PROJETO POLTICO PEDAGGICO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
2013
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Lista de Tabelas
Tabela 1 Ncleo Docente Estruturante NDE/Santiago........................................19 Tabela 2 Ncleo Docente Estruturante NDE/Santo ngelo................................19 Tabela 3 Ncleo Docente Estruturante NDE/Frederico Westphalen...................20 Tabela 4 Comisso Prpria de Avaliao CPA....................................................20 Tabela 5 Curso de Arquitetura e Urbanismo RS.................................................28 Tabela 6 Curso de Arquitetura e Urbanismo BR.................................................28 Tabela 7 Populao por Municpio de rea de abrangncia da URI/Santiago......29 Tabela 8 Populao por Municpio de rea de abrangncia da URI/Santo ngelo........................................................................................................................30 Tabela 9 Populao por Municpio de rea de abrangncia da URI/Frederico Westphalen.................................................................................................................30 Tabela 10 Disciplinas de Fundamentao do Curso de Arquitetura e Urbanismo.58 Tabela 11 Disciplinas de Conhecimentos Profissionais do Curso de Arquitetura e Urbanismo..................................................................................................................63 Tabela 12 Trabalho final de Graduao do Curso de Arquitetura e Urbanismo...64 Tabela 13 Estrutura Curricular Semestral...............................................................65 Tabela 14 Estrutura Curricular com infraestrutura..................................................76 Tabela 15 Disciplinas por Departamento................................................................82 Tabela 16 Corpo Docente/Santiago......................................................................104 Tabela 17 Corpo Docente/Santo ngelo...............................................................105 Tabela 18 Corpo Docente/Frederico Westphalen.................................................105 Tabela 19 Laboratrio de Maquetes e Modelos....................................................106 Tabela 20 Laboratrio de Audio e Video e Fotografia...........................................107 Tabela 21 Laboratrio de Desenho e Projetos n 01............................................108 Tabela 22 - Laboratrio de Desenho e Projetos n 02.............................................108 Tabela 23 - Laboratrio de Desenho e Projetos n 03.............................................109 Tabela 24 - Laboratrio de Desenho e Projetos n 04.............................................109 Tabela 25 - Laboratrio de Desenho e Projetos n 05.............................................110 Tabela 26 - Laboratrio Atelier Livre de Projetos.....................................................110 Tabela 27 - Laboratrio de Informtica....................................................................112 Tabela 28 - Laboratrio de Conforto Ambiental n 01..............................................114 Tabela 29 - Laboratrio de Conforto Ambiental n 02..............................................115 Tabela 30 - Laboratrio de Tecnologia da Construo n 01...................................117 Tabela 31 - Laboratrio de Tecnologia da Construo n 02...................................118 Tabela 32 - Laboratrio de Prticas Profissionais Escritrio Modelo....................119 Tabela 33 - Laboratrio de Instalaes Hidrossanitrias Prediais...........................120 Tabela 34 - Laboratrio de Instalaes Eltricas.....................................................121 Tabela 35 - Laboratrio de Topografia e Geoprocessamento..................................122 Tabela 36 - Laboratrio de Planejamento Urbano...................................................123 Tabela 37 Salas do Curso de Arquitetura e Urbanismo........................................124 Tabela 38 Centro de Convivncia.........................................................................125 Tabela 39 Auditrios..............................................................................................125 Tabela 40 Biblioteca..............................................................................................125 Tabela 41 Sanitrios..............................................................................................125 Tabela 42 Pessoal Tcnico Administrativo............................................................128
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Tabela 43 Livros por rea do Conhecimento........................................................128 Tabela 44 Peridicos por rea do Conhecimento.................................................129 Tabela 45 Outros Materiais...................................................................................129 Tabela 46 Acervo da Biblioteca da Escola............................................................130 Tabela 47 Linhas de Pesquisa..............................................................................135 Tabela 48 Grupos de Pesquisa.............................................................................136
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Lista de Figuras
Figura n 01 - Perfil Grfico de Formao do Curso de Arquitetura e Urbanismo.....57
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SUMRIO
Lista de Tabelas ............................................................................................................... 2 Lista de Figuras ................................................................................................................ 4 APRESENTAO ............................................................................................................ 8 1. PARTE 1- DADOS GERAIS ....................................................................................... 10 1.1. Identificao da Instituio ................................................................................. 10 1.2. Caminhando se faz histria ................................................................................ 13 1.2.1. Histrico e caracterizao da instituio ......................................................... 13 1.3. Identificao do curso......................................................................................... 16 1.3.1. Denominao do Curso: .................................................................................. 16 1.3.2. Modalidade: ..................................................................................................... 16 1.3.3. Regime de Oferta: ........................................................................................... 16 1.3.4. Regime de Matrcula: ..................................................................................... 16 1.3.5. Regime do Curso:............................................................................................ 16 1.3.6. Habilitao ....................................................................................................... 17 1.3.7. Ttulo: .............................................................................................................. 17 1.3.8. Nmero de Vagas:........................................................................................... 17 1.3.9. Turno de Oferta: .............................................................................................. 17 1.3.10. Forma de Acesso ao Curso: .......................................................................... 17 1.3.11. rea do Conhecimento: ................................................................................. 17 1.3.12. Registro da Profisso: ................................................................................... 17 1.3.13. Carga Horria Total : ..................................................................................... 17 1.3.14. Tempo de Integralizao: .............................................................................. 18 1.3.15. Ncleo Docente Estruturante do Curso de Arquitetura e Urbanismo ............ 18 1.4. Justificativa para o Curso de Arquitetura e Urbanismo ....................................... 20 1.5. Justificativa da necessidade social do curso ..................................................... 23 1.5.1. Arquitetura e Urbanismo .................................................................................. 23 1.5.2. Cursos de Arquitetura e Urbanismo no Rio Grande do Sul ............................. 26 1.5.3. Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Santiago ... 29 1.5.4. Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Santo ngelo .................................................................................................................................. 28 1.5.5. Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Frederico Westphalen ............................................................................................................... 29 1.5.6. Aspectos Econmicos ..................................................................................... 31 1.5.7. Cenrio Global................................................................................................. 31 1.5.8. A URI e o Desenvolvimento Regional ............................................................. 32 1.5.9. Contexto do Curso na Instituio..................................................................... 33 1.5.10. Contexto do Curso na Legislao.................................................................. 38 1.6. Fundamentos Norteadores do Curso de Arquitetura e Urbanismo.....................42 1.6.1 Fundamentos tico-Polticos ............................................................................42 1.6.2 Fundamentos epistemolgicos .........................................................................43 1.6.3 Fundamentos Didtico-Pedaggicos 1.7 Pressupostos Metodolgicos do Curso de Arquitetura e Urbanismo 2. PARTE 2 - O PPP e o Perfil Profissional................................................................45 2.1. Princpios norteadores do PPP .......................................................................... 45 2.2. Objetivos do Curso ............................................................................................. 46 2.2.1. Geral: ............................................................................................................... 46
