17-Beira Interior Sul 27-Baixo Alentejo
8-Alto Trás-os-Montes 18-Cova da Beira 28-Algarve
9-Baixo Vouga 19-Oeste
10-Baixo Mondego 20-Grande Lisboa RAM-Região Autónoma da
Madeira
Tabela 17: Lista das regiões NUT III de Portugal (a azul os NUT III costeiros, a branco os NUT
III interiores).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
168
Há também a considerar os Agentes de Animação Turística que, não sendo
classificados como Operadores Marítimo-Turísticos, também realizam “Atividades
de Água”, “Atividades de Ar” ou “Atividades reconhecidas como turismo de
natureza” com componentes náuticas. Referimo-nos às Empresas de Animação
Turística (EAT) que disponibilizam serviços/produtos para a realização de: Surf ou
Bodyboard, Windsurf, Kitesurf, Skiming ou Padlle, Observação de Aves Marítimas
ou Cetáceos, Cannyoning ou coasteering, Mergulho, snorkeling ou similares,
Pesca Lúdica, Passeios Marítimo Turísticos, Aluguer de Embarcações de Recreio
com ou sem tripulação, Canoagem ou Rafting, Vela ou Remo. Fazem ainda
parte deste grupo as empresas que efetuem/disponibilizem Serviços de reboque
para bananas, paraquedas ou esqui aquático, Serviços efetuados por táxi fluvial
ou marítimo, Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas
embarcações dispensadas de registo, Natação em águas bravas ou hidrospeed,
ou até mesmo Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a
utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem meios de propulsão
próprios ou selados.
Na tabela seguinte (Erro! A origem da referência não foi encontrada.) observa-se
a evolução do número de registos de EAT em Portugal com oferta de atividades
náuticas, desde 2010. Aparentemente, a alteração da Lei em 2013 não
provocou alteração na forma de registo das organizações, uma vez que a
inscrição como Agente de Animação por meio desta categoria, EAT em vez de
OMT, até aumentou em 2014. As NUT II onde decorreram mais registos de EAT
com atividades na água são Algarve, Centro e, mais recentemente, Lisboa.
Tabela 18: Registo de Empresas de Animação Turística com oferta de atividades na
água, por NUT II, de 2010 a 2014. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-
2015)
Considerando todos os registos disponibilizados através do Portal do Turismo de
Portugal, I.P. à data de 22 de janeiro de 2015, estavam inscritos no RNAAT 619
Operadores Marítimo-Turísticos e 426 Empresas de Animação Turística, sendo que
2010 a 2014
Designação
NUT II
Número
Registos
Designação
NUT II
Número
Registos
Designação
NUT II
Número
Registos
Designação
NUT II
Número
Registos
Designação
NUT II
Número
Registos
Número
Registos
Norte 10 Norte 9 Norte 12 Norte 11 Norte 13 55
Centro 10 Centro 18 Centro 14 Centro 5 Centro 15 62
Lisboa 11 Lisboa 11 Lisboa 16 Lisboa 16 Lisboa 23 77
Alentejo 6 Alentejo 7 Alentejo 10 Alentejo 12 Alentejo 3 38
Algarve 18 Algarve 14 Algarve 6 Algarve 11 Algarve 10 59
R.A.Madeira 0 R.A.Madeira 1 R.A.Madeira 0 R.A.Madeira 0 R.A.Madeira 2 3
TOTAL 55 TOTAL 60 TOTAL 58 TOTAL 55 TOTAL 66 294
2010 2011 2012 2013 2014
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
169
83,6% destas (356 empresas) possuía alguma atividade relacionada com a
náutica (Erro! A origem da referência não foi encontrada.).
Tabela 19: Empresas registadas no RNAAT, à data de 22-01-2015, com oferta de
atividades, produtos ou serviços ligados à náutica. FONTE: Portal Turismo de
Portugal, I.P.. (22-01-2015).
O Turismo de Portugal, I.P. realizou em 2013 e em 2014 um inquérito para
caraterização das EAT e dos OMT que se encontravam registados nos anos de
2012 e 2013. Foi efetuada, em cada ano, uma inquirição exaustiva a um universo
de, respetivamente, 1468 e 1507 empresas registadas no RNAAT. A taxa de
resposta foi de 45 % e 43 %, respetivamente para o ano de 2013 e 2014, e deu
origem aos Estudos “Agentes de Animação Turística 2012” (Turismo de Portugal,
I.P., maio de 2013)49 e “ANIMAÇÃO TURÍSTICA EM PORTUGAL 2013 –
Caraterização da Oferta e da Procura”50 (Estudo Turismo de Portugal, I.P.,
dezembro de 2014).
Através das questões colocadas foi possível, para cada ano de estudo, obter
uma caracterização geral dos agentes de animação turística, nomeadamente
informações sobre o número de colaboradores ao serviço, o seu nível de
49www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/ProTurismo/competitividad
eeinovacao/setoresdeatividade/anima%C3%A7%C3%A3otur%C3%ADstic
a/Documents/Carateriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Anima%C3%A7%C3
%A3o%20Tur%C3%ADstica%202012.pdf 50www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/ProTurismo/competitividad
eeinovacao/setoresdeatividade/anima%C3%A7%C3%A3otur%C3%ADstic
a/Documents/Carateriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Anima%C3%A7%C3
%A3o%20Tur%C3%ADstica%202013Vfinal.pdf
NUT II OMT EAT TOTAL
Norte 71 76 147
Centro 96 72 168
Lisboa 200 87 287
Alentejo 35 50 85
Algarve 210 66 276
R.A.Madeira 7 3 10
Internacional - 2 2
TOTAL 619 356 975
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
170
formação, a duração do serviço que prestam (tempo total ou parcial) e o
volume de negócios das empresas.
De acordo com os estudos do Turismo de Portugal, I.P. verifica-se que dimensão
das empresas de animação turística em Portugal é bastante variável, no
entanto, em ambos os anos, verifica-se que os OMT são os que apresentam o
menor número de colaboradores. Segundo os mesmos estudos, as EAT tiveram
um número médio de colaboradores igual a 12, em 2012 e 2013, superior ao
registo médio dos OMT que passaram, de uma média de 7 trabalhadores em
2012 para 5 trabalhadores em 2013.
Quanto ao nível de qualificação dos colaboradores dos OMT, os estudos
evidenciam que 58% deles possuía formação superior ou formação técnico-
profissional, enquanto nas EAT a percentagem passou de 51 % para 45 %, no
período em causa. Ainda de acordo com os resultados apresentados pelo
Turismo de Portugal, I.P., apenas cerca de 30 % do global dos colaboradores
com formação superior (EAT e OMT), tinham formação na área de Turismo.
Relativamente ao Volume de Negócios das empresas verifica-se que houve um
decréscimo global no valor movimentado de 2012 para 2013. Entre os OMT
respondentes ao inquérito em 2013, 62 % movimentou menos de 25 mil euros no
ano de 2012, em 2013 foram 68 % os que faturaram menos de 25 mil euros. Este
decréscimo de movimento ocorreu também para os grandes volumes de
negócios: em 2013 apenas 12 % dos OMT movimentaram mais de cem mil euros,
quando em 2012 tinham sido 16 % das empresas a fazê-lo. De notar também
que, comparativamente às EAT, o volume de negócios dos OMT é
significativamente mais baixo. (Gráfico 25).
Gráfico 25 – Volume de Negócios, em média, por Empresas de Animação Turística e
Operadores Marítimo-Turísticos. FONTE: Estudo do Turismo de Portugal, I.P..
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
171
Relativamente às empresas dos Açores, não conseguimos obter dados relativos
à evolução do número de entidades registadas, no entanto, a partir de
contactos realizados com a Associação Regional de Turismo (ART) dos Açores
(sediada em Angra do Heroísmo), obtivemos acesso ao documento intitulado
“Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015”. Este Guia apresenta,
minuciosamente em 218 páginas, as atividades aquáticas, terrestres e aéreas a
realizar em cada ilha, informações sobre a duração média da atividade e os
contactos das empresas prestadoras de serviços, registadas aquando da
elaboração do documento (2014)51. De referir que o documento está redigido
em dois idiomas, Português e Inglês.
Eem 2014 estavam registadas nos Açores 99 empresas, com oferta de serviços
para a realização de atividades de animação turística. Dessas, 67 % dispõem de
oferta náutica. É possível analisar na Erro! A origem da referência não foi
encontrada. a distribuição das empresas por cada ilha do Arquipélago, no total
e por atividades náuticas.
De salientar que existem 12 empresas que operam em mais que uma ilha, no
entanto para a distribuição do número de empresas por ilha (dados na tabela) a
empresa foi contabilizada por ilha e não por número de registo.
Tabela 20: Empresas registadas nos Açores, com serviços relacionados com a prática de
atividades náuticas.
FONTE: Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.
51 Este documento deverá constar brevemente
http://pt.artazores.com/downloads.
Ilha dos
Açores
Empresas com
Atividades de
Animação Turística
Empresas com
Atividades Náuticas
Santa Maria 5 4
São Miguel 37 20
Terceira 20 12
Graciosa 4 2
São Jorge 6 5
Pico 14 7
Faial 19 16
Flores 8 6
Corvo 6 4
TOTAL 119 76
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
172
3.5. Os produtos turísticos na área da náutica
Caracterização da Oferta
De acordo com os resultados obtidos pelo estudo do Turismo de Portugal, I.P. em
2014, as atividades de Turismo de Ar Livre/Turismo de Natureza e Aventura foram
as atividades mais procuradas em 2012 e 2013 e é de destacar a importância
das atividades marítimo-turísticas, que assumem o maior peso relativo,
correspondendo a 51 % do total do Turismo ao Ar Livre.
Para tal contribui o facto de os passeios marítimo-turísticos e o aluguer de
embarcações de recreio terem sido as duas atividades mais
procuradas/realizadas em 2013. O estudo refere também, de forma particular, a
região do Algarve, em que o peso relativo das atividades marítimo-turísticas
representa 71 % do total de atividades de Turismo de Ar Livre/Turismo de
Natureza e Aventura, o mais elevado do país por regiões.
Em termos gerais (EAT e OMT), e ainda de acordo com os dados recolhidos pelo
Turismo de Portugal, I.P. nos questionários realizados, 66 % e 64 % das empresas
respondentes (respetivamente em 2013 e 2014), disponibilizaram programas com
duração média de apenas umas horas, ou seja, a maior parte das empresas
apresentou serviços/atividades em 2012 e 2013 com duração inferior a um dia.
No total, apenas 34 % das empresas possuem programas com duração de um
dia completo ou até 4 dias e cerca de 10 % oferecem produtos com duração de
cinco a sete dias. Em 2013 não houve sequer registo de oferta de
serviços/atividades com duração superior a 7 dias.
Considerando a análise das atividades náuticas oferecidas pelas 975 empresas
registadas no RNAAT em janeiro de 2015, temos a seguinte distribuição, no
Gráfico e Tabela seguintes:
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
173
Gráfico 26: Disponibilidade das atividades segundo as empresas registadas no RNAAT a
22-01-2015. FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)
Tabela 21: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no RNAAT.
FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)
A oferta identificada na Erro! A origem da referência não foi encontrada. tem
correspondência nas necessidades da procura, conforme o estudo do Turismo
Atividade náuticaNúmero de
Empresas% OMT % EAT
Passeios Marítimo-Turísticos 506 71% 29%
Aluguer de Embarcações de Recreio, com tripulação 422 71% 29%
Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas
embarcações dispensadas de registo349 57% 43%
Pesca Lúdica 307 69% 31%
Surf, Bodyboard, Windsurf, kitesurf, Skiming e/ou
Stand Up Paddle302 63% 37%
Observação de Aves marinhas e/ou Cetáceos 290 0% 100%
Aluguer de Embarcações de Recreio, sem tripulação 270 68% 32%
Canoagem e/ou Rafting 241 29% 71%
Serviços de reboque de equipamentos, como "bananas"
ou Ski-aquático168 48% 52%
Vela e/ou Remo 149 41% 59%
Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo 140 64% 36%
Mergulho, Snorkeling ou similares 114 0% 100%
Cannyoning e/ou Coasteering 107 0% 100%
Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a
utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem
meios de propulsão próprios ou selados
78 54% 46%
Natação em águas bravas e/ou Hidrospeed 47 0% 100%
Marinas, portos de recreio e docas de recreio 9 0% 100%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
174
de Portugal (2013): a maior procura de passeios marítimo-turísticos, corresponde
à maior oferta deste serviço. Entre as 975 empresas com atividades náuticas 52 %
oferecem passeios marítimo turísticos e das 3499 atividades náuticas oferecidas
pelo conjunto dessas empresas, a atividade passeios marítimo turísticos
representa 14 % do total (Erro! A origem da referência não foi encontrada.). As
outras atividades com maior oferta são o “Aluguer de Embarcações de Recreio,
com tripulação” e “Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas
embarcações dispensadas de registo”.
De notar que, entre as empresas registadas no RNAAT, as empresas que
oferecem meios para observação de aves e/ou cetáceos, a prática de
mergulho ou similares, o canyoning e a natação em águas livres são apenas as
Empresas de Animação Turística.
Tabela 22: Atividades náuticas disponibilizadas pelas empresas registadas no RNAAT.
FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)
Como já referido, há um total de 3499 atividades náuticas oferecidas pelas
empresas registadas no RNAAT, isto é, há empresas que realizam mais que uma
atividade náutica. A Erro! A origem da referência não foi encontrada. (e o
(Gráfico 27) apresenta a distribuição do número de empresas de acordo com o
número de atividades oferecidas. Constata-se que a maior parte (29 %) dos
Atividade náutica% Empresas
no Total
% Oferta
náutica no
Total
Passeios Marítimo-Turísticos 52% 14%
Aluguer de Embarcações de Recreio, com tripulação 43% 12%
Aluguer ou utilização de motas de água e de pequenas
embarcações dispensadas de registo36% 10%
Pesca Lúdica 31% 9%
Surf, Bodyboard, Windsurf, kitesurf, Skiming e/ou Stand Up
Paddle31% 9%
Observação de Aves marinhas e/ou Cetáceos 30% 8%
Aluguer de Embarcações de Recreio, sem tripulação 28% 8%
Canoagem e/ou Rafting 25% 7%
Serviços de reboque de equipamentos, como "bananas" ou
Ski-aquático17% 5%
Vela e/ou Remo 15% 4%
Serviços efetuados por táxi fluvial ou marítimo 14% 4%
Mergulho, Snorkeling ou similares 12% 3%
Cannyoning e/ou Coasteering 11% 3%
Serviços de natureza marítimo-turística prestados mediante a
utilização de embarcações atracadas ou fundeadas e sem
meios de propulsão próprios ou selados
8% 2%
Natação em águas bravas e/ou Hidrospeed 5% 1%
Marinas, portos de recreio e docas de recreio 1% 0%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
175
Operadores Marítimo-Turísticos oferece duas atividades náuticas e apenas 27 %
oferece mais de três atividades náuticas. Por outro lado, a maior parte das
Empresas de Animação Turística oferece apenas uma atividade náutica (28 %) e
apenas 10% oferecem duas atividades náuticas.
Tabela 23: Oferta de atividades náuticas, disponíveis por OMT e EAT, por NUT II.
FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)
Número de
OMTPercentagem
Número de
Atividades
Número de
EATPercentagem
150 24% 1 At 100 28%
182 29% 2 At 37 10%
120 19% 3 At 34 10%
68 11% 4 At 31 9%
48 8% 5 At 30 8%
12 2% 6 At 26 7%
16 3% 7 At 14 4%
8 1,3% 8 At 14 4%
5 0,8% 9 At 17 5%
5 0,8% 10 At 12 3%
5 0,8% 11 At 8 2%
619 100% 12 At 13 4%
13 At 7 2%
14 At 6 2%
15 At 5 1%
16 At 2 1%
356 100%
TOTAL
TOTAL
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
176
Gráfico 27: Oferta de atividades náuticas, disponíveis por OMT e EAT, por NUT II.
FONTE: Portal Turismo de Portugal, I.P.. (22-01-2015)
Ainda relativamente à informação sobre as empresas registadas no RNAAT, entre
os OMT que oferecem duas atividades, constatou-se que a atividade com maior
oferta é o aluguer ou utilização de motas de água ou de pequenas
embarcações dispensadas de registo disponível, que aparece associada à
oferta da atividade Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf, skiming e padlle. Por outro
lado, quem organiza passeios marítimo-turísticos também costuma disponibilizar
o serviço de aluguer de embarcação com tripulação.
Relativamente à distribuição da oferta constata-se que o maior número de
serviços náuticos oferecidos (incluindo todo o tipo de atividades anteriormente
mencionadas) está localizado nas regiões do Algarve e Lisboa, ambas com 29%
da oferta global de atividades náuticas, seguidas com representatividade
bastante inferior, da zona Centro e Norte (Erro! A origem da referência não foi
encontrada.).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
177
Tabela 24: Serviços náuticos oferecidos por região NUT II. FONTE: Portal Turismo de
Portugal, I.P.. (22-01-2015)
Se considerarmos a distribuição da oferta das diversas atividades náuticas por
NUT II, verifica-se que a oferta de Cannyoning e/ou coasteering, Natação em
águas livres e/ou Hidrospeed e a gestão de Marinas por Empresas de Animação
Turística é superior na região Norte e que o Surf e similares, o Mergulho e similares
e a Observação de cetáceos têm maior oferta na região de Lisboa. Pode-se
observar a distribuição, por atividade, no ANEXO III.
Considerando a informação relativa aos Açores, foram contabilizadas 21
diferentes atividades náuticas que, no geral, se relacionam com atividades
ligadas ao mergulho, pesca, vela, observação de cetáceos e aves marinhas,
passeios marítimo-turísticos, canoagem, atividades de praia (como ski-aquático,
wakebord, boias, bananas e gaivotas), surf, paddle, motas de água,
canyoning/cascading e coastering.
Da análise (Erro! A origem da referência não foi encontrada.), constata-se que,
além da atividade “viagem inter-ilhas”, não há nenhuma atividade transversal a
todas as nove ilhas do Arquipélago. As atividades com maior oferta são a saída
de mergulho (que se encontra discriminada do snorkeling, batismos de
mergulho, cursos de mergulho e mergulho com tubarões), os passeios de barco
(passeios marítimo-turísticos) e a pesca de corrico52 e de fundo (havendo
diferença para a pesca grossa, caça submarina e pesca de costa).
Relativamente às atividades náuticas realizadas em águas interiores, existe oferta
52 Pesca de corrico – consiste essencialmente no arrasto de amostras artificiais a diversas
profundidades da coluna de água, mediante a utilização de aparelhos de profundidade ou
profundizadores.
NUT IIOferta de
Atividades Náuticas
% Oferta de
Atividades Náuticas
Norte 530 15%
Centro 569 16%
Lisboa 1006 29%
Alentejo 346 10%
Algarve 1007 29%
RAMadeira 41 1%
TOTAL 3499 100%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
178
para a realização de canyoning e cascading em cinco ilhas, havendo oferta
para coasteering em apenas uma (São Jorge). De notar ainda que existe
apenas uma ilha onde se pode encontrar oferta (registada) para a prática de
atividades de surf (Terceira) e de SUP (São Miguel).
Tabela 25: Distribuição da disponibilidade de atividades náuticas pelas diferentes ilhas
dos açores.
Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.
Por outro lado, pode-se também verificar que é nas Ilhas de São Miguel e
Terceira que ocorre uma maior diversidade de oferta de atividades náuticas
enquanto, claramente, a Ilha do Corvo é a que menor diversidade tem, seguida
por Flores e São Jorge.
Relativamente ao número de oferta de atividades náuticas, e considerando
apenas o par atividade/empresa (excluindo as diversas combinações possíveis
como, por exemplo, duração da atividade, percurso, etc.), existem nos Açores,
no total das nove ilhas, 275 atividades náuticas à disposição do consumidor. Na
tabela seguinte podemos observar a distribuição da oferta segundo a atividade.
Como se pode constatar, é também na Ilha de São Miguel que, além da
diversidade como vimos acima, existe a maior oferta. É nesta ilha que se
encontra a maior oferta para 12 das 21 atividades náuticas referenciadas.
3 7 13 10 7 11 17 18 13
Corvo Flores Faial Pico São Jorge Graciosa TerceiraSão
Miguel
Santa
Maria
Viagens inter-ilhas x x x x x x x x x 9
Saídas de mergulho x x x x x x x x 8
Snorkeling x x x x x x x 7
Batismos de mergulho x x x x x x 6
Cursos de mergulho x x x x x 5
Mergulho com tubarões x x x x 4
Passeios de barco x x x x x x x x 8
Pesca de corrico e de fundo x x x x x x x x 8
Pesca grossa x x x x x x 6
Caça submarina x x x x 4
Pesca de costa x x x 3
Observação de aves marinhas x x x x x x 6
Observação de cetáceos
e Nadar com golfinhosx x x x x 5
Canoagem x x x x x 5
Vela x x x x 4
Atividades de praia (Ski-aquático, Wakebord,
Boias, Bananas e Gaivotas)x x 2
Surf e Bodyboard x 1
Stand Up Paddle (SUP) x 1
Motas de água x 1
Canyoning e Cascading x x x x x 5
Coastering x 1
TOTAL
Presença nas
Ilhas
ATIVIDADES NÁUTICAS
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
179
Ainda relativamente à oferta diversificada de atividades, pode-se dizer que é
uma aposta das empresas registadas nos Açores. Segundo os dados da Erro! A
origem da referência não foi encontrada., entre as 66 empresas registadas no
Arquipélago, apesar de 24 % possuir apenas oferta de uma atividade náutica,
48% disponibiliza entre duas a 5 atividades náuticas diferentes.
Tabela 26: Distribuição da oferta de atividades náuticas pelas diferentes ilhas dos
açores.
Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.
Tabela 27: Oferta de atividades náuticas, disponíveis pelas empresas dos Açores.
Guia de Atividades de Animação Turística 2014|2015.
Corvo Flores Faial Pico São Jorge Graciosa Terceira São Miguel Santa Maria
Passeios de barco 37 0% 8% 16% 14% 5% 5% 14% 30% 8%
Viagens inter-ilhas 35 9% 9% 20% 14% 6% 6% 14% 17% 6%
Saídas de mergulho 24 8% 4% 21% 13% 0% 8% 8% 21% 17%
Snorkeling 22 0% 5% 14% 14% 0% 9% 18% 23% 18%
Pesca de corrico e de fundo 22 5% 9% 14% 0% 5% 9% 27% 27% 5%
Batismos de mergulho 17 0% 0% 18% 18% 0% 6% 12% 29% 18%
Observação de cetáceos
e Nadar com golfinhos17 0% 0% 24% 24% 0% 6% 18% 29% 0%
Pesca grossa 15 0% 0% 13% 0% 7% 7% 20% 40% 13%
Cursos de mergulho 14 0% 0% 14% 21% 0% 0% 14% 36% 14%
Mergulho com tubarões 14 0% 0% 36% 21% 0% 0% 0% 14% 29%
Vela 12 0% 0% 50% 17% 17% 0% 0% 17% 0%
Canoagem 10 0% 0% 10% 10% 0% 10% 30% 40% 0%
Observação de aves
marinhas8 0% 13% 13% 0% 0% 13% 25% 13% 25%
Canyoning e Cascading 7 0% 14% 0% 0% 14% 0% 14% 43% 14%
Caça submarina 6 0% 0% 0% 0% 0% 33% 33% 17% 17%
Pesca de costa 6 0% 0% 0% 0% 0% 0% 50% 33% 17%Atividades de praia (Ski-
aquático, Wakebord, Boias,
Bananas e Gaivotas)
4 0% 0% 0% 0% 0% 0% 75% 25% 0%
Surf e Bodyboard 2 0% 0% 0% 0% 0% 0% 50% 50% 0%
Stand Up Paddle (SUP) 1 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 0%
Motas de água 1 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 0% 0%
Coastering 1 0% 0% 0% 0% 100% 0% 0% 0% 0%
TOTAL 275 2% 4% 17% 12% 4% 6% 17% 26% 11%
Atividade NáuticaNúm. Total
Oferta
% de Oferta por Ilha
Número de
Atividades
Número de
empresasPercentagem
1 At 16 24%
2 At 12 18%
3 At 5 8%
4 At 10 15%
5 At 5 8%
6 At 6 9%
7 At 4 6%
8 At 3 5%
9 At 3 5%
10 At 0 0%
11 At 0 0%
12 At 2 3%
TOTAL 66 100%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
180
Além do resultado do inquérito do Turismo de Portugal, I.P., da análise das
características das empresas registadas no RNAAT e das empresas registadas nos
Açores em 2014, com o objetivo de avaliar a oferta e a forma como são
promovidos os principais produtos de turismo náutico nas dimensões do Turismo
de Aventura (como o exemplo do Surf, Mergulho e Observação de Cetáceos) e
Aluguer de Embarcações, procedeu-se a um exercício de pesquisa de websites
gerais de agências de turismo, empresas, clubes e escolas náuticas. Na maior
parte dos casos, a apresentação dos serviços/atividades passa pela realização
da atividade de forma direta, isolada e de baixa duração. No entanto também
se encontraram casos em que a oferta de atividades náuticas se encontra
associada a outros serviços/atividades, com duração superior a um dia, e
dirigida a grupos ou famílias.
Temos, como exemplos de oferta integrada, os já referidos Centros Náuticos,
Centros de Alto Rendimento e Surf Camps. Pode-se acrescentar os casos em que
as Marinas ou Portos de Recreio são geridos por organizações hoteleiras (ou
similares) que, aliando aos serviços da marina, disponibilizam serviços de
hotelaria/alojamento, restauração, animação e outros serviços. A título ilustrativo
referem-se as seguintes:
- A “Marina Douro 41” é uma Marina Fluvial instalada em Castelo de Paiva, junto
à margem esquerda do Rio Douro, gerida pelo EUROSTARS Portugal - Hoteis
Turísticos Unidos, LDA53 (CAE 79900) que faz parte de uma cadeia com hotéis em
15 países, entre Europa e América (em Portugal gere mais três hotéis situados no
Porto, Figueira da Foz e Lisboa). O “Eurostars Rio Douro Hotel And Spa” é um hotel
classificado com 4 Estrelas, que se encontra na encosta do rio Douro, com 42
quartos, todos voltados para o rio. Possui também serviços de ginásio, SPA,
restaurante panorâmico, bar/cafetaria e ainda de uma sala para a organização
de reuniões/eventos. A Marina tem capacidade para amarração de
26 embarcações.
- A “Marina Fluvial Montebelo Aguieira”, na albufeira da Aguieira, em Mortágua,
integra-se num complexo turístico de cinco estrelas pertence ao Grupo
Montebelo Hotels & Resorts54, que por sua vez faz parte do GRUPO VISABEIRA
SGPS, S.A.55 (CAE 64202); O Resort da Aguieira é composto por 152 espaços –
apartamentos, moradias e villas – para além de diversas facilidades como SPA,
53 www.eurostarshotels.com.pt/eurostars-rio-douro-hotel-and-spa.html 54 http://montebeloaguieira.pt/content-marina.aspx?pid=0&cid=6;
www.grupovisabeira.pt/ 55 http://montebeloaguieira.pt/content-marina.aspx?pid=0&cid=6;
www.grupovisabeira.pt/
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
181
ginásio, aluguer de bicicletas e circuito de manutenção, havendo também nas
proximidades do complexo um campo de golf, um centro hípico, um parque
aquático e ainda um parque radical.. A Marina possui 400 postos de amarração
e um espaço privilegiado para a prática de desportos náuticos como Vela,
Mergulho, Windsurf, Ski-náutico e Wakeboard. Existem também incorporadas no
complexo escolas de Vela e Mergulho.
- A “Troia Marina” está integrada no Troia Resort56, gerido pela Sonae Turismo. O
complexo é composto pela Marina e ainda pelo Troia Golf, Troia Ruinas, Troia
Residence e Aqualuz, estes últimos estruturas hoteleiras (estando o primeiro
mesmo em frente à Marina). O resort tem ainda disponível um Centro de
Eventos, um Centro de Espetáculos, restaurantes e um Casino, além das
atividades golf e visitas guiadas às ruinas de Troia (Monumento Nacional desde
1910). A Marina tem 184 postos de amarração, permitindo a atracagem de
embarcações até 18 m de comprimento e 4 m de calado. Disponibiliza também
serviços de lavandaria e uma loja com venda de material (básico) para
navegação.
- A “Amieira Marina” é gerida pela GESCRUZEIROS – Sociedade para o
aproveitamento da actividade Marítimo-Turística no Grande Lago Alqueva, S.A.57
(CAE 79120), que gere um conjunto de produtos em torno da Barragem do
Alqueva. Gere um Restaurante, uma Cafetaria, um Estaleiro Naval para
embarcações de recreio, organiza passeios marítimo turísticos e disponibiliza o
aluguer de “Barcos Casa”. A Marina possui cais de amarração com capacidade
para 40 embarcações, rampa de acesso à água, serviços de colocação e
retirada de embarcações da água (trator e reboque), um pontão de serviço, um
pontão para barcos de cruzeiro, uma área de ensino e de provas e ainda uma
área para receção de embarcações passantes; O estaleiro permite prestar
serviços de manutenção e de reparação de cascos e motores. A marina
disponibiliza ainda serviços de aluguer de material para a prática de Stand Up
Paddle (SUP), Canoagem e Kayak, o aluguer de embarcações de pesca
desportiva (com piloto). O serviço mais original apresentado por esta empresa
Marítimo turística é a possibilidade de aluguer de “barcos casa”. Qualquer
pessoa com mais de 18 anos, com ou sem carta de marinheiro, pode alugar este
tipo de embarcações, possibilitando a dormida na Albufeira a bordo. É dada ao
piloto uma pequena formação pré-embarque, para obtenção de noções
básicas de leitura de cartas e funcionamento do GPS. Existem sete modelos de
“barcos casa” que podem alojar entre uma a 12 pessoas.
- A “Marina de Vilamoura” foi gerida, até março de 2015, pela empresa
imobiliária Lusort, pertencente ao Grupo Cordobês Prasa e à PROCAM (Grupo
56 www.troiaresort.pt 57 www.gescruzeiros.com; www.amieiramarina.com/pt
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
182
Imobiliário da Caixa da Catalunha)5859. Em março foi adquirida pelo fundo norte-
americano Lone Star. A Marina disponibiliza uma enorme variedade de serviços
técnicos especializados, dispõe de um estaleiro, um clube náutico, diferentes
lojas de náutica e tem ainda acesso, para além da praia, a uma enorme
variedade de desportos e atividades de lazer. Está inserida num espaço dotado
com uma grande área comercial envolvente, onde se encontram diversas
esplanadas, bares, restaurantes e hotéis, e com várias infraestruturas desportivas
como campos de golfe, centro de ténis, centro hípico, bowling na relva, campos
de squash, ginásios, circuitos de manutenção e ciclovias. Em local privilegiado, a
realização de acordos com diversas entidades fornecedoras de outros serviços
como, por exemplo, 10 operadores marítimo-turísticos, potencia a realização de
outras atividades náuticas. O Clube Internacional da Marina de Vilamoura
(CIMAV) – clube de vela com a sua sede e centro náutico na área adjacente ao
estaleiro da marina – organiza regatas nacionais e internacionais, sendo uma
das mais relevantes a "Semana Internacional do Carnaval”.
