UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
William Yutaka Mizushima
QUALIDADE NO SERVIÇO DE PINTURA COM TINTAS
LÁTEX EM REVESTIMENTOS INTERNOS DE
ARGAMASSA: ANÁLISE DE CASOS
Porto Alegre
julho 2013
WILLIAM YUTAKA MIZUSHIMA
QUALIDADE NO SERVIÇO DE PINTURA COM TINTAS
LÁTEX EM REVESTIMENTOS INTERNOS DE
ARGAMASSA: ANÁLISE DE CASOS
Trabalho de Diplomação apresentado ao Departamento de
Engenharia Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para obtenção do
título de Engenheiro Civil
Orientador: Luis Carlos Bonin
Porto Alegre
julho 2013
WILLIAM YUTAKA MIZUSHIMA
QUALIDADE NO SERVIÇO DE PINTURA COM TINTAS
LÁTEX EM REVESTIMENTOS INTERNOS DE
ARGAMASSA: ANÁLISE DE CASOS
Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo Professor Orientador e
pela Coordenadora da disciplina Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II (ENG01040) da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Porto Alegre, 15 de julho de 2013
Prof. Luis Carlos Bonin
Mestre pelo PPGEC/UFRGS
Orientador
Profa. Carin Maria Schmitt
Coordenadora
BANCA EXAMINADORA
Profa. Lucília Maria Silveira Bernardino da Silva (UFRGS)
Mestre em Engenharia pelo PPGEC/UFRGS
Anderson Augusto Müller (UFRGS)
Engenheiro Civil pela UFRGS
Prof. Luis Carlos Bonin (UFRGS)
Mestre em Engenharia pelo PPGEC/UFRGS
Dedico este trabalho a meus pais, Osamu e Christy,
que sempre estiveram ao meu lado e que sempre me
apoiaram durante o período do meu Curso de Graduação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Professor Luis Carlos Bonin por toda a sua dedicação, apoio e paciência durante
a realização deste trabalho.
Agradeço à professora Carin Maria Schmitt pelo constante acompanhamento com importantes
críticas para aprimorar este trabalho.
Agradeço à Eng. Kira Krebs pelo auxílio na realização deste e por estar sempre disponível
para esclarecer dúvidas.
Agradeço ao Eng. Rafael Waldman pelo tempo despendido e por suas sugestões para o
melhoramento deste trabalho.
Agradeço aos meus pais e irmãos pela compreensão, pela paciência e pelo encorajamento
durante todos estes anos de curso.
Pensar é o trabalho mais difícil que existe,
talvez por isso tão poucos se dediquem a ele.
Henry Ford
RESUMO
O presente trabalho consiste em uma comparação, referente à execução da pintura em
revestimentos internos de argamassa, entre o que é recomendado pela bibliografia
especializada e o que é executado pelas empresas construtoras analisadas. Através da revisão
da literatura, foi realizada a apresentação das práticas recomendadas de execução da pintura,
dentre as quais se destacam a aquisição de materiais, a qualidade da mão de obra, o descarte
de resíduos e a gestão. Com base nessas etapas, foi adaptado um check-list de avaliação das
conformidades dos serviços da pintura para que se obtivesse uma ferramenta de verificação da
execução de pinturas em revestimentos internos de argamassa. Concluída a ferramenta e
passada por uma aplicação teste, avaliaram-se duas empresas a fim de realizar um diagnóstico
das mesmas e de identificar possíveis tendências através dessa análise. A partir das respostas
obtidas, foram elaborados gráficos com o intuito de auxiliar na visualização e na identificação
de pontos importantes ou pontos que necessitem de uma maior atenção por parte das
empresas. De maneira geral, a empresa de maior porte obteve resultados relativamente
melhores, porém, em ambos os casos avaliados foram identificados considerável parcela de
itens fora da conformidade.
Palavras-chave: Qualidade na Pintura de Edifícios. Pintura Interna de
Revestimento Argamassado. Tinta Látex PVA.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Diagrama esquemático do delineamento da pesquisa...................................... 17
Figura 2 – Exemplos de formulação de tintas................................................................... 23
Figura 3 – Ferramentas utilizadas para o preparo de superfícies..................................... 27
Figura 4 – Ferramentas e equipamentos utilizados na execução da pintura..................... 28
Figura 5 – Esquemas de pintura para acabamentos internos............................................. 32
Figura 6 – Eflorescência.................................................................................................... 34
Figura 7 – Desagregamento............................................................................................... 34
Figura 8 – Descascamento................................................................................................. 35
Figura 9 – Manchas causadas por pingos de chuva.......................................................... 35
Figura 10 – Bolhas............................................................................................................ 36
Figura 11 – Manchas escuras provenientes de mofo......................................................... 37
Figura 12 – Manchamento amarelado............................................................................... 37
Figura 13 – Fissuras.......................................................................................................... 38
Figura 14 – Trincas........................................................................................................... 38
Figura 15 – Destinação final inadequada de latas de tintas, com resíduo no fundo da
embalagem.......................................................................................................... 43
Figura 16 – Ciclo PDCA................................................................................................... 45
Figura 17 – Reprodução parcial da ferramenta................................................................. 48
Figura 18 – Vista da fachada do edifício .......................................................................... 51
Figura 19 – Local de armazenamento das tintas e almoxarifado ..................................... 51
Figura 20 – Rampa de acesso ao elevador ....................................................................... 52
Figura 21 – Aplicação de massa em superfície molhada ................................................. 53
Figura 22 – Local para o depósito de resíduos gerados pela pintura ............................... 54
Figura 23 – Fachada da obra ............................................................................................ 55
Figura 24 – Almoxarifado ................................................................................................ 56
Figura 25 – Armazenamento dos materiais novos ........................................................... 56
Figura 26 – Reservatório destinado a resíduos líquidos ................................................... 58
Figura 27 – Distribuição das questões entre os níveis hierárquicos de tomada de
decisão ................................................................................................................ 59
Figura 28 – Distribuição dos itens verificados na empresa E1 ........................................ 60
Figura 29 – Distribuição entre níveis de tomada de decisões .......................................... 60
Figura 30 – Distribuição das questões de acordo com cada área ..................................... 61
Figura 31 – Distribuição dos itens verificados na empresa E2 ........................................ 63
Figura 32 – Distribuição entre níveis de tomada de decisões .......................................... 63
Figura 33 – Distribuição das questões de acordo com cada área ..................................... 64
LISTA DE SIGLAS
Abrafati – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas
ATT – Área de Transbordo e Triagem
ISO – International Organization for Standardization – Organização Internacional para
Normalização
PBQP-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat
PDCA – Plan, Do, Check, Act – Planejar, Executar, Verificar, Atuar
PSQ – Programa Setorial da Qualidade
PVA – Polyvinyl acetate – Acetato de polivinila
Qualihab – Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo
Simac – Sistema de Qualificação de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos
LISTA DE SÍMBOLOS
PVC – fração volumétrica percentual do pigmento sobre o volume total de sólidos
(adimensional);
Vp – volume de pigmento (L);
Vv – volume de veículo sólido (L), isto é, volume da resina.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 13
2 DIRETRIZES DA PESQUISA .................................................................................. 15
2.1 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 15
2.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 15
2.2.1 Objetivo Principal ................................................................................................. 15
2.2.2 Objetivos Secundários ........................................................................................... 15
2.3 PRESSUPOSTO......................................................................................................... 16
2.4 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 16
2.5 LIMITAÇÕES ............................................................................................................ 16
2.6 DELINEAMENTO .................................................................................................... 16
3 EXECUÇÃO DE PINTURA COM TINTAS LÁTEX EM REVESTIMENTOS
INTERNOS DE ARGAMASSA ...............................................................................
19
3.1. SISTEMAS DE PINTURAS ..................................................................................... 19
3.1.1 Tipos de fundos ...................................................................................................... 20
3.1.2 Tipos de massas niveladoras ................................................................................. 21
3.1.3 Tinta ........................................................................................................................ 21
3.1.3.1 Tinta látex acrílica ................................................................................................ 25
3.1.3.2 Tinta látex vinílica ou PVA .................................................................................. 25
3.2 EXECUÇÃO DE PINTURA ..................................................................................... 26
3.2.1 Ferramentas e equipamentos utilizados .............................................................. 26
3.2.1.1 Ferramentas utilizadas na preparação do substrato .............................................. 26
3.2.1.2 Ferramentas utilizadas na execução da pintura .................................................... 27
3.2.2 Armazenamento dos produtos .......................................................................... 28
3.2.3 Preparo do substrato ....................................................................................... 29
3.2.3.1 Condições gerais .................................................................................................. 29
3.2.3.2 Procedimentos ...................................................................................................... 30
3.2.4 Execução do sistema de pintura ........................................................................... 31
3.2.5 Defeitos mais comuns na pintura ......................................................................... 33
3.2.5.1 Eflorescência ........................................................................................................ 34
3.2.5.2 Desagregamento ................................................................................................... 34
3.2.5.3 Descascamento ..................................................................................................... 35
3.2.5.4 Manchas causadas por pingos de chuva ............................................................... 35
3.2.5.5 Bolhas ................................................................................................................... 36
3.2.5.6 Manchas escuras provenientes de mofo ............................................................... 36
3.2.5.7 Manchamento amarelado em áreas internas ......................................................... 37
3.2.5.8 Fissuras ................................................................................................................. 37
3.2.5.9 Trincas .................................................................................................................. 38
3.3 MÃO DE OBRA NA PINTURA ............................................................................... 39
3.4 DESCARTE DE RESÍDUOS NA PINTURA ........................................................... 41
4 AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE PINTURAS IMOBILIÁRIAS ..................... 44
4.1 GESTÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS ....................................................... 44
4.2 CONTROLE DE SISTEMAS DE QUALIDADE ..................................................... 45
4.3 FERRAMENTA DE ANÁLISE DO PROCESSO DE PINTURA ............................ 46
4.4 ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO TESTE DA FERRAMENTA ................................ 49
4.5 APLICAÇÃO DA FERRAMENTA .......................................................................... 50
4.5.1 Aplicação do check-list na empresa E1 ............................................................... 50
4.5.2 Aplicação do check-list na empresa E2 ............................................................... 54
4.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................... 59
4.6.1 Análise da empresa E1 .......................................................................................... 59
4.6.2 Análise da empresa E2 .......................................................................................... 62
4.6.3 Observações ......................................................................................................... 65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 67
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 69
APÊNDICE A .................................................................................................................. 71
APÊNDICE B .................................................................................................................. 77
APÊNDICE C .................................................................................................................. 83
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
13
1 INTRODUÇÃO
Segundo Uemoto (2002, p. 9), “As pinturas, por proporcionarem elevada capacidade de
proteção e por seu efeito estético, têm ocupado um lugar cada vez maior como material de
acabamento de superfícies externas e internas de edifícios.”. Isto porque, ainda segundo a
autora, as pinturas, além de representarem a parcela mais visível de uma obra, têm grande
influência no desempenho e durabilidade das edificações, dando também o toque final que
valoriza o empreendimento. A sua aplicação, quando bem executada, proporciona a
manutenção de suas funções essenciais, tais como a proteção e a estética. Tornam-se,
portanto, fundamentais especificações técnicas bem elaboradas e devidamente cumpridas para
os sistemas de pinturas de edificações.
Porém, a pintura não deve ser tratada isoladamente, mas dentro de um conjunto de fatores que
influenciam na qualidade final de uma obra. Isso é ainda mais importante frente à busca pela
qualidade de serviços e produtos que está cada vez mais presente nos dias atuais, em que
empresas enfrentam desafios para se tornarem competitivas e assim permanecerem no
mercado. Por isso, estes últimos anos foram marcados por esforços para inserir na construção
o conceito de qualidade total. Entretanto, a construção possui peculiaridades que dificultam a
inserção das teorias modernas de controle da qualidade. Assim, programas como o PBQP-H
(Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat) foram criados para incentivar
a melhoria da qualidade dos produtos e da prestação de serviços da indústria da construção
civil.
O PBQP-H tem obtido bons resultados, um deles através da instituição do Sistema de
Qualificação de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos (Simac1), criado para
avaliar e monitorar a fabricação de materiais e componentes para a construção civil através de
Programas Setoriais de Qualidade (PSQ). Com mais de duas dezenas de PSQ elaborados,
conseguiu-se, desde a implantação do Simac, reduzir em 30% o percentual médio de não
conformidades dos materiais e componentes da construção civil.