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2.2.2. Especficos: ..................................................................................................... 47 2.3. Perfil do Profissional ........................................................................................... 48 2.4. Competncias e Habilidades .............................................................................. 49 2.5. reas de Atuao Profissional ........................................................................... 50 2.6. Gesto do Curso ................................................................................................ 51 2.7. Gesto do Projeto Pedaggico ........................................................................... 53 2.8. Acompanhamento de Discentes e Egressos ...................................................... 53 3. PARTE 3 - O Projeto Poltico Pedaggico PPP..................................................56 3.1. Organizao Curricular ....................................................................................... 56 3.1.1. Estrutura Curricular ......................................................................................... 63 3.1.1.1. Estrutura Curricular Semestral ..................................................................... 63 3.1.1.2. Estrutura Curricular com infraestrutura ......................................................... 68 3.1.2. Disciplinas por Departamento ......................................................................... 74 3.1.3. Estgio Supervisionado .................................................................................. 76 3.1.4. Trabalho Final de Graduao ......................................................................... 87 3.1.5. Atividades Complementares ............................................................................ 89 3.2. Interdisciplinaridade Curricular ........................................................................... 82 3.3. Metodologias de Ensino e Aprendizagem .......................................................... 84 3.3.1. Tecnologias de Informao e Comunicao ................................................... 96 3.3.2. Escritrio Modelo como espao de Ensino e Aprendizagem ........................... 98 3.4. Acompanhamento e Avaliao dos Processos de Ensino e Aprendizagem ....... 99 3.4.1 Processo de Avaliao ..................................................................................... 99 3.4.2. Peculiaridades do Curso de Arquitetura e Urbanismo ..................................... 90 3.5. Condies necessrias para a oferta do Curso .................................................. 92 3.5.1. Recursos Humanos ......................................................................................... 92 3.5.2. Recursos materiais .......................................................................................... 93 3.5.2.1. Laboratrio de Maquetes e Modelos ............................................................ 94 3.5.2.2. Laboratrio de udio e Vdeo e Fotografia ................................................... 95 3.5.2.3. Laboratrio de Desenho e Projetos .............................................................. 96 3.5.2.4. Laboratrio - Atelier Livre de Projetos .......................................................... 98 3.5.2.5. Laboratrio de Informtica ............................................................................ 98 3.5.2.6. Laboratrio de Conforto Ambiental ............................................................. 100 3.5.2.6.1. Laboratrio de Conforto Ambiental n01 Configurao ........................ 102 3.5.2.6.2. Laboratrio de Conforto Ambiental n 02 Configurao ...................... 103 3.5.2.9. Laboratrio de Tecnologia da Construo .................................................. 103 3.5.2.9.1. Configurao Mnima do Laboratrio Tecnologia da Construo n01 ... 105 3.5.2.9.2. Configurao Mnima do Laboratrio Tecnologia da Construo 02 ....... 106 3.5.2.8. Laboratrio de Prticas Profissionais Escritrio Modelo .......................... 106 3.5.2.9. Laboratrio de Instalaes Hidrossanitrias Prediais ................................. 107 3.5.2.10. Laboratrio de Instalaes Eltricas ......................................................... 108 3.5.2.11. Laboratrio de Topografia e Geoprocessamento ..................................... 109 3.5.2.12. Laboratrio de Planejamento Urbano ....................................................... 110 3.5.3. Localizao e Espao Fsico da Infraestrutura .............................................. 111 3.5.4. Biblioteca ....................................................................................................... 113 3.5.4.1. Espao Fsico ............................................................................................. 113 3.5.4.3. Pessoal Tcnico Administrativo .................................................................. 115 3.5.4.4. Instalaes para estudo individual.............................................................. 115 3.5.4.5. Instalaes para estudo em grupo ............................................................. 115 3.5.4.6. Acervo ........................................................................................................ 115 3.5.4.6.1. Livros por rea do Conhecimento CNPq .............................................. 115
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3.5.4.6.2. Peridicos por rea do Conhecimento CNPq....................................... 116 3.5.4.6.4. Acervo da Biblioteca da Escola ............................................................... 117 3.5.4.7. Informatizao ............................................................................................ 117 3.5.4.8. Base de Dados ........................................................................................... 118 3.5.4.9. Poltica de aquisio ................................................................................... 119 3.5.4.10. Horrio de funcionamento ........................................................................ 119 3.5.5. Estrutura de apoio ao desenvolvimento do curso .......................................... 119 3.5.5.1. Acesso a equipamentos de informtica pelos docentes ............................. 119 3.5.5.2. Acesso a equipamentos de informtica pelos alunos ................................. 119 3.5.5.3. Recursos audiovisuais e multimdia ........................................................... 120 3.5.5.4. Existncia de rede de comunicao cientfica ............................................ 120 3.5.5.5. Servios ...................................................................................................... 120 3.5.5.6. Manuteno e conservao das instalaes fsicas ................................... 120 3.5.5.7. Manuteno e conservao dos equipamentos ......................................... 120 4. PARTE 4 - Viso de Futuro..................................................................................121 4.1. Integrao entre ensino, pesquisa, extenso e ps-graduao ....................... 121 4.1.1. Extenso ....................................................................................................... 121 4.1.1. Pesquisa ........................................................................................................ 121 4.1.2.1. Linhas de Pesquisa .................................................................................... 122 4.1.2.2. Grupos de Pesquisa ................................................................................... 123 5 .PARTE 5...............................................................................................................138 5.1. Ementrios e Planos de Ensino das Disciplina Obrigatrias ............................ 126 5.1. Ementrios e Planos de Ensino das Disciplina Eletivas ................................... 304
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APRESENTAO
Todo projeto supe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortvel para arriscar-se, atravessar um perodo de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em funo da promessa que cada projeto contm de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visveis os campos de ao possvel, comprometendo seus atores e autores.
(GADOTTI,1994, p. 579)
O Projeto Poltico Pedaggico (PPP) do Curso de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses foi elaborado com a
participao da comunidade universitria, adequando s mudanas preconizadas
pela Resoluo n 02, de 17 de junho de 2010, que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de graduao em Arquitetura e Urbanismo, alterando os
dispositivos da Resoluo CNE/CES n6/2006.
Entende-se como Projeto Poltico Pedaggico o instrumento que sinaliza a
identidade, as direes e aes intencionais de cada unidade de ensino da
Universidade, demarcando o planejamento de suas aes didtico-pedaggicas,
tcnico-cientficas e scio-culturais que visam formao acadmica e profissional
do aluno.
O referido documento um instrumento que busca assegurar seu carter de
interveno e mudana, no apenas como cumprimento de exigncias legais, mas,
justamente, como reconhecimento de que a realidade e seu entorno muda e de que
a mudana traz novas exigncias, novas posturas, diferentes prticas e relaes
com o meio que se vive e convive, as quais so extremenamente necessrias e
urgentes em virtude das transformaes sociais, polticas, econmicas, culturais,
educacionais e tecnolgicas do contexto atual.