- O “Porto de Recreio Boca do Rio”, localizado no Rio Arade, na margem do
concelho de Lagoa, é gerido pelo Clube Náutico Arade, S.A. (CAE 93192) e está
integrado no Empreendimento Boca do Rio Resort60; O Resort, classificado com 4
Estrelas, é composto por 120 unidades de alojamento (80 quartos duplos, 18
suites e 22 apartamentos) e tem disponíveis serviços de restauração (restaurantes
com especialidades portuguesas, espanholas e italianas), bares, reservas para
golfe (no exterior), health club, campo de ténis e campo de futebol. O Clube
Náutico disponibiliza serviços para realização de atividades como Canoagem,
Vela ligeira, Ski aquático, Wakeboard, Wind Surf e Mergulho. O Porto de Recreio
disponibiliza 96 postos de amarração para embarcações com comprimento
máximo de 15m e ainda espaço para 19 motos de água. Integra um estaleiro
naval, tendo ao dispor uma grua que permite retirar da água embarcações até
6,3 toneladas e o máximo de 2 m de vau.
- A “Marina Quinta do Lorde”, localizada na R. A. da Madeira, é gerida pela
Quinta do Lorde – Promoção e Exploração de Empreendimentos Desportivos e
Turísticos S.A. (CAE 41100), faz parte de um resort de 5 estrelas com 103
apartamentos e 23 moradias. A Marina dispõe de 264 postos de amarração,
possibilitando a entrada de embarcações até 50 m e com um calado até 4,5 m.
O estaleiro, com o nome REPMARÍTIMA – Reparação e Manutenção de
Embarcações, Unipessoal Lda61 (CAE 33150), está localizado por debaixo da
58http://lusort.com/pt/propriedades/empreendimentos 59 www.marinadevilamoura.com/pt/marina-de-vilamoura/actividades-
nauticas/ 60 www.aportugal.com/bocadorioresort/index.htm 61 www.repmaritima.com
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
183
pista do Aeroporto Internacional da Madeira. Pode receber até 85
embarcações com, no máximo, 35 toneladas, 16 metros de comprimento e 5,20
metros de boca, realizando diversos serviços de manutenção e mesmo
manutenção.
- A “Marina de Porto Santo”, integrada no porto de Porto Santo é também
gerida pela Quinta do Lorde; A marina é o primeiro ponto de paragem para
todos os navegantes que largam da Europa rumo ao Atlântico sul; o complexo
integra uma Marina com 139 postos de amarração e pode receber
embarcações de recreio até 50 m de comprimento e 3,5 m de calado; Inclui
também um estaleiro naval com uma área de 10.000 m² e capacidade para
receber, a seco, 80 embarcações monocasco, que não excedam os 15 m de
comprimento, 25 toneladas e 4,4 metros de boca; Está equipado para fornecer
serviços de reparação e manutenção de embarcações, reparação de balsas
salva-vidas e serviços especializados ou apenas parqueamento simples.
Para completar a análise da oferta de produtos de turismo náutico em Portugal
e a forma como são apresentados a potenciais consumidores estrangeiros, foi
efetuada uma pesquisa, através o motor de busca Google, para França,
Espanha, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Irlanda e Reino Unido. Foram
analisados diversos endereços de acordo com as localidades: www.google.fr,
www.google.es, www.google.de, www.google.dk, www.google.se,
www.google.ie e www.google.co.uk. Efetuou-se idêntico exercício para Portugal,
www.google.pt.
Foram realizadas diversas buscas, primeiramente com expressões de acordo
com “atividades náuticas em Portugal”, posteriormente com expressões mais
específicas em relação às atividades como “Surf em Portugal”, “Mergulho em
Portugal”, “Aluguer de embarcações à vela em Portugal” e “Observação de
cetáceos em Portugal”. Apresentamos, seguidamente, as primeiras três
propostas de oferta obtidas em cada busca.
Com a expressão Francesa “activités nautiques au Portugal”, surgiram diversas
“respostas”. De referir que em algumas destas, o website tinha também o idioma
Português e vários outros, como Inglês, Castelhano e Alemão.
A primeira resposta foi a plataforma web AZUREVER62 originária de França,
que apresenta diversas atividades (náuticas e não só) em 77 países do Mundo. O
seu website está disponível em seis idiomas: Inglês, Francês, Alemão, Italiano,
62 www.azurever.com/visiter/portugal/croisieres-et-activites-nautiques
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
184
Castelhano e Holandês. Esta Plataforma possui um website que permite a
possibilidade de busca de um diverso leque de temas, sobre diversos países e
regiões, como: Artes e Cultura, Excursões e Visitas Guiadas, Gastronomia, Eventos
e Espetáculos, Desporto e Aventura, Atrações, Beleza e Bem-estar”, Transportes e
Transferes, Cruzeiros e atividades náuticas.
Considerando a temática “Cruzeiros e Atividades náuticas”, a plataforma
identifica, em Portugal, a oferta de apenas 4 atividades náuticas,
manifestamente inferior à oferta apresentada em França, 26 atividades,
Espanha, 18, Alemanha, 11, Inglaterra 6 e Holanda 6. A oferta que regista maior
procura em Portugal através deste website (34º lugar das atividades náuticas), é
a realização de um cruzeiro na costa Algarvia, a bordo do “navio pirata
“Leãozinho””. As outras atividades são “Passeio de barco de um dia sobre o Rio
Douro”, “Viagem de 4h sobre o Tio Tejo” (com entrada centro cidade e saída no
Parque das Nações) e “Observação de golfinhos e baleias na Madeira”. De
referir que não apresenta nenhuma atividade náutica classificada como
“Desporto e Aventura”.
Considerando ainda esta temática dos Cruzeiros e das atividades náuticas em
geral, França, por exemplo, tem expostas neste website 26 atividades (e ainda
mais 6 classificadas como “Desporto e Aventura”), enquanto Espanha tem 18
(mais 5), Alemanha 11, Inglaterra 6, Holanda 6, Irlanda 1.
De seguida foi apresentado um link para um website onde se referem
atividades de Surf e outros desportos no Porto e norte de Portugal63, sendo que
este website está indiretamente ligado ao Turismo de Portugal que aparece
também, e de forma mais direta, ligado ao website visitportugal64, que consta
igualmente no TOP 10 das sugestões do google.fr.
VISITPORTOANDNORTH é um website disponível em seis idiomas (Francês,
Espanhol, Português do Brasil, Alemão, Inglês e Italiano), que apresenta uma
larga variedade de atividades náuticas a realizar na região do norte, incluindo
atividades no interior, em albufeiras e rios.
Por outro lado, VISITPORTUGAL é um website65 que se encontra disponível para
consulta em 10 idiomas (Português, Inglês, Francês, Espanhol, Alemão, Italiano,
Holandês, Russo, Japonês e Chinês), apresentando diversas temáticas para
busca de atividades a realizar no país, incluindo as náuticas.
Visitportugal contém diversas atividades e programas a realizar no país,
catalogados sob diversos critérios, possibilitando assim uma busca mais
pormenorizada.
63 http://fr.visitportoandnorth.travel 64 www.visitportugal.com/fr/experiencias/turismo-nautico 65 www.visitportugal.com
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
185
Imagem @ www.visitportugal.com
Neste website, a janela “O QUE FAZER?” apresenta um diverso conjunto de
temáticas, entre as quais duas diretamente ligadas à prática de atividades
náuticas: “Surfing” e “Turismo Náutico”. É, no entanto, também possível encontrar
referência a atividades náuticas na secção “Atividades Ar Livre”.
Para cada um destes temas, é apresentado um conjunto de sugestões/locais
para a realização de atividades. Por sua vez, em cada um deles (numa janela
individual), é possível encontrar mais informações, incluindo uma lista de oferta
de serviços como “onde comer” e “onde dormir”.
Na temática “Surfing” são apresentados três subgrupos: Surf e Bodyboard,
Windsurf e Kitesurf e Outras Modalidades. Para cada subgrupo são apresentados
diversos locais do país, continente e ilhas, onde se podem realizar as atividades,
bem como os apoios locais que se podem encontrar (alimentação e estadia).
Na temática “Turismo Náutico” podem-se encontrar resumos gerais e contactos
de locais e atividades diversas como “Best of Algarve”, “Marinas e Portos de
Recreio”, “Relaxar no Alqueva, o Grande Lago”, “Cascais e a Costa do Estoril”,
“À descoberta do Funchal”, “Cruzeiros Portugal”, “Fim-de-semana em Troia”,
“Horta: A marina mais colorida do mundo”, “Marinas e Portos de Recreio do
Algarve”, “Mergulho”, “Navegar na costa algarvia”, “Vela, “Vilamoura e a sua
marina” e “Volvo Ocean Race – a volta ao mundo em vela passa por Lisboa”.
Em “Atividades Ar Livre” podemos encontrar as atividades náuticas ligadas ao
Turismo Aventura. Aparecem referenciadas atividades como Surf (novamente),
Windsurf, Kitesurf, Vela, Rafting, Canyonning, Canoagem, Ski-Aquático e também
atividades como observação de aves e/ou cetáceos e Mergulho. Entre as
subjanelas com informações gerais, é apresentada informação mais específica
relativa aos temas/programas “Surfing”, “Observação de Cetáceos nos Açores”,
“Costa Vicentina”, “Fim-de-semana em Troia” e “Mergulho”.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
186
Imagem @ www.visitportugal.com
Ainda através do website do visitportugal, pela janela “O QUE PROCURA”,
encontramos em “Atividades” uma lista de contactos de diversas entidades
(empresas marítimo-turísticas ou de animação turística), que podemos
selecionar, por região do país, ou localidade, e por cruzamento de atividades.
Assim, é possível escolher entre diversas atividades, sabendo à partida que há
disponibilidade de serviços como: Aluguer de barcos/passeios de barco, Aluguer
de motas de água, Bodyboard, Canoagem, Canyonning, Esqui aquático,
Hidrospeed, Kitesurf, Mergulho, Observação de aves, Observação de cetáceos,
Observação de fauna e flora, Paddlesurf, Parasailing, Passeios de Barco, Pesca,
Rafting, Surf, Vela e Windsurf. Algumas das atividades estão associadas a
empresas de turismo que depois articulam com outras de forma a oferecer o
serviço solicitado.
A entidade que aparece com maior número de referências/respostas no TOP
10 de respostas é a plataforma TRIPADVISOR66 com respostas/identificação de
atividades náuticas em geral mas também referência imediata a atividades
náuticas localizadas especificamente em Albufeira. O website geral desta
plataforma está disponível para 45 países diferentes, sendo 19 deles europeus
(de referir que não consta o idioma “Português de Portugal”, mas existe
“Português do Brasil”). Se para a expressão “Activité Nautiques”, com idioma
francês, aparecem 21 referências, para “Actividades Náuticas”, com a escolha
de website brasileiro, são identificadas apenas 14 respostas, o que leva a
suspeitar da forma como foram registadas as empresas/oferta.
66 www.tripadvisor.com
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
187
Outras plataformas de referência encontradas na internet, via busca francesa,
foram o VAYACAMPING67, um website originário de Espanha, que se apresenta
em sete idiomas (Castelhano, Catalão, Inglês, Francês, Italiano, Alemão e
Holandês) e que disponibiliza uma lista com diversos parques de campismo na
Europa e seus serviços, entre os quais oferta náutica; e o TRIVAGO68 cujo website
está disponível para consulta em 51 línguas/países e onde se encontram locais
para estadia em todo o mundo, havendo, para cada país, a possibilidade de
escolha do local segundo diversos critérios, sendo uma das opções “Instalações
Desportivas”.
O website do Vayacamping disponibiliza a busca de parques de campismo
registados em Espanha, França, Portugal, Suíça, Itália e Croácia. Para Portugal
(apenas Continental) este website apresenta 143 parques de campismo (de
notar que em 2013 estavam registados em Portugal Continental 231parques de
campismo69).
No website, escolhendo o país para onde se pretende viajar, é possível escolher
ainda a região e pode-se realizar a procura de acordo com um vasto conjunto
de serviços catalogados como: Animação e Atividades, Bungalows e
Caravanas, Compras, Ciclismo e pistas de BTT, Desportos aéreos, Desportos de
montanha, Desportos náuticos, Praia, Restauração, Admissão de animais,
Internet, Facilidades para pessoas com mobilidade reduzida, Ideal para Grupos,
etc..
Considerando as “Atividades náuticas” tem-se para Portugal, entre os 143
parques de campismo, 21 estão identificados como possuindo este tipo de
oferta, no próprio local ou nas proximidades (Erro! A origem da referência não foi
encontrada.). Além desta catalogação geral, “náutica”, em cada parque
aparece referido exatamente qual o serviço que disponibiliza, nomeadamente a
possibilidade de realizar pesca nas proximidades de 19 parques de campismo,
windsurf em 14, surf em 7, Vela em 6, existe uma Escola de Mergulho próximo a 5
parques de campismo, Ski-aquático em 5, Pesca subaquática em 2 e há ainda 2
parques que estão próximos a Marinas.
67 www.vayacamping.fr/campings-avec-sports-nautiques-en-portugal-fr;
www.vayacamping.net 68 www.trivago.com 69 FONTE: Turismo de Portugal, I.P.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
188
Tabela 28: Lista dos Paques de Portugal com atividades náuticas representados no
website www. vayacamping.fr.
No motor de busca www.trivago.pt há a possibilidade de escolha do local de
dormida segundo diversos critérios, um dos quais a referência a “Instalações
Desportivas”. Numa busca para “Portugal”, independentemente de se tratar
uma ou duas pessoas, ou para famílias, aparecem identificados vários locais de
estadia com possibilidade para “Aluguer de barco” (que acreditamos ser
equivalente a “passeios de barco”), com oferta de “Surf”, “Mergulho", “Vela” e
com oferta de Ski. Cruzando a informação com a classificação dos locais como
“Desportos Aquáticos”, temos a apresentação de diversos produtos com oferta
integrada para “Dormida e realização de atividades náuticas”. No entanto,
estamos cientes que o produto composto tem por vezes em comum o mesmo
serviço relativo à atividade náutica, isto é, para diferentes produtos, a empresa
operadora do serviço náutico é a mesma.
Tabela 29: Oferta náutica em Portugal disponível na plataforma on-line TRIVAGO.
Parques de Campismo NUT II Estrelas Marina PescaEscola de
MergulhoVela Windsurf
Ski-
aquáticoSurf
Pesca
subaquática
Camping Orbitur Caminha Norte ** x
Camping Orbitur Angeiras Norte ** x x x
Camping Orbitur Madalena Norte **** x x
Camping Orbitur Vagueira Centro x x x x x x
Camping Orbitur Gala Centro *** x
Camping Orbitur Mira Centro x x x x x
Camping Orbitur Quiaios Centro x x x x x x
Camping Orbitur Idanha-a-Nova Centro *** x
Camping Municipal de Mira Centro ** x
Camping Vale Paraiso Lisboa *** x x x x x
Camping Orbitur Foz do Arelho Lisboa x x
Camping Orbitur Costa da Caparica Lisboa *** x
Camping Orbitur Guincho Lisboa *** x x x
Camping Land's Hause Bungalows Lisboa *** x
Camping Paredes de Vitória Lisboa *** x
Camping Orbitur Sao Pedro de Moel Lisboa *** x x
Camping Os Anjos Alentejo x x
Camping Orbitur Montargil Alentejo *** x x x x x
Camping Turiscampo Algarve Yelloh Village Algarve **** x x x x x x x
Camping Orbitur Quarteira Algarve *** x x x
Bungalows Orbitur Ilha de Armona Algarve x x
2 19 5 6 14 5 7 2TOTAL
Atividades Náuticas vs
Atividade "Desportos aquáticos"
Número de locais de dormida com
oferta de Atividades Náuticas
Aluguer de barco 395
Surf 475
Mergulho 432
Vela 355
Ski - Desp. Aquáticos 17
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
189
Relativamente ao tipo de alojamento, na tabela seguinte pode-se observar a
distribuição dos alojamentos por oferta de atividade náutica. Relativamente ao
Surf, 41% das dormidas encontram-se em Hotéis, seguido dos Aparthotéis e dos
Bed&Breakfast. É também esta a ordem (e percentagem semelhante),
relativamente à oferta de dormida que permite o Aluguer de Embarcações de
Recreio. Relativamente à oferta de Mergulho, verifica-se que a terceira opção
com maior oferta é a Casa ou Apartamento individual. Para a prática de Vela é
de notar que mais de 50% da oferta de dormidas é em Hotéis.
Tabela 30: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line TRIVAGO, de
acordo com o tipo de alojamento.
Considerando esta análise de plataformas, refere-se aqui um caso de “não
sucesso” na divulgação da atividade náutica – o BOOKING. Esta plataforma70 de
busca de estadias, muito conhecida a nível mundial, tem a possibilidade de
escolha do hotel/estadia por temas. No entanto, a busca mais próxima para a
realização de atividades náuticas poderá ser “Hotéis para Turistas de Mochila às
Costas”, “Hotéis para Golfe e Desportos” ou “Hotéis na praia/costa”, não
havendo portanto nada mais concreto para a procura de estadias com oferta,
ou próximas à oferta, de atividades náuticas.
Durante a busca efetuada deparamo-nos também com um website que
contém informação compilada relativa a um TOP 10 de locais para a prática de
Surf em Portugal. O website MOMONDO (disponível em vários idiomas)
apresenta, através de uma imagem gráfica e com descrição textual, 10 spots
70 www.booking.com
TOTAL SURF MergulhoAluguer de
BarcoVela
Ski - Desp.
Aquáticos
Hotel 41% 40% 46% 56% 35%
Aparthotel 18% 19% 14% 17% 24%
Bed & Breakfast 12% 11% 13% 8% 12%
Hostel 11% 8% 6% 5% 12%
Casa / Apartamento 9% 14% 11% 7% -
Resort 3% 3% 2% 2% 12%
Casa Rural 2% 3% 5% 2% 6%
Campismo 1% 1% 1% 1% -
Pensão 0,9% 1% 1% 1% -
Apartamento Privado 0,7% 1% 0,3% 0,2% -
Albergue 0,4% 0,4% 0,2% 0,3% -
Pousada 0,2% 0,4% 0,3% 0,1% -
TOTAL 100% 100% 100% 100% 100%
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
190
para a prática de Surf em Portugal. Para cada spot refere o aeroporto mais
próximo, um local de dormida, um local para refeições e uma escola de Surf,
além de informação geral sobre o local, o tipo de vaga na praia, a direção
típica do vento e a classificação da praia como muito ou pouco frequentada.
No texto descritivo, refere ainda a envolvência do local dando conta, por
exemplo, das zonas verdes, do turismo costeiro local, a possibilidade de
realização de outras atividades náuticas. Os locais indicados são, em Portugal
Continental, Espinho, Praia do Cabedelo na Figueira da Foz, Praia do Norte na
Nazaré, Peniche, Ericeira, Praia de Carcavelos, Arrifana na Costa Vicentina, Praia
do Amado na Costa Vicentina e Sagres e, na Madeira, a praia do Paúl do Mar
(também conhecida por Ribeira das Galinhas).
Colocando-nos na posição de um turista Espanhol que pretenda passar férias
em Portugal, com acesso a atividades náuticas, busca respostas à expressão
“deportes nauticos en Portugal”. Para esta procura encontramos as seguintes
primeiras respostas:
– Como primeiro resultado, obtivemos o website associado à plataforma
EASYVIAJAR71 com referências a Portugal, principalmente à costa de Lisboa,
como um local com muitas zonas para a prática de desportos náuticos.
Menciona, em particular, a Praia do Guincho e a Praia Grande, referindo-os
como locais de competições internacionais das modalidades de Surf e Windsurf
e aconselha a visita nos meses de setembro e outubro.
O easyviajar pertence ao grupo francês Easyvoyage mas o website em resposta
à nossa busca apresenta-se apenas em Castelhano, não sendo possível alterar o
idioma. É composto por links para diversos outros websites e funciona como
plataforma de agências de viagens, companhias aéreas e de cruzeiros.
Apresenta diversos destinos turísticos no Mundo sendo que apesenta em Portugal
algumas cidades. Para cada cidade identifica: o que visitar, o que comer, o que
comprar para levar de recordação, etc.. Apresenta ainda diversos produtos
para fins-de-semana e propostas de viagens e estadias.
– O já referido VAYACAMPING aparece como segunda resposta à nossa busca.
– A terceira resposta é portuguesa: estoril-portugal72. O website, pertencente ao
Turismo de Cascais e disponível em três idiomas: Português, Castelhano e Inglês,
dá respostas a questões como “Porquê (a região)”, “O que fazer”, “Onde ficar”,
“O que comer”. A oferta náutica passa pela apresentação do Clube Naval de
71 www.easyviajar.com/portugal/los-deportes-nauticos-3605 72 www.estoril-portugal.com/es/deportes/nauticos
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
191
Cascais e da Marina de Cascais e identificação das atividades vela, windsurf,
surf e kitesurf como sendo as mais procuradas na região, referindo também a
pesca lúdica. Apresentam ainda no website os spots mais indicados para a
prática de algumas atividades: na Baía de Cascais, referem a prática da Vela,
na Praia do Guincho, o Windsurf e Kitesurf, na Praia de Carcavelos e na Praia de
São Pedro identificam o Surf e o Bodyboard. O website apresenta ainda, para a
região, informações sobre locais e operadores para a prática de golf ou outras
atividades e desportos, e o Centro de Congressos do Estoril, associando um
conjunto de parceiros para fornecimento de serviços para a organização de
eventos.
Entre outras respostas/ofertas em websites com idioma castelhano, surgem
também os já anunciados “tripadviser” e “visitportoandnorth”.
No que concerne à procura na Alemanha, a expressão equivalente,
“Wassersportarten in Portugal”, apresenta como primeiro resultado o website
oficial do Turismo de Espanha – spain.info73 – referindo na página a expressão
“Espanha, férias dinâmicas à beira-mar”. O website está disponível em diversos
idiomas; no Português a tradução da expressão é “Espanha, espírito jovem no
mar”. Contudo o website não apresenta resultados para Portugal.
– O segundo registo é o de um hotel OZADI TAVIRA HOTEL74 que fica em Tavira e
que apresenta o seu website em cinco idiomas: Alemão, Português, Espanhol,
Inglês e Francês. Relativamente à oferta náutica, refere essencialmente as praias
próximas, identificando as praias Ilha de Tavira e Terra Estreita com
potencialidades para prática de kitesurf, windsurf e vela. Trata-se de hotel de
quatro estrelas, com 77 quartos e suites, rodeado de campo, praia, património,
cultura e golfe. O hotel disponibiliza restaurante, piscina, sala de fitness, um clube
para as crianças e ainda, associado ao golf, promove pacotes especiais e
possibilita reservas diretas para a prática de golf, cujos campos ficam mesmo ao
lado do hotel. Apresenta também outros campos de golf, referindo a
localização e paisagens associadas.
– A terceira resposta do Google alemão é o website do YouGoDo75, disponível
em 3 idiomas: Alemão, Inglês e Francês. Como oferta náutica em Portugal
apresenta cinco entidades com oferta de produtos e serviços na zona de lagos.
O “Extreme Algarve” – um Surf camp que neste website apresenta o seu produto
73 www.spain.info/de/reportajes/espana_espiritu_joven_en_el_mar.html 74 www.ozaditavirahotel.com/m/de/praias.html 75 www.yougodo.com/de/andere-extreme-Wassersportarten-in-
Lagos/Search.aspx?l=2267226&d=100&c=26
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
192
geral, promovendo-se também como sendo uma das melhores entidades do
Algarve na formação do Surf e Kitesurf. A empresa “Unique Ocean Adventures” –
disponibiliza equipamentos e meios para a prática de atividades como
coasteering, kayak, mergulho, surf, stand up paddle e pesca na zona do Parque
Natural da Costa Vicentina, oferecendo ainda serviços para organização de
pacotes completos de atividades, com estadia incluída, excluindo aviões (apoio
na organização do alojamento em casas próximas, transporte entre as
atividades e o alojamento, preparação de atividades individualizadas, para
famílias ou grupos escolares, etc.). Na apresentação neste website, a empresa
deixa ainda indicação dos preços por atividade. O “Alentejo Surf Camp” –
apresenta-se como um bom local para grandes grupos, espaçoso, com serviços
(além da acomodação e aulas de surf) que incluem a organização de Surf Trips,
Surf Tours e outras atividades ao ar livre, como por exemplo ensinar a nadar –
essencial para fazer surf. Apresentam também nesta publicação os diferentes
valores, consoante a época, para pacotes de uma ou duas semanas no surf
camp. A quarta oferta é um operador em Lagos que aluga embarcações, com
ou sem skipper. Neste caso não há apresentação do produto – não diz que tipo
de embarcação é, quantas tem disponíveis ou os valores do aluguer. A quinta
referência é a um operador “Global Surfing Holidays” que organiza viagens por
todo o mundo para kitesurfers, não referindo nada em particular sobre Portugal.
O website YouGoDo contém o registo de várias atividades e programas,
compostos e não compostos, apresentados diretamente pelos operadores de
qualquer país, que se podem inscrever gratuitamente e publicitar assim a sua
oferta. O website também apresenta, além das ofertas de atividades, links para
oferta de hotelaria nos locais procurados – associada à votação do tripadvisor –
e para empresas de aluguer de viaturas.
No TOP 10 das respostas obtidas, pode-se ainda referir que a segunda alusão a
uma entidade portuguesa é ao “visitportugal” e que se encontra também um
website alemão, com referência a diversos (mais de 100) Surf Camps76
localizados por todo o mundo, sendo que entre as 15 regiões mundiais
representadas (maioritariamente Europa), aparecem descriminados “Portugal” e
“Madeira”. Neste website estão listados 26 Surf Camps em Portugal Continental,
com seis surf camps registados na Ericeira, quatro no Algarve, dois em Peniche e
dois na zona de Lisboa, entre outros. Na Madeira há apenas dois registos, ambos
em Porto da Cruz (Santana). Este website funciona como uma base de dados da
oferta existente, podendo-se registar um qualquer spot sem necessidade de
associação a uma rede. Associado à apresentação da região onde o surf camp
está localizado existe um mapa com indicação dos meses do ano mais propícios
à prática da atividade.
76 www.wellenreiten.de; wellenreiten significa surf
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
193
Na busca a partir da Dinamarca, atividades náuticas a realizar em Portugal –
“vandsport i Portugal”, as primeiras respostas apresentaram websites com o
nome Portugal associado, ou seja, tratam-se de ligações a páginas com diversa
informação relativa a todo o país.
– A primeira resposta encaminha para Portugal.dk77, mais especificamente para
uma janela associada ao Algarve, referindo que possui boas praias para a
prática de surf e kitesurf e que se trata de uma zona em Portugal com muitos
locais para prática de mergulho, a vários níveis de perícia e profundidade.
Apresenta uma breve descrição da costa Algarvia, com referência a diversas
zonas para passeios lúdicos e tem associado um parceiro para procura de
hotelaria na região.
A página Portugal.dk foi criada para a divulgação do país, a partir de
experiências vividas pelos criadores da página e das informações recolhidas
junto dos diversos postos de turismo nacional (tem referência ao Turismo de
Portugal Alentejo, Madeira, Açores, Lisboa e Algarve), além das constantes
atualizações de amigos e exploradores que partilham os comentários (não se
conseguiu descobrir a nacionalidade dos criadores do website).
Tratando-se de um website com janelas tão díspares como Algarve, Açores,
Lisboa, Costa Lisboeta, Madeira, Centro de Portugal e Norte de Portugal e
disponibilizando a função “Procurar”, efetuou-se uma busca dentro do website
por “vandsport” – desportos náuticos. Obtiveram-se 17 respostas, relativas a
diferentes regiões, com identificação de diversas modalidades, que vão desde a
identificação do Algarve (identificado em diferentes janelas) para a prática de
surf, mergulho, vela, esqui aquático, windsurf e pesca desportiva; a referência a
Montargil como local de realização de atividades náuticas (embora não
especifique quais); referência aos Açores principalmente para observação de
golfinhos e baleias, mas também para prática de mergulho, vela, caiaque, surf e
pesca desportiva; e referência à Torreira, propícia para a prática da vela e
windsurf.
Sempre associado a cada localidade/zona está uma breve descrição do local
com identificação de alguns serviços úteis, como a existência de parques ao ar
livre, piscinas, campos de jogos, campos de golf, etc.. Além destes, são
77www.google.dk/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja
&uact=8&ved=0CB8QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.portugal.dk%2Falsidi
ge-algarve&ei=AC2FVZSrBMjkUc-
aqpgB&usg=AFQjCNF4dqlx5UR1OIoiHDrwKBaz-
m8SKw&bvm=bv.96339352,d.ZGU
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
194
apresentados diversos locais de Portugal, complementando a oferta turística do
website.
– A segunda referência é dada à prática de desportos náuticos em Lisboa pelo
portal do Portugal-live78. Este website apresenta-se em 13 idiomas e, em Portugal,
refere o Rio Tejo como um local a visitar para prática de atividades náuticas. No
entanto, na mesma página, refere que para uma atividade mais extensa e nas
melhores condições, menciona que o melhor será deslocar-se a Cascais,
especialmente à Praia do Guincho, onde está localizada a escola de Surf:
Moana Surf School, para idades dos 6 aos 60 anos.
A página refere ainda que esta (entre Lisboa e Cascais) é uma região
privilegiada, que contém um vasto leque de atividades a realizar além do Surf –
são apresentadas atividades como golfe, equitação ou passear pela Serra de
Sintra, referindo-se também as vistas sobre as paisagens e a vida noturna de
Cascais, Estoril e Lisboa.
O website contém diversos links para várias zonas de Portugal, todas as regiões
NUT II (incluindo ilhas), mais Douro e Porto mas é a cidade de Lisboa que
apresenta mais detalhe na descrição dos locais, arquitetura, monumentos,
alimentação, atividades, vida noturna. Pela janela de busca disponível,
procurando por “náuticas”, não se obtiveram resultados, mas a palavra
“aquáticas” resultou em quatro respostas: uma referente ao Jardim Botânico da
Ajuda, outra ao Oceanário de Lisboa, uma referente ao Algarve, onde se pode
ler que na primavera, verão e finais do inverno são épocas convidativas para a
prática de vela e de desportos aquáticos, acolhendo por isso o Campeonato
Internacional de Kite-Surfing, no Alvor e os campeonatos mundiais de
Powerboat, em Portimão.
– A terceira resposta à busca de atividades náuticas em Portugal a partir da
Dinamarca é dada pelo website portugalnyt79, que se apresenta em três
idiomas: Dinamarquês, Inglês e Português. O idioma Português serve apenas para
apresentação do contexto da existência da página e para a referência a que
os conteúdos são colocados com a contribuição de promotores de férias, e
78
www.google.dk/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&
uact=8&ved=0CCYQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.portugal-
live.com%2Fdk%2Fportugal%2Flissabon%2Fvandsport.html&ei=AC2FVZSrBM
jkUc-aqpgB&usg=AFQjCNEh4PlIjsEP0277-
SWgtQ8yM9roRQ&bvm=bv.96339352,d.ZGU 79
www.portugalnyt.dk/blogs/nytfraportugal/archive/tags/vandsport+i+Port
ugal/default.aspx
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
195
outros parceiros, para a elaboração de uma base de contactos sobre aluguer
de automóveis, passagens de avião, pacotes de férias, apartamentos de lazer e
hotéis. No fundo, este website é um local de encontro em língua dinamarquesa
para todos aqueles que se interessam por Portugal. Atualmente, e devido ao
constante crescimento em Portugal da comunidade escandinava, apesar do
idioma, o website é visitado por Dinamarqueses, Suecos e Noruegueses.
Relativamente às atividades náuticas, apresenta duas referências diferentes,
embora uma delas refira diversos locais e outra um evento, já desatualizado
(data de 2012). Assim, na primeira referência, tendo como ponto de partida a
cidade de Lisboa e deslocação de comboio, são abordadas as praias de
Carcavelos, Parede, Estoril e Cascais. De carro, aconselha a praia do Guincho (5
km de Cascais e a 40 km de Lisboa), Praia da Adraga, Praia Grande e Praia
Maca. E um pouco mais ao norte sugere a Ericeira (a 50 km de Lisboa), Santa
Cruz (a 65 km de Lisboa), Foz do Arelho (a 95 km de Lisboa) e São Martinho do
Porto (a 100 km de Lisboa). Relativamente à Foz do Arelho, é a única que tem
referência à existência de uma escola de surf e possibilidade de realizar outras
atividades náuticas (embora não especificando quais). A segunda referência é
relativa às provas de competição de Bodyboard em Portugal, realizadas em
Sintra (mas já decorreram no ano de 2012).
