COLÉGIO ESTADUAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
CAMPO LARGO
2010
ÍNDICE
1 – APRESENTAÇÃO.....................................................................................................05
2 – ORGANIZAÇAO DA ENTIDADE ESCOLAR.............................................................06
2.1 – Identificação da Instituição:....................................................................................06
2.2 – Modalidade:............................................................................................................06
2.3 – Mantenedora:.........................................................................................................06
2.4- Ato de Autorização de Funcionamento:...................................................................06
2.5- Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso do Ensino Fundamental:...........06
2.6 – Reconhecimento do Ensino Médio:........................................................................07
2.7 – Turno:.....................................................................................................................07
2.8 - Horário Escolar:.......................................................................................................07
2.9 - Horários das aulas:.................................................................................................07
2.10 – Turmas:................................................................................................................07
2.11 – Número de alunos por turno:................................................................................08
2.12 – Número de alunos por turma:...............................................................................08
2.13 – Condições Físicas e Materiais:.............................................................................08
2.14 – Materiais do Laboratório:......................................................................................09
2.15 – Acervo de Mapas:.................................................................................................11
2.16 - Patrimônio da FUNDEPAR:.................................................................................11
2.17 - Através do Programa Dinheiro Direto da Escola, o Colégio adquiriu:..................13
2.18 – Patrimônio da APM:..............................................................................................13
2.19 – Relação do Corpo Docente:.................................................................................14
2.20 – Relação da Equipe Técnico-administrativo:.........................................................16
3 – OBJETIVOS GERAIS:...............................................................................................17
4 – MARCO SITUACIONAL............................................................................................18
4.1 – Histórico de Campo Largo:....................................................................................18
4.2 – Aspectos Físicos do Município:..............................................................................19
4.3 – Histórico da Instituição:..........................................................................................20
4.4 – Perfil da Comunidade:............................................................................................21
4.5 - Diagnóstico da Realidade:......................................................................................22
5 – MARCO CONCEITUAL.............................................................................................24
5.1 – Filosofia Educacional:.............................................................................................24
5.2.1 – Concepção de homem:........................................................................................30
5.2.2 – Concepção de sociedade:...................................................................................31
5.2.2 – Concepção de trabalho:......................................................................................32
5.2.3 – Concepção de educação:....................................................................................33
5.2.4 – Campo e Educação do Campo:..........................................................................34
5.2.4 – Concepção de currículo:......................................................................................35
5.2.5 – Concepção de avaliação:....................................................................................36
5.2.6– Concepção de gestão:..........................................................................................41
5.4.7- Concepção de Inclusão.........................................................................................42
6 - MARCO OPERACIONAL...........................................................................................45
6.1– Plano de Formação Continuada para os Professores:...........................................46
7 – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO P.P.P.................................................................48
8 - MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL............................................50
9 - MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO...........................................................51
10 – DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL – BASE NACIONAL COMUM.........52
10.1 - LÍNGUA PORTUGUESA.....................................................................................52
10.2 – MATEMÁTICA......................................................................................................68
10.3 – HISTÓRIA.............................................................................................................81
10.4 – GEOGRAFIA........................................................................................................91
10.5 – CIÊNCIAS.............................................................................................................97
10.6 - EDUCAÇÃO FÍSICA...........................................................................................111
10.7 – ARTES................................................................................................................118
10.8 – ENSINO RELIGIOSO.........................................................................................142
11 - DISCIPLINAS DA PARTE DIVERSIFICADA DO ENSINO FUNDAMENTAL........149
11.1 – LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLES …..........................................149
11.2 – LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................149
11.3 – ARTE..................................................................................................................169
11.4- EDUCAÇÃO FÍSICA............................................................................................189
11.5 – QUÍMICA...........................................................................................................196
11.6 – BIOLOGIA..........................................................................................................201
11.7 – FÍSICA................................................................................................................212
11.8 – MATEMÁTICA....................................................................................................221
11.9 – GEOGRAFIA......................................................................................................228
11.10 – HISTÓRIA.........................................................................................................234
11.11 – SOCIOLOGIA...................................................................................................246
11.12 FILOSOFIA..........................................................................................................259
12 - DISCIPLINAS DA PARTE DIVERSIFICADA DO ENSINO MÉDIO.......................268
12.1 –LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS................................................268
12.2 –LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL.........................................274
13 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................286
1 - APRESENTAÇÃO
Pensar num projeto de educação implica pensar o tipo e qualidade de escola,
concepção de homem e da sociedade que se pretende construir. O Projeto Político
Pedagógico é a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo em
suas especificidades, construído e vivenciado por todos os envolvidos com o processo
educativo da escola.
É uma ação intencional e um compromisso definido coletivamente, o qual se
relaciona em uma dimensão política, pois articula o compromisso sócio-político aos
interesses da comunidade, e outra dimensão em que define as ações educativas, pois
reside na possibilidade de se efetivar a intenção escolar que é a formação do cidadão.
Portanto, os inúmeros problemas educacionais e o verdadeiro papel da educação
formal são motivos de ampla discussão, necessitando de um esforço coletivo para
vencer as barreiras e entraves que inviabilizam a construção de uma escola pública que
eduque de fato para o exercício pleno de cidadania e seja instrumento de real
transformação social.
Nesse sentido, considera-se o Projeto Político-Pedagógico como um processo
permanente de reflexão e discussão de problemas escolares, na busca de alternativas
viáveis à efetivação de sua intencionalidade, propiciando a vivencia democrática
necessária para participação de todos os membros da comunidade escolar e o
exercício da cidadania, que atende as exigências legais da Constituição Federal, da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBM), das Diretrizes do Conselho
Estadual de Educação do Paraná (CEE), das Diretrizes e Princípios da Secretaria de
Educação do Estado do Paraná, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e da
Lei 10.639 de 09/01/2003, sobre diversidade e inclusão social, assumindo um pacto
pela qualidade de ensino e não enxergar o Projeto Político-Pedagógico apenas como
um cumprimento da lei.
Diante desse compromisso de um ensino de qualidade, o Colégio estadual São
Francisco de Assis sente-se desafiado a construir um Projeto Político-Pedagógico
abordando alguns princípios que norteiam a escola pública e gratuita: “igualdade” de
condições para acesso e permanência na escola; “qualidade” de ensino para todos;
“gestão democrática”, que inclui a ampla participação dos representantes dos diferentes
segmentos da escola nas decisões e ações administrativo-pedagógicas desenvolvidas;
com a finalidade de formar cidadãos conscientes e críticos, capazes de compreender a
realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito humano.
(...) “Na dimensão pedagógica reside a possibilidade de efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de se definir as ações educativas e as características ne-cessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade” (Veiga, 1995).
2 – ORGANIZAÇAO DA ENTIDADE ESCOLAR
2.1 – Identificação da Instituição:
Nome Colégio Estadual São Francisco de Assis
Endereço Estrada Nair Ferreira Leal da Trindade, s/nº
Três Córregos - Campo Largo / PR – CEP: 83642-970
2.2 - Modalidade:
Ensino Fundamental e Ensino Médio
2.3 – Mantenedora:
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DA ÁREA METROPOLITANA SUL
Av. Iguaçu, 420 – Rebouças
CEP: 80.230-902 – Curitiba/PR
Fone: 41 – 3901-2812 / 2818 FAX: 3901-2810
2.4- Ato de Autorização de Funcionamento:
Res. Nº 258/98 DOE de 05/03/98
2.5- Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso do Ensino Fundamental:
Res. Nº 3307/03 DOE de 03/12/03
2.6 – Reconhecimento do Ensino Médio:
Res. Nº 2894/04 DOE de 17/09/04
2.7 - Turno:
Diurno: Manhã e tarde.
2.8 - Horário Escolar:
Manhã: 7:30 as 11:50 horas
Tarde: 13:00 às 17:20 horas
2.9 - Horários das aulas:
MANHÃ TARDE
1ª aula- 7:30 às 8:20 1ª aula -13:00 às 13:50
2ª aula - 8:20 às 9:10 2ª aula- 13:50 às 14:40
3ª aula- 9:10 às 10:00 3ª aula-14:40 às 15:30
Recreio- 10:00 às 10:10 Recreio – 15 30 as 15 40
4ª aula- 10:10 às 11:00 4ª aula- 15:40 às 16:30
5ª aula- 11:00 às 11:50 5ª aula- 16:30 às 17:20
2.10 – Turmas:
Período da Manhã:
Ensino Fundamental - 5ª A, 6ªA, 7ª A, 8ª A
Ensino Médio - 1ªA, 2ªA, 3ªA
Período da Tarde:
Ensino Fundamental - 5ª B, 5ª C, 6ª B, 7ª B, 8ª B
Ensino Médio - 1ªB, 2ªB, 3ªB
2.11 – Número de alunos por turno:
Manhã: 190
Tarde: 211
2.12 – Número de alunos por turma:
E.F
.
TURNO TURMA N° DE ALUNOSManhã 5ª Serie A 27Tarde 5ª Serie B 29Tarde 5ª Serie C 29Manhã 6ª Serie A 30Tarde 6ª Serie B 29Manhã 7ª Serie A 32Tarde 7ª Serie B 31Manhã 8ª Serie A 29Tarde 8 Série B 32
E.M
.
Manhã 1º Ano A 31Tarde 1º Ano B 27Manhã 2º Ano A 18Tarde 2º Ano B 18Manhã 3º Ano A 23Tarde 3º Ano B 16
2.13 – Condições Físicas e Materiais:
O Colégio Estadual São Francisco de Assis funciona no mesmo prédio da Escola
Municipal Augusto Pires de Paula, o prédio é municipal e através de uma parceria entre
o governo e o município foram cedidas neste ano de 2010 quatro salas de aula, uma
sala para biblioteca, um laboratório que foi extinto no ano de 2006 pela direção
municipal, uma sala onde funciona secretaria, supervisão, sala de professores e
direção, as demais dependências, (cozinha, quadras de esportes, depósito de
merenda), são usadas pelas duas escolas.
No ano de 2008 foram construídas mais quatro novas salas e dois banheiros.
2.14 – Materiais do Laboratório:
ÍTEM QTD PRODUTOS01 02 Estante metálica revestida em PVC para 12 tubos de 15mmx150mm.02 02 Estante metálica revestida em PVC para 12 tubos de 15mmx200.03 02 Tripé de ferro com 120 mm de diâmetro e 200 mm de altura.04 02 Suporte metálico com base retangular e haste de 20 cm.05 01 Bico de bunsen, com registro, regulador e espalhador de chama, com
botijão de gás de 2kg (vazio), válvula de segurança com adaptador para
botijão e 2 metros de mangueira aprovados pela ABNT e braçadeiras.06 03 Tela amianto de aproximadamente 16x16cm.07 01 Imã em forma de barra (retangular), com cerca de 80x22x10mm.08 02 Bússola de 5cm, em caixa plástica e com tampa, com mostrador
indicando os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste), e colaterais
(nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste), com agulhas aferidas e não
bloqueadas.09 01 Anéis metálicos (argolas), com diâmetro de 5cm, 7cm, 10cm e 13cm,
com mufa, adaptáveis ao suporte universal e compatível com o tamanho
da vidrarias.10 02 Cabo para bisturi de metal nº 04.11 02 Espátula inox, espátula colher, comp. 120 mm.12 08 Lâmina nº23 ou nº24, para cabo de bisturi nº04.13 01 Garra giratória para condensador Liebig 300 mm com mufa.14 01 Garra universal com mufa para bureta.15 07 Pinça de madeira para tubos de ensaio.16 04 Pinça de inox ponta fina e reta, com 130 mm (tipo relojoeiro).17 03 Pinça de inox ponta romba com aprox. 160 mm.18 02 Caixa de lâminas p/ microscopia, de 26x76x12mm, c/50 unidades.19 03 Caixa de lâminas p/microscopia, de aproximadamente 20x20mm, c/100
unidades.20 02 Lupas manuais, de vidro, com cerca de 80 mm de diâmetro, capacidade
de aumento de 2,5x ou mais, cabo de plástico ou madeira.21 01 Lentes de acrílico, convexo, biconvexo, plano convexo, côncavo,
bicôncavo, plano côncavo, côncavo-convexa, com cerca de 50mm de
diâmetro. Conjunto com 14 lentes (duas de cada tipo). 22 07 Placa de petri de vidro, com tampa, de 100x20mm.23 02 Lamparina a álcool, de vidro, com pavio, abafador e capacidade de 100
ml.24 03 Escova para tubos de ensaio 15x50 mm.25 03 Escova para tubos de ensaio 25x200 mm.26 15 Tubos de ensaio de vidro 15x150 mm.27 15 Tubos de ensaio de vidro 25x200 mm.28 05 Bastão de vidro 5x300mm.29 05 Becker de vidro, forma baixa, de 600 ml.30 05 Becker de vidro, forma baixa, de 250 ml.31 04 Becker de vidro, forma baixa, de 100 ml.32 01 Graal com pistilo, capacidade de 180 ml, diâmetro de 100 mm.33 05 Funil de plástico, diâmetro de 11 cm.34 02 Funil de vidro, diâmetro de 75 mm, haste curta.35 01 Balão de destilação de 250 ml, com saída lateral.36 01 Balão volumétrico com rolha de polietileno-50 ml.37 01 Balão volumétrico com rolha de polietileno-250 ml.38 01 Bureta graduada 25ml com torneira teflon.39 02 Cápsula de porcelana média 75x80mm.40 01 Condensador Liebig 300mm.41 03 Erlenmeyer grad. De boca estreita de 125ml.42 04 Erlenmeyer grad. De boca estreita de 250ml.43 02 Papel filtro qualitativo, 125 mm com 100 discos.44 02 Pincel de pelo fino nº0245 04 Pipeta graduada de 10ml.46 02 Pipeta graduada de 5ml.47 02 Pipeta volumétrica de 10ml.48 04 Proveta com suporte plástico, de 100ml.49 03 Proveta com suporte plástico, de 50ml.50 05 Rolha de borracha com diâmetro condizente pa erlenmeyer de 125ml.51 04 Rolha de borracha c/ furo p/ termômetro (-10ºC + 100ºC) usado em
balão volumétrico e 250ml.52 04 Rolha de borracha c/ furo p/ conexão entre balão de destilação (250ml)
e o condensador de 300mm.53 02 Rolo de pavio para lamparina a álcool de 2m.54 05 Vareta (tubo) de vidro de 5x500mm.55 06 Vidro relógio, com diâmetro de 80mm.56 03 Fio de níquel cromo nº 22, 0,6mm - 1m.57 08 Frasco de conta-gotas plástico, de 50ml p/ solução.58 05 Frasco lavador, tipo pissete plástico , de 250ml.59 02 Pipetador de borracha com três vias.
60 04 Tubo látex nº203 adaptável ao condensador de 300mm.61 01 Lâminas preparadas p/ microscopia. Kit de no mínimo 30 lâminas
contendo: citologia animal e humana, histologia animal, vegetal e
humana, zooplancton, arthopoda. Deverá acompanhar completo manual
de instruções pedagógicas em português.
OBS: Os materiais de laboratório foram adquiridos através da FUNDEPAR, quando a
Escola iniciou suas atividades educacionais em 1981.
2.15 – Acervo de Mapas:
05 – Mapa do Brasil político regional rodoviário;
01 – Mapa Mundi Físico;
01 – Mapa rodoviário de Campo Largo;
01 – Região Metropolitana de Curitiba;
05 – Mapa político rodoviário e escolar do Paraná;
02 – América do Sul político;
01 – Mapa mural Brasil, América do Sul, Paraná;
01 – Planisfério político;
01 – Tratamento de esgotos;
01 – Ciclo de água
01 – Mapa Mundi político.
2.16 - Patrimônio da FUNDEPAR:
Desde a sua criação em 1998 recebeu os seguintes materiais da Fundepar:
Em 1998:
02– caneca alumínio – 2 litros;
02 – escumadeira alumínio cabo 40 cm;
01 – caçarola alumínio – 9,5 litros;
01 – caldeirão alumínio – 6,8 litros;
02 – lixeiras plásticas – 6,0 litros;
01 – fogão semi-industrial 4 bocas com forno c.tec.
01 – arquivo de aço com 4 gavetas;
03 – escrivaninha com 3 gavetas;
01 – mesa escrivaninha Esc. Mod.Mm – FMI –1;
04 – mesa de leitura e biblioteca;
01 – mesa de reunião mod. MR-FMI-1;
28 – cadeira monobloco;
30 – conj. carteira esc. Mod. FDE 14;
60 – cart. de aluno FDE / 3 verde;
60 – cad. de aluno FDE / 3 verde;
01 – duplicadora álcool Facit.
Em 1999:
01 – freezer horizontal 302 litros;
01 – geladeira DES 285 litros VENAX;
02 – botijões – vazio- 13 kg;
01 – armário de aço 16 portas;
01 – cadeira estofada fixa c-1.
Em 2000:
36 – conj. cart/cad. MOD FDE 14;
100 – caneca polip – 300 ml;
96 – colher de sobremesa inox;
100 – pratos fundos em polip c/aba.
Em 2005:
02 Televisão 20’
01 DVD
01 Vídeo - Cassete
Em 2006:
01 DVD
Em 2008:
01 impressora HP OFFICEJET C3 180
01 impressora HP Deskjet 3920
04 Radio
2.17 - Através do Programa Dinheiro Direto da Escola, o Colégio adquiriu:
01 – duplicadora – marca copiatic;
01 – quadro mural verde 90x56;
01 – bule;
01 – chaleira.
Em 2001:
40 – conj. cart/cad. MOD. FDE/4;
02 – caldeirão alumínio cap. 10 litros;
02 – caldeirão alumínio cap. 19 litros;
02 – caldeirão alumínio cap. 38 litros;
01 – caldeirão alumínio cap. 45 litros;
01 – caldeirão alumínio cap. 65 litros;
01 – panela pressão 10 litros c/borrachas
02 – medidor graduado;
01 – televisor a cores 20” Cineral;
2.18 – Patrimônio da APM:
A APM, do Colégio através de promoções conseguiu comprar:
- rádio gravador.
02 - ventiladores
01 - impressora
01 - vídeo cassete, marca PANASONIC.
2.19 – Relação do Corpo Docente:
NOME RG
DISCIPLINA
QUE
LECIONA
FORMAÇÃO
PÓS-
GRADUAÇÃO
Ângela M. Durães Ribeiro3.426.211-0 Diretora
Letras e
EspanholPsicopedagogia
Madalena dos Santos B.
Castagnoli
5.729.689-5 Pedagoga Pedagogia Educação Especial
Eloiza Terezinha
Magalhães Castagnolli
9.315.437-1 Pedagoga Pedagogia (Não tem)
Jaqueline Verner 8.655.678-2 História
História e
Ensino
Religioso
História e
Geografia do
Paraná
Lauro Schultz Bittencourt 5.969.623-8 Matemática Matemática(Não tem)
Debora Sabin8.140.530-1 Arte Artes Visuais (Não tem)
Franciele Rompava8.647.345-3 Física Matemática (Não tem)
Margareth Aparecida Pinto 5.181.990-0Educação
Física
Educação
Física
Técnico em
Desporto – área
Voleibol
Cibely Cristina Durães
Scussel6.856.398-5 Química Biologia (Não tem)
Rafael Noriller 6.437.575-0 Educação
Física
Educação
Física
Técnico em
Voleibol
3.138.786-8 Geografia Geografia
Janete de Castro Souza Geografia
(Espaço,
Sociedade e Meio
Ambiente)
Marcos Pedro de Souza5.683.434-6
Língua
PortuguesaLetras
Língua Portuguesa
Teoria e Prática
Rosemari Aparecida
Kanarski
7.098.446-6
História e
Ensino
Religioso
História (Não tem)
Arielma da Luz 7.663.914-0 Matemática Matemática (Não tem)
Zenilda Maria de Souza 3.621.212-8Inglês, Língua
PortuguesaLetras e Inglês
Interdisciplinaridad
e na Escola
Lindacir Lucia Vicelli 4.861.311-0 Geografia Geografia
Geografia
(Espaço,
Sociedade e Meio
Ambiente)
Juarez de Rodrigues de
Souza
3.000.202-4 Inglês
Letras
Português
Inglês
Língua Portuguesa
Adilson Costa Duarte9.720.920-0
LEM -
EspanholLetras
Literatura
Brasileira e a
Construção do
Texto
Simone de Matos 8.394.920-1 Ciências Ciências (Não tem)
Vanilson Lopes de Andrade 7.252.848-4 Biologia Ciências (Não tem)
2.20 – Relação da Equipe Técnico-Administrativo:
NOME RG FUNÇÃO FORMAÇÃOPÓS-
GRADUAÇÃO
Janete Cordeiro de
Andrade
6.241.064-7 Secretária
Cursando o
Ensino
Superior
(Pedagogia)
(Não tem)
Loeni dos Santos7.817.712-8
Técnico
AdministrativoPedagogia (Não tem)
Andreia da Luz de
Castro7.864.092-8
Técnico
Administrativo
Cursando o
Ensino
Superior
(Pedagogia)
(Não tem)
Pedro de Jesus
Vieira6.092.365-5
Técnico
AdministrativoEnsino Médio
(Não tem)
Antonia Ana K.
Ferreira
3.821.422-5Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental(Não tem)
Alenice Gonçalves
da Luz
6.626.454-8Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental(Não tem)
Aríete das Chagas
Maia7.865.095-8
Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental (Não tem)
Ivone Silva 4.315.594-6Serviços
Gerais
Ensino
Fundamental (Não tem)Rosinéia Ap.
Moreira7.817.382-3
Serviços
GeraisEnsino Médio
(Não tem)Sirlete Aparecida
Moreira7.755.080-1
Serviços
GeraisEnsino Médio
(Não tem)
3 – OBJETIVOS GERAIS:
De acordo com o Programa de Reformulação Curricular, elaborado pela equipe
da Superintendência da Educação da Secretaria de Estado de Educação, como
orientações gerais ficam estabelecidas:
I – Igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada qualquer
forma de discriminação e segregação;
II - A articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico,
social, político e cultural da sociedade;
III - A defesa da educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como
direito fundamental do cidadão;
IV - A articulação de todos os níveis e modalidades de ensino;
V - A compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos;
VI - Buscar ações efetivas para romper com a velha dicotomia entre fazer e pensar;
Nesta perspectiva, conceber o Projeto Político Pedagógico enquanto instrumento
crítico de transformação, a escola passa a ser vista como a mais importante peça do
sistema educacional em que os resultados podem ser alcançados. Considera-se,
portanto, a construção do Projeto Político Pedagógico da escola como um esforço
coletivo que adotem como princípios básicos:
• A educação de qualidade como direito de todo cidadão;
• A valorização do professor e de todos os profissionais da educação;
• Gestão democrática, ou seja, ser um processo participativo de decisões;
• Atendimento às diferenças e à diversidade cultural.
4 – MARCO SITUACIONAL
4.1 – Histórico de Campo Largo:
CAMPO LARGO teve como primeiro proprietário das terras que hoje constitui o
Município, o português Coronel Antônio Luiz, conhecido como o “Tigre”. Sua residência
era na Fazenda Nossa Senhora da Conceição do Tamanduá, onde construiu a Capela
consagrada à Nossa Senhora da Conceição, a mais antiga dos Campos Gerais, e que
existe até hoje.
Após o falecimento do Coronel Antônio Luiz, as terras passaram a pertencer a
diversas pessoas e a povoação teve início no ano de 1.814.
Em 1.819, o Capitão João Antônio da Costa, residente em Curitiba, doou as
terras para quem quisesse ali se estabelecer e ofereceu ao povoado uma imagem de
Nossa Senhora da Piedade, que mandara vir da Bahia, em 1.816. Em 1.821, foi
iniciada a construção do Bispo de São Paulo. Em 02 de fevereiro de 1.826, a imagem
de Nossa Senhora da Piedade, foi colocada na Igreja e a primeira missa foi celebrada
pelo Padre José Joaquim Ribeiro da Silva. A construção da Igreja Primaz de CAMPO
LARGO, só foi concluída no ano de 1.828.
A Lei nº 219 de 02 de abril de 1870 criou o Município de CAMPO LARGO da
Piedade, desmembrando de CURITIBA. A instalação oficial do Município deu-se em 23
de fevereiro de 1.871 e o primeiro Juiz de Direito da Comarca, foi o Dr. Antônio Joaquim
de Macedo Soares, que mais tarde foi Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Em 12 de outubro de 1.918, foi iniciada a construção da Igreja Matriz atual, pelo
Padre Otávio Júlio dos Santos e inaugurada e 1.936, pelo Padre Aloísio Domanski, que
mais tarde recebeu o título de Monsenhor.
Pela dedicação ao trabalho e espírito de luta, os imigrantes foram cultivando a
terra, produzindo alimentos, suas próprias ferramentas, vestuário, utensílios
domésticos, construindo casas. Aproveitaram e aprimoraram, aqui, seus
conhecimentos, usando técnicas de cultivo e conservação de alimentos. Traziam
consigo suas raízes, seus costumes, suas tradições e cultuavam a fé religiosa, a moral
e os bons costumes.
A influência dos imigrantes está presente, nos alimentos: uva, sucos, conservas
de frutas e verduras, salame, queijos, carnes, massas e outros; nas festas religiosas; no
artesanato: madeira, couro, móveis; no estilo das igrejas e casas, dos móveis e
utensílios domésticos; no vocabulário e hábitos sociais; no lazer.
Hoje Campo Largo é uma das mais prósperas cidade do Paraná e tem nas
indústrias sua principal fonte de emprego e arrecadação.
4.2 – Aspectos Físicos do Município:
Localização - O Município de CAMPO LARGO, faz parte da área metropolitana, está
localizado no Primeiro Planalto e a sede está situada a 32 km de CURITIBA.
Superfície - 1.246 km² ( de acordo com o IBGE-1.991.)
Limites - Ao norte, Castro; a nordeste, Itaperuçu; a leste, Campo Magro; a sudeste,
Curitiba; ao sul, Araucária; a sudoeste, Balsa Nova; a oeste, Palmeira; a noroeste,
Ponta Grossa.
Pontos Extremos - Rio Ribeira, ao norte; Rio Itaqui, ao sul; Rio Passaúna, a leste;
Serra de São Luiz do Purunã, a oeste.
Distritos - Bateas, Ferraria, Três Córregos, e São Silvestre.
Rios - Os mais importantes são: Rio Açungui, Rio Verde, Rio Itaqui, Rio Passaúna.
Altitude - 956 m acima do nível do mar.
Clima - Subtropical úmido, com verões frescos e ausência de estações secas. A
temperatura média em julho, mês mais frio é inferior a 18º C e em janeiro, mês mais
quente é inferior a 22º C. A temperatura média anual é de 17º C.
Formação Geológica - Granitos, calcáreos, quartzitos e filitos.
Principais Minerais - Argila, areia, calcário e água mineral.
Vegetação - Pastagens naturais, campos e matos, onde se encontra o pinho, a imbuía,
a bracatinga, o eucalipto e a erva-mate.
População - 82.972 habitantes ( IBGE – 1.996).
Bairros - Bom Jesus, Botiatuva, Nossa Senhora Aparecida, Lagoa, Rondinha, Nossa
Senhora do Pilar, Itaqui.
Vilas - Vila Rivabén, Vila Elizabeth, Vila Solene, Vila de Lourdes, Vila Otto.
Colônias - Colônia Campina, Colônia D. Pedro II, Colônia Antonio Rebouças, Colônia
Mariana.
Povoados - Timbutuva, Figueredo, Fazendinha, Guabiroba, Salgadinho, Vargedo,
Pinhal.
Praças - Atílio de Almeida Barbosa, Getúlio Vargas, João Antonio da Costa, Praça
Polônia.
Ruas Principais - XV de Novembro, Marechal Deodoro, Rui Barbosa, Xavier da Silva,
Barão do Rio Branco, Avenida Padre Natal Pigatto, Avenida Centenário, 7 de Setembro,
D. Pedro II, Gonçalves Dias.
4.3 – Histórico da Instituição:
O Colégio Estadual São Francisco de Assis foi criado com a estadualização do
Ensino Fundamental a partir de 29 de janeiro de 1998, pelo decreto nº 258/98,
passando a denominar-se Escola Estadual São Francisco de Assis – Ensino
Fundamental, com a implantação do Ensino Médio em 1999 passou a denominar-se
Colégio Estadual São Francisco de Assis – Ensino Fundamental e Médio, através da
Resolução 932/2000.
O Colégio São Francisco de Assis funciona no mesmo prédio da Escola
Municipal Augusto Pires de Paula, através de uma parceria firmada entre o Governo
do Estado e Prefeitura Municipal que cedeu 6 salas de aula, 1 sala de laboratório e 1
sala que funciona como sala dos professores e direção.
Algumas dependências são utilizadas pelos alunos e funcionários dos dois
Estabelecimentos de Ensino (biblioteca, secretaria, cozinha, lavanderia, depósito de
merenda, quadras de esportes, banheiros, etc.)
No período da manhã temos 6 turmas, sendo 2 do Ensino Fundamental, e 4
turmas do Ensino Médio, a tarde temos 6 turmas do Ensino Fundamental.
O Colégio é constituído pela seguinte equipe: um diretor, 15 professores, 3
auxiliares administrativos, 3 auxiliares de serviços gerais.
Os professores, funcionários e alunos utilizam o transporte escolar para chegar
ao colégio, todos os professores e funcionários almoçam no estabelecimento com a
alimentação fornecida pelo município.
O transporte escolar é feito em conjunto para ambas as escolas, sendo pago
pelo Município e pelo Estado.
A maioria dos alunos do colégio usa o transporte escolar, o colégio não
funcionaria sem ele, pois quase todos os alunos e funcionários moram em localidades
que ficam a mais de 10 km do colégio.
4.4 – Perfil da Comunidade:
COLÉGIO ESTADUAL “SÃO FRANCISCO DE ASSIS” - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO, localizado no Distrito de Três Córregos, a 45 km da sede do
Município de Campo Largo, fazendo parte integrante da área Metropolitana de Curitiba,
tem sua clientela formada por alunos com idade entre 10 a 19 anos, que residem na
sede do Distrito e nas localidades de Santa Cruz, Jacuí, Barreiro, Taquara, Florestal,
Conceição das Chagas, Açungui, Ribeirão, Gramadinho, Itaiacoca, Geada e Cerne,
sendo que a grande maioria mora em casa própria, de madeira, com horta.
Em relação ao nível sócio-econômico, a maioria das famílias dos alunos possui o
primeiro grau incompleto. Quanto à renda familiar, a maioria das famílias encontra-se
na faixa de 01 a 02 salários mínimos. As mães são donas de casa e trabalham na
agricultura e os pais, agricultores ou quebradores de pedras.
A maioria dos alunos, fora do horário escolar, ajuda seus pais na roça ou
quebrando pedras para ajudar no orçamento e, como forma de lazer praticam esportes,
fazem leituras, andam de bicicleta, assistem televisão ou pescam.
O Colégio São Francisco de Assis é o centro de cultura da região e é utilizado
para divulgar e difundir todas as iniciativas de implantação e implementação de
propostas de crescimento para a região.
As festas são bastante populares nesta região, onde devido as distancias entre as
residências, além do lazer, também são utilizadas como ponto de encontro da
comunidade para a troca de idéias, e debates sobre a dificuldade dos moradores e
buscar soluções para estas dificuldades.
4.6 - Diagnóstico da Realidade:
Vivemos na realidade da Educação no Campo, onde num âmbito nacional
atendemos a uma necessidade diferenciada com relação a outras entidades. A Escola
é considerada o centro da região, e a mesma procura atender a todos os projetos
indicados para esta comunidade. Um exemplo é o projeto do Estado do Programa do
Leite, onde este é distribuído na própria escola, para que possa atender toda a
comunidade; projetos para as famílias e também projetos promovidos pelo próprio
município como para as questões da saúde (campanhas) e outras mais. A maioria dos
alunos, fora do horário escolar, ajuda seus pais na roça ou quebrando pedras para
ajudar no orçamento, portanto muitas vezes estão cansados e desanimados durante as
aulas.
Frente a tantos desafios, o mais preocupante é em relação aos períodos de
fortes chuvas que dificultam o funcionamento do transporte escolar. A grande maioria
de nossos alunos mora a mais de 10 km da escola. Todas as estradas de acesso estão
precárias e as fortes chuvas dificultam que o transporte escolar funcione. Desta forma,
a tomada de consciência pelos professores em relação a sua atuação implicará na
realização de um planejamento elaborado o mais flexível possível. A velocidade com
que a informação se desloca e de um mundo em constante mudança, temos um desafio
em lidar com jovens que não vêem sentido no que estão aprendendo. Querem
aprender, mas não querem aprender o que lhes é ensinado. E assim, entra o papel do
professor: construir sentido, transformar o obrigatório em prazeroso, selecionar
criticamente o que devemos aprender, numa era impregnada de informações.
Diante desse quadro, os professores assumem o compromisso de desenvolver
suas práticas de forma que estimulem e desafiem os alunos na apreensão dos
conhecimentos científico-tecnológico, histórico, filosófico e social.
A questão da evasão e repetência é considerada um dos fatores relevantes para
a educação,
Devemos tomar cuidados também com o vocabulário utilizado pelos próprios
alunos, reflexos da própria família e cultura local, procurando aos poucos demonstrar as
mudanças necessárias.
O Programa Paraná Digital também é uma grande conquista para a escola e
para a comunidade escolar, principalmente pelo fato da escola estar incluída na zona
rural e o acesso às tecnologias ser restrito.
Sendo assim, com o Laboratório de informática é objetivo de a escola possibilitar
aos alunos o conhecimento e o acesso a esta tecnologia, visando à ampliação do
conhecimento nas diversas áreas, buscando uma melhor visão de mundo e motivação
para melhorar suas condições de vida.
Neste sentido, nossa missão vai muito além dos propósitos educacionais, pois
devemos atender as necessidades da própria comunidade, sabendo que tudo que é
realizado na escola, reflete na maioria das famílias do distrito. Portanto, nosso
contexto escolar exige do professor um posicionamento diferenciado do papel da
educação frente aos desafios advindos. Aqui, realmente acontece a tão desejada
relação entre escola e comunidade, aproveitando a questão do transporte e da
localização, mas ainda estamos longe da perfeição.
5 – MARCO CONCEITUAL
5.1 – Filosofia Educacional:
A concepção sobre o ensinar e o aprender, historicamente, tem sido o resultado
de disputas ideológicas de diversos segmentos que vêem a escola como espaço de
legitimação de poder. A história da educação nos indica isso, quando se tem a
dualização da escola por parte da lógica de mercado – a escola pública como um
espaço de preparação de mão-0de-obra especializada e adaptada, e a escola privada
como via de formação da elite que governará e controlará a classe trabalhadora.
Nessa perspectiva, “o ser humano não é só um produto de seu contexto social,
mas também um agente ativo na criação desse contexto”. (REGO, 1995, p. 85).
Libâneo (1994) analisa como a sociedade se organiza e como encaminha as
práticas educativas na dinâmica das relações sociais travadas em determinado
contexto histórico. Para este autor, a existência humana se desenvolve na dinâmica das
relações sociais e da ação prática dos homens no conjunto destas relações.
Em seu entendimento, as relações sociais podem ser transformadas pela ação
prática concreta dos homens, fato fundamental para se compreender a organização da
sociedade, a existência das classes sociais e o papel que a educação desempenha em
determinada sociedade.
O autor realiza um breve esboço da evolução histórica da educação, da escola e
das formas de organização da sociedade que nos permite compreender como a
existência humana tem sido produzida na dinâmica destas relações sociais, em
diferentes contextos.
Segundo Libâneo (1994), nas formas primitivas de relações sociais os homens
trabalhavam e usufruíam coletivamente do trabalho comum. Na sociedade escravista
surge a exploração do trabalho alheio onde os meios de trabalho e os trabalhadores
escravos eram considerados propriedades daqueles que possuíam a terra. Na
sociedade feudal, os trabalhadores (servos) são obrigados a trabalhar gratuitamente às
terras do senhor feudal ou a pagar-lhes tributos. Alguns séculos depois, na sociedade
capitalista, ocorreu uma divisão entre os proprietários dos meios de produção e os que
vendem a sua força de trabalho, os trabalhadores que vivem do salário.
Dessa forma, o autor ressalta que a s relações sociais, no capitalismo, são
marcadas pela divisão da sociedade em classes onde os trabalhadores e capitalistas
ocupam postos antagônicos no processo de produção.
É importante entender estas relações sociais no contexto das idéias liberais
difundidas no final do século XVIII quando a burguesia lutava para arrancar o poder da
nobreza feudal e do clero e passava a defender idéias humanistas, ou seja, a liberdade,
a igualdade, a fraternidade. Vejamos:
No decorrer desta luta pelo poder político e econômico, a idéia de poder baseada na posição social hereditária cai por terra, agora cada cidadão tem direito de adquirir prestígio e enriquecer por mérito próprio. [...] Para superar a situação de opressão era necessário vencer a ignorância e transformar os súditos em cidadãos esclarecidos. A escola se organiza então para difundir a instrução, para transmitir conhecimentos. (LIBÂNEO, 1986, p. 63).
No entendimento do autor, à medida que a burguesia, inicialmente, pretendeu
aplicar o princípio da educação como direito de todos, contribuiu para avançar o
processo de emancipação humana, no entanto, ressalta que este propósito entra em
contradição com a emancipação política e econômica de fato, (necessária para a
burguesia e não desejada para as camadas populares), surgindo uma outra
interpretação para os direitos humanos: “não se defende mais a igualdade de fato, mas
a igualdade legal”. (ibid., p. 63). Nessa perspectiva:
Os indivíduos precisam adaptar aos valores e às normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois embora difunda a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta as desigualdades de condições. (LIBÂNEO, 1986, p. 22)
Partindo do princípio de que a educação é a “apropriação da cultura humana
produzida historicamente” e que é “a escola como instituição que provê a educação
sitematizada” (PARO, 2002, p. 7), destaca-se a importância da educação no
desempenho de sua especificidade e natureza. Segundo o autor, esta só se cumprirá
com eficácia no interior de uma instituição pública de qualidade, se o caminho a ser
percorrido for trilhado pela construção da democracia como fim último.
Dessa forma, é necessário que a administração escolar seja pautada nos
princípios da gestão democrática, fundamental para o alcance dos objetivos propostos
por uma instituição de ensino que pretende contribuir com a transformação social
através da formação crítica dos seus educandos.
É bem verdade que os obstáculos para a gestão democrática na escola pública
são inúmeros, entretanto, para que isso ocorra faz-se necessário que no âmbito da
dialética estejamos relevando a importância da construção coletiva, acreditando nas
possibilidades da construção de uma nova sociedade e a reversão da dominação posta,
partindo do pressuposto de Marx de que não é a consciência que determina a vida, mas
é a vida que determina a forma de pensar, portanto devemos ter clareza de que somos
determinados, mas também somos condicionantes.
Dessa forma, comprometidos com a formação dos filhos da classe trabalhadora,
nossa instituição de ensino está fundamentada no materialismo dialético, pautada na
Pedagogia Histórico_Crítica, que assegura a difusão dos conhecimentos sistematizados
a todos e refere-se a uma abordagem metodológica mediante a qual se trata de
descobrir, de ir em busca da lógica e das relações internas de um objeto do
conhecimento, ou seja, desvendar a forma do conteúdo.
A Pedagogia Histórico-Crítica é uma proposta de apropriação e reconstrução do
conhecimento sistematizado buscando evidenciar que todo conteúdo que é trabalhado
na escola e pelo aluno, pelo processo pedagógico, retorna de maneira nova e
compromissada, para o cotidiano social a fim de ser nele um instrumento a mais na
transformação da realidade, superando a visão reprodutivista..
Sabemos que a tarefa não é fácil, mas temos a certeza que seguindo estes
princípios estaremos no caminho certo. Acreditamos e defendemos tal concepção como
sendo a que mais se aproxima dos princípios que buscamos efetivar: de igualdade de
acesso e permanência, de formação de indivíduos críticos e atuantes na sociedade que
intencionalizam suas ações, e, principalmente que transformam a sua história e não
somente participam dela. Na escola não temos atores, pois os atores têm sua ação
escrita por alguém. Temos sim, sujeitos históricos que fazem sua ação.
Dessa forma, concebemos a educação como um processo de formação e
desenvolvimento da pessoa que interage individual e coletivamente, desvelando a
realidade, transformando-a, construindo novas experiências que, sistematizadas
através da ação-reflexão-ação, produzem novos conhecimentos. O conhecimento das
pessoas se inicia muito antes de freqüentarem a escola e a escola poderá fornecer
elementos de organização e reorganização desse conhecimento previamente adquirido.
Assim, desenvolvimento é a construção e reconstrução de psiquismo humano e suas
formas, o que se faz juntamente com a aprendizagem, ou seja, novos conhecimentos
possibilitam novas formas de desenvolvimento e estas formas de desenvolvimento
possibilitam conhecimentos mais complexos ainda. (VYGOTSKY, 1991)
Nessa perspectiva, o conhecimento é entendido como processo, que se constrói
e reconstrói permanentemente, contrapondo-se à concepção de conhecimento pronto e
acabado, que pode ser guardado, transmitido e manipulado pelos seus detentores. A
escola é uma instância da sociedade com pessoas e condições concretas e a definição
de seu papel depende da função social que se quer dar a ela.
Sobre a função da educação, SAVIANI diz:
O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singu-lar, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. As-sim o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanizados e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequa-das para atingir esse objetivo. (1997, p.17)
De acordo com a Constituição Brasileira, a escola pública deve garantir a
educação para todos, promovendo a posse sistemática do saber científico
historicamente produzido pelos homens tendo em vista as experiências de vida e da
realidade social daqueles a quem deve educar. Cabe à escola ainda, desenvolver a
consciência crítica dos alunos, introduzindo-os na atualidade histórica e social de sua
época, possibilitando-lhes uma atuação consciente na transformação social.
Portanto, a função social e política da escola pública de qualidade é a formação
do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo. Essas condições ocorrem por
meio da apropriação, re-elaboração, construção de conhecimentos, da socialização e
da herança cultural acumulada.
No entanto, a escola não deve ser vista como redentora da sociedade. Conforme
PARO:
Pretender que a escola se constitua na grande equalizadora social, ou no lugar por excelên-cia de onde irradiará a revolução social, é incorrer no equívoco de imputar à uma instituição, apenas aquilo que é função da sociedade como um todo. Igualmente equivocada é a ativida-de de negar à escola qualquer papel na transformação social, esperando que a sociedade mude para mudar a escola. (l993, p. 113)
A luta em defesa da escola pública, gratuita e universal fundamenta-se no princí-
pio da democratização da educação que implica na socialização do saber, na garantia
do acesso e permanência do aluno na escola, na democratização da escola, na melho-
ria da qualidade do ensino e a valorização dos profissionais da educação, através da
melhoria de sua qualificação.
Dentre os princípios de democratização da educação analisamos a Gestão Demo-
crática como um processo de permanente reflexão e discussão dos problemas da esco-
la, para que haja a busca de soluções viáveis. Para que se efetive o processo de demo-
cratização da gestão, a escola precisa repensar e reorganizar seus tempos e espaços,
estabelecendo formas coletivas de co-participação e compromisso de toda comunidade
escolar envolvida no processo educativo (PARO 1993).
Sendo assim, as atividades devem estender-se às discussões abertas, envolven-
do-a toda comunidade escolar: o diretor, a equipe pedagógica, o professor, o aluno, os
funcionários e pais. A escola pública se torna então, espaço possível de construção de
um projeto democrático, pois é nela que estão inseridos os filhos dos trabalhadores, as-
segurados pelo direito de acesso à educação escolar.
Para o exercício da ação pedagógica, temos como compromisso a disseminação
do conhecimento numa dinâmica de reflexão histórica que permite observar, analisar,
conhecer, compreender, refletir, interpretar e pensar criticamente a realidade da socie-
dade em que vivemos, capazes de atuar como agentes transformadores.
Portanto, ao professor cabe o papel de mediador, possibilitador e intervencionista.
O aluno, enquanto aprendiz constrói o seu conhecimento, confrontando sua experiência
com os conteúdos apresentados pelo professor, através de suas interações sociais e
também das trocas estabelecidas com seus semelhantes.
Essa perspectiva de ensino-aprendizagem vem de acordo com a tendência peda-
gógica histórico-crítica que prevê que a escola deve assumir, por meio do ensino e da
aprendizagem do conhecimento acumulado pela humanidade, a responsabilidade de
dar ao aluno o instrumental para que ele exerça uma cidadania mais consciente, crítica
e participante.
Para isso, o professor comprometido politicamente com a aprendizagem do aluno
da escola pública, em cada etapa (aspecto do currículo) planeja seu trabalho em função
dos fins pretendidos e da realidade concreta que os determina. Toda ação deve ser
acompanhada de reflexão. Com isso, o planejamento passa a ser um ato político, com
atividades significativas e eficientes em termos dos objetivos que se quer alcançar, pro-
porcionando aos alunos a ampliação de seus conhecimentos.
Outro aspecto importante da prática educativa é a avaliação, pois esta só tem
sentido se tiver como ponto de partida e ponto de chegada o processo pedagógico para
que, identificadas as causas do sucesso ou do fracasso, sejam estabelecidas estraté-
gias de enfrentamento da situação. Em geral, a avaliação pode ser diagnóstica ou clas-
sificatória. A avaliação diagnóstica pode levar o professor e seu aluno definir os pontos
fracos e encaminhar soluções para o processo ensino-aprendizagem. Já a avaliação
classificatória, como o próprio termo define, apenas classifica o aluno. A crítica que se
faz é que, com freqüência, na escola se adota apenas a avaliação classificatória.