Levando em considerao esses movimentos e a experincia acumulada ao
longo do funcionamento do Curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade URIo
mesmo se prope a ser um curso que compreenda as mudanas que esto
acontecendo na sua rea de atuao devido aos vrios processos de
transformaes sociais e tecnolgicas no contexto local, regional e global.
Neste documento, encontra-se a concepo do curso de Arquitetura e
Urbanismo, da URI em seu mbito geral,suas peculiaridades, seu currculo pleno e o
modo como se dar a sua operacionalizao, contextualizadas s suas inseres
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institucionais, polticas, geogrficas e sociais, assegurando aos alunos, a formao
de um profissional generalista, capaz de compreender e traduzir as necessidades de
indivduos, grupos sociais e comunidade; a conservao e a valorizao do
patrimnio construdo; a proteo do equilbrio do ambiente natural e a utilizao
racional dos recursos disponveis.
Sendo assim, este Projeto Poltico Pedaggico PPP apresenta reflexes
sobre a essncia do ensino e da prtica da arquitetura e do urbanismo no mundo
atual, baseadas, principalmente, nas transformaes no modo de vida do homem,
das especificidades do desenvolvimento da sociedade brasileira e dos rumos da
tecnologia.
O Projeto Poltico Pedaggico est organizado em partes para uma melhor
visualizao e compreenso do todo. A primeira trata dos dados gerais da Instituio
URI, situa a sua histria e apresenta a justitificativa do Curso de Arquitetura e
Urbanismo destacando sua necessidade social no contexto local, regional e global.
A segunda parte aborda os itens que correspondem aos princpios norteadores do
curso e como eles refletem no perfil do profissional a ser formado. A terceira retrata
forma como se d a organizao curricular, sua integralizao, metodologias,
avaliao e as condies necessrias para sua oferta. Na quarta parte encontra-se a
integrao entre ensino, pesquisa, extenso e a ps- graduao. J no quinto
momento, traz o ementrio das disciplinas obrigatrias e eletivas. Por fim, como
anexos tm-se os documentos que regem a estrutura, organizao e
operacionalizao do curso de Arquitetura e Urbanismo.
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PARTE 1- DADOS GERAIS
1.1. Identificao da Instituio
Mantenedora: Fundao Regional Integrada FuRI
Presidente: Bruno Ademar Mentges
1 Vice-Presidente: Valmor Vancin
2 Vice-Presidente: Lauro Paulo Mazzutti
Mantida: Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses URI
Reconhecida pela Portaria Ministerial N 708 de 19/05/92 D.O.U. de
21/05/92.
Instituio Comunitria e Multicampi, Localizada ao Norte, Nordeste e Centro-
Oeste do Rio Grande do Sul.
Cmpus Universitrios nos Municpios de: Erechim, Frederico Westphalen,
Santo ngelo e Santiago.
Extenses Universitrias nos Municpios de: So Luiz Gonzaga e Cerro
Largo.
Dirigentes da URI Reitoria Reitor: Prof. Luiz Mrio Silveira Spinelli Pr-Reitora de Ensino: Prof. Rosane Vontabel Rodrigues Pr-Reitor de Pesquisa, Extenso e Ps-Graduao:Prof. Giovani Palmas Bastos Pr-Reitor de Administrao: Prof. Clvis Quadros Hempel
Direo dos Cmpus
Santiago Diretor Geral: Francisco Assis Gorski
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Diretora Acadmica: Michele Noal Beltro Diretor Administrativo: Jorge Padilha dos Santos Frederico Westphalen Diretor Geral: Csar Luiz Pinheiro Diretora Acadmica: Silvia Regina Canan Diretor Administrativo: Nestor Henrique De Cesaro
Erechim Diretor Geral: Paulo Jos Sponchiado Diretora Acadmica: Elizabete Maria Zanin Diretor Administrativo: Paulo Roberto Giollo Santo ngelo
Diretor Geral: Maurlio Miguel Tiecker Diretora Acadmica: Neusa Maria John Scheid Diretor Administrativo: Gilberto Pacheco
Cerro Largo Diretor Geral: Edson Bolzan So Luiz Gonzaga
Diretora Geral: Snia Regina Bressan Vieira
Departamentos Cincias Humanas Edite Maria Sudbrack Cincias Exatas e da Terra Antnio Vanderlei dos Santos Cincias Biolgicas Snia Beatris Balvedi Zakrzevski Engenharias e Cincia da Computao Mauro Cezar Marchetti Cincias da Sade Mirian Salete Wilk Wisniewski Cincias Agrrias Vnius Ventorinio Veiga Cincias Sociais Aplicadas Lauro Paulo Mazzutti Lingstica, Letras e Artes Gladis Maria da Costa de Almeida
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Coordenadores das reas do Conhecimento na URI Santiago Cincias Humanas Elaine Maria Dias de Oliveira Cincias Exatas e da Terra Maria Arlita da Silveira Soares Cincias Biolgicas Ana Cristina Sapper Biermann Engenharias e Cincia da Computao Lucile Tolfo Beque Guerra Cincias da Sade Roselaine Boscardin Espindola Cincias Agrrias Vnius Ventorini Veiga Cincias Sociais Aplicadas Fabiano Minuzzi Marcon Lingstica, Letras e Artes Gladis Maria da Costa de Almeida
Coordenadores das reas do Conhecimento na URI Frederico Westphalen Cincias Humanas Edite Maria Sudbrack Cincias Exatas e da Terra Leandro Greff da Silveira Cincias Biolgicas Claudia Felin Cerutti Kuhnen Engenharias e Cincia da Computao Leandro Rosniak Tibola Cincias da Sade Versiane Schneider Cesarotto Cincias Agrrias Luis Pedro Hillesheim Cincias Sociais Aplicadas Lauro Paulo Mazzutti Lingstica, Letras e Artes Marines Ulbriki Costa
Coordenadores das reas do Conhecimento na URI Erechim Cincias Humanas Carlos Antonio da Silva Cincias Exatas e da Terra Rogrio Marcos Dallago Cincias Biolgicas Snia Beatris Balvedi Zakrzevski Engenharias e Cincia da Computao Neilor Avelino Tonin Cincias da Sade Miriam Salete Wilk Wisniewski Cincias Agrrias Dbora de Oliveira Cincias Sociais Aplicadas Giana Lisa Zanardo Sartori Lingstica, Letras e Artes Ana Maria Dal Zott Mokva
Coordenadores das reas do Conhecimento na URI Santo ngelo Cincias Humanas Lizete Dieguez Piber
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Cincias Exatas e da Terra Antnio Vanderlei dos Santos Cincias Biolgicas Nilvane Teresinha Ghellar Mller Engenharias e Cincia da Computao Mauro Csar Marchetti Cincias da Sade Cristiane de Pellegrini Kratz Cincias Sociais Aplicadas Rosngela Angelin Lingstica, Letras e Artes Dinalva Agisse Alves de Souza
1.2. Caminhando se faz histria
1.2.1. Histrico e caracterizaoda instituio
A Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses
resultado da integrao de Instituies de Ensino Superior Isoladas, oriundas dos
Distritos Geo-Educacionais 38 e 37, reconhecida pela Portaria Ministerial n 708 de
19/05/92 D.O.U. de 21/05/92, formando uma Instituio Comunitria e Multicampi,
localizada nas regies das Misses, Centro-Oeste, Norte e Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul, com sede na cidade de Erechim - RS.