1 Informações detalhadas podem ser acessadas no site <www.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac.php>.
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Criado pela Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), o Programa Setorial
da Qualidade – Tintas Imobiliárias – faz parte do Simac e tem como objetivo garantir um
elevado percentual de conformidade dos produtos dos fabricantes de tintas. No entanto, a
qualidade final da pintura não depende somente desses insumos, pois o processo de execução
também influencia muito o produto final, já que vai desde a preparação do substrato, através
de fundos seladores ou preparadores de paredes, passando pela utilização de massa niveladora
até a aplicação da tinta de acabamento.
Assim, no presente trabalho, foram investigados os procedimentos mais adequados de
execução aplicados à pintura em edificações, criando-se um comparativo entre o executado e
o recomendado como prática de execução. Com a identificação de não conformidades, é
possível colaborar para que sejam propostas e aplicadas medidas corretivas, visando a
melhoria dos procedimentos e do produto final das empresas.
A primeira parte deste trabalho consiste na revisão da bibliografia, a qual trata das tintas
imobiliárias e suas características, dos procedimentos de execução da pintura em ambientes
internos e de temas referentes à mão de obra e descarte de resíduos gerados nos serviços de
pintura. A segunda parte é dedicada à adaptação de uma ferramenta de verificação de
conformidades dos serviços da pintura e à análise dos resultados obtidos por essa ferramenta
através da sua aplicação em empresas construtoras.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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2 DIRETRIZES DA PESQUISA
As diretrizes para desenvolvimento do trabalho são descritas nos próximos itens.
2.1 QUESTÃO DE PESQUISA
A questão de pesquisa do trabalho é: considerando-se as recomendações para a execução de
pintura imobiliária na bibliografia especializada, quais as diferenças que podem ser
identificadas na prática de produção?
2.2 OBJETIVOS DA PESQUISA
Os objetivos da pesquisa estão classificados em principal e secundários e são descritos a
seguir.
2.2.1 Objetivo Principal
O objetivo principal do trabalho é a realização de um diagnóstico dos procedimentos
empregados na execução de pintura em revestimentos internos de argamassa, verificando o
nível de conformidade nas empresas construtoras avaliadas.
2.2.2 Objetivos secundários
Os objetivos secundários do trabalho são:
a) apresentação, considerando-se a bibliografia especializada, das melhores
práticas de execução de pintura em revestimentos internos de argamassa;
b) adaptação de uma ferramenta de medição de conformidades para a avaliação de
empresas construtoras.
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2.3 PRESSUPOSTO
O trabalho tem por pressuposto que as recomendações propostas pela Abrafati e bibliografia
especializada são procedimentos adequados e considerados como boa prática.
2.4 DELIMITAÇÕES
O trabalho delimita-se ao estudo da aplicação de sistemas de pintura sobre reboco interno
recém-executado em um conjunto de empresas construtoras de Porto Alegre.
2.5 LIMITAÇÕES
São limitações do trabalho:
a) o estudo sobre tintas látex, por serem as mais utilizadas para acabamentos nas
edificações;
b) a abordagem da execução de pintura sobre reboco previamente tratado com
massa niveladora vinílica.
2.6 DELINEAMENTO
O trabalho foi realizado através das etapas apresentadas a seguir, também representadas na
figura 1, e são descritas nos próximos parágrafos:
a) pesquisa bibliográfica;
b) descrição dos procedimentos recomendados de execução de pintura interna;
c) adaptação de uma ferramenta de medição de conformidades;
d) aplicação teste e revisão da ferramenta;
e) aplicação da ferramenta em empresas construtoras;
f) análise dos resultados;
g) considerações finais.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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Figura 1 – Diagrama esquemático do delineamento da pesquisa
(fonte: elaborado pelo autor)
Na etapa de pesquisa bibliográfica, foi feito um estudo sobre as tintas imobiliárias e sobre a
execução da pintura para um melhor entendimento do assunto. Para isso, foram utilizadas
normas técnicas, livros, trabalhos acadêmicos e catálogos de fabricantes. A partir deste
estudo, foi realizada a apresentação dos procedimentos de execução de pintura contendo
os métodos recomendados de preparação do substrato e a aplicação da pintura.
Posteriormente, foi realizada a adaptação de uma ferramenta de medição de
conformidades, que consistiu em ajustes de um check-list de verificação da execução de
pintura, elaborado em um trabalho acadêmico anterior por Fusinato (2012), para melhor
adequá-lo aos serviços de execução de pintura em ambientes interiores e aos objetivos deste
trabalho.
Pesquisa bibliográfica
Apresentação dos procedimentos
de execução de pintura
Adaptação de uma ferramenta de
medição de conformidades
Aplicação teste e
revisão da ferramenta
Aplicação da ferramenta em
empresas construtoras
Análise dos resultados
Considerações finais
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Em seguida, foi realizada uma aplicação teste da ferramenta em uma obra de edifício
residencial a fim de avaliar o conteúdo da mesma e propor-lhe melhorias. Após esta etapa, foi
feita a aplicação da ferramenta em obras de algumas empresas construtoras.
A etapa posterior consistiu na análise dos resultados, em que foram avaliados os
procedimentos empregados na execução de pintura, diagnosticando o nível de conformidade
nas empresas construtoras avaliadas. Por fim, foram realizadas as considerações finais com
base nos resultados obtidos no trabalho.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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3 EXECUÇÃO DE PINTURA COM TINTAS LÁTEX EM
REVESTIMENTOS INTERNOS DE ARGAMASSA
No presente capítulo, são apresentados os sistemas de pintura, a execução recomendada, a
qualidade da mão de obra e uma abordagem referente aos resíduos gerados nos serviços a fim
de caracterizar pontos importantes a serem considerados para uma boa execução da pintura.
3.1 SISTEMA DE PINTURA
De acordo com Gehbauer et al. (2002, p. 234):
As pinturas são compostas geralmente por um conjunto de camadas, aplicadas
sucessivamente sobre o reboco. A primeira delas, chamada camada de base ou de
fundo, é aplicada em uma ou mais demãos com o objetivo de preparar o substrato
para a aplicação da camada de cobertura, dando à este maior coesão, aumentando
sua aderência e reduzindo sua capacidade de absorver água. Acima desta camada é
aplicada em uma ou mais demãos a camada final, ou de cobertura, que, além de
proteger as camadas de baixo, confere à superfície as características desejadas como
cor e textura, por exemplo. Este conjunto de camadas pode ser designado também
como sistema de pintura.
Os principais constituintes do sistema de pintura são: o fundo selador ou o fundo preparador
de paredes, a massa niveladora e, por fim, a tinta de acabamento. Cada produto possui uma
função definida (UEMOTO, 2002):
a) fundo: produto destinado à primeira demão ou mais demãos sobre a superfície
com a função de preparar o substrato. É chamado de selador quando aplicado
sobre superfícies de argamassa, e é indicado para reduzir e/ou uniformizar a
absorção do substrato. Quando aplicado sobre superfícies metálicas, é chamado
de primer. Nesse último caso, entram em sua composição pigmentos
anticorrosivos que servem para inibir a corrosão de superfícies metálicas;
b) fundo preparador de paredes: tem como função principal promover a coesão
de partículas soltas do substrato, por isso é especialmente recomendada a sua
aplicação sobre superfícies não muito firmes e sem coesão, como a argamassa
sem resistência mecânica, caiação ou repinturas;
c) massa niveladora: produto pastoso que serve para a correção de
irregularidades da superfície. Este produto deve ser aplicado em camadas
muito finas para evitar o surgimento de reentrâncias ou fissuras;
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d) tinta de acabamento: parte visível do sistema de pintura, sendo este produto o
possuidor das propriedades necessárias para o fim a que se destina.
A seguir, são abordadas as características técnicas dos fundos e das massas niveladoras.
Posteriormente, é apresentado um estudo sobre a tinta, seus componentes, suas características
e os tipos de classificação.
3.1.1 Tipos de fundos
Para cada tipo de tinta a ser aplicada, há um fundo selador correspondente. Na aplicação de
tinta acrílica ou vinílica, usa-se o fundo acrílico ou vinílico, respectivamente. O uso desses
produtos é recomendado para proporcionar, em muitos casos, a economia de tinta, além de
preparar a superfície para a pintura.
Empregando-se sistemas acrílicos, o fundo selador acrílico é o produto que deve ser
utilizado para o preparo da superfície. As características técnicas deste produto são
apresentadas a seguir (UEMOTO, 2002):
a) geralmente são produzidos em cores claras, como a branca;
b) apresenta maior poder de enchimento e cobertura em relação ao fundo
preparador de paredes e maior resistência à alcalinidade e à água em relação ao
fundo com base PVA;
c) em condições normais de temperatura e umidade apresenta secagem rápida,
possibilitando a aplicação da tinta de acabamento ainda no mesmo dia.
Há ainda, entre os produtos acrílicos, o fundo preparador de paredes. Este produto
apresenta maior capacidade de penetração em substratos porosos e maior poder de
aglomeração de partículas, se comparado com os fundos seladores (UEMOTO, 2002).
Já dentre os produtos vinílicos, há o fundo selador vinílico, utilizado para preparar a
superfície. Abaixo, as características técnicas deste produto (UEMOTO, 2002):
a) geralmente são produzidos em cores claras, como a branca;
b) apresenta maior poder de enchimento e cobertura em relação ao fundo
preparador de paredes;
c) em condições normais de temperatura e umidade apresenta secagem rápida,
possibilitando a aplicação da tinta de acabamento ainda no mesmo dia.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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3.1.2 Tipos de massas niveladoras
Da mesma forma que os fundos, a escolha adequada do tipo de massa niveladora a ser
utilizada deve ser observada. Utiliza-se a massa acrílica para aplicações de acabamentos
acrílicos, e suas características são as seguintes (UEMOTO, 2002):
a) possui resistência de aderência, à alcalinidade e à água maior que a massa
vinílica;
b) há maior dificuldade de aplicação e lixamento em relação à massa vinílica;
c) em condições normais de temperatura e umidade apresenta secagem rápida,
possibilitando o lixamento e a aplicação da tinta de acabamento ainda no
mesmo dia.
Para acabamentos vinílicos utiliza-se a massa vinílica (à base de PVA – poliacetato de
vinila), mais conhecida como massa corrida, a qual, em condições normais de temperatura e
umidade, apresenta secagem rápida, possibilitando o lixamento e a aplicação da tinta de
acabamento ainda no mesmo dia (UEMOTO, 2002).
3.1.3 Tinta
A tinta é uma composição química composta por pigmentos dispersos em solução ou emulsão
de polímeros que se torna num revestimento aderente à superfície, quando aplicada em forma
de uma película, com a finalidade de colorir, proteger e embelezar a parede (FAZENDA,
2008). Os componentes básicos da tinta são a resina, o pigmento, o diluente e os aditivos.
A resina é a parte não volátil da tinta, que tem a função de aglomerar as partículas de
pigmentos. A composição da resina tem elevada importância nas propriedades da película, e é
ela que define o tipo de tinta ou revestimento empregado. Propriedades da tinta como dureza,
resistência à abrasão, resistência à álcalis, retenção de cor, brilho, flexibilidade do filme e
adesão são governadas basicamente pela resina (FAZENDA, 2008; UEMOTO, 2002).
Os pigmentos são partículas (pó) sólidas e insolúveis, geralmente com grande finura, sendo
sintéticos ou naturais, as quais dão cor e poder de cobertura à tinta. Na formulação das tintas
látex, o dióxido de titânio é o pigmento de maior importância, pois confere alvura, cobertura e
durabilidade à tinta, através do seu poder de reflexão da luz. Os pigmentos podem ser
classificados em dois grandes grupos: ativos e inertes. Os pigmentos ativos conferem cor e
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poder de cobertura à tinta, enquanto que os inertes (ou cargas) conferem lixabilidade, dureza,
consistência, entre outras características (FAZENDA, 2008; UEMOTO, 2002).
O diluente, também chamado de solvente ou veículo volátil, é um líquido responsável por
dissolver a resina e conferir viscosidade adequada para a aplicação da tinta. Nas tintas à base
de látex, a fase líquida principal é a água, também utilizada na sua diluição (FAZENDA,
2008; UEMOTO, 2002).