Na busca ao Google Sueco pela expressão “vattensporter i Portugal” as duas
primeiras referências são relativas à oferta do tripadvisor e a terceira é “madeira-
portugal”.
– Na primeira resposta do tripadvisor80, são apresentadas 30 ofertas, todas com
votação máxima (5 valores), agregadas pela designação “Passeios de barco e
desportos náuticos”, que cobrem quase todo o país, desde norte a sul e ilhas,
litoral e interior, faltando o Alentejo. São disponibilizados serviços para a
realização de atividades como surf, canoagem, passeios de barco, vela, kitesurf,
mergulho, etc. (Erro! A origem da referência não foi encontrada.).
80www.google.se/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja
&uact=8&ved=0CB8QFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.tripadvisor.se%2FAttr
actions-g189100-Activities-c55-
Portugal.html&ei=k6qCVe2CJPG1sQTRk6q4Cw&usg=AFQjCNEsciZ6ZmICE8
0BxDi5TkGdlE85mw&bvm=bv.96041959,d.d24
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
196
Tabela 31: Oferta náutica em Portugal, disponível na plataforma on-line tripadvisor,
identificado pela busca de atividades náuticas em Sueco.
– A segunda resposta obtida81 aparece agregada em “Atividades ao ar livre”,
“Desportos náuticos” e nesta secção aparecem referenciadas 16 entidades,
algumas diferentes das referidas na primeira reposta. As atividades náuticas são
idênticas, embora em menor quantidade e distribuição de oferta, e há também
referência a outras entidades como o Fluviário de Mora e o Sea Life no Porto.
– A terceira resposta refere-se a um aparthotel82, localizado na ilha da Madeira,
mais precisamente em Paul do Mar (Paul do Mar Aparthotel). Com um website
disponível em 13 idiomas, este aparthotel de 4 estrelas, com 57 estúdios e 3
apartamentos de um quarto, 3 piscinas, restaurantes e bares e spa, refere o local
como ótimo para a prática de surf e outros desportos aquáticos, como body
board, windsurf e mergulho, referindo que vários surfistas profissionais europeus
consideram Paul do Mar entre o top dos pontos de surf Europeus. No entanto, as
ofertas do hotel para a realização de atividades náuticas passam apenas pela
realização de passeios no mar, num barco tradicional de pesca. O embarque é
feito na doca em frente ao hotel, que durante muitos anos era a única forma de
acesso à localidade de Paul do Mar. O hotel oferece ainda a possibilidade de
realização de atividades como parapente, Jeep safari, passeios guiados pela
81www.google.se/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja
&uact=8&ved=0CCcQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.tripadvisor.se%2FAttr
actions-g189100-Activities-c61-t184-
Portugal.html&ei=k6qCVe2CJPG1sQTRk6q4Cw&usg=AFQjCNF_i2NBJkKC0
OXYKOyM-SUU-xg_SQ&bvm=bv.96041959,d.d24 82www.google.se/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja
&uact=8&ved=0CC4QFjAC&url=http%3A%2F%2Fwww.madeira-
portugal.com%2Fhotelpauldomar%2Fse%2Fwater.html&ei=k6qCVe2CJPG
1sQTRk6q4Cw&usg=AFQjCNETwPdcyhn0ssyi37ZQXZaBkcF80w&bvm=bv.96
041959,d.d24
Surf CanioningCanoagem
/caiaqueMergulho Paddle
Passeio de barco/
Observação de cetáceos
Windsurf/
Kitesurf
Norte x x x x (vela na Régua)
Centro x x x x
Lisboa x x
Algarve x x x x
Madeira x x
Açores x x
Oferta
NUT II
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
197
Levada do Paul, participação em atividades como a vindima ou corte da
banana e a possibilidade de aluguer de bicicletas.
Na busca de oferta de atividades náuticas em irlandês, “spóirt uisce sa
Phortaingéil”, encontra-se em Portugal, como primeira resposta, a empresa de
surf Jah-Shaka Surf – SurfLodge83. Esta empresa é um surf camp que promove o
surf na costa Algarvia. Tem sede em Lagos e apresenta seis possíveis locais para
estadia, desde o campismo até alojamento em apartamentos familiares. Auto
intitula-se como criadora do único Guia digital sobre as praias para a prática de
surf no Algarve. Oferece diversos programas, para casais, famílias, grupos de
amigos ou individuais, que vão desde apenas surf e alojamento, ou com
integração de outras atividades náuticas como mergulho, observação de
cetáceos, passeios de barco à vela, pesca, jet-ski, paddle, caiaque, aulas de
windsurf ou de kitesurf, etc., ou atividades não náuticas, como passeios a cavalo,
para-quedismo, escalada, provas de vinho paintball, etc.. De referir que este
website sita como fontes de apoio o Turismo de Portugal, a Federação
Portuguesa de Surf e a Capitania do Porto de Lagos.
As restantes respostas não revelam nenhuma atividade náutica em Portugal,
apresentam projetos educativos/escolas onde se pretendem promover as
atividades náuticas, outros links para temas marginais. Uma outra referência a
Portugal aparece na quarta resposta, onde há uma nota relativamente à prova
da Volvo Ocean Race84 que teve passagem em Lisboa.
Finalmente, em Inglês, provavelmente o idioma mais usado no motor da Google,
efetuou-se a procura de “Water sports in Portugal” no Google.co.uk.
– Como primeira resposta neste exercício de busca, obteve-se um anúncio da
algarve-seafaris85, uma empresa a operar na Marina de Vilamoura desde 1976 e
que realiza cruzeiros junto costa Algarvia bem como se dedica à organização
de saídas para prática de Pesca Desportiva.
Atualmente dispõem de um catamaran, com 19 metros de comprimento, para
efetuar cruzeiros na costa do Algarve, um iate de cruzeiro com 18,5 metros de
comprimento e ainda um iate com 13,5 metros de comprimento, especialmente
construído para a pesca ao Tubarão e Espadarte na costa algarvia. Além da
utilização para a organização das atividades – passeios marítimo-turísticos ou
83 http://jahshakasurf.com/ga/home/surf-camp-portugal/things-to-do-algarve/ 84 www.tg4.ie/ie/tv-listings/tv-listings.html?date=2015-05-29 85 www.algarve-seafaris.com/portugal-sport-fishing/big-game-
fishing?gclid=CMu23uf3nsYCFUzItAodeBQAJA
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
198
pesca desportiva – é possível alugar as embarcações para a realização de
outras atividades como festas de grupo, eventos, congressos e reuniões,
campanhas de marketing e publicidade, workshops ou campeonatos de pesca
desportiva.
Esta empresa tem o website disponível em Português e Inglês, mas tem também
disponível o link para a tradução direta das páginas web para espanhol, francês
ou alemão.
– A segunda referência é da TRIPADVISOR86, para a empresa “Polvo Watersports
Algarve”, que organiza passeios marítimo-turísticos e outras atividades aquáticas
em complexos desportivos e parques aquáticos.
– A referência seguinte é Portugal Sport And Adventure87, um website que atua
como agência de viagens, onde se pode encontrar uma lista vasta de
atividades, náuticas e outras, para se realizar em Portugal, continental ou ilhas,
sendo as atividades dirigidas por diversas empresas, clubes ou associações
locais.
Esta plataforma disponibiliza a apresentação da oferta existente de duas formas:
por atividade ou por região. Entre as várias atividades para escolha, temos as
náuticas: canoagem, mergulho, observação de golfinhos e baleias, pesca
desportiva, vela, stand up paddle e surf. Para cada uma destas atividades é
descrita a atividade em si e onde se pode realizar em Portugal, devido às
próprias características da atividade. Na maior parte dos casos são identificados
locais e entidades de apoio para a realização da atividade, não sendo no
entanto disponibilizado nenhum contacto – todos os pedidos de informação ou
reservas são efetuados através da plataforma.
Por exemplo, escolhendo a opção “Surfing etc” é dada indicação de locais
como Lisboa, Peniche, Nazaré, Vila Nova de Milfontes, Figueira da Foz,
Matosinhos/Porto e Algarve como sendo bons para a prática da atividade.
Ainda incorporado nesta página, são apresentados links para as melhores praias
de surf a norte (Vila Praia de Âncora, Afife, Viana do Castelo, Cabedelo,
Aguçadoura, Vila do Conde, Azurára, Espinho, Praia do Norte, Nazaré); no
centro (em Peniche: Supertubos, Santa Cruz, Molho Leste, Praia do Baleal, Lagide
e a Praia Azul, ideal para principiantes; na Ericeira: Coxos, Pontinha, Backdoor,
Pedra Branca, Ribeira dilhas e Praia do Norte; próximo a Lisboa: Praia Grande –
86www.google.co.uk/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&sqi
=2&ved=0CCYQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.tripadvisor.com.br%2FAttraction_Review-
g227947-d627604-Reviews-Polvo_Watersports_Algarve-
Vilamoura_Faro_District_Algarve.html&ei=Za-FVbT0POqt7AaC54OACQ&usg=AFQjCNE-
39u6c1ICdtQNSDqSR1-CE3d9Bw&bvm=bv.96339352,d.ZGU 87 www.portugal-sport-and-adventure.com/watersports-portugal.html
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
199
Sintra, Praia do Guincho, Costa da Caparica, São João, São Pedro, Carcavelos e
Santo Amaro para os mais experientes); e no sul (costa Alentejana: Fonte da
Telha, Cogumelo, Malhão, Cabo de Sines e Zambujeira do Mar; e na costa
Algarvia: Carrapateira, Arrifana, Praia do Amado, Zavial, Tonel, Mareta, Beliche,
Praia do Castelejo, Monte Clérigo e Carriagem). Em cada destas três novas
páginas é apresentada informação sobre o local, exemplos de campeonatos e
surfistas importantes que tenham passado pela zona e, caso seja relevante,
novos links para mais informação como, por exemplo, a referência a surf camps,
a festivais de verão ou outros eventos/atividades importantes na área referida ou
relativos à modalidade.
Na atividade “Diving”/Mergulho, encontramos referenciados muitos locais
interessantes para a prática de mergulho, desde o norte ao sul de Portugal
continental e também nas ilhas. À semelhança do descrito anteriormente, a
página apresenta primeiramente aspetos gerais sobre a prática de mergulho,
“porquê mergulhar em Portugal”, fala da temperatura e condições da água nos
diferentes locais, as melhores alturas do ano para a prática da atividade, etc. e
apresenta páginas individualizadas sobre “descobre mais sobre mergulhar …”
nos Açores, na Madeira, no norte de Portugal, em Lisboa e no centro de
Portugal, no sul de Portugal e tem ainda um link para a apresentação de
diversos centros de mergulho em Portugal, que apoiam na realização da
atividade (para aluguer de material de mergulho e/ou aluguer de embarcações
para a deslocação de terra até aos spots de mergulho). E sucessivamente, em
cada atividade, um leque de informações.
Relativamente à procura por região, em cada janela/cada região é
apresentado um rol de atividades que se podem realizar nas imediações.
Complementando as anteriores, há oferta de escalada, ciclismo, golfe, holística
& yoga, passeios a cavalo, bowling, ténis, caminhadas, etc..
O portal disponibiliza ainda links para serviços gerais como: aluguer de carro,
alojamento, Mapas de Portugal, dicas sobre o país, e informações sobre destas e
eventos, etc..
Está também disponível no website a apresentação de pacotes oferta de
atividades – diversas sugestões de atividades que se podem comprar/oferecer,
para serem realizadas individualmente, a dois ou em família.
Além da atividade em si, independentemente da solicitação de pacotes, ou
não, como agência, os serviços da plataforma permitem o contacto a fim de ser
programado um plano completo, integrado, desde a preparação das
atividades náuticas ao alojamento, passando por dicas sobre a alimentação,
etc..
No Google Português, com a busca da expressão “water sports in Portugal”
apenas a segunda resposta é conhecida – Portugal Sport And Adventure. A
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
200
primeira e terceiras respostas são referentes a duas empresas com atividade no
Algarve.
– O primeiro resultado apresentado nesta busca em Inglês, corresponde à
empresa ski molhado88, sediada na Praia da Oura, Algarve, com um website em
Inglês e Português.
Esta empresa promove a prática de modalidades náuticas mais ligadas à
diversão, tais como: “parasailing”, “Jet boat rides”, “Flyfish”, “wakeboard”, esqui
náutico, boias, mota de água, caiaque e gaivota. Organiza também passeios
marítimo-turísticos para visita às grutas e observação de cetáceos.
No website, a empresa apresenta os serviços/produtos de forma direta,
individualizada, sem integração de atividades ou planos de atividades para
grupos ou famílias. Também não disponibiliza informação sobre horários ou
preços. A informação “extra atividades” disponível, é a existência de uma janela
“links” onde se podem encontrar endereços para a Câmara Municipal e do
Posto de Turismo de Albufeira, Turismo do Algarve, Instituto de meteorologia,
Tabela das marés, entre outros.
– A terceira resposta é a empresa Beach Hut Watersports89, sediada na Praia da
Luz, (Lagos) e vocacionada para passeios marítimo-turísticos, para observação
de cetáceos, aves marinhas e grupas, e para a realização de desportos náuticos
como vela, windsurf, ski aquático, wakeboard, insufláveis e moto-de-água.
A página web, em quatro idiomas (Português, Espanhol, Inglês e Francês),
apresenta de uma forma geral as diversas atividades, incluindo os preços
praticados, e disponibiliza também a realização de aulas nas atividades como
vela, Windsurf, ski náutico e wakeboard, para vários níveis de aperfeiçoamento.
Realizando no Google português a procura com a expressão portuguesa,
“atividades náuticas em Portugal”, os primeiros resultados são diferentes dos
anteriores, sendo também diferentes dos resultados da busca por “atividades
náuticas” e ainda de “actividades náuticas” (no antigo acordo ortográfico).
– A primeira resposta à expressão “atividades náuticas em Portugal” é referente
à plataforma MYGON90, que apresenta oito parceiros com oferta de atividades
náuticas. Estavam expostas propostas como: um batismo de padlle na Costa da
Caparica (Waves4life), uma aula de surf na Ericeira (We surf), uma aula de surf
88 www.skimolhado.com/activities/ 89 http://beachhutwatersports.com/ 90 www.mygon.com/#!guia/lazer-e-desporto/actividades-nauticas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
201
na Costa de Caparica (Lufi Surf School), um Jantar Romântico para dois ao Pôr-
do-Sol num veleiro no Rio Tejo (Miguel Mourão – Ocean Skiper), um passeio de
veleiro para duas pessoas com flute de espumante no Douro (Douro 360º), um
passeio num veleiro para seis pessoas em Lisboa (Pypas Cruises), um Pack de
cinco aulas paddle em Carcavelos (69 Slam Surf School) ou um passeio num iate
em Lisboa (Sea Luxor).
A MYGON é uma aplicação móvel onde se anunciam promoções e descontos
“de último minuto”, em resultado de parcerias com diversas entidades desde
restaurantes, spas, empresas de animação, e outras, que se encontram em
Portugal ou em Espanha. Cada entidade que se pretenda registar e anunciar os
seus produtos/serviços paga um fee à plataforma, de acordo com a opção
escolhida: “visualização da promoção” ou “clientes recebidos com o código da
promoção”. Por outro lado, que distingue de outras plataformas como a
Groupon, Odisseias. ou LetsBonus, o cliente regista-se na plataforma, seleciona
uma oferta, recebe o código promocional por sms e só efetua o pagamento se
de facto for usufruir do serviço/produto, pagando diretamente à entidade que
promove a oferta. O cliente tem ainda a vantagem de, por cada atividade que
usufrua, acumular pontos num cartão virtual, podendo vir a obter diferentes
ofertas de acordo com os pontos acumulados (como descontos em futuras
atividades ou mesmo a realização de determinadas atividades de forma
gratuita).
Com website disponível em Português, Castelhano e Inglês, é possível definir um
conjunto de filtros desde país (Portugal ou Espanha), distrito, data para
realização da atividade e Tipo de atividade que se pretende. É assim possível
selecionar entre: Restaurantes, Bares & Cafés, Saúde & Beleza, Produtos &
Serviços, Lazer & Desporto ou Alojamento. Depois de escolhida a temática geral,
é ainda possível escolher subcategorias. As ofertas náuticas encontradas
inicialmente encontram-se na subcategoria “Lazer & Desporto”. Mas, também se
encontraram ofertas náuticas em “Actividades Outdoor em Portugal” – por entre
os 19 contactos de entidades obtidos nesta subcategoria, dois estão ligados à
náutica: Batismo de Paddle Boarding em Almada (Boarder Club Portugal) e
Coasteering na Enseada da Mula, Sesimbra (Vertente Natural). Por vezes, cada
entidade apresenta mais que uma oferta, por exemplo, o aluguer de umas horas
de um veleiro apenas para um casal com jantar incluído, ou o aluguer para 4 a 6
pessoas, em exclusividade, para umas horas de passeio, ou para 2 pessoas, sem
exclusividade, etc..
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
202
– A segunda resposta refere-se a um documento91 elaborado para o Turismo de
Portugal em 2006, “10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do Turismo
em Portugal – TURISMO NÁUTICO”. Este documento foi preparado no seguimento
da identificação de 10 produtos a desenvolver pelo Plano Estratégico Nacional
do Turismo (PENT), entre os quais o “Turismo Náutico”, pelo que contém um
balanço sobre as Oportunidades e requisitos do mercado, a análise à
capacidade competitiva de Portugal, ao modelo de negócio e à estratégia de
desenvolvimento.
– O terceiro registo refere-se ao link do Portal do Mar92 onde consta uma lista de
Associações de diversas entidades ligadas à náutica, portuguesas e
internacionais, com os respetivos links para os seus endereços web.
De referir ainda que o quarto e quinto registos são relativos ao Projeto Portugal
Náutico. Primeiro no jornal “Tribuna das Ilhas”93, uma notícia sobre a
apresentação do Projeto no dia 19 na cidade da Horta. Depois no website da
Oceano XXI, na secção dos Projetos em que está envolvida.
Nesta altura, procurar no Google por “atividades náuticas” é diferente de
procurar por “actividades náuticas” (antigo acordo ortográfico). Para a primeira
forma obtemos como respostas links para a Câmara Municipal de Cascais,
Câmara Municipal de Viana do Castelo e para a ADN – Atividades Desportivas
Náuticas de Cascais. Para a segunda forma, “actividades náuticas”, a ADN
Cascais também aparece como terceira resposta, sendo a primeira a Seixalíada
e a segunda a Marina de Vilamoura (tendo já sido descrita atrás a atividade
náutica que oferece).
– A resposta da C.M. de Cascais à busca de “atividades náuticas” é a
apresentação no seu website94 da promoção da iniciação de diversas
atividades náuticas tais como canoagem, surf, vela, bodyboard, windsurf, stand
up paddle e mergulho. As aulas de batismo, a realizar ao longo do ano (em
média, uma vez por mês) e em diversos locais, são promovidas por diferentes
entidades locais, que se associaram ao projeto da câmara (tais como a
91www.turismodeportugal.pt/PORTUGU%C3%8AS/TURISMODEPORTUGAL/P
UBLICACOES/Documents/Turismo%20Nautico%202006.pdf 92
www.portaldomar.pt/NauticadeRecreio/DirectoriodeEntidades/Associac
oes/index.htm 93 http://tribunadasilhas.pt/index.php/local/item/8713-projeto-portugal-
n%C3%A1utico-apresentado-na-horta 94 www.cm-cascais.pt/projeto/atividades-nauticas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
203
Aquacarca Associação de Novos Desporto Aquáticos, o Clube Naval de
Cascais, o Get Up Stand Up – GUSU, o Surfing Clube de Portugal, o Surf
Academia e o ADN – Atividades Desportivas Náuticas), promovendo a
realização de atividades a preços mais económicos.
Esta informação está disponível no website da câmara em CÂMARA, ÁREAS –
Desporto e depois em PROJETOS E INICIATIVAS – Atividades Náuticas. A este nível
encontram-se diversas outros projetos relacionados com o Desporto em geral,
futebol, atletismo, ginástica ao ar livre, etc..
O website da Câmara Municipal de Cascais está disponível em Português e em
Inglês e apresenta uma janela com links e informações relevantes para quem
pretende visitar a cidade, como informações sobre como chegar, onde ficar, o
que fazer, o que visitar, etc..
– A C.M. de Viana do Castelo também apresenta no seu website95 a promoção
de atividades náuticas como o surf, wind surf, kitesurf ou bodyboard nas praias
atlânticas e no rio Lima a prática de desportos como o jet-ski, a vela, o remo, a
canoagem, a pesca ou simplesmente um passeio de barco. Neste caso, é
apresentado, por atividade, uma lista de entidades locais que apoiam na sua
realização. Entidades como escolas, clubes náuticos e empresas que estão
subdivididas em grupos de: Surf, Bodyboard, Longboard e Paddle,
Canoagem/Kayak, Mergulho, Remo, Vela, Kitesurf e Windsurf, Pesca, Passeios de
Barco, Canyoning, Rafting, Aluguer de Embarcações Náuticas, Cruzeiros/Cursos
de Vela.
A informação sobre as atividades náuticas encontra-se, a partir da janela inicial
da página web da Câmara Municipal, no menu principal em “Viver Viana”,
“Turismo e Lazer”, a par de janelas como Festas Sra. da Agonia, Brochuras
Promocionais, Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Postos
de Turismo, Funicular de Stª Luzia, Percursos Culturais, Atividades Desportivas e de
Lazer, Artesanato, Restaurantes, Alojamentos, Marina de Viana do Castelo,
Espaços Noturnos, Gastronomia e Vinhos, Caminhos de Santiago – Caminho
Português da Costa, entre outros.
O website da Câmara Municipal de Viana do Castelo está disponível em
Português e tem associado o serviço do “Google Translate” que efetua
diretamente a tradução para mais nove idiomas (Alemão, Espanhol, Francês,
Holandês, Inglês, Italiano, Polaco, Russo e Sueco).
– O terceiro registo de “atividades náuticas” é do Clube de Praticantes ADN de
Cascais, que tem como objeto exclusivo a promoção e organização da prática
95 www.cm-viana-castelo.pt/pt/atividades-nauticas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
204
e do ensino de atividades náuticas, nomeadamente canoagem e vela. A
resposta do Google é diretamente para a página inicial do clube (apenas
disponível em Português) onde constam informações sobre as atividades a
decorrer ou em agenda. As subjanelas da página referem-se apenas à
informação relativa ao clube, às atividades que organizam e a documentos
associados às atividades, não havendo referência a mais nenhum tipo de
informação.
Em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, o Clube de Praticantes ADN
organiza o programa “Cascais Ativo”, proporcionando semanalmente (sábados
e domingos de manhã) um programa de atividades de Canoagem, Windsurf e
Padle, na Praia dos Pescadores. Ao longo do ano, além das aulas habituais,
organiza também regatas e um programa de férias desportivas para a prática
de canoagem. Outro programa que possui é o EANC – Escola de Atividades
Náuticas de Cascais que, associado à Escola Básica e Secundária de
Carcavelos (escola sede do projeto) e a várias outras escolas de Cascais que
aderiram, desenvolveram o Centro de Formação Desportiva de VELA, integrado
no programa de Desporto Escolar das Escolas, permitindo a formação dos
estudantes em embarcações Optimist e Laser.
– A Seixalíada, organizado anualmente pela Câmara Municipal do Seixal, em
colaboração com as seis freguesias e a Associação das Coletividades do
Conselho do Seixal, é um dos pontos altos do calendário desportivo e social do
Concelho do Seixal, assumindo-se como a grande festa do desporto popular.
Esta iniciativa é o evento emblemático do desporto para todos no País e um
exemplo do trabalho conjunto entre o Movimento Associativo e as Autarquias na
área desportiva. Entre os vários objetivos do evento estão: o desejo de
movimentar o maior número possível de atletas federados e não federados de
todos os escalões etários, sensibilizar a generalidade da população para os
benefícios da prática regular do desporto e a promoção da relação entre o
movimento associativo e da comunidade escolar.
Entre as diversas atividades promovidas nos eventos encontram-se a “Pesca
Desportiva” e “Actividades Náuticas”, dentro das quais se encontram a vela, o
caiaque, o slalom e a canoagem, havendo várias modalidades inseridas em
cada atividade.
Seguindo a procura da oferta náutica em Portugal, pesquisamos no motor de
busca Google do Reino Unido, Espanha e França pelas atividades específicas:
Surf, Mergulho, Aluguer de embarcações e Observação de cetáceos.
No www.google.co.uk procuramos por “Surf in Portugal”, “Diving in Portugal”,
“Rental of sailing boats in Portugal” e “Whale and dolphin watching in Portugal”.
Para a atividade Surf, é apresentada uma análise mais global do País, embora a
praia do Baleal – Peniche, seja a terceira referência. Quanto à prática do
Mergulho, as duas primeiras referências vão para o Algarve e a terceira
apresenta diversos contactos e apresentação de vários spots no país. O Aluguer
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
205
de embarcações está disponível em diversos pontos do país, no entanto nesta
busca há que referir que é dada apenas uma referência ao Porto/norte,
havendo apenas oferta de uma ER (um catamaran à vela). A Observação de
cetáceos aparece primeiramente como oferta nos Açores, havendo
posteriormente referência a diversos pontos das ilhas e no continente e reforça
na terceira sugestão com o Algarve, Setúbal e Funchal. É possível encontrar nas
Erro! A origem da referência não foi encontrada. e Tabela 32: Oferta náutica em
Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido (www.google.co.uk)
(busca realizada a: 22-06-2015).
uma melhor caracterização dos primeiros três registos encontrados nesta
pesquisa, para cada atividade.
No www.google.es efetuou-se a procura por “SURF EN PORTUGAL”, “BUCEAR EN
PORTUGAL”, “ALQUILER DE BARCOS EN PORTUGAL” e “AVISTAMIENTO DE
BALLENAS Y DELFINES EN PORTUGAL”. Os primeiros resultados para a atividade
Surf dão conta de oferta na Ericeira e em Peniche, por esta ordem, havendo
depois lugar à revista portuguesa “SURFportugal”, não com contactos de
entidades promotoras da atividade, mas com informações relativas à atividade
em si. Relativamente ao Mergulho aparece como terceira referência uma
empresaem Albufeira, sendo que as duas primeiras apresentam spots gerais
nacionais: a associação PADI que apresenta diversos contactos das empresas
associadas e o Turismo en Portugal refere os locais, deixando apenas o contacto
de uma entidade que aparece em forma de anúncio. O Aluguer de
embarcações ocorre um pouco por todo o país, havendo no entanto a salientar
que a terceira resposta é a disponibilidade de barcos casa – embarcações
fluviais sem necessidade de carta de navegação – que se alugam no Alqueva
(Amieira). Procurando a partir de Espanha de locais em Portugal para a
Observação de cetáceos obtemos os Açores como resposta nos três primeiros
resultados, sendo que um deles apresenta diversas opções no país. A Tabela 33:
Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido
(www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).
contém mais informações sobre os resultados obtidos nesta busca.
No www.google.fr efetuou-se a procura por “SURF AU PORTUGAL”, “PLONGÉE AU
PORTUGAL”, “LOCATION DE VOILIER AU PORTUGAL” e “OBSERVATION DES
CÉTACÉS AU PORTUGAL”. Para o Surf os primeiros resultados referem as zonas de
Peniche, Ericeira e Sagres. Quanto ao Mergulho e ao Aluguer de embarcações
de recreio, as primeiras respostas apresentam oferta em diversos locais em
Portugal, continental e ilhas. Por outro lado, também na busca Francesa, é a
partir dos Açores que existe maior oferta para a Observação de cetáceos. É
possível encontrar na Tabela 34: Oferta náutica em Portugal, em resultado de
buscas a partir de Espanha (www.google.es) (busca realizada a: 22-06-2015).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
206
uma melhor caracterização dos primeiros três registos encontrados na pesquisa
francesa, para cada atividade.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
207
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão Portugal >
Destinationswww.google.co.uk Geral 48
2ª sugestão
(Anúncio)Jah Shaka Surf Lodge http://jahshakasurf.com Geral 17
Surfing Baleal - Surf Camp And Surf
School
TOP 3 no booking:
'- Bsurf Hostel
- Baleal GuestHouse
- Captains Log House
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão
(Anúncio)Laka Laka Diving http://lakalaka-diving.com/en Lagos 1 empresa; diversas ofertas
2ª sugestão Algarve Scuba Diving www.algarve-scuba-diving.com Algarve 1 empresa; diversas ofertas
3ª sugestão Portugaldiving http://portugaldiving.com/ Geral1 Plataforma com diversos
contactos
Website Local Oferta (Total ER disponíveis) Tipo OFERTA Oferta Local
barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
28
12
1
- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;
- Graciosa Lagos e Porto;
- Porto
2ª sugestão Sea Way Charter http://charter.seaway.co.pt/
Lisboa,
Algarve e
Tróia
9
Catamaran
Barco Casa
Barco a motor
Barco à bela
2
7
9
9
- Lisboa e Lagos
- Alqueva (na Amieira Marina)
- Lagos, Portimão e Vilamoura
- Lagos, Portimão, Lisboa e Albufeira
Website Local Total de oferta disponível Caracterização da oferta
1ª sugestão
(Anúncio)Responsible travel www.responsibletravel.com Açores 8
2ª sugestão Portugal Sport And
Adventure
www.portugal-sport-and-
adventure.comGeral várias
3ª sugestão VIATOR www.viator.com
Algarve +
Setúbal e
Funchal
3 + 2
Surf in Portugal Caracterização da oferta
30 = Surf Camps + hostel +
apartamentos com ref. a Escolas
ou Surfcamps próximos; o
Lista extensa de praias em Portugal Continental e Ilhas para prática de surf, com indicação de alguns serviços e
atividades: Peniche (Surf, Praias, Bodyboard, Pesca, Kitesurf); Ericeira (Surf, Praias, Marisco, Bodyboard); Nazaré (Surf,
Praias, bodyboard, surf de ondas grandes, Canyons); Algarve (Praias, golfe, surf, parques aquáticos, Marinas); Sagres
(Surf, Praias, Faróis, Escalada, Bodyboard); Lagos (Praias, Surf, vida noturna, Marinas, golfe); Costa da Caparica (Praias,
Surf, Bodyboard, Kitesurf); Praia do Guincho ( Praias, Surf, Windsurf); Cascais ( Praias, Surf, cultura, música, Mercados);
Carcavelos (Surf, Praias, Bodyboarding, vinho, desportos); Jardim do Mar (Surf, praias, surfe de ondas grandes); Aljezur (
Praias, Surf, mercados, Yoga, Castelos); Esmoriz ( Praias, Surf, Parques); Odeceixe (Praias, Surf); Figueira da Foz ( Praias,
Casinos, Surf, Marisco, Bodyboard); Matosinhos (Surf, Praias, Mercados, Marisco, Andar a cavalo); Ferrel (Surf, resorts a
beira-mar); Paul do Mar (Surf, Praias, Caminhadas); Buarcos (Praias, Surf, Castelos, Monumento, História); Espinho
(Casinos, Praias, Surf, Poker, Bodyboard); Estoril (Casinos, Golfe, grande prémio de motociclismo, Praias, Fado música);
Praia da Luz (Praias, surf,aividades náuticas, vida nocturna); Sines (Praias, Marinas, Surf, Música, Castelos); Vila Praia de
Âncora (Praias, Surf); Foz do Arelho (Praias, Acampamento, Surf, Kitesurf, Windsurf); Vila Nova de Milfontes (Camping,
Praias, Surf); Ribeira Grande (Surf, cascatas, praias, igrejas, Arquitetura); Raposeira (surf, Capelas, Praias, Arquitectura);
Rabo de Peixe (Pesca, Surf, Tourada, Bodyboard, Literatura); Cortegaça, Ovar (Praias, Surf); Ilha de São Miguel
(observação de baleias, vulcões, Caminhadas, Hot Springs, Praias); Sesimbra (Praias, Surf, Pesca, Castelos, marisco);
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (praias, parques, Surf, Natureza, Camping); São Vicente (grutas,
vulcões, Surf, Praias, natureza); Leça da Palmeira (Praias, Surf, Andar a cavalo, Faróis, Bodyboard); Viana do Castelo
(Cultura, Monumento, Praias, Surf, teatro); Zambujeira do Mar (Praias, Surf); Alentejo (vinho, praias, cultura, Surf, vinha);
Tocha (Praias, Camping, Esportes, Surf); Lourinhã (Praias, marisco, surf, cultura, música); Aveiro (Praias, Azulejo, Canals,
Surf, Pesca); Vila do Bispo (Praias, Surf, Fado música, Cliffs); Comporta (praias, surf, golfe); Portimão (Praias, Marinas,
lojas, mercados, vida noturna); Ilha de São Jorge (Tourada, Canyoning, vulcões, Surf, Observação de baleias); São
Martinho do Porto (Praias, Acampamento, Surf, Pesca); Altura (Praias, Surf, recreação ao ar livre); Esposende (Kitesurf,
Praias, Surf).