Esta Universidade Multicampi, construda pela vontade e cooperao das
comunidades acadmicas que a originaram, FAPES Fundao do Alto Uruguai
para a Pesquisa e o Ensino Superior, FUNDAMES Fundao Missioneira do
Ensino Superior e FESAU Fundao de Ensino Superior do Alto Uruguai,
constituiram a Universidade Regional Integrada, as quais so diferenciadas pelos
pontos geogrficos, mas reunidas pelo mesmo Projeto Institucional, acolhido pelo
Conselho Federal de Educao na data de 04 de dezembro de 1990. Em 07 de
novembro de 1991, atravs do Parecer 603/91, o Conselho Federal de Educao
autorizou a instalao de Extenses nas cidades de Cerro Largo e So Luiz
Gonzaga e pela Portaria 1.161/94, de 02 de agosto de 1994, integrou-se a URI o
patrimnio do FESAN, criando desta forma o Cmpus de Santiago. Atualmente a
URI mantida pela Fundao Regional Integrada, entidade de carter tcnico-
educativo-cultural, com sede e foro na cidade de Santo ngelo-RS. Sendo assim,
seus Cmpus Universitrios esto localizados nos municpios de Santiago, Erechim,
Frederico Westphalen, Santo ngelo, So Luiz Gonzaga e Cerro Largo.
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relevante destacar que a partir da fuso das IES, que ocorreu pelo Parecer
CFE 471/90, a URI comeou a congregar o conhecimento e a diversidade cultural do
seu contexto e a construir um projeto institucional que assume o compromisso de
contribuir no desenvolvimento pleno e integral da regio em que est inserida. Como
universidade comunitria, em que todos os beneficiados e envolvidos participam,
carrega dentro de si, a potencialidade de contnua re-leitura e de avaliao, com
vistas qualificao de sua misso que formarpessoal tico e competente inserido
na comunidade regional, capaz de construir o conhecimento, promover a cultura e o
intercmbio, a fim de desenvolver a conscincia coletiva na busca contnua da
valorizao e solidariedade humanas
Conforme destacado anteriormente, a URI est instalada em seis municpios,
atendendo a populao que provm de mais de 100 cidades das regies Alto
Uruguai, Mdio Uruguai, Misses, Fronteira oeste e de alguns municpios
catarinenses prximos s suas sedes. Sua atuao est comprometida com o
desenvolvimento educacional, cientfico e tecnolgico. Desde sua criao, por meio
de programas e projetos de extenso universitria insere-se e desencadeia
diferentes atividades comunitrias, contribuindo no enfrentamento/resoluo dos
dilemas scio-ambientais vivenciados pela populao, entidades e instituies do
territrio em que atua.
importante ressaltar que a URI tem sediado e presidido, em seus campis,
quatro Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDE Mdio Alto Uruguai-
CODEMAU, COREDE Misses, COREDE do Vale do Jaguari, CREDENOR-
Conselho Regional de Desenvolvimento do Norte do Estado). Os Coredes foram
criados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e so instncias poltico-
adminstrativas, as quais, atravs do voto popular, legitimam prioridades de
investimentos pblicos.
Tambm, a URI possui atuao de destaque junto aos Conselhos Municipais
de Educao, Sade, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano, Habitao e
Assistncia Social de seus municpios-sede, contribuindo na construo e
implementao de polticas pblicas locais.
Desde a sua criao, desenvolve projetos para a qualificao da educao
bsica em parceria com escolas, Secretarias Municipais e Estadual de Educao, e
com rgos federais. Na rea ambiental representa o COMUNG junto ao Conselho
Estadual do Meio Ambiente; faz parte de Conselhos Consultivos de Unidades de
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Conservao;lidera Comits de Gerenciamento de Bacias Hidrogrficas; lidera
processos de construo de planos ambientais, planos de manejo entre outras
aes. Nas reas de habitao de interesse social e desenvolvimento urbano, o
curso de Arquitetura e Urbanismo integra os Conselhos Municipais de Habitao e o
Desenvolvimento Urbano e Patrimnio Histrico.
No decorrer da trajetria da URI a marca institucional foi se consolidando no
desempenho das funes bsicas de ensino, pesquisa, extenso e ps graduao,
inerentes ao da IEs. As especificidades no desempenho destas funes definem
a misso da URI, conforme salientado anteriormente formar pessoal tico e
competente, inserido na comunidade regional, capaz de construir o conhecimento,
promover a cultura e o intercmbio, a fim de desenvolver a conscincia coletiva na
busca contnua da valorizao e solidariedade humanas. J o perfil da IES contempla ser uma universidade pluralista, criadora e elaboradora de conhecimento,
com qualidade, competncia e seriedade, voltada para o desenvolvimento regional.
Desse modo, a URI traz na sua viso ser reconhecida como uma universidade de referncia que prima pela qualidade, ao solidria, inovao e integrao com a
comunidade. com esse propsito que a URI vem buscando, a cada ano,atingir
suas metas e colocar-se no patamar estrutural da sociedade em que est inserida,
usando as diversidades e aes formativas.
, portanto, na identificao dos diferenciais, nas funes, nas atividades e
nos propsitos que se define o carter da URI: uma Universidade Regional
Integrada, Comunitria, gerida pela comunidade acadmica e representantes da
sociedade regional. Por ser comunitria, se origina do anseio da populao que se
associa na consecuo de objetivos comuns, primando pela democracia em sua
gesto. A ideia de se pensar no coletivo, resulta em melhor qualidade de suas aes
em prol do bem comum. O trabalho que a IEs promove voltado para o
desenvolvimentolocal e regional; para o estudo da cincia e da tecnologia, tendo o
compromisso de construir uma educao humanizadora e emancipatria, embasada
pelos princpios de liberdade e igualdade em consonncia com a diversidade
etnicorracial, remanescentes de quilombos, cultural, de gnero, social, ambiental e
regional. Portanto, a URI, ao longo do tempo, vem desenvolvendo e implementando
no seu contexto educacional, aes que fortaleam o combate desigualdade,
visando educao de qualidade como um direito de todos, a garantia de direitos
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legais, a valorizao de valores e identidades de alunos e alunas, bem como, dos
ideiais de solidariedade humana.
Frente a isso, a URI, de acordo com a legislao vigente, busca ser uma
Instituio de Ensino Superior, plural, democrtica, de qualidade com vistas ao
combate de toda e qualquer forma de preconceito e discriminao, mas sempre
primando pelo respeito a todos, valorizando suas diferenas, as quais fazem parte
da riqueza da nossa cultura e da nossa sociedade.