(LUCKESI, 2000)
A prática da avaliação da aprendizagem deve ser muito além da constatação, da
mensuração de conhecimentos estanques, da investigação sobre a memorização de
conteúdos sem relevância social, ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um
instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno,
tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que se possa avançar no
seu processo de aprendizagem.
Para tanto, é necessário o estabelecimento de critérios claros decorrentes de
conteúdos significativos, que oriente o professor no acompanhamento da apropriação
pelo aluno dos conteúdos das áreas do conhecimento, para a intervenção e correção
do processo sempre que necessário. Assim, a partir dos conteúdos estabelecidos e
tendo como referencial as informações obtidas sobre o grau de compreensão que o
aluno possui desses conteúdos, o professor organizará o trabalho, de forma a garantir a
superação do nível de conhecimento em que o aluno se encontra e a continuidade do
processo de aprendizagem.
Um educador preocupado para que a sua prática educacional esteja voltada para
a transformação, cada passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara
e explicita do que esta fazendo e para onde possivelmente estará encaminhando os
resultados de sua ação. A avaliação, neste contexto, não poderá ser uma ação
mecânica, ao contrário, terá de ser uma atividade racionalmente definida, dentro de um
encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos, para a
participação democrática da vida social.
Devemos estabelecer critérios que explicitem as expectativas de aprendizagem,
considerando objetivos e conteúdos propostos para as áreas de conhecimento, a
organização lógica e interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento de
escolaridade e as possibilidades de aprendizagem decorrentes de cada etapa do
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social em uma determinada situação, na qual os
alunos tenham condições de desenvolvimento do ponto de vista pessoal e social.
Os critérios de avaliação devem apontar as experiências a que os alunos devem
ter acesso e que são considerados essenciais para o seu desenvolvimento e
socialização. Nesse sentido, eles devem refletir de forma equilibrada os diferentes tipos
de capacidades e as três dimensões de conteúdos (conceitos, procedimentos e
atitudes) e servir para encaminhar a programação e as atitudes de ensino e
aprendizagem.
5.2 – Concepções que nortearão as práticas escolares
5.2.1 – Concepção de homem:
Segundo Aristóteles o homem é um animal racional. Animal é a categoria próxi-
ma, na qual se inclui o homem, racional é a diferença específica, por meio da qual se
distingue conceitualmente os homens dos outros animais. Para a filosofia grega, o ho-
mem é um “ser racional”, ou melhor, dito, um animal que possui razão.
Concebemos o homem como um ser natural e social. Para sobreviver ele precisa
relacionar-se com a natureza, já que dela provêm as condições que lhe permitem per-
petuar-se enquanto espécie. Na busca das condições para a sua sobrevivência, o ser
humano atua sobre a natureza transformando-a segundo suas necessidades e para
além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em deter-
minado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência dessas, ele
produz conhecimentos que são produzidos e transmitidos de geração a geração. A
transmissão dessas experiências e conhecimentos se dá por meio da educação e da
cultura.
Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A interação homem-natureza é
um processo permanente, de mútua transformação e se constitui no processo de produ-
ção da existência humana. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho,
produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes formas
pela humanidade.
O processo de produção da existência humana é um processo social, sendo as-
sim, o ser humano não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros para sobre-
viver. Existe interdependência dos seres humanos em todas as formas da atividade hu-
mana, sejam quais forem suas necessidades, desde a produção de bens até a elabora-
ção de conhecimentos, costumes, valores. Essas necessidades são criadas, atendidas
e transformadas a partir da organização e do estabelecimento de relações entre os ho-
mens.
5.2.2 – Concepção de sociedade:
A sociedade como construção humana em âmbito coletivo, que ocorre
constantemente ao longo de gerações, sendo um processo contínuo dentro do mundo
e da vida, permite ao homem situar-se na realidade de maneira conscviente e
construtiva, criando vínculos produtivos e realizadores.
Segundo SAVIANI:
“para entender o modo como funciona a sociedade é necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade, leis que não são naturais, obviamente, mas sim leis
que se constituem historicamente. Infelizmente, como conseqüência de nossas leis, temos uma sociedade heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo: classe, etnia, gênero, religião... Uma sociedade em que a grande parte da população está excluída e condenada à marginalidade por não ter a possibilidade de inserção no mercado de trabalho, devido também em grande parte, ao avanço tecnológico e científico no modo de produção contemporâneo. Diz-se que vivemos numa democracia, no entanto, uma sociedade democrática não é aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto, mas sim aquela onde o conjunto dos membros tem a possibilidade de participação em todos os processos decisórios que dizem respeito à sua vida, é a democracia participativa. É preciso ter claro que não há verdades eternas e absolutas nas relações entre a sociedade e o Estado e que a busca de uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em resumo, uma utopia para a humanidade. “ (SAVIANI, 1992)
Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida,
está o trabalho, uma atividade intencional que envolve formas de organização, objeti-
vando a produção dos bens necessários à vida humana. Essa organização implica uma
dada maneira de dividir o trabalho necessário à sociedade, ao mesmo tempo em que o
condiciona. A forma de dividir e organizar o trabalho determina também a relação entre
os homens na organização política e social, sobretudo quanto à propriedade dos instru-
mentos e materiais utilizados e à apropriação do produto do trabalho.
5.2.2 – Concepção de trabalho:
Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, do ho-
mem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de bens.
Assim, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila, já que
está impregnado de relações de poder.
O desenvolvimento do homem e de sua história não depende de um único fator.
Seu desenvolvimento ocorre a partir do suprimento de suas necessidades materiais, da
forma de satisfazê-las, da forma de se relacionar para tal e das idéias produzidas. Nes-
se processo do desenvolvimento humano multideterminado, que envolve inter-relações
e interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica é o
determinante fundamental.
A palavra trabalho deriva do latim tripalium, objeto de três paus aguçados utilizado
na agricultura e também como instrumento de tortura. Mas ao trabalho associamos a
transformação da natureza em produtos ou serviços, portanto em elementos de cultura.
O trabalho é desse modo, o esforço realizado, e também a capacidade de reflexão,
criação e coordenação.
Ao longo da história, o trabalho assumiu múltiplas formas. Um importante
pensador sobre esse assunto foi Karl Marx. Para esse autor, o trabalho, fruto da relação
do homem com a natureza, e do homem com o próprio homem, é o que nos distingue
dos animais e move a História. Mas o trabalho no mundo capitalista assumiu uma forma
muito específica: o emprego assalariado.
Para Marx não é o trabalho que é comprado pelo capitalista, mas a força de
trabalho ou a capacidade de trabalho. Esta força de trabalho é paga "pelo seu valor"
segundo as normas da economia capitalista. Efetivamente, o salário é o que permite
manter e reproduzir a força de trabalho; logo, é a expressão monetária do seu custo em
trabalho ou da quantidade de trabalho que a sociedade deve consagrar à manutenção e
à reprodução da força de trabalho. Mas a força de trabalho pode fornecer mais trabalho
do que custa. A diferença entre a quantidade de trabalho fornecida pela mão-de-obra e
a quantidade de trabalho representada pelo seu custo fica nas mãos do capitalista.
Marx chama-lhe mais-valia. Este termo (mais-valia) usado por Marx já tinha sido usado
anteriormente por Sismondi, que também a chamava de melhor-valia.
5.2.3 – Concepção de educação:
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens que os
situa dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela
sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. De acordo com Demerval
Saviani, a ”educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, o que significa
afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma experiência do e para o processo de trabalho,
bem como é ela própria, um processo de trabalho” (SAVIANI, 1992, p. 19)
A educação como prática social e, portanto política vai contribuir ou para a
conservação e reprodução da sociedade e de seus conteúdos ideológicos, ou atuar no
sentido de criticar e superar esses conteúdos e, conseqüentemente, agir na linha de
resistência à dominação e de transformação da sociedade. Ela pode se constituir,
então, em uma prática transformadora. Definir os fins educativos é definir, ao mesmo
tempo, a sociedade, a cultura e o homem que se quer promover. O papel de todos os
educadores não é somente de transmitir o patrimônio cultural, mas também de
participar da formação do homem e do cidadão.
Dessa forma, pretendemos uma educação voltada para a transformação social,
sendo essa libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conheci-
mento científico, político e cultural, visando formar um cidadão crítico e consciente de
seus direitos e deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o
outro e com o meio ambiente de forma equilibrada.
5.2.4 – Campo e Educação do Campo:
É importante fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. A concepção de
rural representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que
historicamente fizeram referência aos povos do campo como pessoas que necessitam
de assistência e proteção, na defesa de que o rural é o lugar de atraso. Trata-se do
rural pensado a partir de uma lógica economicista, e não como um lugar de vida, de
trabalho, de construção, de significados, saberes e culturas. Trata-se do campo como
lugar dos povos que o têm como lugar de vida, de trabalho, de cultura, da produção de
conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.
Já, a concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais
no final do século XX, em referência à identidade dos povos do campo, valorizando-os
como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a
natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante a
utilização da mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as
relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de
celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o
relógio mecânico. A identidade dos povos do campo comporta categorias sociais como
posseiros, bóias-frias, ribeirinhos, atingidos por barragens, assentados, acampados,
arredendatários, pequenos proprietários, colonos ou sitiantes, caboclos dos Faxinais,
comunidades negras rurais, quilombolas e também as etnias indígenas.
Em síntese, o campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir
dos povos que nele habitam. Entre estes, há os que estão vinculados à alguma forma
de organização popular, outros não. São diferentes gerações, etnias, gêneros, crenças
e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os problemas,
de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.
No âmbito da educação do campo, o objetivo é que o estudo tenha a
investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos
escolares, de forma que possa valorizar as singularidades regionais e localizar as
características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos
povos do campo, quanto em termos da valorização da cultura construída nos
diferentes lugares do país.
A escola não pode reduzir o processo pedagógico às discussões da realidade do
campo, desconsiderando a interdependência campo-cidade. A escola vai além de um
local de produção e socialização do conhecimento, sendo espaço de convívio social,
onde acontecem reuniões, festas, celebrações religiosas, vacinação e
desenvolvimento de atividades que possibilitam articulação da comunidade,
potencializando a permanente (re) construção de uma identidade cultural,
possibilitando especialmente a elaboração de novos conhecimentos.
5.2.4 – Concepção de currículo:
O currículo, como elemento articulador da organização do trabalho pedagógico
na escola, pressupõe a compreensão da função social, da dimensão político-
pedagógica e da especificidade da educação e na efetivação da gestão escolar, do
projeto político pedagógico, do plano de ação escolar, do plano de trabalho, do
regimento escolar, da proposta pedagógica, do planejamento de ensino e do plano de
aula.
O currículo é uma questão de poder, pois a definição do sujeito histórico-social a
ser formado, da função social e especificada da escola, dos conhecimentos científicos a
serem ensinados, do método de ensino e dos critérios e instrumentos a serem
utilizados na avaliação, representa uma ação politico-pedagógica.
O currículo é uma questão de conhecimento, uma vez que a tomada de decisões
a respeito da organização do trabalho pedagógico requer o domínio e a compreensão
não só da dimensão política da educação, mas principalmente de sua dimensão
pedagógica.
O currículo é uma questão de identidade, já que as decisões tomadas a respeito
dos elementos culturais essenciais à formação do sujeito histórico-social e à
organização do trabalho pedagógico revelam a opção política, os interesses, os ideais e
a compreensão da realidade pela comunidade.
Basicamente, o currículo é uma lista de tudo aquilo que uma escola pretende
ensinar. Pode também conter informações mais precisas sobre como e quando vai
fazê-lo e também sobre os processos de avaliação das aprendizagens. Geralmente,
resumem-se a uma relação de matérias, cada uma com seus conteúdos, apresentados
na seqüência em que devem ser trabalhados com os alunos de cada série.
O currículo pode ser uma referência sobre o modo de ser da escola,
especialmente quando apresenta inovações em seus conteúdos. Ideologia e cultura
estão ligadas ao currículo, tanto na teoria tradicional como na teoria crítica, pois se
considera o currículo uma forma institucionalizada de transmitir a cultura de uma
sociedade.
5.2.5 – Concepção de avaliação:
Estudos desenvolvidos por autores como CANDAU e OSWALD (1995) demons-
tram que, por um longo tempo o processo de avaliação foi interpretado exclusivamente
em sua dimensão técnica: tratava-se de otimizar instrumentos de teste, técnicas de ela-
boração de questões avaliativas, conversão de resultados em conceitos ou notas e as-
sim por diante. Não se questionava o peso das expectativas docentes no próprio ato de
avaliar, ou o impacto da diversidade dos universos socioculturais dos alunos em seu
desempenho.
Em contrapartida, estudos posteriores passaram a denunciar os efeitos perversos
do processo avaliativo. Estes apontavam para o caráter de reprodução das desigualda-
des sociais que ele ajudava a consubstanciar. Nesse sentido, sob uma capa de neutrali-
dade técnica, a avaliação estaria, na verdade, trabalhando a favor das classes domi-
nantes, uma vez que expulsaria aqueles alunos cujo universo sociocultural não corres-
pondia aos valores dominantes transmitidos na escola.
Os anos 80 e 90 trouxeram estudos de avaliação que buscam justamente superar
essa visão limitadora. Autores como PERRENOUD (1999), VASCONCELOS (2002a),
LÜDKE e MEDIANO (1992), LUCKESI (2000) e outros, comprovam em seus estudos
que a avaliação, como tem sido feita, restringe-se à função de classificação, pois se re-
duz a um momento final do processo de ensino-aprendizagem e limita-se a categorizar
o aluno em termos de nota. A grande preocupação do professor é saber quanto o aluno
merece e, a do aluno, é saber quanto precisa para passar de ano. Grande parte das
idéias acerca da questão da nota e da reprovação sugere insegurança dos professores
perante uma forma alternativa de avaliação. (VASCONCELLOS, 2002b)
Assim, uma cultura avaliativa invade o dia-a-dia da escola, como uma “rede" que
se estende desde as salas de aula até as salas da direção, coordenação, orientação e
culmina em conselhos de classe, nos quais a seleção dos “aprovados e reprovados" en-
contra seu ponto final. Buscar formas alternativas de avaliação significa, antes de tudo,
buscar entender os pressupostos, a base desses procedimentos de avaliação classifi-
catória, denunciando os elementos ideológicos que o informam. Significa, ainda, com-
preender a cultura da avaliação sob nova perspectiva. (LUDKE e MEDIANO, l992)
Na avaliação classificatória, ignora-se o dinamismo do conhecimento produzido
pelo homem, particularmente no contexto das grandes transformações científicas e tec-
nológicas deste final de milênio. Ignora-se também, a importância de favorecer uma
perspectiva de investigação e questionamento constantes, essenciais para o avanço
desse mesmo conhecimento. Ao mesmo tempo, uma concepção estática do conheci-
mento e de sua avaliação ignora que uma aprendizagem significativa só ocorre quando
aquilo que se ensina relaciona-se aos conhecimentos prévios dos alunos. Estes devem
ser interpretados não como objetos passivos, mas como sujeitos portadores de visões
de mundo e padrões sócio-culturais específicos, que demonstram seu modo de pensar
e de situar-se no mundo.
A avaliação transformadora não se limita ao momento final do processo: ela o
acompanha em sua trajetória de construção cotidiana. Busca identificar os padrões cul-
turais dos alunos que chegam às escolas e os elementos necessários para ampliar es-
ses padrões, através de uma relação de diálogo no dia-a-dia das práticas de ensino.
A avaliação diagnóstica servirá de ajuda ao processo de ensino- aprendizagem:
fornecerá aos professores elementos que permitam identificar os conhecimentos pré-
vios dos alunos, bem como os pontos críticos para que se avancem na construção do
conhecimento, tendo em vista um projeto de escola não excludente.
No contexto escolar, a avaliação deve centrar-se na forma como o aluno aprende,
sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal
do sujeito que aprende, influenciada tanto pelas características pessoais quanto pelo
contexto social. Com tal abrangência, a avaliação deve ser contínua, formativa, na pers-
pectiva do desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e evitar proble-
mas de aprendizagem. Uma avaliação diagnóstica bem feita pode identificar as possí-
veis causas de fracassos ou dificuldades de alunos e professores e indicar caminhos
para maior qualificação da aprendizagem.
A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do processo
educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da observa-
ção, da análise, de reflexão crítica sobre a realidade/contexto. Esse processo exige o
envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos no processo de ava-
liação, onde estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os
processos de ensino e da aprendizagem, na construção de uma educação transforma-
dora, cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi, “a prática da
avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar atenta aos
modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia do educan-
do, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos”. (LUCKESI,
2002, p. 32).
A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no cír-
culo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar ou redire-
cionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação diagnóstica seja
possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção pe-
dagógica preocupada com a perspectiva de que o educando deverá apropriar-se critica-
mente do conhecimento.
Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos rumos, inovar o en-
sino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos, a quem ensinamos e porque ensi-
namos para chegar no como avaliar, quem avaliar e para que avaliar. Instrumentos di-
versos podem ser utilizados em avaliação diagnóstica de acordo com a criatividade e a
sensibilidade dos docentes e os recursos disponíveis em sua realidade. Provas, testes,
questionários, roteiros de observação e de entrevista com alunos e pais de alunos, pro-
jetos que busquem caracterizar o universo sócio-cultural daqueles que freqüentam a es-
cola, podem perfeitamente subsidiar o processo de ensino-aprendizagem em uma pers-
pectiva transformadora.
Com isso, a avaliação servirá para verificar a apropriação do conhecimento por
parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação não são momentos separados,
acontecem de forma contínua em interação permanente. Os objetivos devem ser bem
claros e os conteúdos selecionados pelo seu grau de importância para a vida do aluno.
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem, deve ser incorpo-
rada às atividades normais da sala de aula, envolvendo os alunos no processo chama-
do de auto-avaliação.
A avaliação não pode limitar-se apenas na etapa final de uma determinada práti-
ca. Ela deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir. Quando se constata
que o aluno não aprendeu o que foi ensinado, o professor deve rever os programas, re-
tificá-los, repensar a metodologia, descobrir falhas no processo, buscar outros cami-
nhos, lançar novas indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores re-
sultados. Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível.
A transformação da avaliação abrirá caminhos para a construção de novas possi-
bilidades e de novas questões. Será mais um meio para fazer avançar o processo de
ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo assim, é neces-
sário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para propor uma reestrutu-
ração interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a aprendizagem.
Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem se comprometer com o processo de
transformação da realidade, alimentando um novo projeto comum de escola e socieda-
de” (VASCONCELLOS, 1994, p. 85). Assim, o educador estará consciente que seu tra-
balho servirá para construir uma sociedade mais humana e mais justa, onde o direito do
saber não pertence só a uma determinada classe de pessoas.
Neste Colégio adota-se uma avaliação dentro das disposições orientadas como
regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas na LDB 9394/96, Art. 24, In-
ciso V e Deliberação nº 007/99, avaliação esta, contínua, cumulativa e diagnóstica, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
O sistema de avaliação no Colégio Estadual São Francisco de Assis é semestral.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre através do acompanhamento do
desempenho do aluno nas diferentes situações de aprendizagem, utilizando para tal,
técnicas e instrumento diversificados como: testes orais e escritos, trabalhos individuais
e em grupos, observações espontâneas ou dirigidos, debates, relatórios, trabalhos de
campo, elaboração de textos, criação de diversas atividades que possam ser um
“diagnóstico” do processo pedagógico sempre preponderando o aspecto qualitativo da
aprendizagem, sendo vedada uma única aferição, sendo exigidas no mínimo quatro
(quatro) avaliações com as respectivas recuperações de forma semestral onde será
feita a somatória permanecendo a nota maior, que dará a média anual, sendo esta
dividida por dois.
As notas obtidas das avaliações serão registradas em documentos próprios, a
fim de ser assegurada a regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno.
A cada semestre será realizada uma reunião com o corpo docente e equipe
pedagógica para avaliar a situação de aprendizagem do aluno e traçar metas e
estratégias para resgatar os alunos que estão tendo dificuldades de aprendizagem.
Os alunos só poderão ser submetido à no máximo 2 (duas) avaliações em um
mesmo dia, devendo os professores sempre que possível evitar que isto aconteça.
Os alunos que perderem avaliações por faltarem no dia, para realizá-las em
outro dia deverão justificar a sua falta perante a direção que autorizará a realização
desta avaliação perdida, cuja data de realização será definida pelo professor (a).
O boletim será expedido no final de cada semestre com a respectiva média
semestral. Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento registrará, no
histórico escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado.
Quando da transferência de um aluno de outro Colégio, que adota avaliação
bimestral, as notas trazidas serão utilizadas para cálculo da média do semestre.
5.2.6– Concepção de gestão:
A escola como organização educativa é um lugar em que, a partir de um discurso
próprio, e sem rejeitar as contribuições de outras áreas sociais e econômicas, reafirma
a especificidade do processo educativo, e é, também, onde se tomam importantes
decisões educativas, curriculares e pedagógicas. Nessa perspectiva, é importante
valorizar as ações dos profissionais da escola – diretor, coordenador, supervisor,
orientador, professor, pessoal de apoio administrativo - decorrentes de seus interesses,
de sua iniciativa, de suas interações, incentivando os espaços de participação e
autonomia, sem desobrigar o Estado de suas responsabilidades. Nesse movimento, de
ida e volta, entre ação-reflexão-ação de seus profissionais, é fundamental assumir
também dentre suas funções “o trabalho de pensar [da escola]” (MINTZBERG, 1983
apud NÓVOA, 1992, P.24).
Nessa perspectiva, a escola é um ambiente educativo, um espaço de formação,
construído pelos que nela trabalham e, um lugar em que os profissionais decidem
coletivamente sobre o trabalho e aprendem mais sobre sua profissão de educador.
Nesse ambiente educativo, vale lembrar o que disse Paulo Freire (1986, p. 99): “... ai de
nós, educadores, se deixarmos de sonhar sonhos possíveis”, esclarecendo “quando eu
digo sonho possível é porque há na verdade sonhos impossíveis, e o critério da
possibilidade ou impossibilidade dos sonhos, é um critério histórico-social e não
individual”.
Os princípios enunciados na Lei 9394/96, enfatizam a “gestão democrática do
ensino público na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”, deixando
que os sistemas de ensino definam “as normas da gestão democrática do ensino
básico, de acordo com as suas peculiaridades” (Art. 14), mas efetivando,
obrigatoriamente, a “participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola”, bem como a “participação das comunidades escolar e
local, em conselhos escolares ou equivalentes”. (Art. 14)
Essas ações descentralizadoras exigem um novo olhar sobre a gestão da escola
e novas competências para atuar, frente às desafiantes responsabilidades que surgem
no cotidiano escolar. Como organização social, a escola pressupõe a união de
diferentes indivíduos, numa relação comum, que gera a necessidade de decisões no
coletivo, com o comprometimento de todos no enfrentamento dos problemas
institucionais.
5.4.7- Concepção de Inclusão
Ao falar da proposta da Educação inclusiva surge a necessidade de se fazer um
breve histórico sobre as pessoas com necessidades especiais, na busca de
oportunidades iguais para todos e o tratamento que receberam no decorrer dos
períodos.
Ate o século XV, as crianças que nasciam com alguma deficiência eram
consideradas como deformadas e jogadas nos esgotos da Antiga Roma. Na Idade
Media as igrejas passaram a abrigar estas crianças, paralelamente ganharam funções
de bobos da corte. Eram vistos como seres diabólicos e precisavam ser castigados
para serem purificados.
Do século XVI ao XX, estas pessoas continuaram isoladas das sociedades,
ficando em asilos, conventos, albergues e hospitais psiquiátricos, sem tratamentos
especializados, vivendo como detentos em uma prisão.
A partir do século XX, passaram a ser vistos como cidadãos, mas sob uma visão
assistencialista. Neste período aparece a primeira diretriz política em 1948 na
Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirmando que todo ser humano tem
direito a educação.
Nos anos 60, os familiares começam a mobilizar-se defendendo a idéia da
integração das pessoas com deficiência na sociedade, no Brasil surge a Lei 4>024 que
aponta a necessidade da Educação para pessoas excepcionais.
Nos anos 70, os EUA avançam na Inclusão para proporcionar melhores
condições de vida aos mutilados da Guerra do Vietnã, a educação inclusiva tem inicio
em 1975 nestes pais.
Em 1989, a Lei Federal 7.853, prevê a oferta gratuita e obrigatória da Educação
Especial em estabelecimentos públicos de ensino e considerando crime a recusa da
matricula deste aluno.
Em 1994 ocorreu na Espanha um encontro, os quais participaram instituições do
mundo inteiro, governamentais e não governamentais; na ocasião foi elaborado o
primeiro documento internacional que aborda extensamente o conceito de inclusão, e
que se chamou “Declaração de Salamanca”. Neste documento está prevista entre
outras coisas a inclusão de pessoas portadoras de necessidades educativas especiais
(PNEEs) em todos os âmbitos da sociedade, e prevê também as devidas adaptações
para que possa ser garantida a acessibilidade destas pessoas, inclusive nas escolas de
ensino regular.
O discurso acerca da inclusão de pessoas com deficiência na escola, no trabalho
e nos espaços sociais em geral, tem-se propagado rapidamente entre educadores,
familiares, líderes e dirigentes políticos, nas entidades, nos meios de comunicação, etc.
isto não quer dizer que a inserção de todos nos diversos setores da sociedade seja
prática corrente ou uma realidade já dada.
Em nosso país este movimento tem tido cada vez mais força, principalmente, na
última década, período recente em que se busca incluir um número maior de crianças
portadoras de necessidades educativas especiais no ensino regular. Pode-se dizer que
os objetivos da educação especial com fundamentação na lei federal no 5.692/71 são:
“...atender às necessidades específicas decorrentes da excepcionalidade; proporcionar condições para início, continuidade e alcance de terminal idade escolar do excepcional adequadas às suas características individuais; propiciar a integração do excepcional nas atividades regulares da escola e na comunidade. “(BRUNO, 1997)
Segundo FORES & PEARPOINT (1997, p. 137): “inclusão significa convidar
aqueles que de alguma forma têm esperado para entrar e pedir-lhes para ajudar a
desenhar o nosso sistema e que encorajem todas as pessoas a participar da
completude de suas capacidades, como companheiros e como membros.”
A inclusão implica em um processo profundo e abrangente de reforma dos
sistemas escolares. Pensando na escola como um espaço que deve dar conta da
diversidade humana e acreditando que a sala de aula é o local privilegiado para a
vivência destas diferenças, o professor faz do seu papel a compreensão do aprender a
ensinar um processo que está presente em toda a sua trajetória profissional.
Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção a
diversidade é o eixo norteador do paradigma da educação inclusiva, isto é, uma
educação de qualidade para todos.
No momento, não temos matriculados em nosso Colégio, alunos com
necessidades especiais, mas mesmo assim sentimos a necessidade de adotar
estratégias a efetivação do processo inclusivo em nossa instituição e, portanto devemos
nos organizar no sentido de garantir, não somente ao aluno com necessidades
educativas especiais, mas também aquele que apresenta dificuldades de
aprendizagem, um atendimento adequado às diferenças individuais as quais
necessitam de uma atenção personalizada de qualidade. Portanto, não se refere
apenas aos educando especiais, mas sim a todo o sistema de ensino.
Pensando na escola como um espaço que deve dar conta da diversidade
humana e acreditando que a sala de aula é o local privilegiado para a vivência destas
diferenças, a formação dos profissionais se faz necessária e outros recursos
indispensáveis para o ensino de qualidade, como: material diversificado, adaptações
curriculares, materiais e ambientes adaptados, etc.
A certeza é de que muitas dificuldades existem e ainda surgirão outras tantas,
mas se assumirmos um compromisso de uma escola de qualidade para todos,
devemos buscar alternativas, informações, passando a acreditar no trabalho coletivo
como possível e necessário, principalmente passar a querer o sucesso deste processo
inclusivo não apenas em nossa instituição, mas também em todo o meio social.
6 - MARCO OPERACIONAL
Temos plena consciência que a melhoria da qualidade educativa está na
melhoria dos processos e das relações existentes no espaço educacional. Essa prática
exige de nós professores: conhecimento, consciência, liderança e disponibilidade. O
professor deve possibilitar ao aluno o seu pleno desenvolvimento, no âmbito emocional,
social, cognitivo para que ele possa utilizar esses conhecimentos para compreender o
mundo, os diferentes grupos sociais e utilizar esses conhecimentos para transformar a
sociedade em que se vive hoje num espaço democrático e igualitário para todos.
Além das dificuldades apontadas, a escola no momento necessita com a máxima
urgência da construção imediata de mais salas de aulas para, principalmente, atender a
questões de reforço escolar como sala de apoio e sala de recursos na Área de Língua
Portuguesa e Matemática auxiliando, assim no desenvolvimento de nossos alunos. No
momento, também a biblioteca se encontra em local inadequado para que os alunos
possam fazer pesquisas, o laboratório de ciências precisaria estar em local adequado
para experiências e aguardamos a vinda dos computadores para o laboratório de
informática. Mais recursos pedagógicos, como computadores, retropojetores e uma
máquina de xerox, também se fazem necessários. Pela estrutura de nossa escola
deveríamos ter várias “secretarias” divididas em vários setores para desenvolverem
projetos com o objetivo de evitar o êxodo da região.
Reforçamos a criação de secretarias em vários setores como saúde, esporte,
cultura, etc., para desenvolverem inúmeras atividades para a comunidade, não só para
beneficiar os alunos, mas sim atender melhor as famílias e tentar impedir o grande
êxodo que acontece em decorrência da ausência de oportunidades na região.
Em relação a projetos internos da escola, temos alunos de uma região que está
passando por uma fase de reconhecimento como Comunidade Quilombola e diante de
tal fato histórico, seria cabível um projeto para desenvolver a região e a própria cultura
afro relacionando-a com várias disciplinas. Outra questão interessante seria “reativar” a
Horta na Escola, aplicando técnicas de plantio que beneficiariam também a prática
posterior nas famílias.
Finalizando, deve-se considerar que “é preciso e até urgente que a escola vá se
tornando em espaço escolar acolhedor e multiplicador de certos gostos democráticos
como o de ouvir os outros não por puro favor, mas por dever, o de respeitá-los, o da to-
lerância, o do acatamento às decisões tomadas pela maioria a que não falte, contudo, o
direito de quem diverge de exprimir sua contrariedade”. (FREIRE, 1995, p. 91). Contri -
buir para que nosso educando tenha todas as condições necessárias de atender as ne-
cessidades de nossa sociedade, ou seja, que possa ser inserido num contexto sem so-
frer nenhum tipo de preconceito ou discriminação, que possa “lutar” neste meio capita-
lista de maneira igual. Para que a escola seja realmente um espaço democrático e não
se limite a reproduzir a realidade sócio-econômica em que está inserida, cumprindo or-
dens e normas a ela impostas por órgãos centrais da educação, deve-se criar um espa-
ço para a participação e reflexão coletiva sobre o seu papel junto à comunidade.
Devemos então nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência do alu-
no na escola. Não basta esperar por soluções que venham verticalmente dos sistemas
educacionais. Urge criar propostas que resultem de fato na construção de uma escola
democrática e com qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema
educacional possam reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos legais que sejam
coerentes e justos, disponibilizando os recursos necessários à realização dos projetos
das escolas. Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu papel, so-
cializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino.
6.2– Plano de Formação Continuada para os Professores:
A formação continuada para professores se processa através dos cursos
oferecidos em Faxinal do Céu, em palestras promovidas pelo Colégio e pelo distrito
pela a qual a escola pertence, em cursos oferecidos pelas Universidades e pelo
Município.
Procuramos aumentar o acervo bibliográfico dos professores adquirindo livros
solicitados por eles.
Estudos em grupos objetivando um encaminhamento sintonizado das relações
professor-aluno, dentro da escola e também buscando uma troca de experiência para
um enriquecimento didático-pedagógico.
Devido a grande distância da sede, a formação continuada dos professores no
estabelecimento fica prejudicada, todos os nossos professores residem na sede do
Município e em conseqüência as nossas reuniões são feitas em salas emprestadas de
escolas centrais.
A formação continuada para os professores se processa através dos cursos
oferecidos em Faxinal do Céu, em palestras das quais o Colégio é convidado a
participar, ofertada pela SEED, e pelo município.
Livros que os professores pedem para melhorar seu trabalho, procura-se
adquirir, bem como trazemos os foolders relativos a cursos oferecidos pelas
Universidades.
7 – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO P.P.P.
De acordo com o Programa de Avaliação Institucional da Educação Básica na
SEED / PR, a Avaliação Institucional deve ser construída de forma coletiva, sendo
capaz de identificar as qualidades e fragilidades das instituições e dos sistemas,
subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o
aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação públicas ofertada na Rede Estadual.
O Programa proposto tem por objetivo criar um movimento emancipatório,
formativo e educativo, de complementação, aperfeiçoamento e articulação dos
processos avaliativos praticados no Sistema Estadual da Rede de Educação Básica de
modo a:
- superar as resistências e desmistificar o caráter da avaliação;
- revelar a totalidade da realidade escolar e educacional;
- fornecer subsídios para a reorientação das políticas educacionais e atualização
dos projetos político-pedagógicos das escolas e dos planos de trabalho das
equipes que atuam no sistema educacional;
- respeitar as especificidades das modalidades de ensino e a cultura de cada
Instituição, reforçando e valorizando sua identidade;
- envolver, comprometer e co-responsabilizar todos na construção de uma
educação transformadora, cidadã e socialmente responsável.
Portanto, a Avaliação Institucional possibilitará uma leitura da totalidade da
Instituição, fornecendo subsídios para a melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade de
seu trabalho, não apenas para a tomada de consciência, mas, principalmente, na
implementação de mudanças necessárias que visem o avanço e a melhoria na
qualidade da educação.
Nesse sentido, nossa Instituição de ensino tem como proposta, aplicar uma
Avaliação Institucional aos alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, avaliando
todos os segmentos de nosso Estabelecimento de Ensino: Direção, Equipe
Pedagógica, Administrativo, Serviços Gerais, Bibliotecário (Anexo I) e Equipe Docente
(Anexo II).
Entendemos o processo de avaliação como uma oportunidade de aprendizado e
evolução, e ele só fará sentido se for trabalhado dentro destes princípios. Ele é, antes
de tudo, uma ampla ação pedagógica, onde se reavalia, reflete, reelabora, reexamina
atitudes, avança em propostas e perspectivas, nas quais se englobam uma série de
operações e ações que se interrelacionam, visando aperfeiçoar e melhorar o processo
escolar, bem como divulgar seus resultados a todos os envolvidos. Um caminho difícil,
porém possível, principalmente porque a comunidade escolar tem manifestado o inte-
resse de colaborar, buscando rumos para uma escola atuante, criativa, democrática e
de melhor qualidade.
Como plano de avaliação também, uma vez por semestre será convocado as
Instâncias Colegiadas: A.P.M., Conselho Escolar e Grêmio Estudantil para analisarmos
o andamento da Escola no geral, envolvendo professores, funcionários, direção e
alunos, para analisarmos se a escola está atingindo as expectativas de todos, e se não
estiver, o que devemos fazer para melhorar com o objetivo de alcançarmos, que
medidas devem ser tomadas para que a escola atinja seus objetivos.
Com isto a escola será avaliada continuadamente, possibilitando corrigir os erros
o mais rápido possível.
8 - MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
A estrutura do Ensino Fundamental, período diurno, na série, com freqüência
mista, será feita de forma Seriada e Anual, sendo que o ano letivo corresponderá ao
ano civil.
Constará de 4 séries (5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental).
A carga horária da Base Nacional Comum será de 3680 horas, sendo
distribuídas nas seguintes disciplinas:
Artes – 320 horas/aulas;
Ciências – 640 horas/aulas;
Educação Física – 320 horas/aulas;
Ensino Religioso – 80 horas/aulas;
Geografia – 480 horas/aulas;
História – 560 horas/aulas;
Língua Portuguesa – 640 horas/aulas;
Matemática – 640 horas/aulas;
A carga horária da Parte Diversificada será 320 horas/aulas distribuída na
seguinte forma:
Língua Estrangeira Moderna (Inglês) – 320 horas/aulas.
A carga horária total do Curso é de 4000 horas/aulas, previsto no Artigo da Lei
9394/96.
A distribuição das aulas nas respectivas disciplinas seguem de acordo com a
Matriz Curricular.
9 - MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
A Estrutura do curso do Ensino Médio, no período diurno com freqüência mista.
Será feita de forma Seriada e Anual, sendo que o ano letivo corresponderá ao ano civil.
Constará de três séries (1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio).
A carga horária da Base Nacional Comum no Curso será de 2760 horas/aulas
sendo distribuídas nas seguintes disciplinas:
Arte com 160 horas/aulas;
Biologia com 240 horas/aula.
Educação Física com 240 horas/aulas.
Filosofia com 240 horas/aulas;
Física com 240 horas/aulas;
Geografia com 240 horas/aulas;
História com 240 horas/aulas;
Língua Portuguesa 360 horas/aulas;
Matemática com 280 horas/aulas;
Química com 280 horas/aulas.
Sociologia com 240 horas/aulas;
A Parte Diversificada no Curso Terá um total de 240 horas/aulas, sendo distribuí-
da na disciplina de:
Língua Estrangeira Moderna –Inglês com 80 horas/aulas;
Língua Estrangeira Moderna - Espanhol - 160 hora/aula
A carga horária do Curso será de 3000 horas/aulas.
10 – DISCIPLINAS DO ENSINO FUNDAMENTAL – BASE NACIONAL
COMUM
10.1 - LÍNGUA PORTUGUESA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa deve girar em torno de uma unidade teórico-
metodológica que fundamenta e orienta a aprendizagem, criando-se condições para o
aluno desenvolva e aperfeiçoe de uma forma progressiva, contínua e integrada, o uso
da língua.
Os discursos produzidos no ato da interação estão sempre associados ao
contexto histórico em que se encontram os indivíduos, interligados aos aspectos
sociais, culturais, etc. Bem como criando efeitos de sentidos entre os interlocutores,
como nos aponta a teoria bakhtiniana, que não são sentidos com finalidades voltadas a
si mesmo, nem individuais, mas sim em atitudes de responsabilidade entre os
interlocutores.
O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as leis,
porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o que
a lei propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, ai, os processos de
Educação.
É nos processos educativos, e notadamente nas aulas de Língua Materna, que o
estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência
lingüística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola
que o estudante brasileiro, e mais especificamente o da escola pública, deveria
encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na
sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua Materna, em instâncias
públicas e privadas. É na escola que o estudante brasileiro aprende a ter voz e fazer
uso da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões.
. Deve-se aos teóricos do Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos
estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão
lingüística de caráter formal-sistemático por considerar tal concepção incompatível
Com uma abordagem histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um
processo de evolução ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos
locutores” (BAKHITIN\VOLOCHINOV, 1999, p.127).
Analisar que o currículo da educação da
Educação Básica, contexto não é apenas o entorno contemporâneo e especial de um
objeto ou fato, mas é um elemento fundamental das estruturas sócio-históricas,
marcada por métodos que fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos
e claros, voltados à abordagem das experiências sociais dos sujeitos históricos
produtores do conhecimento.
II - OBJETIVOS GERAIS
• Aprimorar, pelo contato com textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e sensibilidade dos alunos.
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e proporcionar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção.
• Analisar os textos produzidos, lidos e /ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos lingüístico-discursivos;
• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento critico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
• Aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais.
III - CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESAssumindo-se a concepção de língua com prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, o objetivos de estudos da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante, portanto, é o discurso com prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS METODOLOGIA AVALIAÇÃO
LEITURA* Identificação do tema;* Interpretação textual, observando:- conteúdo temático- interlocutores- fonte- intertextualidade- informatividade- intencionalidade- marcas lingüísticas* Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários* Inferências
Relacione o tema com o contexto atual
Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros.Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos.
• Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.
• Leitura de vários textos para a observação das relações
dialógicas.
Espera-se que o aluno:• Reconhecimento e
análise da estruturas de diferentes tipologias textuais
• Amplie o horizonte de expectativas
• Emita opiniões a respeito do que leu
• Realize leitura compreensiva do texto
• Identifique o tema• Identificar a idéia
central do texto
ORALIDADE* Adequação ao gênero- conteúdos temáticos - elementos composicionais-marcas lingüísticas* Variedades lingüísticas* Intencionalidade do texto
• Apresentação de textos produzidos pelos alunos
• Constatação de histórias
- Narração de fatos
Espera-se que o aluno:- Utilize seu discurso
de acordo com a situação de produção (formal, informal)
- Apresente clareza de
* Papel do locutor e do interlocutor- participação e cooperação* Particularidades de pronúncia de algumas palavras* Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...
reais ou fictícios - Seleção de
discursos de outros, como:entrevistas, cenas de desenhos\programas infanto-juvenis,reportagem ...
- Análise dos recursos próprios da oralidade
- Orientação sobre o contexto sociais de uso do gênero trabalhado.
ao se colocar diante dos colegas
- Transcrição de história em quadrinho para a linguagem exclusivamente verbal
ESCRITA* Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas* Argumentação* Parágrafo* Clareza de idéias* Refacção textual
- Discussão sobre o tema a ser produzido
- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores.
- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero do trabalho
- Produção textual Reestrutura e reescrita textual
Espera-se que o aluno:• Expresse suas idéias
com clareza• Produza textos
atentando as circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)
ANÁLISE LINGUÍSTICA :
Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:* O uso dos artigos, pronomes pessoais, demonstrativos e possessivos na continuidade referencial do texto.* A ordem das palavras na frase e os efeitos decorrentes da alteração dessa ordem
- Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:-de gêneros selecionados para a leitura ou audição;-de textos produzidos pelos alunos; -das dificuldades Apresentadas pela turma.
Espera-se que o aluno:• Diferencie a
linguagem formal da informal
• Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como uso da pontuação, do artigo, dos pronomes...
• Amplie o léxico
* Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno * Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto * Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto * A pontuação e seus efeitos de sentido no texto* Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,* Acentuação gráfica* Processo de formação de palavras * Gírias * Algumas figuras do pensamento (prosopopéia, ironia...)* Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal* Particularidades de grafia de algumas palavras
6ª Série
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICA METODOLOGICO AVALIAÇÃO
LEITURA* Interpretação textual, observando:-conteúdo temático-interlocutores-fonte -ideologia-papéis sociais representados
* Práticas de leitura de texto de diferentes gêneros * Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos * Leitura das informações implícitas nos textos * Discussão sobre:
Espera-se que o aluno:* locallize informações explícitas no texto* Identifique o tema abordado no texto* Realize leitura compreensiva no texto* Compreenda a finalidade e as intenções do texto
-intertextualidade-intencionalidade-informatividade-marcas lingüísticas* Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários * As particularidades(lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e informal.*Texto verbal e não-verbal
finalidade do texto, fonte, interlocutor...* Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto* Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas
* Amplie o horizonte de expectativas.
ORALIDADE* Adequação ao gênero- conteúdos temáticos - elementos composicionais-marcas lingüísticas* Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversão(entonação,repetições,pausas...)* Variedades lingüísticas * Intencionalidade do texto * Papel do locutor e do interlocutor: -participação e cooperaçãoParticularidades de pronúncia de algumas palavras
* Apresentação de textos produzidos pelos alunos * Contação de historias * Seleção de discursos de outros como: notícias, cenas de novelas\filmes, entrevistas, programas humorísticos...* Análise dos recursos próprios da oralidade * Orientação sobre o contexto social de uso do gênero do trabalho.
Espera-se que o aluno:• Utilize seu discurso
de acordo com a situação de produção (formal e informal)
• Apresente clareza de idéias ao se colocar diante dos colegas
• Compreenda as intenções do discurso do outro
ESCRITA* Adequação ao gênero:-conteúdo temático-elementos composicionais-marcas lingüísticas* Linguagem formal\ informal* Argumentação * Coerência e coesão textual* Organização das idéias\parágrafos * Finalidade do texto
* Produção* Discussão sobre o tema a ser produzido * Seleção do gênero, finalidade, interlocutores. * Orientação sobre o contexto social de uso do gênero do trabalho * Proposta de produção textual * Revisão textual * Reestrutura e reescrita textual
Espera-se que o aluno:• Expresse suas idéias
com clareza • Produza textos
atendendo ás circunstâncias de produção proposta(gênero,interlocutor, finalidade...).
• Adequai à linguagem de acordo com o contexto exigido:
Refacção textual formal ou informal.
ANÁLISE LINGUÍSTICAPerpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:* Os estrangeirismos sua adaptação aos padrões gramaticais d língua importadora e seus valores culturais* Discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.* Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto* A pontuação e seus efeitos de sentido no texto* Recursos gráficos:aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen* Acentuação gráfica * Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais * A representação do sujeito no texto(expressivo\elíptico;determinado\indeterminado;ativo passivo* Neologismo* Figuras de pensamento (hipérbole, ironia,eufemismo, antítese).* Alguns procedi mentos de concordância verbal e nominal * Linguagem digital * Semântica * Particularidades de grafia de algumas palavras
* Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:-de gênero Selecionado para Leitura ou escuta -de textos produzidos pelos alunos -das dificuldades apresentadas pela turma
Espera-se que o aluno:• Diferencie a
linguagem formal da informal
• Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como uso da pontuação, do artigo, dos pronomes...
