Projecto Educativo a partir da Creche
A Prática Pedagógica na CRECHE (Zero a Três anos)
1Maria das Dores Oliveira
UDIPSS de Santarém6 de Março de 2009
2Maria das Dores Oliveira
A Creche constitui uma das primeiras experiências da criança num
sistema organizado, exterior ao seu círculo familiar, onde irá ser
integrada e no qual se pretende que venha a desenvolver
determinadas competências e capacidades.
Ao instituir-se legalmente a assistência social à criança como direito
de cidadania, a Constituição Portuguesa reconhece o status de
política social, colocando na agenda pública a necessidade de
definição de directrizes, normas, regras e princípios que devem
estruturar a sua implementação.
CRECHE, HOJE
Manual de Processos - Chave CRECHE
3Maria das Dores Oliveira
Sabemos que as experiências das crianças nos seus primeiros anos de vida
estão muito relacionadas com a qualidade dos cuidados que recebem. Também
sabemos que estas experiências podem ter um verdadeiro impacto no seu
desenvolvimento futuro. Os cuidados adequados durante a primeira infância
trazem benefícios para a toda a vida. A infância é a etapa fundamental da vida
das crianças sendo os primeiros 36 meses de vida particularmente importantes
para o seu desenvolvimento físico, afectivo e intelectual.
Desta forma, importa que este novo contexto de desenvolvimento se
caracterize por um ambiente acolhedor e dinamizador de
aprendizagens, onde a criança se possa desenvolver de forma global,
adequada e harmoniosa.
CRECHE, HOJE
4Maria das Dores Oliveira
Para que este desenvolvimento ocorra, é ainda importante que
estas crianças se encontrem num local onde possam ser
amadas e sentir-se seguras. É igualmente importante que
tenham oportunidades para brincar, desenvolver-se e aprender
num ambiente seguro e protector. Só desta forma é que lhes
será possível desenvolver a sua auto-estima, autoconfiança e
capacidade de se tornar independente face aos desafios futuros
com que irá sendo confrontada ao longo do seu
desenvolvimento.
CRECHE, HOJE
5Maria das Dores Oliveira
Educar em CrecheO entendimento de que o principal objectivo da creche é a
guarda da criança assegurando a sua saúde e alimentação
está sendo complementado por uma ênfase na educação,
legitimando e obrigando à presença de educadores nas
creches;
O conceito de educare que hoje abunda na literatura para
a EI traduz a ideia de que qualquer serviço para uma
criança pequena incide sobre questões de cuidados (care)
e de educação (edu).
PORQUÊ IR PARA A CRECHE
PARA A CRIANÇA, IR PARA A CRECHE É A
OPORTUNIDADE DE VIVER COM UM GRUPO DE
IGUAIS, DE BRINCAR, DE CONVERSAR NUM
AMBIENTE SOCIAL DE ACEITAÇÃO, DE
CONFIANÇA. DE CONTACTO CORPORAL. É
TAMBÉM A POSSIBILIDADE DE ADQUIRIR NOVAS
E POSITIVAS EXPERIÊNCIAS: COGNITIVAS,
AFECTIVAS, SOCIAIS E EMOCIONAIS6Maria das Dores Oliveira
PORQUÊ IR PARA A CRECHE
PODE-SE AFIRMAR QUE A EXPERIÊNCIA MAIS
INTERESSANTE DA VIDA DOS SERES HUMANOS É A
POSSIBILIDADE DO CONVÍVIO, DO AMOR, DA AMIZADE,
ENFIM, DA BUSCA DA VIDA EM COMUNIDADE
7Maria das Dores Oliveira
PORQUÊ IR PARA A CRECHE
PARA OS PAIS É UM MOMENTO DE PODER REALIZAR,
COM TRANQUILIDADE, OUTRAS ACTIVIDADES,
COMPARTILHAR O CUIDADO DAS CRIANÇAS QUE JÁ
NÃO É UMA PRÁTICA PRIVADA, TER PARES PARA
CONVERSAR SOBRE AS SUAS DÚVIDAS, SUAS
CERTEZAS, SEUS ENCANTOS E DESENCANTOS
8Maria das Dores Oliveira
PEDAGOGIA PARA A INFÂNCIA
EDUCAR É POSSIBILITAR À CRIANÇA O SEU
CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DAS
SUAS POTENCIALIDADES E NÃO ADESTRAR A
CRIANÇA EM COSTUMES E CONHECIMENTOS
9Maria das Dores Oliveira
10Maria das Dores Oliveira
Pensar educacionalmente implica pensar em finalidades educativas,…
…princípios ou valores educativos, processos de
aprendizagem e práticas que formam a base de tudo o
que sucede num determinado contexto educativo.