3ª sugestão
(Anúncio)
Hostel Surfing Baleal
Surf Campwww.booking.com/ Peniche
Caracterização da oferta
- Pontuação: 9,3 em 30 comentários; a 400m da praia do Baleal
- Pontuação: 9,3 em 37 comentários; a 75m da praia
- Pontuação: 9,0 em 48 comentários; a 2min a pé da praia
- Pontuação: 7,4 em 25 comentários; a 150m da praia do Baleal
A empresa pertence ao Grupo Siroco, que integra também a empresa Siroco Yacht Brokers - especialista em barcos
usados e Siroco Equipamentos. Pode organizar passeios de barco a pedido, com pacotes personalizados, desde passeios
de um dia, fins-de-semana ou até a percursos mais longos. Estão à disposição uma gama selecionada de catamarans
Lagoon, veleiros e barcos a motor de médio e grande porte. Apresentam programas para: um dia de passeio em Lisboa ou
no Algarve, refeições a bordo, Por do sol, um fim-de-semana romântico; 3 Dias em Tróia; 7 dias no Algarve ou 6 dias nos
Açores; Programas Inverno - como SPA a bordo e provas de vinho).
Já tinha sido referenciada nas atividades náuticas no google irlandês.
Com esta procura, apresenta 17 programas diferentes com diversas ofertas ligadas ao surf, kitesurf, padlle, com duração
variável de dias, sugestões para casais, família, grupos ou individual, para iniciantes ou experientes.
O website está disponível apenas em Inglês e em Russo.
Oferecem as atividades: prática de mergulho, cursos de mergulho, batismos, pesca submarina e pesca apeada.
Apresentam as diversas atividades que oferecem (junto a recifes, naufrágios, cânions e cavernas subaquáticas) assim
como informação detalhada dos preços praticados, para cursos, aluguer de equipamento e enchimento de garrafas,
apresentando também promoções para o aluguer para 3, 5 ou 10 dias. Dispoem do que designam por "Serviços
Especializados": TRANSFERS, não disponibilizam o transporte em si, mas apresentam detalhadamente diversas
possibilidades para chegar a Lagos a partir de Lisboa, disponibilizando links com contactos para taxi, comboios,
autocarros ou aluguer de viaturas; WHERE TO LIVE, são apresentadas 12 possibilidades de estadia, essencialmente
apartamentos e um hotel; e EXCURSIONS, onde se apresentam diversos programas que, não ultrapassando as 24 horas,
consistem na visita (de autocarro) a diversos locais como Silves e Monchique, ao redor do Algarve, às praias algarvias,
ao ponto mas ocidental do Continente Europeu - Cabo de São Vicente, a Évora, Beja ou ainda até Fátima, apresentando
para cada caso o programa detalhado.
Disponibiliza ainda links para apresentação de diversos locais de mergulho na costa algarvia e uma janela com uma
apresentação geral de Portugal, dando relevância às condições do país para a prática de diversas atividades náuticas.
Website disponível em Inglês, Alemão, Português e Holandês.
Centro de mergulho com prémio de 5 estrelas. Apresentam os diversos cursos que oferecem e os preços, apresentando
promoções para grupos de 5 estudantes.
O website apresenta diversos locais, ideais para a prática de mergulho em Portugal, organizados por áreas: Grande
Lisboa (Arrábida e Sesimbra), norte (Matosinhos), centro (Berlengas), sul (Alentejo, Lagos-Portimão-Lagoa, Albufeira e
Sagres), Açores (Santa Maria, Graciosa, Faial, S. Jorge e Pico) e Madeira (Madeira, Porto Santo e Reserva Natural do
Garajau). Apresenta também links para contactos de empresas que fornecem serviços para a prática de mergulho.
Relativamente à oferta complementar, não apresenta pacotes integrados, mas disponibiliza contacto para providenciar
apoio na preparação de uma viagem, assim como diversos links para outras atividades a realizar em Portugal (como a
linha de comboio de Sintra, o Jardim do Buddha Eden, informações sobre o Fado), diversos locais de hotelaria e
restauração e uma página associada a cada região com informações turísticas.
1ª sugestão
(Anúncio)Sailing Europe www.sailingeurope.com Geral 28
Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;
apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia
Diving in Portugal
O website, disponível apenas em Inglês, apresenta uma lista de 197 países, e sobre cada um apresenta um vasto leque
de atividades e programas a realizar, em resultado de pacerias com mais de 400 pequenas empresas de viagens.
Como resultado da nossa busca direta, foram apresentados 62 locais para a observação de baleias, golfinhos e
tartarugas, sendo apenas 8 referentes a Portugal e todos os registos nos Açores. Tratam-se de pacotes integrados,
habitualmente para 6, 7 ou 10 dias, com ou sem voos incluidos, mas com estadia num hotel de 4 estrelas e saídas para
observação de cetáceos. Alguns programas incluem refeições em restaurantes. Encontram-se programas dirigidos a
pessoas individuais e a famílias.
Para cada Embarcação de Recreio disponível, apresenam a ficha técnica, planta, e os serviços detalhados do que inclui
ou não no preço; em alguns casos permite a escolha com ou sem skipper.
Yachtico boat rental
& yacht charterwww.yachtico.com
Geral
(Continente)27
Website disponível em 10 idiomas, estando incluiído o Português (do Brasil).
Trata-se de uma plataforma que funciona como agência de viagens. Apresenta como resposta ao solicitado, 3 contactos
com informação de programas (apenas umas horas) e preços, na zona de Albufeira e Quarteira.
A plataforma permite a procura, por país e/ou região, de diversas atividades, entre elas atividades náuticas. É possível
filtrar por Cruzeiros, viagens de barco e observação de cetáceos. Com uma pesquisa geral, são referenciadas 5 entidades
para observação de cetáceos, as anteriores, mais uma em Setíbal e uma na Madeira (Funchal).
Já referenciado na busca de atividades náuticas no idioma inglês.
Apresenta os locais Açores, Madeira, Algarve (Tavira, Vilamoura, Albufeira e Lagos), Arrábida (Setúbal) e Cascais como
pontos de interesse para a observação de cetáceos.
Apresenta um largo comentário a cada zona e refere ainda que nos Açores podem ser encontradas 21 das 80 espécies de
baleias registadas em todo o mundo. Para cada região apresenta contactos de entidades que apoiam a realização da
atividade. não apresenta programas compostos
3ª sugestão
Whale and dolphin
watching in Portugal
Rental of sailing boats in Portugal
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
208
Tabela 32: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
209
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão Portugal >
Destinationswww.google.co.uk Geral 48
2ª sugestão
(Anúncio)Jah Shaka Surf Lodge http://jahshakasurf.com Geral 17
Surfing Baleal - Surf Camp And Surf
School
TOP 3 no booking:
'- Bsurf Hostel
- Baleal GuestHouse
- Captains Log House
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão
(Anúncio)Laka Laka Diving http://lakalaka-diving.com/en Lagos 1 empresa; diversas ofertas
2ª sugestão Algarve Scuba Diving www.algarve-scuba-diving.com Algarve 1 empresa; diversas ofertas
3ª sugestão Portugaldiving http://portugaldiving.com/ Geral1 Plataforma com diversos
contactos
Website Local Oferta (Total ER disponíveis) Tipo OFERTA Oferta Local
barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
28
12
1
- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;
- Graciosa Lagos e Porto;
- Porto
2ª sugestão Sea Way Charter http://charter.seaway.co.pt/
Lisboa,
Algarve e
Tróia
9
Catamaran
Barco Casa
Barco a motor
Barco à bela
2
7
9
9
- Lisboa e Lagos
- Alqueva (na Amieira Marina)
- Lagos, Portimão e Vilamoura
- Lagos, Portimão, Lisboa e Albufeira
Website Local Total de oferta disponível Caracterização da oferta
1ª sugestão
(Anúncio)Responsible travel www.responsibletravel.com Açores 8
2ª sugestão Portugal Sport And
Adventure
www.portugal-sport-and-
adventure.comGeral várias
3ª sugestão VIATOR www.viator.com
Algarve +
Setúbal e
Funchal
3 + 2
Surf in Portugal Caracterização da oferta
30 = Surf Camps + hostel +
apartamentos com ref. a Escolas
ou Surfcamps próximos; o
Lista extensa de praias em Portugal Continental e Ilhas para prática de surf, com indicação de alguns serviços e
atividades: Peniche (Surf, Praias, Bodyboard, Pesca, Kitesurf); Ericeira (Surf, Praias, Marisco, Bodyboard); Nazaré (Surf,
Praias, bodyboard, surf de ondas grandes, Canyons); Algarve (Praias, golfe, surf, parques aquáticos, Marinas); Sagres
(Surf, Praias, Faróis, Escalada, Bodyboard); Lagos (Praias, Surf, vida noturna, Marinas, golfe); Costa da Caparica (Praias,
Surf, Bodyboard, Kitesurf); Praia do Guincho ( Praias, Surf, Windsurf); Cascais ( Praias, Surf, cultura, música, Mercados);
Carcavelos (Surf, Praias, Bodyboarding, vinho, desportos); Jardim do Mar (Surf, praias, surfe de ondas grandes); Aljezur (
Praias, Surf, mercados, Yoga, Castelos); Esmoriz ( Praias, Surf, Parques); Odeceixe (Praias, Surf); Figueira da Foz ( Praias,
Casinos, Surf, Marisco, Bodyboard); Matosinhos (Surf, Praias, Mercados, Marisco, Andar a cavalo); Ferrel (Surf, resorts a
beira-mar); Paul do Mar (Surf, Praias, Caminhadas); Buarcos (Praias, Surf, Castelos, Monumento, História); Espinho
(Casinos, Praias, Surf, Poker, Bodyboard); Estoril (Casinos, Golfe, grande prémio de motociclismo, Praias, Fado música);
Praia da Luz (Praias, surf,aividades náuticas, vida nocturna); Sines (Praias, Marinas, Surf, Música, Castelos); Vila Praia de
Âncora (Praias, Surf); Foz do Arelho (Praias, Acampamento, Surf, Kitesurf, Windsurf); Vila Nova de Milfontes (Camping,
Praias, Surf); Ribeira Grande (Surf, cascatas, praias, igrejas, Arquitetura); Raposeira (surf, Capelas, Praias, Arquitectura);
Rabo de Peixe (Pesca, Surf, Tourada, Bodyboard, Literatura); Cortegaça, Ovar (Praias, Surf); Ilha de São Miguel
(observação de baleias, vulcões, Caminhadas, Hot Springs, Praias); Sesimbra (Praias, Surf, Pesca, Castelos, marisco);
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (praias, parques, Surf, Natureza, Camping); São Vicente (grutas,
vulcões, Surf, Praias, natureza); Leça da Palmeira (Praias, Surf, Andar a cavalo, Faróis, Bodyboard); Viana do Castelo
(Cultura, Monumento, Praias, Surf, teatro); Zambujeira do Mar (Praias, Surf); Alentejo (vinho, praias, cultura, Surf, vinha);
Tocha (Praias, Camping, Esportes, Surf); Lourinhã (Praias, marisco, surf, cultura, música); Aveiro (Praias, Azulejo, Canals,
Surf, Pesca); Vila do Bispo (Praias, Surf, Fado música, Cliffs); Comporta (praias, surf, golfe); Portimão (Praias, Marinas,
lojas, mercados, vida noturna); Ilha de São Jorge (Tourada, Canyoning, vulcões, Surf, Observação de baleias); São
Martinho do Porto (Praias, Acampamento, Surf, Pesca); Altura (Praias, Surf, recreação ao ar livre); Esposende (Kitesurf,
Praias, Surf).
3ª sugestão
(Anúncio)
Hostel Surfing Baleal
Surf Campwww.booking.com/ Peniche
Caracterização da oferta
- Pontuação: 9,3 em 30 comentários; a 400m da praia do Baleal
- Pontuação: 9,3 em 37 comentários; a 75m da praia
- Pontuação: 9,0 em 48 comentários; a 2min a pé da praia
- Pontuação: 7,4 em 25 comentários; a 150m da praia do Baleal
A empresa pertence ao Grupo Siroco, que integra também a empresa Siroco Yacht Brokers - especialista em barcos
usados e Siroco Equipamentos. Pode organizar passeios de barco a pedido, com pacotes personalizados, desde passeios
de um dia, fins-de-semana ou até a percursos mais longos. Estão à disposição uma gama selecionada de catamarans
Lagoon, veleiros e barcos a motor de médio e grande porte. Apresentam programas para: um dia de passeio em Lisboa ou
no Algarve, refeições a bordo, Por do sol, um fim-de-semana romântico; 3 Dias em Tróia; 7 dias no Algarve ou 6 dias nos
Açores; Programas Inverno - como SPA a bordo e provas de vinho).
Já tinha sido referenciada nas atividades náuticas no google irlandês.
Com esta procura, apresenta 17 programas diferentes com diversas ofertas ligadas ao surf, kitesurf, padlle, com duração
variável de dias, sugestões para casais, família, grupos ou individual, para iniciantes ou experientes.
O website está disponível apenas em Inglês e em Russo.
Oferecem as atividades: prática de mergulho, cursos de mergulho, batismos, pesca submarina e pesca apeada.
Apresentam as diversas atividades que oferecem (junto a recifes, naufrágios, cânions e cavernas subaquáticas) assim
como informação detalhada dos preços praticados, para cursos, aluguer de equipamento e enchimento de garrafas,
apresentando também promoções para o aluguer para 3, 5 ou 10 dias. Dispoem do que designam por "Serviços
Especializados": TRANSFERS, não disponibilizam o transporte em si, mas apresentam detalhadamente diversas
possibilidades para chegar a Lagos a partir de Lisboa, disponibilizando links com contactos para taxi, comboios,
autocarros ou aluguer de viaturas; WHERE TO LIVE, são apresentadas 12 possibilidades de estadia, essencialmente
apartamentos e um hotel; e EXCURSIONS, onde se apresentam diversos programas que, não ultrapassando as 24 horas,
consistem na visita (de autocarro) a diversos locais como Silves e Monchique, ao redor do Algarve, às praias algarvias,
ao ponto mas ocidental do Continente Europeu - Cabo de São Vicente, a Évora, Beja ou ainda até Fátima, apresentando
para cada caso o programa detalhado.
Disponibiliza ainda links para apresentação de diversos locais de mergulho na costa algarvia e uma janela com uma
apresentação geral de Portugal, dando relevância às condições do país para a prática de diversas atividades náuticas.
Website disponível em Inglês, Alemão, Português e Holandês.
Centro de mergulho com prémio de 5 estrelas. Apresentam os diversos cursos que oferecem e os preços, apresentando
promoções para grupos de 5 estudantes.
O website apresenta diversos locais, ideais para a prática de mergulho em Portugal, organizados por áreas: Grande
Lisboa (Arrábida e Sesimbra), norte (Matosinhos), centro (Berlengas), sul (Alentejo, Lagos-Portimão-Lagoa, Albufeira e
Sagres), Açores (Santa Maria, Graciosa, Faial, S. Jorge e Pico) e Madeira (Madeira, Porto Santo e Reserva Natural do
Garajau). Apresenta também links para contactos de empresas que fornecem serviços para a prática de mergulho.
Relativamente à oferta complementar, não apresenta pacotes integrados, mas disponibiliza contacto para providenciar
apoio na preparação de uma viagem, assim como diversos links para outras atividades a realizar em Portugal (como a
linha de comboio de Sintra, o Jardim do Buddha Eden, informações sobre o Fado), diversos locais de hotelaria e
restauração e uma página associada a cada região com informações turísticas.
1ª sugestão
(Anúncio)Sailing Europe www.sailingeurope.com Geral 28
Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;
apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia
Diving in Portugal
O website, disponível apenas em Inglês, apresenta uma lista de 197 países, e sobre cada um apresenta um vasto leque
de atividades e programas a realizar, em resultado de pacerias com mais de 400 pequenas empresas de viagens.
Como resultado da nossa busca direta, foram apresentados 62 locais para a observação de baleias, golfinhos e
tartarugas, sendo apenas 8 referentes a Portugal e todos os registos nos Açores. Tratam-se de pacotes integrados,
habitualmente para 6, 7 ou 10 dias, com ou sem voos incluidos, mas com estadia num hotel de 4 estrelas e saídas para
observação de cetáceos. Alguns programas incluem refeições em restaurantes. Encontram-se programas dirigidos a
pessoas individuais e a famílias.
Para cada Embarcação de Recreio disponível, apresenam a ficha técnica, planta, e os serviços detalhados do que inclui
ou não no preço; em alguns casos permite a escolha com ou sem skipper.
Yachtico boat rental
& yacht charterwww.yachtico.com
Geral
(Continente)27
Website disponível em 10 idiomas, estando incluiído o Português (do Brasil).
Trata-se de uma plataforma que funciona como agência de viagens. Apresenta como resposta ao solicitado, 3 contactos
com informação de programas (apenas umas horas) e preços, na zona de Albufeira e Quarteira.
A plataforma permite a procura, por país e/ou região, de diversas atividades, entre elas atividades náuticas. É possível
filtrar por Cruzeiros, viagens de barco e observação de cetáceos. Com uma pesquisa geral, são referenciadas 5 entidades
para observação de cetáceos, as anteriores, mais uma em Setíbal e uma na Madeira (Funchal).
Já referenciado na busca de atividades náuticas no idioma inglês.
Apresenta os locais Açores, Madeira, Algarve (Tavira, Vilamoura, Albufeira e Lagos), Arrábida (Setúbal) e Cascais como
pontos de interesse para a observação de cetáceos.
Apresenta um largo comentário a cada zona e refere ainda que nos Açores podem ser encontradas 21 das 80 espécies de
baleias registadas em todo o mundo. Para cada região apresenta contactos de entidades que apoiam a realização da
atividade. não apresenta programas compostos
3ª sugestão
Whale and dolphin
watching in Portugal
Rental of sailing boats in Portugal
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
210
Tabela 33: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir do Reino Unido (www.google.co.uk) (busca realizada a: 22-06-2015).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
211
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão
(Anúncio)
Rapture Surfcamp
Portugalwww.rapturecamps.com Ericeira 1
2ª sugestão
(Anúncio)Baleal Surf Camp www.balealsurfcamp.com
Baleal
- Peniche1
3ª sugestão SURF PORTUGAL www.surfportugal.pt Geral 1 revista
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão PADI www.padi.com Geral 16
2ª sugestão Turismo en Portugal www.turismoenportugal.org Geral 5 spots
3ª sugestão Indigo Divers www.indigo-divers.pt Albufeira 1
Website Local Oferta (Total ER disponíveis) Tipo OFERTA Oferta Local
barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
11
21
2
- Cascais, Oeiras, Porto e Lagos;
- Lagos, Lisboa, Portimão, Cascais, Horta e Oeiras;
- Lisboa e Porto
barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
28
12
1
- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;
- Graciosa Lagos e Porto;
- Porto
3ª sugestão Nicols Yacht www.turismo-fluvial-nicols.esAmieira /
Alqueva7
Website Local Total de oferta disponível
1ª sugestão Tripadvisor www.tripadvisor.es Açores (Comentário num Forum)
2ª sugestão Tripadvisor www.tripadvisor.es Geral 16
3ª sugestão minube www.minube.com São Miguel (Comentário num Forum)
Auto intitulada como: "A Bíblia do Surf Português", tem o website apenas em Português.
Revista propriedade da Targetocean - Lda., SURFPortugal, revista e respetivas extensões digitais é uma marca de media
dedicada ao surf e a outros desportos praticados em ondas, publicando regularmente artigos, reportagens e colunas de
opinião, dando a conhecer toda a atualidade do surf em Portugal.
Surf en Portugal
Sailing Europe www.sailingeurope.com Geral 28Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;
apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia
Avistamiento de ballenas y delfines
en PortugalColocaram a questão sobre onde se poderia observar mais cetáceos, se na Madeira ou nos Açores; foi identificado os
Açores, ilha de São Miguel, por ser a mais prática de chegar de avião.
Apresenta na sesção "Atividades ao ar livre", "observação de baleias e golfinhos", 16 contactos de empresas que
oferecem esta atividade. Várias no Algarve, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo, Terceira, Funchal e uma em Sesimbra.
MINUBE é uma plataforma espanhola que apresenta diversas ofertas de alojamento, voos, atividades a realizar, … e
informações sobre os locais, de diversos países do mundo. Para Portugal apresenta registadas 4064 ofertas de holetaria,
3607 visitas sugeridas, 883 restaurante. A reposta obtiva é relativa a um forum, onde publicaram uma opinião e fotos
sobre uma visita aos Açores.
Caracterização da oferta
2ª sugestão
(Anúncio)
Website apresentado em Castelhano, Francês, Inglês, Alemão, Italiano, Português, Holandês e Polaco.
É um estaleiro francês construtor de barcos fluviais sem licença , com um painel total de 18 modelos de barcos em quatro
gamas. Existe uma rede de 21 bases Nicols espalhadas ao longo de diversos destinos fluviais de França (18), Alemanha
(2) e Portugal (1). Trabalham em Portugal diretamente com a Amieira Marina, disponibilizando 7 barcos de 3 gamas
diferentes. No grande Lago Alqueva é possível alugar durante por 2, 3 ou 4 dias, ou por 1 ou 2 semanas.
1ª sugestão
(Anúncio)Boatbureau www.boatbureau.es Geral 34
Apenas aluguer de embarcações - não refere skipper; procura promover a divulgação do aluguer de embarcações que já
se encontram no mercado.
Bucear en Portugal Caracterização da oferta
Para Peniche e Berlengas são disponiblizados 8 contactos, uma escola/empresa em Peniche, 3 na zona de Lisboa e 4
pertencentes ao distrito de Setúbal (Coina, Sesimbra e Setúbal); para Algarve 4 locais (Faro, Quarteira e Albufeira); na
Maderia, 1 no Funchal; e nos Açores 3 todos na ilha de São Miguel (2 em Ponta Delgada e 1 em Vila Franca do Campo).
Página construida em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, disponível em Castelhano,
Português e Inglês. Apresentam muita informação relativa a várias localidades do país, podendo escolher-se região e/ou
atividades a realizar, bem como disponibiliza links para contactos de hotelaria, restauração e aluguer de viaturas. Na
janela "O que fazer", entre as 7 propostas apresenta 3 náuticas: Passeios de barco, Mergulho e Surf. Relativamente à
resposta obtida, apresenta em permanência imagem com publicidade à empresa "Jah Shaka Surf" (já referida no
documento) não apresentando mais contactos. Referem as melhores zonas para a prática de mergulho em: ilha da
Berlenga, costa de Sesimbra, entre Albufeira e Sagres, nos Açores referem que existem mais de 100 spots para mergulho,
podemdo-se inclusive mergulhar com tubarões; e na Madeira os melhores locais são Funchal e Caniço. Apresentam links
diretos para mais informações de: Berlenga, Nazaré e Madeira. Em cada janela apresentam detalhadamente os spots a
visitar, outras atividades náuticas que podem realizar, locais a visitar, onde comer, etc..
Empresa com website disponível em Português, Inglês, Castelhano, Alemão, Francês e Holandês.
Apresenta 5 estrelas atribuidas pela PADI - Professional Association of Diving Instructors. Disponibiliza no website
informação sobre os vários cursos e formações que realizam e sobre os locais onde realizam mergulhos. Disponibilizam
links para informações sobre o Algarve e apresentam também a nova empresa Indigo Walkers que realiza passeios
pedestres pela zona de Albufeira e Algarve no geral, criando assim possíveis programas com atividades conjuntas.
Alquiler de barcos en Portugal
Caracterização da oferta
O website está apenas em Inglês e Alemão. Grande casa situada junto à Praia da Foz do Lizandro e fica a 15 minutos a pé
do centro da cidade. Tem discriminado o preço de cada componente: dormida, aluguer de equipamento, com aula ou sem
aula, transferes,… embora não apresente um pacote integrado.
Website disponível em Português, Inglês, Castelhano e Russo. Foi o primeiro surf camp Portugês, iniciado em 1993. É
composto por um hostel e apartamentos, um Centro e uma Escola de Surf. Apresenta informação sobre preços aplicados
e pacotes como: "Tudo incluído" (alojamento, equipamento e aulas de surf), alojamento e equipamento, apenas
alojamento. Disponibiliza também serviço de massagens e visitas a empresas de pranchas de surf. Encontram-se links
com informação sobre os locais próximos e ainda uma janela onde apresentam uma lista dos eventos da zona e algumas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
212
Tabela 34: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de Espanha (www.google.es) (busca realizada a: 22-06-2015).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
213
Website Local oferta Total de oferta disponível
1ª sugestão Surf Camps em
Penichewww.booking.com Peniche
69 = Surf Camps + hostel & hotéis
com ref. a Escolas ou Surfcamps
próximos
- In My House Baleal ;
- Casa São João;
- Hostel Santa Maria do Mar
2ª sugestão Rapture Surfcamp
Portugalwww.rapturecamps.com Ericeira 1
3ª sugestão Sagres Natura Surf
Campwww.sagres-surfcamp.com Sagres 1
Website Local oferta Total de oferta disponível
1ª sugestão PADI www.padi.com Geral 16
2ª sugestão Mergulho - Visite
Portugalwww.visitportugal.com Geral 1
3ª sugestão Forum de Mergulho
em Portugalwww.routard.com
Arrábida e
Peniche(Comentário num Forum)
Website Local oferta Oferta (Total ER disponíveis) Tipo de oferta ER disponíveis Local oferta
barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
11
21
2
- Cascais, Oeiras, Porto e Lagos;
- Lagos, Lisboa, Portimão, Cascais, Horta e Oeiras;
- Lisboa e Porto
barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
28
12
1
- Lisboa, Ponta Delgada, Horta, Lagos, Portimão;
- Graciosa Lagos e Porto;
- Porto
3ª sugestão Filovent www.filovent.com Geral 30barco a motor
barco à vela
catamaran à vela
5c/ skipper; 1s/ skipper
22c/ skipper; 21s/ skipper
3c/ skipper; 2s/ skipper
- Portimão, Lisboa, Cascais;
- Tavira, Madeira, Portimão, Lisboa, Cascais, Faial,
São Miguel e Terceira;
- Lisboa e Portimão
Website Local oferta Total de oferta disponível
1ª sugestão Observação Cetáceos -
Visite Portugalwww.visitportugal.com/fr Açores
Diverso
(referem link para website com
vários contactos)
2ª sugestão Espaço talassa (=3ª
sugestão)www.espacotalassa.com Pico - Faial 1 empresa; diversas ofertas
3ª sugestão Grand Nord Grand
Largewww.gngl.com Açores 1 empresa; duas ofertas
Programa para São Jorge, Pico e Faial. Apresentam dois programas para viagem de 8 dias; com atividades nas 3 ilhas.
Um dos programas inclui viagem, estadia num hotel 3 estrelas com piscina, algumas refeições incluídas; a realizar entre
junho e novembro.
Website em Português, Inglês Francês e Alemão.
Passeios para observação de cetáceos; pacotes integrados "8dias 2ilhas"; programa: 4horas visita Faial, 7horas visita
Faial; Subidas ao Pico; Praticam programa turismo eco responsável: cada 10 clientes = plantam 1 arvore.
Apresenta vídeos animados com localização das ilhas de ação: Faial e Pico; dá indicações sobre estadias em Lx antes da
viagem; apresenta concursos de fotografia, investigação e educação ambiental.
Pricipalmente São Miguel (Ponta Delgada e Vila Franca do Campo); Terceira (Angra do Heroísmo e Praia da Vitória);
Triângulo Faial-Pico-S.Jorge. Disponibilizam link "www.visitazores.com/fr/experience-the-azores/whale/structures" para
identificação de empresas que oferecem apoio à prática. Tem link direto para "onde dormir" - 131 locais e "onde comer" -
128 restaurantes nos Açores
Questionaram no Fórum sobre a prática de mergulho em Portugal - responderam: Arrábida e Peniche. Deixaram o
contacto para www.vertigemazul.com.
Esta empresa aluga o Catamaran para mergulhos, passeios, observação de aves, festas a bordo, etc..
Refere 4 locais específicos para mergulho: 1.Açores, 2.Madeira, 3.Berlengas e Peniche e 4.Sesimbra e Costa Alentejana e
Algarve.
Apresenta links para Associação de Turismo dos Açores - Convention and Visitors Bureau ; Direção Regional de Turismo
da Madeira ; Posto de Turismo - Peniche ;
Posto de Turismo - Sesimbra ; Posto de Turismo - Setúbal ; ATA - Associação Turismo do Algarve
PADI - Professional Association of Diving Instructors, a maior organização de mergulho, reconhecida mundialmente.
Apresenta o website em Holandês, Inglês, Francês, Italiano, Espanhol, Chinês e Coreano. Para Portugal, apresenta em
Peniche e Berlengas 8 contactos, uma escola/empresa em Peniche, três na zona de Lisboa e quatro pertencentes ao
distrito de Setúbal (Coina, Sesimbra, e Setúbal); para o Algarve 4 locais (Faro, Quarteira e dois em Albufeira); na Maderia,
1 no Funchal; e nos Açores 3 todos na ilha de São Miguel (2 em Ponta Delgada e 1 em Vila Franca do Campo).
Caracterização da oferta
Caracterização da oferta
- Pontuação: 9,4 em 97 comentários; a 2 Km da Praia do Baleal;
- Pontuação: 9,3 em 48 comentários; a 5min de carro de Peniche;
- Pontuação: 9,2 em 49 comentários; a 2,5 km do centro de Peniche.
Surf au Portugal
Location de voilier au Portugal
Plongée au Portugal
Observation des cétacés au Portugal
O website está apenas em inglês e alemão.
Grande casa situada junto à Praia da Foz do Lizandro e fica a 15 minutos a pé do centro da cidade.
Tem discriminado o preço de cada componente: dormida, aluguer de equipamento, com aula ou sem aula, transferes,…
embora não apresente um pacote integrado.
Possui um Sagres Surf Camp, Surf School e Surf Shop; apresenta pacotes integrados com estadia, transferes para a praia e
aulas de surf para 7 ou 14 dias e pacotes de aulas para 1, 3 e 5 dias.
Apesar de responder a uma busca no idioma francês, o website está apenas em Inglês.