• Amplie o léxico • Compreenda a
diferença entre discursos direto e indireto
• Perceba os efeitos de sentido causados pelas figuras de pensamentos nos textos
7ª Série
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
LEITURA• Interpretação de
textual, observando:-conteúdo temático -interlocutores -fonte -ideologia -intencionalidade -informatividade-marcas lingüísticas • Identificação do
argumento principal e dos argumentos secundários
• As diferentes vozes sociais representadas no texto
• Linguagem verbal, não-verbal, midiático, informático, etc.
• Relações dialógicas entre textos
• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros
• Consideração dos conhecimentos prévios
• Inferências no texto • Discussão sobre:
finalidade do texto, fonte, interlocutor...
• Leitura dos textos verbais e não-verbais, midiático, iconográficos, etc.
• Leitura de veios textos para a observação das relações dialógicas
Espera-se que o que o aluno:
• Realize a leitura compreensiva do texto
• Emita opiniões a respeito do que leu.
• Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural
• Estabeleça relações dialógicas entre os textos lidos e\ou ouvidos
• Identifique efeitos de ironia ou humor em textos variados
• Amplie o horizonte de expectativas
ORALIDADE• Adequação ao
gênero:-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas lingüísticas • Coerência global do
discurso oral • Variedades
lingüísticas • Papel do locutor e do
interlocutor:-participação e cooperação
• Apresentação de textos produzidos pelos alunos
• Dramatização de textos
• Apresentação de mesa redonda. Júri-simulado, exposição oral...
• Seleção de discurso de outros para análise, como: filme, entrevista, mesa redonda, cena de novela\programa,
Espera-se que o aluno:• Utilize seu discurso
de acordo com a situação de produção (forma e informal)
• Reconheça as intenções dos discursos dos outros
• Elabore argumentos convincentes para defender suas idéias
-turnos de fala • Particularidades dos
textos orais • Elementos
extralingüísticos:-entonação, pausas, gestos...
• Finalidade do texto oral
reportagem, debate. • Análise dos recursos
próprios dos gêneros orais
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
ESCRITA• Adequação ao
gênero:-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas lingüísticas • Argumentação • Coerência e coesão
textual • Paráfrase de textos • Paragrafação • Refacção textual
• Discussão sobre o tema a ser produzido
• Seleção de gênero, finalidade, interlocutores.
• Exploração de contexto social de uso do gênero trabalhado
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
• Produção textual • Revisão textual • Reestrutura e
reescrita textual
Espera-se que o aluno:• Produza textos
atendendo ás circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade...)
• Elabore argumentos consistentes
• Produza textos respeitando a seqüência lógica
• Adeque o texto ao tema proposto
ANÁLISE LINGUÍSTICO perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral
• Conotação e denotação
• A função das conjunções na conexão de sentido do texto
• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronome,
• Compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero,do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos
• Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
- de gêneros selecionados para leitura ou escuta- de textos produzidos
Espera-se que o aluno:• Utilize
adequadamente, recursos lingüísticos, como uso da pontuação, do artigo, dos pronomes...
• Amplie o vocabulário • Identifique a
concordância presente em textos longos e de estruturas complexas
• Reconheça quando e como estabelecer complementação do
substantivas...)• Função de adjetivos,
advérbios, pronomes, artigos e de outras categorias como elementos do texto
• A pontua e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessões, negritos, hífen, itálico
• Acentuação gráfica• Figuras de
linguagem• Procedimentos de
concordância verbal e nominal
• A elipse na seqüência do texto
• Estrangeirismos• As irregularidades e
regularidades da conjugação verbal
• A função do advérbio: modificador e circunstanciador
• Complementação do verbo e de outras palavras
pelos alunos- das dificuldades apresentadas pela turma
verbo e de outras palavras
• Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo
8ª SérieCONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
LEITURA• Interpretação textual,
observando. -conteúdo temático-interlocutores -fonte-intencionalidade -Intertextualidade -ideologia-informatividade-marcas lingüísticas• Identificação do
argumento principal e dos argumentos secundários.
• Informações implícitas em textos
• As vozes sociais presentes no texto
• Estética do texto literário
• Praticas de leitura de textos de diferentes gêneros
• Consideração dos conhecimentos prévios
• Inferências sobre informações implícitas no texto
• Discussão sobre: finalidade do texto, fonte interlocutor...
• Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto
• Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas
Espera-se que o aluno:• Realize leitura
compreensiva do texto
• Identifique a tese de um texto
• Identifique a finalidade de diferentes gêneros
• Estabeleça relações dialógicas entre os textos
• Desvende posicionamentos ideológicos no meio social e cultural
• Identifique as informações implícitas no texto
• Reconheça efeitos de humor provocados pela ambigüidade em textos verbais
• Amplie o horizonte de expectativas.
ORALIDADE• Adequação ao
gênero:-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas lingüísticas • Variedades de
lingüísticas • Intencionalidade do
texto oral • Argumentação • Papel do locutor e do
interlocutor:
• Exposição oral de trabalhos\textos produzidos
• Dramatização de textos
• Apresentação de seminários, debates entrevistas...
• Seleção de discursos de outros como: reportagem,
Espera-se que o aluno:• Utilize seu discurso
de acordo com a situação de produção (formal, informal)
• Produza argumentos convincentes
• Reconheça as intenções no discurso do outro
• Identifique as marcas lingüísticas que evidenciam o
-turnos de fala • Elementos
extralingüísticos: entonação, pausas gestos...
seminário entrevistas, reality show...
• Analise dos recursos próprios da oralidade
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
locutor e o interlocutor de um texto oral
ESCRITA• Adequação ao
gênero:-conteúdo temático -elementos composicionais -marcas lingüísticas • Argumentação • Resumo de textos• Paragrafação • Paráfrase• Intertextualidade • Refacção textual
• Discussão sobre o tema a ser produzido
• Seleção do gênero, finalidade, interlocutores.
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado
• Produção textual • Revisão textual• Reestrutura e
reescrita textual
Espera-se que o aluno• Produza textos
atendendo as circunstâncias de produção proposta, (gênero, interlocutor, finalidade...).
• Adeque o texto ao tema e á linguagem
• Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições.
• Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as praticas de leitura, escrita e oralidade:
• Conotação detonação
• Coesão e coerência textual
• Vícios de linguagem
• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido
• Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:
-de gêneros relacionados para leitura ou escuta -de textos produzidos pelos alunos -das dificuldades apresentadas pela turma
Espera-se que o aluno:- Estabeleça relações
semânticas entre as partes do texto (de causas, de tempo, de comparação)
- Utilize adequadamente, recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes...
- Reconheça a
• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...).
• Semântica • Expressividade
dos substantivos e sua função referencial no texto
• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos de texto.
• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico
• Acentuação gráfica
• Estrangeirismo, neologismo, gírias.
• Procedimentos de concordância
relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições argumentativas
- Distingua o sentido conotativo do denotativo
verbal e nominal
• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais
• A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto
• Coordenação e subordinação nas orações do texto
IV - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O cerne do ensino em Língua Portuguesa se constitui no trabalho com o texto.
Este deverá ser entendido com um material verbal, produto de uma determinada visão
de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. O núcleo do trabalho do
professor será criar situações de contato com visões do real, via texto para o aluno
desenvolva um controle sobre os processos interacionais.
Desta forma a concepção de ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa da
educação básica, pautada nas DCE (PARANÁ, 2OO8), observa que o foco de estudo
está centrado no texto enquanto discurso e prática social, e não no uso de texto como
pretexto para se ensinar gramática, ou apenas como objeto para ser estudado
desvinculado da realidade do aluno, em uma interpretação superficial. Podemos então
dizer que nesta perspectiva, o suporte teórico é Bakhtin e seus colaboradores, os quais
privilegiam o texto/contexto na interação social das praticas discursivas, com é
referenciado nas DCE: “Deve-se aos teóricos do Círculo de Bakhtin o avanço dos
estudos em torno da natureza sociológico da linguagem. O Círculo criticava a reflexão
lingüística de caráter formal - sistemático por considerar tal concepção incompatível
com uma abordagem histórica e viva da língua” (PARANÀ, 2008, p.46).
Essa idéia é reforçada e explicitada por Antunes, ao refletir a utilização da língua
no cotidiano, no processo de interação verbal, em que os interlocutores fazem uso da
gramática, mesmo sem conhecer suas normativas. É uma gramática internalizada, pois
ela se dá em determinado contexto social, econômico, como um natural da
comunicação.
{...} as pessoas quando falam, não têm liberdade total de inventar, cada uma a seu modo, as palavras que dizem, nem têm a liberdade irrestria de colocá-las de qualquer lugar nem de compor, de qualquer jeito, seus enunciados. Falam. Isso. Sim, todas elas, conforme as regras particulares da gramática de sua língua. Isso porque toda língua tem sua gramática tem seu conjunto de regras, independentemente do prestígio social ou do nível de desenvolvimento econômico e cultural da comunidade em que é falada. Quer dizer, não existe língua sem gramática. (ANTUNES, 2003, p.85).
O trabalho de Língua Portuguesa, nesse contexto, realiza-se a partir da prática
de oralidade, leitura, escritas, apresentados a seguir.
• Apresentação de temas variados, história da família, da comunidade.
• Entrevista (oral e escrita), tiras, historia em quadrinhos, conto fábula,
relato pessoal. Artigo de opinião, músicas, resenha, artigo de opinião,
entre outras.
Assim, na interação com os mais variados textos, pela ação do professor e,
principalmente pela atividade de ler e escrever que o aluno vai se apropriar das
especificidades que caracterizam a modalidade escrita de linguagem.
V - ESTRATÉGIA DE AÇÃO
• Aulas expositivas
• Textos sobre assuntos de interesse do aluno de cada série
• Atividade em que a teoria e a prática possam ser integradas através do
processo de interação, afro-brasileira e indígena, historia e culturas, devem
ser contempladas.
• Uso de diferentes recursos disponível, com TV Multimídia, pen drive, vídeo,
dvd, laboratório de informática e outros elementos motivadores e envolventes;
• Atividades lúcidas (músicas, jogos apresentações entre outras).
VI – AVALIAÇÃO
Na avaliação, o professor deve criar situações em que o aluno demonstre e
expresse sua aprendizagem. Por este motivo, será continua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais,
visto como mais adequada ao dia –a – dia da sala de aula e grande avanço em relação
à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao classificatório.
Enfim, ao professor que tenha em mente a concepção de que sua prática
educacional deve atingir as perspectivas contidas nas Diretrizes, Oralidade, Leitura,
Escrita, Análise Lingüística, deve estar voltada para a transformação, terá em cada
passo do processo, decisões claras, explícitas do que esta fazendo e para onde está
encaminhando os resultados de suas ações. Abordando sempre aspectos da
comunicação, que se centram em funções da linguagem, extraídas de contextos
culturalmente significativos e reais mais amplos.
VII - REFERENCIAS
ARAUJO, I. L. Introdução á filosofia da ciência. Curitiba: Ed. UFPR, 2003.
BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 12ª ed. São Paulo:
Hucitec, 2006.
GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2004.
LIMA, E. S. Avaliação na escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2002.
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola,
2003.
PCNs, gêneros e ensino de língua: fases discursivas da textualidade. In: ROJO,
Roxane (org). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCN. São
Paulo: Mercado das letras, 2000, p.20.
MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. In: O desafio e o fardo do tempo
histórico: o socialismo no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2007, p. 195-224.
Paraná, Secretaria do estado. DCEs – Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Língua Portuguesa – Curitiba: SEED, 2008.
10.2 - MATEMÁTICA
I - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A compreender a natureza é o grande desafio do homem. Embora parte dela, o
homem busca compreender seus fenômenos, e sua imensa diversidade. A capacidade
humana de acumular conhecimento instituiu o modelo matemático como forma de
sustentação e organização racional, capaz de compreender e explicar grande parte dos
fenômenos naturais.
Vivemos numa sociedade que contempla um avanço tecnológico que se
expande, nos mais variados setores: transportes, saúde, trabalho, comunicação e
muitos outros. È de máxima importância que se faça um relacionamento entre a
produção de tecnologia e o conhecimento tecnológico. A matemática, ferramenta
importante no processo da evolução humana é também, um ramo de conhecimento que
integra as ciências. O avanço evolutivo da humanidade foi produzindo conceitos, leis,
teoremas e aplicações matemáticas que a transformaram em ciência universal. Esses
conhecimentos são considerados instrumentos de compreensão e intervenção para a
transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na economia, nas
relações sociais e culturais.
Por meio do conhecimento matemático o ser humano quantifica, geometriza,
mede e organiza informações. È impossível, portanto, não reconhecer o valor educativo
dessa ciência como indispensável para resolução e compreensão de diversas situações
do cotidiano. O ser humano faz uso da matemática, independente do conhecimento
escolar, nas mais diversas atividades, isto é, utiliza-se da matemática não
sistematizada. Nem sempre esta “matemática” permite solucionar e compreender todos
os problemas, sendo em muitas situações, necessários os conhecimentos
sistematizados. Junto com as outras áreas, esta ciência ajuda a expandir o
conhecimento.
O conhecimento matemático quando significativo para o aluno, contribui para o
desenvolvimento de seu senso crítico, na medida que proporciona as condições
necessárias para uma análise mais apurada da realidade que o cerca. Se por um lado
há um crescimento tecnológico em velocidade crescente, por outro existem
precariedades, cabe a matemática, enquanto construção humana, contribuir
aproximando essas realidades para que as diferenças sejam minimizadas. A
matemática é fundamental na medida em que auxilia na utilização das tecnologias
existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere ao uso
dessas tecnologias pelos alunos.
Educar pela matemática, é pensar para quem essa educação está sendo
destinada. Que tipo de homens quer formar? Significa pensar no que é necessário
incluir de importante para a formação desse homem e com que finalidade. As razões
que nos levam a ensinar matemática se resumem na sua especificidade, na construção
do conhecimento e na formação do aluno. Ela é utilizada como base nos diversos
ramos do conhecimento e na formação do indivíduo, sendo aplicada aos fenômenos do
mundo real. Assim a disciplina de matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a
reflexão e contextualização com os temas das relações étnico-raciais e a história e
cultura afro-brasileira e africana, conforme a Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003,
que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede
de ensino.
II - OBJETIVOS GERAIS
Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da matemática
deve proporcionar aos alunos as aquisições claras, críticas e aplicáveis de seus
conhecimentos. Espera-se que se desenvolvam nos educandos habilidades como:
- Integração à sociedade em que vive através dos conhecimentos adquiridos;
- Medir, relacionar, comparar, classificar, ordenar, sintetizar e avaliar os
fenômenos abordados através da linguagem matemática necessária;
- Análise de gráficos, tabelas bem como sua crítica, interpretação e construção;
- Desenvolver a capacidade de investigação. Descobrir situações-problema,
suas origens, relações matemáticas e buscar resoluções;
- Reconhecer a matemática como construção humana permanente, abordando
os aspectos de sua história e relações com o contexto cultural, social, político e
econômico;
- Promover a realização pessoal diante ao sentimento de segurança em
relação as suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atitudes de
autonomia e cooperação;
- Reconhecer a matemática como construção histórica e relacionar a história
da matemática com a evolução da humanidade.
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Números, Operações e Álgebra;
• Medidas;
• Geometria; e
• Tratamento da Informação.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5a SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA:
• Sistema de numeração;
• Sistema egípcio de numeração;
• Sistema romano de numeração;
• Sistema de numeração indo-arabico;
• Operações básicas no N (quatro operações);
• Potenciação e Radiciação;
• Resolução de problemas;
• Divisibilidade e múltiplos;
• Critérios de divisibilidade;
• Divisores, fatores e múltiplos de números;
• Números primos;
• Decomposição de fatores primos;
• Mínimo múltiplo comum;
• Conjunto dos números racionais e operações básicas;
• Forma fracionária de nº Racionais (idéia de fração, comparação de frações,
frações equivalentes, 6 operações com números racionais);
• Frações e porcentagem;
• Resolução de problemas;
• Forma decimal de números racionais (representação decimal, propriedade geral,
6 operações com números decimais).
GEOMETRIA:
• Ponto, reta e plano;
• Reta: Posições de uma reta em relação ao chão; posições relativas de uma reta
em um plano;
• Semi-reta;
• Segmento de reta;
• Polígonos;
• Polígonos convexos (denominação dos polígonos);
• Triângulos e quadriláteros.
MEDIDAS:
• Medindo comprimentos;
• Transformação das unidades;
• Perímetro de um polígono;
• Medidas de superfície;
• Transformação das unidades;
• Medidas agrárias;
• Áreas das figuras geométricas planas;
• Medidas de capacidade;
• Transformação das unidades;
• Volume do paralelepípedo retângulo;
• Medidas de massa;
• Transformação das unidades.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas,
• diagramas, quadros e gráficos.
6ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA:
• Conjunto de números inteiros;
• Conjunto dos números racionais (introdução);
• Conjunto dos números racionais (6 operações);
• Médias;
• Equações;
• Noções de Inequações;
• Razões;
• Proporções;
• Números diretamente e inversamente proporcionais;
• Regra de três simples e composta;
• Porcentagem e juros simples.
GEOMETRIA
• Construções e representações no espaço e no plano;
• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
• Planificação de sólidos geométricos;
• Desenho geométrico com o uso de régua e compasso;
• Ângulos, polígonos e circunferências.
MEDIDAS
• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
• resolução de problemas algébricos;
• Ângulos e arcos – unidades, fracionamento e calculo.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e
• histogramas;
• Medidas, moda e mediana.
7ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Números racionais e sua representação decimal;
• Números irracionais números reais;
• As quatro operações: Adição, subtração, multiplicação e divisão estudadas em Q
e possíveis em R;
• Raiz Quadrada Exata e exata de um número racional;
• Álgebra;
• Expressões Algébricas;
• Frações algébricas;
• Reconhecimento dos valores que anulam os denominadores de equação
fracionária e não pertencem ao conjunto solução da equação;
• Monômios e polinômios;
• Produtos Notáveis;
• Fatoração;
• Resolução de uma equação fracionária de 1º grau com uma incógnita;
• Equações literais do 1º grau na incógnita x;
• Equações fracionárias e literais;
• Equações do 1º grau com duas incógnitas;
• Verificação de um par ordenado (x, y) ou não – uma das soluções de equações
do 1º grau com duas incógnitas;
• Sistemas de equações de 1º grau com 2 variáveis;
• Resolução de um sistema de duas equações de 1º grau com duas incógnitas.
GEOMETRIA
• Ângulos e triângulos;
• Polígonos;
• Ângulos interno, externo;
• Diagonais e perímetro;
• Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações;
• Representação geométrica dos produtos notáveis;
• Representação cartesiana e confecção de gráficos;
• Padrões entre base, faces e aresta de pirâmides e prisma;
• Definição e construção do baricentro, ortocentro, incentro e circuncentro.
MEDIDAS:
• Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
• Noções de probabilidade.
8ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
• Radicais;
• Cálculo de radicais;
• Raiz enésima de um número real;
• Radicais e suas propriedades;
• Simplificação de radicais;
• Introdução de fatores no radicando;
• Adição algébrica multiplicação e divisão de radicais;
• Potenciação de expressões com radicais;
• Racionalização de denominadores;
• Simplificação de expressões com radicais;
• Potência com expoente racional;
• Equações do 2º grau;
• Equações completas e incompletas;
• Escrita da equação do 2º grau na sua forma normal;
• Resolução de equações completas e incompletas;
• Resolução de problemas;
• Estudo das raízes da equação do 2º grau;
• Relação entre as raízes e coeficientes da equação ax2 + bx + c = 0;
• Escrita da equação do 2º grau quando se conhece as duas raízes;
• Equações Biquadradas;
• Equações Irrracionais;
• Resolução de equações irracionais;
• Sistemas de Equações do 2º grau;
• Resolução de sistemas de equações do 2º grau;
• Resolução de problemas.
GEOMETRIA
• Segmentos proporcionais;
• Razão e proporção – propriedades;
• Razão de dois segmentos;
• Segmentos proporcionais;
• Feixes de paralelas;
• Propriedade do feixe de paralelas;
• Teorema de Tales;
• Teorema de Tales nos triângulos;
• Teorema da Bissetriz interna de um triângulo;
• Triângulos Semelhantes;
• Propriedades dos triângulos semelhantes;
• Teorema Fundamental de Semelhança de Triângulos;
• Teorema de Pitágoras;
• Aplicação do Teorema de Pitágoras na resolução de Problemas;
• Relações Métricas no triângulo retângulo;
• Estabelecimento das relações métricas a partir da semelhança de
• triângulos;
• Resolução de problemas;
• Relações trigonométricas no triângulo;
• Aplicação das relações trigonométricas na resolução de problemas;
• Áreas de algumas figuras geométricas planas;
• Cálculo da área do retângulo, quadrado, triângulo, paralelogramo, losango,
trapézio, do polígono regular e de regiões circulares;
• Resoluções de problemas que envolvem áreas de figuras geométricas.
MEDIDAS
• Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Tales;
• Triângulo Retângulo – Relações Métricas e Teorema de Pitágoras;
• Triângulos quaisquer;
• Poliedros regulares e suas relações métricas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
• Noções de probabilidade.
IV - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da matemática esteve muitas vezes, baseado na repetição, na
memorização, no formalismo exagerado, na realização exaustiva de cálculos e na mera
aplicação de técnicas e regras sem significado. Acredita-se que o ensino da matemática
deve ser dinâmico e também contribuir para desenvolver a capacidade de resolver
problemas, validar ou refutar soluções, tomar decisões e raciocinar logicamente. Para
isso é necessário que se proporcionem situações significativas de aprendizagem, e
promotoras de conhecimento.
Para que o ensino de matemática contribua para a formação global do aluno, a
qual tem como objetivo maior a conquista da cidadania, é fundamental explorar temas
que de fato encontrem na matemática uma ferramenta indispensável para serem
compreendidos. Assim o aluno percebe a real necessidade dessa ciência para a sua
vida. Trabalhar conteúdos significativos que promovam a compreensão das idéias
matemáticas, abordando os conteúdos por meio de situações reais que valorizem o
conhecimento prévio do aluno, estimulando-o a agir reflexivamente e privilegiem a
criatividade e a autonomia na busca de soluções para os mais diversos problemas.
A problematização deve promover situações em que os alunos explorem e
investiguem problemas matemáticos, os quais provém de situações reais, bem como de
situações lúdicas. Deve-se considerar que a capacidade de resolver problemas deve
ser considerada como um eixo organizador do ensino de matemática, pois possibilita
aos alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as informações que estão ao seu
alcance. É fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e sim
uma forma de trabalhar os mesmos, propondo a valorização do aluno no contexto
social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações
da vida (modelagem matemática).
A história da matemática deve ser utilizada como um instrumento de resgate da
identidade cultural e pode esclarecer idéias, matemáticas que estão sendo construídas
pelo aluno, pois conceitos abordados em conexão com sua história constituem veículos
de grande valor formativo. Os recursos tecnológicos devem ser utilizados como meio
facilitadores e incentivadores do espírito de pesquisa.
Os jogos são uma forma interessante de propor problemas e devem ser
utilizados sempre que possível, pois permitem que problemas sejam apresentados de
forma atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.
A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que possível, pois estimula
a discussão e confrontação de idéias, levando o aluno a respeitar o modo de pensar
dos colegas, aprendendo com eles.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância
social, que produzem conhecimento matemático. Assim, não existe um único saber,
mas vários saberes distintos. As manifestações matemáticas são percebidas através de
diferentes teorias e práticas que emergem de ambientes culturais.
Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da matemática,
mas conhecer e utilizar diversas possibilidades de trabalho é fundamental para que o
professor construa sua prática.
V - AVALIAÇÃO
A avaliação será feita em caráter contínuo e progressivo, observando o
rendimento do grupo e a individualidade dos alunos. Deve levar em conta os
caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas
propostos e a partir do diagnóstico de suas dificuldades, ampliar seu domínio sobre os
conteúdos em estudo. Dessa forma a avaliação em matemática não deve priorizar a
verificação da memorização de regras e esquemas, mas sem a compreensão dos
conceitos, o desenvolvimento de atividades e procedimentos, a criatividade nas
soluções, que se refletem no modo de enfrentar e resolver situações-problemas.
O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas sim
o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem apenas ser
constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades decorrentes desses
erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno possui do conteúdo.
Os instrumentos de avaliação serão através de provas, trabalhos, atividades do
livro, participação oral. Aos alunos que apresentarem dificuldades na aquisição dos
conhecimentos, serão proporcionadas revisões de conteúdos e recuperação paralela.
Sendo a finalidade da recuperação paralela:
• Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar
apenas notas e conceitos;
• Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não castigo), para
descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento;
• Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno na
busca dos objetivos não atingidos, por meio de intervenções,
• das quais destacam-se a retomada de conteúdos, mudança de estratégia (definir
os instrumentos e os momentos de avaliação), monitoria em grupo, etc. com
estes princípios de avaliação e recuperação, muda-se o enfoque – da nota para
o aprendizado e do ensino para ensinar o aluno a aprender (desenvolvendo suas
habilidades na busca do conhecimento).
VI – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• BIGODE, A. J. L. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD, 2002.
• DANTE, L. R. Tudo é matemática. São Paulo: Ática, 2002.
• GIOVANII, B. C. & JÚNIOR, J. R. G. Coleção a conquista da matemática.
• São Paulo: FTD, 2002.
• SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de
Matemática. Paraná: 2006.
10.3 – HISTÓRIA
I - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Historicamente, a disciplina no Brasil passou por diversas transformações. Na
época de seu surgimento em 1837, com a criação do colégio Pedro II, eram
contemplados apenas a linearidade dos fatos e a valorização política dos heróis.
No início do século XX, mesmo com a disciplina passando a compor a cadeira de
história universal, sua concepção continuou a mesma citada anteriormente. Com o
passar do tempo algumas modificações foram feitas no sentido de inclusão e
organização da disciplina. Mesmo assim, a essência continuou idêntica a anterior, sem
espaço para o desenvolvimento da criticidade.
Na década de 70 com a implementação da lei 5692/71, onde a educação estava
voltada para o mercado de trabalho, as disciplinas de história e geografia foram
condensadas em Estudos Sociais e a carga horária reduzida para dar lugar à Educação
Moral e Cívica. Assim:
“O ensino de história tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá- los à realidade. A história continuava tratada de modo linear, cronológico e harmônico, conduzidas pelos heróis em busca de um ideal de progresso de nação.”
Com o fim da ditadura militar e a ênfase na restauração das liberdades
individuais, surgem novas discussões e uma nova proposta que incluía no currículo o
estudo da produção do conhecimento histórico, das fontes e das temporalidades.
Porém,
“Apesar de apresentarem referencias de autores da historia cultural, os documentos curriculares para o primeiro e segundo graus não superaram a racionalidade histórica linear e cronológica na abordagem político- econômica da disciplina, o que dificultava a inserção de uma perspectiva cultural no tratamento dos conteúdos”
No Estado do Paraná, na década de 90, foram incorporados os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN's), que privilegiavam a abordagem psicológica e
sociológica dos conteúdos, mas a proposta para o ensino continuava voltada para o
mercado de trabalho. Finalmente, em 2003, a Secretaria de Educação juntamente com
os professores da rede estadual, iniciaram a elaboração das novas Diretrizes
Curriculares, que visa contemplar uma nova proposta.
A proposta de História em questão, parte da concepção de que o conhecimento
intelectual não é algo pronto e descoberto, é algo que vai sendo construído aos poucos.
Vejamos agora duas concepções de História:
“O conhecimento histórico é uma construção dos fatos passados a partir de fontes históricas, ou seja, é o nosso pensamento de hoje tentando alcançar o modo de pensar e de viver de outros tempos e de outros povos.O conhecimento histórico é dinâmico: modifica-se, reestrutura - se a partir de novas fontes históricas, ou seja, é o nosso pensamento de novos documentos e até mesmo de novas formas de ler documentos já conhecidos.”
Portanto o ensino de História deve ser palpado no estudo e reconhecimento da
cultura de uma sociedade, não podendo prender-se a uma concepção tradicional, onde
a História é apresentada como uma concessão cronológica dos fatos estanques, com
memorização de nomes e datas. “Estuda-se história para compreender o social e o
atual, não como ornamento supostamente erudito ou para o brilho da conserva.”².
Pois é no espaço sócio-cultural que estão as fontes históricas que se utilizará
para trabalhar o conhecimento.
Como fontes históricas consideremos:
“Os mais variados documentos escritos, tanto oficiais como obras literárias e material jornalístico. Também são fontes históricas as expressões artísticas, desde as pinturas rupestres da Pré História, passando pelas músicas e esculturas, até as artes mais modernas como o cinema, os cartoons e a fotografia. Tudo o que nos permite perceber alguma coisa a respeito das pessoas que produziram o material torna-se um documento histórico. Até a memória das pessoas é um documento histórico.”
Assim a História deve criar condições para que o aluno entenda este mundo
onde vive através de investigações do processo histórico, formando indagações
temporais, espaciais, sociais, econômicas, culturais presentes em uma sociedade. 1
Deve permitir aos alunos verificar a importância própria para a formação de
cidadania, com uma configuração sobre as ações dos indivíduos nas relações pessoais
com o grupo.
Deve existir uma relação do ensino de História com a formação de uma
democracia radical por meio da construção do conhecimento histórico caracterizado.
Uma concepção renovada de História pressupõe entender e estudar a história de
modo crítico, analisando os princípios que possibilitaram e possibilitam a construção da
História como ciência.
“A História, deveria ter uma vocação, a vocação de ser crítica (e ser crítica significa, no Nosso modo de pensar, levar os alunos a compreender o que são, a perceberem que a História é mudança, transformação: a perceberem que, se existem fatores que permanecem, devemos atender porque permanecem), explicar as razões desta permanência.”
Assim, a seleção e o tratamento dos conteúdos significativos para o aluno,
conteúdos que levem a pensar de modo crítico, é de grande importância no estudo da
disciplina de História.
Sua importância se refere à construção do conhecimento enquanto crítica social,
e na construção de identidades de classes, gênero, raça, religiosidade, assim como
para a construção de uma sociedade justa, humanitária, solidária e fraterna.
II - OBJETIVOS GERAIS
Fazer com que o aluno entenda a importância da história para o seu cotidiano e
para seu futuro. Fazer desse aluno um conhecedor do seu passado, assim como,
instruídos de suas raízes e descendências. Não apenas isso,é preciso ensinar para o
aluno a sua própria importância dentro desta história. Fazê-lo entender a periodização
1 PETTA, L. N.; OJEDA, E. A. B. História: uma abordagem integrada. São Paulo: Moderna, 1999. IGLÉSIAS, Francisco. História geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 1999. PETTA, L. N.; OJEDA, E. A. B. História: uma abordagem integrada. São Paulo: Moderna, 1999.
da história, as mudanças de épocas e os acontecimentos importantes do passado que
influenciam o presente e nos ensinam a traçar nosso futuro.
Tornar o aluno um ser humano crítico de sua realidade social dentro de sua
comunidade e do mundo.
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de trabalho;
- Relações de poder;
- Relações culturais;
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE:
OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS, SUAS HISTÓRIAS
- A experiência humana no tempo:
Introdução ao Estudo da história: Historiadores, Fontes históricas;
O processo histórico: Formas de periodização;
Os agentes históricos: Memórias, documentos e fatos;
Temporalidade: O tempo contado nas diversas sociedades;
Desenvolvimento da humanidade: mitos da criação, teorias da evolução;
- Os sujeitos e a sua relação com o outro no tempo:
As primeiras civilizações – A presença humana no Brasil;
Os primeiros habitantes paranaenses: Xetás, Kaingangs, Xoklengs e Tupis – Guaranis;
Tipos de sociedades: Patriarcais, matriarcais e comunitárias.
- Os sujeitos e a sua relação com o outro no tempo:
As grandes civilizações da antiguidade;
Os fenícios e o desenvolvimento do comércio marítmo;
A centralização política dos hebreus e os reinados de Israel;
Os povos que formaram a Grécia;
Atenas e Esparta;
Vida cotidiana grega;
A formação de Roma – lendas;
O império romano e as guerras de conquista;
O império Bizantino;
A ruralização da Europa: desenvolvimento do feudalismo;
- As culturas locais e a cultura comum:
O alfabeto fenício;
O monoteísmo hebreu;
Filosofia e ciência grega;
O politeísmo e os deuses greco-romanos;
A arte na idade antiga;
A democracia: da Grécia aos dias atuais;
Legado romano para a humanidade: A república;
O surgimento do cristianismo;
Mitos e lendas dos povos indígenas do Paraná;
Movimentos populares paranaenses: congada, fandango, lendas, rituais e festas
religiosas;
A arte rupestre e os sambaquis do Paraná;
6ª SÉRIE:
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA
PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
- As relações de Propriedade:
• Propriedade coletiva dos povos indígena;
• As propriedades coletivas nas sociedades pré- colombianas;
• Relações de servidão; Domínios; Ocupação do território brasileiro; As Cruzadas.
- O mundo do Campo e o mundo da Cidade:
• Transformações Feudais; Colonização do Brasil; As Primeiras Cidade brasileiras;
As Missões Jesuíticas; As cidades Pré-Colombianas; Crescimento Urbano da Europa.
• Organização da produção açucareira;
• O engenho colonial e a conquista do sertão;
• As drogas do sertão;
- As Relações entre o Campo e a Cidade:
• Agricultura de exportação e produção de alimentos durante o império do açúcar;
• Industrialização Europeia; Tropeirismo; Comércio no Paraná – Erva-Mate; O
Reino do Açúcar;
• As cidades mineradoras;
• As feiras medievais e o ressurgimento das cidades europeias;
• As grandes navegações e o comércio com o oriente;
- Conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade:
• Relação senhor x escravo; Revoltas Camponesas; Renascimento Cultural;
• Sincretismo religioso;
• Relações de Propriedade:
• A vida nos engenhos: senhores de engenho X escravos;
• Escravidão: captura, resistência e luta;
• As invasões holandesas;
• O fim da União Ibérica: as guerras de expulsão;
• Rebeliões na colônia: Revolta de Beckman e guerra dos Mascates;
• A resistência negra: os quilombos;
• O legado africano: religião, culinária e arte;
7ª SÉRIE:
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA
- História das relações da humanidade com o trabalho:
• O ciclo do Ouro no Brasil – relações escravocratas, resistência quilombola;
remanescentes de Quilombos, Palmital dos Pretos – A Revolução Industrial;
• O trabalho nas sociedades indígenas;
• O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas;
• O trabalho assalariado;
- O trabalho e a vida em sociedade.
• História das relações da humanidade com o trabalho:
• A expansão cafeeira no Brasil;
• A importância da mão-de-obra escrava;
• Transição da mão-de-obra escrava para a assalariada – imigrantes;
• Os latifúndios no Paraná e no Brasil;
• A sociedade oligárquica e os barões do café;
• Mudanças na sociedade provocadas pelo café;
• Vida cotidiana das classes trabalhadoras do campo;
• Produção e organização social capitalista;
• As corporações de ofício;
• As colônias de imigrantes no Paraná e no Brasil;
- As resistências e as conquistas de direitos:
• Revoluções Inglesas; Revoluções Francesas; A Era Napoleônica; Independência
nas colônias sul americanas; Independência do Brasil.
• A guerra da Secessão norte americana;
• Declaração dos direitos do homem e do cidadão;
• Organizações sindicais;
• As rebeliões do período regencial: Balaiada, Sabinada, Cabanagem e revolta dos
Malês;
• A guerra do Paraguai;
• As primeiras leis para o fim do tráfico negreiro;
8ª SÉRIE:
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS
INSTITUIÇÕES SOCIAIS
- Formação das Instituições Sociais:
• Movimentos sociais populares: Estudantil; Jovem; Negro e Feminista.
• Surgimento das instituições públicas no Brasil;
• Surgimento das instituições internacionais: ONU, FMI, OMC, OPEP, ALCA;
- A Formação do Estado:
• O período republicano no Brasil; O Imperialismo nos séculos XIX e XX;
• A constituição dos estados socialistas;
• O Estado Novo da era Vargas;
• O período da ditadura militar brasileira;
• O fim do socialismo e o imperialismo norte-americano;
- Sujeitos, guerras e revoluções:
• Os movimentos e as reformas sociais no Brasil republicano; A primeira guerra
mundial; A crise de 1929; A segunda guerra mundial.
• Os Regimes Totalitários; O Populismo.
• A revolução de 1930;
• Descolonização da África e da Ásia – Mandela e Mao-Tsé;
• A questão judaico-palestina;
• Revoluções e guerrilhas na América Latina- Revolução cubana – Che Guevara e
Fidel Castro;
• Anos rebeldes e anos dourados;
• A luta pela democracia – Diretas Já;
• Os movimentos sociais no Paraná;
• O Paraná e o Brasil contemporâneos;
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A busca palas noções de identidade no que se refere à construção do
conhecimento histórico torna-se mais evidenciado no estudo da historia regional. Assim,
as atividades em que se busca a construção de noções de cidadania e identificação
com os costumes e conceitos morais, éticos, religiosos, raciais, etc.,devem ser
propostas à disciplina. Deste modo, o trabalho com fontes históricas diversas,
possibilita essa identificação do aluno com seu meio, uma vez que ele incita a pesquisa
e o debate.
No processo de aprendizagem, o aluno deverá ter estímulo para discernir limites
e possibilidades de atuação na permanência ou transformação, comparando presente e
passado, e percebendo-se como agente transformador.
Através de atividades variadas, os alunos realizarão análise e síntese de
documentos orais e escritos. O trabalho do docente deve ser atraente e dinâmico,
estimulando a criatividade e o confronto de idéias, assim como o interesse em adquirir
novos conhecimentos.
Os alunos farão leituras críticas dos conteúdos, trabalhando reflexões, produções
de textos, confecções de jornais que abordem diferentes tempos históricos.
Outra prática inerente à metodologia é a quebra de paradigmas que são
resquícios da história factual e ortodoxa e historia dos vencedores ou estatal, para
tanto, é necessária a instrumentação das mais recentes metodologias e teorias
históricas.
Enfim, pretendemos dar ao ensino de história uma ênfase que esteja vinculada a
todas as analises e recortes que se proponham problematizar, diferenciar, refletir,
conscientizar nossos alunos a agirem e se compreenderem como agentes atuantes na
historia, bem como sendo parte de um processo que ao longo dos tempos possibilitou
construções e desconstruções, continuidades e rupturas.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de historia objetiva favorecer a busca da coerência entre a
concepção de historia defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de
ensino de aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada à serviço
da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, e não como um elemento externo à este processo.
Através da avaliação, o professor identifica as apreensões de conteúdo,
conceitos e atitudes, como conquista dos alunos, comparando o antes, o durante e o
depois. Assim, este caráter diagnóstico possibilita ao professor se auto-avaliar,
refletindo sobre as intervenções metodológicas, e buscando outras possibilidades para
atuação no processo de aprendizagem dos alunos.
Para que as decisões tomadas a partir da avaliação sejam melhor
implementadas na continuidade do processo de ensino, faz-se necessário que sejam
realizadas a partir do diálogo entre alunos e professor, discutindo questões relativas
aos critérios adotados. Assim, a avaliação poderá ser compreendida como um
fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo e diversificado.
Retomar a avaliação com os alunos, permite situá-los como parte do coletivo,
onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista aprendizagem de
todos.
Como os alunos possuem características diferenciadas, também os instrumentos
de avaliação deverão ser diferenciados.
Para o desenvolvimento do pensamento crítico, a avaliação deverá propor
situações que permitam aos alunos estabelecer relações entre sociedades estudadas,
detectando semelhanças e diferenças, exercitando a reflexão acerca das mudanças e
permanências que se estabelecem entre temporalidades distintas.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações por semestre com as respectivas
recuperações de forma semestral. A soma dos dois resultados semestrais dará a média
final, sendo esta dividida por dois.
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ .
História. Seed: Curitiba, 2008.
LEI Nº. 10.639. Inserção dos conteúdos de história e cultura Afro-brasileira nos
currículos escolares. Brasília, 2003.
PETTA, L. N.; OJEDA, E. A. B. História: uma abordagem integrada. São Paulo:
Moderna, 1999.
10.4 - GEOGRAFIA
I - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O homem desde sua forma primitiva de vida vem estabelecendo contato com a
natureza para a sua sobrevivência, extraindo recursos naturais, migrando a procura de
alimento, desenvolvendo conhecimento sobre direção dos ventos correntes marítimas,
regime fluvial, astronomia, técnicas de irrigação, comércio, descrição e mapeamento de
lugares.
Cada vez mais o homem explora o espaço organizado de forma à satisfazer suas
necessidades, aprimorando seus conhecimentos geográficos, transformando lugares
conforme o aumento da população que passa a se apropriar do espaço, criando
relações de convivência social diferente em cada período, bem como de domínio sobre
os bens da natureza.
Da sociedade primitiva, onde a terra era um bem comum à sociedade escravista,
quando a terra passa a ser um bem acessível a poucos, situações que perduram até
nossos dias, onde o homem delimita fronteiras politicas conforme seus interesses,
gerando conflitos étnicos e miséria em função de uma geopolítica capitalista, que
organiza o espaço em nome do “desenvolvimento” que leva a exploração da natureza,
transformando as sociedades locais e globais em função do desenvolvimento
desenfreado do capitalismo, que vê o espaço apenas como fonte econômica, onde se
traçam teias de relações sociais, criando espaços desiguais em função de grupos e
nações dominantes.
Nesse contexto a geografia tem importante papel como “ ciência que estuda as
relações entre a sociedade e a natureza” ANDRADE (1987 p. 55) na condução da
compreensão do espaço pelo homem, devendo seu ensino considerar a realidade no
seu conjunto, pois o espaço pelo homem, devendo seu ensino considerar a realidade
no seu conjunto, pois o espaço é dinâmico e sofre alterações em função da ação do
homem. Portanto, o aluno ao longo do tempo deve ser considerado no sentido de
perceber-se como elemento de um processo histórico. Assim
“... o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma geografia crítica, não se localiza no professor da ciência a ser ensinada vulgariza, e sim no real, no meio onde o aluno e o professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos sociais. Integrar o educando no meio significa deixá-lo descobrir que pode tornar-se sujeito na História” (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.37)
A contribuição da geografia para a formação do aluno esta na compreensão que
ele terá da realidade. No estudo do espaço geográfico, o aluno deverá refletir sobre a
relação que existe entre os seres humanos bem como na relação seres humanas –
natureza. “Observa Marx que a história dos homens é inseparável da história, pela
mesma razão que a historia da natureza é inseparável da história dos homens”
CORRÊA, ( et Al, 1986, p.25)
Nesse contexto a geografia tem como fim fazer com que o aluno compreenda as
diversas formas como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da Terra e da
sociedade atual, valorizando as formas de trabalho, a dinâmica dos lugares,
interpretado, representado e localizando elementos e fenômenos que ocorrem no
espaço geográfico. “ Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como
espaço social, construído, pleno de lutas e conflitos sociais” OLIVEIRA, Et Al ( 1989,
p.36)
Dessa forma cabe a geografia proporcionar aos alunos a possibilidade de
observar, pensar, interpretar e discutir criticamente o espaço geográfico numa busca
constante de compreensão de suas transformações.
II - OBJETIVO GERAIS
A geografia tem a função de formar um cidadão critico com ampla visão de
mundo, capaz de participar da sociedade do seu tempo, interpretando compreendendo
e relacionando conhecimentos com a realidade em que vive.
Para tal faz-se necessário oferecer ao aluno instrumentos que ajudem
compreender aspectos geográficos como paisagem, lugar, espaço geográfico, território,
região, além de outros conceitos importantes para a análise espacial, como tecnologia,
relações sociais poder politico, Estado e trabalho. Isso o tornará, capaz de “pensar”
esse espaço e perceber-se como parte integrante e atuante dele, identificando
particularidades de um paisagem, lugar ou território no espaço geográfico,
reconhecendo os fenômenos ai encontrados, determinando o processo de sua
formação
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão Econômica da produção do espaço geográfico.
Dimensão Politico do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural Demográfico do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª Série ( 1º Semestre)
• Espaço Geográfico
• Meio de Orientação
• Noções básicas de Cartografia
• Setores da Economia
• Extrativismo.
2º Semestre
• Agricultura/ Pecuária
• Industria
• Comércio e serviços
6ª Série ( 1º Semestre)
• Brasil
• Localização
• Divisão Regional
• Aspectos Físicos
- Relevo
- Clima
- Vegetação
- Recursos Minerais
- População
- População
- Economia
2º Semestre
• Regionalização do Brasil
• Divisão Regional do IBGE
• Divisão Regional Geoeconômico.