No fundo, implica pensar no CURRÍCULO
Gabriela Portugal
11Maria das Dores Oliveira
Gabriela Portugal
Falar de currículo é falar de...
…princípios essenciais, valores, finalidades,
processos e práticas que formam a base de tudo
o que sucede num determinado contexto
educativo.
12Maria das Dores Oliveira
Gabriela Portugal
Um currículo para a creche…Na creche existe um currículo. Não envolve “matérias” ou conceitos, mas tem a ver com o brincar e as várias experiências de aprendizagem em oferta, experiências que amplificam, desafiam e são relevantes para as crianças muito pequenas.
Um currículo para crianças com menos de 3 anos abarca uma vasta gama de opções de aprendizagem, experimentação e oportunidades ilimitadas de exploração.
Tem de assegurar uma transição suave entre a casa e a creche, incorporar experiências familiares, uma atitude sensível e calorosa por parte dos adultos.
13Maria das Dores Oliveira
OPERACIONALIZAÇÃO
Projecto Educativo da Instituição e Regulamento Interno
Projecto curricular de grupo
Projecto Pedagógico da Creche
Projecto Pedagógico do Jardim de Infância
14Maria das Dores Oliveira
O projecto educativo é um elemento caracterizador de uma escola associado a um plano especificado de acção educativa e com elementos de realização (viáveis, pertinentes e adequados).
Este deve ser baseado na realidade mas contendo o conjunto de aspirações que possibilitam a realização dos “ideais”.
A Instituição tem um conjunto de elementos identificadores: história; aspecto físico; inserção social, cultural e temporal; um conjunto de órgãos interactivos que lhe permite realizar todas as suas funções, objectivos a atingir, modos de relacionamento com os elementos institucionais e humanos; e, um projecto de vida, com princípios e valores – Projecto Educativo.
15Maria das Dores Oliveira
Como? Projecto Curricular Grupo/Creche
1. A elaboração do Projecto para cada grupo de crianças deve ser adequado em
termos linguísticos, sociais e culturais, procurando reconhecer as crianças como
seres únicos e individuais.
2. Ao estruturar e planificar o conjunto de actividades a realizar para cada
grupo de crianças pertencentes a uma sala, deve ter em atenção os princípios
mencionados no Manual de Processos - Chave
3. A elaboração do Projecto Pedagógico é realizada pelo educador de infância
responsável pela sala, em articulação com: Ajudante de Acção Educativa,
Família e outros colaboradores
16Maria das Dores Oliveira
Como? Projecto Curricular Grupo/Creche
4. O Projecto é elaborado com base nos seguintes elementos:
• Os objectivos estabelecidos no Projecto Educativo do
estabelecimento;
• As necessidades das crianças e expectativas das famílias
• As prioridades de intervenção individuais estabelecidas no Plano de
Desenvolvimento Individual de cada criança;
• Os recursos disponíveis e/ou a adquirir;
17Maria das Dores Oliveira
Estrutura Projecto Curricular Grupo/Creche
• Contextualização;• Período a que se reporta;• Caracterização do grupo de crianças a que se destina;• Constituição da equipa;• Definição dos objectivos operacionais;• Conjunto de estratégias e métodos para operacionalização desses objectivos;• Plano de actividades Sócio-pedagógicas;• Plano de Formação/Informação;• Recursos a afectar à implementação (humanos, físicos e financeiros e da comunidade)• Calendarização, horários e complementaridades com outros serviços e actividades quer doestabelecimento quer da comunidade/parceiros;• Metodologia de divulgação do projecto pedagógico
18Maria das Dores Oliveira
Estrutura Projecto Curricular Grupo/Creche
Plano de Actividades Sócio-pedagógicas
consiste no conjunto de actividades, estruturadas e
espontâneas, adequadas a um determinado conjunto de
crianças e nas quais se encontram subjacentes intenções
educativas promotoras do desenvolvimento global de cada
criança (físico, social, emocional, linguístico e cognitivo).