Aditivos são substâncias adicionadas em pequenas proporções para modificar as propriedades
da tinta. Os aditivos mais comuns têm a função de estabilizar as emulsões, aumentar a
resistência a fungos e bactérias, aumentar a temperatura de formação de filme, entre outros
(FAZENDA, 2008; UEMOTO, 2002).
De acordo com Uemoto (2002), a composição e formulação destes componentes têm elevada
importância nas propriedades das películas de tinta. O conhecimento dos elementos que
compõe a tinta, assim como as proporções em sua formulação, permite estimar algumas
propriedades da pintura, como a porosidade e a durabilidade. Segundo a mesma autora, o
parâmetro mais utilizado para descrever a composição (formulação) da tinta é a relação entre
pigmento e resina, denominada PVC (Pigment Volume Content). O PVC corresponde à fração
volumétrica percentual do pigmento sobre o volume total de sólidos do filme seco, conforme
fórmula 1:
(fórmula 1)
Onde:
PVC – fração volumétrica percentual do pigmento sobre o volume total de sólidos
(adimensional);
Vp – volume de pigmento (L);
Vv – volume de veículo sólido (L), isto é, volume da resina.
O fator PVC, além de influir na porosidade e permeabilidade do sistema de proteção por
barreira, é responsável por distinguir os acabamentos em brilhante, semibrilho e fosco. As
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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tintas semibrilho possuem PVC baixo enquanto que as tintas foscas possuem PVC elevado
(UEMOTO, 2002).
Segundo Cunha (2011), além do fator PVC, a porcentagem de resina na composição da tinta
também influi no tipo de acabamento (figura 2). Ainda, segundo Polito (2009), tintas mais
foscas, com elevado PVC e baixa porcentagem de resina, possuem menor lavabilidade,
resistência mecânica e resistência às intempéries, ao passo que as tintas mais brilhantes, com
baixo PVC e alta porcentagem de resina, possuem maior lavabilidade e grande resistência
mecânica e resistência às intempéries.
Figura 2 – Exemplos de formulação de tintas
(fonte: POLITO, 2009)
Além de conhecer seus componentes, é importante observar as características técnicas
fundamentais da tinta para que uma devida avaliação possa ser feita com relação à qualidade
do produto. Tais características são descritas a seguir (FAZENDA, 2008):
a) estabilidade: capacidade do produto em manter-se inalterado durante o seu
prazo de validade;
b) cobertura: capacidade do produto em ocultar a cor da superfície sobre a qual foi
aplicada (a diluição afeta esta propriedade, portanto, as recomendações do
fabricante quanto a isso devem ser seguidas);
c) rendimento: área a qual se consegue pintar com um volume de tinta
estabelecido, sendo geralmente expresso em m²/galão/demão;
d) aplicabilidade/pintabilidade: facilidade de aplicação, ou seja, o produto não
deve apresentar dificuldade na sua utilização. Respingamentos e escorrimentos
não devem ocorrer durante a aplicação;
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e) nivelamento/alastramento: propriedade da tinta em formar uma película
uniforme, sem deixar marcas de aplicação;
f) secagem: processo no qual a tinta deixa de ser líquida para tornar-se uma
película sólida. Comparando-se produtos similares, o ideal é aquele que possui
o menor tempo de secagem;
g) lavabilidade: capacidade da tinta em resistir à limpeza com produtos
domésticos, tais como o sabão, detergente, entre outros, permitindo a remoção
de manchas sem afetar a integridade da camada formada pela pintura;
h) durabilidade: capacidade da tinta em resistir às intempéries, tais como o sol ou
a chuva. Quanto maior for o tempo em que a película de tinta conseguir manter
as propriedades de proteção e embelezamento, maior é a sua durabilidade.
Os tipos de tintas imobiliárias atualmente existentes no mercado possuem suas denominações
baseadas na porção líquida de sua composição. As tintas à base de água, utilizadas em
revestimentos de argamassa das edificações, dividem-se em látex PVA e látex acrílicas. A
denominação tinta látex deriva do aspecto das emulsões utilizadas no processo de fabricação,
pois se assemelham às emulsões da seringueira. Sua disseminação é atribuída à facilidade de
aplicação e manuseio, proporcionando ainda diversos tipos de acabamentos.
A NBR 15.079 caracteriza as tintas látex de acordo com os requisitos mínimos de
desempenho. As definições são as seguintes (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011b, p. 1-2):
3.1 [...];
3.2 tinta látex econômica: tinta que corresponde ao menor nível de desempenho de
uma tinta látex, independentemente do tipo de acabamento proporcionado (fosco,
acetinado, semibrilho ou qualquer outra denominação), indicada exclusivamente
para ambiente interior, e que deve atender no mínimo às especificações indicadas
nesta Norma;
3.3 tinta látex standard: tinta látex fosca, indicada para ambiente interior e/ou
exterior, e que deve atender no mínimo às especificações indicadas nesta Norma;
3.4 tinta látex premium: tinta látex fosca, indicada para ambiente interior e/ou
exterior, e que deve atender no mínimo às especificações indicadas nesta Norma;
3.5 tinta látex para “especialidades”: tinta látex que se destina a aplicações
especiais e que, portanto, deve apresentar desempenho adicional relacionado à
sua especificidade. São consideradas especialidades os seguintes produtos: látex
para gesso, látex para azulejo, látex elastomérico, látex lavável e látex para
ambientes críticos à contaminação por fungos. As tintas látex para especialidades
devem atender ao menor nível de desempenho em função da sua aplicação
(interior ou interior/exterior).
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
25
Um dos fatores que influenciam no aspecto do brilho obtido nas pinturas látex é o tipo de
emulsão utilizado na composição da tinta, podendo ser acrílica ou vinílica (CUNHA, 2011). A
seguir, são caracterizados esses tipos de tintas.
3.1.3.1 Tinta látex acrílica
A tinta látex acrílica proporciona um acabamento semibrilho ou fosco aveludado, e sua
aplicação se dá em superfícies internas e externas de alvenaria à base de cimento e cal
(argamassa), concreto, bloco de concreto, gesso e cerâmica não vitrificada (UEMOTO, 2002).
Suas características técnicas são descritas a seguir:
a) fácil aplicação e secagem rápida, possibilitando a aplicação da segunda demão
ainda no mesmo dia (aproximadamente 4 horas de intervalo entre demãos);
b) a resistência de aderência, durabilidade, resistência à água e à alcalinidade são
superiores às das tintas com base de poliacetato de vinila (PVA);
c) a película obtida por esta tinta é menos porosa que a das tintas à base de
poliacetato de vinila (PVA);
d) o acabamento fosco aveludado é indicado para fins decorativos e o acabamento
semibrilho é mais indicado para proteção;
e) em ambientes externos de baixa agressividade, possui vida útil de
aproximadamente cinco anos até a primeira repintura.
3.1.3.2 Tinta látex vinílica ou PVA
A tinta látex vinílica é formulada com base de polímeros vinílicos (poliacetato de vinila ou
PVA), possui acabamento semibrilho ou fosco aveludado e seu uso é recomendado para
superfícies internas e externas de alvenaria à base de cimento e cal (argamassa), concreto,
bloco de concreto, gesso e cerâmica não vitrificada (UEMOTO, 2002). Da mesma forma que
as tintas acrílicas, as tintas vinílicas possuem fácil aplicação e secagem rápida, permitindo a
aplicação da segunda demão ainda no mesmo dia (aproximadamente 4 horas de intervalo
entre demãos), e em ambientes externos de baixa agressividade, possui vida útil de
aproximadamente três anos até a primeira repintura.
Observa-se que os vernizes, os produtos dos sistemas alquídicos e os silicones não foram
mencionados, uma vez que não fazem parte do sistema de pintura em revestimentos internos
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de argamassa. As tintas à base de cimento e cal hidratada também não foram abordadas, pois
seus usos nas edificações são relativamente pequenos.
3.2 EXECUÇÃO DE PINTURA
Conforme Meseguer (1991), os procedimentos de uma operação na construção são elaborados
considerando-se os requisitos que devem seguir, porém, os procedimentos não devem ser
confundidos com a norma. As normas determinam o que se deve obedecer, mas não dizem
como se deve executar para consegui-lo, pois isso é específico de cada empresa. Por isso, os
procedimentos de execução de pintura descritos adiante não são os únicos, mas ajudam a
garantir resultados esperados de qualidade tendo em vista as especificações de normas.
3.2.1 Ferramentas e equipamentos utilizados
São apresentados, a seguir, os materiais utilizados na pintura e a descrição do armazenamento
correto dos produtos.
3.2.1.1 Ferramentas utilizadas na preparação do substrato
As ferramentas utilizadas no preparo das superfícies, ilustrados na figura 3 são (UEMOTO,
2002):
a) espátula: utilizada para remover a tinta e aplicar massas em áreas pequenas;
b) desempenadeira: utilizada para aplicar massa corrida e acrílica, em áreas
extensas;
c) lixa: utilizada para uniformizar a superfície e melhorar a aderência da pintura.
O tipo de lixa deve ser compatível com as características do substrato.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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Figura 3 – Ferramentas utilizadas para o preparo de superfícies
(fonte: UEMOTO, 2002)
3.2.1.2 Ferramentas utilizadas na execução da pintura
As ferramentas e equipamentos utilizados para a execução da pintura, ilustrados na figura 4,
são (UEMOTO, 2002):
a) pincel, trincha ou broxa: utilizados para pintar áreas pequenas e superfícies
irregulares. A aplicação com estas ferramentas é lenta, não garante boa
penetração no substrato e a película obtida é pouco uniforme. Os pincéis
redondos ou ovais são recomendados para pintar superfícies ásperas ou
irregulares, e as trinchas largas e chatas, superfície plana e de grande extensão
com largura não superior a 12,5 cm;
b) rolos de lã de carneiro, de espuma de poliéster, de espuma rígida: utilizados
para pintar superfícies extensas e regulares. O uso do rolo de lã de pêlo baixo
(sintético ou de carneiro) é recomendado para aplicação com tintas látex. Já o
rolo de espuma é indicado para tinta a óleo, esmalte sintético ou vernizes. Para
acabamentos texturizados, utiliza-se o rolo de espuma rígida;
c) revólver ou pistola: o método por pulverização com ar é recomendado para
tintas a óleo, esmaltes ou vernizes. O sistema airless, o qual opera com
pressões mais elevadas que o método anterior, é recomendado para pintar
superfícies extensas, sem janelas e portas, e de difícil acesso, tendo como
principal vantagem a rapidez na sua execução. A principal desvantagem é a
necessidade de proteger os locais que não serão pintados;
d) recipientes para acondicionamento de tintas: os mais utilizados são as
bandejas e as caçambas, que favorecem a transferência da tinta para o pincel ou
rolo;
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e) mexedores: têm o formato de uma régua e são utilizadas para auxiliar na
homogeneização da tinta.
Figura 4 – Ferramentas e equipamentos utilizados na execução da pintura
(fonte: UEMOTO, 2002)
3.2.2 Armazenamento dos produtos
De maneira geral, as tintas devem ser armazenadas em ambientes ventilados, ou conforme o
indicado na embalagem do produto. No caso de obras de grande escala, deve haver um local
próprio para o armazenamento dos produtos (UEMOTO, 2002).
Além disso, no ato do recebimento, as amostras de tinta, entre outros produtos, devem ser
mantidas fechadas e registradas com a data de entrega e o número do lote. Este procedimento
serve para que os produtos sejam utilizados conforme a sequência de entrega, garantindo a sua
validade (UEMOTO, 2002).
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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3.2.3 Preparo do substrato
O substrato é a superfície onde a pintura se fixa. Pode ser a parede, a alvenaria, o reboco, a
porta, entre outros. Conforme Cunha (2011, p. 56):
O desempenho do sistema de pintura influi diretamente com o estado que se
encontra o substrato. Antes de aplicar o material é importante verificar se há
permeabilidade e porosidade excessiva [...], resistência mecânica, resistência a
fissuração, boa aderência e bom estado de acabamento superficial. [...].
Os substratos de argamassa possuem permeabilidade, porosidade e rugosidade
relativamente alta, têm a tendência de abrigar e desenvolver fungos e é um meio
básico e alcalino, sendo incompatível com determinados sistemas de pintura.
Tendo em vista essas características, são descritos a seguir as condições e métodos de preparo
de substratos e também uma descrição dos principais defeitos encontrados na pintura.