- Região Nordeste (Aspectos Físicos, Econômicos e sociais )
- Região Amazonica (Aspectos Físicos, Econômicos e sociais )
- Região Centro-Sul (Aspectos Físicos, Econômicos e sociais )
7ª Série ( 1º Semestre)
• Regionalização do Mundo
• Divisão Física ou Natural
• Coordenadas Geográficas e Fusos Horários
• Divisão Politica social Econômica
• Continente Antártico (Aspectos Físicos e Socioeconômicos )
2º Semestre
• Continente Americano (Aspectos Físicos e Socioeconômicos )
• Continente Africano (Aspectos Físicos e Socioeconômicos )
8ª Série ( 1º Semestre)
• Globalização Econômico
• As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do
espaço Geográfico
• Consumo, consumismo e cultura: a influencia dos meios de comunicação
2º Semestre
• Continente Europeu (Aspectos Físicos e Socioeconômicos )
• Continente Asiático (Aspectos Físicos e Socioeconômicos )
• Continente da Oceania (Aspectos Físicos e Socioeconômicos )
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos devem estar inter relacionando de forma critica e dinâmica
interligando teoria, prática e a realidade vivenciada. Dessa forma, o aluno irá ampliar a
sua noção de espaço, entendendo a ligação existente entre as paisagens naturais e as
modificadas pelo homem
Por meio de vários métodos e instrumentos tais como: aula expositiva, expositiva
dialogada, leitura de reportagens, apresentações de documentários e filmes, realização
de entrevistas, visitas, pesquisas, interpretação de figuras e mapas. Levando o aluno ao
pensamento critico a cerca do espaço geográfico em que vive.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação esta inserida no ensino aprendizagem e, antes de mais nada, deve
ser entendida como uma das formas utilizadas pelos professores para avaliar o nível de
compreensão dos conteúdos pelos alunos, despertando neles o interesse pelos
diferentes aspectos do espaço local e global.
Assim a avaliação deve ser diagnostica e continuada, bem como de contemplar
diferentes práticas pedagógicas tais como: leitura e interpretação de textos e mapas,
pesquisas, produção de todos geográficos, confecção de maquetes.
Conforme as DCS (pág. 86) “valoriza-se a noção de que o aluno possa durante e
ao final do percurso, avaliar a realidade socio-espacial em que vive, sob a perspectiva
de transformá-la, onde quer que esteja”.
Assim a importância da avaliação, bem como de todo o processo educacional é
desenvolver no aluno a capacidade de tornar-se um cidadão atuante na sociedade.
VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M.C. de. Geografia e Ciência da Sociedade. São Paulo. Editora Atlas 1987.
CORRÊA, R. L. Região e organização Espacial. São Paulo. Ática.1986.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ.
10.5 - CIÊNCIAS
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Entendemos que é na apropriação e discussão de conteúdos que historicamente
compõem o currículo de ciências, articulados a realidade que se possibilita aos
educandos situarem-se na sociedade, compreenderem o que ocorre ao seu redor e
assumirem-se na sociedade uma postura critica para intervir no seu contexto social.
Pautado nesta concepção, o processo de ensino e aprendizagem de ciências
valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência o questionamento das
certezas e incertezas, e faz superar o tratamento curricular dos conteúdos por eles
mesmos, de modo a dar prioridade a sua unção social.
A História da Ciência mostra-se, como elemento desafiador, motivador,
mediador, articulador e integrador no processo de construção de conhecimento
científico pelo aluno. A evolução do pensamento científico, assim como a evolução de
teorias científicas, está intimamente ligada à evolução das idéias filosóficas, sociais,
políticas, religiosas, enfim, está estreitamente ligada à própria cultura na qual ele foi
gerado. (KRASILCHIK, 2005)
A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem
registrada desde a Antigüidade. As idéias deste período que contribuíram com o
desenvolvimento da Biologia, tiveram como principais pensadores e estudiosos, os
filósofos Platão (428/27 a.C. - 347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), que,
deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As
interpretações filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das
diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,
buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões religiosas,
econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais no modo
como o homem passou a compreender a natureza.
A disciplina de ciências se caracteriza pela necessidade da compreensão do
mundo natural, do mundo construído e do cotidiano construído histórico e
dialeticamente pela humanidade, levando em consideração os aspectos sociais,
políticos, econômicos, culturais e éticos. Com esse conhecimento o aluno poderá
intervir na sociedade avançando a ciência e a tecnologia e conseqüentemente
melhorando o ambiente e a qualidade de vida.
O ensino de Ciências, na atualidade, tem o desafio de oportunizar a todos os
alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica
de fatos e fenômenos relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da produção
científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das
inter-relações e transformações manifestadas no meio, bem como, instigará reflexões e
a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas.
Portanto, a mediação do professor é fundamental para a aprendizagem do
educando, pois ele informa, questiona e contribui para prepará-lo na tomada de
decisões conscientes do seu papel na sociedade, como indivíduo capaz de provocar
mudanças sociais na busca da melhor qualidade de vida para todos.
A disciplina de ciências se caracteriza pela necessidade da compreensão do
mundo natural, do mundo construído e do cotidiano construídos histórico e
dialeticamente pela humanidade, levando em consideração os aspectos sociais
políticos econômicos culturais, éticos. Com esse conhecimento o aluno poderá intervir
na sociedade avançada a ciência e a tecnologia e conseqüentemente melhorando o
ambiente e q qualidade de vida.
A disciplina de ciências tem como objetivo, promover a socialização dos
conhecimentos científicos e tecnológicos em sua historicidade, intencionalidade,
provisoriedade, aplicabilidade e nas inter-relações que se estabelece na sociedade.
O estudo de ciências tem como objetivo criar oportunidades sistemáticas para
que o aluno, ao final do ensino fundamental, tenha adquirido um conjunto de conceitos
e atitudes que operem como instrumento para a interpretação do mundo científico e
tecnológico em que vivemos, capacitando-o nas escolhas que fará como indivíduo e
como cidadão, contribuir para que os alunos compreendam melhor o mundo e suas
transformações, possam agir de forma responsável em relação ao meio ambiente e aos
seus semelhantes (diferentes etnias) e reflitam sobre as questões éticas que estão
implícitas na relação entre ciência e sociedade. Nesse processo, o papel do educador
é fundamental. Sua atitude é sempre uma referência para os alunos, a consideração
das múltiplas opiniões, a persistência na busca de informações, a valorização da vida e
o respeito ás individualidades servirão de exemplo na formação dos valores dos
estudantes.
De forma geral, os fenômenos naturais são tratados na disciplina de Ciências
levando em consideração circunstâncias filosóficas, políticas, econômicas e
socioculturais.
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação
essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica,
política e cultural;
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia como
meio para evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir
necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas
científico – tecnológicas;
- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a
partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
- Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta,
comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações;
- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
a construção do conhecimento.
II - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos das diretrizes se entende a partir de uma grande amplitude que
são organizados no âmbito escolar para a compreensão do objeto de estudo onde os
mesmos se encontram relacionados a fatos históricos e políticos da educação. Desta
forma os conteúdos de ciências procura fazer a inter-relação do conhecimento científico
como a Biologia, Física, Química, Geologia e Astronomia entre outros procurando
promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina.
No ensino de ciências deve-se superar a fragmentação de um mesmo conceito,
propõe-se, então que aconteça uma integração conceitual onde estabeleça uma
relação entre conceitos de diferentes conteúdos estruturantes inclusive de outras
disciplinas do ensino fundamental.
Os cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência são:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em
todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências.
ASTRONOMIA
Este conteúdo possibilita o estudo e conhecimento sobre a dinâmica dos corpos
celestes, modelos geocêntricos e heliocêntricos, instrumentos científicos. Além disso,
os fenômenos celestes são de grande interesse para os alunos como o movimento do
sol, fases da lua, estações do ano e as viagens espaciais.
Conteúdos básicos:
- Universo;
- Sistema solar;
- Movimentos celestes e terrestres;
- Astros;
- Origem e evolução do universo;
- Gravitação universal.
MATÉRIA.
Neste conteúdo estruturante será abordado o estudo da constituição dos corpos,
entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à
nossa percepção.
Conteúdos básicos:
-Constituição da matéria.
- Propriedades da matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS.
Este conteúdo apresenta a constituição dos sistemas do organismo, bem como
suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e
suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a
respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e ampliasse
a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a
fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o
conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.
Conteúdos básicos:
-Níveis de organização;
- Célula;
- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
- Mecanismos de herança genética.
ENERGIA.
Este conteúdo propõe o estudo e a discussão do conceito de energia. Assim,
tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de
compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como
por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa,
energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em
outra.
Conteúdos básicos:
- Formas de energia;
- Conversão de energia;
- Transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE
Esse conteúdo visa a compreensão do conceito de biodiversidade e demais
conceitos intra-relacionados. Espera-se que o estudante compreenda o sistema
complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e
dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações
ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram,
viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido
transformações.
Conteúdos básicos:
- Organização dos seres vivos;
-Sistemática;
-Ecossistemas;
- Interações ecológicas;
- Origem da vida;
-Evolução dos seres vivos.
No plano de trabalho, todos estes conteúdos estruturantes serão desdobrados
em específicos em função de interesses regionais e do avanço na produção do
conhecimento científico.
IV – CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Série/ Ano Conteúdos Básicos Conteúdos Específico.
5ª Série/6º
Ano
• Universo• Sistema Solar• Movimentos
terrestres• Movimentos celestes• Constituição da
matéria• Níveis de
organização Celular• Formas de energia• Conversão de
energia• Transmissão de
energia• Organização dos
seres vivos
• Astronomia: Aspectos gerais• Elementos básicos do universo:
considerações gerais• Sistema solar : Sol, planetas e
satélites, influência do Sol e da Lua, movimento de translação e rotação, galáxias, constelações, nebulosas e cometas
• Origem e evolução do Universo• Teoria Geocêntricas e Heliocêntricas• Forma e estrutura da Terra.• Rocha e solo.• Utilização e preparação do solo.• Poluição do solo, prováveis doenças.• A água na natureza.• Água potável e poluição das águas.
• Propriedades da água• Tratamento da água,prováveis
doenças da água contaminada.• Existência do ar.• Pressão atmosférica.• Previsão do tempo.• Poluição do ar, prováveis doenças do
ar contaminado.• Sistemas orgânicos e fisiológicos
como um todo.• Características gerais dos seres vivos.• Níveis de organização celular:
organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, animais unicelulares e pluricelulares, procariontes, eucariontes, autótrofos e heterótrofos.
• Conceito de energia, das diversas formas de manifestações.
• Conversão de energia e transmissão de energia.
• Energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, fontes de irradiação, convecção, e condução.
• Energias relacionadas aos ciclos de matéria na natureza.
• Diversidade das espécies e sua classificação.
• Distinção entre ecossistema, comunidade e população.
• Ecossistemas: cadeias alimentares, conceitos básicos de ecologia, relações harmônicas e desarmônicas entre os seres vivos.
• Extinção das espécies
• Astros.
• Movimentos terrestres.
• Movimentos celestes.
• Abordagem básica e geral das condições físicas e químicas do Sol, planetas e satélites para análise das possíveis transformações e interações da matéria e energia.
• Movimentos celestes, estações do
6ª Série/7º
Ano
• Constituição da matéria.
• Célula.
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
• Formas de energia.
• Transmissão de energia.
• Origem da vida.
• Organização dos seres vivos.
• Sistemática
ano, constelações, com relação ao planeta Terra.
• Movimentos aparentes no céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra
• Condições físico-químicas dos planetas do Sistema Solar permitindo ou não a existência dos seres vivos.
• Terra na era primitiva, antes do surgimento da vida.
• Atmosfera primitiva e componentes essenciais à vida.
• Estrutura química da célula.
• Diferentes tipos de células e sua constituição.
• Fotossíntese e o processo de conversão de energia na célula.
• Energia luminosa solar e a importância para com os seres vivos.
• Relação entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir nos mecanismos celulares.
• Conceito de calor como energia térmica em relação com os sistemas endotérmicos e ectotérmicos.
• Conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistemas e os processos evolutivos.
• Classificação, categorias taxonômicas, e filogenia dos seres vivos.
• Interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos, e heterótrofos.
• Eras geológicas e as teorias a respeito da origem da vida, geração espontânea e biogênese.
• Os seres vivos e os ecossistemas.
• Conceitos Gerais de Ecologia;
7ª Série/ 8º
Ano
• Origem e evolução do Universo.
• Constituição da matéria.
• Célula.
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
• Formas de energia.
• Evolução dos seres vivos.
• Teoria sobre a origem e a evolução do Universo.
• Relações entre as teorias e sua evolução histórica.
• Conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos atômicos.
• Conceito de átomos, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas, reações químicas.
• Leis da conservação da massa.
• Compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos.
• Mecanismos celulares e sua estrutura bem como se relacionam no trato das funções celulares.
• Estrutura e funcionamento dos tecidos.
• Conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário
• Sistema ósseo e muscular.
• Energia química, mecânica e nuclear e suas fontes, modo de transmissão e armazenamento.
• Relação entre energia química com a célula ( ATP e ADP )
• Teorias evolutivas.
• Astros. • Classificação cosmológica ( Galáxias, Estrelas, Planetas, Asteróides,
8ª Série/ 9º
Ano
• Gravitação universal.
• Propriedades da matéria.
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
• Mecanismos de herança genética.
• Formas de energia.
• Conservação de energia.
• Interações ecológicas.
Meteoros, Meteoritos, entre outros ).
• Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
• Leis de Newton em relação a gravitação universal.
• Fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.
• Propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, e sabor.
• Fundamentos teóricos sobre os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor, endócrino e imunológico.
• Mecanismos de herança genética, cromossomos, genes, e os processos de mitose e meiose.
• Sistemas conversores de energia, fontes de energia e a sua relação com a Lei da conservação de energia.
• Relações entre sistemas conservativos.
• Conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.
• Conceito de energia elétrica e sua relação com magnetismo.
• Ciclos Biogeoquímicos, bem como as relações interespecíficas e intraespecíficas.
• Obs: A Lei nº 11. 645/08. “ História e Cultura Afro-brasileira e Africana”, a Lei Estadual nº 13.381/01 “ História do Paraná”, e a Lei do Meio-ambiente nº 9.795/99, estão inseridos os conteúdos da todos as séries.
V - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.
O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito
a um único método. Em Ciências Naturais, os procedimentos que correspondem aos
modos de buscar ou organizar conhecimentos são bastante variados: a observação, a
experimentação, a comparação, a elaboração de hipóteses e suposições, o debate, o
estabelecimento de relação entre fatos, fenômenos e idéias, a leitura e a escrita de
textos informativos, a elaboração de roteiros de pesquisa, a busca de informações
variadas, a organização de informações em fontes variadas, a organização de
informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos,
experimentos, utilização das tecnologias disponíveis na escola como: internet, TV
pendrive, DVD'S, CD'S. Outras atividades que estimulam os educandos ao trabalho
coletivo são as que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos
didáticos, dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras,
entre outras. As tecnologias que num primeiro momento são utilizadas de forma
separada – computador, celular, Internet, mp3, câmera digital – e caminham na direção
da convergência, da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor.
O computador continua, mas ligado à internet, à câmera digital, ao celular, ao
mp3, principalmente nos pockets ou computadores de mão. O telefone celular é a
tecnologia que atualmente mais agrega valor: é wireless (sem fio) e rapidamente
incorporou o acesso à Internet, à foto digital, aos programas de comunicação (voz, TV),
ao entretenimento (jogos, música-mp3) e outros serviços.
Estas tecnologias começam a afetar profundamente a educação. Esta sempre
esteve e continua presa a lugares e tempos determinados: escola, salas de aula,
calendário escolar, grade curricular.
Segundo Mendes, Souza e Caregnato (2004), Objetos de aprendizagem são
recursos digitais construídos por meio de linguagens de programação e/ou ferramentas
de autoria que permitem a construção de jogos, textos, áudios, vídeos, gráficos,
imagem, etc.Como subsídios para o processo de ensino aprendizagem. Os objetos
podem ser usados e reusados em diferentes contextos educacionais.
A interação com o meio também se aprende. Sendo assim, é no confronto, na troca
de concepções, idéias e teorias que o conhecimento se reestrutura. A responsabilidade
maior ao ensinar Ciências está intimamente ligada a um ensino que promova à
alfabetização científica, como um conjunto de conhecimentos que facilitariam ao ser
humano uma leitura crítica do mundo em que vive, como também o entendimento da
necessidade das transformações que ocorrem no âmbito da Ciência.
É imprescindível que os educandos, por meio das atividades práticas,
compreendam e reflitam as noções e conceitos pertinentes ao fenômeno em estudo,
bem como sobre o processo de extração e industrialização da matéria-prima, os
impactos ambientais decorrentes desses processos, os materiais utilizados, os
procedimentos destas atividades e os mecanismos de descarte dos resíduos.
Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos, equipamentos, precisa
ser reconhecido pelos estudantes, considerando desde a sua origem, composição
química, funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da atividade prática,
para estudo do fenômeno em questão, mas também na vida cotidiana, sem deixar de
considerar sempre, a concepção da disciplina e os aspectos econômicos, políticos,
sociais, ambientais e éticos.
E é importante destacar a importância dos registros que os alunos fazem no
decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas, pois através destes o professor
poderá analisar a própria prática e realizar uma intervenção pedagógica coerente no
processo educativo. Além disso, o professor pode divulgar a produção de seus alunos,
com o intuito de promover a socialização dos saberes, a interação entre os estudantes
e destes com a produção científico-tecnológica.
VI – AVALIAÇÃO
Por meio de instrumentos avaliativos diversificados (seminários, leituras e
interpretações de textos, murais, folders, confecção de painéis e modelos didáticos,
resolução de exercícios, pesquisas orientadas, entrevistas, relatórios de visitas,
atividades práticas, sínteses escritas e orais), os educandos podem expressar os
avanços na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem, discutem,
relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam, defendendo o
próprio ponto de vista.
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas. Desse
modo, a sistemática do desempenho e do rendimento escolar deve ocorrer o mais
cumulativo possível, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
permitindo constatar passo a passo o progresso do educando. Além disso, visa um
processo de ensino e aprendizagem que valorize a construção do conhecimento
científico, para que a prática da avaliação contínua e de processo ocorra de forma
diagnóstica, formativa e somativa.
Assim possibilita ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram dos
conteúdos específicos tratados nesse processo. Portanto a verificação contínua permite
ao professor identificar falhas durante o processo e retomar determinados conteúdos
trabalhando-os de outra maneira.
VII - BIBLIOGRAFIA.
KRASILCHIK, Myriam. Pratica do Ensino de Biologia. 4ª Ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
BRASIL.Lei nº. 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBN.
Brasília, 1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências
para as Séries Finais do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED/DEM, 2008.
10.6 - EDUCAÇÃO FÍSICA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física evolui com a história, acompanhou as mais diversas
situações históricas, surgiu nos primórdios, onde o Ser Humano usava suas habilidades
motoras para se locomover, alimentar e sobreviver. Com os Gregos na antiguidade,
incorporou-se o desenvolvimento físico e moral; já os romanos, pouco se dedicavam a
moral e a cultura intelectual, preocupavam-se mais com o desenvolvimento das massas
musculares. Já na idade média, os exercícios físicos eram considerados como
maneiras bárbaras de manifestações influenciadas pelas ordens da cavalaria.
Atualmente a Educação Física de acordo com Saviani (2005), serve para auxiliar e
instaurar na escola saberes científicos, técnicos, estéticos, dentre outros, e assim
revelar algo de diferente na vida dos envolvidos e da sociedade, na qual o ponto de
partida da prática enquanto educação é revelar algumas situações de equilíbrio da
hierarquia educacional, onde se revela importante não apenas o professor como
formador de idéias, mas sim o professor – aluno – escola - sociedade responsável pela
construção do conhecimento comum.
A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve
assumir a tarefa de : introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento,
formando o cidadão que vai produzi- la, reproduzi-la e transformá-la,
instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança,
das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. “A
integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser
plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua
personalidade” (Betti, 1992, 1994a).
II – OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver a postura crítica dos alunos perante as atividades da cultura
corporal, no sentido da aquisição da autonomia de conhecimentos/habilidades
necessária a uma prática intencional e permanente, que considere o lúdico e os
processos sociocomunicativos, no sentido do prazer, da auto-realização e da qualidade
coletiva de vida.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Esportes;
- Jogos e Brincadeiras;
- Dança;
- Ginástica;
- Lutas;
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE:
Esportes
• Coletivo e individual.
• Histórico e regras.
• Atividades pré desportivas.
• Fundamentos dos esportes (futsal, voleibol, handebol, atletismo, etc).
Jogos e brincadeiras.
• jogos e brincadeiras populares.
• Brincadeiras e cantigas de roda.
• Jogos de tabuleiro.
• Jogos cooperativos.
Dança
• Danças folclóricas.
• Danças de rua.
• Danças criativas.
Ginásticas
• Ginástica rítmica.
• Ginástica circense.
• Ginástica geral.
Lutas
- Lutas de aproximação: Capoeira.
6ª SÉRIE:
Esportes
• Coletivo e Individual.
• Evolução e regras.
• Fundamentos das diversas modalidades esportivas.
• Analise e reflexão sobre o sentido da competição.
Jogos e Brincadeiras.
• Jogos e brincadeiras populares.
• Brincadeiras e cantigas de roda.
• Jogos de tabuleiro.
• Jogos cooperativos.
Dança.
• Danças folclóricas.
• Danças de rua.
• Danças criativas.
• Danças circulares.
Ginástica.
• Ginástica rítmica.
• Ginástica circense.
• Ginástica geral.
Lutas.
- Lutas de aproximação – Capoeira.
7ª SÉRIE:
Esportes.
• Coletivos e radicais.
• Recorte histórico.
• Esporte enquanto atividade corporal,lazer, esporte rendimento, etc.
• Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
• Ética na competição esportiva.
Jogos e brincadeiras.
• Jogos e brincadeiras populares .
• Jogos de tabuleiro.
• Jogos dramáticos.
• Jogos cooperativos.
Dança.
• Danças criativas.
• Danças circulares.
Ginástica.
• Ginástica rítmica.
• Ginástica circense.
• Ginástica geral.
Lutas.
• lutas com instrumento mediador.
• Capoeira.
8ª SÉRIE:
Esporte.
• Coletivos e radicais.
• Organização de festivais esportivos.
• Analise dos diferentes esportes no contexto social econômico.
• Sistemas táticos.
• Prática dos diversos fundamentos dos esportes.
• Elaboração de tabelas e súmulas.
Jogos e brincadeiras.
• Jogos de tabuleiro.
• Jogos dramáticos.
• Jogos cooperativos.
Dança.
• Danças criativas.
• Danças circulares.
Ginástica.
• Ginástica rítmica.
• Ginástica geral.
Lutas.
• Lutas com instrumento mediador.
• Capoeira.
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Micro-aulas expositivas, dramatizações e encenações, seminários de estudo,
vivências práticas de movimentos relativos aos temas da cultura corporal: jogos,
modalidades esportivas, ginástica; leituras e discussão de textos; vídeos e filmes
relacionados à EF; fotografias e recortes (jornais, revistas, imagens diversas); CD-
Room sobre temas relativos à EF.
Periodicamente, uma aula será organizada na forma de seminário para
discussão e debate sobre questões-problema e outras surgidas nas aulas onde se
enfatiza as práticas corporais lúdicas de movimento e de expressão corporal. Essa
aula-seminário permitirá que o professor realize a integração interdisciplinar e
transdisciplinar com outras áreas de conhecimento.
VI - AVALIAÇÃO
Acompanhar o processo de ensino-aprendizagem, levantando informações a
respeito da adequação de objetos, da seleção de atividades, dos resultados, das
estratégias utilizadas, dentre outros fatores componentes do processo, é o que se
denomina avaliação. É necessário que se admita que avaliar não é só verificar
mudanças de comportamento dos alunos, podendo ir mais adiante, investigando-se o
próprio processo de ensino.
Terá a função de diagnosticar as potencialidades e o desempenho do aluno, do
professor e do ensino. Os instrumentos e meios utilizados para a avaliação: processos
dialógicos, vivências e experiências de movimento, análise de situações, parecer
descritivo, auto-avaliação e sugestões para a disciplina.
Em nossa prática pedagógica a organização de alguns critérios se fazem
necessários para a avaliação dos alunos:
• o/a aluno/a participa das atividades de forma cooperativa.
• o/a aluno/a participa das atividades se dispondo à experiência do
movimentar-se mesmo quando parece não gostar da atividade.
• o/a aluno/a participa da aula demonstrando interesse e dando sugestões
para o bom andamento das atividades.
• o/a aluno/a é pontual e assíduo as aulas, não atrasando o início das
atividades.
• o/a aluno/a justifica-se diante da turma e do professor quando não pode
participar da aula ou alguma atividade por motivo de saúde, lesão ou
outro.
• o/a aluno/a procura se apresentar para a aula com vestimenta adequada à
prática de educação física.
• o/a aluno/a durante os jogos ajuda na resolução de conflitos e dúvidas que
surgem durante os mesmos.
• o/a aluno/a respeita as diferenças de opinião e de aprendizagem de cada
um de seus colegas.
• o/a aluno/a demonstra capacidade de construir regras para os jogos e
movimentos de forma a não ficar preso a um padrão de comportamento
ou de técnicas.
• o/a aluno/a percebe que a verdadeira vitória no jogo é o prazer e a alegria
de se movimentar.
• o/a aluno/a colabora com o grupo e com o professor sabendo ouvir e falar
de acordo com as circunstâncias de cada momento da aula.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações por semestre com as respectivas
recuperações de forma semestral. A soma dos dois resultados semestrais dará a média
final, sendo esta dividida por dois.
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRACHT,Valter. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,
1992.
HILDEBRANDT-STRAMMAN, R. Textos pedagógicos sobre ensino da educação
física. Unijuí, Ijuí: 2001.
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Unijuí, Ijuí: 1994.
Panejamento elementar da escola para aulas de educação física: a política
pedagógica do projeto em ação. Publicação semestral do Grupo de Trabalho
Temático Educação Física/Esporte e Escola do Colégio Brasileiro de Ciência do
Esporte. Disponível em www.gtte.rg3.net – v. 1, n.1, mar. 2003 Acesso em
20/05/06.
DCE: Diretrizes Curriculares da rede pública de educação básica do Estado do
Paraná
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações Coleção Educação
Física, 9ª Ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2005.BETTI, M. O que a
semiótica inspira ao ensino da Educação Física. Discorpo, n. 3, p. 25-45, 1994b.
10.7 - ARTES
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte é um processo de humanização do ser humano, onde pode haver
transformação produzindo novas maneiras de ver e sentir o próprio mundo. Seguindo
esse conceito é preciso repensar a arte-educação desenvolvendo atividades que se
relacionam com o processo histórico do homem, levando em consideração o fato de
que a arte não é uma disciplina isolada das demais atividades humanas, pois se faz
presente no cotidiano, podendo servir como documento histórico participante das
manifestações culturais.
O papel da Arte na educação é propiciar uma aproximação e uma reflexão sobre
a diversidade de manifestações culturais, ou seja, desvelar o que foi produzido pelo
homem para dar significado à suas ações e ao mundo que o rodeia e envolve.
Se arte é produção sensível, se é relação de sensibilidade com a existência e com experiências humanas capaz de gerar um conhecimento de natureza diverso daquele que a ciência propõe, é na valorização dessa sensibilidade, na tentativa de desenvolvê-la no mundo e para o mundo devolve-la, que poderemos contribuir de forma inegável com um projeto educacional no qual o ensino da arte desempenhe um papel preponderante e não apenas participe como coadjuvante. (BUORO, 2002, p. 41)
Devemos pensar a arte como forma de conhecimento e expressão através de
uma interação com a realidade, de acordo com esse ideal a escola precisa ser o
espaço que educa esteticamente oportunizando para a reflexão entre o individual e o
global. A disciplina de arte deve manter este diálogo, relacionando nossas experiências
e nossa cultura, uma vez que a “a cultura é vista como civilização, como um todo
complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, leis, tecnologia, costumes,
parentescos, religião, magia, e muitas outras capacidades e habilidade adquiridas pelos
seres humanos como membros da sociedade” (RICHTER, 2003, p. 16). Podendo ser
através do estudo das diversas culturas uma possibilidade de combate a preconceitos e
valorização da cultura e tradições locais.
De acordo com Ana Mae, “o conhecimento da arte se organiza na inter-relação
da história, da leitura da obra de arte e do fazer artístico.” (BARBOSA, 1999, p. 81).
Partindo da premissa de que a construção do conhecimento em Arte acontece por meio
da inter-relação de saberes, entende-se que ao se apropriar de elementos que
compõem o conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética
das diferentes manifestações artísticas, o aluno se torna capaz de refletir a respeito
desta produção e dos conhecimentos que envolvem esse fazer. Assim se faz
necessário “construir um conhecimento em arte que aguce nossas percepções, bem
como nos capacite a ler o mundo com olhares revigorantes e revigorados” (BUORO,
2002, p. 27).
Para Barbosa (1999) o aprendizado de arte se baseia em compreender,
decodificar e desenvolver percepções a partir da capacidade criadora de cada
indivíduo. Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir
dos conhecimentos adquiridos ao longo de reflexões, processos de produção,
experimentação e estímulo de criatividade. Olhando a arte por uma perspectiva
antropológica, é possível considerar que toda produção artística e cultural é um modo
pelos quais os sujeitos entendem e marcam sua existência no mundo. Dessa forma a
produção de conhecimentos está interligada à produção cultural local como fonte de
significados para a arte. De acordo com Barbosa (1999), a arte é a disciplina que
carrega a continuidade história de uma sociedade, sem esses conhecimentos é
impossível construir uma identidade nacional. As escolas poderiam apresentar aos
alunos um primeiro contato com diferentes imagens, aproximando diversas culturas.
Esta disciplina é um instrumento para a compreensão do saber estético, e está
relacionada na formação dos sentidos humanos, na compreensão da realidade social
em que o indivíduo está vivenciando e na formação de visão crítica de mundo. Educar
esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de
ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística. Para explicitar o
encaminhamento necessário para essa educação estética, constituem como base para
a ação pedagógica: a humanização dos objetos e dos sentidos, a familiarização
cultural e o saber estético, e também o trabalho artístico. A disciplina de artes nas
escolas deve ser trabalhada de maneira que humanize os sentidos e se que tenha um
olhar estético apurado, visto que “a arte sempre esteve ligada ao ser humano, tornando
possível o registro estético de costumes e visões de mundo. Mas a arte é, antes de
tudo, parte da identidade cultural e reflete o embate do indivíduo com a realidade
circundante” (VASCONCELLOS, 2006, p. 190).
No contexto escolar, o objeto de estudo da disciplina Arte são os conteúdos
específicos contemplados nas diferentes linguagens artísticas, entre elas música,
dança, teatro e artes visuais, em um determinado tempo e espaço historicamente
construído pelo homem. Nesta perspectiva, os conteúdos escolares em arte devem ser
abordados a partir da técnica e composição além do contexto histórico ser levado em
consideração relacionando com as características de cada obra e período estudado. A
sistematização e organização curricular dos conteúdos em Arte não consiste de uma
listagem linear e estanque, mas sim de uma diretriz, um caminho que possa promover a
apreensão, subjetivação e objetivação teórica e prática do saber artístico, de forma
gradativa e que aos poucos possa ser aprofundada. ”O ensino dos conteúdos de arte
na escola proporcionaria, pois, o contato do aluno com o conhecimento sensível de si e
do outro, o que lhe permitiria agregar um tipo de saber cuja função é intermediar e
intensificar sua relação com todos os outros saberes do mundo”. (BUORO, 2002, p. 63)
Cada linguagem artística possui um sistema organizado de signos que possibilita
a comunicação e a interação, estruturados segundo princípios que cada cultura
constrói. Desta forma, ensinar arte é muito mais do que simplesmente apresentar
certos elementos da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se
transforme em conhecimento, é necessário interpretar e questionar diferentes
representações culturais, analisando os processos de criação e execução destas
produções, pois a aprendizagem se nutre da investigação, do diálogo e do olhar do
outro.
As apropriações das linguagens artísticas utilizadas por nossos alunos, ao longo
do processo de interpretação das imagens, são instrumentos poderosos de
comunicação, leitura e compreensão da realidade humana. De acordo com esta
concepção, o objetivo da disciplina de artes não é a formação de artistas, mas o
domínio e a compreensão estética dessas complexas formas humanas de expressão
que dinamizam processos afetivos e cognitivos.
As práticas educativas da disciplina precisam assumir um compromisso com a
diversidade cultural, reconhecendo-a como patrimônio da humanidade, considerando
desde o repertório de conhecimento do aluno até as produções de grupos sociais que
historicamente foram marginalizados por uma concepção de arte elitista.
Existem três eixos que fundamentam o ensino e o aprendizado em Arte um deles
é o conhecimento contextualizado, que a partir de períodos e acontecimentos históricos
contribuem para o aprofundamento do conteúdo, possibilitando estabelecer
características e construir o conhecimento histórico da sociedade. O segundo eixo, se
dá por meio da apreciação de obras, onde estimulado, o aluno desperta sua
sensibilidade, cria sua visão de mundo e aprende a interpretar as mesmas. O último
está relacionado ao processo criativo e com o fazer, a partir de experimentações, com
materiais e técnicas, o aluno expressa todo o conhecimento adquirido.
O conhecimento será realmente significativo, se o fazer pedagógico do professor
de Artes, através dos conteúdos, possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações
entre os conhecimentos adquiridos e a sua diversidade cultural, de forma que esses
saberes sejam valorizados através de relações estabelecidas entre conteúdos e
vivências dos alunos, fazendo com que esses conteúdos sejam relacionados com sua
realidade, dando sentido um sentido real a esses conteúdos, que não acabe na sala
de aula, mas sim seja levado nas suas vivências.
É necessário aprender e compreender as diferentes culturas e pontos de vistas
que ampliam a percepção sobre o mundo contemporâneo, sendo assim é preciso saber
interpretar e utilizar as diversas imagens e informações que recebemos todos os dias
na sociedade que vivemos. É através da disciplina de artes que o aluno pode ter
contato e possibilidade de analisar essas informações recebidas todos os dias, pois
com essas informações, é que criamos nossa identidade cultural e nos reconhecemos
como humanos presentes no mundo, com função e olhar crítico sobre nossas vivências.
Com a arte é possível educar esteticamente, ensinando o homem a perceber, sentir e
atuar no mundo em que vive. Segundo Vasconcellos (2006), não existe uma cultura
única “e é esta diversidade cultural que produz sentidos e significados para a educação
e o ensino da arte, pois estes se constroem nas “relações socioculturais entre seres
humanos e sujeitos sociais” “(VASCONCELLOS, 2006, p. 190). Devemos pensar em:
“...uma educação que considera os interesses, as necessidades e a participação direta
dos alunos nos planejamentos das atividades educativas. Uma educação em que são
ajudados a ser flexíveis, a reconhecer o outro e a compreender criticamente seu meio
social e cultural.” (HERNÁNDEZ, citado por FRANZ, 2003, p. 163)
O ser humano pode aprender muito com o auxílio da imagem. Com a arte é
possível criar um olhar crítico e sensível ao mundo, por isso, a importância da educação
dos sentidos. Assim, o ensino da arte surge como conhecimento e expressão das
necessidades de criar um saber artístico e estético, propiciando o desenvolvimento de
aspectos perceptivo, criativo e expressivo. Nesse sentido, os alunos poderão ter um
diálogo maior com o mundo: ler, compreender, refletir e expressar, como formas de
criar uma nova produção cultural, sempre valorizando a identidade e a realidade de
cada aluno (HERNÁNDEZ, 2000).
Na construção de saberes, cada aluno deve fazer escolhas que auxiliarão em
seu processo de criação. Nosso olhar é influenciado por diferentes fontes visuais:
movimentos, povos e culturas que nos induzem no modo de pensar e agir. “Quando
alguém se aproxima das experiências de outras pessoas, ou de outros pontos de vista,
as próprias experiências adquirem uma maior perspectiva, e a compreensão sobre a
realidade é enriquecida”. (HERNÁNDEZ, 2000, p. 55)
É nesse sentido que devemos repensar a realidade de nossos alunos, facilitando
o acesso à uma boa aprendizagem. Criando uma educação que valorize a cultura da
população local, que seja uma forma de interação entre professores, equipe
pedagógica e alunos, intercalando métodos, conteúdos que se articulam de modo que
haja aprimoração no modo de pensar o cotidiano. Como nossa escola se encontra em
zona rural, sua realidade é diferenciada e dessa maneira o ensino deve ser adaptado
de acordo com essa realidade. Assim se faz necessário trabalhar com as vivências de
nossos estudantes, mas sem deixar de lado os conhecimentos básicos e
expressividade que podem ser explorados. Dessa maneira as suas experiências devem
ser inseridas como auxilio na realização e andamento dos conteúdos e atividades. “A
educação do campo, a partir de práticas e estudos científicos, deve aprofundar uma
pedagogia que respeite a cultura e a identidade dos povos do campo”. (I Conferência
Nacional Por uma Educação Básica do Campo. Carta Aberta Luziânia - Goiás, 1998,
citado por TAVARES, p. 9, 2005).
Seguindo esse pensamento da autora, a escola deve produzir novos meios de
enxergar a realidade e relacionar a sua vivencia nas aulas, principalmente relacionando
a sociedade com a natureza, criando uma educação que respeite a cultura e a
identidade do campo, resgatando as vivencias e tornando uma escola democrática,
aberta as diferenças existentes, possibilitando uma experiência coletiva. “[...] orientada
pela interpretação do mundo, requer dos educadores um procedimento que promova a
prática do diálogo e possibilite aos educandos compreenderem as raízes históricas das
circunstâncias em que vivem”. (CARVALHO, 2009, p. 3487)
Experiência que pode estar ligada até mesmo com a imagem que eles percebem
todos os dias. Sandra Rey (2009), afirma que essas imagens (paisagens, animais,
plantações, etc.), podem criar conceitos que auxiliem nas práticas criando narrativas
visuais, através de experiências que produzem resultados estéticos, que estão
diretamente ligadas a arte educação, já que é preciso ter conhecimentos estéticos
básicos para poder haver o processo de criação.
A arte, por ser a concretização dos sentimentos e idéias em formas expressivas, transmite significados que só podem ser transmitidos pela arte e por nenhuma outra linguagem como a discursiva, por exemplo. Assim, colocar a arte ao alcance de todos é de fundamental importância, visto que a experiência artística favorece o desenvolvimento do indivíduo em todas as suas dimensões, porque envolve o sentir, o pensar, a razão e a emoção. (CARVALHO, 2009, p. 3481)
Para que haja experiência artística é preciso ser trabalhado a vivência do aluno,
através de mudanças na educação de maneira que se torne menos excludente, mas
sim tolerantes as diferenças existentes em cada comunidade. Englobar os espaços
presentes no território rural é transformar as aulas em ambientes agradáveis em que
reconheçam características de suas vivências. Pois “entende-se que a educação está
presente em todos os processos formativos ocorridos ao longo da vida de cada um
dentro e fora da escola” (ROCHA, p.4).
Assim cria-se a identidade cultural imprescindível no processo de aprendizado
que sempre estará vinculado com sua cultura e meio que vive. Dessa forma um aluno
que tem sua identidade cultural bem definida possivelmente estará compreendendo
melhor os conteúdos e terá um grande referencial em suas produções.”As atividades
artísticas, quando realizadas de maneira significativa, integrando emoção e cognição,
ajudam os educandos e educandas a se expressarem bem artística e verbalmente, a
desenvolverem o pensamento analítico e podem concorrer para o fortalecimento da
identidade social ou grupal”. (CARVALHO, 2009, p. 3488)
Seguindo essa ideia, a escola precisa investir em uma interpretação da realidade
que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores de sua percepção de
mundo, consequentemente irá potencializar sua capacidade de relacionar, aprender e
criar.
II - OBJETIVOS
Aprender o conhecimento histórico, produzido sobre a arte para compreender
como a sociedade estrutura-se e como se organizam as várias formas de produzir arte;
Compreender as diversas manifestações artísticas e a diversidade cultural;
Aprender a utilizar a arte como linguagem;
Experimentar materiais diversificados e os procedimentos artísticos presentes
nas quatro linguagens da arte (visuais, dança, música e teatro);
Interpretar obras de arte e a realidade transcendendo as aparências, aprendendo
através da arte a realidade e função social humana;
Desenvolver o gosto estético e olhar crítico;
Capacitar o aluno para que ele seja capaz de entender, investigar, relacionar a
arte com sua realidade;
Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando arte de modo sensível;
Expressar, representar ideias, emoções, sensações por meio da articulação de
poéticas pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e coletivos.
III - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª Série
1. ARTES VISUAIS
o ELEMENTOS FORMAIS:
- ponto
- linha
- textura
- forma
- superfície
- cor
- volume
- luz
1.2 COMPOSIÇÃO:
- bidimensional
- figurativa
- geométrica
- simetria
- Técnicas: pintura, desenho, colagem, escultura, arquitetura/ maquete,
mosaico;
- Gêneros: cenas mitológicas;
1.3 MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Arte Egípcia
- Arte Greco-Romana
- Arte Africana
- Arte Pré- Histórica
- Abstracionismo
- Arte Moderna- Pop Art
2. MÚSICA
1. ELEMENTOS FORMAIS:
- altura
- duração
- timbre
- densidade
2. COMPOSIÇÃO:
- ritmo
- melodia
- improvisação
3. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Greco- Romana
- Oriental
- Ocidental
- Africana
1. TEATRO
1. ELEMENTOS FORMAIS:
- personagem
- expressões corporais,vocais, gestuais e faciais
- ação e espaço;
2. COMPOSIÇÃO:
- enredo, roteiro
- espaço cênico
- adereços
- técnicas: jogos teatrais, improvisação, manipulação, máscaras
- gênero: tragédia, comédia, circo
3. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Greco- Romana
- Teatro medieval
- Teatro Oriental
- Renascimento
• DANÇA
4.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- movimento corporal
- tempo
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- eixo
- kinesfera
- ponto de apoio
- movimentos articulares
- rápido e lento
- formação níveis
- deslocamento
- dimensões
- técnica: improvisação
- gênero: circular
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Pré- história
- Greco- Romana
- Dança Claśsica
- Renascimento
6ª Série:
1. ARTES VISUAIS
1. ELEMENTOS FORMAIS:
- ponto
- linha
- forma
- textura
- superfície
- volume
- cor
- luz
2. COMPOSIÇÃO:
- proporção
- bidimensional
- figura e fundo
- perspectiva
- técnicas: pintura, desenho, colagem,mural
- gêneros: paisagem, retrato, cenas do cotidiano
3. MOVIMENTOS E PERÍODOS
- Arte Indígena
- Arte Popular/ Brasileira e Paranaense
- Renascimento
- Barroco
- Vanguardas/ Surrealismo
- Arte Cinética
1. MÚSICA
2.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- altura
- duração
- timbre
- densidade
1. COMPOSIÇÃO:
- ritmo
- melodia
- escalas
- gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico
- técnicas: vocal, instrumental, mista, improvisação
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Música popular e étnica
1. TEATRO
3.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- personagem
- expressões corporais, faciais, vocais e gestuais
- ação
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- representação
- leitura dramática
- cenografia
- Técnicas: jogos teatrais, mímica, fantoches, improvisação
- Gênero: rua, caracterização
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- teatro popular- Brasileiro/ Paranaense
- teatro africano
1. DANÇA
4.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- movimento corporal
- tempo
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- ponto de apoio
- rotação
- coreografia
- salto e queda
- peso
- fluxo
- lento
- rápido
- moderado
- níveis
- formação
- direção
- gêneros: folclórica, popular, étnica
1. MOVIMENTO E PERÍODOS
- dança popular
- dança brasileira
- dança paranaense
- africana
- indígena
7ª Série
1. ARTES VISUAIS
1. ELEMENTOS FORMAIS:
- ponto
- linha
- forma
- textura
- superfície
- volume
- cor
- luz
1.2COMPOSIÇÃO:
- retrato
- paisagem
- propaganda
- desenho
- pintura
- escultura
- maquete
- proporção
- tridimensional e bidimensional
- figura e fundo
- gêneros: paisagem, retrato, cenas do cotidiano
1.3 MOVIMENTOS E PERÍDOS
-Indústria Cultural
- Arte no Século XX- Pop Art
- Arte Contemporânea
- Arte Bizantina
- Arte Românica
- Arte Gótica
• MÚSICA
2.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- altura
- duração
- timbre
- densidade
- intensidade
3. COMPOSIÇÃO:
- ritmo
- melodia
- harmonia
- técnicas: vocal, instrumental, mista
4. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Indústria Cultural
- Eletrônica
• TEATRO
3.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- personagem
- expressões corporais, faciais, vocais e gestuais
- ação
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- representação
- texto dramático
- roteiro
- Técnicas: adaptação cênica
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
-Indústria Cultural
-Cinema Novo
1. DANÇA
4.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- movimento corporal
- tempo
- espaço
- COMPOSIÇÃO:
- coreografia
- salto
- direção
- gêneros: indústria cultural e espetáculo
- MOVIMENTO E PERÍODOS
- Dança moderna
- Musicais
- Hip- Hop
8ª Série
1. ARTES VISUAIS
1.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- linha
- forma
- textura
- superfície
- volume
- cor
- luz
1.2COMPOSIÇÃO:
- paisagem
- desenho
- pintura
- maquete
- tridimensional e bidimensional
- figura e fundo
- gêneros: paisagem, retrato, cenas do cotidiano
1.3 MOVIMENTOS E PERÍDOS
- Realismo
- Vanguardas
- Muralismo
- Hip Hop
2. MÚSICA
2.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- altura
- duração
- timbre
- densidade
- intensidade
2.2 COMPOSIÇÃO:
- ritmo
- melodia
- harmonia
- técnicas: vocal, instrumental, mista
1. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Música Popular
- Música Brasileira
- Música Contemporânea
• TEATRO
3.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- personagem
- expressões corporais, faciais, vocais e gestuais
- ação
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- representação
- texto dramático
- roteiro
- Figurino
- Dramaturgia
- Jogos teatrais
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
-Teatro do Oprimido
-Teatro do Absurdo
- Vanguardas
• DANÇA
4.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- movimento corporal
- tempo
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- coreografia
- salto
- giro
- direção
- fluxo
- extensão
2. MOVIMENTO E PERÍODOS
- Dança moderna
- Dança Contemporânea
– Vanguardas
IV - METODOLOGIA
O método a ser aplicado, deve fundamentar todo o trabalho do professor de
Artes, pois, é este o elemento pedagógico que está mais intimamente ligado a pratica
em sala de aula.