Neste sentido, destacamos que a URI, como Universidade Comunitria,
uma Instituio sem fins lucrativos, filantrpica e tem com lema o compromisso com
o desenvolvimento local, regional e global, atenta s necessidades scio-
econmicas-culturais-educacionais-polticas-tecnolgicas, estticas, tcnicas,
ambientais e de acessibilidade dos usurios, proporcionando aos seus acadmicos
a possibilidade de expandir seus horizontes, contribuindo, assim, na melhoria da
qualidade de vida de seus semelhantes.Com sua atuao centrada, acima de tudo,
nos valores de justia social primando pela a tica e a seriedade no/do trabalho.
Diante desses pressupostos, a URI uma universidade que promove o
ensino, a pesquisa e a extenso como transformadores da realidade, atravs de um
projeto integrado levando em considerao o indivduo, o saber e a verdade como
princpios bsicos. Assim, alm do conhecimento universal, inerente instituio
universitria, a URI, caracteriza-se pela capacidade de conhecer, refletir e
transformar a realidade local e regional.
1.3. Identificao do curso 1.3.1. Denominao do Curso: Graduao em Arquitetura e Urbanismo
1.3.2. Modalidade:
Bacharelado
1.3.3. Regime de Oferta: Presencial 1.3.4. Regime de Matrcula:
Semestral
1.3.5. Regime do Curso:
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Crditos de 15 h/a
1.3.6. Habilitao Bacharel(a) em Arquitetura e Urbanismo
1.3.7. Ttulo: Arquiteto(a) e Urbanista
1.3.8. Nmero de Vagas: Santiago - 30 vagas anuais
Santo ngelo - 50 vagas anuais
Frederico Westphalen - 50 vagas anuais
1.3.9. Turno de Oferta: Noturno/Diurno (Campus de Frederico Westphalen, Campus de Santiago)
Diurno/Noturno (Campus de Santo ngelo)
1.3.10. Forma de Acesso ao Curso:
Vestibular anual
Transferncias Internas e Externas condicionadas existncia de vagas
Ingresso como Portador de Diploma de Curso Superior
PROUNI Programa Universidade para Todos
ENEM Exame Nacional do Ensino Mdio.
1.3.11.rea do Conhecimento: Departamento de Cincias Sociais Aplicadas
1.3.12.Registro da Profisso: Lei Federal n. 5194 de 24 de dezembro de 1966
1.3.13.Carga Horria * Disciplinas Obrigatrias:
3120h/a
* Disciplinas Eletivas
60h/a
* Estgio
60h/a * Trabalho Final de Graduao
240h/a
* Subtotal
3.480h/a
* Atividades Complementares
18
345 h/a Resoluo 544/CUN/2003
CARGA HORRIA TOTAL:
3825h/a
1.3.14.Tempo de Integralizao: Mnimo: 05 anos Mximo: 10 anos
1.3.15. Ncleo Docente Estruturante do Curso de Santiago
O NDE do Curso, de acordo com a Portaria n 1452, de 07 de junho de 2013,
est constitudo pelos seguintes professores:
Nome Titulao Regime de Trabalho
Edmar Pereira Fabricio Mestre Tempo Integral
Nelci Denti Brum Mestre Tempo Integral
Ana Paula Bertani da Silva Mestre Tempo Parcial
Hugues Velleda Soares Mestre Tempo Parcial
Attus Pereira Moreira Doutor Tempo Integral
Ludmilla Oliveira Ribeiro Doutora Tempo Integral Tabela 1: Ncleo Docente Estruturante NDE/Santiago
O atual Ncleo Docente Estruturante, designado pela Portaria n 1452 de 07 de junho de 2013, composto por seis professores, representantes da rea da
educao, engenharia civil e arquitetura e urbanismo, sendo quatro Mestres e dois
Doutores. Estes se renem periodicamente e extraordinariamente sempre que
necessrio. Pode-se dizer que o NDE, desde sua implantao, procura criar um
espao de reflexo e avaliao acerca da formao buscando nortear de forma
efetiva a comunidade acadmica para o alcance dos objetivos.
Ncleo Docente Estruturante do Curso de Santo ngelo
O NDE do Curso, de acordo com a Portaria n 1432, de 02 de abril de
2013, est constitudo pelos seguintes professores:
19
Nome Titulao Regime de Trabalho
Thas Faccim de Brum Mestre Tempo Parcial
ngelo Trein Lucca Especialista Tempo Parcial
Gustavo Martins Cantarelli Mestre Tempo Parcial
Marcus Thompsen Primo Mestre Tempo Integral
Vanessi Reis Especialista Tempo Integral
Patrcia Prado Oliveira Mestre Tempo Parcial Tabela 2: Ncleo Docente Estruturante NDE/Santo ngelo
Ncleo Docente Estruturante do Curso de Frederico Westphalen
O NDE do Curso, de acordo com a Portaria n 1333, de 07 de 25 de outubro de 2012, est constitudo pelos seguintes professores:
Nome Titulao Regime de Trabalho
Alessandra Gobbi Santos Mestre Tempo Integral
Claudia Gaida Mestre Horista
Cristhian Moreira Brum Mestre Tempo Integral
William Widmar Cadore Mestre Tempo Integral
Lucimery Dal Medico Mestre Horista Tabela 3: Ncleo Docente Estruturante NDE/Frederico Westphalen
Comisso Prpria de Avaliao CPA
De acordo com a Resoluo n1170/CUN/2008 e Portaria n1084, de 30
de novembro de 2010 a composio da CPA da URI, sob a coordenao da Pr-
Reitoria de Ensino. Os representantes, abaixo mencionados, tero por atribuio a
coordenao dos processos internos de avaliao da instituio, de sistematizao e
de prestao das informaes solicitadas pelo INEP. Assim est constituda:
Cmpus Representantes
Erechim Prof Nilce Ftima Scheffer Sandra Milbrath Vieira - Representante Tcnico-
administrativo
Frederico Westphalen Prof Maria Cristina Gubiani Aita Carlise Ins Schneider- Representante Tcnico-
20
administrativo
Santo ngelo Prof Lo Zeno Konzen Joanin Buzatto - Representante Discente
Santiago Prof Maria Saleti Reolon Denise Flrio Cardoso - Representante Comunidade
Extenso Cerro Largo Prof Luiz Valentim Zorzo Fernanda Luisa Walter - Representante Discente
Extenso So Luiz Gonzaga Prof Dinara Bortoli Tomasi Denise Bressan Werle - Representante Comunidade
Tabela 4: Comisso Prpria de Avalaio - CPA
1.4. Justificativa para o Curso de Arquitetura e Urbanismo
O arquiteto urbanista o profissional habilitado para o exerccio da
Arquitetura, do Urbanismo e do Paisagismo, que a arte de criar espaos
organizados por meio do agenciamento urbano e da edificao, para abrigar os
diferentes tipos de atividades humanas. uma atividade que busca o
estabelecimento de um canal de comunicao, com os membros de uma
coletividade, possibilitando ao arquiteto urbanista comprometer-se, como agente de
mudana social e humanizadora.