3.2.3.1 Condições gerais
Para a obtenção de pinturas que atendam tanto à função protetora quanto à decorativa, é
importante que sejam seguidas as orientações dos fabricantes relativas a seus produtos e aos
sistemas de pinturas. A NBR 13.245 descreve tais orientações (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011c):
a) definir o tipo do substrato;
b) definir o tipo de ambiente no qual será realizada a pintura;
c) pintar à temperatura entre 10ºC e 40ºC e umidade do ar inferior a 90%;
d) aguardar, no mínimo, 30 dias após o término da execução do reboco para que o
mesmo esteja curado;
e) proteger a pintura recém-executada contra a poeira, a água e contatos acidentais
durante o tempo de secagem da tinta.
A identificação do tipo de ambiente auxilia no processo de escolha da tinta. A NBR 13.245
classifica os ambientes em cinco tipos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011c):
a) interno seco: locais sem umidade e incidência de água, com condensação
ocasional e pouco uso das superfícies, como dormitórios, salas de edifícios
residenciais e comerciais;
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b) interno úmido: locais com contato ocasional com a água, possibilidade de
condensação e uso moderado da superfície, como banheiros, cozinhas e
lavanderias;
c) externo não agressivo seco: áreas não industriais, afastadas da orla marítima e
com incidência baixa de chuvas;
d) externo não agressivo úmido: áreas não industriais, afastadas da orla marítima e
com incidência elevada de chuvas;
e) externo agressivo: áreas dentro da orla marítima e/ou com elevada poluição
atmosférica.
Além disso, a identificação das condições do substrato deve ser realizada para que se possa
empregar o método mais adequado para o preparo da superfície. Os procedimentos de preparo
de superfícies conforme os tipos de substratos são descritos no próximo item.
3.2.3.2 Procedimentos
A superfície a ser pintada deve ser adequadamente preparada, a fim de se garantir o
cumprimento satisfatório das funções de pintura. Os métodos para a preparo das superfícies
podem ser de quatro tipos: limpeza da superfície, correção de falhas, tratamentos
superficiais e preparação com acabamento liso.
Na limpeza da superfície, deve ser feita a remoção da sujeira, poeira, eflorescência e
materiais soltos de modo geral através de escovação, raspagem e/ou lavagem com água.
Contaminantes gordurosos, como a graxa e o óleo, devem ser removidos através da lavagem
com sabão e detergente neutros. Em caso de existência de bolor, mofo ou algas,
primeiramente executar a escovação com cerdas mais duras e com auxílio de um pano seco.
Após a escovação, aplicar uma solução de hipoclorito de sódio com 4% de cloro ativo (água
sanitária) e bactericidas diluídas em água na proporção 1:1. A solução é aplicada através de
escovas de cerdas grossas, deixando agir por 1 hora e enxaguando em seguida com água em
abundância (CUNHA, 2011).
A correção de falhas consiste em reparar imperfeições, fissuras, trincas, saliências e
reentrâncias. Imperfeições rasas, de depressões inferiores a 0,5 cm, podem ser reparadas com
o uso de massas niveladoras compatíveis com a tinta de acabamento e com as características
do ambiente. Já as imperfeições profundas, de profundidade superior a 0,5 cm, devem ser
reparadas com material e textura idênticos ao que foi utilizado no substrato. Neste caso, é
necessário aguardar o tempo de cura de 30 dias antes de proceder com a pintura. Caso ocorra
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
31
a infiltração de água, deve-se eliminar a umidade e aguardar a secagem da superfície
(CUNHA, 2011).
Os tratamentos superficiais são voltados para corrigir propriedades como a absorção e
resistência mecânica da superfície. Em superfícies com elevada porosidade (absorção de água
maior que 15%) é recomendada a aplicação prévia de fundos seladores ou a própria tinta de
acabamento, diluída em água ou solvente na proporção de 1:1, enquanto que em superfícies
de baixa resistência mecânica (reboco magro, por exemplo), com pouco cimento, deve-se
aplicar fundo preparador de superfícies diluído conforme indicação do fabricante. A
verificação da resistência mecânica pode ser feita esfregando-se o substrato com a mão ou
colando um pedaço de fita crepe, observando-se em seguida a quantidade de grãos que ficou
aderida na fita (UEMOTO, 2002).
Para a preparação com acabamento liso, deve-se aplicar, sobre a superfície limpa, corrigida
e tratada, sucessivas camadas de massa niveladora com desempenadeira ou espátula até que se
obtenha o nivelamento desejado. O intervalo entre demãos é de aproximadamente 1 hora e,
após a secagem completa da massa, lixar a superfície (CUNHA, 2011).
3.2.4 Execução do sistema de pintura
São apresentados, a seguir, as etapas de manuseio da tinta e seus produtos, os esquemas de
pintura aplicados em superfícies de reboco recém-executados das edificações, e também os
procedimentos de execução de pintura específicos para ambientes interiores previamente
tratados com massa PVA.
Segundo Uemoto (2002), algumas etapas devem ser seguidas antes e durante a aplicação da
tinta. Tais etapas são descritas a seguir:
a) abertura de embalagens: não utilizar tintas com elevada sedimentação,
coagulação, geleificação, separação de pigmentos, empedramento, formação de
pele, odor desagradável ou sinais de corrosão na superfície do produto;
b) homogeneização da tinta: agitar bem os produtos, manual ou mecanicamente,
para a sua adequada homogeneização;
c) diluição: geralmente a diluição é indicada na embalagem para a aplicação com
rolos ou pincéis;
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William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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d) misturas: não misturar produtos de marcas diferentes sem uma consulta prévia
ao fabricante;
e) aplicação com pincel, trincha ou broxa: devem ser mergulhados até a metade do
comprimento das cerdas, aplicando-se pinceladas curtas e procurando depositar
quantidades uniformes do material de modo a formar uma película uniforme;
f) aplicação com rolo: a molhagem do rolo deve ser feita em uma bandeja. Além
disso, a pintura é realizada de cima para baixo, procurando cobrir o maior
comprimento possível.
Quanto aos sistemas de pinturas, a observação da apresentação das linhas de produtos pela
grande maioria dos fabricantes mostra a presença de três categorias de produtos, sendo estes
os fundos, as massas niveladoras e os acabamentos. A adequada combinação desses produtos
é conhecida como esquema de pintura (FAZENDA, 2008).
Existem diversos tipos de combinações que geram diferentes esquemas de pintura. Isso
depende do tipo e características da superfície a pintar, das condições ambientais a que estão
sujeitas as superfícies e também da relação custo/benefício mais favorável. Souza et al. (1996)
classificam os esquemas de pintura sobre reboco novo em acabamento convencional e
convencional liso, para superfícies interiores, e acabamento convencional, convencional liso e
texturizado, para superfícies exteriores. A figura 5 apresenta os esquemas de pintura para
acabamentos internos. Vale ressaltar que, devido às particularidades dos diferentes produtos e
dos fabricantes, estes podem sugerir esquemas de pintura diferentes dos aqui apresentados.
Figura 5 – Esquemas de pintura para acabamentos internos
(fonte: adaptado de SOUZA et al., 1996)
O acabamento convencional liso para interiores consiste na aplicação de pintura sobre a base
preparada e previamente tratada com massa corrida em toda a sua extensão. Fazenda (2008)
descreve os procedimentos para a obtenção desse acabamento:
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
33
a) aplicar massa corrida para interiores, conforme mencionado anteriormente no
item preparo do substrato;
b) aplicar tinta látex PVA. A diluição deve seguir a recomendação do fabricante; a
primeira demão deve ser mais diluída que as demais;
c) a primeira demão pode ser substituída por um fundo selador.
De acordo com Uemoto (2002), a quantidade de material aplicada em cada demão deve ser a
mínima possível e espalhada ao máximo a fim de se obter uma cobertura através de várias
demãos, dentre as quais a última deve propiciar à superfície uma película uniforme, sem
escorrimentos, falhas ou imperfeições. Em caso de falhas de pintura, corrigi-las respeitando-
se o tempo de secagem antes da aplicação da demão subsequente. Além disso, um número
maior de demão é recomendado em superfícies muito porosas, com contornos angulosos ou
com inclinação.
Logo após a pintura, deve-se providenciar a devida proteção contra a poeira e água, ou mesmo
do contato acidental até que ocorra a total secagem. O tempo de secagem não deve ser inferior
àquele recomendado pelo fabricante do produto, visto que o mesmo é influenciado pelas
condições atmosféricas (UEMOTO, 2002).
Caso ocorram escorrimentos e/ou salpicos de tinta em superfícies não destinadas à pintura,
como o piso, devem ser removidos ainda em seu estado fresco, empregando-se pano
umedecido com produto à base de água (UEMOTO, 2002).
3.2.5 Defeitos mais comuns na pintura
Existem diversos fatores que causam problemas na pintura, como má execução durante o
processo de pintura, fatores ambientais e problemas no reboco, entre outros. A correta
preparação do substrato durante o processo de pintura é de fundamental importância, pois
diversos problemas são ocasionados, em sua grande maioria, pela má preparação das
superfícies. De acordo com Fazenda (2008), os defeitos mais comuns em superfícies de
reboco, são: eflorescência, desagregamento, descascamento, manchas causadas por pingos de
chuva, bolhas, manchas escuras provenientes do mofo, manchamento amarelado, fissuras e
trincas, sendo estes dois últimos diretamente relacionados a problemas do reboco, mas que
afetam a pintura. Nos próximos itens, esses problemas serão descritos mais detalhadamente
conforme o mesmo autor.
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3.2.5.1 Eflorescência
Eflorescência são manchas esbranquiçadas que aparecem na superfície pintada. Ocorre
geralmente quando a tinta foi aplicada sobre o reboco úmido (figura 6). Para que isto não
ocorra, recomenda-se aguardar até que o reboco esteja seco e curado.
Figura 6 – Eflorescência
(fonte: FUTURA TINTAS, 2013)
3.2.5.2 Desagregamento
O desagregamento ocorre quando a pintura se esfarela, destacando-se da superfície
juntamente com partes do reboco (figura 7). Recomenda-se aguardar até que o reboco esteja
seco e curado. Deve-se executar também o lixamento e cuidar para que não seja utilizado um
traço fraco na argamassa, pois esses fatores também podem provocar o desagregamento.
Figura 7 – Desagregamento
(fonte: FUTURA TINTAS, 2013)
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
35
3.2.5.3 Descascamento
Descascamento causado por diversos fatores, tais como a pintura sobre caiação sem o devido
preparo da superfície, a má diluição da primeira demão de tinta na superfície de reboco, o
excesso de poeira na superfície, o uso da massa corrida para interiores em superfícies
externas, entre outros (figura 8). Recomenda-se a adequada preparação da superfície, através
da eliminação de partes soltas ou mal aderidas e a aplicação de fundos seladores ou fundos
preparadores de paredes. No caso da incorreta diluição da tinta, a primeira demão deve estar
bem diluída (30% a 50%).
Figura 8 – Descascamento
(fonte: FUTURA TINTAS, 2013)
3.2.5.4 Manchas causadas por pingos de chuva
As manchas causadas por pingos de chuva ocorrem em paredes recém-pintadas que foram
afetadas por pingos isolados (figura 9). Para eliminá-las, deve-se lavar a superfície pintada
com água, sem esfregar, de maneira a molhar a superfície por igual.
Figura 9 – Manchas causadas por pingos de chuva
(fonte: FUTURA TINTAS, 2013)
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3.2.5.5 Bolhas
As bolhas em pintura ocorrem, principalmente, pela presença de umidade no substrato (figura
10). Em paredes externas, geralmente são causadas pelo uso da massa corrida para interiores.
Em paredes internas, podem ocorrer quando a poeira não for eliminada após o lixamento da
massa corrida, ou quando a tinta não foi devidamente diluída. Para prevenir o surgimento
destas bolhas, deve-se encontrar o foco gerador da umidade, se for o caso, e eliminá-lo. Em
geral, deve-se eliminar a poeira após o lixamento da massa corrida e aplicar tinta devidamente
diluída, tomando sempre o cuidado de utilizar o produto adequado a cada tipo de situação e
não utilizar produtos de baixa qualidade.