Pode-se definir método como um modo planejado e determinado para se atingir
objetivos. Um procedimento racional para o conhecimento seguindo um percurso
fixado, tendo em vista: para quem, como, porque e o quê.
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem
com a arte: sua relação é de desenvolver um trabalho artístico, produzir arte e de sentir
e perceber os vários aspectos das obras de arte, contextualizando-se e inteirando-se
com os elementos das diferentes linguagens.
Propomos educar no sentido estético: onde é ensinado a ver, ouvir criticamente,
interpretar a realidade, ampliar as possibilidades de expressão artística.
O ver, o pensar e o fazer caminham juntos aprimorando a percepção efetiva e a
visão técnica. A produção artística é muito importante para a formação estética do
aluno.
Ao professor caberá responder a necessidade técnica do aluno, levando em
conta os modos de ver e compor que este já se utiliza; ao mesmo tempo em que ele
possibilita o contato com outros modos de representação para que este educando seja
conduzido desta maneira a desenvolver o máximo dos saberes que são esperados, tais
como: trabalhar no sentido de desenvolver a imaginação, criação, ouvir e ver com
atenção.
Estes critérios junto com os elementos formais possibilitam ao aluno expressar a
realidade que desejam.
É preciso realmente conduzir o aluno a perceber que a maioria das
manifestações estão sob controle das relações sociais; sendo assim uma das tarefas
da arte-educação, deve ser além do exercício sistemático com estes conhecimentos, no
sentido de possibilitar; por outro a apropriação da história social, da arte
compreendendo o momento histórico de sua criação.
O trabalho artístico será voltado a uma assimilação criadora e não imitativa, visto
que o ser humano busca criar, mudar, transformar o já existente demonstrando aquilo
que pensa e sente.
Precisamos aliar ao conhecimento artístico o trabalho, a experimentação e
expressão objetivando ao ser trabalhado na disciplina de Artes: ampliar o conhecimento
do aluno no que se refere às linguagens artísticas, dando a ele instrumentos para que
possa fazer uso destas linguagens observando de maneira diferente, compondo,
interpretando e interagindo com o universo artístico, incentivando o desabrochar do
potencial criativo de cada um. No espaço escolar o objeto de trabalho é o
conhecimento, onde desta forma torna-se necessário contemplar na metodologia do
ensino da arte, estas três dimensões, ou seja, estabelecer como eixo o trabalho
artístico, que é o fazer, o sentir e perceber, que são formas de leitura e o conhecimento,
que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho mais
sistematizado, superando-se o senso comum do conhecimento baseado só através da
experiência. Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário
interpretar e questionar as diferentes representações culturais, analisar os processos de
criação e execução das produções, nutrindo-se da investigação, da leitura e
compreensão da realidade humana e do diálogo que dinamiza os saberes, tornando-os
realmente significativos.
As atividades propostas nas aulas de Artes devem garantir e ajudar os alunos a
desenvolver modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre
a Arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação. Através de
contextualizações, análises de imagens e períodos, além do uso diversificado de
materiais para auxiliar no processo de aprendizagem das diversas linguagens artísticas.
V – AVALIAÇÃO
A avaliação em Arte é feita em caráter dinâmico e em processo contínuo ao
longo dos conteúdos trabalhados em sala, necessitando da colaboração de todos. Se
deve avaliar o conhecimento desenvolvido e aprimorado ao longo do ano letivo, não
tendo uma foma correta, pois, Arte é uma forma de expressão e percepção de mundo.
Assim cada aluno pode ter uma visão diferente e o professor pode propor atividades
diversificadas relacionando com as diversas linguagens, adequando-as aos conteúdos
trabalhados em sala.
Para avaliar em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos) quanto
conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno
posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada
linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores, historicamente
construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e
reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade.
Avaliar em Arte, acima de tudo, deve-se definir aonde se quer chegar, o que o
aluno irá aproveitar, o aproximando dentro de uma reflexão sobre a diversidade das
manifestações culturais, ou seja, entrar em contato com aquilo que foi produzido pelo
homem para dar significado à suas ações e ao mundo em que vive.
A proposta da disciplina de Artes foi elaborada pretendendo definir o
complexo conceito de arte, e também para mostrar as principais modalidades
artísticas e a maneira com se originam e, sobretudo, levar o aluno a desenvolver
o interesse pela arte, aprimorar a sua sensibilidade estética e também humana.
Para o aluno exercer seu juízo crítico, visando a formação, a expressão e a
opinião própria em relação a arte e o mundo que vivemos e mais, permitir que o
aluno possa fazer parte da sociedade como cidadão participativo e contribuidor
das mudanças, buscando uma sociedade mais justa, mais humana, resgatando
valores essenciais para se viver. Sendo assim é preciso inserir os seguntes
conceitos no decorrer das aulas de Arte:
• expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no trabalho artístico;
• reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;
• ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;
• superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a ver os
objetos somente sob seus aspectos prático-utilitários;
• construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do conhecimento
técnico, o trabalho artístico, permitindo que este venha a ser partilhado com os outros.
Nesse aspecto a aprendizagem é manifestada no crescimento desenvolvido no
processo educativo. Vendo desta forma a arte vem como processo transformador,
atingindo o seu alvo principal, o aluno que é o cidadão em formação.
VI – REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1999.
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cor-tez, 2002.
BARBOSA, A. M. (org.) A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.
BUORO, Anamélia Bueno. Olhos que pintam. São Paulo: Cortez, 2002.
CANDAU, V. M. (org.) Sociedade, educação e cultura (s): questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
CARVALHO, Lívia Marques, SARAIVA, Ilson Roberto Moraes, SILVA, Davi Querino da. Várias Etnias, uma Nação: Diálogo Intercultural na Construção de Processos Educativos de Arte/ Educação. In: Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Arte Visuais, Salvador, p.3481- 3489, 2009.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1993.
FRANZ, Sueli Terezinha. Educação para uma compreensão crítica da arte. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2003.
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na ar-te-educação em Curitiba. Tese de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.
REY, Sandra. A Paisagem enquanto experiência estética e seus desdobramento num Projeto Artístico. In: Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Arte Visuais, Salvador, p. 1190- 1197, 2009.
RICHTAR, Ivone Mendes. Interculturalidade e Estética do Cotidiano no Ensino das Artes Visuais. Campinas: Mercado de Letras, 2003.
ROCHA, Eliene Novaes, PASSOS, Joana Célia dos, CARVALHO, Raquel Alves de. Educação do Campo: Um olhar panorâmico.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam, leitura da arte na escola. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Artes do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.
TAVARES, Maria Tereza Goudard, WESCHENFELDER, Noeli Valentina. Educação Popular na Escola Pública: Uma Utopia (Ainda) Necessária? Rio de Janeiro, 2005.
VASCONCELLOS, Sonia Tramujas. A Diversidade Cultural e o Ensino da Arte. Curitiba, 2006.
10.8 – ENSINO RELIGIOSO
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso na escola se constituiu como disciplina e para tanto deve
superar o proselitismo. Essa área do conhecimento humano implica em uma
concepção que tem por base o multiculturalismo religioso. Nesse enfoque o sagrado e
suas diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a realidade,
numa perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do
conhecimento religioso.
Para se assegurar o direito à igualdade de condições de vida e de cidadania, o
Ensino Religioso contribui na perspectiva em que considera o igual direito às histórias e
culturas que compõem nosso mundo.
Também proporciona a oportunidade do educando se tornar capaz de entender
os movimentos específicos das diversas culturas e sua a relação com o transcendente
o que o levará a ser um cidadão multiculturalista.
A valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-religiosa e
o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão da mesma é facilitada a
partir do processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Ensino Religioso.
Nesse sentido, para viver democraticamente em uma sociedade com diversas
culturas é preciso conhecer e respeitar suas inúmeras manifestações e grupos que a
constituem. Como a convivência entre grupos diferenciados é marcada pelo
preconceito, um dos grandes desafios da escola é conhecer e valorizar a trajetória
particular dos grupos que compõem a sociedade brasileira. Reconhecer que cada forma
particular de vida compõe um conjunto maior, que é a humanidade e que, nesta, cada
especificidade é uma linguagem própria, por meio da qual as pessoas criaram códigos
de expressão e entendimento.
Portanto, é proposto ao aluno, nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, favorecendo o respeito à
diversidade cultural religiosa em relações éticas diante da sociedade.
II- OBJETIVOS GERAIS
_ Estudar as diferentes manifestações do sagrado no coletivo.
_ Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do
cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.
_ Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais,
culturais, e religiosas em seu convívio social, através da identificação dessas diferenças
e semelhanças a fim de formar atitudes de paz, compreensão e superação de toda a
forma de preconceitos:
_ Conhecer as normas de conduta, os limites éticos e os preceitos propostos
pelas tradições religiosas, construindo um referencial ético para o estabelecimento de
relações justas e humanizadoras, bem como, atitudes de compromisso com a defesa e
valorização da vida de todos os seres.
_ Identificar a diversidade cultural religiosa presente na realidade social e
conhecer a origem histórica das diferentes religiões, bem como a sua influência na
cultura dos povos, analisando o fenômeno religioso como um dado da cultura, situando-
se nele e desenvolvendo o diálogo, o sentido da tolerância e do convívio respeitoso;
_ Conhecer os textos sagrados verbais e não verbais, os contextos históricos,
sociais e culturais que determinam a sua revelação e construção, as formas de
interpretação entendendo que esses textos se constituem em referencial de fé, prática e
orientação para a vida dos adeptos ou fiéis.
_ Conhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das
pessoas bem como os símbolos, os rituais e a espiritualidade das diferentes tradições
religiosas que orientam a vivência da fé dos adeptos, sua experiência e relação com o
transcendente, desenvolvendo respeito pela experiência e expressão religiosa do outro.
_ Conhecer diferentes idéias do transcendente construídas ao longo do tempo e
as respostas que as diferentes tradições religiosas dão para a vida além morte,
desenvolvendo uma atitude reflexiva a partir dos questionamentos existenciais e do
compromisso perante a defesa e promoção de uma vida de qualidade para todos.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- A paisagem religiosa;
- O símbolo;
- O texto sagrado.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE:
_ Construção do conceito de Fenômeno Religioso
Dimensão concreta
Dimensão social
Dimensão transcendental
_ Respeito à diversidade religiosa
Função da religião
Regra de ouro
Significação
Declaração universal dos direitos humanos
_ Lugares Sagrados
Templos
Cidades sagradas
Lugares na natureza
_Elementos do Fenômeno Religioso
Doutrina
Mito
Texto Sagrado
Dogma
Credo
Rito
Símbolo
_ Organizações religiosas
Fundadores e líderes das diversas religiões
Zoroastrismo
Xintoísmo
Confucionismo
Budismo
Hinduísmo
Taoísmo
Judaísmo
Cristianismo
Catolicismo
Protestantismo
Igreja Ortodoxa
Islamismo
Tradições religiosas de matriz afro-brasileiras
Candomblé
Umbanda
Espiritismo
Fé Bahá’i
6ª SÉRIE:
_ universo simbólico religioso
Os ritos
A arquitetura religiosa
Os símbolos
As tradições sagradas
_ Os ritos de passagem
Adolescência
Matrimônio
Morte
Celebrações religiosas
_ Festas religiosas
Peregrinações
Festas familiares
As festas budistas, islâmicas, judaicas, indígenas e cristãs
_ Vida e morte
As várias interpretações da vida e da morte
Reencarnação
Ressurreição
Vida e morte no contexto histórico
V –M ETODOLOGIA DA DISCIPLINA
Como o Ensino Religioso tem o compromisso com a transformação social,
ajudando a pessoa a harmonizar-se consigo mesma, com os outros, com o mundo e
com o transcendente, a metodologia que melhor atende a todos esses aspectos é o
método dialético, o qual explica as diferentes facetas da realidade, permitindo julgá-la
segundo certos parâmetros e possibilita à pessoa assumir um posicionamento
consciente e coerente. No método dialético, o fenômeno, o conteúdo, o objeto de
estudo deve apresentar-se de tal forma que a pessoa apreenda a sua totalidade.
Parte-se da realidade da vida, não de qualquer fato ou vivência, mas de uma
experiência com intensidade e globalidade, isto é, que envolva a pessoa toda.
Esta realidade refletida e interpretada adquire significado e valor quando somada
a outros elementos e experiências já vividas. Na origem dessa experiência, está a
própria vida, nas suas situações fundamentais: amor, ódio, esperança, dor, futuro,
morte.
Somente através do esforço interpretativo, o vivido torna-se experiência e,
portanto, acesso à realidade de orientação existencial e lição de vida.
Para que isto aconteça, é preciso deixar a consciência agir pela meditação e/ou
reflexão, possibilitando a elaboração de uma síntese onde se adquire uma visão
unificada e organizada da realidade que, desvelada torna-se condição para uma
abertura ao transcendente. É a literatura da vivência, até o nível religioso do mistério. É
a descoberta do sentido da vida, que conduz a mudança no pensar, no agir e leva à
superação de limites.
Descobre-se uma nova visão, um novo conhecimento, uma nova tese, um novo
sentido e uma nova opção de vida. Esse processo impulsiona o ser humano à
expressar-se através de orações, símbolos, comportamentos, expressões verbais e não
verbais, individuais e comunitárias e a dar uma resposta através de ações que se
concretizam pelo engajamento e compromisso com a transformação pessoal e social.
VI - AVALIAÇÃO:
A avaliação em Ensino Religioso contempla sempre a auto-avaliação do
educando, avaliação do educando pelo educador, avaliação do educador pelo
educando, auto - avaliação do próprio educador e a hetero -avaliação do grupo (seus
progressos, problemas, entraves).
Desta forma se permitirá, a educandos e educadores, a tomada de consciência
de seus limites, sentir necessidade de avançar no seu crescimento pessoal e
comunitário, para que o Ensino Religioso atinja as finalidades propostas
Serão utilizados algumas técnicas e procedimentos de avaliação como:
entrevistas individuais e coletivas, comunicação oral e escrita, observação dirigida e
espontânea de atitudes, participação em trabalhos de grupo, relatórios, exposições de
trabalho, trabalhos escritos ou orais, envolvendo pesquisas, levantamentos, análise de
situações, reflexão e interpretação de textos, relatos de experiências, produção de
textos e outros.
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• WAGNER, R. O ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004
• ELIADE, M. : Tratado de história das religiões. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
• DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
11 - DISCIPLINAS DA PARTE DIVERSIFICADA DO ENSINO
FUNDAMENTAL
11.1 – LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLES
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A concepção de LEM é propiciar a construção das identidades dos alunos como
cidadãos dando-lhes a oportunidade para desenvolver a consciência do papel exercido
por eles pela língua estrangeira na sociedade brasileira e no panorama internacional,
favorecendo ligações entre a comunidade local e global. A língua estrangeira moderna,
no caso em questão, a língua inglesa, pose ser vista como intermediadora entre o
indivíduo e o mundo.
A LEM, leva o educando a reconhecer as implicações da diversidade cultural
construída linguisticamente em diferentes línguas, culturas e modos de pensar,
compreendendo que os resultados social e historicamente construídos e passíveis de
transformação.
A LEM no caso em questão novamente mencionado, é um idioma de
fundamental importância no mundo globalizado de hoje, em que as pessoas estudam e
falam inglês. Assim, há a necessidade de se aprender a língua e conhecer a cultura de
povos de outras regiões do mundo.
Os conteúdos básicos da LEM (inglês) são, em síntese, leitura, oralidade, escrita
e análise linguística.
II - CONTEÚDO ESTRUTURANTE
É o discurso como prática social.
III – CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª Série
● Pronomes interrogativos
Who
What
● Cumprimentos
Good morning
Good afternoon
Hello
Artigos indefinidos:
A/NA
Forma Interrogativa
Forma Negativa
Verbo To Be
Forma Negativa
Números
Verbo There Tobe
Diálogos
There to be na forma negativa
Horas
Vocabulário Geral
6ª Série
● Forma Imperativa Afirmativa
Forma Imperativa negativa
Presente simples
Presente contínuo
Futuro imediato
Expressões: with, who, what
Diálogos e leituras e ditados
Revisão
Dias da semana
Preposições: on, at, next
Estações do Ano
Verbo To Have
Verbo To be no passado
Verbo there to be no passado
Palavras interrogativas
Vocabulário geral
7ª Série
● Verbo to have no passado
Fun time
Review
Plural dos substantivos
Atividades diversas com plural dos substantivos
Preposições
Fun time
Caso genitivo
Preposições
Possessivas (His, Her)
Verbo To do (forma interrogativa)
Vocabulário geral
8ª Série
● Auxuliar (Do e Dos, don´t e doesn´t)
Auxiliar (did, didn´t)
Futuro simples (will)
Futuro do pretérito (would)
Question tag
Grau comparative
Grau superlativo
Verbos irregulares
Voz passiva
Adjetivos indefinidos
Pronomes relativos
Also, tôo, either, neither
Gerundio e infinitive
Questões sobre textos
IV - METODOLOGIA
O texto é um dos princípios gerados das unidades temáticas e das práticas
linguísticas – discursivas.
O conhecimento linguístico será trabalhado, dependendo do grau de
conhecimento dos alunos, e serão voltados para a interação e conhecimento dos
alunos, os quais tem por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de
conceitos.
VI- AVALIAÇÃO
Na avaliação, com professor, criaremos situações em que o aluno demonstre e
expresse sua aprendizagem. Por este motivo devemos avaliar continuamente,
auxiliando o aluno no processo de ensino aprendizagem.
De acordo com Luckesi: “A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o
seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”. A condição necessária para que isso aconteça é da que
a avaliação deixe de ser utilizada como recurso de autoridade, que decida sobre os
destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
A avaliação é valida quanto nós professores, acompanhamos o crescimento de
nossos alunos, verificando o processo e não o produto. A função da avaliação é
diagnóstica, sendo rigorosa a observância dos critérios pré-estabelecidos por nós
mesmos. Sendo dinâmica, cabe a nos registrar as observações, em relação ao
processo de ensino e aprendizagem evitando: generalidades de encaminhamentos
orientações, distancia do desenvolvimento do aluno, necessidade de provas bimestrais,
desconhecimento da dinâmica do processo da aprendizagem da turma. Com atividades
racionalmente da dinâmica do processo da aprendizagem da turma. Com atividades
racionalmente definidas, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da
competência de todos a fim de desenvolver a participação democrática da vida social.
A avaliação aqui será contínua e acumulativa, onde serão analisadas as
progressões do aluno na expressão oral e escrita; através de leituras; interpretações e
trabalhos de diversos tipos de textos. Músicas; resolução de exercícios escritos e orais
pesquisas em equipes; produção de textos participação direcionada e verificada nas
atividades em sala de aula, tendo sempre como foco, os conteúdos estruturantes de
Língua Inglesa.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações com as respectivas recuperação de
forma bimestral, onde será feita a somatória bimestral permanecendo a nota maior. A
soma dos dois resultados bimestrais que dará a média semestral; sendo está dividido
por dois.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações por semestre com as respectivas
recuperações de forma semestral. A soma dos dois resultados semestrais dará a média
final, sendo esta dividido por dois.
VII - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
* DCEs da Rede Pública do Estado do Paraná
* Site de busca Google
* Bakhthin M. Marxismo e filosofia da Línguagem
12 - DISCIPLINAS DO ENSINO MÉDIO – BASE NACIONAL COMUM
12.1 – LÍNGUA PORTUGUESA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX,
depois de já há muito organizado o sistema de ensino.
A formação da nação brasileira deve à Língua muito da sua identidade.
Nesse aspecto, intencionando o uso culto da língua, emergem no nível popular,
coloquial, práticas de língua que definem muitos aspectos da tradição que
hoje, correm o risco de desaparecer sob os influxos da industria cultural
massiva.
O estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo em meados do
século XVIII, sob as formas das disciplinas , Gramática, Retórica e Poética
(Literatura).
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, a
gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de Língua Portuguesa e a
teoria da comunicação torna-se o referencial. Assim o ensino de Língua
Portuguesa pautava-se, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leituras dos estudos em torno da natureza
sociológica da linguagem, concluiu-se que a língua configura um espaço de
interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação. A língua só
se constitui pelo uso ou seja, movida pelos sujeitos que interagem .
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A ação pedagógica referente a língua, precisa pautar-se na interlocução
em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura e a
expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da
linguagem nos diferentes contextos e situações. Essas ações estão
circunscritas no domínio da discursividade, ou seja, o conteúdo estruturante da
Língua Portuguesa, da Literatura e o discurso enquanto prática social.
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de
compreensão e interpretação do texto e do mundo, a partir de seus objetivos,
de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que sabe
sobre a linguagem e enquanto processo histórico e prática social ela tem
implicações positivas na Educação, no sentido de que uma prática constante e
gradativa de nível e leitura, acarretará, a médio e a longo prazo, ações
modificadoras de comportamento, pois a mesma, conscientiza e desperta a
criticidade e a criatividade do aluno.
A disciplina “Português com ênfase em produção de texto e leitura” visa a
formação de leitores que consigam selecionar dentre os textos que circulam
socialmente, os que podem atender as suas necessidades e que seja capaz de
ir além do texto, estabelecendo relações com outros textos lidos, buscando nas
entrelinhas os elementos implícitos e relacionado-os com a vida. A Escola é um
espaço que deve garantir e promover o acesso à leitura orientada e continuada
durante todo o processo escolar, tendo em vista que, para alguns alunos que
provêm de comunidade com pouco ou nenhum acesso a matérias de leitura e
escrita junto a adultos experientes, a escola poderá ser a única referência para
a construção de um momento de leitor e escritor. Isso só será possível se o
professor assumir sua condição de locutor privilegiado, que se coloca em
disponibilidade para ensinar fazendo. Não se forma um leitor e um escritor em
um ano escolar. Assim sendo, é necessário dar coerência á ação docente,
organizando os conteúdos e seu tratamento didático ao longo do ensino
fundamental e médio e articulando em torno dos objetivos colocados, a ação
dos diferentes professores que coordenarão o trabalho ao longo da
escolaridade, porque é exatamente este período que se torna decisivo na
formação de leitores, pois é no interior deste que muitos alunos ou desistem de
ler por não conseguirem responder ás demandas de leituras colocadas pela
escola, ou passam a utilizar os procedimentos construídos nos períodos
anteriores para lidar com os desafios postos pela leitura , com autonomia cada
vez maior.
A leitura implica diretamente na escrita, pois o leitor apreende diferentes
formas de visão sobre temas variados, e a partir daí, formará o seu
pensamento, engrandecendo também, seu vocabulário e argumentação tanto
na escrita, quanto na fala. Ela resgata também a sensibilidade através de
textos literários, envolvendo o aluno em uma viagem através da arte das
palavras, tanto na prosa, como na poesia despertando também, a forma de
expressão e dramatização.
ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS
É importante destacar que nenhuma prática é desenvolvida em sala de
aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente. Para
tanto, a concepção sociointeracionista pretende uma prática diferenciada, uma
vez que considera que a língua só existe em situações em situações de
interação e através de práticas discursivas, que assumem a língua em sua
história e funcionamento.
A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um
processo histórico social, detentor de um repertório linguístico que precisa ser
considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.
No que se refere á linguagem oral é preciso transformar a sala de aula
num espaço de debate permanente, num local onde o aluno deverá escutar a
voz do outro e, ao menos tempo, adequar o seu discurso ao outro.
A educação contemporânea vem exigindo das instituições uma postura de
enfrentamento a desafios próprios de nosso tempo como a educação ambiental
(Lei 0705/99), prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal,
enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, gênero e
diversidade sexual, História do Paraná e o uso da tecnologia, em nosso caso,
através do Projeto UCA (um computador por aluno), do MEC e Governo Federal.
A escola tem a consciência de que ela não pode abraçar sozinha esta
tarefa e para tanto, irá contar com projetos (palestras, leitura de textos,
seminários e pesquisas), desenvolvidos junto com a comunidade escolar.
É obrigação da escola proporcionar ao aluno o domínio da variedade
padrão. Talvez a estratégia mais adequada para sensibilidade o aluno no que
refere ao uso de determinada variedade, esteja no confronto de estruturas
diferentes. A partir disso, será mais fácil pensar em termos de adequação da
norma a contextos específicos.
No que se refere á leitura deve-se expor ao aluno todo tipo de texto: os
narrativos (romances, contos, novelas, crônicas, fabulas,lendas), o
informativos: bilhetes, cartas, noticiários, reportagens, científicos, os
dissertativos: editoriais, artigos, os poéticos, e os publicitários. A partir desse
contato com a diversidade, é possível estabelecer o contraponto, mostrando ao
aluno que cada texto tem uma especialidade ou forma e revela uma
determinada interpretação sobre o real.
A literatura também deverá ocupar um espaço privilegiado no
planejamento, visto que a literatura é o retrato vivo da alma humana, pois tem
sido ao longo da história uma das formas mais importantes que dispõe o
homem não só para o conhecimento do mundo, mas também para a
expressão, criação e recriação.
Em relação á escrita é preciso ter presente, no ato de escrever, a noção de
interlocutor, isto é, o perfil daquele que vai ler nossos escritos.
A produção de textos,é uma estratégia adequada que deve decorrer de
uma discussão ou da leitura de outros textos, uma contrastiva. A partir do
debate, ao levantamento de ideias, dos objetivos bem claros , é possível dar
sentido a escrita.
As questões referentes á norma padrão deverão ser trabalhadas no
próprio texto contraponto a variedade padrão e não padrão.
Oralidade
Compreensão dos gêneros do oral previstos para os ciclos articulando
elementos linguísticos e outros de natureza não verbal;
Identificação de marcas discursivas para o reconhecimento de intenções,
valores, preconceitos veiculados no discurso;
Emprego de estratégicas de registro e documentação escrita na
compreensão de diferentes textos orais, que circulam em nossa sociedade
para que o aluno se constitua em leitor crítico.
Identificação das formas particulares dos gêneros literários do oral que se
distinguem do falar cotidiano.
Leitura de textos escritos
Explicitação de expectativas quanto á forma e ao conteúdo do texto em função
das características do gênero, do suporte, do autor, etc;
Seleção de procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos e
interesses o sujeito (estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de
tarefa) e das características do gênero e suporte;
leitura integral: fazer a leitura sequenciada e extensiva de um texto;
leitura inspecional: utilizar expedientes de escolha de textos para leitura
posterior;
leitura tópica: identificar informações pontuais no texto, localizar verbetes em
um dicionário ou enciclopédia;
leitura de revisão: identificar e corrigir, num texto dado, determinadas
inadequações em relação a um padrão estabelecido;
leitura item a item: realizar uma tarefa seguindo comandos que pressupõem
uma ordenação necessária;
Emprego de estratégias não-lineares durante o processamento de leitura:
formular hipóteses a respeito do conteúdo de textos, antes ou durante a
leitura;
validar ou reformular as hipóteses levantadas a partir das novas informações
obtidas durante a leitura em busca de informações esclarecedoras;
construir sínteses parciais de parte do texto para poder prosseguir na leitura;
inferir o sentido de palavras a partir do contexto;
consultar outras fontes em busca de informações complementares (dicionário,
enciclopédia e outro leitor);
Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais inclusive as
que dependem de pressuposições e inferências (semânticas, pragmáticas)
autorizadas pelo texto, para dar conta de ambiguidades, ironias e expressões
figuradas, opiniões e valores implícitos, bem como das intenções do autor;
Estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto,
entre o texto e outras textos diretamente implicados pelo primeiro, a partir de
informações adicionais
oferecidas pelo professor ou consequentes da história de leitura do sujeito;
Articulação de enunciados estabelecendo a progressão temática, em função
das
características das sequencias predominantes (narrativa, descritiva, expositiva,
argumentativa, conversacional) e de suas especificidades no interior do
gênero;
Estabelecimento da progressão temática e verificar as várias vozes do discurso
e o ponto de vista que determina o tratamento dado ao conteúdo, com
finalidade de : confrontá-lo com o de outros textos;
confrontá-lo com outras opiniões;
posicionar-se criticamente diante dele;
reconhecimento dos diferentes recursos expressivos utilizados na produção de
um texto e seu papel no estabelecimento do estilo do próprio texto ou de seu
autor;
Prática da Escrita
Planejamento prévio e fala em função da intencionalidade do locutor, das
características do receptor, das exigências da situação e dos objetos
estabelecidos;
Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e
gramaticais, prosódicos e gestuais.
Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o
ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo.
Produção de textos escritos:
Em relação à escrita, ressalta-se que as condições em que a produção
acontece (quem escreve o que para quem, para que, por que, quando, onde e
como se escreve) é que determinam o texto. Além disso, cada gênero textual
tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam
conforme se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um
texto de opinião, ou um outro tipo e texto. Essas e outras composições
precisam circular na sala de aula como experiências reais de uso e não a partir
de conceitos e definições de diferentes modelos de textos. É preciso que os
alunos se envolvam com os textos que produzem, assumindo de fato a autoria
do que escrevem. Assim, o aluno interage a penetra na escrita viva e real, feita
na história.
Aspectos relevantes da prática da escrita:
Redação de textos considerados suas condições de produção:
finalidade
especificidade do gênero;
lugares preferenciais de circulação;
interlocutor efeito - Utilização de procedimentos diferenciados para a
elaboração o texto:
estabelecimento de tema;
levantamento de ideias e dados
planejamento
rascunho
revisão (com intervenção do professor);
versão final; Utilização de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência
e coesão textuais, conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo
diferentes critérios:
de manutenção de continuidade do tema e ordenação de suas partes;
seleção apropriada do léxico em função do eixo temático;
de manutenção do paralelismo sintético e/ou semântico;
de suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informação em relação ao
tema e ao ponto de vista assumido;
de avaliação de orientação e força dos argumentos;
de propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retornadas, anáforas,
conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto;
Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual;
título e subtítulo;
paragrafação;
periodização
pontuação;(ponto, ponto-e-vírgula, dois – pontos, ponto – de- interrogação,
reticências)
outros sinais gráficos (aspas, travessão,parênteses);
utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor,
possíveis aos instrumentos empregados no registro do texto (lápis, caneta,
máquina de escrever, computador).
utilização dos padrões de escrita em função do projeto textual e das condições
de produção.
Análise Linguística
Os alunos trazem para a escola um conhecimento prático dos princípios da
linguagem, que interioriza para as interações cotidianas, e que utiliza na
observação das regularidades, similaridades e diferenças dos elementos
linguísticos empregados em seus discursos ou textos. Ao levantar hipóteses
sobre as condições contextuais e estruturais em que os seus e outros textos
são produzidos, os alunos realizam atividades epilinguísticas, os quais
configuram-se
como processos e operações que eles fazem sobre a própria linguagem. Com
isso o professor poderá instigar no aluno a percepção da multiplicidade de
usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de
ligação e construções frasais, a reflexão, essas e outras particularidades
linguísticas. conservadas no texto, conduzindo-o às atividades
metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais
elaborado, a um falar sobre a língua. Busca-se, na análise linguística verificar
como os elementos verbais e elementos extra verbais atuam na construção de
sentido do texto.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICO
Ensino Médio.
1º ano
Leitura análise e produção de textos narrativos dissertativos e poéticos.
Os elementos da comunicação.
Linguagem, língua, fala e cultura.
Funções da linguagem.
Significante e significado.
Denotação e conotação.
Níveis de linguagem.
Texto literário e texto não literário.
Gêneros literários.
Estrutura das palavras.
Processos de formação de palavras.
Figuras de Palavras
Figuras de Construção
Figuras de Pensamento
Vícios de Linguagem
Trovadorismo.
Humanismo.
Classicismo.
Literatura informativa no Brasil.
Barroco.
Arcadismo.
2º Ano
Leitura, análise e produção de texto de diferentes modalidades; descritivos,
narrativos e de opinião, bem como textos jornalísticos e poéticos.
MORFOLOGIA
Estrutura das Palavras .
Formação e Classificação das Palavras
SINTAXE
Frase, Oração e Período
Período Composto
Sintaxe de Concordância
Síntese das Regras Gerais de Pontuação
Prosa e Poesia
Versificação
Qualidades da prosa
Defeitos da prosa
Romantismo prosa e poesia.
Realismo, Naturalismo e Parnasianismo.
Simbolismo.
Crônica.
3º Ano
* Leitura, análise e produção de texto de diferentes modalidades;
descritivos,
narrativos e de opinião, bem como textos jornalísticos e poéticos.
Gêneros Discursivos;
Semântica;
Figuras de Linguagem;
Coesão e Coerência;
Vícios de Linguagem;
Oralidade;
Variações Linguísticas;
Modernismo;
Pós-Modernismo;
Termos da Oração;
Oração e Período;
Período Composto por Subordinação;
Concordância Verbal e Nominal;
Regência Verbal e Nominal;
Dissertação;
Narração;
Descrição.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações organizadas
com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que
forma e em quais condições.
A avaliação subsidia o professor em elementos para uma reflexão contínua
sobre a sua prática, sobre novos instrumentos de trabalho e a retomada de
aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados
ao processo de aprendizagem individual, ou de todo grupo. Para o aluno, é o
instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e
possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das
ações educacionais demandam maior apoio.
Entendemos, que a avaliação deve ser formativa contínua e diagnóstica.
Tão importante quanto “o que” e como avaliar, são as decisões
pedagógicas decorrentes dos resultados da avaliação: elas devem orientar a
reorganização da prática educativa do professor do dia a dia e ações como
acompanhamento individualizado do aluno.
Especificamente em Língua Portuguesa, devemos avaliar a qualidade
escrita e, análise linguística. Como a avaliação está ligada ao processo ensino e
aprendizagem, deve ser realizada de forma formativa e diagnóstica.
Em relação a produção de texto, alguma sugestões são pertinentes:
não avaliar o texto como um produto acabado, mas como um processo
passível de avanços e melhorias
não levar em conta apenas os “erros”; é preciso vê-los como “dicas” das
dificuldades do aluno.
Não estabelecer parâmetros comparativos no que se refere às produções
de diferentes alunos: única comparação deve ser feita entre textos de um
mesmo aluno para ver o que melhorou e o que precisa aprender.
Quanto à leitura e a análise linguística, a avaliação deve contemplar o
que as relações dialógicas entre autor e leitor, posicionando o aluno-leitor
diante desses textos; o reconhecimento da função dos diferentes elementos
linguísticos usados no texto, o domínio da estrutura textual, tanto no seu
aspecto temático como a articulação entre as partes que constituem o texto, a
clareza, a coerência e a consistência argumentativa. No caso da análise
linguística, também na avaliação deve reconhecer os elementos linguísticos
usados no texto.
BIBLIOGRAFIA:
GRIFFI, Beth. Português: Literatura, gramática e redação – Vol. 1, 2 e 3 - Editora Moderna.
BRAZ, Izaías. Novo Horizonte – Português Vol. 1,2 e 3.
SACCONI, Luís Antonio – Novíssima Gramática Ilustrada Sacconi – Editora Nova Geração.
FARACO, Carlos Faraco. Português: Língua e Cultura – Vol. 1, 2 e 3 – Editora BASE – 2005.ia daria da Língua Portuguesa. Lisboa, Sá da Costa, 1984.
11.3 - ARTE
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte é um processo de humanização do ser humano, onde pode haver
transformação produzindo novas maneiras de ver e sentir o próprio mundo. Seguindo
esse conceito é preciso repensar a arte-educação desenvolvendo atividades que se
relacionam com o processo histórico do homem, levando em consideração o fato de
que a arte não é uma disciplina isolada das demais atividades humanas, pois se faz
presente no cotidiano, podendo servir como documento histórico participante das
manifestações culturais.
O papel da Arte na educação é propiciar uma aproximação e uma reflexão sobre
a diversidade de manifestações culturais, ou seja, desvelar o que foi produzido pelo
homem para dar significado à suas ações e ao mundo que o rodeia e envolve.
Se arte é produção sensível, se é relação de sensibilidade com a existência e com experiências humanas capaz de gerar um conhecimento de natureza diverso daquele que a ciência propõe, é na valorização dessa sensibilidade, na tentativa de desenvolvê-la no mundo e para o mundo devolve-la, que poderemos contribuir de forma inegável com um projeto educacional no qual o ensino da arte desempenhe um papel preponderante e não apenas participe como coadjuvante. (BUORO, 2002, p. 41)
Devemos pensar a arte como forma de conhecimento e expressão através de
uma interação com a realidade, de acordo com esse ideal a escola precisa ser o
espaço que educa esteticamente oportunizando para a reflexão entre o individual e o
global. A disciplina de arte deve manter este diálogo, relacionando nossas experiências
e nossa cultura, uma vez que a “a cultura é vista como civilização, como um todo
complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, leis, tecnologia, costumes,
parentescos, religião, magia, e muitas outras capacidades e habilidade adquiridas pelos
seres humanos como membros da sociedade” (RICHTER, 2003, p. 16). Podendo ser
através do estudo das diversas culturas uma possibilidade de combate a preconceitos e
valorização da cultura e tradições locais.
De acordo com Ana Mae, “o conhecimento da arte se organiza na inter-relação
da história, da leitura da obra de arte e do fazer artístico.” (BARBOSA, 1999, p. 81).
Partindo da premissa de que a construção do conhecimento em Arte acontece por meio
da inter-relação de saberes, entende-se que ao se apropriar de elementos que
compõem o conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética
das diferentes manifestações artísticas, o aluno se torna capaz de refletir a respeito
desta produção e dos conhecimentos que envolvem esse fazer. Assim se faz
necessário “construir um conhecimento em arte que aguce nossas percepções, bem
como nos capacite a ler o mundo com olhares revigorantes e revigorados” (BUORO,
2002, p. 27).
Para Barbosa (1999) o aprendizado de arte se baseia em compreender,
decodificar e desenvolver percepções a partir da capacidade criadora de cada
indivíduo. Na educação, o ensino da Arte amplia o repertório cultural do aluno a partir
dos conhecimentos adquiridos ao longo de reflexões, processos de produção,
experimentação e estímulo de criatividade. Olhando a arte por uma perspectiva
antropológica, é possível considerar que toda produção artística e cultural é um modo
pelos quais os sujeitos entendem e marcam sua existência no mundo. Dessa forma a
produção de conhecimentos está interligada à produção cultural local como fonte de
significados para a arte. De acordo com Barbosa (1999), a arte é a disciplina que
carrega a continuidade história de uma sociedade, sem esses conhecimentos é
impossível construir uma identidade nacional. As escolas poderiam apresentar aos
alunos um primeiro contato com diferentes imagens, aproximando diversas culturas.
Esta disciplina é um instrumento para a compreensão do saber estético, e está
relacionada na formação dos sentidos humanos, na compreensão da realidade social
em que o indivíduo está vivenciando e na formação de visão crítica de mundo. Educar
esteticamente é ensinar a ver, ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de
ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística. Para explicitar o
encaminhamento necessário para essa educação estética, constituem como base para
a ação pedagógica: a humanização dos objetos e dos sentidos, a familiarização
cultural e o saber estético, e também o trabalho artístico. A disciplina de artes nas
escolas deve ser trabalhada de maneira que humanize os sentidos e se que tenha um
olhar estético apurado, visto que “a arte sempre esteve ligada ao ser humano, tornando
possível o registro estético de costumes e visões de mundo. Mas a arte é, antes de
tudo, parte da identidade cultural e reflete o embate do indivíduo com a realidade
circundante” (VASCONCELLOS, 2006, p. 190).
No contexto escolar, o objeto de estudo da disciplina Arte são os conteúdos
específicos contemplados nas diferentes linguagens artísticas, entre elas música,
dança, teatro e artes visuais, em um determinado tempo e espaço historicamente
construído pelo homem. Nesta perspectiva, os conteúdos escolares em arte devem ser
abordados a partir da técnica e composição além do contexto histórico ser levado em
consideração relacionando com as características de cada obra e período estudado. A
sistematização e organização curricular dos conteúdos em Arte não consiste de uma
listagem linear e estanque, mas sim de uma diretriz, um caminho que possa promover a
apreensão, subjetivação e objetivação teórica e prática do saber artístico, de forma
gradativa e que aos poucos possa ser aprofundada.” O ensino dos conteúdos de arte
na escola proporcionaria, pois, o contato do aluno com o conhecimento sensível de si e
do outro, o que lhe permitiria agregar um tipo de saber cuja função é intermediar e
intensificar sua relação com todos os outros saberes do mundo”. (BUORO, 2002, p. 63)
Cada linguagem artística possui um sistema organizado de signos que possibilita
a comunicação e a interação, estruturados segundo princípios que cada cultura
constrói. Desta forma, ensinar arte é muito mais do que simplesmente apresentar
certos elementos da linguagem visual, musical ou cênica. Para que a informação se
transforme em conhecimento, é necessário interpretar e questionar diferentes
representações culturais, analisando os processos de criação e execução destas
produções, pois a aprendizagem se nutre da investigação, do diálogo e do olhar do
outro.
As apropriações das linguagens artísticas utilizadas por nossos alunos, ao longo
do processo de interpretação das imagens, são instrumentos poderosos de
comunicação, leitura e compreensão da realidade humana. De acordo com esta
concepção, o objetivo da disciplina de artes não é a formação de artistas, mas o
domínio e a compreensão estética dessas complexas formas humanas de expressão
que dinamizam processos afetivos e cognitivos.
As práticas educativas da disciplina precisam assumir um compromisso com a
diversidade cultural, reconhecendo-a como patrimônio da humanidade, considerando
desde o repertório de conhecimento do aluno até as produções de grupos sociais que
historicamente foram marginalizados por uma concepção de arte elitista.
Existem três eixos que fundamentam o ensino e o aprendizado em Arte um deles
é o conhecimento contextualizado, que a partir de períodos e acontecimentos históricos
contribuem para o aprofundamento do conteúdo, possibilitando estabelecer
características e construir o conhecimento histórico da sociedade. O segundo eixo, se
dá por meio da apreciação de obras, onde estimulado, o aluno desperta sua
sensibilidade, cria sua visão de mundo e aprende a interpretar as mesmas. O último
está relacionado ao processo criativo e com o fazer, a partir de experimentações, com
materiais e técnicas, o aluno expressa todo o conhecimento adquirido.
O conhecimento será realmente significativo, se o fazer pedagógico do professor
de Artes, através dos conteúdos, possibilite aos alunos estabelecer as inter-relações
entre os conhecimentos adquiridos e a sua diversidade cultural, de forma que esses
saberes sejam valorizados através de relações estabelecidas entre conteúdos e
vivências dos alunos, fazendo com que esses conteúdos sejam relacionados com sua
realidade, dando sentido um sentido real a esses conteúdos, que não acabe na sala
de aula, mas sim seja levado nas suas vivências.
É necessário aprender e compreender as diferentes culturas e pontos de vistas
que ampliam a percepção sobre o mundo contemporâneo, sendo assim é preciso saber
interpretar e utilizar as diversas imagens e informações que recebemos todos os dias
na sociedade que vivemos. É através da disciplina de artes que o aluno pode ter
contato e possibilidade de analisar essas informações recebidas todos os dias, pois
com essas informações, é que criamos nossa identidade cultural e nos reconhecemos
como humanos presentes no mundo, com função e olhar crítico sobre nossas vivências.
Com a arte é possível educar esteticamente, ensinando o homem a perceber, sentir e
atuar no mundo em que vive. Segundo Vasconcellos (2006), não existe uma cultura
única “e é esta diversidade cultural que produz sentidos e significados para a educação
e o ensino da arte, pois estes se constroem nas “relações socioculturais entre seres
humanos e sujeitos sociais” “(VASCONCELLOS, 2006, p. 190). Devemos pensar em:
“...uma educação que considera os interesses, as necessidades e a participação direta
dos alunos nos planejamentos das atividades educativas. Uma educação em que são
ajudados a ser flexíveis, a reconhecer o outro e a compreender criticamente seu meio
social e cultural.” (HERNÁNDEZ, citado por FRANZ, 2003, p. 163)
O ser humano pode aprender muito com o auxílio da imagem. Com a arte é
possível criar um olhar crítico e sensível ao mundo, por isso, a importância da educação
dos sentidos. Assim, o ensino da arte surge como conhecimento e expressão das
necessidades de criar um saber artístico e estético, propiciando o desenvolvimento de
aspectos perceptivo, criativo e expressivo. Nesse sentido, os alunos poderão ter um
diálogo maior com o mundo: ler, compreender, refletir e expressar, como formas de
criar uma nova produção cultural, sempre valorizando a identidade e a realidade de
cada aluno (HERNÁNDEZ, 2000).