Agência de charters; sem skipper; tem a própria frota apenas em Split - Croácia, com embarcações à vela e catamarans;
apresenta uma lista de contactos em vários paises com oferta de estadia
2ª sugestão Sailing Europe www.sailingeurope.com 28Geral
1ª sugestão
(Anúncio)
Caracterização da oferta
Apenas aluguer de embarcações - não refere skipper; procura promover a divulgação do aluguer de embarcações que já
se encontram no mercado.
34Geralwww.boatbureau.frBoatbureau
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
214
Tabela 35: Oferta náutica em Portugal, em resultado de buscas a partir de França
(www.google.fr) (busca realizada a: 08-06-2015).
As buscas realizadas sobre o Reino Unido, Espanha e França, vêm de encontro
aos mercados que mais procuram atividades de animação turística em Portugal,
de acordo com o estudo do Turismo de Portugal, I.P. 2013 (análise apresentada
mais à frente).
Com esta pesquisa, simples mas relativamente exaustiva, pudemos constatar
que muita da oferta de atividades náuticas em Portugal se encontra em
plataformas internacionais e, na maior parte dos casos, aparece em forma de
produto único e pontual. Ou seja, é possível encontrar informação sobre
atividades náuticas em Portugal em websites como Trivago, Tripadvisor, Booking,
Sailing Europe, Boatbureau, PADI ou ainda associado às páginas portuguesas do
Visit Portugal, do Turismo de Portugal, sendo contudo apresentados aqui sob
forma individualizada. Há no entanto a referir também que além da página
portuguesa VisitPortugal, encontramos duas outras páginas, desenvolvidas
especificamente para apresentação de oferta turística do país: a página
encontrada pelo Google espanhol “TurismoenPortugal” (que em português é
“feriasemportugal” e em Inglês “portugaltravel”) e a página dinamarquesa
“Portugal.dk”.
Contudo, também encontramos referência a empresas com oferta direta de
atividades náuticas, principalmente nas atividades do Surf, Mergulho e
Observação de cetáceos – passeios marítimo-turísticos, enquanto a oferta de
Aluguer de Embarcações passa essencialmente por plataformas ou agências de
apoio à divulgação de oferta.
A oferta náutica apresentada em pacote integrado – com estadia, programa
de visitas ou realização de outras atividades – até mesmo orientada à
participação de casais ou famílias, pelo que pudemos verificar está mais
associada à oferta de atividades de Surf e Observação de cetáceos. O Surf,
através dos Surf Camps, principalmente na zona de Peniche e Algarve, a
Observação de cetáceos, principalmente nos Açores, através de programas de
agências de viagens já com voos incluídos.
Através desta busca foi ainda possível observar que a maior oferta de atividades
se encontra na zona Oeste/Centro de Portugal (Surf e Mergulho), Lisboa (Surf,
Mergulho, Aluguer de embarcações), Algarve (Surf, Mergulho, Aluguer de
Embarcações e Observação de cetáceos) e Açores (Mergulho, Aluguer de
Embarcações e Observação de Cetáceos). Esta oferta corresponde à maior
concentração de Operadores Marítimo Turísticos e de Empresas de Animação
Turística nestas regiões.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
215
Caracterização da Procura
Relativamente à procura das atividades/número de participantes, mais de
metade das empresas que responderam ao inquérito do Turismo de Portugal I.P.
em 2014 (Empresas de Animação Turística e Operadores Marítimo Turísticos),
mencionou não terem ultrapassado os 500 clientes no ano, enquanto 13 % referiu
ter recebido mais de 10 000 clientes em 2013.
No estudo não há referência ao atributo “género”, no entanto foi analisado o
atributo “idade” dos participantes, sendo apresentada a análise global relativa
a todas as atividades (não havendo indicação da diferenciação de atividades
náuticas). Em 2013 51 % dos participantes em atividades de animação turística
tinham idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos e 13 % tinham idade
superior a 55 anos (Gráfico 28).
Gráfico 28 – Faixa etária dos participantes em Atividades de Animação Turística
FONTE: Estudo do Turismo de Portugal, I.P. 2014.
A maior parte das Empresas referiu que os principais clientes continuam a ser
maioritariamente de base individual (88%) e há 20 % das empresas a referir que
teve a participação de grupos nas suas atividades com inscrição através de
empresas organizadoras de congressos e/ou eventos. Na região do Algarve as
Agências de viagens e turismo são consideradas como a segunda forma mais
importante para a reserva de lugares nas atividades, sendo precedidas pela
procura individual. Outro fator importante são os designados “Grupos de
interesse”, que se caracterizam pela procura de atividades por parte de
empresas, escolas ou colónias de férias e são tidos como o terceiro principal
fator na compra de produtos.
Ainda relativamente à procura, o Turismo de Portugal, I.P. concluiu, segundo o
inquérito efetuado em 2014, que a realização de atividades de Animação
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
216
Turística ou Marítimo-Turísticas é claramente uma atividade sazonal, sendo
curioso o facto de, seguido do mês de agosto (claramente com mais procura),
está o mês de junho e maio como os meses com mais atividade junto dos
diversos agentes de animação turística (EAT e OMT).
No que concerne ao mercado, o Nacional continua a ter mais peso que o
Internacional, mas não é muito significativa a diferença, tendo-se mesmo
esbatido entre 2012 e 2013 (de 55 % nacional em 2012, passou para 51 % em
2013). Entre a procura Internacional, o estudo conclui que o mercado que mais
contribuiu para a atividade das nossas empresas em 2013 foi o Reino Unido,
seguido da Espanha e França e, curiosamente, o Brasil que aparece como a
quinta potência que mais atividades de animação turística realizou em 2013,
mais até que o turista holandês (Gráfico 29).
Gráfico 29 – Mercados Internacionais que mais procuram as atividades de Animação
Turística e Marítimo-Turísticas em Portugal. FONTE: Estudo do Turismo de Portugal,
I.P..
No geral as empresas de animação turística e os operadores marítimo-turísticos
(42%) consideram que no ano de 2013 se verificou um aumento na procura de
atividades náuticas, lazer, ar livre e aventura, embora 22 % considere que tenha
diminuído.
3.6. Síntese conclusiva
Nos pontos anteriores apresentamos um conjunto de aspetos de caraterização
do setor da náutica em Portugal e sua evolução recente, que nos evidenciam
potenciais a valorizar e constrangimentos a ultrapassar no sentido da afirmação
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
217
do País como um destino náutico a nível internacional. Destacam-se, em síntese,
os seguintes potenciais principais:
A posição geoestratégica muito favorável que Portugal apresenta no
Atlântico, no cruzamento de rotas e fluxos turísticos entre o norte e o sul
da Europa e entre os continentes Europeu e Americano, que a
centralidade do Arquipélago dos Açores reforça. Portugal é, por força
da sua geografia, um ponto de passagem, há que tirar partido desta
posição privilegiada para captar e fixar fluxos de turismo náutico;
As boas condições climatéricas que o País apresenta ao longo de todo o
ano, especialmente se comparadas com a situação de países situados
no norte da Europa;
A boa acessibilidade geral ao País através dos aeroportos internacionais
do continente e das ilhas, bem servidos de ligações aos mercados
emissores de turismo náutico nomeadamente por companhias aéreas
de baixo custo, o que torna Portugal um destino acessível;
Os preços praticados em Portugal que tornam o destino concorrencial
face a outros destinos com custo de vida mais elevado;
Um património natural e cultural relevante e uma cultura de acolhimento
que, associadas a uma imagem e perceção de segurança, favorece a
atratividade turística do País.
Além destes fatores de ordem geral que representam potenciais relevantes para
o desenvolvimento do turismo náutico, mas que podem ser também valorizados
noutros domínios e atividades, Portugal apresenta um outro conjunto de
condições e dinâmicas mais específicas ao setor da náutica e do turismo
náutico que importa valorizar, nomeadamente as seguintes:
A diversidade das costas portuguesas, no continente e ilhas, que
apresentam condições muito favoráveis e diferenciadas para a prática
das diferentes atividades náuticas, num espaço territorial relativamente
reduzido e acessível no decurso do mesmo dia;
A existência de um conjunto de albufeiras e de rios que apresentam
condições excecionais para a prática de modalidades como o remo e a
canoagem, designadamente para o acolhimento de estágios de
equipas internacionais, e para a prática de atividades radicais como o
rafting e o canyoning;
Um conjunto de infraestruturas e de equipamentos de apoio às
atividades náuticas – marinas e portos de recreio, centros de alto
rendimento, surf camps, centros náuticos – que, apesar de
desigualmente distribuídos no território e de possuírem qualidade diversa,
apresentam, nalguns casos, elevada qualidade como se pode
comprovar pelas distinções internacionais recebidas pelas marinas de
Vilamoura e de Albufeira;
A imagem de destino náutico que a associação a eventos de referência
mundial no domínio da náutica proporciona, de que são o exemplo, na
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
218
vela, da Volvo Ocean Race, Extreme Sailing Series e, no surf, do Moche
Rip Curl Pro Portugal;
A dinâmica, relativamente recente, de oferta turística na área da
náutica através da criação e desenvolvimento de empresas de
animação turística e de operadores marítimo-turísticos e a
disponibilização de alguns produtos na área do turismo náutico;
Importância crescente das atividades marítimo-turísticas no conjunto de
atividades de “turismo de ar livre”, especialmente no Algarve, e o
aumento da procura internacional deste tipo de atividades.
A caraterização do setor evidencia também um conjunto de fragilidades e de
constrangimentos que importa ultrapassar com vista à afirmação de Portugal
como um destino de turismo náutico. Destacam-se, nomeadamente, os aspetos
seguintes:
Insuficiências nas infraestruturas e serviços de apoio à náutica,
nomeadamente no que respeita a marinas e portos de recreio, que
apresentam qualidade muito heterogénea em termos de serviços
disponibilizados e de condições de funcionamento;
Rede de marinas e portos de recreio insuficientemente articulada,
cobrindo de forma deficiente a costa ocidental de Portugal continental,
especialmente no espaço compreendido entre Tróia e a costa sul do
Algarve;
Enquadramento legislativo ainda pouco favorável ao desenvolvimento
de atividades náuticas, apesar dos progressos verificados,
nomeadamente, em matéria de regulamentação da atividade
marítimo-turística e de alguma simplificação de procedimentos;
persistem, no entanto, dificuldades em matéria de desajustamento de
alguma legislação (como por exemplo o licenciamento de
embarcações), burocracia e dispersão dos serviços responsáveis pelo
tratamento dos assuntos marítimos;
A necessidade de continuar a promover a cultura marítima no seio da
sociedade portuguesa que, apesar dos progressos verificados sobretudo
através de um conjunto de projetos e ações dirigidos à população
estudantil, continua ainda pouco sensível e pouco mobilizada para as
temáticas do Mar;
Diminuição relativa do número de desportistas federados em
modalidades náuticas ao longo dos últimos anos, em comparação com
o que se verifica noutras modalidades desportivas federadas;
A reduzida estruturação e integração da cadeia de valor da náutica,
caraterizada por atividades desenvolvidas maioritariamente por
pequenas e micro-empresas, com reduzido volume de negócios,
deficientemente articuladas entre os seus diferentes segmentos e
atividades, e com pouca projeção ao nível da oferta de produtos finais;
Oferta de produtos turísticos insuficiente e pouco inovadora e valorizada,
maioritariamente de curta duração, pouco integrados e suportados em
redes de atores com ofertas complementares e insuficiente promoção
externa.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
219
Perante o quadro de potenciais e de constrangimentos anteriormente
apresentado considera-se que o desenvolvimento da náutica e do turismo
náutico passa pela resposta a um conjunto de desafios de que se destacam os
seguintes:
A revisão do quadro legislativo e da regulamentação de
enquadramento da náutica de recreio, com vista à sua simplificação e
estímulo ao desenvolvimento das diferentes atividades da náutica e
criação de condições para a adoção de modalidades de “balcão
único”;
O prosseguimento dos esforços em favor do desenvolvimento da cultura
marítima, ampliando os projetos e ações em curso à totalidade da
população estudantil, e promoção de ações de informação e
sensibilização da comunidade em geral para a importância do Mar;
A melhoria da dotação de infraestruturas e de equipamentos de apoio à
náutica e qualificação dos serviços oferecidos, no sentido de promover a
organização de uma rede devidamente equipada e estruturada, com
condições para cobrir de forma adequada o território nacional;
O reforço da integração da cadeia de valor da náutica através da
densificação de relações entre empresas de diferentes segmentos e
atividades náuticas, com vista à organização de uma oferta de produtos
geradora de valor para os diferentes players da cadeia;
A produção dos perfis de competências intrínsecamente necessários ao
desenvolvimento da cadeia de valor do turismo náutico através da
promoção das estratégias de formação adequadas;
A organização de produtos turísticos na área da náutica, diferenciadores
e atrativos, assentes em redes e dinâmicas de cooperação entre atores,
que aproveitem e valorizem as condições de exceção que o País
apresenta, de forma a aumentar a capacidade de atração e de
fidelização de clientes nacionais e estrangeiros;
O prosseguimento de uma estratégia de marketing e de comunicação
que promova os produtos portugueses junto dos principais mercados
emissores de turistas na área da náutica.
A resposta a este último desafio constitui o objeto principal do presente
estudo. O conhecimento do mercado externo, das suas caraterísticas e
dinâmicas é fundamental para a formulação de uma estratégia de
marketing assente no binómio produtos-mercados com possibilidade de
serem suportados por uma rede de atores suficientemente mobilizados para
o efeito. É dessa estratégia que tratam os pontos seguintes.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
220
4. Estratégia e Plano de Acção
4.1 - Principais conclusões da fase de diagnóstico
De acordo com o estudo, âmbito da estratégia da UE destinada a promover o
«crescimento azul», da comissão europeia "O turismo costeiro e marítimo é um
setor turístico importante, que emprega mais de 3,2 milhões de pessoas e gera
um total de 183 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto,
representando mais de um terço da economia marítima".
Os dados recolhidos nos estudos realizados, no âmbito do Portugal Náutico,
apontam para que, tendo em conta os valores diretos e indiretos das atividades
de náutica de recreio, o valor desta fileira, na Europa, seja de cerca de 60 mil
milhões de euros (valor de volume de negócios de bens e serviços).
A Náutica de Recreio pode assim representar cerca de 11% do valor total do
volume de negócios do sector do Turismo Europeu (570 mil milhões € volume total
de consumo, para os 28 países Europa ocidental, com base nos dados 2013 do
Eurostat), sendo que em alguns países europeus o peso será, com certeza,
superior, pela especialização turística nas zonas costeiras.
A taxa de crescimento da procura prevista para o setor nos próximos anos, que
se estima que seja de entre 8 a 10%.
Trata-se assim de um mercado que apresenta um conjunto de oportunidades,
que Portugal Poderá aproveitar:
Crescimento da procura mundial por turismo náutico
Tendências no Turismo (Destinos próximos, facilmente acessíveis, seguros,
de natureza, protegidos)
Abertura de novos mercados
Estabilidade esperada na região
Desenvolvimento da construção naval nacional
Desenvolvimento do ecoturismo
Reconhecimento da qualidade da oferta turística
Investimento estrangeiro
Portugal apresenta um conjunto muito diversificado de recursos favoráveis à
prática de atividades náuticas de recreio e de competição que constituem uma
base relevante para o desenvolvimento do turismo náutico. Portugal possui uma
extensa costa com cerca de 2800 Km dotada de excelentes condições para o
desenvolvimento das atividades náuticas. Situado no SW da Europa, virado para
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
221
o Atlântico, a centralidade do País é reforçada pela posição dos arquipélagos
dos Açores e da Madeira.
Esta posição geoestratégica potencia as condições para beneficiar dos fluxos
de turismo náutico que se orientam entre o norte e o sul da Europa e entre o
continente americano e o continente europeu.
A costa continental é muito diversa, com diferenças significativas do ponto de
vista morfológico, que determinam condições específicas favoráveis para a
prática de diferentes atividades náuticas como a vela, o surf, o Kitesurf.
Além dos excelentes recursos naturais de que dispõe, Portugal possui também
condições de clima muito favoráveis para a prática de atividades náuticas ao
longo de todo o ano. Acresce a riqueza do património natural e cultural que o
País em geral apresenta e uma cultura de acolhimento que, associada a preços
moderados e à excelente acessibilidade através da rede de aeroportos
internacionais existente no Continente e nas Regiões Autónomas e à operação
de diversas companhias low cost, criam condições de atratividade do País no
contexto global do turismo náutico.
Como principais Pontos Fortes de Portugal para entrar neste Mercado devem-se
destacar:
Posição geoestratégica no cruzamento de rotas e fluxos turísticos entre o
norte e o sul da Europa, os continentes americano e europeu
Boas condições climatéricas
Excelente acessibilidade a preços concorrenciais
Rico património natural e cultural, cultura de acolhimento e perceção de
destino seguro
Diversidade das costas portuguesas em espaço relativamente restrito e
com boa acessibilidade permite a prática de modalidades náuticas em
vários locais durante um mesmo dia
Excelentes condições para a prática de modalidades náuticas em águas
interiores – rios, albufeiras, águas rápidas…
Algumas infraestruturas e equipamentos náuticos de boa qualidade
Imagem de destino náutico a beneficiar da visibilidade de alguns
eventos internacionais
Dinâmica recente de alguma oferta de turismo náutico
Na análise à concorrência efetuada no âmbito do estudo, as atividades
náuticas analisadas apresentam um carácter privado. Complementarmente, a
grande maioria é de âmbito local, promovendo as atividades náuticas
associadas a um determinado ponto da costa que reúne condições favoráveis à
prática da modalidade.
Os websites analisados reforçam essa ideia de serviço alargado, dando ênfase à
descrição das características dos produtos complementares e dada uma
particular atenção à apresentação dos locais envolventes.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
222
As empresas, que foram analisadas no estudo, dedicam uma atenção especial
à descrição do local, incluindo fotos e vídeos para complementar a descrição.
Esta atenção pode justificar-se pelo tipo de cliente alvo desta tipologia, que
valoriza o contacto com a natureza e o meio ambiente. É também dada
alguma atenção à apresentação dos produtos complementares, principalmente
no caso dos passeios de barco, tais como as refeições a bordo, bicicletas, etc.
A segmentação encontrada é sobretudo de natureza sociocultural, sendo a
oferta direcionada particularmente para um público que valoriza o meio
ambiente e o contacto com a natureza.
Esta visão integrada de experiencia náutica envolve um conjunto de ameaças
que importa considerar, designadamente:
Risco de um desenvolvimento descontrolado do turismo náutico (perda
de atratividade do produto)
Conflitos com outros utilizadores dos mesmos recursos (outras formas de
turismo, aquicultura, fairway, etc)
Aumento da poluição ambiental, degeneração da envolvente
Falta de consciência sobre a necessidade de proteção do ambiente e da
biodiversidade
Instabilidade política e económica
Planeamento de novas leis e regulamentos
Estas ameaças enfatizam um conjunto de fragilidades e de constrangimentos
que importa ultrapassar com vista à afirmação de Portugal se possa tornar um
destino de turismo náutico. Para além, do enquadramento legislativo ainda
pouco favorável ao desenvolvimento de atividades náuticas, apesar dos
progressos verificados, existem insuficiências nas infraestruturas e serviços de
apoio à náutica, designadamente em algumas marinas e portos de recreio.
Acresce uma qualidade serviço muito heterogénea, tal como os serviços
disponibilizados e as condições de funcionamento.
Nota-se, anda pouca estruturação empresarial e uma cadeia de valor da
náutica pouco definida. O setor da Náutica de Recreio é maioritariamente
composto por pequenas e micro-empresas, com reduzido volume de negócios.
Esta falta de dimensão cria dificuldades de segmentação e origina atividades
com pouca projeção ao nível da oferta de produtos junto dos destinatários.
Assim interessa ultrapassar rapidamente os seguintes constrangimentos:
Qualidade muito heterogénea das infraestruturas e equipamentos
náuticos e dos serviços disponibilizados;
Rede de portos e marinas ainda insuficientemente articulada e com
cobertura deficiente no espaço compreendido entre Tróia e a costa sul
do Algarve;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
223
Enquadramento legislativo e regulamentar ainda desajustado, burocracia
e dispersão dos serviços responsáveis pelo tratamento de assuntos da
náutica;
Insuficiente cultura marítima apesar dos progressos recentes em matéria
de sensibilização da população jovem para a náutica
Reduzida estruturação e integração da cadeia de valor da náutica, entre
os diferentes segmentos e atividades e com reduzida projeção na oferta
de produtos e serviços de maior valor acrescentado
Estes pontos fracos criam um cenário de oferta insuficiente de produtos turísticos
náuticos, pouco inovadora e valorizada, constituída maioritariamente por
produtos simples, de curta duração e pouco articulados com ofertas
complementares, com uma elevada sazonalidade da procura e como
consequência sem capacidade de realizar a necessária promoção externa de
modo a impulsionar a procura e com isso fazer desenvolver o setor.
Assim a estratégia a desenvolver terá de partir da oferta já existente mais
estruturada (com maior numero de atores e/ou existência de infraestruturas
competitivas internacionalmente), criando o necessário capital reputacional
para sustentar um crescimento de procura que possibilite o desenvolvimento de
massa critica no setor nacional.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
224
4.2 - Cliente Tipo
Não existe muita informação recente sobre os Nautas que potencialmente nos
poderão procurar, com base na informação resultante da caracterização da
procura dos mercados emissores, o “retrato robot” do Consumidor alvo da
náutica de recreio será:
Idade: entre os 30 e os 55 anos
Género: maioritariamente masculino
Educação: Educação Média/Superior
Rendimento: Rendimentos elevados, com uma média de 3.500 euros mensais
Fontes de informação mais utilizadas: viagens anteriores (a sua experiencia) a
internet e recomendações de amigos (testemunhos)
Locais de procura de informação: Internet; opinião de terceiros (confiança);
Callcenter e Agencias de Viagens.
Meio de transporte mais utilizado: Carro; barco; avião (A escolha pelo avião é
feita maioritariamente pelos consumidores que se encontram mais afastados
geograficamente)
Número de viajantes: em grupo (mais que um)
Atividades complementar mais procuradas: Sol/praia; Atividades de suporte
(primeiras necessidades e alimentação); Imersão local (contato direto);
atividades de cultura e lazer; Atividades na natureza e desportos de aventura
incluindo outros náuticos.
Fatores mais valorizados pelos consumidores ( a considerar na comunicação):
Beleza da natureza e paisagem; Segurança; Qualidade dos serviços náuticos
prestados; Riqueza da gastronomia; Disponibilidade de informação sobre
passeios turísticos; Facilidade de transferência e admissão no aeroporto; Oferta
total para os nautas; "Value for Money" da oferta total dos navegadores; Oferta
complementar (cultura e lazer).
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
225
4.3 - Mercados
Com base na literatura e no inquérito realizado, no âmbito do Portugal Nautico,
junto dos atores do setor e em termos de procura e mercados alvo, foram
identificados os seguintes mercados no curto prazo: a Alemanha, a Espanha, o
Reino Unido, a Escandinávia e a França, são percebidos, como os mercados
alvo a considerar como potenciais para o turismo náutico português.
ALEMANHA
O potencial de crescimento do Mercado Alemão continua a ser elevado. Um
estudo do ADAC mostra que 8 milhões de pessoas têm um interesse nos
desportos ligados a embarcações de recreio, quer à vela quer a motor. Um
outro estudo do mesmo ano, desenvolvido pelo Allensbach Media Analysis
(AWA), identificou um valor ligeiramente inferior. Este estudo afirma que são
cerca de 5 milhões e meio de pessoas interessadas em praticar desportos com
embarcações de recreio (barco a motor: 2 920 000 e vela: 2 630 000).
A atividade com maior representatividade é a dos passeios de barcos de
passageiros, com 25% da população alemã a usar, com frequência, nas suas
férias. Segue, com uma representatividade de 10%, a pesca desportiva e os
passeios de barco a motor. O remo e o mergulho são duas atividades que 9%
dos alemães gosta de praticar nos tempos de lazer e de férias. Em relação às
outras atividades estas apresentam as seguintes percentagens de utilização:
Visita a eventos/competições desportivas – 8%
Canoagem – 8%
Jet Esqui – 7%
Vela – 6%
Esqui Aquático – 4%
Surf – 4%
Rafting – 3%
Windsurf – 2%
Kitesurf – 1%
Apenas uma pequena parte da população (cerca de 2%) não praticou
qualquer atividade náutica nos últimos 5 anos
ESCANDINÁVIA
O número de marinas na Suécia e na Finlândia é elevado, com 1.107 e 1.040
respetivamente. A Dinamarca soma 721 marinas, particularmente relevante pelo
tamanho da sua costa, e depois, a Noruega tem 390 marinas.
A Finlândia, a Noruega e a Suécia são os países europeus que apresentam o
maior rácio de embarcações por habitante relativamente elevado, ascendendo
respetivamente a 139, 169 e 83 por 1.000 habitantes
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
226
Assim, cruzeiros, vela, navegação de lazer e regatas são algumas das atividades
realizadas pelos escandinavos.
Os escandinavos são ávidos viajantes especialmente para os países europeus,
particularmente para Espanha, Alemanha, Itália, Reino Unido e Grécia. Os
Estados Unidos, seguidos da Tailândia, são os destinos preferidos para as viagens
de longo curso.
REINO UNIDO
A Grã-Bretanha têm, no seu total, 84 marinas, das quais 44 localizam-se na
Inglaterra, 36 na Escócia e as restantes 4 no País de Gales (Marina Guide). O Mar
do Norte é aquele com maior número de marinas (61 marinas), correspondendo
a 72,62% das marinas neste território.
Com mais de 2000 empresas no setor do turismo dos passeios de barco – desde
marinas, postos de amarração, venda e reparação de barcos, aluguer e charter,
escolas e formação – gerou um volume de negócios superior a 783 milhões de
euros e mais de 14.900 empregos a tempo inteiro (diretos e indiretos).
O turismo náutico das embarcações de recreio contribuiu com 3.7 biliões de
libras (4.75 mil milhões de euros) na economia britânica, em 2012-2013, o que
representa 3,2% de todos os gastos com o turismo no Reino Unido.
As famílias britânicas têm, em média, rendimentos altos, o que o torna no sétimo
país da OCDE com maior riqueza financeira do lar.
ESPANHA
A Federación Española de Puertos Deportivos - Federação Espanhola de Portos
de Recreio – contabilizou na sua costa um total de 355 portos, e com 126.963
postos de amarração. A fachada mediterrânea é aquela com maior
representatividade, 215 portos e 95.800 postos de amarração (mais de 75% do
total de postos de amarração espanhóis).
Os barcos a motor são o tipo de embarcação com maior representatividade no
mercado espanhol da náutica de recreio, totalizando 51,51% em 2011 e 46,49%
em 2012. Apesar de serem a embarcação de preferência, a sua variação de
2011 para 2012 foi negativa, na ordem dos 17,60%.
A Canoagem, as Atividades Subaquáticas e a Vela são as três atividades com
uma maior procura no mercado Espanhol. Depois, com menos de 15.000
licenças por ano, encontram-se as restantes atividades, ou seja, o remo, o surf, o
esqui náutico e a motonáutica.
O turismo náutico é um sector com um elevado consumo de serviços e de bens
intermédios, por exemplo, um barco exige motores, geradores, equipamentos
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
227
eletrónicos e diversos componente de outras indústrias auxiliares, que sem a
existência da primeira não subsistiriam. O interesse no desenvolvimento deste
sector encontra-se, diversas vezes, ligado aos elevados efeitos multiplicadores
que são originados. Assim, o efeito total da produção efetiva multiplica 3,61
vezes, ou seja, o efeito direito de 5.690 milhões de euros correspondem a um
efeito total de 17.192 milhões de euros.
FRANÇA
A navegação de lazer no mar representa uma frota total de cerca de 979.918
unidades (31 de agosto de 2013, excluindo territórios ultramarinos), dos quais
74,6% são embarcações a motor, enquanto 20,2% corresponde a embarcações
à vela.
A França é líder mundial no segmento de casco único, com um volume de
negócios de 252,1 milhões de euros, e no segmento multicascos de cruzeiro com
um volume de negócios de € 163,4 milhões de euros.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
228
4.4 - Segmentação
A segmentação definida para a estratégia de marketing teve em conta a
procura existente, e a forma como o Mercado se encontra organizado em
termos de canais de distribuição e a oferta que em termos de serviços náuticos
que foi identificada em Portugal.
Assim optou-se pelos seguintes segmentos de produto:
Turismo de Aventura Náutico refere-se a viagens onde a atividade física em
plano de água é combinada com interação com a natureza e/ou
aprendizagem cultural. A intensidade do turismo de aventura varia de suave
a radical.
o Produtos: Surf; Canoagem; Mergulho; Observação de espécies
animais; Pesca desportiva; Passeios Embarcados; Águas brancas.
Estes Nautas procuram:
Os nautas que procuram Aventura Náutica valorizam significativamente
condições de segurança, qualidade de serviço, motivos de interesse para visitar
(p. ex. associados ao património histórico, natural e cultural, eventos desportivos
ligados à náutica), atividades de entretenimento, gastronomia, simplificação
burocrática, competitividade de preços, fáceis acessibilidades ao plano de
água, facilidade e competitividade de deslocações rápidas.
Embarcações de recreio, inclui todas as atividades que envolvem viagens
para longe do lugar de residência e que têm como meio de transporte
embarcações à vela ou a motor seja em águas marítimas ou interiores.
o Produto: Promoção conjunta das marinas, mais qualificadas
Estes Nautas procuram:
Os nautas que procuram soluções competitivas para as suas embarcações,
valorizam significativamente condições de segurança, qualidade de serviço,
atividades complementares, facilidades de manutenção e reparação das
embarcações, simplificação burocrática, competitividade de preços, baixos
níveis de taxas e emolumentos, facilidade e competitividade de deslocações
rápidas entre os locais de amarração e os locais de residência nos países de
origem.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
229
Os Estágios Desportivos náuticos, é um dos componentes do setor do Turismo
de Desporto e inclui a formação de atletas, de preparação da equipa,
estágios de inicio de época ou inverno e envolvem os custos dos
participantes em hotéis e outras despesas relacionadas com o turismo.
o Produto: Oferta existente junto das Federações estrangeiras
Estes Nautas procuram:
Os nautas que procuram condições de prática profissional de desportos ligados
à Náutica de Recreio valorizam significativamente os incentivos à instalação de
equipas de atletas e staff de apoio, excelentes condições naturais para a
prática do desporto em questão, condições de segurança e conforto na prática
desportiva, qualidade de serviço, facilidades de manutenção e reparação das
equipamentos, simplificação burocrática, competitividade de preços, fáceis
acessibilidades ao plano de água, existência de eventos desportivos de renome
internacional, facilidade e competitividade de deslocações rápidas entre os
locais de estágio e os locais de residência habitual.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
230
4.5 - Oferta existente
TURISMO DE AVENTURA NÁUTICO
As empresas marítimo-turísticas, prestadoras dos serviços de Turismo de Aventura
Náutico, têm expressão um pouco por toda a costa e em alguns planos de água
interiores, mas principalmente na região do Algarve e nos arquipélagos dos
Açores e da Madeira, para observação de cetáceos e aves marinhas e para a
prática de pesca lúdica e desportiva.