Cabe ao arquiteto urbanista verificar os requisitos solicitados e compatibilizar
a necessidade do ser humano, objetivando atender exigncias culturais,
econmicas, tecnolgicas, estticas, de segurana, habitabilidade, acessibilidade,
durabilidade e custos.
Esta profisso desempenha um papel relevante, cuja atuao profissional
auxilia no desenvolvimento, reflexo e amadurecimento de propostas, que so feitas
diariamente cidade e, seus reflexos podero ser percebidos diretamente pela
comunidade e seu entorno.
No Brasil, o exerccio profissional de arquitetura e urbanismo regulamentado
pela Lei 12.378/2010 (conf. anexo). Consta nessa legislao a responsabilidade
tcnica e tambm a responsabilidade social. Toda a legislao de regulamentao
profissional tem carter nacional, isto , os arquitetos e urbanistas aps obterem a
sua titulao podem exercer a profisso em qualquer parte do pas,
independentemente do lugar onde realizaram a sua formao acadmica, desde que
21
esteja registrado no seu rgo competente, o CAU - Conselho de Arquitetura e
Urbanismo. Por tais razes, as diretrizes curriculares de carter nacional so
imprescindveis ao exerccio profissional, inclusive em nvel internacional (Perfis e
Padres, SESu/MEC).
No que diz respeito s Diretrizes Curriculares o curso estabelecer como eixo
norteador tico de sua ao pedaggica o desenvolvimento de uma atitude de
responsabilidade tcnica e social, tendo como princpios:
a) qualidade de vida para todos os habitantes dos assentamentos humanos;
b) uso tecnolgico que respeite as necessidades sociais, culturais e estticas
dos povos;
c) equilbrio ecolgico e desenvolvimento sustentvel do ambiente natural e
construdo;
d) valorizao da arquitetura e do urbanismo como patrimnio e
responsabilidade de todos.
A formao profissional do Arquiteto e Urbanista proporciona o domnio
essencial das possibilidades materiais e humanas, fortalecendo seu conhecimento
especializado, voltando-se para aspectos sociais, polticos, econmicos e culturais
em que atua.
A formao slida nas reas: social, histrica, artstica e tecnolgica,
possibilita ao egresso desenvolver e analisar o conforto, a forma e funcionalidade,
conceber projetos e planejar a cidade, de modo a valorizar a cultura, a arquitetura,o
urbanismo eo paisagismo.
Portanto, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da URI tem a misso de formar
arquitetos para a atualidade, preparados para solucionar problemas, com
criatividade e eficcia.
Deste modo, o arquiteto urbanista, formado pela URI, possui a capacidade de
vincular para si os desejos e as necessidades tanto do cliente, quanto do usurio,
decodific-las e materializ-las. Neste momento, ocorre a transformao do abstrato
para o concreto, sempre com o propsito esttico-formal e funcional, visando
melhor qualidade de vida para o homem, quer seja na construo de edificaes, na
conservao do patrimnio construdo ou em uma interveno urbana,valorizando o
equilbrio do ambiente natural e a utilizao racional dos recursos disponveis.
22
O processo histrico de ocupao do territrio nacional influenciou
significativamente o atual cenrio scio-econmico-cultural dos municpios, bem
como as etnias e a forma como se deu o acesso a terra. Com esta conscincia, o
curso de Arquitetura e Urbanismo da URI possui o compromisso de divulgar e
valorizar a produo arquitetnica, urbanstica e paisagstica do Alto Uruguai e das
Misses, intervindo com responsabilidade social na regio qual est inserida.
Para atingir os objetivos de um curso inovador, no mbito da URI,que
profissionalize e humanize, simultaneamente, deve-se considerar as seguintes
preocupaes:
1. Incentivar o estudo do patrimnio missioneiro, e das regies norte, noroeste
e centro-oeste do Estado;
2. Integrar o Curso de Arquitetura e Urbanismo com os pases do
MERCOSUL, em funo da sua localizao geogrfica;
3. Formar arquitetos de carter regional com uma viso global,
proporcionando seminrios e viagens tcnicas de estudo;
5. Incentivar programas e projetos de aes integradoras na rea de
formao;
6. Estabelecer parcerias com o Instituto dos Arquitetos do Brasil IAB em
termos de colaborao cultural e profissional;
7. Integrar o Curso aos demais cursos de Arquitetura e Urbanismo do Rio
Grande do Sul, do Brasil e do Exterior;
8. Valorizar a arquitetura e o urbanismo atravs de programas comunitrios e
de extenso;
9. Incentivar programas e projetos que integre o Curso de Arquitetura e
Urbanismo aos demais cursos da URI;
10. Ampliar programas de bolsas de estudos/pesquisa, atravs de contatos
com empresas da regio;
11. Manter o aluno em contato direto com o mundo de trabalho;
12. Ofertar ao acadmico, tambm por meio do escritrio modelo, a prtica
profissional;
13. Valorizar a interdisciplinaridade do Curso de Arquitetura e Urbanismo,
integrando os alunos de semestres diferentes atravs de atividades, tais como
seminrios, oficinas, visitas tcnicas com objetivos comuns, assim como outras
reas do conhecimento.
23
14. Estabelecer parcerias com o Instituto dos Arquitetos do Brasil IAB e
Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU em termos de colaborao cultural e
profissional; 15. Assumir a responsabilidade social com os egressos atravs da educao
continuada;
16. Proporcionar cursos de atualizao aos profissionais da regio, assim
como entidades de classe, construtoras, instaladores, mestres de obras, enfim,
todos aqueles ligados arquitetura e ao urbanismo;
Em sntese, o Curso de Arquitetura e Urbanismo est comprometido com a
sua constante misso e evoluo, integrando-se com a comunidade, rgos
pblicos, associaes e empresas/emprendimentos da regio. Deste modo, um
curso de carter inovador e pioneiro na formao de profissionais generalistas
qualificados para atuar em entidades pblicas e/ou privadas na regio de
abrangncia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses.
1.5.Justificativa da necessidade social do curso
1.5.1. Arquitetura e Urbanismo
Desde que os seres humanos saram das cavernas em busca de novos
espaos para viver, desde que o homem iniciou a amontoar pedras, construram-se
templos, catedrais e palcios projetados para honrar a Deus, simbolizar poder ou
abrigar famlias. Alguns erguem-se como monumentos riqueza, outros constituem-
se instrumentos de guerra ou verdadeiros santurios da cultura do esporte e do
lazer. Na maioria dos casos, representam evolues tecnolgicas temporais
expressando culturas e costumes de uma poca.
Pode variar o propsito de cada obra, de cada construo, mas nenhuma se
cria sem funo, uma vez que os arquitetos, ao contrrio de outros artistas,
trabalham alicerados nas necessidades de seus clientes. importante salientar que
a Arquitetura vai muito alm dos templos e palcios. De acordo com a regio, as
construes populares tpicas adaptam-se de modo coerente e racional ao meio
ambiente e ao clima. Utilizam materiais locais, solucionando assim problemas
24
tcnicos e estticos, de modo a suprir as necessidades da populao menos
privilegiada economicamente, tornando-se exemplos de arquitetura popular.