Na construção de saberes, cada aluno deve fazer escolhas que auxiliarão em
seu processo de criação. Nosso olhar é influenciado por diferentes fontes visuais:
movimentos, povos e culturas que nos induzem no modo de pensar e agir. “Quando
alguém se aproxima das experiências de outras pessoa, ou de outros pontos de vista,
as próprias experiências adquirem uma maior perspectiva, e a compreensão sobre a
realidade é enriquecida”. (HERNÁNDEZ, 2000, p. 55)
É nesse sentido que devemos repensar a realidade de nossos alunos, facilitando
o acesso à uma boa aprendizagem. Criando uma educação que valorize a cultura da
população local, que seja uma forma de interação entre professores, equipe
pedagógica e alunos, intercalando métodos, conteúdos que se articulam de modo que
haja aprimoração no modo de pensar o cotidiano. Como nossa escola se encontra em
zona rural, sua realidade é diferenciada e dessa maneira o ensino deve ser adaptado
de acordo com essa realidade. Assim se faz necessário trabalhar com as vivências de
nossos estudantes, mas sem deixar de lado os conhecimentos básicos e
expressividade que podem ser explorados. Dessa maneira as suas experiências devem
ser inseridas como auxilio na realização e andamento dos conteúdos e atividades. “A
educação do campo, a partir de práticas e estudos científicos, deve aprofundar uma
pedagogia que respeite a cultura e a identidade dos povos do campo”. (I Conferência
Nacional Por uma Educação Básica do Campo. Carta Aberta Luziânia - Goiás, 1998,
citado por TAVARES, p. 9, 2005).
Seguindo esse pensamento da autora, a escola deve produzir novos meios de
enxergar a realidade e relacionar a sua vivencia nas aulas, principalmente relacionando
a sociedade com a natureza, criando uma educação que respeite a cultura e a
identidade do campo, resgatando as vivencias e tornando uma escola democrática,
aberta as diferenças existentes, possibilitando uma experiência coletiva.”[...] orientada
pela interpretação do mundo, requer dos educadores um procedimento que promova a
prática do diálogo e possibilite aos educandos compreenderem as raízes históricas das
circunstâncias em que vivem.” (CARVALHO, 2009, p. 3487)
Experiência que pode estar ligada até mesmo com a imagem que eles percebem
todos os dias. Sandra Rey (2009), afirma que essas imagens (paisagens, animais,
plantações, etc.), podem criar conceitos que auxiliem nas práticas criando narrativas
visuais, através de experiências que produzem resultados estéticos, que estão
diretamente ligadas a arte educação, já que é preciso ter conhecimentos estéticos
básicos para poder haver o processo de criação.
A arte, por ser a concretização dos sentimentos e idéias em formas expressivas, transmite significados que só podem ser transmitidos pela arte e por nenhuma outra linguagem como a discursiva, por exemplo. Assim, colocar a arte ao alcance de todos é de fundamental importância, visto que a experiência artística favorece o desenvolvimento do indivíduo em todas as suas dimensões, porque envolve o sentir, o pensar, a razão e a emoção. (CARVALHO, 2009, p. 3481)
Para que haja experiência artística é preciso ser trabalhado a vivência do aluno,
através de mudanças na educação de maneira que se torne menos excludente, mas
sim tolerantes as diferenças existentes em cada comunidade. Englobar os espaços
presentes no território rural é transformar as aulas em ambientes agradáveis em que
reconheçam características de suas vivências. Pois “entende-se que a educação está
presente em todos os processos formativos ocorridos ao longo da vida de cada um
dentro e fora da escola” (ROCHA, p.4).
Assim cria-se a identidade cultural imprescindível no processo de aprendizado
que sempre estará vinculado com sua cultura e meio que vive. Dessa forma um aluno
que tem sua identidade cultural bem definida possivelmente estará compreendendo
melhor os conteúdos e terá um grande referencial em suas produções.
As atividades artísticas, quando realizadas de maneira significativa, integrando emoção e cognição, ajudam os educandos e educandas a se expressarem bem artística e
verbalmente, a desenvolverem o pensamento analítico e podem concorrer para o fortalecimento da identidade social ou grupal. (CARVALHO, 2009, p. 3488)
Seguindo essa ideia, a escola precisa investir em uma interpretação da realidade
que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores de sua percepção de
mundo, consequentemente irá potencializar sua capacidade de relacionar, aprender e
criar.
II - OBJETIVOS
Aprender o conhecimento histórico, produzido sobre a arte para compreender
como a sociedade estrutura-se e como se organizam as várias formas de produzir arte;
Compreender as diversas manifestações artísticas e a diversidade cultural;
Aprender a utilizar a arte como linguagem;
Experimentar materiais diversificados e os procedimentos artísticos presentes
nas quatro linguagens da arte (visuais, dança, música e teatro);
Interpretar obras de arte e a realidade transcendendo as aparências, aprendendo
através da arte a realidade e função social humana;
Desenvolver o gosto estético e olhar crítico;
Capacitar o aluno para que ele seja capaz de entender, investigar, relacionar a
arte com sua realidade;
Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando arte de modo sensível;
Expressar, representar idéias, emoções, sensações por meio da articulação de poéticas
pessoais, desenvolvendo trabalhos individuais e coletivos.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Elementos Formais;
- Composição;
- Movimentos e períodos;
- Tempo e espaço.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª ANO
1. ARTES VISUAIS
1.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- ponto
- linha
- forma
- textura
- superfície
- volume
- cor
- luz
1.2 COMPOSIÇÃO:
- paisagem
- figurativo
- abstrato
- simetria
- deformação
- desenho
- gravura
- serigrafia
- pintura
- bidimensional
- figura e fundo
- gêneros: paisagem, retrato, cenas religiosas...
1.3 MOVIMENTOS E PERÍDOS
- Arte Renascentista
- Arte Barroca
- Arte Brasileira
- Arte de Vanguarda
- Arte Latino Americana
- Arte Contemporânea
2. MÚSICA
2.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- altura
- duração
- timbre
- densidade
- intensidade
2.2 COMPOSIÇÃO:
- ritmo
- melodia
- harmonia
- técnicas: vocal, instrumental
- gêneros: clássico, popular, étnico, Pop
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Música Popular Brasileira
- Música Paranaense
- Música Contemporânea e Indústria Cultural
• TEATRO
3.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- personagem
- expressões corporais, faciais, vocais e gestuais
- ação
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- Jogos teatrais
- Teatro direto e indireto
- Ensaio
- Encenação
- Caracterização
- Cenografia
- Figurino
2. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Teatro Medieval
- Teatro Brasileiro
- Teatro Popular
- Teatro de Vanguarda
- Teatro Realista
• DANÇA
4.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- movimento corporal
- tempo
- espaço
1. COMPOSIÇÃO:
- coreografia
- salto e queda
- movimentos articulares
- lento, rápido, moderado
- giro
- direção
- fluxo
- extensão
2. MOVIMENTO E PERÍODOS
- Dança clássica
- medieval
- renascimento
2º ANO
1. ARTES VISUAIS
1.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- ponto
- linha
- forma
- textura
- superfície
- volume
- cor
- luz
1.2 COMPOSIÇÃO:
- paisagem
- figurativo
- abstrato
- simetria
- deformação
- desenho
- pintura
- animação
- mural
- mosaico
- bidimensional
- ritmo visual
- estilização
- figura e fundo
1.3 MOVIMENTOS E PERÍDOS
- Arte de Vanguarda
- Arte Paranaense
- Industria Cultural
- Arte Contemporânea
- Arte Greco- Romana
2. MÚSICA
2.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- altura
- duração
- timbre
- densidade
- intensidade
2.2 COMPOSIÇÃO:
- ritmo
- melodia
- harmonia
- técnicas: vocal, instrumental
3. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Música Popular
- Música Contemporânea e Indústria Cultural
• TEATRO
3.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- personagem
- expressões corporais, faciais, vocais e gestuais
- ação
- espaço
3. COMPOSIÇÃO:
- Jogos teatrais
- Teatro direto e indireto
- Ensaio
- Encenação
- Caracterização
- Cenografia
- Figurino
- Gêneros: tragédia, comédia, drama e épico
4. MOVIMENTOS E PERÍODOS:
- Teatro Greco- Romano
- Teatro Paranaense
- Teatro Simbolista
• DANÇA
4.1 ELEMENTOS FORMAIS:
- movimento corporal
- tempo
- espaço
3. COMPOSIÇÃO:
- coreografia
- improvisação
- gênero: folclórica, populares, industria cultural
- salto e queda
- movimentos articulares
- lento, rápido, moderado
- giro
- direção
- fluxo
- extensão
4. MOVIMENTO E PERÍODOS
- Dança Popular
- Dança Paranaense
- Dança Moderna
- Dança contemporânea
V- METODOLOGIA
O método a ser aplicado, deve fundamentar todo o trabalho do professor de
Artes, pois, é este o elemento pedagógico que está mais intimamente ligado a pratica
em sala de aula.
Pode-se definir método como um modo planejado e determinado para se atingir
objetivos. Um procedimento racional para o conhecimento seguindo um percurso
fixado, tendo em vista: para quem, como, porque e o quê.
O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação que o ser humano tem
com a arte: sua relação é de desenvolver um trabalho artístico, produzir arte e de sentir
e perceber os vários aspectos das obras de arte, contextualizando-se e inteirando-se
com os elementos das diferentes linguagens.
Propomos educar no sentido estético: onde é ensinado a ver, ouvir criticamente,
interpretar a realidade, ampliar as possibilidades de expressão artística.
O ver, o pensar e o fazer caminham juntos aprimorando a percepção efetiva e a
visão técnica. A produção artística é muito importante para a formação estética do
aluno.
Ao professor caberá responder a necessidade técnica do aluno, levando em
conta os modos de ver e compor que este já se utiliza; ao mesmo tempo em que ele
possibilita o contato com outros modos de representação para que este educando seja
conduzido desta maneira a desenvolver o máximo dos saberes que são esperados, tais
como: trabalhar no sentido de desenvolver a imaginação, criação, ouvir e ver com
atenção.
Estes critérios junto com os elementos formais possibilitam ao aluno expressar a
realidade que desejam.
É preciso realmente conduzir o aluno a perceber que a maioria das
manifestações estão sob controle das relações sociais; sendo assim uma das tarefas
da arte-educação, deve ser além do exercício sistemático com estes conhecimentos, no
sentido de possibilitar; por outro a apropriação da história social, da arte
compreendendo o momento histórico de sua criação.
O trabalho artístico será voltado a uma assimilação criadora e não imitativa, visto
que o ser humano busca criar, mudar, transformar o já existente demonstrando aquilo
que pensa e sente.
Precisamos aliar ao conhecimento artístico o trabalho, a experimentação e
expressão objetivando ao ser trabalhado na disciplina de Artes: ampliar o conhecimento
do aluno no que se refere às linguagens artísticas, dando a ele instrumentos para que
possa fazer uso destas linguagens observando de maneira diferente, compondo,
interpretando e interagindo com o universo artístico, incentivando o desabrochar do
potencial criativo de cada um. No espaço escolar o objeto de trabalho é o
conhecimento, onde desta forma torna-se necessário contemplar na metodologia do
ensino da arte, estas três dimensões, ou seja, estabelecer como eixo o trabalho
artístico, que é o fazer, o sentir e perceber, que são formas de leitura e o conhecimento,
que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho mais
sistematizado, superando-se o senso comum do conhecimento baseado só através da
experiência. Para que a informação se transforme em conhecimento, é necessário
interpretar e questionar as diferentes representações culturais, analisar os processos de
criação e execução das produções, nutrindo-se da investigação, da leitura e
compreensão da realidade humana e do diálogo que dinamiza os saberes, tornando-os
realmente significativos.
As atividades propostas nas aulas de Artes devem garantir e ajudar os alunos a
desenvolver modos interessantes, imaginativos e criadores de fazer e de pensar sobre
a Arte, exercitando seus modos de expressão e comunicação. Através de
contextualizações, análises de imagens e períodos, além do uso diversificado de
materiais para auxiliar no processo de aprendizagem das diversas linguagens artísticas.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação em Arte é feita em caráter dinâmico e em processo contínuo ao
longo dos conteúdos trabalhados em sala, necessitando da colaboração de todos. Se
deve avaliar o conhecimento desenvolvido e aprimorado ao longo do ano letivo, não
tendo uma foma correta, pois, Arte é uma forma de expressão e percepção de mundo.
Assim cada aluno pode ter uma visão diferente e o professor pode propor atividades
diversificadas relacionando com as diversas linguagens, adequando-as aos conteúdos
trabalhados em sala.
Para avaliar em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos) quanto
conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno
posicionar-se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada
linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores, historicamente
construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e
reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade.
Avaliar em Arte, acima de tudo, deve-se definir aonde se quer chegar, o que o
aluno irá aproveitar, o aproximando dentro de uma reflexão sobre a diversidade das
manifestações culturais, ou seja, entrar em contato com aquilo que foi produzido pelo
homem para dar significado à suas ações e ao mundo em que vive.
A proposta da disciplina de Artes foi elaborada pretendendo definir o complexo
conceito de arte, e também para mostrar as principais modalidades artísticas e a
maneira com se originam e, sobretudo, levar o aluno a desenvolver o interesse pela
arte, aprimorar a sua sensibilidade estética e também humana. Para o aluno exercer
seu juízo crítico, visando a formação, a expressão e a opinião própria em relação a arte
e o mundo que vivemos e mais, permitir que o aluno possa fazer parte da sociedade
como cidadão participativo e contribuidor das mudanças, buscando uma sociedade
mais justa, mais humana, resgatando valores essenciais para se viver. Sendo assim é
preciso inserir os seguintes conceitos no decorrer das aulas de Arte:
• expressar sua leitura sobre a realidade humano-social no trabalho artístico;
• reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;
• ultrapassar a cópia, a imitação e os estereótipos de representação;
• superar os hábitos de percepção impostos socialmente, que tendem a ver os
objetos somente sob seus aspectos prático-utilitários;
• construir, a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do conhecimento
técnico, o trabalho artístico, permitindo que este venha a ser partilhado com os outros.
Nesse aspecto a aprendizagem é manifestada no crescimento desenvolvido no
processo educativo. Vendo desta forma a arte vem como processo transformador,
atingindo o seu alvo principal, o aluno que é o cidadão em formação.
VII – REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1999.
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cor-
tez, 2002.
BARBOSA, A. M. (org.) A imagem do ensino da arte: anos oitenta e novos tempos.
São Paulo: Perspectiva, 1996.
BUORO, Anamélia Bueno. Olhos que pintam. São Paulo: Cortez, 2002.
CANDAU, V. M. (org.) Sociedade, educação e cultura (s): questões e propostas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
CARVALHO, Lívia Marques, SARAIVA, Ilson Roberto Moraes, SILVA, Davi Querino da.
Várias Etnias, uma Nação: Diálogo Intercultural na Construção de Processos
Educativos de Arte/ Educação. In: Encontro da Associação Nacional de
Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Arte Visuais, Salvador,
p.3481- 3489, 2009.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2 ed. São Paulo: Cortez,
1993.
FRANZ, Sueli Terezinha. Educação para uma compreensão crítica da arte.
Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2003.
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho.
Porto Alegre: ARTMED, 2000.
OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da Arte: os pioneiros e a influência estrangeira na ar-
te-educação em Curitiba. Tese de Mestrado, universidade Federal do Paraná. 1998.
REY, Sandra. A Paisagem enquanto experiência estética e seus desdobramento
num Projeto Artístico. In: Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em
Artes Plásticas Transversalidades nas Arte Visuais, Salvador, p. 1190- 1197, 2009.
RICHTAR, Ivone Mendes. Interculturalidade e Estética do Cotidiano no Ensino das
Artes Visuais. Campinas: Mercado de Letras, 2003.
ROCHA, Eliene Novaes, PASSOS, Joana Célia dos, CARVALHO, Raquel Alves de.
Educação do Campo: Um olhar panorâmico.
ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam, leitura da arte na escola. 2. ed.
Porto Alegre: Mediação, 2003.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação
fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Artes do Ensino
Fundamental. Curitiba: SEED, 2009.
TAVARES, Maria Tereza Goudard, WESCHENFELDER, Noeli Valentina. Educação
Popular na Escola Pública: Uma Utopia (Ainda) Necessária? Rio de Janeiro, 2005.
VASCONCELLOS, Sonia Tramujas. A Diversidade Cultural e o Ensino da Arte.
Curitiba, 2006.
11.4 - EDUCAÇÃO FÍSICA
I - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física evolui com a história, acompanhou as mais diversas
situações históricas, surgiu nos primórdios, onde o Ser Humano usava suas habilidades
motoras para se locomover, alimentar e sobreviver. Com os Gregos na antiguidade,
incorporou-se o desenvolvimento físico e moral; já os romanos, pouco se dedicavam a
moral e a cultura intelectual, preocupavam-se mais com o desenvolvimento das massas
musculares. Já na idade média, os exercícios físicos eram considerados como
maneiras bárbaras de manifestações influenciadas pelas ordens da cavalaria.
Atualmente a Educação Física de acordo com Saviani (2005), serve para auxiliar e
instaurar na escola saberes científicos, técnicos, estéticos, dentre outros, e assim
revelar algo de diferente na vida dos envolvidos e da sociedade, na qual o ponto de
partida da prática enquanto educação é revelar algumas situações de equilíbrio da
hierarquia educacional, onde se revela importante não apenas o professor como
formador de idéias, mas sim o professor – aluno – escola - sociedade responsável pela
construção do conhecimento comum.
A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica deve
assumir a tarefa de : introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento,
formando o cidadão que vai produzi- la, reproduzi-la e transformá-la,
instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança,
das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida. “A
integração que possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser
plena – é afetiva, social, cognitiva e motora. Vale dizer, é a integração de sua
personalidade” (Betti, 1992, 1994a).
II – OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver a postura crítica dos alunos perante as atividades da cultura
corporal, no sentido da aquisição da autonomia de conhecimentos/habilidades
necessária a uma prática intencional e permanente, que considere o lúdico e os
processos sociocomunicativos, no sentido do prazer, da auto-realização e da qualidade
coletiva de vida. Aprofundando os conhecimentos recebidos nas séries iniciais e
conhecer novas aplicações para os mesmos.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Esporte;
• Jogos e brincadeiras;
• Dança;
• Ginástica;
• Lutas;
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ºANO
Esportes
• Coletivos, individuais e radicais.
• Recorte histórico.
• Regras, súmulas, scalt técnico e tático
Jogos e brincadeiras.
• Jogos dramáticos.
• Jogos de tabuleiro.
Dança
• Danças folclóricas.
• Danças de rua.
Ginásticas
• Ginástica artística / olímpica.
• Ginástica de academia – Alongamentos, ginástica aeróbica.
• Ginástica geral.
Lutas
• Lutas de aproximação – Judô.
• Lutas que mantêm à distância – Karatê.
2º ANO
Esportes.
• Coletivos, individuais e radicais.
• Esporte rendimento X qualidade de vida
• Os diferentes esportes no contexto econômico.
• Esporte e mídia
Jogos e brincadeiras.
• Jogos dramáticos.
• Jogos cooperativos.
Dança.
• Danças de rua.
• Danças de salão.
Ginásticas.
• Ginástica artística / olímpica.
• Ginástica de academia – ginástica localizada, step.
• Ginástica geral.
Lutas.
• Lutas de aproximação – luta olímpica.
• Lutas que mantêm à distância – boxe.
3º ANO
Esportes.
• Coletivos, individuais e radicais.
• Função social
• Relação esporte e lazer.
• Nutrição, saúde e prática esportiva.
Jogos e brincadeiras.
• Jogos dramáticos.
• Jogos cooperativos.
Dança.
• Danças de rua.
• Danças de salão.
Ginásticas.
• Ginástica artística / olímpica.
• Ginástica de academia – Pilates.
• Ginástica geral.
Lutas.
• Lutas de aproximação – Jiu-jitsu.
• Lutas que mantêm à distância – Taekwondo.
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A proposta de trabalho que se apresenta, é uma proposta crítico superadora,
desenvolvida através de um processo dinâmico, no qual, o processo ensino-
aprendizagem conta com a ajuda construtiva do aluno, com a intenção de integração e
aproximação entre eles próprios e a realidade em que as aulas acontecem. Permitindo
ao educando a ampliação da sua visão de mundo por meio da cultura corporal,
levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que esta
inserida.
Tal metodologia atende ao princípio da complexidade crescente, estabelecendo
diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos
articuladores. E ainda aponta as seguintes estratégias de ensino: prática social,
problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.
A prática social é entendida com uma preparação do aluno para a construção do
conhecimento escolar, o primeiro contato com o tema a ser estudado. Já a
problematizarão é a criação de uma necessidade para que o educasse, por meio de
uma ação, onde a prática social é analisada, interrogada, levando em consideração o
que se deve ser trabalhado. Na instrumentalização é o roteiro pelo qual o conteúdo
deve ser trabalhado, para que os alunos tenham a possibilidade de o assimilarem o
recriarem, transformando-o assim em instrumento de criação pessoal neste processo
de construção.
A catarse é entendida como a manifestação do que o aluno assimilou durante o
processo de trabalho, onde ele demonstra de fato o que aprendeu. O retorno à prática
social caracteriza-se pela representação da transposição do teórico para o prático dos
objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e dos conceitos
adquiridos.
Propostas:
O esporte: Propiciar aos alunos o direito e o acesso a pratica esportiva, adaptando o
esporte a realidade escolar, deve ser ação cotidiana dos professores da rede
publica. Os valores que privilegiem o coletivo em detrimento do individual
pressupõem o compromisso com a solidariedade e o respeito humano, a
compreensão de que o jogo se faz a dois, e que é diferente de jogar com o
companheiro e jogar contra o adversário.
Os jogos e brinacadeiras: Os jogos são importantes no desenvolvimento do ser
humano uma vez que, ainda na infância, possibilita a compreensão da realidade
através do imaginário e servem ao reconhecimento das relações que o cercam.
Para o ensino médio, o jogo, além de seu aspecto lúdico, contribui na discussão a
respeito das regras, reconhecendo as possibilidades de ação e organização
coletiva.
Dança: Na escola, devem-se ofertar as mais diversas modalidades de dança
privilegiando a experiência de maneira livre e espontânea. A técnica deve servir
como instrumental, para possibilitar a recriação coreográfica coletiva a partir de
tematizações, de acorde com as necessidades da realidade.
A ginástica: a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidade
de seu corpo, afastando-se da ginástica meramente competitiva, como movimento
obrigatórios, presos a perspectiva técnica e até mesmo da imposição feita pela
mídia em relação aos padrões estéticos.
A ginástica compreende uma gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de
animais, ginástica geral, ate as esportivizadas: ginástica olímpica e rítmica.
As lutas: Trabalhar com as lutas no interior da escola deve ser constituído no momento
em que os alunos do ensino médio possam explorar suas potencialidade a partir das
mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente
produzidas e repletas de simbologias.
VI - AVALIAÇÃO
Entendemos por avaliação como sendo um processo contínuo, participativo,
descentralizado e fomentador da compreensão do ser humano em sua totalidade,
podemos dizer que ela representa o instrumento de reflexão, de diagnose, de
realimentação e de ponto de partida para uma ação voltada para o homem concreto.
A avaliação no ensino de Educação Física objetiva-se favorecer a busca da
coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o
processo de ensino e aprendizagem. De acordo com as especificidades da disciplina de
Educação Física, a avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da
escola, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o
processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, somativa, com vistas à
diminuição das desigualdades.
Outro fator que será levado em consideração é a auto-avaliação, onde levaremos
o educando a refletir sobre as contribuições de suas ações no seu crescimento
individual e coletivo, buscando com isso, uma alteração na conduta e posicionamento
sobre o processo de construção de conhecimentos.
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BARBANTI, V. J. Aptidão física: um convite à saúde. São Paulo, Manole, 1990.
BETTI, M. O que a semiótica inspira ao ensino da Educação Física. Discorpo, n. 3, p.
25-45, 1994b. . O que a semiótica inspira ao ensino da Educação Física. Discorpo, n. 3,
p. 25-45, 1994b.
FARIA JÚNIOR, A. G. Fundamentos pedagógicos: a avaliação em Educação Física.
Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1985.
GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Educação Física progressista. A pedagogia crítico – social
dos conteúdos e a Educação Física Brasileira São Paulo, Loyola, 1988.
GUEDES, D. P. & GUEDES, J. E. R. P. Implementação de programa de
Educação Física escolar direcionados à promoção da saúde. IN.. Revista
brasileira de saúde escolar, v. 3 (1), 67-75, 1994.
LIBANEO, J. C. Democratização da escola pública, a pedagogia crítico.
Social dos conteúdos. São Paulo, Loyola, 1985.
MARINHO, I. P. A história da Educação Física no Brasil. São Paulo, Cia. do Brasil, s.d.
MATTOS, M. G. & NEIRA, M. G. Uma alternativa para a Educação Física no Ensino
Médio IN.. Anais do Simpósio Metropolitano da Atividade Física – SIMAFI – São Paulo,
Faculdades Metropolitanas Unidas, 1998.
SANTIN, S. Educação Física: outros caminhos. Porto Alegre, EST, 1990.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações Coleção Educação
Física, 9ª Ed., Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
TANI, G. et alli. Educação Física Escolar: fundamentos de uma abordagem
Desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988.
VAYER, P. & TOULOUSSE, P. Linguagem corporal: a estrutura e a Sociologia
da ação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
11.5 – QUÍMICA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Química está presente em todo o processo de desenvolvimento das
civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas tais como a comunicação, o
domínio do fogo e posteriormente o conhecimento do processo de cozimento
necessário à sobrevivência, bem como a fermentação, o tingimento e a vitrificação,
entre outros.
Na pré-história o fato mais importante praticado pelo homem foi a descoberta do
fogo, atritando pedaços de pedras. Na idade antiga, um dos fatos de química que teve
mais destaque foi a obtenção dos metais e por volta de 487 A.C, o filósofo grego
Leucipo apresentou a primeira teoria atômica de que se tem notícia, sendo que seu
discípulo Demócrito aperfeiçoou e a propagou. Na idade média a química passou a
receber o nome de Alquimia, época em que os químicos tinham dois grandes objetivos:
obter o elixir da longa vida e conseguir a pedra filosofal. Na idade moderna a química
começa o método científico, a partir da qual os químicos passaram a descobrir
substâncias que curavam doenças. No século XVI e no transcorrer do século XVII
firmavam-se os alicerces da química como ciência. No final do século XVIII, durante a
Revolução Francesa, a química , a exemplo da física, torna-se uma ciência exata. Na
idade contemporânea o tema da química é: Ciência e tecnologia. Embora a ciência
química tenha surgido com o cientista Lavoisier, a química tecnológica só vai ter lugar a
partir da primeira guerra mundial e ganha impulso com a segunda guerra mundial.
Graças a química tecnológica puderam ser construídos aparelhos que permitem
a execução prática de teorias e também a descoberta de centenas de novas
substâncias por dia, muitas das quais importantes para a humanidade.
A química é uma ciência em constante renovação, e, para nos trazer benefícios,
só precisa ser tratada com critérios e responsabilidade.
II-OBJETIVOS GERAIS
O objetivo principal é a aprendizagem dos conhecimentos químicos
historicamente constituídos. O acesso ao conhecimento da química pode ser
considerado fundamental para a transformação social do indivíduo.
O objetivo é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e
também seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual e também
possa ser capaz de compreender um texto científico, a ponto de poder argumentar
sobre o mesmo.
III-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
_ Matéria e sua natureza;
_ Biogeoquímica;
_ Química sintética.
IV-CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
_ Matéria e sua natureza;
_ História e importância da química
_ Estrutura e propriedades da matéria;
_ Misturas e métodos de separação;
_ Fenômenos físicos e químicos;
_ Relações de massas;
_ Estrutura atômica
_ Radioatividade;
_ Tabela periódica;
_ Ligações químicas;
_ Funções químicas
2º ANO
_ Biogeoquímica;
_ Tipos de reações químicas;
_ Grandezas e cálculos químicos;
_ Leis ponderais e quantidade de matéria;
_ Soluções;
_ Termoquímica;
_ Cinética química;
_ Equilíbrio químico.
3º ANO
_Química sintética;
-Eletroquímica;
_ Química do carbono;
_Funções oxigenadas;
_Funções nitrogenadas;
_ Isomeria;
_ Polímeros.
V-METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo ensino-aprendizagem, em química, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, e que tal conhecimento possa incluir concepções
alternativas (ideias pré concebidas sobre conhecimento da química) ou concepções
espontâneas, a partir das quais poder-se-á elaborar um conceito científico.
A concepção científica envolve um saber socialmente construído e
sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser disseminado no
ambiente escolar, que possam facilitar a compreensão do aluno, tais como: Recursos
audiovisuais, experimentos científicos realizados em laboratório de química, aulas
expositivas e práticas de atividades relacionadas a essas aulas.
Considerando os conhecimentos que o aluno traz, fornecemos condições para
que esse aluno possa formar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos
químicos.
VI - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um caráter diversificado levando em consideração todos os
seguintes aspectos: a compreensão dos conceitos químicos; a capacidade de análise
de um texto, seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o
conteúdo químico; a capacidade de elaborar relatório sobre um experimento ou
qualquer outro evento que envolva a Química. A avaliação é diária, diagnóstica e
qualitativa com recuperação paralela dos conteúdos que não atingiram os objetivos.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo quatro avaliações por semestre com as respectivas
recuperações de forma semestral. A soma dos dois resultados semestrais dará a média
final, sendo esta dividida por dois.
VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO, versão
preliminar, julho de 2006.
USBERCO, João. Química essencial 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2001
CANTO, Eduardo Leite do. Química. 2 ed. São Paulo: Moderna.
LINGUANOTO, Maria. Química fundamental. São Paulo: FTD, 1998.
FARIA JÚNIOR, A G. Fundamentos pedagógicos: a avaliação em Educação Física. Rio
de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1985.
GHIRALDELLI JÚNIOR, P. Educação Física progressista. A pedagogia crítico-social
dos conteúdos e a Educação Física Brasileira São Paulo, Loyola, 1988.
GUEDES, D. P. & GUEDES, J. E. R. P. Implementação de programa de Educação
Física escolar direcionados à promoção da saúde. IN. Revista brasileira de saúde
escolar, v. 3(1), 67-75, 1994.
LIBANEO, J. C. Democratização da escola pública, a pedagogia crítico, social dos
conteúdos. São Paulo, Loyola, 1985.
MARINHO, I. P. A história da Educação Física no Brasil. São Paulo, Cia. Do Brasil, s. d.
MATTOS, M. G. & NEIRA, M. G. Uma alternativa para a Educação Física no Ensino
Médio IN. Anais do Simpósio Metropolitano da Atividade Física – SIMAFI – São
Paulo, Faculdades Metropolitanas Undias, 1998.
SANTIN, S. Ett alli. Educação Fisica escolar. Fundamentos de uma abordagem
Desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988.
VAYER, P. & TOULOUSSE, P. Linguagem corporal: a estrutura e a Sociologia da ação.
Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ. Química. Seed: Curitiba, 2006.
11.6 - BIOLOGIA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da biologia tem por objeto o fenômeno vida em toda a sua diversidade
de manifestação. Esse objetivo fica claro na importância que o conhecimento cientifico
vem tendo perante a sociedade atual, cada vez mais informada e consciente. É
importante que haja uma separação de fatores biológicos de outros ligados a áreas que
envolvem conhecimentos psicológicos e sociológicos, mas que mantenha uma
integração desses setores, pois é através dessa integração que ocorre a estruturação e
organização da biosfera.
Filósofos como Platão, desde a antiguidade, procuravam descrever fenômenos
que ocorriam na natureza. Outros definiram os movimentos e fases da lua, as marés, a
forma e os movimentos da Terra, as diferenças e as semelhanças entre os seres vivos,
os agentes causadores de doenças nos seres humanos, a evolução genética,
chegando aos dias de hoje a toda essa evolução tecnológica que utilizamos
constantemente, a uma infinidade e indagação a respeito da existência do
universo.histórico-culturais
A história da ciência está intimamente relacionada à história da humanidade. A
compreensão de vida é algo misterioso, indescritível, em que se procura
constantemente compreender o princípio de tudo. Na ciência, o conhecimento é
investigação, é um conhecimento intuitivo, comprovável, adaptável, sujeito a novas
linhas de pensamento. Sendo assim, a Biologia nas suas áreas de Citologia, Histologia,
Botânica, Genética, Imunológica, Zoologia, Ecologia, Bioquímica, entre tantas outras,
procura levar o aluno a perceber e a relacionar a existência e manutenção de vida
associando a fatores sócio-culturais da comunidade onde vive, propondo a aplicações
de seus conhecimentos para o desenvolvimento global do ser humano, buscando
formar e desenvolver melhorias para sua saúde e sobrevivência na biosfera.
Os aspectos éticos das pesquisas científicas levam os seres humanos a
pensarem mais seriamente sobre as questões da existência humana, no planeta, nos
valores morais, científicos, tecnológicos, sociais, econômicos, enfim, em todos os
fatores que alteram,mantém e geram novas formas de vida.
Os processos de investigação dos fenômenos, bem como a relação existente
entre as áreas de conhecimento proposta para o Ensino Médio, permitem levar o
ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação
da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta pela escola, que visem
uma ampla busca de conhecimento aprofundado nos níveis de ensino superiores,
tornando-se um profissional com capacidade de compreender, investigar, propor
mudanças e ser um cidadão consciente de seu papel na sociedade. Por fim, é
importante que a escola seja um ambiente critico, em que o aluno seja capaz de
formular suas próprias opiniões e que seja capaz de divergir e questionar determinadas
situações ou momentos, de forma construtiva.
II - OBJETIVOS GERAIS
* Reconhecer a Biologia como um fazer humano, histórico, fruto da conjunção de
fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.
* Compreender a vida do ponto de vista biológico, como fenômeno que se
manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado, que
interage com o meio físico-químico por meio de um ciclo de matéria e de um fluxo de
energia.
* Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir
de elementos da Biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes
desenvolvidas no aprendizado escolar.
* Relacionar conteúdos trabalhados em sala, com situações vivenciadas em seu
dia a dia.
* Contextualizar informações da biologia com outras disciplinas, em que estas
sejam importantes para a compreensão de um determinado conteúdo.
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Organização dos seres vivos;
- Mecanismos biológicos;
- Biodiversidade;
- Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
* Introdução à Biologia:
_ Conceito de Biologia;
_ Características gerais dos seres vivos: composição química, reprodução, respiração,
etc.
_Método científico.
* Origem dos seres vivos:
_ Hipóteses sobre a origem da vida;
* Citologia
_ Histórico da Citologia e Microscopia;
_ Diferença entre células procariótica e eucariótica;
_ Envoltórios celulares: composição química, transporte e nutrientes.
_ Organelas celulares: constituição e funções que desempenham na célula.
_ Núcleo celular:
Estruturas do núcleo e suas respectivas funções;
Divisões celulares
* Reprodução humana
_ Orientação sexual: métodos contraceptivos, DST/HIV.
* Embriologia
* Histologia animal
2º ANO
* Sistemática e Taxonomia
_ Nomenclatura
_Níveis taxonômicos
* Classificação dos seres vivos
* Vírus:
_ Características gerais dos vírus;
_ Estrutura dos vírus;
_ Ciclo reprodutivo viral;
_ Vírus e doenças.
* Reino Monera:
_ Características estruturais dos moneras;
_ Nutrição das bactérias;
_ Reprodução das bactérias;
_ Classificação das bactérias;
_Biotecnologia
_ Arqueas;
_ Bactérias e doenças;
_ Importância das bactérias para a humanidade.
_Biotecnologia
* Reino Protoctista:
_ Algas:
Características das algas;
Principais grupos de algas;
Reprodução de algas;
Importância econômica e ecológica das algas.
_ Protozoários:
Características gerais dos protozoários;
Principais grupos de protozoários;
Reprodução dos protozoários
* Reino Fungi:
_ Características gerais e estruturas dos fungos;
_ Classificação dos fungos;
_ Reprodução dos fungos;
_ Prejuízos causados por fungos;
_ Importância econômica e ecológica dos fungos.
* Reino Plantae:
_ características gerais das plantas;
_ Classificação das plantas: principais grupos
_ Anatomia das plantas;
_ Fisiologia das plantas;
_ Importância econômica das plantas;
_ Ecologia das plantas: biomas, extinção de espécies, agrotóxicos e alimentos
orgânicos.
* Reino Animal: Invertebrados
_ Características gerais dos animais.
_ Poríferos:
Características gerais e estruturas;
Principais representantes;
Importância ecológica e econômica.
_ Cnidários:
Características gerais e estruturas;
Principais representantes;
Importância ecológica e econômica.
Acidentes causados por esses organismos.
_Platelmintos:
Características gerais e estruturas;
Reprodução, nutrição e ciclo de vida;
Principais representantes;
Doenças causadas por platelmintos;
Importância ecológica.
_ Nematelmintos:
Características gerais e estruturas;
Reprodução, nutrição e ciclo de vida;
Doenças causadas por nematelmintos.
_ Moluscos:
Características gerais e estruturas;
Anatomia e fisiologia dos moluscos;
Classes dos moluscos;
Importância econômica e ecológica.
_ Anelídeos:
Características gerais e estruturas;
Anatomia e fisiologia;
Importância econômica e ecológica.
_ Artrópodes:
Características gerais dos artrópodes;
Classificação dos artrópodes;
Anatomia e fisiologia dos artrópodes;
Importância ecológica e econômica;
Prejuízos causados por artrópodes.
Acidentes causados por esses organismos.
_ Equinodermos:
Características gerais e estruturas;
Classificação dos equinodermos;
Anatomia e fisiologia dos equinodermos;
Importância ecológica e econômica dos equinodermos.
* Reino Animal:
Protocordados
_ Hemicordado
Características gerais;
_ Urocordados
Características gerais;
Cordados
_ Peixes:
Características gerais;
Anatomia e fisiologia;
Classificação dos peixes;
Importância econômica e ecológica.
_ Anfíbios:
Características gerais e estruturas;
Anatomia e fisiologia;
Classificação dos grupos;
Principais representantes;
Importância ecológica e econômica dos anfíbios
_ Répteis:
Características gerais e estruturas;
Anatomia e fisiologia;
Principais representantes;
Importância ecológica e econômica.
_ Aves:
Características gerais das aves e estruturas;
Anatomia e fisiologia;
Principais representantes;
Importância ecológica e econômica das aves.
_ Mamíferos:
Características gerais e estruturas;
Anatomia e fisiologia;
Principais representantes;
Importância ecológica e econômica.
3º ANO
* Citogenética:
_ Núcleo celular: DNA, RNA, cromossomos: Conceitos básicos;
Mecanismos de formação dos ácidos nucleicos ( DNA e RNA )
_ Duplicação
_ Transcrição
_ Tradução
* Genética:
_ Introdução: Termos usados na Genética;
_ Histórico da Genética;
_ Genética no cotidiano.
_ Leis de Mendel:
1ª Lei de Mendel;
2ª Lei de Mendel;
Herança autossômica;
Herança ligada ao sexo;
Herança de grupos sanguíneos na espécie humana;
_ Biotecnologia;
* Evolução
Teorias evolutivas
1. Lamarckismo
2. Darwinismo
3. Neodarwinismo
Especiação
Adaptação
Evidências evolutivas
Evolução do homem
Genética de populações
* Ecologia:
Introdução à Ecologia:
Conceitos básicos;
Fluxo de energia num ecossistema;
Relações ecológicas
_ Ciclos biogeoquímicos;
_ Desequilíbrios ambientais;
* Anatomia e Fisiologia humana:
_ Sistemas de coordenação: nervoso e endócrino.
_ Sistemas de nutrição: cardiovascular, respiratório e digestório.
_ Sistema excretor;
_ Sistemas de locomoção: esquelético e muscular;
_ Sistema reprodutivo.
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia é uma técnica de orientação complementar. Para a sua aplicação,
é necessário que se observe as condições da comunidade e do espaço escolar,
proporcionando desta maneira, uma soma de experiências, conhecimento que
desenvolvem nos alunos o exercício da solidariedade e da cooperação, o respeito e a
consciência plena de sua cidadania de seus direitos e deveres.
A metodologia proposta tem sua origem nos objetivos educacionais
estabelecidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
O conhecimento da biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas
que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a
utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente,
cuja avaliação de levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim,
o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
O ensino da biologia deve proporcionar um aprendizado útil à vida e ao trabalho,
no qual as informações e os conhecimentos transmitidos se transformem em
instrumentos de compreensão, interpretação, julgamento, mudança e previsão da
realidade.
Preparar o educando para a cidadania no sentido universal e não apenas
profissionalizante, aprimorando-o como ser humano sensível, solidário e consciente.
VI – AVALIAÇÃO
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações por semestre com as respectivas
recuperações de forma semestral. A soma dos dois resultados semestrais dará a média
final, sendo esta dividido por dois. As avaliações utilizadas serão; seminários,
apresentações, fóruns, debates, elaboração de relatórios de aulas práticas, provas
objetivas e discursivas, pesquisas, etc.
VII - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia a ciência. São Paulo, Atlas, 2003.
PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas, Editora Unicamp, 1985.
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ: Departamento de Ensino
Médio. Re-estruturação do ensino de 2º grau. Proposta de conteúdos do ensino de 2º
grau-Biologia, Curitiba, 1993.
BARNES, R. D. Zoologia dos invertebrados. São Paulo, Roca, 1984.
PAULINO, W. R. Biologia. 9º edição, São Paulo, Ática.
MORANDINI, C. Biologia. 2º edição, São Paulo, Atual 2003.
11.7 – FÍSICA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo, em toda sua complexidade,
propondo ao aluno o estudo da natureza através de modelos de elaborações humanas.
As origem da Física remontam a Pré-História, quando, ao contemplar o firmamento, o
homem primitivo percebeu que o Sol, a Lua e as estrelas descreviam movimentos
cíclicos, como se todos estivessem incrustados em uma grande esfera gigante (a
esfera celeste). A duração do dia e do ano, as estações e a melhor época para plantar
e colher, tentativas de resolver seus problemas e garantir sua subsistência. Mas a
Física primitiva não se chamava Física nem eram os físicos os que formularam suas
idéias inicias. Eram sacerdotes entre outros que propiciaram o conhecimentos dos
primeiros princípios e das leis científicas.
A Física iniciou-se com os filósofos gregos e se tornou um ramo a parte das
outras ciências no século XVII com Galileu, Kepler, Newton, entre outros que
formularam leis e princípios que utilizamos até hoje. No século XX a Física se
revolucionou e deu origem a Física Moderna e Conteporânea que mostra que alguns
princípios iniciais continham erros, vem daí a importante desses novos estudos para
nossos os educandos.
A Física é uma entre tantas coisas que as crianças aprendem nos primeiros
anos de vida. Elas aprendem de modo espontâneo ao lançar objetos e ao deixa-los
cair, ao tentar caminhar e ao distinguir pelo tato, os corpos quentes dos corpos frios.
Com as experiências as crianças exploram o estranho ambiente em que se descobrem
vivendo A Física que se estuda no colégio e até na universidade tem exatamente o
mesmo propósito; permitir que compreendamos alguns aspectos importantes do
ambiente que nos circunda. O estudo da física no ensino médio deve levar o aluno a
compreender que estes conhecimentos não “surgiram” em seu estado definitivo, mas é
resultado de um longo caminho trilhado pela humanidade ao longo da história. É
importante levar o aluno a compreender o momento histórico em que determinada
teoria foi apresentada e o longo caminho percorrido até ser aceita e reconhecida pela
sociedade. O conhecimento das leis e fenômenos físicos é de grande importância para
a formação cultural dos alunos permitindo a compreensão do desenvolvimento cientifico
e tecnológico do mundo atual.
Os conteúdos relacionados à História e Cultura - afro-brasileira serão
abordados nos planejamentos específicos de cada série a fim de contemplar Lei n°
10.639, de 9 de Janeiro de 2003.
O estudo da Física tem como objetivo o desenvolvimento do conhecimento
científico capaz de levar às soluções fáceis, imediatas e aparentes. A Física deve
educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico,
capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a
necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do
universo de fenômenos que o cercam. Sendo assim tem-se como objetivos:
• Identificar e reconhecer a Física como iniciativa para o conhecimento científico,
produções de tecnologia, mostrando os benefícios que essas produções provocaram
no mundo de hoje;
• Utilizar os conceitos científicos, associados a energia, matéria, transformação,
espaço, tempo, sistema e vida;
• Conduzir o aluno ao raciocínio lógico tornando-o mais esclarecido, sempre
visando a valorização do trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa
para construção coletiva do conhecimento;
• Conhecer, interpreter e utilizar as unidades de medidas;
• Saber que as leis estudadas na Física pode ajudar a realizar tarefas ou traballho
com o menor esforço e Iientificar movimentos presentes no dia-a-dia;
• Interpretar fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua relação
com a natureza em transformação;
• Identificar e classificar diferentes formas de energia presentes no uso cotidiano;
• Aplicar conceitos, leis, teorias e modelos gerais da Física.
• Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar
modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar
previsões.
• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam
aspectos físicos e / ou tecnológicos relevantes.
O ensino de Física no Ensino Médio deve contribuir para a formação dos
sujeitos através das “lutas pela escola e pelo saber, tão legítimos e urgentes (...). Por
este caminho nos aproximamos de uma possível redefinição da relação entre cidadania
e educação(...) a luta pela cidadania,pelo legítimo,pelos direitos, é o espaço
pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão.
A educação não é uma precondição da democracia e da participação ,mas é parte,
fruto e expressão do processo de sua constituição” ( ARROYO, 1995, p.79).
Resumindo, os alunos praticam a disciplina de FÍSICA sem ter noção. O que
fazemos é descrever conceitualmente e matematicamente a prática do dia a dia deste
indivíduo. O Ensino Médio tem como fundamento uma sólida educação geral voltada
para a compreensão crítica do mundo globalizado, de modo que o estudante passa
enfrentar e atuar perante as mudanças sociais e cientificas do seu tempo e concluir que
a preservação do planeta, da qualidade de vida, é dever de cada um.
II - CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
– Movimento
– Termodinâmica
- Eletromagnetismo
Conteúdos Básicos
• - Momentun e Inércia
• - Conservação da quantidade de movimento
• - Variação da quantidade de movimento
• - 2ª lei de Newton
• - 3ª lei de Newton e condições e equilíbrio.
• - Energia e principio da conservação de energia.
• - Gravitação
• - Leis da Termodinâmica
• - Lei zero da termodinâmica
• - 1ª lei da termodinâmica
• - 2ª lei da termodinâmica
• - Natureza da luz e suas propriedades
• - ondas eletromagnéticas
• - Carga elétrica, corrente elétrica, campo
• - Equação de Maxwell
• - Lei de Gauss para a eletrostática
• - Lei de Coulomb
• - Lei de Àmpere
• - Lei de Gauss Magnética
• - Lei de Faraday
Conteúdos Específicos
1ª Série
• Mecânica
• Introdução histórica da Física
• Unidades de medidas e sistema Internacional de unidades
• Cinemática
• Definições e conceitos
• Velocidade média
• Movimento Retilíneo Uniforme
• Aceleração
• Movimento Retilíneo Uniformemente Variado
• Lançamento vertical
• Vetores
• Movimento Circular Uniforme
Dinâmica
- Leis de Newton ( Princípio da Inércia ou 1ª lei De Newton, Princípio da
Dinâmica ou 2ª lei de Newton, Lei da ação e reação ou 3ª lei de Newton)
- Força peso
- Atrito
- Trabalho
- Potência e rendimento
- Energia Mecânica
-Impulso e quantidade de movimento
- Estática
-Hidrostática
2ª Série :
• Termodinâmica
- Termometria
- Dilatação Térmica
- Calorimetria
- As Mudanças de Estado Físico das Substâncias
- Dilatação Térmica
- Transmissão de Calor
- Os Gases Perfeitos
• Óptica
- Conceitos fundamentais
- Reflexão da luz
- Refração da luz
• Ondas
- Ondulatória
- Acústica
3ª Série :
• Eletrostática
- Histórico da eletricidade e noções sobre estrutura da matéria.
- Carga elétrica
- Condutores e isolantes
- Processos de eletrização
- Eletroscópios
- Lei de Coulomb (força elétrica)
- Campo elétrico
- Trabalho elétrico.
- Potencial elétrico e diferença de potencial
- Capacitância e Capacitores
• Eletrodinâmica
- Corrente elétrica
- Resistores elétricos
- Medidores elétricos
- Potência elétrica
- Energia elétrica
- Geradores
- Receptores
- Circuitos elétricos simples
• Eletromagnetismo
- Noções de Magnetismo
- Campo magnético criado por uma corrente elétrica
- Força magnética.
- Indução eletromagnética
III -METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Os conteúdos previstos para o desenvolvimento da disciplina serão
apresentados em forma de aulas expositivas, usando diferentes linguagens: verbal,
física, gráfica e corporal e trabalhos em grupos e individuais, em classe e extra-classe,
para estimular o conhecimento na sala de aula e fora dela. Através de projetos
multidisciplinares promoveria transição para novos níveis e estágios de conhecimento e
cultura.
É importante considerar o mundo vivencial dos alunos, sua realidade próxima
ou distante, os objetos ou fenômenos com que efetivamente lidam, os problemas e
indagações que movem sua curiosidade. Esse deve ser o ponto de partida e, de certa
forma, também o ponto de chegada. Ou seja, feitas as investigações, abstrações e
generalizações potencializadas pelo saber da Física, em sua dimensão conceitual, o
conhecimento volta-se novamente para os fenômenos significativos ou objetos
tecnológicos de interesse, agora com um novo olhar como o exercício de utilização do
novo saber adquirido, em sua dimensão aplicada ou tecnológica.
Para que o trabalho seja mais produtivo e interessante seram apresentados
de objetos ou equipamentos que propiciem manuseio, satisfazendo a curiosidade e
diminuindo a abstração inerente à Física (ex. objetos eletro-eletrônicos como
condutores, capacitores, resistências etc), facilitando a interpretação dos fenômenos
físicos.
A introdução a alguns conteúdos de Física Moderna serão trabalhados com
mídias. Utilizar os softwares educativos para o aprimoramento de conceitos físicos e
simulações de algumas situações.
Utilizar o laboratório para as aulas praticas visando o conhecimento obtido em
sala de aula. Sempre que possível acrescentar fatos históricos e conhecimentos da
história da física e cultura afro-brasileira africana nas aulas.
Incorporado à cultura e entregado como instrumento tecnológico, de acordo
com a lei 13.381/01 o aluno deve ter conhecimento da aplicação da Física em sua
região, sendo assim, no Paraná encontramos indústrias de cerâmicas e petróleo onde
podemos analisar a termodinâmica, automobilistas que podemos estudar a parte de
movimentos. E a Cocel onde podemos estudar a aplicação do eletromagnetismo. E de
acordo com a lei 9.795/99 é importante que o aluno tenha consciência do seu papel
para ajudar a melhorar o ambiente, sendo assim, ele pode analisar as indústrias locais
e sua comunidade, criando projetos sociais para uma conscientização ambiental,
levando conhecimento as pessoas, entre elas, as que tiveram pouco acesso a escola.
O ensino da Física deve levar o aluno ter curiosidade de acompanhar notícias
científicas, orientando-os para identificação sobre o assunto que está sendo tratado e
promovendo meios para a interpretação de seus significados.
IV- AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um caráter diversificado levando em consideração todos
os seguintes aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise
de um texto, seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o
conteúdo físico; a capacidade de elaborar relatório sobre um experimento ou qualquer
outro evento que envolva a Física. Avaliação é diária, diagnostica, e qualitativa com
recuperação paralela dos conteúdos que não atingiram os objetivos.
Ao elaborar os instrumentos de avaliação, o professor deve considerar que
o objetivo maior é o desenvolvimento de competências com as quais os alunos
possam interpretar linguagens e se servir de conhecimentos adquiridos, para
tomar decisões autônomas e relevantes.
Para melhor compreensão dos alunos, o professor deve relacionar os conteúdos
trabalhados o máximo possível com a realidade da comunidade, ao avalia-los o
professor usará como parâmetros o seu desempenho em atividades experimentais,
práticas que de importância relevante, demonstrarão até que ponto houve associação
entre teoria e prática.
É importante que a avaliação, seja ela, prova, relatórios, pesquisas, elaboração
de projetos, listas de exercícios individuais ou em grupos, verifique a capacidade do
aluno de interpretar, identificar informações, estimar, investigar, justificar, argumentar e
comprovar os conceitos adquiridos.
V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
HOBSBAWM, E. J. A Era dos Impérios, 9ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação
básica do Estado do Paraná: Física do Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2009.
VALADARES ED. Física mais que divertida. Belo Horizonte, 2002.
BUENO P. Física, Novo ensino médio, v. único. Editora Ática, 2005.
BONJORNO RA, Bonjorno JR, Bonjorno V, Ramos CM. Física Completa, editora FTD,
1993.
12.7 - MATEMÁTICA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a
partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas de
aritmética, geometria, música e astronomia.
Desde o final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática,
desdobrado em aritmética, geometria, álgebra e trigonometria, contribuiu para formar
engenheiros, geógrafos e topógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas,
construções de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática
da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido
em encontros internacionais, nos quais se elaboraram propostas pedagógicas que
contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu
ensino com os ideais e as exigências advindas das transformações sociais e
econômicas dos últimos séculos.
O desafio de viver numa sociedade que contempla um avanço tecnológico que atinge
os mais variados setores: transportes, saúde, trabalho, comunicação e muitos outros. È
de máxima importância que se faça um relacionamento entre a produção de tecnologia
e o conhecimento tecnológico. A matemática, ferramenta importante no processo da
evolução humana é o ramo de conhecimento que mais integra as ciências.
Esse avanço evolutivo da humanidade foi produzindo conceitos, leis, teoremas
e aplicações, fundamentadas na matemática, transforma esta em ciência universal.
Esses conhecimentos são considerados instrumentos de compreensão e intervenção
para a transformação da sociedade: nas relações de trabalho, na política, na
economia, nas relações sociais e culturais. Através do conhecimento matemático o
ser humano quantifica, calcula, mede e organiza informações e prevê situações. È
impossível, não reconhecer o valor educativo dessa ciência como indispensável para
resolução e compreensão de diversas situações do cotidiano.
O ser humano faz uso da matemática, independente do conhecimento
escolar, nas mais diversas atividades, Essa “matemática” permite solucionar e
compreender todos os problemas, sendo em muitas situações, necessários
conhecimentos sistematizados. Junto com as outras áreas, esta ciência ajuda a
expandir o conhecimento. O conhecimento matemático quando significativo para o
aluno, contribui para o desenvolvimento de seu senso crítico, na medida que
proporciona as condições necessárias para uma análise mais apurada da realidade
que o cerca. A matemática é fundamental na medida em que auxilia na utilização das
tecnologias existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se
refere ao uso dessas tecnologias pelos alunos.
Educar pela matemática, é pensar para quem essa educação está sendo
destinada. Que tipo de homens iremos formar?. Significa pensar no que é necessário
incluir de importante para a formação desse homem e com que finalidade. As razões
que nos levam a ensinar matemática se resumem na sua especificidade, na construção
do conhecimento e na formação do aluno. Ela é utilizada como base nos diversos
ramos do conhecimento e na formação do indivíduo, sendo aplicada aos fenômenos do
mundo real. Assim a disciplina de matemática desenvolverá seus conteúdos fazendo a
reflexão e contextualização com os temas das relações étnico-raciais e a história e
cultura afro-brasileira e africana, conforme a Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003,
com a História do Paraná conforme lei nº 13381/01 e o Meio Ambiente, lei nº 9795/99,
que inclui oficialmente no currículo a obrigatoriedade do ensino desta temática na rede
de ensino.
II – OBJETIVOS GERAIS
Muito além da assimilação de conceitos e fórmulas, o ensino da matemática,
deve proporcionar aos alunos a aquisição clara, crítica e aplicável de seus
conhecimentos. Espera-se que desenvolva-se nos educandos habilidades como:
- Integração à sociedade em que vive através dos conhecimentos adquiridos;
- Medir, relacionar, comparar, classificar, ordenar, sintetizar e avaliar os
fenômenos abordados através da linguagem matemática necessária;
- Análise de gráficos, tabelas bem como sua crítica, interpretação e construção;
- Desenvolver a capacidade de investigação. Descobrir situações-problemas,
suas origens, relações matemáticas e buscar resoluções;
- Reconhecer a matemática como construção humana permanente, abordando
os aspectos de sua história e relações com o contexto cultural, social, político e
econômico;
- Promover a realização pessoal diante ao sentimento de segurança em relação
as suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atitudes de autonomia
e cooperação;
- Reconhecer a matemática como construção histórica e relacionar a história da
matemática com a evolução da humanidade.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebra;
- Grandezas e Medidas
- Geometrias;
- Funções;
• Tratamento da Informação.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra - Conjuntos Numéricos
Funções
• Função do 1o Grau
• Função do 2o Grau
• Função Exponencial
• Função Logarítmica
• Função Modular
• Função Inversa e Composta Grandezas e Medidas - Trigonometria no triângulo retângulo. Geometria e Funções • Ciclo Trigonométrico
• Funções Trigonométricas.
2ª ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Funções • Progressão Aritmética
• Progressão GeométricaNúmeros e Álgebra • Matrizes
• Determinantes
• Sistemas LinearesTratamento da Informação • Binômio de Newton
• Probabilidade
• Noções de Estatística
3ª ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Geometria
e
Grandezas e Medidas
• Geometria Espacial
• Geometria Analítica
Números e Álgebra • Polinômios
• Números ComplexosTratamento da Informação • Matemática Financeira
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da matemática esteve muitas vezes, baseado na repetição, na
memorização, no formalismo exagerado, na realização exaustiva de cálculos e na
mera aplicação de técnicas e regras sem significado. Acredita-se que o ensino da
matemática deve ser dinâmico e também contribuir para desenvolver a capacidade
de resolver problemas, validar ou refutar soluções, tomar decisões e raciocinar
logicamente. Para isso é necessário proporcionar situações significativas de
aprendizagem, e promotoras de conhecimento. Para que o ensino de matemática
contribua para a formação global do aluno, a qual tem como objetivo maior a
conquista da cidadania, é fundamental explorar temas que de fato encontrem na
matemática uma ferramenta indispensável para serem compreendidos. Assim o
aluno percebe a real necessidade dessa ciência para a sua vida.
Trabalhar conteúdos significativos que promovam a compreensão das idéias
matemáticas, abordando os conteúdos por meio de situações reais que valorizem o
conhecimento prévio do aluno, e privilegiem a criatividade e a autonomia na busca
de soluções para os mais diversos problemas. Problemas estes que devem
promover situações em que os alunos explorem e investiguem problemas
matemáticos, os quais provém de situações reais, bem como de situações lúdicas.
Deve-se considerar que a capacidade de resolver problemas deve ser
considerada como um eixo organizador do ensino de matemática, pois possibilita aos
alunos mobilizar conhecimentos e gerenciar as informações que estão ao seu
alcance. É fundamental compreender que os problemas não são um conteúdo e sim
uma forma de trabalhar os mesmos, propondo a valorização do aluno no contexto
social, procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
situações da vida (modelagem matemática).
A história da matemática deve ser utilizada como um instrumento de resgate
da identidade cultural e pode esclarecer idéias, pois conceitos abordados em
conexão com sua história constituem veículos de grande valor formativo. Os recursos
tecnológicos devem ser utilizados como meio facilitador do espírito de pesquisa. Os
jogos são uma forma interessante de propor problemas e devem ser utilizados
sempre que possível, pois permitem que problemas sejam apresentados de forma
atrativa e que favoreçam a criatividade na busca de soluções.
A promoção de atividades em grupo deve acontecer sempre que possível,
pois estimula a discussão e confrontação de idéias, levando o aluno a respeitar o
modo de pensar dos colegas, aprendendo com eles. Não existe um único saber, mas
vários saberes distintos. As manifestações matemáticas são percebidas através de
diferentes teorias e práticas que emergem de ambientes culturais e de novas
tecnologias.
Não existe um caminho como único e melhor para o ensino da matemática,
mas conhecer e utilizar diversas técnicas de trabalho é fundamental para que o
professor construa sua prática.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação será feita em caráter contínuo e progressivo, observando o
rendimento do grupo e a individualidade dos alunos. Deve levar em conta os
caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os problemas
propostos e a partir do diagnóstico de suas dificuldades, ampliar seu domínio sobre os
conteúdos em estudo. Dessa forma a avaliação em matemática não deve priorizar a
verificação da memorização de regras e esquemas, mas sem a compreensão dos
conceitos, o desenvolvimento de atividades e procedimentos, a criatividade nas
soluções, que se refletem no modo de enfrentar e resolver situações-problemas.
O resultado não é o único elemento a ser observado numa avaliação, mas sim
o processo de construção do conhecimento. Assim, os erros não devem apenas ser
constatados. É necessário explorar e trabalhar as possibilidades decorrentes desses
erros, pois eles resultam de uma visão parcial que o aluno possui do conteúdo.
Os instrumentos de avaliação serão através de provas, trabalhos, atividades do
livro, participação oral. Aos alunos que apresentarem dificuldades na aquisição dos
conhecimentos, serão proporcionadas revisões de conteúdos e recuperação paralela.
Sendo a finalidade da recuperação paralela:
- Reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar a recuperar
apenas notas e conceitos;
- Abrir espaço para o aluno repensar o conteúdo (auxílio e não castigo), para
descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento;
- Os resultados da avaliação devem nortear o trabalho do professor e do aluno
na busca dos objetivos não atingidos, por meio de intervenções, das quais destaca-se a
retomada de conteúdos, mudança de estratégia (definir os instrumentos e os momentos
de avaliação), monitoria em grupo, etc. com estes princípios de avaliação e
recuperação, muda-se o enfoque – da nota para o aprendizado e do ensino para
ensinar o aluno a aprender (desenvolvendo suas habilidades na busca do
conhecimento).
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova es-
tratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
D’AMBRÓSIO, U., BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo:
Scipione, 1988.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática – arte ou técnica de explicar e conhecer. São Pau-
lo: Ática, 1998.
LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no currículo de ma-
temática da escola básica. In: Anais do VIII Encontro Nacional de Educação Matemáti-
ca. Recife: UFPE, 2004, p. 1-30.
SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK. S.; REYS, R. E. A
resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.
SEED. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação
fundamental da rede de educação básica do Estado do Paraná: Matemática do Ensino
Médio. Curitiba: SEED, 2009.
VALENTE, V. R. Uma história da matemática escolar no Brasil (1730-1930). São Paulo:
Annablume/FAPESP, 1999.
11.9 - GEOGRAFIA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O homem desde sua forma primitiva de vida vem estabelecendo contato com a
natureza para sua sobrevivência, extraindo recursos naturais, migrando à procura de
alimento, desenvolvendo conhecimento sobre direção dos ventos, correntes marítimas,
regime fluvial, astronomia, técnicas de irrigação, comércio, descrição e mapeamento de
lugares.
Cada vez mais o homem explora o espaço organizando de forma à satisfazer
suas necessidades, aprimorando seus conhecimentos geográficos, transformando
lugares conforme o aumento da população que passa a ser apropriar do espaço,
criando relações de convivência social diferentes em cada período , bem como de
domínio sobre os bens da natureza.
Da sociedade primitiva, onde a terra era um bem comum à sociedade
escravista, quando a terra passa a ser um bem acessível a poucos, situações que
perduram até nossos dias, onde o homem delimita fronteiras políticas conforme seus
interesses, gerando conflitos étnicos e miséria em função de uma geopolítica capitalista
que organiza o espaço em nome do “desenvolvimento”, que leva a exploração da
natureza, transformação do meio ambiente e degradação de seus recursos, imposição
de culturas, transformando as sociedades locais e globais em função do
desenvolvimento desenfreado do capitalismo, que vê o espaço apenas como fonte
econômica, onde se traçam teias de relações sociais, criando espaços desiguais em
função de grupos e nações dominantes.
Nesse contexto a geografia tem importante papel como “ciência que estuda as
relações entre a sociedade e a natureza” (Andrade, 1.988 p. 55) na condução da
compreensão do espaço pelo homem, devendo seu ensino considerar a realidade no
seu conjunto, pois o espaço é dinâmico e sofre alterações em função da ação do
homem . Portanto o aluno ao longo do tempo deve ser orientado no sentido de
perceber-se como elemento de um processo histórico. Assim:
“... o conhecimento a ser alcançado no ensino, na perspectiva de uma geografia crítica,
não se localiza no professor ou na ciência a ser ensinada vulgarizada, e sim no real, no
meio onde o aluno e o professor estão situados e é fruto da práxis coletiva dos grupos
sociais. Integrar o educando no meio significa deixa-lo descobrir que pode tornar-se
sujeito na História.” (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.37)
A contribuição da geografia para a formação do aluno está na compreensão que
ele terá da realidade. No estudo do espaço geográfico, o aluno deverá refletir sobre a
relação que existe entre os seres humanos bem como na relação seres humanos –
natureza.
“Observa Marx que a história dos homens é inseparável da história, pela mesma razão
que a história da natureza é inseparável da história dos homens”. (CORREA, et Al,
1980, p.25)
Nesse contexto a geografia tem como fim fazer com que o aluno compreenda as
diversas formas como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da Terra e da
sociedade atual, valorizando as formas de trabalho, a dinâmica dos lugares,
interpretando, representando e localizando elementos e fenômenos que ocorrem no
espaço geográfico.
“Trata-se de uma geografia que concebe o espaço geográfico como espaço social,
construído, pleno de lutas e conflitos sociais”. (OLIVEIRA, Et Al, 1989, p.36)
Dessa forma cabe à geografia proporcionar aos alunos a possibilidade de
observar, pensar, interpretar e discutir criticamente o espaço geográfico numa busca
constante de compreensão de suas transformações.
II – OBJETIVOS GERAIS
Se a meta do nosso trabalho é formar um cidadão crítico e com uma visão de
mundo que lhe permita participar ativamente da sociedade em que vive. Podemos dizer
que é o indivíduo capaz de entender os fatos que acontecem no mundo , de interpreta-
los e de estabelecer relações não só entre esses fatos , mas deles com a realidade do
local onde vive .
Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o ajudem a
compreender aspectos geográficos – paisagem , lugar , espaço geográfico , território ,
região - , além de outros conceitos importantes para a análise espacial , como
tecnologia , relações sociais , poder , política , Estado e trabalho. Isso o tornará capaz
de “pensar” esse espaço e o percebe como parte integrante e atuante dele.
Identificar particularidades de uma paisagem , lugar ou território no espaço
geográfico , reconhecendo os fenômenos aí encontrados , determinando o processo de
sua formação e o papel da tecnologia dos grupos que habitam ou já habitaram esse
determinado lugar , paisagem ou território . Além de comparar esses fenômenos
geográficos , reconhecendo as semelhanças e diferenças existentes entre elas e
porque elas existem.
Entender o meio ambiente como um patrimônio que deve ser usufruído por toda
a humanidade. Esse é um assunto que deve ser tratado interdisciplinarmente , pois
ultrapassa o âmbito da geografia. Evidenciando temas que são de interesse global ,
como a importância da água , o efeito estufa , as várias formas de poluição (do ar , da
água , do solo) , transferindo-os para sua realidade.
Aplicar os conhecimentos específicos das linguagens geográfica e cartográfica
na interpretação de gráficos , mapas e tabelas que permitam a compreensão e a
relação entre os sistemas econômicos , conflitos mundiais e a postura geopolítica posta
em prática pelas nações que desempenham um papel central na política mundial.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Dimensão econômica da produção do/no espaço;
- Geopolítica;
- Dimensão socioambiental;
- Dinâmica cultural e demográfica.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
1º Semestre
• Geografia: Objeto e objetivos
• Localização e orientação
• Formação da Terra
• Geologia: estrutura , origem e formação da litosfera
• Relevo: estrutura e processos de formação
2º Semestre
• Atmosfera *Clima: fatores de formação do clima e tipologia climática
• Vegetação: as grandes paisagens vegetais
• População Mundial
• Ação antrópica nas paisagens
2º ANO
1º Semestre
• Localização geográfica: formação e expansão do território brasileiro
• População geral e do Brasil
• Teorias Demográficas e do Brasil
• Atividades Econômicas : extrativismo no Brasil , agropecuária, pecuária :
conceito e tipos ; pecuária no Brasil ; agricultura : conceito e sistemas agrícolas ;
erosão ; agricultura no Brasil ; relações de trabalho no campo ; reforma agrária
• Indústria : conceito e tipos
• Fatores de instalação das indústrias
• Indústria no Brasil
• Fontes de Energia
3º ANO
1º Semestre
• Meios de transporte
• Globalização : conseqüências da globalização
2º Semestre
• Cidade : evolução urbana , problemas urbanos
• Poluição : conceito e tipos
• Problemas ambientais globais : El nino e La nina ; Efeito Estufa , Destruição da
Camada de Ozônio
• Chuva Ácida
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Considerando-se que o aprendizado é um processo e que ele envolve a reflexão
e o desenvolvimento do raciocínio lógico , não pode-se perder de vista a necessidade
de estímulos permanentes.
Mas para se atingir tais metas ou aprimorar as habilidades dos estudantes , entre
outros recursos , destaca-se a importância de que os conceitos sejam aplicados em
suas vidas práticas para que percebam sua real utilidade e posteriormente para que se
conscientizem de sua validade a fim de auxilia-los na interpretação dos processos e
acontecimentos naturais ou ocasionados pela intervenção da sociedade no meio
ambiente , pois caso tais conceitos deixarão de ter sentido.
Através de variados métodos tais como aulas expositivas , leitura de reportagens
, apresentações de vídeos , realização de entrevistas , visitas , debates , seminários ,
pesquisa , interpretação de mapas , figuras , gráficos , tabelas , produção de maquetes
e mapas temáticos.
VI - AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada de formas diversas, através de produções escritas tais
como relatórios, textos, pesquisas, provas e produções orais como apresentação de
temas pesquisados, debates e seminários; construção de mapas e maquetes.
Após todo esse processo de trabalho o aluno que atingir 60% (sessenta por
cento), de aproveitamento será atribuído a recuperação, sendo esta com valor 10.
A reavaliação assegurará as condições pedagógicas para acompanhar e
aperfeiçoar o conhecimento do aluno, (porém preservando a qualidade de ensino
proposto pelo estabelecimento.)
Após a análise dos resultados, prevalecera sempre a maior nota, sendo
obrigatório a recuperação de estudos (independente do tipo de avaliação), a todos os
alunos.
As avaliações de recuperação de estudos serão elaboradas com o mesmo nível
de exigência conforme a proposta do estabelecimento.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações por semestre com as respectivas
recuperações de forma semestral. A soma dos dois resultados semestrais dará a média
final, sendo esta dividido por dois.
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
LUCI, Elian Alabi, Geografia – O Homem no espaço Global, São Paulo: Editora Saraiva, 2008
MOREIRA,Igor O Espaço Geográfico, São Paulo: Editora Ática, 2007
PIFFER, Osvaldo, Geografia no Ensino Médio, São Paulo: Editora IBEP, 2005
SENE, Eustáquio; MOREIRA, João Carlos, Espaço Geográfico e Globalização, São Paulo: Editora ScipioneVESENTINI, José William, Sociedade e Espaço, São Paulo: Editora Ática
11.10 – HISTÓRIA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História, enquanto campo de conhecimento, sempre existiu. O passado de
uma pessoa, de uma sociedade se faz importante para que estes possam reconhecer a
sua identidade. Desde a Antiguidade havia a preocupação em deixar os fatos
registrados. Um exemplo seria Heródoto, que escreveu sobre acontecimentos narrados
à ele mesmo e acabou fazendo uma mistura entre fábulas (com seres fantásticos e
deuses) com a história, mas Heródoto alertava seus leitores para os fatos que ele
mesmo não considerava verdadeiro. Assim Heródoto reúne duas características
fundamentais para o historiador de hoje: “atenção para os detalhes e a preocupação em
separar o falso do verdadeiro, o que aconteceu de fato e as lendas que são contadas
acerca do passado”2.
Os historiadores antigos não elaboram grandes teorias acerca da natureza e do
sentido da história. Isso, talvez, devido ao fato da literatura ter uma importância maior
que a história, nas palavras de Aristóteles: “a literatura é mais nobre que a história”.
2 VASCONCELOS, José Antônio. Metodologia do ensino de história. Curitiba: Ibpex, 2007. p. 39.
No inicio da Idade Média, o desafio de Aurélio Agostinho era entender a História
pela fé cristã. Este estudo contribuiu para entendermos a história do gênero humano.
A preocupação com a natureza e o sentido da história se tornou evidente no
século XVIII, principalmente com Voltaire, que afirmava que a história deveria deixar de
lado as fábulas. Isso porque na época em que ele viveu, muitos historiadores contavam
histórias para entreter a população e acabavam misturando fatos reais com fantasiosos.
Assim, na opinião de Voltaire “ essa mistura do factual e do inventado tinha de ser
evitada para que o conhecimento histórico se tornasse autônomo.” 3 Esse desejo do
pensador, só se concretizou no século XIX, com Leopold von Ranke. Para este caberia
a história apresentar os fatos realmente como aconteceram, dando um valor maior aos
documentos oficiais. Esta fase foi importante para que a história deixasse de ser um
gênero literário.
Este estilo historiográfico, citado acima, privilegiava a política e documentos
oficiais, acabava deixando de lado varias sociedades que não se organizavam em
forma de Estados. Por isso no século XX a Escola de Annales foi em busca de novas
fontes e objetos, e uma nova abordagem historiográfica. Atualmente a história esta bem
diversificada, ou seja, engloba história oral, micro-história, a própria literatura se tornou
um objeto de análise.
Sendo assim, se faz necessário como concepção do ensino de história, uma
história voltada para a crítica, a reflexão e a análise de diversos documentos em sala,
para que assim os alunos percebam que a história é construída a posteriori e as
pessoas que a escrevem não são neutras e tentam defender os seus pontos de vista.
Atualmente o estudo da História, dentro das escolas, tem como base a utilização
de conteúdos estruturantes - as relações de trabalho, as relações de poder e as
relações culturais – para isto faz-se necessário um recorte no tempo e no espaço que
parte de uma problematização geradora do tema a ser estudado. Para estudar este
tema deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito, depois delimitar o tema
histórico em um período definido, e por fim definir um espaço ou território de
3 VASCONCELOS, José Antônio. Metodologia do ensino de história. Curitiba: Ibpex, 2007. p. 42.
observação do conteúdo sistematizado, que surge a partir dos questionamentos em
sala, para que sejam definidos de forma democrática.
A história, enquanto disciplina escolar, ao se integrar à área de Ciências
Humanas e suas Tecnologias, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas
contemporâneas, situando-se nas diversas temporalidades, servindo como arcabouço
para a reflexão sobre possibilidades e/ou necessidades de mudanças e/ou
continuidades.
As concepções políticas e as referentes às ações humanas nos espaços políticos
e privado, assim como as relações homem-natureza, estão sendo modificadas. Os
paradigmas científicos que sustentavam as bases fundamentais dessas concepções
estão sendo questionados e colocados em cheque pelas realidades que glorificam o
novo tecnológico, mas não solucionam problemas antigos, como as desigualdades,
preconceitos, dificuldades de percepção do “outro” e as diversas formas de convivência
e de estabelecimento de relações sociais. A difusão da racionalidade da ciência não
submetidas a dogmas e misticismos variados, permanecendo crenças religiosas
diversas, muitas vezes contraditórias e paradoxais diante da presença cotidiana das
tecnologias.
Tais constatações sobre as incertezas e mitos vividos pelos jovens da atual
geração implicam delimitar com maior precisão o papel educativo da área, no sentido
de possibilitar um Ensino Médio de caráter humanista capaz de impedir a constituição
de uma visão apenas utilitária e profissional das disciplinas escolares.
II – OBJETIVOS GERAIS
• Compreender as relações de trabalho presentes nas diferentes
sociedades a partir de problemáticas atuais para considerar diferentes
esferas, como o trabalho coletivo, manifestações artísticas e intelectuais.
• Analisar as relações de poder não apenas como idéia de poder político,
mas numa dimensão econômica, social e cultural presente a todas as
instituições sociais.
• Conhecer as relações culturais que acompanham os sujeitos históricos
nos diferentes períodos históricos, bem como seu espaço e suas relações
étnicas.
III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Relações de Trabalho;
- Relações de Poder; Espaço e Tempo
- Relações Culturais.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
2- Introdução ao estudo da história
• História como ciência
• Tempo e espaço
2– Pré- história (Mundo – América – Brasil – Paraná)
• Teorias do surgimento do ser humano
• Paleolítico
• Neolítico
• Surgimento da escrita
3- Conceito de trabalho
• Formação das sociedades
4- Primeiras civilizações africanas
• África Antiga
• Egito
5- O mundo do trabalho em diferentes sociedades
• Sociedades pré-colombianas
• Grécia Antiga
• Roma Antiga
• Sociedade Feudal
6- Estado nos mundos antigo e medieval
• Estado na antiguidade oriental (Mesopotâmia, Egito, Hebreus)
• Estado na Grécia Antiga, Pérsia, Macedônia, Roma
• Estado na Idade Média
• Estado Islâmico
7- Relações culturais nas sociedades grega e romana
• Mulheres na sociedade, filosofia e artes gregas
• Mulheres na sociedade romana
• Lutas plebéias e escravas em Romana
8- Cidades na história
• Neolítico
• Cidades gregas e romanas
• Islão- civilização urbana
• Cidades na América pré-colombiana
• Europa Medieval
9- Urbanização e industrialização no Paraná e Brasil
• Início da ocupação do Paraná (espanhola e portuguesa)
• Ciclo econômicos (ouro, gado, madeira, erva-mate, café,
agroindustrialização)
• Colonização e os ciclos econômicos (pau-brasil, cana-de-açúcar,
mineração e café)
• Capitanias hereditárias
10-Relações culturais na sociedade medieval
• O (pré) conceito na Idade Média
• Sociedades medievais
• Manifestações de dominação e resistência entre os camponeses e nas
cidades
• Exclusão social na Idade Média
• Reflexões sobre as mulheres, os hereges e os doentes (Peste Negra)
2º ANO
1- Movimentos sociais, políticos, culturais na sociedade moderna
(Renascimento)
• Renascimento artístico, cultural e científico
• Transformações no Mundo Moderno
• Reforma protestante e Contra-Reforma
• França Antártida
• Revolução Gloriosa e o triunfo da burguesia
• Iluminismo
• As Novas idéias e as contestações dos trabalhadores
• Revolução Francesa e a substituição do trabalho escravo
3- Transição do trabalho escravo para o livre
• Os Europeus e as etnias do Novo Mundo
• A instituição da escravidão africana no Continente Americano
• O trabalho escravo no Novo Mundo
• Abolição da escravidão nos EUA, na América e no Brasil
• Imigrantes e a substituição do trabalho escravo
4- Relações de dominação
• Manifestações femininas
• A organização dos operários (anarquismo, marxismo)
• Crise do sistema colonial e as revoluções burguesas
• Revoltas contra a dominação portuguesa
5- Construção de trabalho assalariado e revolução industrial
• De artesãos independentes a tarefeiros assalariados
• A constituição do sistema de fábricas
• Revolução Industrial
• Teorias contraditórias
• A organização do tempo do trabalho
• O trabalho infantil e o feminino
6- Urbanização e industrialização no século XIX
• Industrialização e urbanização
• A cidade industrial
• Higiene, miasmas e bactérias
• Arquitetura do século da indústria
• A revolução dos transportes
• A utilização da eletricidade
• O futuro nas grandes cidades
7- Urbanização e industrialização política no Brasil no século XIX e XX
• As cidades na História do Brasil
• Primeiro Reinado e Perído Regencial
• Segundo Reinado
• Proclamação da República e República da Espada
• Emancipação do Paraná e a construção da identidade paranaense
• O histórico das questões ambientais no Paraná
3º ANO
1- Urbanização e industrialização no Brasil
• Vida urbana
• Industrialização (século XX e XXI)
2- Estado e as relações de poder
• A formação do Estado Moderno
• Teóricos do Estado Nacional Absolutista (Maquiavel, Hobbes, Bossuet)
• Do Estado Absolutista ao Estado-Nação
• Teóricos do Estado-Nação (Locke, Montesquie, Rousseau)
• Independência do Brasil e formação do Estado Nacional
• Construção da idéia da nação brasileira e os símbolos nacionais
3- Estado imperialista
• A Formação de Impérios e colônias no século XIX
• A crise do Estado Imperialista
• República Velha e a República Café com leite
• A formação dos Regimes Totalitários e suas características
• Ditadura no Brasil, Era Vargas e Populismo
• A indústria cultural e as nações imperialistas
• Os Estados e a Bipolarização do mundo Contemporâneo
• Crise do Socialismo na União Soviética
• O ataque ao Império Estadunidenses
4- Relações de poder e violência
• O Estado e as relações de poder
• As guerras revolucionárias e nacionais (1ª e 2ª Guerra)
• Totalitarismo e violência
• A Guerra Fria e a violência
• Relações de poder e formas de violência (a tortura)
• Ditadura militar no Brasil
• Reabertura política no Brasil
5- O trabalho na sociedade contemporânea
• O trabalho assalariado (taylorismo, fordismo, toyotismo e o pré-fordismo)
• Mundo do trabalho no Brasil, início do século XX
• O mundo do trabalho na política desenvolvimentista brasileira: Era Vargas
• Reestruturação Produtiva no Brasil na década de 1990
8- Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea
• O mundo e suas transformações
• Os camponeses e a luta pela terra
• Movimento feminista
• A revolução jovem (movimento hippie, rap, hip hop)
• Movimento negro
9- Escravidão no mundo contemporâneo
10-Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea
• A realidade da mundialização
• A explosão urbana
• A tecnologia, a urbanização e a arte
• A transparência dos problemas sociais e estruturais na explosão urbana.
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Desenvolver os conteúdos de forma crítica e reflexiva, levando o aluno a
perceber-se como peça importante no processo histórico e reconhecendo-se como
agente transformador da história.
Através de atividades variadas (individuais, duplas, grupos) os alunos
realizarão análises e sínteses de textos, filmes, artigos de jornal, revistas,
documentários. As fontes documentais para o estudo da história são:
• relatos de viajantes;
• leitura de clássicos da literatura (trechos);
• filmes de época (não analisar somente o enredo do filme,
mas também a conjunta da filmagem, os interesses envolvidos na mesma
– “bastidores”);
• análise de músicas (letra, composição, momento histórico);
• análise de textos de jornais e revistas etc.
• análise de charges e obras de arte
Essas análises visam a problematização dos processos históricos através da
interpretação de diversas fontes. Com isso o aluno conhecerá o processo de
construção da história e será orientado a fazer uma análise crítica de textos históricos.
Através disso o educando poderá compreender melhor a sociedade contemporânea e
nela situar-se-á, de modo a perceber-se como agente transformador da sociedade-
atuante, participativo e consciente.
Haverá muito incentivo à pesquisa como forma de despertar no aluno o gosto
pela leitura e por novas descobertas, evitando a mera cópia de trechos de livros. Isso
servirá para que o aluno se interesse em adquirir novos conhecimentos, acrescentando-
os aos conhecimentos adquiridos em sala.
Haverá aulas expositivas, porém buscando a participação dos alunos com
questionamentos. Aulas em forma de debates sobre diversos temas, onde cada um
defenderá o seu ponto de vista, caberá ao professor ser o mediador dessa discussão
levando, a cada um dos pontos defendidos, a reflexão acerca da sua opinião. A Tv
Paulo Freire será de grande utilidade para análise de charge, obras de arte, e também
para interpretação de músicas e trechos de filmes. O livro didático será usado como
uma forma de deixar o aluno integrado com o conteúdo a ser estudado. A utilização dos
computadores será importante para que os alunos busquem as suas próprias fontes de
estudo, para realizar testes de interpretação de textos e documentos históricos, assim
como para visitar alguns museus, centros arqueológicos, etc.
O encaminhamento metodológico referente a Lei 10.630/03 que trata da
“História e Cultura da Afro” será realizado da seguinte maneira: primeiro uma pesquisa
englobando origem, cultura, religião, economia, etc sobre cada os reinos africanos
antigos. Em seguida debater sobre o porquê de, durante muito tempo, estudarmos
apenas o Egito e não a África inteira. Num terceiro momento discutir acerca de como a
cultura africana esta presente no dia a dia do brasileiro e qual a contribuição da mesma
para a formação da identidade nacional.
O encaminhamento metodológico referente a Lei 13.381/01 que trata da
“História do Paraná”, será trabalhado o porquê o Paraná era província de São Paulo e
em seguida como conseguiu e o que significou a emancipação política. A partir disso
trabalharemos como se deu a formação da identidade do cidadão e dos símbolos
paranaenses. Refletir acerca da forma que o Paraná foi colonizado (através de cartas
incentivando a vinda de colonos), discutir sobre algumas colônias instaladas no Paraná
entre elas: a colônia de italianos de Santa Felicidade e a colônia Cecília de anarquistas
em Palmeira.
O encaminhamento metodológico referente a Lei 9795/99 que trata do “Meio
Ambiente” faremos um gancho com o conteúdo da história do Paraná e a guerra do
Contestado falando da Companhia Lamber, que trouxe modernidade para o sul do
Brasil, como o primeiro cinema, mas foi responsável por derrubar grandes hectares de
mata nativa. Para tanto usaremos a análise de fotografias de época da Companhia
Lamber e fotos recentes do que sobrou dela e também textos sobre o assunto, para
então iniciar um debate.
VI – AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de História objetiva-se favorecer a busca da coerência
entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o
processo de ensino de aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve estar
colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o
conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento externo a este processo.
Através da avaliação, o professor identifica as apreensões de conteúdo,
conceitos e atitudes, como conquistas dos alunos, comparando o antes, o durante, e o
depois. Assim, este caráter diagnóstico possibilita ao professor se auto-avaliar como
docente, refletindo sobre as intervenções metodológicas e buscando outras
possibilidades para atuação no processo de aprendizagem dos alunos.
A avaliação dar-se-á em todos os momentos do processo de ensino-
aprendizagem, sendo acumulativa. Tendo como instrumentos de avaliação a pesquisa,
apresentação de trabalhos (orais, escritos, individuais ou coletivos), além de avaliações
escritas contendo questões de análise (subjetiva ou objetivas), análise de charges,
filmes, musicas, e documentos históricos.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do
acompanhamento do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem,
sendo exigido no mínimo 4 ( quatro ) avaliações com as respectivas recuperação de
forma bimestral, onde será feita a somatória bimestral permanecendo a nota maior. A
soma dos dois resultados bimestrais que dará a média semestral; sendo está dividido
por dois.
VII – REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
• ARRUDA, José Jobson de. Toda a História. Ed. Ática, 1996.
• COTRIN, Gilberto. História Global – Brasil Geral. Ed. Saraiva, 1999.
• DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
• DIVALTE, Garcia Figueira. História. Ed. Ática, 2005.
• HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914- 1991.
Companhia das Letras, 2001.
• HOBSBAWN, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
• SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. Ed. Nova Geração, 2005.
• VASCONCELOS, José Antônio. Metodologia do ensino de história. Curitiba:
Ibpex, 2007.
12.10 – SOCIOLOGIA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sociologia surgiu na Europa, como a ciência das questões sociais. Assumiu as
inquietações da Revolução Industrial do século XIX e desenvolveu-se como a ciência
no rastro do pensamento positivista de Auguste Comte, que foi o primeiro que
estabeleceu métodos científicos para a ciência.
O contexto de nascimento da Sociologia como uma disciplina cientifica é
marcado pelas conseqüências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução
Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial r uma revolução na ciência, que
se firma com o iluminismo, retirando desses eventos os valores e os princípios para a
formação de uma nova sociedade.
Nesse sentido, a disciplina de sociologia desenvolve a perspectiva positivista e
por isso passa a se caracterizar como um instrumento de intervenção do homem na
realidade. Para tanto com a contribuição de Karl Marx, a sociologia veio a desenvolver
um olhar mais critico procurando destacar as diferenças entre as classes sociais e a
exploração social de uma classe, a capitalista (burguesia) sobre o revolucionário
Antonio Gramsci trouxe para a sociologia, um fortalecimento do pensamento crítico,
através de análises centradas nas questões educacionais.
No Brasil, no mesmo estilo a disciplina da Sociologia no mundo, apresenta-se no
plano curricular como uma ciência de reflexão acadêmica, com base na pesquisa
científica, que busca a formação do individuo diante dos problemas sociais. A reflexão
sociológica for fundamental para o desenvolvimento da sociologia. De um lado,
destaca-se a corrente de Silvio Romero e de outro Gilberto Freire. A teoria do primeiro
mais Euclides da Cunha e Oliveira Vianna versava sobre os problemas da nação
brasileira no processo de modernização das primeiras décadas do século XX, numa
tentativa de definir a brasilidade.
A teoria de Gilberto Freire projetava-se na análise das origens européia e
africana do povo brasileiro, considerando o primeiro especialista brasileiro com a
formação cientifica. Gilberto Freire foi influenciado pela escola culturalista americana
que se opunha às teorias sociais relevantes do século XIX. Fernando de Azevedo
destaca-se como representante do pensamento escolanovista que busca dar um
tratamento cientifico para o entendimento da educação através da ciência sociológica,
cabendo a esta a função de salvar não só a educação, mas a própria sociedade.
Da corrente Marxista destacaram-se Caio Prado Junior, Sérgio Buarque de
Holanda, Florestan Fernandes e Otávio Anni cuja produção sociológica tentaram
explicar a organização da sociedade, as relações de produção na sociedade, o
nacionalismo econômico, o sindicalismo e a formação de uma classe trabalhadora
agrária e urbana.
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se
constituiu disciplina no debate, entre diferentes concepções teóricas responsáveis por
respostas a questões que a sociedade coloca em diversos momentos e por isso
apresenta muitas contradições e contribuições diferentes.
1. O Ensino da Sociologia: da escola média à Universidade brasileira
A introdução da sociologia como disciplina curricular apresenta-se como parte do
processo de institucionalização da escola, em sua realidade. Apresenta-se numa
perspectiva transformadora almejando inspirar projetos de sociedade e visões políticas
avançadas.
Este anseio não tem se mostrado suficiente para a disciplina de sociologia se
instalar de forma definitiva nos currículos, como área do conhecimento fundamental
para a formação humana. Isto tem posicionado a sociologia desde o inicio do século XX
até fim de 1990, como instável com interrupções na sua prática, expressando falta de
tradição nas escolas.
No Paraná, desde 2004, diante de várias situações da realidade contemporânea
não há mais espaço para o trabalho da educação escolar sobreviver sem a sociologia.
Constata-se que a Sociologia é fundamental no processo educacional, sobrepondo-se a
apresentação simples, através da leitura e explicações teóricas, e exigindo cada vez
mais reflexões mais práticas sobre muitas questões sociais discussões e debates que
levem os educandos a um posicionamento social. Diante desta realidade, é missão
inadiável da escola e da sociologia formar novos valores, uma nova ética, novas ações
sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas relações sociais.