Figura 10 – Bolhas
(fonte: FUTURA TINTAS, 2013)
3.2.5.6 Manchas escuras provenientes de mofo
São manchas que aparecem normalmente sobre a superfície devido ao ambiente favorável ao
seu surgimento, como por exemplo, ambientes úmidos e mal ventilados (figura 11). Para
combater estas manchas, recomenda-se lavar a área afetada com escova de náilon ou pano e
uma mistura de água sanitária e água potável na proporção de 1:2, deixando agir por
aproximadamente 4 horas. Em seguida, lavar com água a fim de eliminar resíduos de água
sanitária. Deve-se repetir todo o processo até a remoção total do mofo.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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Figura 11 – Manchas escuras provenientes de mofo
(fonte: FUTURA TINTAS, 2013)
3.2.5.7 Manchamento amarelado
São manchas causadas principalmente por gorduras, óleo ou fumaça de cigarro (figura 12).
Para remover estas manchas, recomenda-se lavar a superfície com uma solução de água com
10% de amoníaco ou com detergente à base dessa substância.
Figura 12 – Manchamento amarelado
(fonte: FAZENDA, 2008)
3.2.5.8 Fissuras
As fissuras são trincas estreitas, superficiais e sem continuidade, causadas por diversos
fatores, entre as quais se destacam a falta de hidratação do reboco e a má qualidade da
argamassa fina (figura 13). Para o tratamento de fissuras, recomenda-se raspar/escovar a
superfície, eliminando as partes soltas, a poeira, as manchas de gordura, o sabão ou mofo, e,
em seguida, aplicar fundo preparador para paredes. Uma alternativa é aplicar duas demãos de
tinta elastomérica e aplicar em seguida o acabamento.
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Figura 13 – Fissuras
(fonte: FAZENDA, 2008)
3.2.5.9 Trincas
As trincas, em geral, são decorrentes dos movimentos da estrutura (figura 14). Para tratá-las,
deve-se, primeiramente, identificar a sua origem e, após isso, executar a intervenção de
acordo com o tipo de problema encontrado.
Figura 14 – Trinca
(fonte: FAZENDA, 2008)
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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3.3 MÃO DE OBRA NA PINTURA
De acordo com a NBR 15.927, o pintor de obras imobiliárias é o profissional responsável pela
análise, planejamento e realização de serviços de pintura em edificações, atendendo projetos e
ordens sempre de acordo com os procedimentos de execução, com as normas específicas e
com a segurança do trabalho, meio ambiente e saúde. Estas competências são estabelecidas
pela Norma para que profissionais interessados possam atuar com pintura em obras
imobiliárias. Além de avaliar competências, ela define os requisitos mínimos para o exercício
da profissão e, com isso, objetiva garantir a qualidade dos serviços prestados (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a).
Os perfis desejados de competências do pintor de obras imobiliárias são fundamentais para
que se estabeleça ampla ação de formação do indivíduo que atue ou venha a atuar no setor.
Conforme a NBR 15.927, é importante que o pintor de obras imobiliárias possua as seguintes
unidades de competência (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011a):
a) análise dos serviços;
b) planejamento dos serviços;
c) realização dos serviços.
No que se refere à análise dos serviços de pintura, os seguintes elementos de competência
são definidos pela mesma Norma (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011a):
a) interpretação das necessidades do cliente,
- leitura de plantas baixas arquitetônicas ou elaboração do croqui (desenho);
- identificação das superfícies a serem pintadas;
- identificação das especificações;
- atendimento ao cliente;
b) inspeção da obra a ser pintada,
- verificação dos tipos de substratos;
- verificação da presença de manifestações patológicas nos substratos;
- identificação das condições de trabalho, como segurança, armazenamento e
execução;
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- medição das áreas a serem pintadas.
Os elementos de competência referentes ao planejamento dos serviços de pintura são
apresentados a seguir, conforme NBR 15.927 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011a):
a) definição do serviço a ser executado,
- elaboração de um plano de trabalho;
- especificação de produtos, equipamentos, ferramentas e materiais adequados;
- especificação dos sistemas de pintura;
b) elaboração do cronograma,
- verificação do tempo de aplicação dos produtos;
- definição da equipe de produção e estimativa das horas de trabalho
necessárias;
- utilização de tabelas de referência de produção e produtividade;
- previsão de interferências das condições climáticas e definição das etapas do
serviço;
- consideração das características da obra;
c) orçamento do serviço,
- quantificação dos materiais e demais recursos;
- atribuição de valores aos recursos a serem aplicados;
d) elaboração da proposta de serviço com apresentação:
- do orçamento da mão de obra com ou sem material;
- das condições de pagamento;
- cronograma de trabalho;
- da relação de serviços a serem empregados;
- de justificativa do orçamento com base nos recursos, nos sistemas de pintura
e nas características da obra.
De acordo com a mesma Norma, para a realização dos serviços de pintura em alvenaria, os
elementos de competência são (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2011a):
a) preparação do local a ser pintado,
- organização do ambiente a ser pintado;
- proteção das superfícies e objetos que não serão pintados;
- separação dos equipamentos, ferramentas e materiais a serem utilizados;
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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b) execução da pintura,
- identificação e correção de manifestações patológicas existentes na superfície
a ser pintada;
- limpeza das superfícies com produtos e ferramentas adequados;
- lixamento e remoção do pó de superfícies;
- aplicação de fundo de acordo com o tipo de superfície e recomendações
contidas na embalagem do produto;
- aplicação de massas niveladoras, texturas ou acabamentos de acordo com as
recomendações contidas na embalagem do produto;
- aplicação da tinta de acabamento;
- correção de imperfeições da pintura através de lixamento, remoção de
resíduos e aplicação de recorte e demãos necessárias até o resultado
desejável;
- limpeza dos acessórios, ferramentas e equipamentos de pintura;
- destinação adequada dos resíduos;
- observação das normas de segurança do trabalho, higiene e preservação
ambiental.
3.4 DESCARTE DE RESÍDUOS NA PINTURA
Como todas as demais etapas do processo produtivo da construção civil, a correta
administração da execução de pinturas é fundamental para a minimização dos impactos
ambientais negativos.
Conforme Uemoto et al.2 (2004 apud GUIMARÃES JUNIOR, 2008, p. 40):
[...] as tintas imobiliárias, seus resíduos, e os solventes usados na sua diluição e na
limpeza da aparelhagem utilizada para a sua aplicação, emitem compostos orgânicos
voláteis [...] geralmente constituídos por hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos,
hidrocarbonetos contendo halogênio, cetonas, ésteres, álcoois, os quais apresentam
impacto ambiental que são considerados contaminantes potenciais do meio
ambiente, da qualidade do ar interno de edificações, com baixa renovação de ar e,
além disso, afetam a saúde do trabalhador durante a fase de construção do edifício,
portanto classificados como resíduos perigosos.
A atenção e a competência do gestor de construção civil são de grande importância para a
gestão de pinturas imobiliárias quanto à minimização do impacto ambiental negativo em
2 UEMOTO, K. L.; IKEMATSU, P.; AGOPYAN, V. As tintas imobiliárias e o impacto ambiental: parte II. In:
CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, 1., 2004, São Paulo.
Anais... São Paulo: USP, 2004. Não paginado.
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obras. Conforme a Resolução 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente, secundado
por Guimarães Junior3 (2006 apud GUIMARÃES JUNIOR, 2008), as tintas, os solventes, os
óleos, os materiais de pinturas e outros, considerados resíduos classe D (resíduos perigosos),
devem ser monitorados de acordo com o projeto de gestão de resíduos da obra para que a
destinação final desses produtos esteja em conformidade com a legislação específica
municipal.
Fazenda (2008) determina que os profissionais da construção civil devem evitar ao máximo o
desperdício de materiais. Recomendações em relação a tintas, solventes e materiais como
pincéis, rolos e outros, são descritas a seguir:
a) apenas o volume de tinta necessário deve ser adquirido, calculando-se
corretamente a quantidade a ser utilizada;
b) a tinta deve ser armazenada corretamente durante o trabalho – as latas de tintas
em uso devem estar fechadas para evitar que ressequem ou estraguem;
c) os instrumentos de pintura devem ser conservados adequadamente durante o
trabalho;
d) as sobras de tintas não devem ser guardadas, pois a mesma dura muito pouco
tempo depois da abertura da embalagem. Recomenda-se doá-las ou utilizá-las
imediatamente para outros trabalhos;
e) os instrumentos de pintura devem ser lavados somente no final do dia. Nos
intervalos do trabalho, manter as ferramentas imersas na tinta que está sendo
aplicada, cobrindo-a com saco plástico;
f) as latas não devem ser lavadas. O seu conteúdo deve ser esgotado, escorrido e
raspado (com a tinta ainda úmida);
g) os resíduos de tinta seca devem ser encaminhados a uma ATT (Área de
Transbordo e Triagem) ou a pontos de coleta autorizados pelo órgão público do
meio ambiente;
h) as embalagens devem ser inutilizadas no momento do descarte, a fim de evitar
seu uso para outros fins, e as latas com filme seco não devem ser misturadas ao
lixo convencional ou entulho da obra (figura 15), e sim direcionadas a uma
ATT ou para reciclagem;
i) os solventes utilizados na limpeza dos instrumentos de pintura devem ser
armazenados para a diluição de outras tintas similares. Caso isso não seja
possível, os mesmos devem ser enviados para uma empresa de recuperação ou
de incineração. A fim de evitar a evaporação, as sobras de solventes devem ser
guardadas em recipientes bem fechados.
3
GUIMARÃES JUNIOR, V. A importância da gestão de pinturas imobiliárias como instrumento de
minimização do impacto ambiental negativo na construção civil. In: ENCONTRO NACIONAL DE
TECNOLOGIAS DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 2006, Florianópolis. Anais... Florianópolis: ANTAC,
2006. Não paginado. 1 CD.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
43
Figura 15 – Destinação final inadequada de latas de tintas,
com resíduo no fundo da embalagem
(fonte: GUIMARÃES JUNIOR, 2008)
Estas são apenas algumas recomendações para que os responsáveis das obras civis sejam
vistos pela sociedade como profissionais que cumprem a legislação a qual rege o controle de
resíduos na construção civil, buscando sempre eliminar o desperdício e evitar a contaminação
do meio ambiente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS,
2012).
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4 AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS DE PINTURAS IMOBILIÁRIAS
Neste capítulo é tratada a importância dos sistemas de gestão da qualidade, apresentando um
instrumento adequado para implantação desse sistema assim como uma ferramenta de coleta
de dados para a avaliação dos serviços de pintura.
4.1 GESTÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS
De acordo com Meseguer (1991, p. 12):
A preocupação pela qualidade é uma característica das sociedades avançadas, uma
vez superadas as etapas de subdesenvolvimento nas quais predomina a preocupação
pela quantidade. A cada dia que passa, a qualidade, usada como arma empresarial,
está recebendo mais atenção em todas as indústrias.
Para obtê-la na construção civil, é necessária uma série de procedimentos, tais como o
planejamento e gerenciamento, a organização do canteiro de obras, as condições de higiene e
segurança do trabalho, a correta operacionalização dos processos administrativos em seu
interior, o controle de recebimento e armazenamento de materiais e equipamentos e a
qualidade na execução de cada serviço específico do processo de produção (SOUZA et al.,
1996).
Por isso, segundo Gehbauer et al. (2002), para melhor controlar todos esses procedimentos, as
empresas adotam sistemas de gestão da qualidade que podem ajudar as organizações a
aumentar a satisfação do cliente e melhorar o desempenho global da empresa. Ainda segundo
os mesmos autores, motivadas por ampliar mercados, atender exigências de clientes, cumprir
exigências contratuais ou mesmo acompanhar a concorrência, as empresas buscam a
certificação de seus sistemas de qualidade, mesmo não sendo obrigatória, com o objetivo de
comprovar o cumprimento dos requisitos e padrões de uma norma ou modelo aceito
oficialmente.
Um instrumento adequado para inserir a gestão da qualidade na execução de serviços de
qualquer empresa é o ciclo PDCA (plan, do, check, act), como mostra a figura 16. Além de
contribuir com a padronização de processos, o ciclo PDCA também auxilia no aprimoramento
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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contínuo desses processos, através do estabelecimento de novas metas ou da introdução de
novas tecnologias de processos construtivos (SOUZA et al., 1996).
Figura 16 – Ciclo PDCA
(fonte: SOUZA et al., 1996)
4.2 CONTROLE DE SISTEMAS DE QUALIDADE
As empresas do setor da construção civil, como qualquer organização, têm utilizado as
normas da família ISO 9000 (International Organization for Standardization) para introduzir
e operar com eficiência seus sistemas de gestão da qualidade, pois ela agrega as normas mais
completas sobre Sistemas de Qualidade, não se tratando de especificações de produtos, mas
de normas sistêmicas que estabelecem os elementos do Sistema de Gestão e Garantia da
Qualidade a serem considerados pelas empresas (SOUZA et al., 1995). Uma das normas que
serve de base para a certificação de sistemas é a NBR ISO 9001 (GEHBAUER et al., 2002).