O estudo das cincias est diretamente ligado ao desenvolvimento cientfico
e tecnolgico de toda uma sociedade. As conquistas e necessidades tecno-
cientficas ampliam-se consideravelmente medida que nos deparamos com o
homem cada vez mais exigente, que impem cincia o papel de propulsora e
gerenciadora de novos projetos e propostas, visando a resoluo de problemas
relacionados com o conforto e bem estar das comunidades de forma racional, sem
esquecer do equilbrio com o entorno. Desta forma a arquitetura, seguindo
tendncias internacionais, busca simplificar as formas, padronizando espaos com o
intuito de construir o maior nmero de casas, escritrios e lojas em reas urbanas
muito valorizadas, surgindo assim os arranha-cus que vieram a constituir a grande
novidade dos anos 30.
A arquitetura tambm est associada ao descobrimento de novos materiais,
de solues estticas e econmicas com padres de tecnologia e beleza que variam
de acordo com a poca e a cultura. Assim, estudando antigas obras e construes,
conseguimos escrever sobre a organizao social e os valores culturais de cada
povo, transcrevendo a histria evolutiva do homem. Como exemplo, podemos citar
as pirmides no Egito, que sobreviveram a mais de 4000 anos, refletindo alm do
volume de trabalho exigido para a sua construo, o desenvolvimento tecnolgico
que aquele povo alcanou.
No Brasil, o sentido da arquitetura moderna est relacionado diretamente
com o nome de Oscar Niemeyer, que alm do conjunto arquitetnico da Pampulha
em Minas Gerais, projetou os prdios pblicos do Distrito Federal com
reconhecimento internacional.
A necessidade da busca de conhecimento pressupe a troca de informaes
e a criatividade dos profissionais com disposio para a conquista, percorrendo
novos e variados caminhos na descoberta de estratgias inteligentes eeficientes
para os mais diversos problemas da atualidade, de modo especial na rea
habitacional.
O uso adequado e racional do meio-ambiente considerado de suma
importncia uma vez que em meio aos recursos naturais, coexistem complexos
problemas ambientais, os quais se tornam verdadeiros desafios sociedade: os
processos de poluio e destruio dos recursos naturais, a recuperao de reas
25
degradadas, a poluio do ar e das guas, os acmulos habitacionais em reas
imprprias. Enfim, caractersticas que concorrem para a deteriorao da qualidade
de vida e que requerem solues urgentes e eficazes de profissionais qualificados.
A crescente demanda habitacional, associada a questes ecolgicas, est
sendo, sem sombra de dvida, alvo de preocupao poltica, econmica, social e
cultural, pois os rgos pblicos, os privados e as empresas se concientizam da
necessidade de investimentos na busca de transformaes e aperfeioamento de
tcnicos em condies de gerenciar adequadamente questes ambientais e
habitacionais, com estudos e projetos eficientes, buscando inter-relaes menos
impactantes, sem deixar de priorizar os benefcios a populao, assegurando
direitos, impondo deveres e competncias.
A rea de atuao da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Misses, envolvendo as regies das Misses, Centro-Oeste, Norte e Noroeste
do Estado, tendo seus Cmpus localizados nas cidades de Erechim, Frederico
Westphalen, Santo ngelo e Santiago, com duas extenses, Cerro Largo e So Luiz
Gonzaga com uma rea de abragncia e populao significativas no Estado do Rio
Grande do Sul e parte de Santa Catarina.
Cabe salientar que na regio de abrangncia da URI, a maioria dos
municpios plos e os recm emancipados, em nmero expressivo, no possuem
tcnicos capacitados na rea de Arquitetura e Urbanismo em seus quadros de
funcionrios pela escassez de profissionais habilitados na regio, ficando estes
municpios dependentes de assessorias por profissionais de outras localidades,
constatando desta forma, a inexistncia de Plano Diretor, condio exigida para a
busca de recursos a nvel Estadual e Federal. Ressaltamos que o Plano Diretor no
deve ser visto como um documento formal, preparado apenas para atender
exigncia da Constituio Federal Brasileira, mas sim como um instrumento
fundamental para uma administrao eficaz. Neste sentido, ele necessrio tambm
para centros urbanos cuja populao ainda no tenha atingido 20 mil habitantes.
O Plano Diretor um documento de natureza tcnica e poltica que tem por
objetivo direcionar o crescimento fsico e scio-econmico das cidades e vilas,
ordenando sua expanso e estimulando as principais funes e atividades urbanas:
habitao, trabalho, transportes, educao, sade, recreao indstria, comrcio e
servios. Segundo a Constituio Federal de 1988, trata-se do instrumento bsico
da poltica de desenvolvimento e de expanso urbana, a qual tem por objetivo
26
ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem
estar de seus habitantes (Art.182).
As funes sociais da cidade podem ser entendidas como a proteo e a
utilizao racional dos recursos do meio ambiente, de forma a garantir, ao mesmo
tempo, a preservao do patrimnio ambiental e cultural e o atendimento as
necessidades bsicas da populao.
A URI possui o papel de impulsionadora no desenvolvimento social e
regional, pois sendo uma Universidade comunitria, cumpre sua misso, tambm
como fator de mudana cultural, imprescndivel diante deste mundo cada vez mais
globalizado, na rea econmica e cultural. Assim a Universidade assume o papel
depreparar novos profissionais gerando e difundindo conhecimento, informao e
tecnologia para os setores.
1.5.2. Cursos de Arquitetura e Urbanismo no Rio Grande do Sul
No Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com a Associao Brasileira de
Ensino de Arquitetura e Urbanismo ABEA, o nmero de Instituies que possuem
o curso so vinte e seis (26), em 15 cidades conforme quadro:
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO RS Pblicas Privadas UFFS Erechim UFSM Santa Maria UFPEL Pelotas UFRGS Porto Alegre
FEEVALE Novo Hamburgo FSG Caxias dos Sul IMED Passo Fundo IPA - Porto Alegre PUC/RS Porto Alegre UCPEL Pelotas UCS Caxias ULBRA Canoas ULBRA Santa Maria ULBRA - Torres UNICRUZ Cruz Alta UNIFIN Porto Alegre UNIFRA Santa Maria UNIRITTER - Porto Alegre UNISC- Santa Cruz do Sul Unisinos So Leopoldo UNIVATES - Lajeado UPF Passo Fundo URCAMP Bag URI Frederico Westphalen URI Santiago URI Santo ngelo
Tabela 5: Curso de Arquitetura e Urbanismo RS
27
Nas regies brasileiras, a realidade a seguinte:
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO BR
Regio N de Cursos
-Sul
-Sudeste
-Centro Oeste
-Nordeste
-Norte
73
135
32
37
18 Tabela 6: Curso de Arquitetura e Urbanismo - BR Pelos quadros apresentados, constata-se que oportuna a instalao do
curso projetado, uma vez que so poucos os cursos de arquitetura e urbanismo
ofertados na regio de abrangncia da URI proporcionando mais uma opo aos
interessados em curso de formao tcnica que propicia profisso liberal e com
grandes possibilidades funcionais, incluindo as seguintes metas:
Uma qualidade de vida decente a todos os habitantes de agrupamentos
humanos;
O uso tecnolgico que respeita as necessidades sociais, culturais e
estticas das pessoas;
O desenvolvimento sustentvel e, ecologicamente equilibrado, do meio-
ambiente construdo;
Uma arquitetura que seja valorizada como prioridade e responsabilidade
de cada um.
