A importância da relação de vinculação nos primeiros anos de vida
UC- Psicologia do Desenvolvimento Humano
Sessão de esclarecimento aos pais
Apresentado por
Maria José CarrilhoT.01 Aluna 1001154
Introdução O objetivo desta sessão é dar a conhecer aos pais a necessidade e, a
importância da vinculação nos primeiros meses de vida da criança, no estabelecimento da vinculação da mãe ao bebé interferem diversas influências de caráter psicológico, biológico e sociocultural.
“as mudanças hormonais que se seguem ao parto não têm qualquer comparação possível com nenhum outro acontecimento biológico, em termos quer da sua rapidez quer da sua magnitude” (O’Brien & Pitt , 1994,p.103) .
Estas são as razões pelas quais os momentos a seguir ao parto são considerados favoráveis à vinculação materna .
Segundo Bowlby é nos dois primeiros anos de vida que a criança está a aprender a relacionar-se e também a começar a perceber que esses relacionamentos podem ser uma fonte de conforto, de segurança e de prazer.
Bowlby defendia que o Comportamento
de Vinculação continuava durante toda a
vida de uma forma semelhante à última
fase, apesar de após os 3 anos de
idade, este comportamento ser menos
frequente pois a criança sente-se menos
vezes ameaçada.
Durante a adolescência a vinculação da criança com os seus pais começa a ser substituída por relações com os outros, geralmente com colegas de escola. Na idade adulta, a relação emocional é direcionada para o parceiro e amigos próximos. Finalmente, na velhice, este comportamento é projetado para os pais e filhos.
Devemos questionar-nos se damos o afeto e a atenção que os nossos filhos necessitam pois nos dias de hoje, a maioria dos pais tem uma vida profissional muito ocupada e desgastante, o que faz com que não haja tempo para dedicar aos filhos.
A importância de dar atenção/ afeto aos filhos
É muito importante impor limites à criança para que ela perceba que em sociedade existem regras e que temos que as cumprir, é preciso dizer “não” para que ela aprenda a lidar com a frustração o que faz com fique mais forte e autónoma para encarrar a vida adulta, pois nem sempre temos aquilo que cremos.
Compete aos pais ajudar e apoiar tanto na construção da confiança como no respeito mútuo, pois o respeito ganha-se e ensina-se, não é um dado adquirido, também na construção da identidade «eu» que resulta do processo de separação-individualização e a resiliência que é a possibilidade do indivíduo tomar uma decisão, quando tem a chance de tomar uma atitude que é correta, e ao mesmo tempo tem medo do que isso possa ocasionar.
A importância da hormona oxitocina no organismo
A oxitocina é uma hormona muito importantes para as mulheres, resultado
fundamental para o parto e manutenção/dilatação cervical antes do parto,
Assim como nas contrações durante o parto, e ajuda na recuperação do
útero após o nascimento da criança.
Quando o bebé suga o seio da sua mãe a estimulação provoca uma
libertação de oxitocina, provocando um efeito tranquilizante sobre a mãe e
tende a aumentar o elo que tem com o bebé.
Mães positivas – com relações conjugais mais estáveis e com maior apoio
dos companheiros, têm geralmente um envolvimento melhor com o bebé.
Por fim
Para concluir
O futuro da criança depende das relações de vinculação estabelecidas nos primeiros anos de vida, sendo primordial lembrar os pais e os futuros pais que, ao desenvolverem as suas competências parentais privilegiando a dimensão relacional, utilizando os seus próprios recursos e capacidades, estão diretamente a contribuir para a formação de adultos mais confiantes, comunicativos e com melhores capacidades relacionais.
Desta forma, previnem-se precocemente comportamentos de risco e muitas perturbações mentais da infância e da idade adulta, o que sem dúvida terá reflexos ao nível da saúde, não só do indivíduo, mas da própria sociedade.
Bibliografia:
Tavares et al. (2007). Manual de psicologia do desenvolvimento e
aprendizagem.
Porto: Porto Editora.
Figueiredo, B. (2003).Vinculação materna: Contributo para a compreensão
das dimensões envolvidas no processo inicial de vinculação da mãe ao bebé.
Revista Internacional de Psicología Clínica y de la Salud/ ISSN 1576-7329
Internacional Journal of Clinical and Health Psychology 2003, Vol. 3, Nº 3, pp.
521-539.
Matta, I. (2001). Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. Lisboa:
Universidade Aberta.
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