19Maria das Dores Oliveira
Estrutura Projecto Curricular Grupo/Creche
Plano de Actividades Sócio-pedagógicas
Independentemente do currículo pedagógico adoptado pelo estabelecimento e de acordo com o grupo etário e respectivas competências das crianças a que se destina, a elaboração do Plano de Actividades Sócio-pedagógicas tem em consideração as diferentes áreas pertinentes ao desenvolvimento global das crianças, designadamente:• Desenvolvimento motor (desenvolvimento da motricidade fina e grossa);• Desenvolvimento cognitivo (principalmente as áreas relacionadas com o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, o pensamento lógico-matemático e científico);• Desenvolvimento pessoal e social;• Pensamento criativo através da expressão do movimento, da música, da arte, das actividades visuo-espaciais.
1. NECESSIDADES FÍSICAS
o SAÚDE
oPROTECÇÃO
oALIMENTO
oDESCANSO
oHIGIENE
oTRANQUILIDADE
oCONFORTO
20Maria das Dores Oliveira
Articulado com
2. NECESSIDADES EMOCIONAIS
•AFECTIVAS
•RELAÇÕES INTERPESSOAIS
•INTELECTUAIS
•SOCIAIS
21Maria das Dores Oliveira
22Maria das Dores Oliveira
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM PRECISA DE TRÊS FACTORES MUITO IMPORTANTES:
1 - Possibilidade de experienciar (descobrir, sentir…)
2 - Estar bem fisicamente e emocionalmente (saúde)
3 – Sentir e estar em ambiente calmo e seguro (segurança)
A CRIANÇA APRENDE BEM COM ALGUÉM QUE…
É conhecedor, tem conhecimentos, é experiente, que esclarece, que sabe o que fazer… ESTIMULAÇÂO CORRECTA
Que ajuda, transmite confiança, apoia, tem calma, compreende… SENSIBILIDADE
Que dá oportunidade de escolha, respeita os gostos, as ideias, as emoções… AUTONOMIA
Da organização do contexto educativo às finalidades educativas na CrecheGabriela Portugal – À Redescoberta da Creche III – 25 Setembro 2008 - Piaget
UMA INSTITUIÇÃO PRECISA TER UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA
CONTEXTUALIZAÇÃO – Características gerais do meio;
identidade da Instituição; características do espaço,
equipamento; características da população Infantil; recursos
humanos; tipologia das famílias;
CARACTERÍSTICAS DE IDENTIDADE DA INSTITUIÇÃO – Fins
que perseguimos; de onde partimos; como queremos que
seja a nossa Instituição23Maria das Dores Oliveira
Estrutura
UMA INSTITUIÇÃO PRECISA TER UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA
OBJECTIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO PARA OS PAIS,
PARA A EQUIPA.