ÁGUAS INTERIORES
Norte
No Alto Minho, os rios Minho, Lima, Cávado e seus afluentes apresentam
excelentes condições para a prática de diversas atividades desde a
canoagem, o canyoning (rios Laboreiro e Âncora), o Jet-Ski (rio Cávado),
a pesca desportiva, o rafting (rio Minho), o remo;
O rio Douro e seus afluentes apresentam excelentes condições para a
prática do remo e canoagem (em Melres, Gondomar e em Caldas de
Aregos, Resende), motonáutica e Jet ski (Caldas de Aregos, Resende),
rafting (Rio Paiva), cruzeiros fluviais no vale do Douro. A qualidade de
algumas das albufeiras existentes ao longo do rio, associadas à presença
de unidades hoteleiras equipadas para o apoio às atividades náuticas,
constituem fatores de atração de equipas internacionais de diferentes
modalidades para a realização de estágios durante o período do ano
em que, por razões climatéricas, não podem treinar nos respetivos países;
Centro
A ria de Aveiro apresenta excelentes condições para a prática do remo
e da canoagem e para a realização de atividades marítimo-turísticas,
nomeadamente a observação de aves;
O rio Mondego e afluentes tem excelentes condições para o remo e a
canoagem (albufeira da Aguieira) e para o rafting (nos rios Alva e
Alvoco); a albufeira da Aguieira é frequentemente utilizada para acolher
o treino de seleções do leste da Europa durante o período de inverno,
aproveitando as excelentes condições naturais, de clima e de
acolhimento que oferece.
Lisboa e Vale do Tejo
O rio Tejo e afluentes, com destaque para o estuário do Tejo com
excelentes condições para as atividades de vela, remo, canoagem e
passeios marítimo-turísticos e para a Barragem de Castelo de Bode
(Zêzere), que apresenta condições excelentes para a prática da
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
231
motonáutica, do jet-ski e Wakeboard (vai acolher o Campeonato
Mundial em Setembro de 2015) e para o Vale do Sorraia;
Alentejo
O estuário do Sado com condições para a prática da vela e para
atividades marítimo turísticas como a observação de aves e observação
de golfinhos;
Diversas barragens presentes no Alentejo, nomeadamente, Avis,
Montargil, Santa Clara que apresentam excelentes condições para
atividades de pesca desportiva, remo e canoagem, motonáutica e
wakeboard (Montargil).
O rio Guadiana e especialmente a barragem do Alqueva, com 250 km2
de superfície, 83 km de comprimento e 1200 km de margens, apresenta
excelentes condições para a prática das diferentes atividades náuticas e
para o desenvolvimento de atividades turísticas, nomeadamente o
aluguer de casas barco para a realização de percursos na barragem e
para a observação de aves;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
232
AGUAS OCEÂNICAS
Surf
No que respeita aos desportos de deslize, com destaque para o surf, de acordo
com o “Portugal Surf Guide”, os melhores spots para a prática da modalidade
são:
Portugal Continental
Norte
Moledo do Minho, Arda, Aguçadoura, Matosinhos e Espinho;
Centro
Barra, Cabedelo, Buarcos/Tamargueira, Lagido, Cantinho da Baía,
Super Tubos (Peniche), Areia Branca, do Navio (Santa Cruz),
Ribeira D’Ilhas e Foz do Lizandro;
Lisboa
Grande, Guincho, Carcavelos, São João Lorosae, Centro
Desportivo de Surf e Fonte da Telha;
Alentejo
São Torpes E Malhão;
Algarve
Arrifana, Amado, Cordoama, Faro e Sagres
Madeira
Machico (na costa este)
Açores
Santa Bárbara, Areais (na costa noroeste da Ilha de São Miguel).
Vela
Destaque:
Lisboa, Cascais, Sesimbra, Tróia, Algarve e nas Regiões Autónomas
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
233
Mergulho
DESTAQUES
Centro
Berlengas,
Lisboa e Vale do Tejo
Sesimbra
Alentejo
Cabo de Sines, Vila Nove de Milfontes, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro, e
no
Algarve
Sagres e Portimão.
Madeira,
Reserva de Garajau e Porto Santo.
Açores
Santa Maria, no Pico e Faial, Flores, no Corvo e na Graciosa.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
234
EMBARCAÇÕES DE RECREIO
O Turismo Náutico deve, portanto, ser considerado um produto turístico
composto, conjugando atividades de entretenimento em contato com planos
de água, onde podem ter lugar diferentes atividades náuticas, sempre com uma
perspetiva sustentável e de respeito pela natureza, cuja principal característica é
promover o oceano.
As principais marinas localizam-se:
Norte
Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Leixões, Douro
Centro
Figueira da Foz,
Lisboa e Vale do Tejo
Cascais, Lisboa,
Alentejo
Troia,
Algarve
Lagos, Portimão, Albufeira e Vilamoura
Madeira
Funchal e Porto Santo.
Açores
Ponta Delgada, Horta e Angra do Heroísmo.
A dimensão, condições de acesso, infraestruturas e serviços disponíveis nas
marinas nacionais é muito heterogénea, as marinas de Vilamoura e de Albufeira
foram distinguidas, de entre as marinas de 5 âncoras, com a classificação da
primeira e segunda melhor marina internacional, respetivamente.
Algumas marinas e portos de recreio ostentam a Bandeira Azul principalmente
nos Açores, no Algarve e Alentejo, o que revela a boa qualidade ambiental
local e a aplicação de boas práticas ambientais.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
235
ESTÁGIOS DESPORTIVOS NÁUTICOS
CENTROS DE ALTO RENDIMENTO
Atualmente existem em Portugal três CAR, ligados à prática de atividades
náuticas, e estão em construção mais três.
Viana do Castelo - Surf
Aveiro – Surf (construção)
Montemor-o-Velho - Canoagem e Remo
Nazaré – Surf (construção)
Peniche - Surf e canoagem
Vila Nova de Foz Côa – Remo (construção)
CENTROS NÁUTICOS / CENTROS DE MAR
Ponte do Lima
Viana do Castelo
Gramido a 3 km da cidade do Porto
Barragem da Aguieira,
Zêzere (Sertã)
Algés (Lisboa)
Albufeira do Maranhão
Monsaraz
SURF CAMPS
Centro
Baleal Surf Camp – Peniche
Lisboa e Vale do Tejo
Lisbon Surf Camp
Lisbon Estoril Coast
Algarve
Algarve Surf School
Wavesensations Surfcamp
Madeira
Madeira Surf Camp
Açores
Azores Surf Center - São Miguel
Caldeira Surf Camp - São Jorge.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
236
4.6 - Estratégia Produto
ELEMENTOS FACILITADORES
A diversidade das costas portuguesas, no continente e ilhas, que
apresentam condições muito favoráveis e diferenciadas para a prática
das diferentes atividades náuticas, num espaço territorial relativamente
reduzido e acessível no decurso do mesmo dia;
A existência de um conjunto de albufeiras e de rios que apresentam
condições excecionais para a prática de modalidades como o remo e a
canoagem, designadamente para o acolhimento de estágios de
equipas internacionais, e para a prática de atividades radicais como o
rafting e o canyoning;
Um conjunto de infraestruturas e de equipamentos de apoio às
atividades náuticas – marinas e portos de recreio, centros de alto
rendimento, surf camps, centros náuticos – que, apesar de
desigualmente distribuídos no território e de possuírem qualidade diversa,
apresentam, nalguns casos, elevada qualidade como se pode
comprovar pelas distinções internacionais recebidas pelas marinas de
Vilamoura e de Albufeira;
A imagem de destino náutico que a associação a eventos de referência
mundial no domínio da náutica proporciona, de que são o exemplo, na
vela, da Volvo Ocean Race, Extreme Sailing Series e, no surf, do Moche
Rip Curl Pro Portugal;
A dinâmica, relativamente recente, de oferta turística na área da
náutica através da criação e desenvolvimento de empresas de
animação turística e de operadores marítimo-turísticos e a
disponibilização de alguns produtos na área do turismo náutico;
Importância crescente das atividades marítimo-turísticas no conjunto de
atividades de “turismo de ar livre” e o aumento da procura internacional
deste tipo de atividades.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
237
PROPOSTA DE VALOR
Global
“Fazer de Portugal um espaço de prática de atividades náuticas capaz de
oferecer uma experiencia única e distintiva para todos os que nos visitarem”.
Figura 78 – Proposta de Valor
Destino Turistico reconhecido pela integração da oferta de
nautica de recreio com a oferta hoteleira, o contato
com a a natureza e imersão na cultura local, numa
experiencia inesquecivel
Turismo de Aventura
Embarcações de recreio
Destino reconhecido pela qualidade da oferta das infraestruturas de treino e
desenvolvimento da nautica de recreio com integração de
com a oferta hoteleira, e os serviços de suporte às equipas
e ao ser Staff.
Estágios Desportivos
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
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MODELO ORGANIZACIONAL
Figura 79 – Modelo Organizacional
Figura 80 – Estrutura organizativa
Setor Publico
Agregaçãodos vários intervenientes do setor
Facilitaçãolegal, burocrática e suporte ao investimento
Promoçãodedicada e em coordenação com as entidades turisticas e do Cluster
Setor Privado
Reputação Qualidade dos serviços e preservaçõ da envolvente
Comercialização produtos de acordo comm os mercados alvo
Operacionalização Montagem de redes colaborativas para a estruturação de oferta
Orgão de Cordenação
Entidades Turismo
Associações Empresariais
Entidades SCTN
Empresas
Entidades Território
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
239
ESTRATÉGIA DE MARKETING
Para ter força uma marca deve provocar emoção nos seus consumidores ou
compradores, pois essa emoção determinará a sua escolha face aos
posicionamentos e/ou preços mais baixos dos seus concorrentes.
O Marketing Experiencial examina as situações de consumo de uma forma mais
abrangente, levando em conta qualquer categoria de produto e empresa que
possa atuar no mesmo setor de atividade e, por vezes, até em setores diferentes,
afastando o “pensamento no produto isolado”.
Elaborar uma experiência de compra para um determinado público tem como
pretensão atravessar a fronteira da comunicação e instalar-se na memória do
consumidor, criando um relacionamento da marca com aquela pessoa,
disseminando muito mais do que apenas a visão e o conceito da empresa,
passando a expressar o sentimento que fez parte da experiência com o que a
marca foi atribuída.
Nesse sentido, o mais importante é criar produtos úteis, utilizáveis e apostar na
criação de experiências inesquecíveis para os consumidores em momentos
relevantes.
O Marketing Experiencial é baseado nas emoções vividas pelo consumidor no
momento da compra. Perceber, sentir, pensar, agir e relacionar-se são tipos
diferentes de experiência. E as decisões emotivas são muito importantes.
Quando se pratica o Marketing Experiencial deve-se começar por decidir que
tipo de experiência se quer fornecer ao cliente, tendo em consideração que
tipos diferentes de experiência afetam o modo como a marca deve desenhar os
produtos, as peças de comunicação, a presença na Internet e nos espaços
físicos das lojas. E todas estas escolhas correspondem a decisões estratégicas.
A gestão do Marketing Experiencial incorpora três elementos que são os
indutores fundamentais do valor do cliente e que servem para medir o sucesso
de uma experiência: “a experiência da marca”, que se reflete na aquisição de
clientes, “o interface do cliente”, que influi na retenção, e “a inovação”, que
constitui a chave para as vendas adicionais ao longo da vida do cliente.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
240
Figura 81 – Marketing Experiencial
A experiência da marca reflete-se na aquisição do cliente porque representa a
perceção, pelo próprio cliente, dos atributos experienciais do produto, o visual e
o sensorial das comunicações experienciais, que, em conjunto, significam uma
perceção do poder de atração da marca. Ou seja, clientes que não vejam
qualquer ponto de atração numa marca jamais comprarão os produtos por ela
identificados, a não ser que não tenham outra escolha ou que a diferença de
preço entre esse produto e os concorrentes seja drástica.
O interface do cliente influi na sua retenção porque as interações que oferece e
terminam se os clientes consideram satisfatório o seu relacionamento com a
empresa e, também, se irão ou não comprar outra vez os seus produtos ou
serviços.
A inovação, que pode acontecer através de uma pequena mudança, de um
lançamento revolucionário ou de uma inovação de marketing, potencia as
vendas adicionais. Os clientes tendem a comprar mais do que pretendiam de
uma empresa que eles conheçam, mas isso não deixa de obrigar a empresa a
oferecer-lhes produtos novos e inovadores. Neste sentido, a investigação e o
desenvolvimento contínuo de novos produtos deve constituir uma aposta
estratégica das empresas.
Os quatro os tipos de experiencias pelas quais os consumidores podem passar:
Entretenimento: São o tipo de experiências onde os clientes participam
passivamente num evento e o seu envolvimento com o mesmo é absorvente. O
“entretenimento é passivamente absorvido pelos sentidos, tato, olfato, visão,
audição e paladar”. Assim, as sensações causam sentimentos de interesse e de
Marketing Experiencial
“a experiência da marca”,
“o interface
do cliente”
“a inovação”
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
241
excitação aos consumidores, despertando a sua admiração, espanto, surpresa e
interesse, o que resulta num estímulo da memória com efeito duradouro.
Um exemplo de um destino que possui na sua oferta turística o reino do
entretenimento é Las Vegas, que continua a ser um local cuja principal atração
turística é o jogo, mas que também se encontra associada aos espetáculos ao
vivo.
Educacional: são o tipo de experiências que são obtidas por absorção, onde os
clientes têm uma participação mais ativa no evento, as experiências
educacionais envolvem-se ativamente na mente do consumidor e intriga-os a
aprender algo novo.
O desejo de autoeducar-se é uma das chaves de motivação para as pessoas
viajarem, uma vez que os turistas são motivados a “consumir o extraordinário”
parcialmente devido a um desejo de aprender, o que posteriormente, após o
consumo, se traduz em maiores níveis de satisfação quando os seus desejos são
satisfeitos.
Um exemplo de uma experiência educacional é a participação de um festival
de arte onde se pode aprender a história de tricô e tecelagem através, por
exemplo, de brochuras ou conversas com os artistas. Por outro lado, as
habilidades dos indivíduos pode ser aumentada neste tipo de evento se tiverem
a oportunidade de tecer algo simples através de indicações dos artistas.
Escapistas ou de Evasão: são o tipo de experiências onde os clientes têm uma
participação muito ativa e totalmente envolventes (imersão) no evento. Estas
experiências podem ter uma vertente educacional como o reino das
experiências, ou uma vertente de divertimento como o reino do entretenimento,
mas os consumidores têm um maior envolvimento de imersão.
As experiências de escapismo estão muito presentes no setor do turismo, uma
vez que os turistas procuram frequentemente por outros lugares que lhes
permitam afastar as lembranças da sua rotina diária, fazendo coisas que não
estão habituados a fazer, fugindo das normas e valores pelos quais regem a sua
vida.
Os autores consideram que apesar das experiências escapistas terem uma
grande importância no setor do turismo, ainda há uma grande dificuldade em
avaliar o seu efetivo efeito
Estética: são o tipo de experiências que apenas permitem uma participação
reduzida do cliente (passiva), no entanto, este encontra-se imerso e totalmente
envolvido no ambiente do evento.
Assim, podemos verificar que o ambiente que envolve toda uma experiência é
bastante importante para que esta seja o mais memorável possível, não deve
transmitir a sensação de que estamos numa encenação falsa, deve ser o mais
realista possível para que o consumidor se envolva de uma forma natural.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
242
Diversos autores definem cinco princípios básicos para que as empresas
consigam encenar experiências atrativas e que possam explorar ao máximo as
possibilidades que a economia das experiências tem para oferecer:
Tema da Experiência: a experiência necessita de ter um tema bem
definido para que o consumidor saiba o que o espera. Um tema mal
concebido poderá levar a uma experiência que não produza nenhuma
lembrança duradoura;
Harmonizar impressões com estímulos positivos: os estímulos são sinais
encontrados no ambiente ou no comportamento dos funcionários que
estão em consonância com o tema, por outro lado “fazem as impressões
que criam a experiência na mente do consumidor”. Se estes estímulos
não estiverem de acordo com o tema podem causar uma experiência
desagradável ao consumidor, deixando-o confuso ou perdido o que
poderá implicar no futuro a ausência de lembranças acerca do evento
ou a existência de lembranças negativas.
Eliminar estímulos negativos: a maioria dos espaços contém mensagens
triviais e sem sentido. Segundo os autores estas devem ser eliminadas e
substituídas por outras que sejam mais adequadas à experiência
oferecida.
Jogar com memórias: normalmente as pessoas tendem a comprar
determinados produtos que lhes trazem associadas memórias. Por
exemplo, quando se viaja, os postais ou t-shirts fazem recordar momentos
passados nos destinos onde os viajantes estiveram e essas recordações
permitem os turistas partilhar as suas experiências com amigos, o que
permite às empresas captar novos clientes.
Envolver os cinco sentidos: também os estímulos sensoriais (os cheiros, os
sabores, etc.) que acompanham as experiências devem realçar o tema
de forma que a experiência se torne o mais memorável e inesquecível
para os consumidores.
Os Nautas deixarão de considerar apenas as características e benefícios de um
determinado produto, per si, passando a analisar todo o contexto sociocultural
inerentes à utilização do mesmo pelo consumidor e, promovendo neste sentido
as vendas cruzadas para aperfeiçoar e enriquecer cada momento vivenciado
quando o cliente está a vivenciar e a “consumir” determinada experiência.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
243
Figura 82 – Produto Composto
A estratégia, face à dimensão da oferta nacional, terá de se suportar na
estruturação de uma oferta alargada, estruturada em redes colaborativas, que
junte o que de melhor temos ao nível do território, com a oferta existente no
setor da Náutica de Recreio.
A importância de qualquer setor em termos coletivos depende do território onde
este se realiza. Acresce ainda que a experiencia no setor da Náutica de Recreio
lida com sensações, heranças naturais e culturais, atividades culturais e outras.
Assim, será importante proceder a uma avaliação da oferta de acordo com os
seguintes critérios.:
Figura 83 – Processo seleção do local
Ainda relativamente a este tópico, salienta-se o facto de surgirem novas formas
de abordar e de criar “oportunidades de influenciar o consumidor” através do
serviço pós-venda. Apesar do momento mais importante para estreitar a relação
Avaliação da visibilidade de Mercado
e Performance
Atividades de suporte –Numero de atividades
de suporte e complementares
disponíveis
Benefícios económicos e sociais
Valor e Estado da Envolvente
Estatuto estratégico para o Turismo e
Ligações
Potencial para Desenvolvimento
Sustentado
Valor e Identidade Histórica e Cultural
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
244
da marca com o consumidor ser aquele em que este vivencia as suas
experiências, não se deve descorar o pós-experiência. O cliente gosta de ser
tratado com “carinho” e não gosta de sentir que foi “abandonado” pela marca.
Deste modo, a oferta deve focalizar-se nas experiências dos indivíduos, através
de circuitos organizados, como “os percursos de canoagem organizados, os
“percursos de descoberta” na orla marítima, os labirintos vegetais e os parques
de surf”.
No Marketing Experiencial são utilizados métodos e ferramentas ecléticas, o mais
diversificado e multifacetado. Ou seja, trata-se de um tipo de marketing que não
se encontra preso a metodologias e “usa o que parece adequado para
conseguir boas ideias”. O objetivo é conseguir um fator de diferenciação para
as empresas de náutica de recreio .
Esquemáticamente a estratégia pode ser contextualizada do seguinte modo:
Figura 84 – Matriz Estratégica
Produto:
•Construção da reputação internacional da marca
•Qualficação da oferta das entidades envolvidas
•Reconhecimento do mercado
Preço:
•Foco na experiencia Nautica
•Promover como uma aventura exclusiva (value for money)
Distribuição:
•Operadores Turismo de Aventura
•Clubes e Federações de desportos Nauticos
•Marinas e Associações Setoriais
•Packaging da Experiencia Nautica
Promoção:
•Centrada nos praticantes de atividades Nauticas
•Direcionada para Experiencias especificas e Mercados-Alvo identificados
•Centrada na fase inicial na Promoção do Potencial da Marca (destino)
Portugal Nautico
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
245
ELEMENTOS ESTRUTURANTES DA ESTRATÉGIA
Figura 85 – Processo de Desenvolvimento
Ativação
Construção Reputacional da Marca (destino)
Construção de Experiencias
Qualificação da Oferta Nautica (Redes de Oferta)
Comunicação
Promoção Internacional do Marca
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
246
CONSTRUÇÃO REPUTACIONAL DA MARCA (DESTINO)
Figura 86 – Construção reputacional
Promoção e Coordenação dos Eventos Ligados à Náutica Regionais, Nacionais e
Internacionais
Objetivos;
Desenvolver uma lista abrangente de eventos náuticos e afins, de modo
a identificar as oportunidades e lacunas no calendário
Procurar alinhar os eventos regionais, nacionais e internacionais, de modo
a garantir um maior cross-sell dos eventos e capturar maior impacto e
benefício.
Reter e/ou garantir pelo menos eventos internacionais até 2020 (por
exemplo Campeonato do Mundo de Surf/ Campeonato do mundo de
Moto Nautica / Volvo Ocean Race)
Assegurar a coordenação da grande variedade de eventos regionais e
locais, com foco nos que possuam, um claro potencial de crescimento
Resultado Esperado: Calendário Anual de Eventos, com plano de promoção e
comunicação Conjunto
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Entidades
promotoras de Eventos; Empresas Privadas; Turismo de Portugal, Agencias
regionais de turismo.
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado; sponsorização.
Captação Eventos
Nauticos
Marketing Digital
Presença em Eventos
Internacionais
Contacto Com Prescritores e Federações
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
247
Orçamentação: O maior investimento será o necessário para garantir os eventos
internacionais em Portugal (são programas feitos à medida e poderão ser alvo
de convites específicos no âmbito do Portugal 2020)
Já existem diversos eventos náuticos internacionais em Portugal, pelo que o
investimento deverá ser na facilitação de acesso aos mecanismos de
investimenento e na coordenação da promoção.
A iniciativa de recolha, agregação, coordenação e comunicação internacional
dos eventos deverá orçar em 300 mil euros para um período de 4 anos. Que
pode ser enquadrardo num SIAC.
Marketing Digital
Marketing nas redes sociais:
Os posts nas redes sociais permitem ampliar a exposição da marca e o
relacionamento com os potenciais cliente. A ação passará por criar perfis e
publicar partes do conteúdo do website, e outras informações que ajudem a
atrair consumidores.
Deverão ainda ser convidadas figuras públicas das diversas atividades a
contribuir para as redes sociais, através das suas experiencias e
testemunhos.
Além disso, as redes sociais servem como plataforma para as ações de
marketing viral, e para posicionar a marca nas pesquisas on-line.
E-mail marketing:
O e-mail marketing é uma poderosa ferramenta de comunicação. O
website deve possuir uma área própria para registo, e serão lançadas
campanhas temáticas direcionadas para atrair mais inscritos no mailing
da marca.
Serão enviadas newsletters regulares com informação e promoções.
Marketing viral:
O Marketing viral, será utilizado para difundir a marca junto dos
consumidores alvos através de ações que trabalhem as suas emoções e
motivações. Uma das grandes vantagens do marketing viral é o seu
efeito multiplicador da comunicação, permitindo que milhares de
consumidores tenham acesso a marca através da recomendação de
outros consumidores.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
248
Para tal deverão ser produzidos um conjunto de vídeos que incorporem
as experiências na prática das atividades náuticas mais procuradas.
Publicidade on-line:
Na internet a publicidade ajuda a dar maior exposição da marca, com
ações específicas de publicidade, como banner, links patrocinados,
vídeos.
Presença em Eventos Internacionais
Boot Düsseldorf, em 2014 estiveram presentes 1677 expositores na feira
como plataforma de apresentação de seus produtos e serviços. A feira
foi visitada por 248.281 visitantes, dos quais 42208 eram estrangeiros.
Helsinki Boat Show (Vene 15 Båt) é a principal feira náutica nos países
nórdicos, abrangendo todos os aspetos relacionados com embarcações
e atividades marítimas, tais como informações, apresentações e
performances, experiências, ideias, orientação, acessórios para os barcos
e outros
Salon Nautique de Paris, um dos maiores eventos do género no mundo
recebendo cerca de 260 mil visitantes.
The Outdoors Show, Londres apresenta produtos o exterior como:
canoagem, ciclismo ou vela. Grandes promoções do retalho com
apresentação de novos produtos.
Contacto Com Prescritores e Federações
A operacionalização desta atividade será suportada na rede lançada no
projeto Portugal Náutico:
A base de dados inclui 2617 entidades dos seguintes países:
Alemanha;
Espanha;
França;
Países escandinavos;
Reino Unido.
Serão organizados dois tipos de eventos:
1 roadshow em cada mercado alvo: com apresentação da oferta em
clubes náuticos, federações e principais marinas
1 missão inversa por mercado alvo: serão convidados principais
prescritores e operadores dos mercados alvo.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
249
QUALIFICAÇÃO DA OFERTA
Figura 87 – Qualificação da Oferta
Criação de Packs Tematicos e Rotas de Experiencias - Juntar as atividades
nauticas a outras atividades que apresentem as vivencias Portuguesas
Objetivos;
• Mapear, desenvolver e comercializar as principais rotas de Náutica de
Recreio em Portugal e fortalecer mais as ligações com os outros setores
do turismo
• Utilizar a inteligência de informação e dados recolhidos sobre os visitantes
para desenvolver ainda mais os produtos temáticos para os diferentes
segmentos de mercado identificados
• Explorar e aplicar as formas como outros setores se uniram para criar
pacotes de maior valor acrescentado para o visitante, e o impacto
adicional que tal teve para as empresas envolvidas
Qu
alif
ica
çã
o d
a O
fert
a
Criação de Packs Tematicos e Rotas de Experiencias - Juntar as atividades
nauticas a outras atividades que apresentem as vivencias Portuguesas
Captação de investimentos Nauticos - Catalogação e promoção dos
investimentos ancora fundamentais para o desenvolvimento da Nautica
de Recreio
Desenvolvimento de Competencias -promoção e Coordenação do plano
de desenviolvimento de competencias necessário ao Setor
Promoção da Cultura Nautica de Qualidade
Montagem Sistema de Governança conjunto para a promoção
atividades nauticas
Manutenção de Bases de dados de Informação para suporte à decisão
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
250
• Procurar influenciar as infraestruturas náuticas de modo a facilitar ao
máximo o itinerário do cliente
Resultado: Um conjunto de pack de produtos náuticos e a respetiva promoção
internacional
Minho Atlantico
Rota do Douro
Ria de Aveiro
Estuário do Tejo
Estuário do Sado
Costa Vicentina
Alqueva
Algarve
Madeira
Açores
Outros
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Nauticas e reatantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais
de turismo. Associaçoes Setoriais e Empresariais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 SIAC para o desenvolvimento dos
produtos; e Projetos Conjuntos de Internacionalização para a promoção
internacional.
Orçamentação: A iniciativa de agregação, coordenação das diversas
entidades e desenvolvimento do plano de promoção internacional dos packs
resultantes deverá orçar em 600 mil euros para um período de 4 anos. Que pode
ser enquadrardo num SIAC para desenvolvimento de Redes de cooperação. A
atividade de entrada nos mercados Internacionais tem cabimento nos projetos
conjuntos de internacionalização.
Captação de investimentos Náuticos - Catalogação e promoção dos
investimentos âncora fundamentais para o desenvolvimento da Náutica de
Recreio
Objetivos;
Mapear as instalações e infraestrutura existentes no sector da Náutica de
Recreio e identificar qualquer capacidade crítica ou as falhas de
qualidade
Orientar investimento a todos os níveis que permita desenvolver uma
qualidade elevada e sustentada, um conjunto proporcional e sustentável
de instalações chave de apoio à Náutica de Recreio e maximizar as
oportunidades de crescimento no sector
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
251
Influenciar os desenvolvimentos de infraestruturas que permitam
assegurar as expectativas dos clientes e responder aos desejos e à
procura
Resultado Esperado: Reforço da visibilidade de Portugal como um destino de
Náutica de Recreio
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais
de turismo. Associações Setoriais e Empresariais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e difusão das boas práticas de marketing digital deverá orçar em
375 mil euros para um período de 4 anos.
Desenvolvimento de Competências - promoção e Coordenação do plano de
desenvolvimento de competências necessário ao Setor
Objetivos;
Implementar uma abordagem coordenada para o desenvolvimento de
competências em todo o setor para atender às necessidades atuais e
emergentes e promover as oportunidades de carreira para Náutica de
Recreio
Trabalhar com as empresas para garantir competências essenciais, como
atendimento ao cliente, cross-selling e meios de comunicação social e as
habilidades de marketing digital
Resultado Esperado: Reforço da das competências para o desenvolvimento da
Náutica de Recreio
Atores a Envolver: Escolas Profissionais, Universidades, Empresas Privadas Náuticas
e restantes serviços e produtos; Associações Setoriais e Empresariais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e difusão das necessidades de competências e promoção de
ações-piloto a desenvolver deverá orçar em 400 mil euros para um período de 4
anos.
Promoção da Cultura Náutica de Qualidade
Objetivos;
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
252
Integrar os aspetos ambientais, económicos e sociais na atividade da
Náutica de Recreio como base da tomada de decisão empresarial de
modo a garantir o sucesso a longo prazo
Colocar em prática mecanismos confiáveis de acreditação que
reconheçam e premeiem uma abordagem de sustentável das empresas
do sector
Resultado Esperado: Reforço da sustentabilidade do destino Portugal para a
Náutica de Recreio
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais
de turismo. Associações Setoriais e Empresariais; Entidades de acreditação e
certificação
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: Desenvolvimento das normas e acreditações necessárias,
conjugado com um plano de sensibilização nacional para a importância da
Náutica de Recreio, deverá orçar em 450 mil euros.
Montagem Sistema de Governança conjunto para a promoção das atividades
náuticas
Objetivos;
Estabelecer uma direção e um propósito claros para o sector enquanto
mantendo e encorajando uma liderança coletiva para o sector e uma
direção de desenvolvimento clara e consistente e de acordo com as
prioridades para o setor
Incentivar a inovação e a mudança para a Náutica de Recreio focada
nas necessidades e exigências do cliente
Resultado Esperado: Modelo de Gestão para a Náutica de Recreio Nacional
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação Regionais; Empresas
Privadas Náuticas e restantes serviços e produtos; Entidades Administração
Central; Associações Empresariais e Setoriais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e difusão Informação do setor da náutica de Recreio, deverá
orçar em 275 mil euros para um período de 4 anos.
Manutenção de Bases de dados de Informação para suporte à decisão
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
253
Objetivos;
Desenvolver um conjunto de dados robustos e relevantes de longo prazo
para apoiar a tomada de decisão e para evidenciar a mudança no
setor
Assegurar que todas as empresas reconhecem o papel que
desempenham, tanto a recolher, como a utilizar efetivamente as
informações do Mercado para desenvolver o seu produto e a
experiência que oferecem
Resultado Esperado: Sistema de Monitorização do Consumo e Nível de satisfação
dos Clientes de Náutica de Recreio
Atores a Envolver: Autarquias; Empresas Privadas Náuticas e restantes serviços e
produtos; Agências regionais de turismo. Associações Setoriais e Empresariais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e difusão da informação de suporte à decisão digital deverá
orçar em 375 mil euros para um período de 4 anos.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
254
PROMOÇÃO INTERNACIONAL DA MARCA
Figura 88 – Promoção Internacional da Marca
Desenvolvimento e/ou Promoção de instrumentos de Reserva Online, que
permitam um atendimento diferenciado a todos os Visitantes Náuticos
Objetivos;
• Estabelecer uma a presença digital e um ponto inicial de acesso único
• Desenvolver e implementar um novo site e de fácil acesso à Náutica de
Recreio em Portugal
• Mapear e reunir as informações e inteligência dos clientes que existe que
permita entender melhor as necessidades e prioridades dos clientes e
compartilhar esta informação com todo o setor
• Garantir que a informação fornecida a todos os clientes é oportuna,
relevante e precisa
Resultado Esperado: Plataformas de Atendimento diferenciado aos clientes
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais
de turismo. Associações Setoriais e Empresariais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Pro
mo
çã
o In
tern
ac
ion
al
da
Ma
rca
Desenvolvimento e/ou Promoção de instrumentos de Reserva Online, que
permitam um atendimento diferenciado a todos os Visitantes
Nauticos
Acolhimento Nautico - Promoção de instrumentos que facilitem a
captação e acolhimento de nautas
Desenvolvimento Balcão Unico para a Nautica
Desenvolvimento do um sistema de Vistos especifico para a pratica de
atividades Nauticas- Bandeira Portuguesa Mapeamento Digital - Utilização da
tecnologia de modo a manter os utilizadores nautas informados sobre
os que está a acontecer quando estão em movimento.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
255
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e desenvolvimento da plataforma deverá orçar em 700 mil euros
para um período de 4 anos.
