O rapport, a palavra francesa usada em processos terapêuticos com base na hipnoterapia ericksoniana,
frequentemente tem sido adotada por diversas áreas, inclusive na sedução, o motivo da diversificação de
seu uso se deu devido à importância desta técnica para atingir resultados positivos de liderança durante
uma comunicação.
Para facilitar o entendimento do que é rapport pode-se utilizar a tradução, a palavra quer dizer denunciar,
num sentido de demonstrar, descrever, explicar, relatar, ou seja, a habilidade de estabelecer rapport é útil
para compreender o que se pretende comunicar.
Esta comunicação pode ser realizada em dois níveis, o verbal, normalmente percebido e observado, e
o não verbal, que requer um pouco de prática e observação ativa para perceber tal comunicação. No
nível verbal, o rapport pode ser cultivado, contudo a capacidade de influência aumenta consistentemente
quando ele é cultivado no nível não verbal.
Tal fato se justifica pela formação cerebral, pois o nível não verbal é processado, pr incipalmente no que
os neurocientistas chamam de cérebro mamífero, aquele que controla o cérebro humano (o
neocortex). Assim, utilizando-se de uma comunicação não verbal, o mamífero, é atingido com mais
intensidade, “controlando” o humano. Sendo que as funções destes dois cérebros são relativamente
distintas, o primeiro processa sentimentos/emoções e o segundo integra-as ao conhecimento, dá sentido
às estas.
Pode-se comparar estes dois cérebros à velha separação entre razão e emoção, sendo o cérebro
mamífero responsável pelas emoções e o humano, pela razão, pelo pensamento abstrato. Contudo esta
separação não real quando se compreende como o cérebro funciona, pois não é possível pensar sem
emoções ou ter emoções sem pensar. Ou seja, os humanos não pos suem momento de uso apenas da
razão, ou apenas das emoções, contudo há momentos nos quais há um predomino de ativação de
estruturas cerebrais do cérebro mamífero ou humano.
Quando o rapport é cultivado através de uma comunicação não verbal, o vínculo entre as pessoas se
torna maior quando comparado ao rapport cultivado apenas no nível verbal, ou seja, durante uma
comunicação, deve-se priorizar o modo como se fala, a condução da expressão, e não o que se fala, pois
assim haverá um controle do cérebro mamífero sobre o humano. Ou seja, as sensações, sentimentos irão
predominar sobre a compreensão, o entendimento, o raciocínio.
Tomemos como exemplo o seguinte exercício:
Escute parte da música chamada Silêncio (CLIQUE AQUI), composta por Beethoven, se observe, evite
dar um sentido, um nome para o que sente, ou seja não use o cerebro humano, fique com seus
sentimentos, fique com seu processamento de nível mamífero. As sensações advindas da música
cultivaram um rapport em você. Você foi atingido por sentimentos, preferencialmente sem nomes, se você
conseguiu absorver sensações, sem nom iná-las, sem pensar, o rapport fui bem cultivado, e a música
transmitiu algo para sua memória emocional, foi demonstrado (lembre-se da definição a partir da tradução
da palavra francesa) um sentimento a partir da música.
Utiliza-se o rapport em sessões de terapia, com a finalidade de adquirir a confiança do paciente, resultado
que pode ser atingido nas relações interpessoais no quotidiano também. Livros como Hipnoterapia
Ericksoniana passo a passo, da autora Sofia Bauer, ou Manual de PNL de Joseph O’Connor descrevem
algumas maneiras gerais para cultivar o rapport.
Algumas maneiras simples e eficazes segundo estes autores, e segundo minha experiência são:
Sorrir;
falar utilizando pausas;
fazer perguntas e respondê-las imediatamente;
utilizar metáforas (histórias);
utilizar os membros (pernas e braços) do corpo para acompanhar a fala;
se entusiasmar ao contar algo (sem exageros);
iniciar e finalizar o relato de um fato com mais entusiasmo do que no meio da descrição do mesmo.
Teste tais ações e observe se houve um aumento em questões como:
A facilidade com que as pessoas confidencia-lhe fatos,
As pessoas sentem confortáveis ao seu lado,
As pessoas parecem apreciar sua companhia.
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