Existem ainda modelos específicos para sistemas de gestão da qualidade da construção civil,
como exemplos o Qualihab (Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de
São Paulo), criado para otimizar a qualidade da habitação popular por meio da parceria com o
meio produtivo, e o PBQP-H, que visa, de um modo geral, organizar o setor da construção
civil através da melhoria da qualidade do habitat e da modernização produtiva (GEHBAUER
et al., 2002).
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Na construção civil, para tornar a empresa mais estável com relação à qualidade das obras que
oferece a seus clientes, é fundamental documentar os procedimentos de execução e inspeção
de cada serviço, pois isso permitirá um adequado treinamento do pessoal e uma futura
certificação do sistema de qualidade da empresa de acordo com as normas ISO 9000. Esses
registros devem ser anotados em formulários específicos, denotando a devida realização do
controle de qualidade. Tais registros permitem a retroalimentação efetiva do sistema da
qualidade e a recomposição do arquivo da qualidade da obra, e ainda possibilitam o
rastreamento caso ocorram patologias construtivas (SOUZA et al., 1996).
4.3 FERRAMENTA DE ANÁLISE DO PROCESSO DE PINTURA
A avaliação por parte da empresa em relação à qualidade dos serviços é fundamental para
identificar os pontos fortes que podem ser aperfeiçoados e os pontos fracos que necessitam ser
corrigidos e melhorados posteriormente (SOUZA et al., 1995). Uma opção para este tipo de
avaliação é a utilização de um check-list, o qual faz parte do ciclo PDCA e serve de suporte
para que, a cada ciclo, a verificação ajude nessa busca contínua pelo aperfeiçoamento.
Com este intuito, Fusinato (2012), em seu trabalho de conclusão de curso, elaborou um check-
list para a análise de conformidades no processo de pintura. Essa ferramenta foi baseada em
perguntas referentes ao processo, desde o contato com o gestor da empresa com o fornecedor
até o produto executado, e funciona como um registro de dados, coletados de forma racional e
não empírica, para que problemas possam ser analisados e solucionados. Na figura 17, é
apresentada parte dessa ferramenta.
Para a elaboração do check-list, levou-se em consideração sua fácil aplicabilidade em campo
e, para isso, foram formuladas perguntas buscando-se obter respostas objetivas, como: (S)
representando a conformidade; (N), a não conformidade; (P) quando está parcialmente
conforme; e (NA) quando a pergunta não se aplica ao caso (FUSINATO, 2012).
De acordo com a bibliografia especializada, foram estabelecidas as etapas do sistema de
pinturas, assim como sua sequência, cada qual representando um grande momento no controle
deste processo. Dentre essas etapas – ou macroetapas – do serviço de pintura, destacam-se a
aquisição, recebimento e armazenamento, preparação e aplicação, divididas linearmente na
estrutura do check-list (FUSINATO, 2012).
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
47
As macroetapas podem ser categorizadas, de um modo genérico, de acordo com os níveis
hierárquicos de tomadas de decisão: estratégico (E), quando envolvem a presidência; tático
(T), quando envolvem os gestores da obra; e operacional (O), quando envolve a mão de obra.
Além disso, esses níveis podem ser classificados em alto, médio e baixo, de acordo com o
grau de tomada de decisão (FUSINATO, 2012).
Há ainda, para ajudar na objetividade e na fácil aplicação em campo do check-list, uma coluna
de considerações, contendo informações complementares em relação à pergunta que auxiliam
na resposta da pessoa entrevistada (FUSINATO, 2012). Ainda segundo o autor, embora a
ferramenta não tenha sido avaliada para o serviço de pintura de revestimentos internos,
verifica-se um potencial para tal.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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4.4 ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO TESTE DA FERRAMENTA
Como ponto de partida, foi utilizado o check-list elaborado por Fusinato (2012), do qual foi
retirado o modelo para a elaboração de uma ferramenta de análise de conformidades voltada à
execução de pintura interna sobre revestimentos de argamassa. Com base na bibliografia
especializada, foram selecionadas e avaliadas, primeiramente, as questões relativas às áreas de
Gestão, Aquisição de Materiais, Mão de Obra e Descarte de Resíduos, visto que constituem
temas em comum tanto para pintura em ambientes internos e externos. Para as áreas de
Execução da Pintura e Segurança, foram mantidas somente as questões relacionadas
exclusivamente à pintura interna, eliminando assim, perguntas referentes ao trabalho em
altura, por exemplo. Em conjunto a estas etapas, realizou-se a adição de novas questões
julgadas importantes, mas que não foram abordadas na elaboração do check-list original.
Após a adaptação, foi realizada uma aplicação teste da ferramenta com o objetivo de avaliar e
aprimorar o novo check-list. A empresa na qual foi feita a aplicação teste é uma construtora de
médio porte, com sede em Porto Alegre, a qual executa obras residenciais e comerciais. Foi
escolhido um edifício residencial de classe média localizado em um bairro da capital, com
treze pavimentos, o qual se encontrava, no momento da entrevista, em fase de acabamento,
mais especificamente, na aplicação da última demão de tinta dentro dos apartamentos.
A aplicação teste possibilitou a identificação de alguns tópicos importantes da pintura que não
constavam nem no check-list original nem no check-list adaptado à pintura interna como, por
exemplo, questões referentes aos cuidados quanto ao tempo de secagem dos produtos da
pintura e às proteções de superfícies adjacentes, os quais consistem em pequenos cuidados
que melhoram a qualidade dos processos da pintura, tornando-as mais eficientes.
Ainda, o aprimoramento das questões da ferramenta foi auxiliado através de sugestões
propostas pelo próprio engenheiro entrevistado, assim como por um dos diretores de uma
empresa fornecedora de serviços de pintura. Foi sugerido, por exemplo, a retirada do item
contido no check-list original tratando do manuseio de um rolo, visto que, além de
praticamente nenhuma empresa verificar este procedimento, presume-se que o profissional de
pinturas contratado já possua este conhecimento básico.
O modelo final da ferramenta pode ser visualizado no apêndice A.
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4.5 APLICAÇÃO DA FERRAMENTA
Após o teste, a ferramenta de verificação dos serviços de pintura foi aplicada em duas obras
localizadas na cidade de Porto Alegre de diferentes empresas construtoras. Uma das empresas
é de pequeno porte, atuando apenas na cidade de Porto Alegre, e a outra, de grande porte, atua
em âmbito nacional. Utilizaram-se as siglas E1 e E2 para nomear a primeira e a segunda
empresa, respectivamente. Foram escolhidas empresas de portes diferentes para se obter
resultados a partir dos quais se pudesse fazer uma comparação relacionada ao desempenho o
qual pode estar relacionado à capacidade de cada uma das empresas.
Para a aplicação do check-list, em ambas as obras foram necessárias não só as respostas por
parte do gestor, como também a verificação in loco e a análise de fotografias. A ferramenta
aplicada nas empresas pode ser visualizada nos apêndices B e C.
4.5.1 Aplicação do check-list na empresa E1
A construtora E1 é uma empresa de administração familiar, que atua no setor privado de obras
de pequeno e médio porte do ramo imobiliário. Tendo sido fundada em 1990, essa empresa
possui sede em Porto Alegre e, atualmente, possui 35 funcionários, entre os quais estão
engenheiros, pedreiros, pintores, entre outros. Por se tratar, segundo o engenheiro da obra, de
uma construtora de pequeno porte, em que não há setor ou pessoal encarregado pela busca da
qualificação da empresa, a mesma não possui qualquer tipo de programas ou certificações de
qualidade.
No momento da aplicação do check-list, acompanhou-se o processo de pintura interna de um
edifício de 16 pavimentos (figura 18) localizado próximo ao centro de Porto Alegre. Nessa
obra, foram analisadas somente superfícies nas quais o revestimento era composto por
argamassa, sendo essas as paredes internas que faziam a periferia dos apartamentos,
excluindo-se, dessa maneira, as divisórias entre os cômodos.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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Figura 18 – Vista da fachada do edifício
(fonte: foto do autor)
Quanto ao armazenamento de materiais, havia o almoxarifado e um local próprio para os
produtos do sistema de pintura. Observou-se que, embora as latas de tintas fossem mantidas
sobre paletes para evitar o contato direto com o chão, o local de estoque era completamente
fechado, impedindo a ventilação necessária para um ambiente fresco e possibilitando o
aparecimento de umidade (figura 19). A mesma situação ocorria no almoxarifado, onde a
única abertura consistia em uma pequena janela, na qual era realizado o controle de entrada e
saída de materiais. Apesar disso, ambos os locais de armazenamento davam para um corredor
onde havia uma rampa (figura 20) pela qual se tinha acesso direto ao elevador do tipo
cremalheira, possibilitando um fácil deslocamento dos materiais pela obra.
Figura 19 – Local de armazenamento das tintas e almoxarifado
(fonte: foto do autor)
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Figura 20 – Rampa de acesso ao elevador
(fonte: foto do autor)
O responsável pela conferência dos materiais no ato do recebimento e pelo controle do fluxo
de materiais e equipamentos era o apontador, que realizava esse trabalho através de planilhas
eletrônicas. Entretanto, a verificação de lotes dos produtos, importante para o controle das
tintas no caso de eventuais problemas, nunca era realizada.
Quanto à execução de pintura nos ambientes internos do edifício, a empresa seguia as
recomendações do fabricante do produto: duas demãos de massa corrida e duas de tinta de
acabamento, no entanto, para uma melhor qualidade, a empresa solicitava também a execução
de mais uma camada de massa corrida. O serviço era executado por três pintores da empresa,
sendo um deles o pintor-chefe, responsável pela inspeção. No entanto, como esta não era
realizada em todas as fases da pintura, eventuais falhas poderiam não ser corrigidas antes da
execução da demão subsequente.
Na etapa de preparo da superfície de reboco, na qual são corrigidas as irregularidades do
revestimento, foram executados, conforme o recomendado, o lixamento com a posterior
remoção de poeira através do uso de uma vassoura de pelos. Além disso, a espera de 30 dias
correspondente ao tempo de cura do reboco foi devidamente cumprida, visto que a pintura
iniciava-se nos primeiros pavimentos somente após a conclusão do reboco do último
pavimento, proporcionando, desse modo, um longo intervalo de tempo.
Finalizada a etapa de preparação da superfície, iniciou-se o processo de aplicação da primeira
demão de massa corrida. No entanto, embora o tempo de espera da cura do reboco fosse
cumprido, não houve um cuidado necessário quanto à umidade do ambiente, uma vez que foi
observada a aplicação de massa corrida em superfície ainda molhada (figura 21). Em seguida,
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
53
após a secagem da massa corrida, foi realizado o lixamento, e o ciclo foi repetido por mais
duas vezes.
Figura 21 – Aplicação de massa em superfície molhada
(fonte: foto do autor)
Por fim, foram aplicadas as demãos de tinta de acabamento: a primeira após o último
lixamento da superfície, e a segunda, somente após todos os serviços de dentro do
apartamento terem sido concluídos, como a colocação de metais e esquadrias. Nessa fase,
para evitar o contato com os respingos da tinta, foi providenciada uma proteção para as
superfícies adjacentes e para o piso, através do uso de lona plástica, todavia, o mesmo não foi
feito em relação às esquadrias. Para garantir o tempo mínimo de secagem dos produtos
aplicados, executava-se, no máximo, uma etapa por dia.
Quanto à mão de obra no processo de pintura, embora a empresa não realize o registro do
procedimento técnico formal dos serviços, estuda-se sua introdução, conforme o engenheiro
da obra. Já a análise e as anotações dos dados e das tarefas referentes à execução dos serviços
de pintura são realizadas pelo engenheiro e pelo estagiário, pois não há um representante
oficial na empresa.
No que diz respeito à segurança nos serviços da pintura, verificou-se que a empresa não
possuía um técnico responsável, mas contrata os serviços de uma empresa especializada que
envia semanalmente um funcionário para a obra. Com relação aos equipamentos de proteção
individual e coletiva (EPI e EPC), os mesmos são disponibilizados pela empresa, porém nem
todos os EPI’s eram utilizados. Na etapa de lixamento da massa corrida, a qual libera grande
quantidade de pó, não foi observada a utilização de máscara e óculos de proteção e, ainda, a
circulação na obra sem capacete, por parte dos pintores, se mostrou corriqueira.