OS CONTEÚDOS – O que entendemos por conteúdos; os
critérios para a selecção; a sequência e organização
(características evolutivas, adequação às experiências
prévias, continuidade e progresso, globalização, eixos
centrais para a organização curricular.24Maria das Dores Oliveira
UMA INSTITUIÇÃO PRECISA TER UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA
oMETODOLOGIA DE TRABALHO – Aspectos do ensino/aprendizagem;
actividade/jogo; globalidade; individualidade; necessidades (biológicas,
das famílias, dos profissionais); recursos metodológicos (configuração dos
ambientes, materiais, tempo, áreas).
oORGANIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO - Grupos, equipas, órgãos de gestão,
materiais, equipamentos
•MODOS DE ACOMPANHAR E AVALIAR A CRIANÇA NO PROCESSO
EDUCATIVO25Maria das Dores Oliveira
Eixos de educação na creche
O MOVIMENTO
O BRINCAR E O JOGAR
A LINGUAGEM
A AUTONOMIA
A SOCIABILIDADE
OS SENTIDOS
O PENSAMENTO26Maria das Dores Oliveira
MOVIMENTO
Os bebés constroem os seus territórios e as suas identidades a
partir dos seus movimentos: deslizar, gatinhar, sentar, ficar de pé,
caminhar. Estes modos de se movimentar faz com que as crianças
consigam ver o mundo a partir de diferentes posições.
É preciso deixar que se movimentem, criando espaços seguros com
alguns obstáculos para que elas possam andar, saltar, dar
cambalhotas, rastejar, agarrar objectos, cantar e dançar.
27Maria das Dores Oliveira
BRINCAR E O JOGAR
•JOGAR é uma actividade vivida sem propósitos e que realizamos
de maneira espontânea atendendo ao nosso reflexo, ao desejo,
ao nosso emocional e isto acontece tanto na infância como na
vida adulta. Os jogos e brincadeiras envolvem aspectos naturais,
culturais e sociais.
•A Brincadeira surge a partir das relações interpessoais e dos
elementos existentes nos ambientes
28Maria das Dores Oliveira
BRINCAR E O JOGAR
A criança entra progressivamente na brincadeira do adulto, de quem
ela é inicialmente o brinquedo, o espectador activo e, depois, o real
parceiro.
Aos poucos ela é introduzida no espaço e no tempo particulares do
jogo. A brincadeira surge como um convite.
O jogo de exercícios ou funcionais – onde as crianças fazem
experiências corporais tais como pegar num brinquedo, sacudir, apertar,
deixar cair, esconder.
Brincar com o corpo
Observar a natureza
29Maria das Dores Oliveira
BRINCAR E O JOGAR
Dos 4 aos 6 meses as crianças tocam-se mutuamente, olham-se,
olham as mãos, sorriem ou choram, podem também intercambiar
gritos e risadas.
Dos 6 aos 10 meses colocam a mão na cara do outro, fazem
gestos de carinho.
A partir dos 8 meses aprendem a realizar a mesma coisa juntos,
imitam o companheiro e a base da actividade comum pode ser um
objecto, um fenómeno vocal ou motor, persegue-se, foge-se,
gritam, riem e realizam movimentos amplos.
30Maria das Dores Oliveira
BRINCAR E O JOGAR
JOGO DE MANIPULAÇÃO OU CONSTRUÇÃO – onde as crianças
aprendem a manusear diferentes substâncias como: areia, água,
cereais, barro, plasticina, blocos.
JOGO SIMBÓLICO – que tem origem na imitação das actividades
vividas pelas crianças diariamente: imitação de papéis.
Os jogos e as brincadeiras envolvem o desenvolvimento
cognitivo, social e afectivo das crianças31Maria das Dores Oliveira
BRINCAR E O JOGAR
A passagem do período sensório-motor para o representativo é
marcado por três aquisições:
1.A permanência do objecto
2.A descoberta do instrumento
3.A emergência da brincadeira simbólica, isto é, o faz de conta.