Acolhimento Náutico - Promoção de instrumentos que facilitem a captação e
acolhimento de nautas
Desenvolvimento Balcão Único para a Náutica
Objetivos;
Desenvolver um regime de acreditação e formação de serviço ao cliente
para o setor
Promover um conjunto de Abordagens-piloto para o desenvolvimento de
serviço ao cliente e melhorar a qualidade da experiência do cliente
Desenvolver um Pack de Receção para a Náutica de Recreio, com
formação e acreditação adequada
Incentivar a colaboração em todo o Setor
Resultado Esperado: Um Pack de procedimentos e competências uniformizado
ao nível da Experiencia de consumo de Náutica de Recreio em Portugal
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Náuticas; Turismo de Portugal, Associações Setoriais e Empresariais.
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e dos procedimentos e conteúdos formativos deverá orçar em 350
mil euros para um período de 4 anos.
Desenvolvimento do um sistema de Vistos especifico para a pratica de
atividades Náuticas- Bandeira Portuguesa
Objetivos;
Trabalhar para conseguir a possibilidade aos Nautas de Recreio estrangeiros de
requerer uma autorização de entrada e permanência para atividade da pratica
de Náutica de Recreio, a quem tiver entrada regular em território nacional
(portadores de vistos Schengen válidos ou beneficiários de isenção de vistos),
mediante a realização de transferências da bandeira da embarcação, Aluguer
pluri-anual de posto de amarração, criação de emprego ou compra de
embarcações.
Resultado Esperado: Aumento do Volume de negócios nas transações
relacionados com a Náutica de Recreio
Atores a Envolver: Governo; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Náuticas, Associações Setoriais e Empresariais.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
256
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de promoção internacional);
Investimento privado.
Orçamentação: Valor relacionado com a comunicação e promoção
internacional
Mapeamento Digital - Utilização da tecnologia de modo a manter os utilizadores
nautas informados sobre os que está a acontecer quando estão em movimento
Objetivos;
Fornecer os meios para se manter o contacto com o cliente durante a
experiência de Náutica de recreio selecionada, procurando,
continuamente, agregar valor à oferta existente
Incentivar as empresas de Náutica de Recreio a procurar as
oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias e meios de
comunicação social
Incentivar os visitantes a partilhar a sua experiência com amigos e
parentes e trabalhar com as empresas para influenciar a utilização eficaz
dos meios de comunicação social, bem como a necessário infraestrutura
Resultado Esperado: Reforço da visibilidade de Portugal como um destino de
Náutica de Recreio
Atores a Envolver: Autarquias; Comissões de Coordenação; Empresas Privadas
Náuticas e restantes serviços e produtos; Turismo de Portugal, Agencias regionais
de turismo. Associações Setoriais e Empresariais
Fontes de Financiamento: Portugal 2020 (programas de cofinanciamento
nacionais e regionais); Investimento privado.
Orçamentação: A iniciativa de recolha, agregação da informação,
coordenação e difusão das boas práticas de marketing digital deverá orçar em
375 mil euros para um período de 4 anos.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
257
5 - Conclusões Finais
A Nautica de recreio é um sector com um elevado consumo de serviços e de
bens intermédios, por exemplo, um barco exige motores, geradores,
equipamentos eletrónicos e diversos componente de outras indústrias auxiliares,
que sem a existência da primeira não subsistiriam. O interesse no
desenvolvimento deste sector encontra-se, diversas vezes, ligado aos elevados
efeitos multiplicadores que são originados. Assim, o efeito total da produção
efetiva multiplica 3,61 vezes.
As empresas marítimo turísticas são de pequena dimensão 62 % movimentou
menos de 25 mil euros no ano de 2012, em 2013 foram 68 % os que faturaram
menos de 25 mil euros. Este decréscimo de movimento ocorreu também para os
grandes volumes de negócios: em 2013 apenas 12 % dos OMT movimentaram
mais de cem mil euros, quando em 2012 tinham sido 16 % das empresas a fazê-
lo.
Assim estas empresas possuem uma reduzida capacidade de investimento, de
modo individual. Pelo que a suloção passará por soluções colaborativas.
De acordo com os atores auscultados ao longo do projeto, a Natureza e a
Segurança são as variáveis mais destacadas como os valores essenciais a
transmitir nas campanhas de comunicação e na estratégia de marketing. A
Localização, ou seja o destacar o local e as raízes da região, é um outro
conceito que deverá entrar em consideração da comunicação.
Das auscultações realizadas ao longo do projeto, Portugal Náutico, resultaram
um conjunto de conclusões, designadamente a necessidade de:
• Reforço da captação de nautas nacionais;
• Uma visão alargada para o sector;
• Coordenação das atuações através de um balcão único;
• Reforço da capacitação dos atores para a abordagem para o negócio;
• Criação de uma visão empresarial;
• Promoção conjunta internacional.
Durante o projeto verificou-se a necessidade de uma aposta efetiva e
continuada para o reforço da capacidade empresarial do setor e a aposta
numa estratégia coletiva. Falta agora continuar.
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
258
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www.mlr.baden-wuerttemberg.de
Ministerium für Ländlichen Raum und Verbrauch www.baden-wuerttemberg.de
Tourismus Marketing GmbH Baden-Württemberg (TMBW) www.tourismus-bw.de
Staatsministerium für Wirtschaft, Infrastruktur, Verkehr und
Technologie
www.stmwivt.bayern.de
BAYERN TOURISMUS Marketing GmbH www.bayern.by
Senatsverwaltung für Wirtschaft, Technologie und
Forschung
www.berlin.de
Visit Berlin – Berlin Tourismus & Kongress www.visitberlin.de
Ministerium für Bildung, Jugend und Sport www.mbjs.brandenburg.de
Tourismus-Marketing Brandenburg GmbH www.reiseland-brandenburg.de
Der Senator für Wirtschaft, Arbeit und Häfen www.wirtschaft.bremen.de
Bremer Touristik-Zentrale Gesellschaft für Marketing und
Service
www.bremen-tourismus.de
Behörde für Wirtschaft, Verkehr und Innovation www.hamburg.de
Hamburg Tourismus www.hamburg-tourism.de
Ministerium für Wirtschaft, Verkehr und
Landesentwicklung Hessen
www.wirtschaft.hessen.de
Hessischer Tourismusverband www.hessischertourismusverband.de
Ministerium für Wirtschaft, Bau und Tourismus www.regierung-mv.de
Tourismusverband Mecklenburg-Vorpommern www.auf-nach-mv.de
Ministerium für Wirtschaft, Arbeit und Verkehr mw.niedersachsen.de
TourismusMarketing Niedersachsen GmbH www.reiseland-niedersachsen.de
Ministerium für Wirtschaft, Energie, Bauen, Wohnen und
Verkehr
www.mwebwv.nrw.de
Tourismus NRW www.touristiker-nrw.de
Ministerium für Wirtschaft, Klimaschutz, Energie und
Landesplanung
www.mwkel-rlp.de
Rheinland-Pfalz Tourismus GmbH www.rlp-info.de
Ministerium für Wirtschaft und Wissenschaft www.saarland.de/ministerium_wirtschaft_
wissenschaft.htm
Tourismus Zentrale Saarland GmbH www.tourismus.saarland.de
Staatsministerium für Wirtschaft, Arbeit und Verkehr www.smwa.sachsen.de
Tourismus Marketing Gesellschaft Sachsen mbH www.sachsen-tourismus.de
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
270
Ministerium für Wirtschaft und Arbeit www.mw.sachsen-anhalt.de
Investitions- und Marketinggesellschaft Sachsen-Anhalt www.investieren-in-sachsen-anhalt.de
Ministerium für Wissenschaft, Wirtschaft und Verkehr www.wirtschaftsministerium.schleswig-
holstein.de
Tourismusverband Schleswig-Holstein www.tvsh.de
Ministerium für Wirtschaft, Arbeit und Technologie www.thueringen.de
Thüringer Tourismus GmbH www.thueringen-tourismus.de
Allgemeiner Deutscher Automobil-Club e. V. (ADAC) www.ADAC.de
Bundesverband Kanu e. V. (BV Kanu), ehemals
Bundesvereinigung Kanutouristik e. V. (BKT)
www.bvkanu.de
Bundesverband Wassersportwirtschaft www.bvww.org
Facharbeitskreise im BVWW Arbeitskreis Charterboot
(AKC)Fachvereinigung Yachthafenbau
www.wassersportanlagen.de
Vereinigung Deutscher Sporthäfen www.kanu.de
Deutscher Motoryachtverband www.dmyv.de
Deutscher Olympischer Sportbund (DOSB) www.dosb.de
Deutscher Ruderverband www.rudern.de
Deutscher Segler-Verband www.dsv.org
Deutscher Tourismusverband www.deutschertourismusverband.de
Deutsche Zentrale für Tourismus www.deutschland-tourismus.de
Hafentechnische Gesellschaft www.htg-online.de
Kreuzer Yacht Club Deutschland www.kycd.de
Vereinigung Deutscher Yacht-Charterunternehmen www.vdc.de
Wirtschaftsverband Wassersport www.wassersport-verband.de
Lista de Marinas - Alemanha
Nome da Marina Nome do Porto Localizaçã
o
Profundidade
(em metros)
Ancoradour
os
Marina Accumersiel -
Dornumersiel
Yacht Club
Accumersiel
Mar do
Norte
2.5m 250
Marina Altefähr Altefähr Báltico 1.5 - 3 m -
Marina Althagen Ahrenshoop Marina Althagen
Ahrenshoop
Báltico 0.6 m - 2.5 m 28
Marina Amrumer Marina Amrumer
Yacht Club
Mar do
Norte
- -
Marina Arnis Marina Arnis Báltico - -
Marina Baltrum Boat Club Baltrum Mar do
Norte
- 45
Marina Barhöft Harbour Barhoeft Báltico 3.5 m - 5 m 70
Marina Barth City harbour Barth Báltico 2 m - 3 m 85
Marina Barth Yacht service Barth
marina
Báltico 1.4 m - 3 m 127
Marina Berlin City Marina Berlin-
Rummelsburg
Spree - 10
Marina Berlin Berlin Pier 38 Crossinsee 0.2 m - 4 m 70
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
271
Marina Berlin Marina Lanke Scharfe
Lanke
1 m - 4 m 420
Marina Berlin NIXE Marina Wannsee - -
Marina Berlin Marina Mariane
Pohlesee
Havel - -
Marina Bockholmwik Foerde Yacht Club
Bockholmwik
Báltico 1.9 m - 3.5 m -
Marina Bodstedt Marina Bodstedt Báltico 0.9 m - 1.2 m 33
Marina Boltenhagen Marina
Boltenhagen
Báltico 4.5 m - 6.4 m 350
Marina Borkum Marina Borkum Mar do
Norte
1.5 m - 1.8 m 250
Marina Borkum Burkana-Harbour
Borkum
Mar do
Norte
5.0 m -
Marina Brandenburg Havel Marin Havel - 120
Marina Breege Marina Breege Báltico 1.6 m - 3 m 30
Marina Bremen Watersport Club
Memelingen
Mar do
Norte
- -
Marina Bremerhaven Lloyd Marina
Bremerhaven
Mar do
Norte
4 m - 6 m 120
Marina Bremerhaven Marina
Bremerhaven
Mar do
Norte
3.0 m 240
Marina Bremerhaven Wulsdorf Water Sport Club
Wulsdorf
Mar do
Norte
3.0 m 127
Marina Brunsbüttel Marina Alter Hafen
- Sailing Club
Brunsbuettel
Mar do
Norte
1.9 m - 3.5 m 30
Marina Burgstaaken Burgstaaken Báltico 1.7 m - 3 m 160
Marina Burgtiefe Burgtiefe Marina Báltico 2.1 m - 3.5 m 600
Marina Büsum Buesum Sailing
Club
Mar do
Norte
2.0 m 100
Marina Cuxhaven City Marina
Cuxhaven
Mar do
Norte
- -
Marina Cuxhaven SVC Marina
Cuxhaven
Mar do
Norte
1.6 m - 3.5 m 230
Marina Düsternbrook Sport harbour
Duesternbrook
Báltico 2 m - 6 m 288
Marina Dabitz Marina Dabitz Báltico 0.5 m - 1 m 10
Marina Dagebüll Harbour Dagebuell Mar do
Norte
- -
Marina Damp Damp Báltico 2 m - 3 m -
Marina Dangast Marina Dangast Mar do
Norte
1.8 m -
Marina Darßer Ort Darsser Ort Báltico 3.5 m -
Marina Dierhagen Marina Dierhagen Báltico 2.0 m -
Marina Dietrichsdorf Sport harbour
Dietrichsdorf
Báltico 3 m - 10 m 172
Marina Ditzum Marina Sailing Club
Boreas Ditzum
Mar do
Norte
- 20
Marina Eckernförde City harbour - Im
Jaich Eckernfoerde
Báltico 2 m - 8 m -
Marina Eckernförde Sailing Club
Eckernfoerde
Báltico 2 m - 4.5 m 320
Marina Eckwardersiel Marina
Eckwardersiel
Mar do
Norte
- -
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
272
Marina Emden Yacht Club Emden Mar do
Norte
3.0 m 60
Marina Emden Old Harbour
Emden
Mar do
Norte
1.8 m - 5.5 m -
Marina Eriksberg Eriksberg Marina Báltico 5.3 m - 7 m 100
Marina Fahrensodde Fahrensodde Báltico 1.1 m - 4 m 200
Marina Fedderwardersiel Marina
Fedderwardersiel
Mar do
Norte
2.8 m 160
Marina Fleckeby Marina Fleckeby Báltico 0.6 m - 2.2 m -
Marina Fleckeby Sortboothafen
Fleckeby
Báltico 1.8 m - 2.4 m 100
Marina Flensburg City harbour
Flensburg
Báltico 3.7 m - 4.1 m 127
Marina Flensburg Niro
Petersen
Marina Niro
Petersen
Báltico 2 m - 8 m 120
Marina Flensburg Sonwik Marina Sonwik Báltico 5.6 m - 5.7 m -
Marina Freest Marina Freest Báltico 1.6 m - 1.8 m 10
Marina Friedrichskoog Marina
Friedrichskoog
Mar do
Norte
4.0 m -
Marina Friedrichstadt Old Harbour Eider
Friedrichstadt
Mar do
Norte
1 m - 1.7 m 60
Marina Gager Port Gager Báltico 2.5 m - 4 m 80
Marina Gelting Sport harbour
Gelting-Mole
Báltico 2.5 m - 3.5 m 450
Marina Gelting Marina
Wackerballig
Báltico 2 m - 3.7 m 230
Marina Glowe (Rügen) Harbour Glowe
(Ruegen)
Báltico 2 m - 2.7 m 100
Marina Glücksburg Marina
Gluecksburg
Báltico 0.5 m - 2.6 m 127
Marina Glückstadt Marina Glueckstadt Mar do
Norte
3.0 m 90
Marina Greetsiel Yacht Club
Greetsiel
Mar do
Norte
2.5 m - 4.5 m 60
Marina Greetsiel Leybucht Sport
Boats
Mar do
Norte
- -
Marina Greifswald Yacht centre
Greifswald
Báltico 2.5 m - 3.5 m 220
Marina Grömitz Marina Groemitz Báltico 2.2 m - 2.9 m 780
Marina Grossenbrode Marina
Grossenbrode
Báltico 2.5 m - 2.5 m 40
Marina Grossenbrode Yacht Club
Grossenbrode
Báltico 2.2 m 148
Marina Grossenbrode Marina
Grossenbrode
Báltico 2.0 m 170
Marina Grossenbrode Grossenbrode
Faehre
Báltico 2 m - 2.5 m -
Marina Grossenbrode Yachtwerft Klemens
GmbH
Báltico 6.0 m 220
Marina Gustow Harbour Gustow Báltico 4.5 m - 5 m 157
Marina Hallig Hooge Sailing Harbour
Hooge
Mar do
Norte
1.8 m 25
Marina Hamburg Marina Hamburg
Wedel
Mar do
Norte
2.2 m 1950
Marina Hamburg City Marina Mar do 2.5 m - 4 m 120
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
273
Hamburg Norte
Marina Hamburg Harburg Seaman Pier Mar do
Norte
3.0 m 30
Marina Harburg Marina Hamburg
Harburg
Mar do
Norte
5.6 m 70
Marina Harlesiel Marina Harlesiel Mar do
Norte
1.8 m -
Marina Heiligenhafen Heiligenhafen Báltico 2 m - 5.2 m 1000
Marina Heiligenhafen Sailing club
Heiligenhafen
Báltico 2.3 m 100
Marina Heiligenhafen Yacht-yard
Heiligenhafen
Báltico 2.5 m - 2.7 m 96
Marina Helgoland South Marina
Helgoland
Mar do
Norte
2.7 m - 5 m -
Marina Helgoland North East Marina
Helgoland
Mar do
Norte
3.6 m - 4.2 m -
Marina Hohen Neuendorf Marina
Havelbaude
Havel-
Oder-
Channel
- 60
Marina Hohen Wieschendorf Marina Hohen
Wieschendorf
Báltico 5 m - 6 m -
Marina Hooksiel Marina Hooksiel Mar do
Norte
2.5 m 400
Marina Hörnum Harbour Hoernum Mar do
Norte
2.6 m -
Marina Horumersiel Marina Horumersiel Mar do
Norte
- 200
Marina Husum Marina Husum Mar do
Norte
2.3 m -
Marina Immenstaad Marina Schloss
Kirchberg
Lake
Constanc
e
1.8 m - 3.8 m 265
Marina Immenstaad Yacht Club
Immenstaad
Lake
Constanc
e
1.6 m - 2.3 m 100
Marina Itzehoe Marina Itzehoe an
der Stoer
Mar do
Norte
1.2 m - 2.2 m 5
Marina Jemgum Water Sport Club
Luv-Up Jemgum
Mar do
Norte
2.5 m -
Marina Juist Sailing Club Juist Mar do
Norte
1.8 m 150
Marina Kappeln Yacht centre
Kappeln
Báltico - -
Marina Kappeln Marina
Mittelmannswerft
Báltico 0.9 m - 2.3 m -
Marina Kappeln Grauhöft Marina Grauhoeft -
Henningsen und
Steckmest
Báltico 2.2 m - 3 m 150
Marina Kappeln Stadthafen City harbour
Kappeln
Báltico - -
Marina Kiel - Wik Sport harbour Kiel -
Wik
Báltico 3.0 m 185
Marina Kirchdorf Marina Kirchdorf Báltico 2 m - 3.5 m -
Marina Kloster (Hiddensee) Marina Kloster Báltico 1.5 m - 2 m -
Marina Kopperby Marina Kopperby Báltico 1.5 m - 2.5 m 100
Marina Kressbronn Ultramarin, Meichle Lake 3 m - 20 m 1500
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
274
+ Mohr Marina Constanc
e
Marina Kröslin Marina Kroeslin Báltico 4.0 m 500
Marina Krummin Krummin Marina Báltico 2.5 m - 2.7 m 150
Marina Kühlungsborn Marina
Kuehlungsborn
Báltico 3.0 m 400
Marina Laboe Marina and Port
Laboe
Báltico 1.5 m - 4 m -
Marina Laboe Baltic Bay Marina Báltico 4.0 m 345
Marina Langballigau Langballigau Báltico 1 m - 3 m 127
Marina Langenargen BMK Marina
Langenargen
Lake
Constanc
e
- -
Marina Langeoog Marina Langeoog Mar do
Norte
1.8 m 208
Marina Lauterbach Marina Lauterbach Báltico 1.5 m - 5 m 300
Marina Leer Marina of Sailing
Club Leer
Mar do
Norte
2 m - 4.5 m 50
Marina Leer City Marina Leer Mar do
Norte
3.0 m 300
Marina Leer Ems Marina Bingum Mar do
Norte
- 70
Marina Lindau Marina Lindau-
Zech
Lake
Constanc
e
1.2 m - 4 m 156
Marina Lindaunis Marina Lindaunis Báltico 2.5 m - 4 m 98
Marina Lippe Weissenhaus Marina Lippe Báltico 1.5 m - 1.5 m 320
Marina List Marina List Mar do
Norte
- 30
Marina Lohme Marina Lohme Báltico 3.0 m 53
Marina Lübeck Luebeck North-East
Marina
Báltico - 120
Marina Lübeck Yacht Club
Luebeck
Báltico - -
Marina Lübeck Passat-Harbour
Luebeck
Travemuende
Báltico 5.0 m 500
Marina Lübeck Hansa Marina
Neugen GmbH -
Luebeck
Báltico 6.0 m 30
Marina Lübeck Museum Marina of
Luebec
Báltico - -
Marina Lübeck Travemünde Marina
Sonnenbruecke
Báltico 4.0 m 60
Marina Lübeck Werft Grell Marina Werft Grell
Luebeck
Báltico 4.5 m 51
Marina Lübeck-Herrenwyk Travemarina Báltico 0.8 m - 4 m 90
Marina Lübeck-Travemünde Fishing Harbour
Travemuende
Báltico - 50
Marina Lübeck-Travemünde Rosenhof Marina
Luebeck
Travemuende
Báltico 3.3 m - 7.6 m 100
Marina Lübeck-Travemünde Boebs-Yard Marina
Luebeck-
Travemuende
Báltico 4.0 m 220
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
275
Marina Lübeck-Travemünde Marina Baltica -
Luebeck-
Travemuende
Báltico 2.5 m - 4.5 m -
Marina Lübeck-Travemünde Trave Shipyard -
Luebeck-
Travemuende
Báltico 2.7 m - 3.8 m -
Marina Lubmin Marina Lubmin Báltico 4.0 m 180
Marina Maasholm Marina Maasholm Báltico 2.2 m - 3.3 m 450
Marina Martinshafen Marina
Martinshafen
Sagard
Báltico 2 m - 2.5 m 120
Marina Meersburg Marina
Waschplaetzle
Meersburg
Lake
Constanc
e
- 145
Marina Meersburg Marina Haltnau,
Yacht Club
Meersburg
Lake
Constanc
e
- 80
Marina Meldorf Harbour Meldorf Mar do
Norte
1 m - 2.4 m 70
Marina Midlum Marina Midlum East
Friesland
Mar do
Norte
1.5 m -
Marina Minden Mindener Yacht
Club
Weser 1.8 m 80
Marina Möltenort Heikendorf Marina Möltenort
Heikendorf
Báltico 1 m - 5 m 310
Marina Mönkeberg Marina
Moenkeberg
Báltico 2 m - 8 m 250
Marina Mönkebude Marina
Moenkebude
Báltico 1.5 m - 2 m 93
Marina Munkmarsch Marina
Munkmarsch
Mar do
Norte
- -
Marina Neuendorf Marina Neuendorf
Hiddensee
Báltico 2.3 m - 2.4 m 50
Marina Neufeld Marina Neufeld Mar do
Norte
1.5 m 50
Marina Neuharlingersiel Marina Yacht Club
Neuharlingersiel
Mar do
Norte
1.3 m 35
Marina Neuhof Marina Neuhof Báltico 1.5 m - 3 m 150
Marina Neustadt Ancora Marina Báltico 2 m - 4 m 1400
Marina Neustadt Sportboothafen der
Stadtwerke
Neustadt
Báltico 2 m - 6 m 280
Marina Neustadt Neustaedter Segler-
Verein - Rundhafen
Báltico 2 m - 3 m -
Marina Niendorf Kommunalhafen
Niendorf
Báltico 2 m - 3.5 m -
Marina Niendorf Marina Niendorf
Poel
Báltico 2.3 m -
Marina NOK Marina Borgstedt Schreiber Yacht
Service
Kiel Canal 2 m - 2.8 m 30
Marina Norddeich Marina Yacht Club
Norden
Mar do
Norte
1 m - 1.8 m 250
Marina Norden - Norddeich Yacht Centre
Stoertebeker
Mar do
Norte
1.2 m - 2.1 m 50
Marina Nordenham Marina Nordenham Mar do
Norte
- -
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
276
Marina Norderney Marina Norderney Mar do
Norte
2.0 m 230
Marina Nordstrand Suederhafen
(Nordstrander
Wassersportverein)
Mar do
Norte
- 60
Marina Nordstrand Harbour
Strucklahnungshoer
n
Mar do
Norte
- -
Marina Oldersum - Unterems Yacht Club
Unterems
Mar do
Norte
- 41
Marina Orth (Fehmarn) Harbour Orth
GmbH
Báltico 3 m - 3.5 m 150
Marina Orthmühle Marina Orthmuehle Báltico 2.7 m -
Marina Otterndorf Sailing Harbour
Otterndorf
Mar do
Norte
1.6 m 190
Marina Peenemünde Marina
Peenemuende
Báltico - -
Marina Pellworm Marina Pellworm Mar do
Norte
- 43
Marina Potsdam Marina Potsdam Havel - -
Marina Potsdam Marina Potsdam
am Tiefensee
Havel 4.0 m 80
Marina Prerow Marina Prerow Báltico 2.5 m 50
Marina Pruchten Marina Pruchten Báltico 1.2 m - 1.4 m 15
Marina Puddemin Marina Puddemin -
Poseritz
Báltico 1.5 m - 2.5 m 10
Marina Ralswiek Ralswiek Báltico 0.5 m - 2.5 m 70
Marina Rantum Marina Rantum Mar do
Norte
1 m - 1.1 m -
Marina Rerik Marina Rerik Báltico 2 m - 2.5 m 140
Marina Rerik Sailing Club Alt
Gaarz Rerik
Báltico 2.2 m 140
Marina Reventlou (Kiel) Sport harbour
Reventlou
Báltico 3.0 m 42
Marina Ribnitz City harbour Ribnitz Báltico 1 m - 2 m 200
Marina Rüstersiel -
Wilhelmshaven
Harbour Ruestersiel Mar do
Norte
2.5 m - 2.5 m 50
Marina Sassnitz City harbour
Sassnitz
Báltico 1.9 m - 6 m 120
Marina Schaprode Marina Schaprode Báltico 1.2 m - 2 m 170
Marina Schausende Marina
Schausende
Báltico 2.5 m -
Marina Schilksee Olympia harbour
Schilksee
Báltico 3 m - 4 m 860
Marina Schleimünde Marina
Schleimuende
Báltico 2 m - 2.1 m -
Marina Schleswig Marina Wiking
Schleswig
Báltico - 127
Marina Schleswig City Marina
Schleswig
Báltico 2.5 m - 4 m 150
Marina Schlüttsiel Marina Schluettsiel Mar do
Norte
- 25
Marina Seeburg Sport harbour
Seeburg
Báltico 1.5 m - 3 m 29
Marina Seedorf Marina Seedorf Báltico 4 m - 5 m -
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
277
Marina Seedorf Seedorf Marina Báltico 4.0 m 55
Marina Spiekeroog Marina Spiekeroog Mar do
Norte
- 125
Marina Sporthafen
Blücherbrücke
Sport harbour at
Bluecherbruecke
Báltico 3.0 m 19
Marina Stagniess Marina Stagniess Báltico 2.4 m - 2.4 m 30
Marina Stahlbrode Marina Stahlbrode Báltico 3 m - 4 m -
Marina Stickenhörn Sport harbour
Stickenhoern
Báltico 3 m - 7 m 460
Marina Stralsund City Marina
Stralsund
Báltico 3.5 m - 5 m 250
Marina Strande Marina Strande Báltico 2 m - 3.6 m 348
Marina Tetenbüllspieker Marina
Tetenbüllspieker
Mar do
Norte
3.0 m 11
Marina Thiessow Thiessow Harbour Báltico 3.8 m 45
Marina Timmendorf (Poel) Marina Timmendorf
(Poel)
Báltico 1.5 m - 3.5 m 40
Marina Tönning Yacht Club
Toenning
Mar do
Norte
- 70
Marina Ueckermünde
Lagunenstadt
Marina
Lagunenstadt
Ueckermuende
Báltico 2.2 m - 2.5 m 384
Marina Varel Marina WSV Varel Mar do
Norte
0.8 m - 2 m 150
Marina Vitte / Hiddensee Marina Vitte -
Lange Ort
Báltico 1.5 m - 2.5 m 150
Marina Vitte / Hiddensee Marina Hidensee Báltico 2 m - 3.1 m -
Marina Wangerooge Yacht club
Wangerooge
Mar do
Norte
- 16
Marina Warnemünde Yachthafen Alter
Strom
Warnemuende
Báltico 2 m - 4 m 65
Marina Warnemünde Marina
Warnemuende -
Hohe Duene
Báltico 3.9 m - 4.5 m 750
Marina Wasserleben Vereinshafen
Wasserleben
Báltico 1 m - 2.5 m -
Marina Wellingdorf Sport harbour
Wellingdorf
Báltico 2 m - 5 m 165
Marina Wendtorf Marina Wendtorf Báltico 2 m - 2.5 m 127
Marina Werder Marina Zernsee Havel - 160
Marina Wieck City Marina Wieck Báltico 1.7 m - 4 m -
Marina Wiek Marina Wiek
Ruegen
Báltico 2.5 m - 3 m 150
Marina Wiek North Marina Wiek Báltico 2.8 m - 3 m 100
Marina Wilhelmshaven Marina Cramer
Wilhelmshaven
Mar do
Norte
10.0 m 70
Marina Wilhelmshaven
Nassauhafen
Marina
Wilhelmshaven
Nassau harbour
Mar do
Norte
- 100
Marina Wismar West harbour
Wismar
Báltico 5.5 m - 8.8 m 10
Marina Wismar Old harbour Wismar Báltico 6.0 m -
Marina Wismar-Wendorf Marina Wismar- Báltico - 140
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
278
Lista das Principais Entidades, Países Escandinavos
Instituição Website País
Danske Bådejere (Danish Boat Owners
Association)
www.danskebaadejere.dk Dinamarca
Dansk Sejlunion (Danish Sailing Union), www.sejlsport.dk Dinamarca
Foreningen for lystbådehavne i Danmark (The
Association for Leisure Boat Harbors in Denmark),
www.flidhavne.dk Dinamarca
Sweboat - Swedish Marine Industries Federation www.sweboat.se Suécia
Swedish Agency for Marine and Water
Management (SWAM)
www.havochvatten.se
Suécia
NORBOAT www.norboat.no Noruega
Kongelig Norsk Båtforbund, www.knbf.no Noruega
Norwegian Customs www.toll.no Noruega
Båtbranschens Riksförbund (SweBoat, The
Swedish Leisure boat industry association),
SeglarFörbundet (Swedish Sailing Federation),
sweboat.se/
svensksegling.se/ToppGenva
gar/InEnglish
Suécia
Suécia
Svenska Kryssarklubben (Swedish Cruising
Association),
sxk.se/welcome-swedish-cruising-
association
Suécia
Wendorf
Marina Wittdün Harbour Wittduen Mar do
Norte
- 60
Marina Wittower Fähre Marina Wittower
Faehre
Báltico - -
Marina Wustrow Marina Wustrow Báltico 1 m - 1.8 m 130
Marina Wyk Marina Wyk Mar do
Norte
- 220
Marina Ziemitz Ziemitz Marina Báltico 2.0 m -
Marina Zingst Marina Zingst Báltico 1.9 m 42
Marina Zinnowitz Marina Zinnowitz Báltico 2 m - 2.5 m 90
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
279
Lista dos principais portos e marinas, Dinamarca
Nome da Marina Nome do Porto Localiza
ção
Profundidade (em
metros)
Ancoradou
ros
Marina Aarhus Marina Aarhus Báltico 2.5m 330
Marina Aaro Marina Aaro Báltico Máx. 2m
70
Marina Aarosund Marina Aaroesund Báltico 1,5 m - 4 m 49
Marina Albaek Marina Albaek Báltico 2m- 3,2m
75
Marina Allinge Marina Allinge Báltico 4m – 4.5 m
60
Marina Anholt Marina Anholt Báltico 1m- 3.7m
300
Marina Asaa
Baadelaug
Marina Asaa Báltico 0.3m- 2m 175
Marina Asko Marina Asko
Lystbadehavn
Báltico 1.2 m - 3 m 20
Marina Assens Marina Assens Báltico 2 m - 3 m 600
Marina Bagenkop Marina Bagenkop Báltico 3m-3m -
Marina Ballebro Marina Ballebro
Faergebro
Báltico 1.1 m – 2.7 m -
Marina Ballen Marina Ballen
(Samsoe)
Báltico 0.6 m - 3.7 m -
Marina Bandholm Marina Bandholm Báltico 2.5 m - 5.6 m
35
Marina Bisserup Marina Bisserup Sailing
Club
Báltico min. 2 m
-
Marina Blans Marina Blans Báltico 1.7 m - 1.8 m