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Para o descarte de resíduos gerados pela pintura, a empresa reservou uma área junto ao local
de armazenamento dos materiais novos para depositar latas já utilizadas e lavadas (figura 22).
Quando inutilizadas, esse material era colocado em baias para o descarte de resíduos
específicos, como é o caso do gesso, e era a própria fornecedora a empresa responsável pela
coleta das embalagens. Entretanto, os resíduos líquidos provenientes da lavagem de
ferramentas não eram recolhidos, mas apenas despejados nos ralos ou no próprio terreno da
obra, estando assim em desacordo com a Resolução 307/2002 do Conama, a qual estabelece
critérios para os resíduos da construção civil, os quais não devem ser depositados junto ao
lixo doméstico, em áreas de aterros, rios, entre outros.
Em relação à redução do desperdício de material na obra, verificou-se que a empresa não
realizava o cálculo das áreas a serem pintadas e do rendimento dos produtos, nem controlava
o consumo do material utilizado, pois a elaboração do pedido de materiais ficava sob a
responsabilidade do pintor chefe, já que (em função dos anos de trabalho) a confiança em
relação à empresa já estava estabelecida.
Figura 22 – Local para o depósito de resíduos gerados pela pintura
(fonte: foto do autor)
4.5.2 Aplicação do check-list na empresa E2
A empresa E2 destaca-se por ser uma incorporadora imobiliária de grande porte, atuando no
mercado de construção há mais de cinquenta anos, com mais de 180 canteiros de obra em
andamento em todo o país, e empregando mais de 10.300 colaboradores diretos4. A obra
escolhida para avaliação foi um edifício comercial de 16 pavimentos localizado na zona sul de
Porto Alegre, o qual se encontrava na fase de acabamento. Nessa fase estavam trabalhando,
4 Dados correspondentes à data de aplicação do check-list.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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aproximadamente, 35 empregados diretos e 80 terceirizados, sendo a pintura enquadrada no
segundo caso. As superfícies analisadas foram apenas as paredes internas que fazem divisa
com o exterior e as que fazem divisa entre alguns cômodos, por possuírem revestimento de
argamassa. A vista da fachada da obra pode ser visualizada na figura 23.
Figura 23 – Fachada da obra
(fonte: foto do autor)
O sistema de gestão e serviços dessa empresa inclui programas de qualidade como o PBQP-H
e certificações da família NBR ISO 9001, fundamentais, pois auxiliam na potencialização de
inúmeros processos dentro da organização proporcionando à empresa benefícios tanto
qualitativos quanto quantitativos. Além disso, seu sistema geral é estruturado em diversos
módulos administrativos, como o setor de projetos e suprimentos, onde se especifica todo tipo
de material a ser utilizado para a execução da pintura.
Com relação à aquisição de materiais, o setor de suprimentos da empresa encarrega-se tanto
da qualificação de fornecedores quanto da contratação dos mesmos. A quantidade de material
e sua especificação já vêm em projeto, ficando a cargo da obra apenas a verificação no ato do
recebimento e o controle de estoque dos materiais. Essa verificação é realizada pelo
apontador, no almoxarifado, no momento da entrega dos materiais através de planilhas e
documentos eletrônicos para analisar se há compatibilidade com o pedido realizado.
Os materiais de maior valor são armazenados no almoxarifado, com espaço de dois
contêineres, e possui organização adequada e ambiente arejado com fácil acesso (figura 24).
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Figura 24 – Almoxarifado
(fonte: foto do autor)
Entretanto, materiais de grande volume e quantidade, como as argamassas e as tintas, eram
estocados individualmente em pequenas salas com apenas uma abertura, a porta de acesso,
possibilitando, dessa forma, o surgimento de umidade e mofo, pois não havia ventilação nem
ambiente fresco, já que nem o ambiente externo a essa sala recebia luz ou ventilação. No local
destinado ao armazenamento das tintas, observou-se que o estoque dos sacos não era
adequado, pois é recomendado pelo fornecedor que a quantidade máxima de sacos estocados
não ultrapasse 50 unidades dentro das caixas de armazenamento disponibilizadas. Como a
quantidade foi excedida, houve vazamento de alguns produtos, como mostra a figura 25.
Figura 25 – Armazenamento dos materiais novos
(fonte: foto do autor)
O controle do fluxo de materiais era feito através de planilhas anexadas à entrada dos locais
de armazenamento, e era o pintor chefe o responsável por anotar a quantidade retirada dos
produtos estocados. No caso dos equipamentos, como rolos e pincéis, o controle desses era
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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feito pelo apontador, no almoxarifado. Este procedimento garantia a existência de um estoque
mínimo dos materiais, os quais eram solicitados através de pedidos de médio prazo, pelo
técnico da obra ou pelo pintor chefe.
Quanto à execução da pintura, a mesma era executada de acordo com o método descrito no
projeto: duas demãos de massa corrida e posteriormente duas de tinta látex PVA. A ordem de
aplicação nos pavimentos seguia de cima para baixo, isto é, oposto ao procedimento da
execução do reboco. Por esse motivo, constatou-se que a espera da cura do reboco, definido
em 30 dias pela Norma, não era respeitada em alguns momentos, visto que não havia ninguém
responsável por analisar o item, além de o próprio engenheiro da obra afirmar tal deficiência.
As etapas, quando executadas, eram acompanhadas pelo técnico de edificações o qual
registrava em sua ficha de verificação da pintura o andamento e a qualidade dos serviços em
execução. Caso alguma etapa estivesse em desacordo com o exigido pela construtora, cabia ao
técnico solicitar ao pintor chefe a verificação e a correta intervenção no processo. Ao final da
execução da última demão de tinta era feita a inspeção por parte do pintor chefe e do técnico
de edificações. Concluída e aprovada essa etapa, ambos, juntamente com o engenheiro da
obra, registravam em planilhas a conclusão da pintura, finalizando, desta maneira, os serviços
ali executados.
Em relação à mão de obra contratada, a empresa não realiza o registro do procedimento
técnico de cada serviço nem avalia a qualidade da mão de obra segundo critérios da NBR
15.927/2011, direcionada ao profissional de pinturas. Para esse último caso, a construtora não
realiza essa avaliação devido à mão de obra ser terceirizada e, por isso, ser de incumbência da
empresa contratada avaliar a qualidade de seus funcionários. O único registro executado em
obra são os dados e tarefas referentes ao serviço de pintura, fundamental, pois contribui para
um bom aproveitamento e gerenciamento da mão de obra, bem como da produção, por meio
de incentivos e orientações aos funcionários.
Quanto à segurança no serviço de pintura, a empresa possuía um técnico responsável pela
segurança da obra trabalhando em tempo integral. Sua função, entre outras, era verificar e
garantir a existência de todo EPC necessário e disponibilizar o EPI ao pintor que não estivesse
utilizando, apesar de isso estar a cargo da empresa contratada pelos serviços de pintura.
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Observou-se, entretanto, que todos os EPI’s necessários para a execução da pintura, como
luvas, máscara e óculos de proteção, foram disponibilizados pela empresa contratada.
Finalmente, em relação ao descarte de resíduos, embora a empresa procurasse reduzir o
desperdício de produtos e materiais gerados na execução da pintura, incluindo no projeto de
sua execução a quantidade de baldes e sacos de tintas a serem comprados, e ainda indicando
qual o consumo médio para cada ambiente a ser pintado, o armazenamento dos produtos não
era adequado, causando o desperdício dos produtos através dos vazamentos dos sacos.
No que se refere ao gerenciamento dos resíduos, verificou-se que a empresa separava os
materiais descartados através do uso de baias para que, posteriormente, fossem coletados por
uma empresa autorizada. No caso das tintas, os baldes e sacos eram estocados em uma área
vizinha ao local de armazenamento dos materiais novos e encaminhados para o fornecedor
desses materiais. Porém, resíduos líquidos da pintura provenientes da lavagem das
ferramentas não eram recolhidos, apesar de a obra possuir um reservatório para tal finalidade
(figura 26). O motivo se deve aos trâmites burocráticos que envolvem o cadastramento da
empresa contratada para recolher tais resíduos.
Figura 26 – Reservatório destinado a resíduos líquidos
(fonte: foto do autor)
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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4.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS
A aplicação do check-list possibilitou analisar as respostas nos diferentes tópicos. Observando
a distribuição dos níveis hierárquicos de tomada de decisões, pode-se notar um maior
destaque para o nível tático, envolvendo mais da metade das questões contidas no check-list,
composto por 28 questões (figura 27), demonstrando a influência do gestor de obras nos
serviços de pintura, embora os níveis estratégico e operacional também estejam fortemente
envolvidos. Os próximos itens apesentam uma análise individual mais aprofundada sobre as
empresas estudadas.
Figura 27 – Distribuição das questões entre os níveis hierárquicos de tomada de
decisão
(fonte: elaborado pelo autor)
4.6.1 Análise da empresa E1
A figura 28 ilustra a divisão dos resultados obtidos através da aplicação do check-list. Com
exceção da resposta não se aplica, com a qual nenhuma pergunta foi respondida, observa-se a
distribuição de um terço para cada tipo de resposta (figura 28), dado que todas as questões
foram devidamente respondidas, de um total de 27 perguntas.
21%
53%
26% Estratégico
Tático
Operacional
__________________________________________________________________________________________
William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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Figura 28 – Distribuição dos itens verificados na empresa E1
(fonte: elaborado pelo autor)
Como mostra a figura 29, itens não conformes e parcialmente conformes ocorrem em todos os
níveis de tomada de decisões e, ainda, expõe que, para cada um dos níveis hierárquicos, a
parcela correspondente à conformidade não chega nem à metade, demostrando a necessidade
de melhorias, com ênfase no nível estratégico, com apenas 14% dos itens representando a
conformidade.
Figura 29 – Distribuição entre níveis de tomada de decisões
(fonte: elaborado pelo autor)
A figura 30 ilustra os resultados segundo a distribuição dos tópicos que abordam a ferramenta
de conformidades possibilitando, desta forma, uma análise mais detalhada.
33%
33%
33% SIM
NÃO
PARCIAL
NÃO SE APLICA
14%
43%
43%
Estratégico
28%
39%
33%
Tático
45%
22%
33%
Operacional
S
N
P
NA
__________________________________________________________________________________________
Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
61
Figura 30 – Distribuição das questões de acordo com cada área
(fonte: elaborado pelo autor)
Pelo fato de a empresa ser de pequeno porte e possuir administração familiar, não há ainda a
preocupação pela busca de certificações e programas de qualidade, conforme explicou o
engenheiro da obra. Surgem, dessa maneira, algumas necessidades de melhoria na gestão da
empresa, pois foram apresentadas muitas irregularidades pela falta desses programas, os
quais conferem à construtora maior organização e produtividade. Ainda, verificou-se a
parcialidade no item que diz respeito ao diagnóstico da empresa em relação à sua gestão, já
que a mesma é executada, porém, com rara frequência.
No tópico aquisição de materiais e equipamentos, verifica-se que as questões referentes a
este item são os que obtiveram maior porcentagem de conformidades em relação a outras
áreas, entretanto, alguns procedimentos devem ser melhorados. O pedido de insumos a curto
prazo, assim como a ausência de um método de cálculo dos produtos consumidos, podem
ocasionar a falta de materiais na obra. Além disso, deve-se aperfeiçoar a forma com que a
0%
33%
67%
0%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
1. Gestão e serviços no sistema da empresa
0%
0%
25%
75%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
2. Aquisição dos materiais e equipamentos
0%
57%
14%
29%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
3. Execução do serviço de pintura
0%
50%
50%
0%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
4. Mão de obra no processo de pintura
0%
0%
50%
50%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
5. Segurança referente ao serviço de pintura
0%
67%
33%
0%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
6. Descarte dos resíduos gerados pelo seviço de pintura
__________________________________________________________________________________________
William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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empresa armazena seus materiais a fim e garantir um ambiente adequado para o estoque dos
mesmos.