Nas brincadeiras estão associadas acções e ficções. As brincadeiras
agem em direcção à socialização das crianças, e o brinquedo é um
estímulo para a brincadeira.32Maria das Dores Oliveira
SOCIALIZAÇÃO - AUTONOMIA
oCada criança ao ir para a creche leva consigo os hábitos e as
culturas das suas famílias. Na creche estas diferenças vêm à tona e
as trocas entre as crianças interferem nas suas relações e por
vezes também repercutem no ambiente familiar.
oAs crianças ao interagirem descobrem que existe diferentes
modos de fazer coisas.
oAs crianças são profundamente influenciadas pelas coetâneos,
elas começam a estabelecer relacionamentos consistentes com os
amigos e aprendem a comunicar.
33Maria das Dores Oliveira
SOCIALIZAÇÃO - AUTONOMIA
A relação com os amigos contribuem para o
desenvolvimento de competências sociais. Geralmente os
grupos sociais naturais da criança são heterogéneos do
ponto de vista cronológico, o que proporciona uma maior
variedade de situações de intercâmbio e compartilhar
diferenças.
34Maria das Dores Oliveira
LINGUAGEMUm dos grandes feitos entre 0s 0 e 3 anos é a aquisição da
linguagem oral. Para que esta ocorra é preciso que os educadores
acompanhem e intercedam no sentido de criar um ambiente
“conversas”.
Inicialmente o educador fala sozinho, relata o que está a ocorrer
na sala, coloca em palavras o sentimento e as acções do grupo.
É necessário conversar muito com o bebé, construir diálogo com
conteúdo, com vocabulário rico, com informações, explicações,
opiniões e felicitações.
Estar atento à maneira como se fala com a criança: não simplificar
demasiado e não infantilizar.35Maria das Dores Oliveira
SENTIDOS
Os sentidos: audição, tacto, olfacto, gosto e visão são os caminhos
por onde entram as informações e as sensibilizações.
Ampliar experiências com o corpo e os sentidos, estabelecer
relações entre eles activa o pensamento e a imaginação.
As pequenas actividades quotidianas tornam-se hábitos sobre os
quais a criança fundamenta a sua autonomia.
36Maria das Dores Oliveira
ROTINAS
Temporalidade
Ambiente
Materiais
Actividades
Procedimentos Didácticos37Maria das Dores Oliveira
AMBIENTESAs pedagogias para a pequena Infância têm na organização do ambiente
uma parte constitutiva e irrenunciável do projecto educacional. A
organização do ambiente traduz uma maneira de compreender a
infância, de entender o seu desenvolvimento e o papel da educação e do
educador.
As diferentes formas de organizar o ambiente para o desenvolvimento de
actividades de cuidados e educação traduzem os objectivos, as
concepções e as directrizes que os adultos possuem com relação ao
futuro das novas gerações e às suas ideias pedagógicas.
38Maria das Dores Oliveira
AMBIENTE
O Ambiente envolve aspectos físicos, culturais, afectiva e sociais.
Cada local deve ter uma identidade própria construída pela
educadora, criança e pais.
Cada sala terá o seu cheiro, som, ritmo, mobiliário, móbil,
almofadas, divisões, objectos de espuma, bonecos, brinquedos ….
Um espaço, seja ele interno ou externo, deve estar sempre limpo,
iluminado, arejado e organizado para as crianças.
39Maria das Dores Oliveira
CONTEÚDOS DA CRECHE
Os conteúdos versam sobre os conhecimentos significativos
para cada grupo social de acordo com as características do
universo que os rodeia, com a faixa etária, as suas
experiências anteriores e os seus interesses e necessidades.
O importante é que as crianças vivam a cultura, aprendam a
viver o dia a dia, compreender a si mesma, ao mundo que a
rodeia e situar-se no mesmo.40Maria das Dores Oliveira
CONTEÚDOS DA CRECHEA escola Infantil (0 a 6 anos) é um lugar onde as crianças aprendem as
combinações para o convívio social, a integrar-se com os outros, a
trabalhar em grupo e a partilhar brinquedos e materiais, a cuidar das suas
coisas (organizar, emprestar e guardar).