A partir da obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada
pelo Conselho Nacional de Educação, as escolas de ensino médio do Estado buscam a
melhor forma de aproximar a sociologia do conhecimento prático do educando e vir a
construir com ela uma tradição pedagógica que expresse a importância da sociologia
para a vida.
Daí a importância do tratamento dos conteúdos Sociológicos, fundamenta-se e
sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições, casa uma com o potencial
explicativo correspondente. Essas linhas teóricas devem estacar seus autores-
pensadores, conteúdos, temáticas, metodologias, concepções de sociedade e de
educação.
EMILE DURKHEIM: Concebe a sociedade enquanto vinculo moral entre os homens e a
educação é forma de manutenção da estabilidade e da ordem social. E educação para
Durkheim é sinônimo de socialização (socializar é ensinar e aprender o lugar de cada
um entro da sociedade).
Para Durkheim a sociedade modela a ação individual e à educação cabe enquadrar
cada individuo às expectativas de classe, gênero, etnia, moral que são esperadas ele.
KARL MARX: concebe a sociedade como uma relação de exploração de uma classe
sobre as outras e vê a educação como possibilidade de superação e emancipação da
opressão exercida por esta sociedade desigual. Marx complexifica a concepção
Durkheiniana ao demonstrar que a coerção da sociedade sobre os indivíduos e, sim
que a coerção acontece de uma determinada classe social sobre outra. Essa
coerção/dominação manifesta-se de diversas formas, a educação é uma delas, pois
dissemina a ideologia dominante e inculcada classe dominada o modo burguês de ver o
mundo. Mas Marx também via a educação como potencial e emancipação, pois
forneceria ao proletariado, instrumento para o conhecimento da totalidade, conhecer os
mecanismos de dominação e exploração de uma classe sobre as outras. Mas desta
forma é bom salientar que Karl Marx observa e entende a educação, como um
mecanismo que conforme o seu conteúdo de classe pode oprimir ou emancipar o
homem.
MAX WEBER: concebe a sociedade como vinculo de racionalização da vida, resultado
de uma enorme teia de interações e relações inter-dividuais e pensa a educação como
uma resposta limitada e inexorável a esta racionalização. Segundo Weber o
estabelecimento de uma ordem social vai se tornando cada vez mais ampla,
institucionalizada, desencantada e, principalmente burocrática. Desta forma, resta à
educação prover os indivíduos de conteúdos (especializados, eruditos) e disposições
que se predisponha a ter condições (conduta de vida e conhecimento especializado)
necessárias para realizar suas funções de perito na burocracia profissional.
II - OBJETIVOS GERAIS
• Entender a dialética dos fenômenos sociais do seu cotidiano;
• Discutir exclusão, desemprego, violência urbana e rural, segurança, cidadania,
consumo, individualismo, reforma agrária e educação;
• Compreender a mercantilização das relações sociais das relações sociais, confli-
tos étnico-raciais, celebração da cultura de massas, estilos de vida individualista
e consumista;
• Transmitir normas, regras, valores necessários para a vida em sociedade;
• Abordar as instituições sociais, como: família, escola e igreja, enfatizar a origem
e importância dessas instituições;
• Entender o conceito de cultura, como todo conhecimento adquirido: crenças,
arte, moral, lei e costumes. Compreendendo que não existem culturas superiores
ou inferiores, mas diferentes culturas.
III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Interpretar o processo de criação das ciências da sociedade e sua manifestação
histórica;
• Distinguir as diferentes características que compõem as Ciências Sociais;
• Reconhecer a importância da Sociologia para o conhecimento a cerca da vida
em sociedade;
• Diferenciar cultura erudita de cultura popular;
• Problematizar a Indústria Cultural, como cultura de massa, intensificando a pas-
sividade social;
• Entender o trabalho como condição de sobrevivência humana;
• Conhecer a divisão social do trabalho, baseado na sociedade capitalista;
• Perceber as origens das classes sociais;
• Compreender o uso do poder de diferentes instâncias na nossa sociedade;
• Perceber a ideologia como uma visão de mundo, que varia de acordo com os
grupos, que dominam o poder;
• Entender o Estado como nação, que é capaz de construir relações políticas, eco-
nômicas e sociais;
• Considerar a questão de direitos, inscritos nas leis, entendendo que direito é
atrelado a dever;
• Compreender a verdadeira cidadania;
• Entender os diferentes movimentos sociais, seu motivos e o que desencadearam
em sociedade.
IV - CONTEÚDOS ESTRUTURANES
• Surgimento da sociologia e teorias sociológicas
• Processo de socialização e as instituições sociais
• Cultura e a indústria cultural
• Trabalho, produção e classes sociais
• Poder, política e ideologia
• Direitos, cidadania e movimentos sociais
V - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1° ANO
1. O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA E TEORIAS SOCIOLÓGICAS.
Conteúdos específicos:
• O Surgimento da Sociologia. Compreender o processo da criação das Ciências
da Sociedade. Buscaremos conhecer como se deu o processo histórico de cria-
ção da Sociologia. Conhecer quais foram os condicionantes históricos e intelec-
tuais que influenciaram no surgimento da Sociologia no século XIX.
• O que são chamadas Ciências Sociais? Identificar as diferentes características
que compõem as Ciências Sociais; reconhecer a importância de todas as disci-
plinas que compõem as Ciências da Sociedade.
• As Teorias sociológicas (Auguste Conte, Max Weber, Émile Durkheim e Karl
Marx). Apresentar as principais contribuições dos fundadores da Sociologia, os
autores que serviram de referencial para grande parte das discussões sociológi-
cas ao longo do Ensino Médio.
• A produção Sociológica brasileira. Estudaremos as três fases da implantação
da Sociologia no Brasil. Conheceremos os autores que marcam cada uma das
fases; as principais contribuições de cada sociólogo para se pensar as questões
do Brasil entre outras coisas.
2. PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS.
2.1 Socialização: inserção/construção/transmissão de valores, normas e regras ca-
pazes de desenvolver a vida em sociedade. Mas para viver em sociedade é ne-
cessário que os membros conheçam e internalizem as expectativas de compor-
tamento, estabelecendo valores, regras e normas.
2.2 As Instituições Sociais: As Instituições têm sido estudadas de forma históricas
e como responsáveis pela manutenção de ordem social sem uma reflexão de
sua construção tomando como um dado natural. O que importa à disciplina da
Sociologia é desenvolver um olhar critico, explicativo, mas principalmente inter-
rogador e que conduza a mudanças de atitudes a respeito da organização da so-
ciedade, levando a refletir a respeito das características que compõem cada uma
das instituições que compõem a sociedade.
2.3 Instituição Familiar: As origens históricas, as diferentes configurações nos di-
versos lugares e principalmente a dinâmica das famílias nas sociedades contem-
porâneas. Importa ao aluno compreender a importância das famílias como parte
constituinte das sociedades, mas principalmente livrar-se de qualquer tipo de
pré-julgamentos e preconceitos em relação a uma outra forma de organização
familiar. A leitura e discussão de textos ligados à antropologia, que demonstram
povos com organizações sociais totalmente distintas da nossa, contribui para
“romper” com visões etnocêntricas; a exibição de filmes que provoquem a refle-
xão e remetam o aluno à situações próximas distantes da sua realidade também
levam o jovem a pensar, a rever e a buscar modelos familiares adequados às
suas necessidades; a realização de investigações na própria comunidade tam-
bém podem contribuir para o alcance dos objetivos pretendidos.
2.4 Instituição Escolar: As origens históricas, as diferentes teorias ou “olhares”
construídos sobre a instituição escolar, os diferentes modelos escolares presen-
tes em sociedades diversas, assim como, a reflexão sobre a importância e o pa-
pel da escola e de seus atores (professores, alunos, funcionários, direção) nas
sociedades atuais.
2.5 Instituição Religiosa: As origens e importância do pensamento religioso, as di-
ferentes práticas religiosas, a reflexão sobre idéias pré-concebidas, preconceitos
e sectarismo entre outras questões.
2° ANO
1 – CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL.
Conteúdos Específicos;
1.1 Cultura ou Culturas, uma contribuição Antropológica. O Conceito de cultura é
diverso, mas comumente diz respeito: “a todo conhecimento adquirido, crenças,
arte, moral, leis e costumes”. Esses conhecimentos nos revelam que a cultura não é
natural nos indivíduos, que é um comportamento aprendido e se difere de um grupo
para outro.
1.2 Diversidade Cultural Brasileira: É importante problematizar para o aluno de Ensi-
no Médio o conceito de cultura e suas derivações para que ele perceba que não
existem culturas superiores ou inferiores, melhores ou piores, mas apenas culturas
distintas e formas de apropriação cultual diferenciada.
1.3 Cultura, criação ou apropriação. A partir deste tópico podemos chegar aos con-
ceitos (conteúdos) e Cultura Erudita e Cultura Popular e destes partir para o concei-
to de Indústria que também pode ser trabalhado como cultura de massa.
2. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS.
2.1 O que é trabalho para a Sociologia? – O conceito de trabalho também é diverso,
mas comumente se refere trabalho e condição de sobrevivência do homem agindo
sobre a natureza com a finalidade de suprir as condições materiais para sua existência,
com o trabalho os homens reproduzem a si mesmos e ao reproduzirem a vida,
produzem riqueza.
2.2 Trabalho na Sociedade Capitalista. Na sociedade capitalista a produção da vida
material é baseada na propriedade privada, no trabalho assalariado e numa
determinada divisão social do trabalho, discutiremos neste tópico como os autores
clássicos da sociologia analisam o mundo moderno e a sociedade capitalista.
2.3 Trabalho nas Teorias Clássicas da Sociologia. Como foi dito o inicio deste texto
existem diversos conceitos de Trabalho, na visão de Durkheim, a divisão social do
Trabalho é uma forma de justamente atenuar a concorrência e competição entre os
homens. Para Karl Marx, a sociedade é dividida em classes, Burguesia, detentora dos
meios de produção e o proletariado, que vende a sua mão-de-obra em troca de um
salário. Para Marx, as classes sociais são antagônicas e desiguais lutam
constantemente entre elas, o trabalhador por melhores condições e a burguesia para
aumentar sua riqueza. Para Weber, a noção de classe baseada em indicadores de
status. O acesso a determinados tipos de bens de consumo, aos próprios meios de
produção, aos serviços é o que identificará as diversas classes sociais.
2.4Trabalho em perspectivas contemporâneas ou o Trabalho em época de Globaliza-
ção. Numa perspectiva sociológica, a categoria Trabalho deve também se atentar em
problematizar o lugar da mulher, do negro, do índio, do jovem no atual mercado de tra-
balho, suas dificuldades os dilemas de quem esta muitas vezes à margem do mercado
de trabalho.
3° ANO
1 – PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA.
Conteúdos Específicos:
1.1 O que é Poder? Discutir o conceito de poder, a partir dos referenciais clássicos da
Sociologia. Poder é uma relação assimétrica, hierárquica o seu uso não se faz ou
não se limita ao uso da força estritamente, ele se faz através da linguagem, dos
símbolos e das práticas efetivas. E, portanto, também está permeado pela ideologia.
Através deste pequeno conceito pode-se estudar Max Weber; Karl Marx; Pierre
Bourdieu entre outros.
1.2 O que é ideologia? Discutir o conceito de ideologia a partir dos teóricos da Sociolo-
gia. Ideologia é comumente associada a uma visão de mundo de acordo com um
determinado grupo, classe, formação etc.
1.3 O que é o Estado? Trabalhar o conceito de Estado. Discutir a instituição e as suas
diversas características: controle político e administrativo de um determinado territó-
rio, autoridade amparada num sistema legal e jurídico. Controle e uso do monopólio
legítimo da força. Pretende-se discutir os tipos de Estado existentes. As tarefas que
competem ao Estado. Sua importância para a população em geral etc.
1.4 A Formação do Estado Moderno. Desde que os homens começaram a viver em
grupos e trabalhar coletivamente, várias formas de organização social foram se con-
figurando, sendo que uma das mais recentes e que permanece até hoje em várias
sociedades, chama-se Estado. Mas como ele surgiu? Segundo alguns filósofos, o
Estado é uma necessidade da vida do homem em Sociedade, não existe sociedade
sem a presença do Estado, afirmam que o Estado é condição para a existência de
vida em grupo. Mas quando surge o Estado com características modernas? Iremos
trabalhar neste item com a formação histórica do Estado e os autores (filósofos) que
discutem o tema.
2 – DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS.
Conteúdos Específicos:
2.1 O que é o Direito? Conceito e aplicação. Na análise da questão dos direitos deve-
se considerar se esses foram sendo inscritos nas leis, lentamente ou foram conquis-
tados através de pressão dos que não tinham direitos. São os direitos que definem a
cidadania, mas só existem se forem exercidos no cotidiano das ações das pessoas.
A organização e a luta de grupos sociais estão presentes no âmbito de vários tem-
pos históricos.
2.2 Os tipos de movimentos sociais. Os movimentos sociais são práticas civis de
confronto, que desempenham o papel de criadoras de novas políticas que acabam
influenciando no próprio desenvolvimento da sociedade. O estudo deste conteúdo
possibilitará aos alunos a compreensão da dinâmica que os cerca, como também a
capacidade de inserir-se e participar de movimentos já organizados ou em processo
de organização. Discutiremos e analisaremos o papel dos seguintes movimentos so-
ciais urbanos e rurais: a) Movimentos Estudantis; b) Movimentos Rurais; c) Movi-
mentos Sociais Conservadores; d) Movimentos religiosos; entre outros.
VI - ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
A compreensão de conceitos e práticas no campo do ensino da Sociologia deve
ser encaminhada pela necessidade de entender e explicar a dialética dos fenômenos
sociais do cotidiano de uma perspectiva que não seja a do senso comum, chegando-se
à síntese necessária ao entendimento da sociedade, à luz do conhecimento científico.
Não está inscrita na realidade social sua divisão ou compartimentação em áreas ou
conteúdos disciplinares. No entanto, a dificuldade em compreendê-la em sua
complexidade e totalidade impõe a necessidade em “dividi-la” em partes com objetivos
analíticos e didáticos com a finalidade de tomá-la acessível e compreensível a um
maior número de pessoas. Esta divisão “analítica” do conhecimento sociológico não
pode ser estanque, e muito menos compreendida em si mesma, mas deve ter a
preocupação de estar continuamente em diálogo com a totalidade a qual se refere,
assim como em diálogo com as transformações sociais, culturais, econômicas e
políticas emergentes no mundo contemporâneo.
Assim, é impossível no campo da Sociologia Critica discutir exclusão,
desemprego, violência urbana e no campo, segurança, cidadania, consumo,
individualismo, reforma agrária, educação e saúde precárias, desvinculados de
transnacionalização da economia, sujeição de paises às exigências do capitalismo
multinacional, superdimensionamento do mercado. Estado mínimo privatista,
mercantilização das relações sociais, conflitos étnico-radicais, celebração da cultura de
massas, estilos de vida indivualistas e consumistas. É importante ressaltar que não se
pretende através dos conteúdos estruturantes responder pela totalidade da Sociologia e
nem pelos seus desdobramentos em conteúdos específicos, pois tem-se a clareza da
dimensão e da dinâmica próprias da sociedade e do conhecimento cientifico que
acompanha, as quais, no entanto, não podem ser ignoradas, quando objetiva-se uma
análise atenta e critica das problemáticas sociais.
Os conteúdos estruturantes, e os conteúdos específicos deles desdobrados, não
devem ser pensados e trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem a si
próprios, como também não devem ser pensados e trabalhados de forma seqüencial
como se exigissem obediência incondicional.
No Ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos:
* Leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos, e lógica dos textos
(teóricos, temáticos, literários);
* Análise;
* Discussões;
* Pesquisa de campo e bibliográfica;
* Discussão de filmes;
O importante é levar o aluno a relacionar a teoria com o vivido.
VII - AVALIAÇÃO
Deve ser em conformidade com os processos de ensino-aprendizagem e de
acordo com os encaminhamentos metodológicos. A avaliação deve ser pensada, e
elaborada de forma transparente e coletiva. Seus critérios devem ser debatidos,
criticados e acompanhados por todos:
* Apreensão de alguns conceitos básicos da ciência articulados a pratica social;
* A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;
• A clareza e coerência na exposição das idéias sejam em textos escritos ou
orais. Pode-se também avaliar as mudanças na forma de olhar para os problemas
sociais, as iniciativas e a autonomia em tomar atitudes diferenciadas e criativas. Por
fim, não só os alunos, mas também professores e a instituição escolar devem
constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e
principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
•
VIII – REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
Documento existente.
DIRETRIZES CURRICULARES da Educação Básica. Sociologia. Secretaria da
Educação do PARANÁ. 2008.
12.11 FILOSOFIA
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A presença da Filosofia no Currículo do Ensino Médio justifica-se pelo seu
valor, historicamente consagrado, de formação, acerca dos possíveis sentidos dos
valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, que permanecem válidos e
insubstituíveis.
A importância histórica do ensino de filosofia se deve ao fato que é
indispensável para que os alunos desenvolvam a “arte de interrogar, questionar e
provocar a reflexão.” 4 Argumentação que já acontecia desde a Idade Antiga com
Sócrates e Platão, por exemplo. Com isso o homem sai do comodismo e passa por um
processo de mudança cultural, ou seja, começa a se questionar acerca de tudo o que é
exposta ou imposta a ele.
O ensino de filosofia no Brasil começou com os jesuítas e tinha como objetivo
obter um entendimento melhor dos textos bíblicos. Porém, anos mais tarde com a
ênfase nas escolas técnicas e com a ditadura militar a filosofia saiu dos currículos
escolares, pois não atendia aos interesses econômicos e técnicos desse período. Então
o ensino de filosofia não era visto como importante para a formação educacional do
cidadão
Atualmente a visão sobre a disciplina de Filosofia mudou: passou a ser uma rica
contribuição no Ensino Médio, através do trabalho com os conteúdos estruturantes de
extrema importância para a formação do ser crítico abordando valores éticos, políticos e
sociais, girando sempre em torno de problemas que por sua vez irão girar inúmeras
discussões em sala. Tendo como base inúmeras referências de grandes filósofos,
consegue-se uma formação pluridimensional e democrática com condições de uma
total interdisciplinaridade, buscando sempre novos conceitos, articulando a totalidade
espaço-temporal e sócio-histórico.
.
4 HORN, Geraldo Balduino (org). Discutindo textos filosóficos. Curitiba: Chain, 2008. p. 8.
II – OBJEIVOS GERAIS
Desenvolver procedimentos próprios do pensamento filosófico, como métodos e
técnicas de leitura , análise, argumentação, interpretação e reflexão.
III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer vários pensamentos e ideais filosóficos que serviram de base conceitual
para discutir o mundo atual.
• Desenvolver a formação pluridimensional e democrática plena, oferecendo a
capacidade de compreensão da complexidade do mundo contemporâneo.
• Propiciar o espaço de experiência filosófico, espaço de criação e provocação do
pensamento original, da busca, da imaginação, da investigação e da criação de
conceitos.
• Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos da Filosofia;
• Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do
pensamento;
• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico, bem como métodos e
técnicas de leitura e análise de textos;
• Produzir textos analíticos e reflexivos;
• Adquirir e reutilizar conhecimentos, conceitos e procedimentos;
• Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científico-
tecnológicos, éticos-políticos, sócio-culturais e vivenciais;
• Entender a reflexão crítica como processo sistemático e interpretativo do
pensamento;
• Desenvolver discussão oral de modo sistemático;
• Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científico-
tecnológicos, éticos-políticos, sócio-culturais e vivenciais;
• Problematizar situações discursivas;
• Argumentar filosoficamente;
• Formular raciocínio lógico, coerente e crítico;
• Desmistificar a realidade;
• Perceber o que está por trás das ideologias e posicionar-se;
• Fazer um elo entre a teoria e a prática, o abstrato e o empírico;
• Desenvolver sua estrutura cognitiva exercitando a criticidade para empregá-la
coletivamente de forma consciente e criativa;
• Reconhecer-se sujeito ético, autônomo, superando as dificuldades para encontrar o
equilíbrio da existência enquanto ser humano – subjetividade;
• Compreender as diversas culturas e sua linguagem, valorizando-as, sem apontar
uma hierarquia de valores, considerando-as dentro do próprio contexto.
IV – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
* Mito e Filosofia
1° ANO
Mito
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
Saber mítico Origem
Relação Mito e Filosofia Superação do mito Filósofos pré-socráticos:
- Tales de Mileto- Anaximandro de Mileto- Anaxímenes de Mileto- Pitágoras de Samos- Heráclito de Éfeso- Zenão de Eléia- Parmênides de Eléia- Anaxágoras de Clazômena- Demócrito de Abdera- Filolau de Crotona
Atualidade do Mito Concepção e Mitos contemporâneos
Filosofia
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
Saber filosófico Origem, linha do tempo
O que é Filosofia Conceituação Importância, Aplicabilidade Primeiros filósofos:
- Sócrates (470-399 a.C.) – maiêutica - Platão (427-347/8 a.C.) - Mito ou Alegoria da
Caverna - Aristóteles (384-322 a.C.) – lógica - Senso comum e Conhecimento filosófico
Conteúdo Estruturante : Teoria do Conhecimento
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
Possibilidade do conhecimento - conceituação, características,
As formas de conhecimento -Empirismo – John Locke (1632-1704), - David Hume (1711-1776)
- Racionalismo – Immanuel Kant (1724-1804) -Método Cartesiano – René Descartes (1596-1650)
- Ceticismo - Dogmatismo e Niilismo
O problema da verdade - Conceito e concepções na Hist. Fil.
A questão do método - Diferenças de concepção filosófica
Conhecimento e Lógica - Lógica dialética (Platão) - Lógica Matemática (Aristóteles)
2° ANO
Conteúdo Estruturante: Ética
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
Ética e Moral - Conceitos e diferenças
Pluralidade ética - Aristóteles, Sto Agostinho, Kant, Sartre
Ética e Violência
Razão, desejo e vontade
Liberdade: autonomia dosujeito e a necessidade das normas - Baruch Espinosa (1632-1677),
Friedrich Nietzsche (1844-1900),
Jean Paul Sartre (1905-1980).
Conteúdo Estruturante: Filosofia políticaConteúdos Básicos Conteúdo Específico
Relações entre comunidade e poder
Liberdade e igualdade política
Política e Ideologia
Esfera Pública e Privada
Cidadania Formal e Participativa - Democracia – Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Poder – Nicolau Maquiavel (1469-1527) - Liberalismo – John Locke (1632-1704)
- Absolutismo – Thomas Hobbes (1588-1679)
3° ANO
Conteúdo Estruturante: Estética
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
- Natureza da Arte
- Filosofia e Arte - Belo: Immanuel Kant (1724-1804),
- Arte: Walter Benjamin (1892-1940),
- Alexander Baugarten (1714-1762)
- Obra: Estética (1750).
- Categorias estéticas:
Feio, belo, sublime, trágico,
Cômico, grotesco, gosto, etc.
- Estética e Sociedade - Arte: erudita, massa, popular
Conteúdo Estruturante: Filosofia da Ciência
Conteúdos Básicos Conteúdo Específico
Concepção de Ciência - Introdução
- Senso comum e Conhecimento
científico
A questão do Método Científico - Ciência X Cientificismo
Contribuições e Limites da Ciência - Dogmatismo científico e fundamentos
ideológicos da ciência
- Bioética
Ciência e Ideologia
Ciência e Ética - René Descartes (1596-1650),
Karl Popper (1902-1994),
Thomas Kuhn (1922 ...).
V - METODOLOGIA
Para trabalhar o ensino de filosofia se faz necessário seguir quatro momentos. O
primeiro a sensibilização, é quando o conteúdo filosófico a ser trabalhado é relacionado
com uma música, texto de jornal, ou seja, algo que relacione o conteúdo com a
atualidade. Depois dessa primeira abordagem, iniciasse o processo de
problematização, investigação e criação de conceitos. No final desse processo o aluno
poderá elaborar uma dissertação onde seja apresentado as idéias envolvidos com os
conceitos formulados.
Os recursos didáticos a serem utilizados variam desde o texto de um jornal,
revista, a charges, músicas, teatros que podem ser vinculados junto ao conteúdo
trabalhado. E também o uso de computadores para pesquisas e a TV multimídia.
Portanto a base do ensino de filosofia é manter uma ação consciente e reflexiva
fazendo com que os alunos em questão com base em definições e textos filosóficos,
possam realmente pensar, analisar e discutir sobre os problemas, com reais
significados históricos e sociais. Construir constantemente espaços de problematização
compartilhados com os próprios alunos, organizando debates, sugerindo pesquisas,
direcionando à criações de conceitos e definições de idéias. A Filosofia deve possibilitar
ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento, que pode ter como direção
alguns momentos como a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação
de conceitos. Neste processo e com uma boa base literária, será fácil perceber os
problemas realmente significativos para os alunos e respectivamente para as aulas em
si.
Podem ser utilizados como encaminhamento metodológico os seguintes recursos
didáticos e tecnológicos:
• Leituras;
• Elaboração de textos;
• Cartazes;
• Transparências;
• Debates;
• Histórias em quadrinhos;
• Recortes de propaganda;
• Charges;
• Vídeos/outros recursos fornecidos pela mídia;
• Seminários;
• Músicas/paródias.
VI - AVALIAÇÃO
Deve ter função extremamente diagnóstica, ou seja, não precisa apenas perceber
se o estudante assimilou o conteúdo estudado, mas sim, avaliá-lo em todo o percorrer
do processo de ensino aprendizagem, tendo respeito pelas posições do estudante, sua
formação de conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os
princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
Os recursos para avaliar os discentes serão através de música, de textos, do livro,
dos conteúdos trabalhados, de charges, de imagens, de filmes e outros.
Com relação ao primeiro recurso serão utilizados os seguintes critérios: Música
e sua interpretação relacionando com o conteúdo trabalho, e uma possível parodia.
Com os textos fazer resenhas, pois assim o aluno além de assimilar o conteúdo irá
exercitar sua postura crítica com relação ao tema trabalhado. Já com as charges o
aluno pode interpretá-las e assim desvendar a mensagem que a charge passa nas
entrelinhas, e também a elaboração por parte dele de uma charge que envolva o
conteúdo estudado. Outro critério para avaliação, são os seminários, debates,
elaboração de cartazes, organogramas e murais, os quais além de serem avaliados são
muito importantes para a socialização e conhecimento mútuo, troca de experiência
entre os educandos.
VII – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia. Ed. Moderna, 2001.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SP: Ática, 2005.
CHAUI, Marilena. Filosofia. SP: Ática, 2000.
HORN, Geraldo Balduino (org). Discutindo textos filosóficos. Curitiba: Chain, 2008. p. 8.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba,
Editora Memvavmem, 2008.
PORTA, Mário Ariel González. Filosofia a partir de seus problemas. Edições Loyola,
2002.
VAZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Civilização Brasileira, 2005.
BRASIL. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do Estado do
Paraná. Mendes, Ademir A Pinheli; Kestring, Bernardo; Marçal, Jairo. Curitiba, 2006.
13 - DISCIPLINAS DA PARTE DIVERSIFICADA DO ENSINO MÉDIO
13.1 –LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Língua Inglesa é a expressão natural de uma cultura. Compreendê-la significa
também compreender os valores daquela cultura, analisá-la significa ampliar a
compreensão crítica dos próprios valores nacionais. Por isso, privar o cidadão do
aprendizado de outras línguas é negar-lhe o mais poderoso subsídio de acesso a
outras culturas e restringi-lo à universidade limitada de seu próprio mundo. Incentivá-lo
a esse aprendizado é subsidiá-lo na compreensão do homem, enquanto ser histórico,
criador de si mesmo.
“A educação nesta perspectiva, teria o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar as regras do jogo não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Esse é o sentido da pedagogia da possibilidade, ou seja, o ensino/aprendizagem de maneira de falar, escrever, visualizar, agir e incorporar que, como resultado de determinadas constelações de capacidade formas, são materialmente possíveis e recebem encorajamento coercivo em conseqüência de não serem marcadas nem como desviantes, nem como patológicas, nem como inadequadas, inaceitáveis ou anormais”. (Simon, 1992)
II - OBJETIVOS GERAIS:
* Proporcionar uma experiência de comunicação, usando a Língua Estrangeira
como maneira de expressão e de visão do mundo em sua dimensão global,
exercendo seu papel de cidadão;
* Reconhecer que o aprendizado de uma Língua Estrangeira permite o acesso a
bens culturais da humanidade e ao processo de globalização;
* Construir conhecimento sistêmicos da Língua Estrangeira, observando as
situações de comunicação oral e escrita, tendo como parâmetro o sistema
lingüístico da Língua Materna.
* Desenvolver consciência crítica, quanto aos benefícios e maléficos, da influência
cultural na adoção de uma Língua Estrangeira;
* Reconhecer o valor do conhecimento da Língua Estrangeira, como fonte de
informação e prazer, assim como, de ferramenta de acesso ao mundo do trabalho e
estudos.
* Visando à compreensão e à expressão da língua em situações retiradas do
cotidiano e voltadas para o futuro mercado profissional, no qual o educando estará
inserido.
* Oferecer os conhecimentos necessários para os educando, no que se refere à
cultura de matriz afro-brasileira.
III - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante, discurso como pratica social, tratara a língua de
forma dinâmica, por meio da leitura, da oralidade e da escrita.
IV - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º ANO
1º SEMESTRE
- Simple Present – Affirmative, Negative and Interrogative foms
- Personal Pronouns
- Improve your Knowledge
- Arcles/ Demonstratives
- Indefinite Pronouns
- Vocabulary: food
- Countable and Uncountable Nouns
- Plural of Nouns
2º SEMESTRE
- Relative Pronous
- Verb There to be - Present and Past
- Object pronouns
- Modal Verbs
- Prepositions
- Future Tense: WILL – GOING TO
2º ANO
1º SEMESTRE
- Comparative and Superlative
- Adjectives
- Vocabulary: WEIHTS AND MEASURES
- Reflexive Pronouns
- Genitive Case
- Men’s Clothes
- Women’s clothes
- Possesseve Pronouns
- Adjetive pronouns
2º SEMESTRE
- Passive voice
- Verb to be – Present, past and futuro
- Vocabulary : PARTS OF THE BODY
- Imperative
- Road Signs
- Directions
- Prepositions
- Questions tags – AFFIRMATIVE AND NEGATIVE
3º ANO
1º BIMESTRE
- Present Perfct X Simple past
- Verbs: Regular and Irregular – Past Participle
- Verb To Have – Present
- Past Perfect
- Review to Have – Past
- Professions and Professionals
2º BIMESTRE
- Reported Speech
- Verbs To say and Tell
- Kinds of movies
- Gerund and Infinitive
- Conditional Tense
- Conditional sentences – if clauses
V – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A concepção que norteia o ensino de Língua Inglesa nas escolas da Rede
Pública Estadual. A partir do conteúdo estruturastes Discurso como práticas social,
serão abordadas questão lingüística, sociopragmáticas, culturais e discursivas, assim
como as práticas do uso da língua: leitura, escrita e oralidade.
A gramática deve ser trabalhada no prisma da lingüística do texto, servindo de
instrumento, ou seja, a nova gramática não é apenas uma nova maneira de arrumar e
ordenar as palavras e as novas pronúncias, não são somente as distintas maneiras de
articular sons, mas representam um universo sócio-histórico e ideologicamente
marcado.
As aulas serão ministradas de forma criativa, baseada em aulas expositivas;
pesquisa realizada em sala de aula com orientação do professor. Uso de diferentes
recursos disponíveis, com o vídeo/DVD, CD, e outros elementos motivadores e
envolventes.
Atividades lúdicas (músicas cantadas pelos alunos jogos, palavras cruzadas,
caça-palavras etc.) que contribuam para o processo do ensino e da aprendizagem.
Ressalta-se a importância do Livro Didático Público e de outros autores sendo:
Wilson Liberto: Compact. Victor Segundo Mandelli: Inglês No Vestibular. Amadeus
Marques: Série Novo Ensino Médio.
VI - AVALIAÇÃO
Na avaliação, com professor, criaremos situações em que o aluno demonstre e
expresse sua aprendizagem. Por este motivo devemos avaliar continuamente,
auxiliando o aluno no processo de ensino aprendizagem.
De acordo com Luckesi: “A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o
seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”. A condição necessária para que isso aconteça é da que
a avaliação deixe de ser utilizada como recurso de autoridade, que decida sobre os
destinos do educando e assuma o papel de auxiliar o crescimento.
A avaliação é valida quanto nós professores, acompanhamos o crescimento de
nossos alunos, verificando o processo e não o produto. A função da avaliação é
diagnóstica, sendo rigorosa a observância dos critérios pré-estabelecidos por nós
mesmos. Sendo dinâmica, cabem a nos registrar as observações, em relação ao
processo de ensino e aprendizagem evitando: generalidade de encaminhamentos
orientações, distancia do desenvolvimento do aluno, necessidade de provas bimestrais,
desconhecimento da dinâmica do processo da aprendizagem da turma. Com atividades
racionalmente da dinâmica do processo da aprendizagem da turma. Com atividades
racionalmente definidas, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da
competência de todos a fim de desenvolver a participação democrática da vida social.
A avaliação aqui será contínua e acumulativa, onde serão analisadas as
progressões do aluno na expressão oral e escrita; através de leituras; interpretações e
trabalhos de diversos tipos de textos. Músicas; resolução de exercícios escritos e orais
pesquisas em equipes; produção de textos participação direcionada e verificada nas
atividades em sala de aula, tendo sempre como foco, os conteúdos estruturantes de
Língua Inglesa.
As avaliações serão feitas no decorrer do semestre, através do acompanhamento
do desempenho do aluno nas diferentes situações da aprendizagem, sendo exigido no
mínimo 4 ( quatro ) avaliações com as respectivas recuperação de forma bimestral,
onde será feita a somatória bimestral permanecendo a nota maior. A soma dos dois
resultados bimestrais que dará a média semestral; sendo está dividido por dois.
VII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ . História. Seed: Curitiba, 2006.
MARQUES, Amadeu: Série Novo Ensino Médio.
PASQUALIM, Ernesto.
MANDELLI, Victor Segundo: Inglês No Vestibular.
LIBERATO, Wilson: Compact.
Oxford Advanced Learner’s dictionary.
SOARS, Liz & John: American Headway.
13.2 –LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL
I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do
ensino de LE no Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela seletividade,
tendências e interesses. Então, diante da realidade brasileira, o acesso a uma língua
estrangeira consolidou-se historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o
interesse da escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o
ensino de LE possa ter um papel democratizante das oportunidades e um instrumento
de educação que auxilie ao aluno como sujeito e construa seu processo de
aprendizagem. Ao contrário de épocas passadas, o ensino de LE se alicerça em dar
suporte ao educando sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira
Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer
por meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM
direcionado à construção do conhecimento e à formação cidadã e, que a língua
aprendida seja caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades
lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de construir sentidos no
mundo. Então, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática
social e, portanto, instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o aluno
passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o
seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de estabelecer
vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir outra
cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação. O caráter prático do
ensino de LE permite a produção de informação e o acesso a ela, o fazer e o buscar
autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e diferentes. Possibilita análise
de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo,
construir significados para entender e estabelecer uma nova realidade e compreender
as diversidades linguísticas e culturais que influenciarão de forma positiva no
aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua e faça uso deste
aprendizado.
Propõe-se que a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o
aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se
engaje discursivamente e perceba possibilidade de construção de significados em
relação ao mundo que vive. Toda língua é uma construção histórica e cultural em
constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a
uma visão sistêmica e estrutural do código lingüístico: é heterogênea, ideológica e
opaca. Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, a língua
organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece
entendimentos possíveis.
A aprendizagem de língua estrangeira contribui para o processo educacional
como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades
lingüísticas. Ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas,
contribui para desenvolver a percepção da própria cultura por meio da compreensão de
culturas estrangeiras
Devido a Lei nº 11.161 (05/08/2005), que torna a obrigatoriedade da Língua
Espanhola no Ensino Médio esta tem por objetivos sinalizar rumos para este ensino,
pois agora o espanhol está presente como disciplina obrigatória nas Escolas, é fato,
portanto, que sobre tal decisão pesa certo desejo brasileiro de estabelecer uma nova
relação com os países de Língua Espanhola, em especial com aqueles que firmaram o
Tratado do Mercosul.
Esse não é, no entanto, o único motivo para que se ofereça um ensino de
espanhol de qualidade, nem o mercado deve ser o objetivo fundamental para o ensino
dessa língua.
Como apontam Celada & Rodrigues
“El reordenamiento geográfico y político que implica la formación de mercados comunes – en nuestro caso del Tratado del Mercosur, que continúa lentamente en curso – ha tenido un fuerte impacto sobre la identidad y funcionamiento de los estados nacionales. Y, como es de amplio conocimiento entre los ciudadanos de la Unión Europea (testigos del diseño de políticas lingüísticas sin procedentes en los nuevos marcos de integración), tal proceso de globalización también tiene un impacto sobre las cuestiones relacionadas con las lenguas.” (CELADA & RODRIGUES, 2005).
Essa relação foi marcada também ao longo de algumas décadas, por uma
hegemonia do espanhol peninsular, que se impôs, por várias razões, tanto os
professores hispanofalantes e latino-americanos quantos os professores e estudantes
brasileiros, lavando a consolidação de preconceitos, à camuflagem das diferenças
locais e ao apagamento faz diferenças culturais e manifestações linguísticas que
configuram a diversidade identitária do universo hispanofalante. (CAMARGO, 2004:
143-144).
A “língua fácil”, “língua que não se precisa estudar” (falas que circulam no senso
comum), ganha um novo lugar e um novo estatuto a partir da assinatura do Tratado do
Mercosul, passa a ocupar novos e mais amplos espaços, torna-se objeto de atenções
preocupações e projeções quanto ao seu alcance, seu êxito e às suas consequências,
por parte de vários segmentos da sociedade, seja no âmbito dos negócios, no âmbito
educativo, acadêmico, político, e no discurso da imprensa, que ora se mostra favorável,
ora contrária, ora reticente,mas raramente indiferente a essa nova situação.
II – CONTEÚDOS
Os conteúdos serão ministrados de acordo com a realidade de cada comunidade
escolar, como a maioria dos alunos não possui um conhecimento prévio da Língua
espanhola, as aulas terão início do básico, até partir para um nível mais avançado, pois
os alunos que iniciarão no segundo ano terão mais tempo para aprofundar os seus
conhecimentos.
Os conteúdos propostos para o 3° ano do Ensino Médio terá uma abordagem
direcionada para Exame Nacional do Ensino Médio ENEM e também para o Vestibular.
III - CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS: Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
IV - CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO:
Permeando o gênero esferas temáticas gramaticais e recursos lingüísticos.
Saludos y despedidas Diálogos los nuevos
amigos presentaciones
Gramática: Pronombres
personales, verbos no
presente de indicativo
Fonética: alfabeto y
vocalesVocabulario Objetos de
clase
Los días de la semana Gramática: Los artículos,
contracciones.
Ortografía: el uso de la B
El cuerpo humano Expresiones populares
Gramática: Los adjetivos
calificativos, verbos
irregulares.
Ortografía: el uso de d al
final de palabras
Texto poéticoFamilia
Vocabulario: grados de
parentesco
Los meses del año
Estaciones de año
Nociones de tiempo
Zodiaco
Animales
Objetos del supermercado
Frutas y verduras
Gramática: Los adjetivos
posesivos, verbos
regulares.
Ortografía:
El uso de la C
Vocabulario: el
vestuario
Tipos de ropas
Los colores
Aspectos Culturales de
los países que hablán
Espanõl
Gramática: Los numerales
cardinales.
Conociendo las horas
El uso de muy y mucho
Expresiones adverbiales
de tiempo.
Ortografía: El uso de H
El uso de E-Y
Origen del idioma
Español o Castellano
Tipos de comidas de
España
Otras lenguas que se
hablan en España y
dialectos.
Datos especiáis
Artículos Determinantes y
Indeterminados
El uso de diccionario
Pesquisa en el ordenador
Lecturas y
interpretaciones de
texto, sobre vestibulares
Textos culturales sobre
México y otros países
hispanos
Verificar elementos
gramaticales en el texto
Profesionales Describir profesionales
ESFERAS TEMÁTICAS GENERO RESURSOS LINGUÍSTICOS
E GRAMATICAISCOTIDIANA Família, causos, piadas,
músicas, receitas entre
outros....
IDENTIFICAR: verbos
pronombres y artículos
LITERARIA Contos, fábulas, letras de Completar música com
músicas, histórias em
quadrinhos
elementos gramaticais,
identificar personagensESCOLAR Pesquisas, mapas,
resenhas, resumos e textos
de opinião
Identificar cidades, construir
resumos empregando
recursos gramaticaisIMPRENSA Charge, fotos, reportagens,
sinopses de filmes, editorial.
Observar a intenção do texto
e observar estruturas
gramaticaisPUBLICITÁRIA Anúncios, fotos, músicas,
placas e paródia.
Identificar elementos
gramaticais nos textosPRODUÇÃO E
CONSUMO
Bulas, textos
argumentativos, textos de
opinião, relatos de
experiências
Identificar elementos
gramaticais nos textos
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
Aceitabilidade do texto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto,pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbo/nominal.
ORALIDADE:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
LEITURA
Conteúdo temático;
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Polissemia;
Léxico;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
Recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Semântica:
• Operadores argumentativos;
• Ambiguidade;
• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
• Expressões que denotam ironia e humor no texto;
V – METODOLOGIA
Nortear o ensino de línguas estrangeiras, nesse caso o Espanhol, no ensino
médio, dar-lhe um sentido que supere o seu caráter puramente veicular, dar-lhe um
peso no processo educativo global desses estudantes, expondo-os à alteridade, à
diversidade, à heterogeneidade, caminho fértil para a construção de sua identidade.
O ensino de língua estrangeira no espaço da escola regular reiterou que não
pode nem ser nem ter um fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras
disciplinas, encontrar independências, convergências de modo que a se restabeleçam
as ligações de nossa realidade complexa que os olhares simplificadores tentaram
desfazer; precisa enfim, ocupa um papel diferenciado na construção coletiva do
conhecimento e na formação do cidadão.
Cabe reiterar um dos princípios registrados na carta de Pelotas (2000),
documento síntese do II Encontro Nacional sobre as Políticas do Ensino de Línguas
Estrangeiras, segundo o qual diz: “a aprendizagem de línguas não visa apenas os
objetivos instrumentais, mas faz parte da formação integral do aluno”, deve-se reiterar
ao que já está presente na proposta curricular para o ensino médio, ou seja, que é
fundamental trabalhar as linguagens não apenas como conhecimento de valores. Estão
aí incorporadas as quatro premissas apontadas pela UNESCO como eixos estruturais
da educação na sociedade contemporânea: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a viver e aprender a ser.
Afirma Burgel (2000) “Seguir adelante con una visión de la enseñanza del
español como una empresa libre de influencias culturales y políticas puede tener graves
consecuencias”. E Conclui: “Para asegurar el éxito de las clases de ELE en el caso de
Brasil, estas cuestiones deberían repensarse”.
Como proceder, então, para enfrentar a questão crucial das variedades do
Espanhol de modo a contemplá-las de formas adequadas ao ensino dessa língua para
estrangeiros e, mas precisamente, no Brasil? A própria autora nos dar a resposta:
Evidentemente, esta propuesta de pensar el español y su enseñanza a partir de un modelo pluricéntrico obliga a repensar también la cuestión de los materiales didácticos y la dinámica actual de la disciplina, que hoy parece moverse en una sola dirección – desde el “centro” peninsular hacia la “periferia” mundial. Probablemente, optar por un ejercicio más realista. En términos sociolingüísticos, sea menos difícil de lo que parece y sin duda será mucho más enriquecedor porque nos permitirá poner en práctica, cabalmente, todas las posibilidades de nuestra lengua. (BUGEL 2000).
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento
do papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso à
informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados.
Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da
compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva
discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em
conta o seu conhecimento prévio.
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as
diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As
estratégias metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma
cultura melhor que a outra, mas sim diferentes. A exploração de vários recursos como
aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em grupos, produção escrita e produção oral
de forma interativa em busca de melhores resultados na aprendizagem. Para isso,
materiais como livro didático, dicionário, livro paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM,
internet, TV multimídia serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a
língua e a cultura. Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-
brasileira e Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da
sociedade brasileira e latino-americana e, que no continente africano há um país que
fala o espanhol como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão
abordados para que os alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras
sociedades tratam tais assuntos.
VI – AVALIAÇÃO
Conforme analisa Luckesi (1995, p. 166)
A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado,
assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A
condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada
como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma
o papel de auxiliar o crescimento.
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem
sucedida. Depreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua
Estrangeira precisa superar a concepção do mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, visto que ela se configura como processual e, como tal,
objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a
partir de suas produções, no processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, o
envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado nas práticas discursivas
será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo de
aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somativa e cumulativa. A
avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo medida de observação
no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e consideradas como
subsídios.
É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente pedagógico,
observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de
aula se faz pela interação verba, a partir da escolha de textos consistentes, e de
diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos da turma; na interação
do material didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira; no
próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o
desenvolvimento de idéias (Vygotsky, 1989).
De acordo com Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com
critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autônomo no processo
ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos,
solidários e autônomos.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os
objetivos propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político-Pedagógico
da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais e
em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de
articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado
satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados
da avaliação será feita conforme o previsto no Regimento Escolar deste
estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
VII - REFERÊNCIAS:
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Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília –
DF, 2004.
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14 - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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