Na fase de execução da pintura, nota-se que algumas etapas do serviço da pintura não são
corretamente executadas. Por um lado, por não haver um funcionário responsável na obra pela
inspeção dos serviços, pois a empresa designa apenas o estagiário para realizar vistorias
somente ao final do processo de execução da pintura, fazendo com que erros possam passar
despercebidos sem serem devidamente corrigidos. Por outro, deve-se à falta de critérios para
avaliar a qualidade da mão de obra, visto que o sistema de avaliação da empresa para a
contratação de novos pintores se resume à avaliação feita pelo pintor chefe, o qual submete o
candidato apenas a um dia de trabalho, como foi observado no dia da aplicação do check-list.
Esse método impossibilita qualquer tipo de avaliação segundo critérios da NBR 15.079/2011,
a qual estabelece qual perfil de competências deve ter o pintor de obras imobiliárias.
A respeito da segurança referente ao serviço de pintura, a empresa deveria designar um
funcionário responsável para verificar a necessidade de EPC’s e fiscalizar o uso de EPI’s por
parte dos trabalhadores da obra, pois a vistoria semanal de um funcionário da empresa de
segurança contratada pode, em alguns momentos, ser insuficiente.
Quanto ao descarte de resíduos gerados pela pintura, um maior cuidado deveria ser
tomado. As latas de tintas, embora estocadas e separadas corretamente, não devem ser
reutilizadas para qualquer fim. A introdução de diferentes produtos no recipiente
reaproveitado pode comprometer a qualidade do mesmo. Além disso, durante a lavagem, os
resíduos líquidos deveriam ser armazenados e, posteriormente, encaminhados aos postos de
coleta autorizados, assim como era feito para outros resíduos gerados dentro do canteiro de
obras.
4.6.2 Análise da empresa E2
Através da avaliação da empresa E2, obteve-se a distribuição dos itens analisados conforme
ilustra a figura 31. Com 59% das questões em conformidade, nota-se que devem ser impostas
melhorias em 37% dos itens, e apenas 4% não se aplicava ao caso estudado.
__________________________________________________________________________________________
Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
63
Figura 31 – Distribuição dos itens verificados na empresa E2
(fonte: elaborado pelo autor)
Os itens em conformidade são maioria para todos os níveis de decisão, demonstrando o
comprometimento maior por parte da empresa, no entanto, também constata a necessidade de
melhorias em todos os níveis por apresentarem alto grau de itens não conformes e
parcialmente conformes, como observado na figura 32.
Figura 32 – Distribuição entre níveis de tomada de decisões
(fonte: elaborado pelo autor)
Uma análise mais detalhada dos resultados obtidos pode ser visualizada na figura 33, a qual
ilustra a distribuição das questões de acordo com cada área analisada pelo check-list.
59% 18%
19%
4%
SIM
NÃO
PARCIAL
NÃO SE APLICA
57%
14%
29%
Estratégico
61% 17%
17%
5%
Tático
56% 22%
22%
Operacional
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Figura 33 – Distribuição das questões de acordo com cada área
(fonte: elaborado pelo autor)
A conformidade verificada na gestão da empresa se deve, principalmente, ao fato da mesma
se tratar de uma incorporadora de grande porte em que a ausência de programas de gestão e
qualidade impediria o controle mais eficiente dos processos e crescimento da empresa. Ainda,
os métodos de inspeção e execução impostos pela empresa facilita a administração do canteiro
de obras, o que possibilita uma melhor verificação dos materiais e equipamentos
adquiridos e da execução dos serviços de pintura, ambos auxiliados por profissionais
designados para cada função. Contudo, para uma melhora dos procedimentos verificados,
alguns cuidados não devem ser negligenciados. O local de armazenamento de novos insumos
deve ser bem planejado, bem como os cuidados durante a execução e como o tempo de espera
para secagem de produtos e manuseio de materiais, pois falhas desse tipo, aparentemente
mínimas, podem comprometer todo o processo.
Na análise da mão de obra no processo de pintura, constatou-se somente uma não
conformidade: a falta de um registro do procedimento técnico do serviço de pintura. A
0%
0%
0%
100%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
1. Gestão e serviços no sistema da empesa
0%
13%
25%
63%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
2. Aquisição dos materiais/equipamentos
0%
14%
29%
57%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
3. Execução do serviço de pintura
25%
0%
25%
50%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
4. Mão de obra no processo de pintura
0%
0%
0%
100%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
5. Segurança referente ao serviço de pintura
0%
100%
0%
0%
NÃO SE APLICA
PARCIAL
NÃO
SIM
6. Descarte dos resíduos gerados pelo seviço de pintura
__________________________________________________________________________________________
Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
65
importância deste registro se deve ao fato de que o mesmo possibilita maior domínio
tecnológico e menos oscilações da mão de obra, como por exemplo, a execução por parte do
empreiteiro, o qual executou o serviço sem possuir o devido conhecimento da prática
executada conforme padrão da produção imposto pela empresa. Treinamentos futuros do
pessoal através da forma de como é executado o serviço também se tornam possíveis.
Em relação à segurança referente ao serviço de pintura, a empresa mostrou-se eficiente em
disponibilizar equipamentos de segurança e fiscalizar o seu uso, devido, em parte, à
disponibilização de um técnico responsável presente todos os dias no canteiro de obras. Pode-
se recomendar, entretanto, a limpeza em alguns locais da obra onde restos de materiais eram
depositados, pois um canteiro bem organizado propicia a otimização das atividades, além da
diminuição da possibilidade de acidentes.
Quanto ao descarte de resíduos gerados pelo serviço de pintura, a empresa deveria estudar
melhor a contratação de empresas coletoras de resíduos, visto que o problema verificado no
canteiro se origina a partir desse ponto. Em decorrência disso, reservatórios destinados a
armazenar resíduos líquidos encontram-se fora de uso. Além disso, dever-se-ia ensinar a
lavagem ao final do dia dos equipamentos utilizados e, ainda, dar maior atenção ao
empilhamento máximo dos baldes e sacos de tintas a fim de reduzir o desperdício em função
das perdas por vazamento de produtos.
4.6.3 Observações
Através das análises das duas empresas, pôde-se notar um melhor desempenho por parte da
empresa E2, em especial, na área correspondente à gestão dos serviços. Isto pode ser atribuído
ao fato de a empresa E2, em vista de seu maior porte, ter recursos financeiros e humanos os
quais a empresa E1 não possui.
Observa-se, nas duas empresas, que há mais cuidados nos processos que afetam diretamente a
pintura, embora haja algumas falhas na inspeção, principalmente na empresa E1. Em ambos
os casos, houve uma falta de cuidado quanto ao armazenamento dos produtos e quanto ao
descarte de resíduos, isto é, em relação ao processo inicial e final do serviço de pintura.
Quanto ao primeiro processo, é possível que haja um comprometimento no produto final, no
entanto, ambos os processos prejudicam o serviço como um todo.
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William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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A falta de inspeção observada nas análises é um dos fatores que causam grande número de
falhas na fase de execução das etapas da pintura, prejudicando o produto final. Pode-se citar,
como exemplo dessa situação, a ausência de um representante responsável por controlar as
etapas de execução da pintura na empresa E1, o que acarreta em problemas decorrentes da
falta de inspeção dos serviços.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
67
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A qualidade final de uma obra depende do bom procedimento de todas as suas etapas, as quais
funcionam como um sistema na qual se insere também a pintura. Embora o mercado brasileiro
disponibilize tintas de alta qualidade que passam por um controle rigoroso, os problemas que
ainda se encontram em relação à qualidade da pintura são, na maioria, oriundos do processo
de execução. Por isso, é necessário que haja uma boa especificação, execução e controle
desses processos, os quais contribuem para uma melhor qualidade do produto final, pois a
falta da inspeção/fiscalização dos estágios da pintura é geralmente o fator que aumenta a
possibilidade de falhas, comprometendo todo o sistema.
Isso foi confirmado através do diagnóstico realizado neste trabalho, obtido pela ferramenta de
verificação do processo de pintura, através da qual foram observadas não conformidades
relacionadas, principalmente, à inspeção. Ressalta-se que não houve plena conformidade na
área referente ao descarte de resíduos em ambas as empresas avaliadas. Apesar de buscarem
um melhor aproveitamento dos produtos, procurando cada vez mais a economia e a correta
gestão de resíduos gerados, as empresas ainda precisam evoluir neste quesito visto que,
atualmente, a questão ambiental está cada vez mais presente e sua influência tende a crescer,
em especial dentro da indústria da construção civil, a qual causa grandes impactos ao meio
ambiente.
Quanto à ferramenta, apesar de esta não ter sido submetida a nenhum tipo de validação – já
que a mesma não passou por avaliações por parte de especialistas da área – ela auxilia no
diagnóstico dos procedimentos referentes ao sistema de pintura por ter sido elaborada a partir
de uma bibliografia especializada, ajudando a identificar alguns pontos importantes que
devem ser melhorados ou que merecem uma maior atenção por parte das empresas.
Para a elaboração deste trabalho, a falta de bibliografia foi a principal causa das dificuldades,
pois embora se tenha bastante assunto sobre a tecnologia das tintas, há pouca literatura a
respeito, por exemplo, da execução ou inspeção dos serviços de pintura. Apesar disso, o
objetivo deste trabalho foi cumprido, uma vez que se obteve um diagnóstico dos
procedimentos empregados em mais de uma empresa para a verificação de conformidades,
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William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
68
assim como a adequação de uma ferramenta de análise de conformidades do serviço de
pintura sobre revestimentos internos de argamassa.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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REFERÊNCIAS
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pessoas no processo construtivo de edificações – perfil profissional do pintor de obras
imobiliárias. Rio de Janeiro, 2011a.
_____. NBR 15079: tintas para construção civil – especificação dos requisitos mínimos de
desempenho de tintas para edificações não industriais – tinta látex nas cores claras. Rio de
Janeiro, 2011b.
_____. NBR 13245: tintas para construção civil – execução de pinturas em edificações não
industriais – preparação de superfície. Rio de Janeiro, 2011c.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS. Cuidar dos resíduos do
canteiro de obras não é só uma obrigação legal. Disponível em:
<http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/revista_abrafati/folheto%20residuos.
pdf>. Acesso em: 10 dez. 2012.
CUNHA, A. O. O estudo da tinta/textura como revestimento externo em substrato de
argamassa. 2011. 129 f. Dissertação (Especialização em Construção Civil) – Departamento
de Engenharia de Materiais e Construção, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2011. Disponível em: <http://www.cecc.eng.ufmg.br/trabalhos/pg2/71.pdf>.
Acesso em: 10 dez. 2012.
FAZENDA, J. M. R. Tintas imobiliárias de qualidade: o livro de rótulos da Abrafati. 1. ed.
São Paulo: Blucher, 2008.
FUSINATO, P. H. F. Sistema de gestão da qualidade aplicado à execução de pinturas:
diagnóstico em empresa do subsetor edificações no Rio Grande do Sul. 2012. 95 f. Trabalho
de Diplomação (Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
FUTURA TINTAS. Preparação de superfícies. Disponível em:
<http://www.futuratintas.com.br/categoria/dicas-uteis/preparacao-de-superficies/>. Acesso
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GEHBAUER, F.; EGGENSPERGER, M.; ALBERTI, M. E.; NEWTON, S. A. Planejamento
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Cefet-PR, 2002.
GUIMARÃES JUNIOR, V. A gestão de resíduos de materiais de pinturas em canteiro de
obras da construção civil. 2008. 91 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental
Urbana) – Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2008.
MESEGUER, A. G. Controle e garantia da qualidade na construção. São Paulo:
Sinduscon-SP, 1991.
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POLITO, G. Sistemas de pintura na construção civil. In: CONGRESSO DE MATERIAIS,
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SOUZA, R. de; MEKBEKIAN, G.; SILVA, M. A. C.; LEITÃO, A. C. M. T.; SANTOS, M.
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UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. 1. ed. São Paulo: O Nome da
Rosa, 2002.
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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APÊNDICE A – Modelo final da ferramenta de verificação de
conformidades dos serviços de pintura interna com base no check-list
elaborado por Fusinato
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
77
APÊNDICE B – Ferramenta de análise de conformidades aplicada na
empresa E1
__________________________________________________________________________________________
William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
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William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
83
APÊNDICE C – Ferramenta de análise de conformidades aplicada na
empresa E2
__________________________________________________________________________________________
William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
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William Yutaka Mizushima. Porto Alegre: DECIV/EE/UFRGS, 2013
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Qualidade no serviço de pintura com tintas látex em revestimentos internos de argamassa:
análise de casos
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