Desenvolver o seu senso de respeito público e de liderança.
Viver com intensidade as experiências que se constituem diariamente.
Estar atento ao que acontece, ao encontro afectivo.
41Maria das Dores Oliveira
CONTEÚDOS DA CRECHE
Os conteúdos da primeira etapa da educação Infantil têm uma
profunda relação com a pauta do desenvolvimento da criança:
o alimentar-se, o lavar-se, o vestir-se, o descanso, controlar os
esfíncteres, jogar e explorar a si mesmo e o seu meio, separar-
se e reencontrar-se, movimentar-se, conviver com os outros,
conversar.
42Maria das Dores Oliveira
TEMPORALIDADE
TEMPOS DE LONGA DURAÇÃO
CONTINUIDADE
ALTERNÂNCIA
43Maria das Dores Oliveira
METODOLOGIA
A Metodologia na creche deve priorizar as
aprendizagens globalizadas através de meios
criativos, participativos, dialógicos e dinâmicos
44Maria das Dores Oliveira
INSTRUMENTOS DIDÁCTICOS
A proposta Pedagógica
A Observação
As reuniões de Pais e entrevistas
Os relatórios de actividades: narração, reflexão e propósitos
As reflexões sobre a inserção e construção do grupo
Organização da rotina diária (tempos, espaços, actividades,
materiais).
Formação em serviço
45Maria das Dores Oliveira
ACTIVIDADES
Há uma imensa gama de actividades para serem realizadas
com as crianças desta faixa etária como as de movimento,
conhecimento e observação da realidade, linguagem, jogos de
manipulação, jogos simbólicos, expressão musical, expressão
dramática.
46Maria das Dores Oliveira
PROJECTO NA CRECHE
Na creche as crianças aperfeiçoam o seu modo de viver e
manifestar-se, de conhecer e de construir o mundo.
É uma etapa que inicia dominada pelos instintos e reflexos
que possibilitam as primeiras adaptações e que se estende
pela descoberta do ambiente e início da actividade
simbólica.
47Maria das Dores Oliveira
PROJECTOS
Os projectos com bebés têm os seus temas derivados basicamente
da observação e da leitura que a educadora realiza do grupo e de
cada criança.
Ela deve prestar muita atenção ao modo como as crianças agem e
procurar dar significado às suas manifestações.
É a partir destas observações que ela vai encontrar temas, os
problemas, a questão referente aos projectos.
48Maria das Dores Oliveira
ACOMPANHAMENTO
A avaliação de cada criança serve como fonte de informação
para a proposta pedagógica, é um guia para orientar a
prática.
Para conhecer o processo do aluno, para verificar a coerência
dos objectivos, dos procedimentos e dos conteúdos.
49Maria das Dores Oliveira
PAPEL DO EDUCADOR
Segundo Vygotsky, a escola é um espaço onde há descoberta e
invenção por toda a parte, que estimula o pensamento renovado
em todas as áreas.
É preciso que a sala de aula e a escola se tornem numa comunidade
de investigação na qual as crianças possam aprender umas com as
outras bem como dialogar com os educadores, com os textos,
materiais, actividades.
Criar conhecimentos e significados com solidariedade Social.
50Maria das Dores Oliveira
Alguns Exemplos
51Maria das Dores Oliveira
Creche como contexto educativo
Grelha Observação
Avaliação
Toda A CRIANÇA É UM ARTISTA AO SEU MODO. Precisamos oferecer um “monte” de possibilidades … muitos materiais, muitas linguagens …, pois possuir muitas linguagens significa ter muitas possibilidades para exprimir-se. Lóris Malaguzzi
52Maria das Dores Oliveira
Obrigada pela Vossa atenção e Bom trabalho