45
Marina Boderne
Marina Boderne Báltico 1.3 m - 1.8 m -
Marina Bogense Marina Bogense Báltico 1.5 m - 3 m 760
Marina Bogø Marina Bogø Báltico 1.5 m - 1.8 m 50
Marina Bröndby Marina Bröndby Báltico 1.5 m - 3 m
-
Marina Dragor Marina Dragor Báltico max. 3 m
-
Marina Dybvig Havn Marina Dybvig Havn Báltico 2 m - 3.1 m
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
280
-
Marina Dyvig
Badelaug
Dyvig Badelaug Báltico 1 m - 3.5 m
-
Marina Ebeltoft Ebeltoft Skudehavn Báltico 2 m - 3 m -
Marina Egå Marina Egaa Báltico 1.5 m - 3 m 600
Marina Egense Marina Egense Báltico min. 2 m 300
Marina Endelave Marina Endelave Báltico 2.5 m - 3 m 120
Marina Esbjerg Esbjerg Sosport Mar do
Norte
min. 0 m -
Marina Faldsled Marina Faldsled Báltico 1.5 m - 2.3 m -
Marina Fanø Marina Fanøe Mar do
Norte
1.1 m - 2 m -
Marina Faxe
Ladeplads
Marina Faxe
Ladeplads
Báltico 1.5 m - 3 m
-
Marina Fjellebroen Marina Fjellebroen Báltico max. 2.3 m 200
Marina Fredericia Marina Fredericia Báltico 1.5 m - 3 m -
Marina Frederikshavn Marina Frederikshavn Lago
Kattegat
2 m - 2.5 m 350
Marina Gåbense
(Falster)
Marina Gåbense Báltico 2 m - 2.5 m
80
Marina Gedser Gedser Lystbadehavn Báltico 2.5 m - 3 m
127
Marina Gilleleje Marina Gilleleje Báltico 2.5 m - 5 m -
Marina Grenaa Marina Grenaa Kattegat 2 m - 3.2 m -
Marina Guldborg Marina Guldborg Báltico 2 m - 2.5 m
75
Marina Haderslev Marina Haderslev Báltico 1.5 m - 3 m 300
Marina
Halsbaadelaug
Marina Halsbaadelaug Mar do
Norte
2.5 m - 4 m -
Marina Hanstholm Porto de Hanstholm Mar do
Norte
3.7 m - 9 m
-
Marina Hasle Marina Hasle Báltico 0.8 m – 3 m -
Marina Havnsø Marina Havnsø Báltico 2 m - 3 m
-
Marina Hellerup Marina Hellerup Báltico 2.2 m - 2.4 m -
Marina Hestehoved Hestehoved Han Mar do
Norte
2.5 m - 3 m
127
Marina Hirsholm Marina Hirsholm Báltico max. 3 m -
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
281
Marina Hirtshals Marina Hirtshals Mar do
Norte
2.5 m - 7 m 27
Marina Hou Marina Hou Mar do
Norte
2 m - 3 m 200
Marina Hundested Marina Hundested Báltico 3 m - 5.5 m
160
Marina Hundige Marina Hundige Báltico min. 0 m -
Marina Hvide Sande Marina Hvide Sande Mar do
Norte
min. 0 m -
Marina Juelsminde Marina Juelsminde Báltico max. 3 m 500
Marina Kalvehave Marina Kalvehave Báltico 1 m - 2 m
300
Marina Kaløvig Marina Kaløvig
Báltico 1 m - 3 m 470
Marina Kastrup Marina Kastrup Báltico 1 m - 1.7 m
-
Marina Hjarnoe Bro Marina Hjarnoe Bro Báltico max. 2 m 16
Marina Kerteminde Marina Kerteminde Báltico 1.5 m - 2.5 m -
Marina Klintholm Marina Klintholm Báltico 2.5 m - 3 m 200
Marina Knebelbro Marina Knebelbro Báltico 2 m - 3.7 m 230
Marina Kolby Kås Kolby Kås (Samsoe) Báltico 1.5 m - 5.2 m -
Marina Kolding Marina Kolding Báltico 2.2 m - 3 m -
Marina Kongebro Marina Kongebro Báltico max. 2 m 44
Marina Kragenæs Marina Kragenæs Báltico 1.5 m - 2.5 m 105
Marina Langelinie Marina Langelinie Báltico max. 2.5 m
109
Marina Langø Marina Langø Báltico 0.9 m - 2.8 m 60
Marina Lemvig Marina Lemvig Báltico min. 0 m 759
Marina Lergraven Marina Lergraven Báltico max. 2.8 m 40
Marina Listed Marina Listed Báltico 1.5 m - 2.8 m 25
Marina Lundeborg Marina Lundeborg Báltico 1 m - 3 m -
Marina Lyo Marina Lyo Báltico 2 m - 3 m
-
Marina Marselisborg Marina Marselisborg Báltico 2.5 m - 3.5 m -
Marina Mårup Marina Mårup Báltico 1.5 m - 3 m -
Marina Middelfart Marina Middelfart Báltico 0.4 m - 3 m 505
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
282
Marina Mosede Marina Mosede Báltico 2 m - 2.5 m -
Marina Nakskov
(Lolland)
Nakskov Havn Báltico max. 4.5 m 120
Marina Nappedam Marina Nappedam Báltico 2 m - 3 m 200
Marina Nekselø Marina Nekselø Báltico 1.5 m - 2 m -
Marina Norsminde Marina Norsminde Báltico 0.9 m - 2.2 m
-
Marina Nykøbing Marina Nykøbing
Báltico 2 m - 6.1 m 127
Marina Nyord Marina Nyord Báltico 1.5 m - 2 m 55
Marina Nysted Havn Marina Nysted Havn Báltico 0.8 m - 1.8 m 127
Marina Odden Marina Odden Báltico 1.5 m - 3.5 m
141
Marina Odense Marina Odense Báltico 2 m - 4 m
-
Marina Onsevig Marina Onsevig Havn Báltico 2 m - 2.5 m 70
Marina Praesto Marina Praesto Báltico 0.5 m - 4 m
300
Marina Reerso Marina Reesoe Báltico 2 m - 2.5 m -
Marina Rodvig Marina Roedvig Báltico 1.5 m - 3.7 m
-
Marina Ronne Marina Ronne
Báltico 0.5 m - 3 m 100
Marina Ronnerhavnen Roennerhavnen Báltico 1 m - 2 m
-
Marina Rosenvold Marina Rosenvold Báltico max. 2 m 265
Marina Rudkøbing Marina Rudkøbing Báltico 2 m - 2.5 m 280
Marina Rødbyhavn Marina Rødbyhavn Báltico 2.5 m - 4.5 m -
Marina Romo Marina Romo Mar do
Norte
min. 0 m
-
Marina Rørvig Marina Rørvig
Báltico 0.8 m - 3.5 m
200
Marina Sandvig Marina Sandvig Báltico 1 m - 1.5 m
15
Marina Skagen Marina Skagen Báltico 1 m - 7 m
-
Marina Skovshoved Marina Skovshoved Báltico 1.5 m - 4 m 150
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
283
Marina Skærbæk Marina Skærbæk Báltico - -
Marina Snaptun Marina Snaptun Báltico 2.4 m - 3 m 72
Marina Sonderburg /
Sønderborg
Marina Sonderburg Báltico 1.5 m - 2.9 m
600
Marina Sortsø Marina Sortsø Báltico 1.3 m - 2 m
-
Marina Stege Marina Stege Báltico 2 m - 3 m -
Marina Strandby Marina Strandby Báltico max. 4.5 m 140
Marina Strib Marina Strib Báltico 2 m - 4.8 m 140
Marina Stubbekøbing Marina Stubbekøbing Báltico 0.5 m - 5 m 127
Marina Stubberup Marina Stubberup Báltico 0.7 m - 1.2 m -
Marina Svaneke Marina Svaneke Báltico 1.5 m - 4.4 m
40
Marina Svanemolle Marina Svanemolle Báltico 1.5 m - 3 m 1100
Marina Tårs Marina Tårs Báltico 1.8 m - 2 m 45
Marina Toreby Marina Toreby Báltico max. 2.1 m
60
Marina Tuborg Marina Tuborg Báltico 5.5 m - 3 m 360
Marina Tunø Marina Tunø Báltico 2.5 m - 3.5 m 200
Marina Udbyhoj Nord Marina Udbyhoj North Báltico 1 m - 3 m 50
Marina Udbyhoj Süd Báltico max. 2 m -
Marina Vejle Marina Vejle Báltico 0.8 m - 2.8 m 100
Marina Vejrø Marina Vejrø Báltico max. 3 m 85
Marina Vesterø Marina Vesterø Báltico 2 m - 3.5 m -
Marina Voers Porto de Voerså Báltico 1.5 m - 2 m 120
Marina Vordingborg Marina Vordingborg
North
Báltico 0.7 m - 2 m -
Marina Øster Hurup Marina Øster Hurup Báltico 1.7 m - 2.8 m 200
Marina Østerby Marina Østerby Báltico 2.5 m - 3.5 m 220
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
284
Lista dos principais portos e marinas, Suécia
Nome da Marina Nome do Porto Localiza
ção
Profundidade (em
metros)
Ancorado
uros
Marina Ålabodarna Marina Ålabodarna Báltico max. 2.5 m 200
Marina Almösund Marina Almösund Báltico max. 3 m
15
Marina Ängelholm Marina Ängelholm Báltico max. 2.4 m 487
Marina Björholmens Marina Björholmens Báltico 1 m - 7 m
30
Marina Björlanda Kile Marina Björlanda Kile Báltico 2 m - 2.7 m
2400
Marina Bovallstrand Marina Bovallstrand Báltico 2 m - 5 m
150
Marina Domsten Marina Domsten Báltico max. 1.7 m 175
Marina Dragsmarksvarv Marina
Dragsmarksvarv
Báltico min. 0 m -
Marina Dyrön Marina Dyrön
Báltico 1.5 m - 2.5 m 38
Marina Edshultshall Marina Edshultshall Báltico max. 6 m 10
Marina Ellös Marina Ellös Báltico 2 m - 4 m 30
Marina Engewiken Marina Engewiken
Báltico min. 0 m -
Marina Falkenberg Marina Falkenberg Báltico max. 2.5 m
30
Marina Fjällbacka Marina Fjällbacka Báltico 1.5 m - 5 m
180
Marina Furusund Marina Furusund Báltico 2 m - 8.2 m
144
Marina Göteborg Marina Gothenburg
Guest
Báltico max. 3 m
100
Marina Grebbestad Marina Grebbestad Báltico min. 0 m 200
Marina Grötvik Marina Grötvik Báltico 2 m - 3 m 130
Marina Gullholmen Marina Gullholmen Báltico 1.5 m - 3.5 m
50
Marina Hälleviksstrand Marina
Hälleviksstrand
Báltico 3 m - 6 m
300
Marina Halmstad Marina Halmstad Báltico max. 4.5 m
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
285
20
Marina Hamburgsund Marina Hamburgsund Báltico 2 m - 4 m
50
Marina Helsingborg Marina Helsingborg Báltico max. 4 m 300
Marina Henån Marina Henån Báltico 1 m - 2.5 m 30
Marina Hinsholmskilen Marina Hinsholmskilen Báltico max. 2.5 m 1510
Marina Hunnebostrand Marina
Hunnebostrand
Báltico 3 m - 6 m 200
Marina Kalmar Marina Kalmar Báltico min. 0 m -
Marina Käringön Marina Käringön Báltico max. 4 m -
Marina Karlskrona
Tallebryggan
Marina Karlskrona Báltico 3 m - 7 m 66
Marina Killingsholmen Marina Killingsholmen Báltico max. 2.5 m
185
Marina Klövedal Marina Klövedal Báltico 1 m - 6 m 250
Marina Kungshamn Marina Kungshamn Báltico 3 m - 5 m 150
Marina Kyrkosund Marina Kyrkosund
Syd-Koster
Báltico 1.8 m - 2.4 m 60
Marina Landskrona Marina Lundakrakaje Báltico 2.3 m - 5 m
420
Marina Lindholmen Marina Lindholmen Báltico max. 7.5 m
100
Marina Ljungskile Marina Ljungskile Báltico min. 0 m
300
Marina Lyckans Slip Marina Lyckans Slip Báltico 2 m - 6 m
100
Marina Magnarps Marina Magnarps Báltico max. 1 m
-
Marina Malmön Marina Malmön Báltico 4 m - 10 m 100
Marina Mariefred Marina Mariefred Báltico 2 m - 3 m 367
Marina Mölle Marina Mölle Báltico 1 m - 3.2 m
35
Marina Mollösund Marina Mollösund Báltico max. 4 m 100
Marina Mossholmen Marina Mossholmen Báltico 2.5 m - 6 m
50
Marina Norrtälje Marina Norrtälje Báltico 1 m - 4 m 150
Marina Nynäshamn Marina Nynäshamn Báltico 4 m -10 m
300
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
286
Marina Oskarshamn Marina Oskarshamn Báltico 2 m - 4 m 80
Marina Oxelösund Marina Oxelösund Báltico 1.2 m - 6 m 1500
Marina Rixö Marina Rixö Báltico min. 0 m 50
Marina Saltholmen Marina Saltholmen Báltico max. 2.5m
155
Marina Sandhamn Marina Sandhamn Báltico 3 m - 25 m
200
Marina Sandö - Vallda Marina Sandö Báltico 2 m - 4 m 450
Marina Skärhamn Marina Skärhamn Báltico 3.5 m - 4 m 100
Marina Smögen Marina Smögen Báltico max. 4 m
180
Marina Stenungsbaden Marina
Stenungsbaden
Báltico max. 3.5 m 20
Marina Stocken Marina Stocken Báltico max. 4 m
10
Marina Storö Marina Storö Báltico min. 0 m 10
Marina Strängnäs Marina Strängnäs Báltico 3 m - 4 m 431
Marina Stromstad Marina Stromstad Báltico 2 m - 6 m 80
Marina Styrsö Marina Styrsö Báltico 0.5 m - 2 m 30
Marina Tjörnekalv Marina Tjörnekalv Báltico max.3m 10
Marina Torekov Marina Torekov Báltico 1 m - 3.1 m -
Marina Torslanda Marina Torslanda Báltico max. 2.5 m 385
Marina Uddevalla Marina Uddevalla Báltico 1.5 m - 2.5 m 105
Marina Viken Marina Viken Báltico max. 2.2 m
-
Marina Vindön Marina Vindön Báltico 2 m - 3.5 m 250
Marina Visby
Marina Visby
Báltico 3 m - 6 m 250
Marina Vrångö Marina Vrångö Báltico 3.5 m - 4.5 m 130
Marina Wallhamn Marina Wallhamn Báltico min. 0 m 250
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
287
Lista das Marinas no Reino Unido
Nome da Marina Nome do Porto Localiza
ção
Mar /
Oceano
Nº de
Ancorado
uros
Marina Aberdeen Aberdeen Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Ardfern Ardfern Yacht Centre Escócia Oceano
Atlântico
100
Marina Argyll Holy Loch Marina Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Banff Banff Harbour Escócia Mar do Norte 92
Marina Bangor Bangor Marina País de
Gales
Mar do Norte 560
Marina Bembridge Bembridge Harbou Inglaterra Mar do Norte -
Marina Boddam Boddam Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Bressay Bressay Marina Escócia Mar do Norte -
Marina Brighton Brighton Marina Inglaterra Mar do Norte 1600
Marina Brixham - Devon Brixham Marina Inglaterra Mar do Norte 500
Marina Bucklers Hard Bucklers Hard Inglaterra Mar do Norte -
Marina Burghead Burghead Harbour Escócia Oceano
Atlântico
Marina Burnham Burnham Yacht Harbour Inglaterra Mar do Norte -
Marina Catterline Catterline Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Chichester Chichester Marina Inglaterra Mar do Norte 1100
Marina Chichester,
Birdham Pool
Birdham Pool Marina Inglaterra Mar do Norte 265
Marina Clarence
Gosport
Royal Clarence Marina Inglaterra Mar do Norte 180
Marina Collieston Collieston Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Conwy Conwy Quays Marina País de
Gales
Mar do Norte 500
Marina Cove Cove Harbour Escócia Mar do Norte -
Marina Cruden Bay Port Erroll Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Cullen Cullen Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Dartmouth Darthaven Marina Inglaterra Báltico -
Marina Deganwy Deganwy Quays Marina País de
Gales
Mar do Norte -
Marina Dinorwic Dinorwic Marina País de
Gales
Mar do Norte 125
Marina Dorset Poole Quay Boat Haven Inglaterra Mar do Norte 185
Marina Dover Dover Marina Inglaterra Mar do Norte 407
Marina Edinburgh Port Edgar Escócia Mar do Norte -
Marina Essex Essex Marina Inglaterra Mar do Norte 500
Marina Falmouth Falmouth Harbour Inglaterra Mar do Norte 100
Marina Falmouth Port Pendennis Marina Inglaterra Oceano
Atlântico
80
Marina Falmouth Falmouth Marina Inglaterra Mar do Norte 324
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
288
Cornwall
Marina Findhorn Findhorn Marina Escócia Mar do Norte -
Marina Findochy Findochy Harbour Escócia Oceano
Atlântico
100
Marina Fortrose Chanonry Sailing Club Escócia Mar do Norte -
Marina Fraserburgh Fraserburgh Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Gardenstown Gardenstown Harbour Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Gillingham Kent Gillingham Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Gourdon -
Stonehaven
Gourdon Harbour Escócia Oceano
Atlântico
20
Marina Guernsey Victoria Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Hamble
Hampshire
Hamble Point Marina Inglaterra Mar do Norte 230
Marina Hamble
Hampshire
Port Hamble Marina Inglaterra Mar do Norte 310
Marina Hants Universal Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Hartlepool Hartlepool Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Hythe
Southampton
Hythe Marina Village Inglaterra Mar do Norte 209
Marina Johnshaven Johnshaven Harbou Escócia Oceano
Atlântico
20
Marina Largs Largs Yacht Haven Escócia Mar do Norte 730
Marina London St Katharine Docks Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Lossiemouth Lossiemouth Marina Escócia Mar do Norte 90
Marina Lymington Berthon Lymington Marina Inglaterra Mar do Norte 280
Marina Lymington Lymington Yacht Haven Inglaterra Mar do Norte 500
Marina Macduff Macduff Harbour Escócia Oceano
Atlântico
40
Marina Mevagissey -
Cornwall
Mevagissey Harbour Inglaterra Mar do Norte -
Marina Moray Hopeman Harbour Escócia Oceano
Atlântico
100
Marina Moray Buckie Marina Moray Buckie Escócia Oceano
Atlântico
-
Marina Norfolk / Suffolk Royal Norfolk / Suffolk Yacht
Club
Inglaterra Mar do Norte 100
Marina Northney
Hampshire
Northney Marina Inglaterra Mar do Norte 228
Marina Penarth Penarth Quays Marina Inglaterra Mar do Norte 340
Marina Pennan Pennan Harbour Escócia Mar do Norte -
Marina Peterhead Peterhead Bay Marina Escócia Mar do Norte -
Marina Plymouth Plymouth Yacht Haven Inglaterra Mar do Norte 450
Marina Portgordon Portgordon Harbour Escócia Mar do Norte -
Marina Portknockie Portknockie Harbour Escócia Oceano
Atlântico
45
Marina Portsmouth Gosport Marina - Portsmouth
Harbour
Inglaterra Mar do Norte 500
Marina Portsoy Portsoy Harbour Escócia Oceano
Atlântico
30
Marina Rhu Helensburgh Rhu Marina Escócia Mar do Norte 270
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
289
Marina Rosehearty Rosehearty Harbour Escócia Oceano
Atlântico
20
Marina Sandhaven Sandhaven Harbour Escócia Mar do Norte -
Marina Scarborough Scarborough Harbour Inglaterra Mar do Norte -
Marina Shotley Gate Shotley Marina Inglaterra Mar do Norte 350
Marina Solent -
Hampshire
Port Solent Marina Inglaterra Mar do Norte 500
Marina Southamton Mercury Yacht Harbour Inglaterra Mar do Norte 360
Marina Southsea Southsea Marina Inglaterra Mar do Norte 320
Marina Sovereign
Harbour
Sovereign Harbour Inglaterra Mar do Norte -
Marina Sparkes
Hampshire
Sparkes Marina Inglaterra Mar do Norte 150
Marina Stonehaven Stonehaven Harbour Escócia Oceano
Atlântico
190
Marina Sunderland
Sunderland
Sunderland Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Sussex Littlehampton Marina Inglaterra Mar do Norte 140
Marina Swanwick Swanwick Marina Inglaterra Mar do Norte -
Marina Troon Troon Yacht Haven Escócia Mar do Norte 400
Marina Walton Walton and Frinton Yacht
Club
Inglaterra Mar do Norte 60
Marina West Mersea West Mersea Marine Inglaterra Mar do Norte -
Marina Whitby Whitby Harbour Inglaterra Mar do Norte -
Marina Whitehills Whitehills Marina Escócia Mar do Norte 47
Lista das Principais Entidades, Espanha
Entidade Website
Comunitat Valenciana ww.comunitatvalenciana.com
Asociación Española de Estaciones Náuticas www.estacionesnauticas.info
Federación Valenciana de Estaciones Náuticas
(FVEENN)
(sem website)
Estación Náutica Benicarló-Peñíscola www.enbenicarlopeniscola.com
Estación Náutica Marina Alta www.estacionnauticamarinaalta.org
Estación Náutica Bahía de Altea www.bahiadealtea.org/
Estación Náutica Valencia (sem website)
Instituto Portuario de Estudios y Cooperación de la
Comunidad Valenciana (FEPORTS)
www.feports-cv.org
Asociación Clubes Náuticos Comunitat Valenciana www.acncv.org
Federación de Vela Comunitat Valenciana www.fvcv.es
Federación de Remo Comunitat Valenciana www.fremocv.org
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
290
Federación de Pesca Comunitat Valenciana www.federacionpescacv.com
Federación de Piragüismo de la Comunitat Valenciana www.fepiraguismocv.com
Federación de Actividades Subacuáticas de la
Comunitat Valenciana
www.buceofederado.com
Federación de Motonáutica de la Comunitat
Valenciana
www.federacionvalencianamotonautica.es
Fundación Instituto Tecnológico para el Desarrollo de
las Industrias Marítimas (INNOVAMAR)
www.innovamar.org/
Astilleros Armón, S.A. www.astillerosarmon.com
Astilleros Balenciaga, S.A http://fis.com/balenciaga
Astilleros Canarios, S.A. www.astican.es
Astilleros de Huelva, S.A. www.astihuelva.es
Astilleros de Mallorca, S.A. www.astillerosdemallorca.com
Astilleros de Murueta, S.A. ww.astillerosmurueta.com
Astilleros de Santander, S.A. www.astander.es
Astilleros Gondan, S.A. www.gondan.com
Construcciones Navales P. Freire, S.A. www.freireshipyard.com
Construcciones Navales Del Norte S.L. www.lanaval.es
Factoría Naval de Marín, S.A. www.fnmarin.com
Factorías Vulcano, S.A. www.factoriasvulcano.com/
Hijos de J. Barreras, S.A. www.hjbarreras.es
Metalships& Docks, S.A. www.metalships.com
Naval Gijón, S.A. www.navalgijon.es
Navantia S.A www.navantia.es
Unión Naval Barcelona, S.A www.unbarcelona.com
Unión Naval Valencia, S.A. www.unv.es
Zamakona Shipyards, S.A. www.astilleroszamakona.com
Dirección General de Turespaña www.tourspain.es
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
291
Lista das principais entidades, França
Instituição Website
Instituição Website
Association Nationale des Élus du Littoral www.anel.asso.fr
Association Nationale des Plaisanciers en Eaux Intérieures
(ANPEI)
www.anpei.org
Comité pour le développement des capacités d’accueil de
la plaisance (CODCAP)
-
Direction generale des infrastructures, des transports et de la
mer (DGITM)
www.developpement-durable.gouv.fr
Fédération des industries nautiques (FIN) www.fin.fr
Fédération Française des Ports de Plaisance www.ffports-plaisance.com
Fédération française de voile (FFV) www.ffvoile.org
Fédération française de motonautique www.ffmotonautique.com
Fédération française d’études et de sports sous-marin www.ffessm.fr
Fédération française de surf www.surfingfrance.com
Fédération française de vol libre www.ffvl.fr
Fédération français de canoë-kayak www.ffck.org
Institut Français de la Mer - Littoral www.ifmer.org
Ministério do Desenvolvimento Sustentável www.developpement-durable.gouv.fr
Ministério dos Desportos www.sports.gouv.fr
Méditerranée www.premar-mediterranee.gouv.fr
Atlantique www.premar-atlantique.gouv.fr
Manche/Mer du Nord www.premar-manche.gouv.fr
Réseau National d’Observation du Tourisme Fluvial – RNOTF -
Société nationale de sauvetage en mer www.snsm.org
Lista das Principais Entidades, Croácia
NOME Tipo Contacto E-mail Contacto
Telefónico
AnnaLinea Agência Viagem [email protected] +38551737207
Jauntee Agência Viagem [email protected] -
Association of Croatian Travel
Agencies - UHPA
Associação [email protected] +38512304992
Association of employers in
Croatian hospitality
Associação [email protected] +38514836072
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
292
Association of family and small
hotels
Associação [email protected] +38521317880
Croatian Camping Association Associação info@camping-
croatia.com
+38514855832
Croatian Association of Travel
Agencies
Associação [email protected] +38514561570
Zagreb Tourist Guide
Association
Associação turisticki.vodici.zagreba
@zg.t-com.hr
+38514817022
Union of Croatian Independent
Travel Agents - UNPAH
Associação [email protected] +38514826377
Croatian Meeting Professionals
Association (CMPA)
Associação [email protected] -
ACI Marinas Associação [email protected] +38551271288
Adria Boat Empresa [email protected] +38598748505
Croatia Tours Empresa [email protected] -
Yacht 4 you Empresa [email protected] +38521222300
Croatia Sailing Holidays Empresa info@croatia-
sailingholidays.com
+385989974089
Croatia Sailing Empresa [email protected] +38598479889
Charter Croatia Empresa [email protected]
t
+385957422000
Katarina Line Empresa [email protected] +38551603400
Croatia Airlines Empresa contact@croatiaairline
s.hr
+38516676555
Ministry of Foreign Affairs and
European Integration
Inst.
Governamental
[email protected] +38514569964
Ministry of Tourism Inst.
Governamental
jasna.vanicekfila@mint.
hr
+38516169111
Tourism Department Inst.
Governamental
[email protected] +38514561555
Agency for Investments and
Competitiveness
Inst.
Governamental
[email protected] +38516286800
Croatian Chamber of Economy Inst.
Governamental
[email protected] +38514606708
Ministry of Maritime Affairs,
Transport and Infrastructure
Inst.
Governamental
glasnogovornica@mpp
i.hr
+38516169111
Kvarner Inst.
Governamental
Local
[email protected] +38551272988
Split and Dalmatia County Inst. [email protected] +38521490032
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
293
Tourist Board Governamental
Local
Tourist Board of Split Inst.
Governamental
Local
[email protected] +38521348600
Dubrovnik Tourist Board Inst.
Governamental
Local
[email protected] +38520323887
Tourist board of City of Hvar Inst.
Governamental
Local
[email protected] +38521741059
Zadar Tourist Board Inst.
Governamental
Local
[email protected] +38523212222
Marina Parentium Marina marina.parentium@lag
unaporec.com
+358524522210
ACI Marina Piskera Marina [email protected] +385914700091
Marina Podgora Marina - +38521625222
ACI Marina Pomer Marina [email protected] +385052573162
Marina Porec Marina - +385052451913
ACI Marina Pula Marina [email protected] +38552219142
Marina Punat Marina marina-punat@marina-
punat.hr
+38551654111
ACI Marina Rab Marina [email protected] +38551724023
ACI Marina Rovinj Marina [email protected] +38552813133
Marina Sangulin Marina - +38523385020
ACI Marina Simuni Marina [email protected] +38523697457
ACI Marina Skradin Marina [email protected] +38522771365
ACI Marina Split Marina [email protected] +38521398599
ACI Marina Supetarska Draga Marina m.supdraga@aci-
club.hr
+38651776268
ACI Marina Trogir Marina [email protected] +38521881544
Marina Tucepi Marina dubravka@albatros-
yachtcharter.com
+38521623481
ACI Marina Umag Marina [email protected] +38552741066
Marina Valalta Marina [email protected] +38552811033
Tankerkomerc Marina Veli Iz Marina - +38523277006
Tehnomont Marina Veruda Marina [email protected]
com.hr
+38552224034
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
294
Marina Vitrenjak Marina - +38523331076
ACI Marina Vodice Marina [email protected] +38522443086
ACI Marina Vrboska Marina [email protected] +38521774018
Marina Vrsar Marina [email protected] +38552441052
Tankerkomerc Marina Zadar Marina - +38523204850
Marina Zirona Marina - +38521362722
ACI Marina Zut Marina [email protected] +385227860278
Croatian National Tourist Board Organização
Nacional de
Turismo
[email protected] +38514699333
Anexos – Informação Complementar Croácia
Amarrações permanentes Em trânsito
Embarcações * Número total de
dias que as
embarcações
permaneceram
nos portos
náuticos
durante o mês
Embarcações Número total de
dias que as
embarcações
permaneceram
nos portos
náuticos
durante o mês
2013 - 3 392 837 177 254 355 468
Janeiro 11 201 309 370 133 1 303
Fevereiro 11 078 280 187 255 1 571
Março 11 061 293 107 1 209 3 025
Abril 10 961 282 730 4 939 9 679
Maio 10 958 277 180 15 128 29 425
Junho 10 933 262 016 25 260 49 319
Julho 10 762 257 187 44 280 87 345
Agosto 10 693 251 906 53 396 104 753
Setembro 10 998 265 195 24 648 48 773
Outubro 11 288 294 580 6 916 12 316
Novembro 11 492 302 682 776 5 348
Dezembro 11 605 316 697 314 2 611
* – Situação no último dia de cada mês
Portugal Náutico: Um Mar de Negócios, Uma Maré de Oportunidades
295
Promotores
Entidade Promotora
AEP - Associação Empresarial de Portugal
Av. Dr. António Macedo
4450-617 Leça da Palmeira
Tel: 229 981 500
Fax: 229 981 616
http://www.aeportugal.pt/
Entidade Parceira
Oceano XXI
Polo do Mar, Av. da Liberdade s/n
4450-718 Leça da Palmeira
Tel: 220 120 764
http://www.oceano21.org/
PROMOTOR COFINANCIAMENTOPARCEIRO
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