Verifica-se que na regio de abrangncia da URI Santiago, que est
localizada na Metade Sul do Rio Grande do Sul, existem somente 04 (quatro)
instituies de ensino que oferecem o Curso de Arquitetura e Urbanismo,
proporcionando aos interessados mais uma opo em formao tcnica e atuao
como profissional liberal possibilitando o desenvolvimento regional de uma parcela
de rea e populao significativas.
1.5.3. Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Santiago
Cmpus de Santiago Municpios Populao
28
01- Bossoroca 6.884 02- Cacequi 13.676 03- Capo do Cip 3.104 04- Itacurubi 3.441 05- Jaguari 11.473 06- Jari 3.575 07- Maambar 4.738 08- Mata 5.111 09- Manoel Viana 7.072 10- Nova Esperana do Sul 4.671 11- Santiago 49.071 12- So Borja 61.671 13- So Francisco de Assis 19.254 14- So Pedro do Sul 16.368 15- So Vicente do Sul 8.440 16- Unistalda 2.450 Total 220.999 Censo Demogrfico do IBGE 2010
Tabela 7: Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Santiago
1.5.4. Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Santo ngelo
Cmpus de Santo ngelo Municpio Populao 01- Catupe 7.243 02- Cerro Largo 12.665 03- Dezesseis de Novembro 3.444 04- Entre-Ijus 9.702 05- Eugnio do Centro 3.313 06- Garruchos 3.675 07- Giru 18.749 08- Guarani das Misses 8.990 09- Pirap 3.349 10- Porto Xavier 11.190 11- Roque Gonzalez 7.799 12- Salvador das Misses 2.665 13- Santo ngelo 76.745 14- Santo Antnio das Misses 12.691 15- So Luiz Gonzaga 39.553 16- So Miguel das Misses 7.682 17- So Nicolau 6.406 18- So Paulo das Misses 7.187 19- So Pedro do Buti 2.862 20- Sete de Setembro 2.357 21- Ubiretama 2.677 22- Vitria das Misses 3.979 Total 254.983
29
Censo Demogrfico do IBGE 2010 Tabela 8: Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Santo
ngelo
1.5.5. Populao por municpio da rea de abrangncia do Cmpus de Frederico Westphalen
Campus de Frederico Westphalen Municpios Populao (hab)
1. Almirante Tamandar do Sul 2.067 2. Alpestre 8.027 3. Ametista do Sul 7.323 4. Barra do Guarita 3.089 5. Barra Funda 2.367 6. Boa Vista das Misses 2.114 7. Bom Progresso 2.328 8. Braga 3.702 9. Caiara 5.071
10. Campinas do Sul 5.506 11. Carazinho 59.317 12. Cerro Grande 2.417 13. Chapada 9.377 14. Condor 6.552 15. Constantina 9.741 16. Coqueiros do Sul 2.457 17. Coronel Bicaco 7.748 18. Crissiumal 14.084 19. Cristal do Sul 2.826 20. Derrubadas 3.190 21. Dois Irmos das Misses 2.157 22. Engenho Velho 1.530 23. Erebango 2.970 24. Erval Seco 7.878 25. Esperana do Sul 3.272 26. Estao 6.011 27. Frederico Westphalen 28.848 28. Getlio Vargas 16.154 29. Gramado dos Loureiros 2.269 30. Humait 4.919 31. Ipiranga do Sul 1.944 32. Ira 8.078 33. Jaboticaba 4.111 34. Jacutinga 3.633 35. Lajeado do Bugre 2.487 36. Liberato Salzano 5.780 37. Miragua 4.855 38. Nonoai 12.076
30
39. Novo Barreiro 3.978 40. Novo Tiradentes 2.277 41. Palmeira das Misses 34.328 42. Palmitinho 6.920 43. Panambi 38.058 44. Pinhal 2.515 45. Pinheirinho do Vale 4.503 46. Planalto 10.524 47. Quatro Irmos 1.775 48. Quinze de Novembro 3.653 49. Ronda Alta 10.221 50. Redentora 10.222 51. Rio dos ndios 3.616 52. Rodeio Bonito 5.743 53. Rondinha 5.518 54. Sagrada Famlia 2.595 55. So Jos das Misses 2.720 56. So Pedro das Misses 1.886 57. Sarandi 21.285 58. Seberi 10.902 59. Sede Nova 3.011 60. Taquaruu do Sul 2.970 61. Tenente Portela 13.719 62. Tiradentes do Sul 6.461 63. Trs Palmeiras 4.381 64. Trs Passos 23.965 65. Trindade do Sul 5.787 66. Vicente Dutra 5.285 67. Vista Alegre 2.832 68. Vista Gacha 2.759 69. guas de Chapec 6.110 70. Caibi 6.219 71. Caxambu do Sul 4.411 72. Chapec 183.530 73. Cunha Por 10.613 74. Descanso 8.634 75. Guaruj do Sul 4.908 76. Guatamb 4.679 77. Ipor do Oeste 8.409 78. Iraceminha 4.253 79. Itapiranga 15.409 80. Maravilha 22.101 81. Monda 10.231 82. Palmitos 16.020 83. Planalto Alegre 2.654 84. Riqueza 4.838 85. So Carlos 10.291 86. So Joo do Oeste 6.036
31
87. Tunpolis 4.633 Total 866.663 Censo Demogrfico do IBGE 2010 Tabela 9: Populao por municpio de abrangncia do Cmpus de Frederico
Westphalen
1.5.6. Aspectos Econmicos
A estrutura econmica da regio de abrangncia da URI sintetiza-se na
produo primria, atravs da agricultura e da pecuria de pequenas e mdias
propriedades. As indstrias abrangem os setores: moveleiro, de esquadrias, de
confeces de roupas e da agroindstria. O setor do comrcio e servios tambm
formado por estabelecimentos de pequeno e mdio porte sendo que este se destaca
na economia municipal.
1.5.7. Cenrio Global
A nossa sociedade vem passando por grandes transformaes, causadas
pela globalizao da economia, avano tecnolgico, novas relaes de emprego,
novas concepes culturais e a busca de novos mecanismos para melhoria da
qualidade de vida, impem desafios econmicos e educacionais.
A URI vem sintonizar com as necessidades da comunidade regional,
redimensionando as suas aes, para contribuir com a formao do homem cidado
profissional competente, proporcionando-lhe programas de ensino, pesquisa e
extenso.
A construo civil no Brasil deve consolidar no prximo ano (2014) a tendncia de crescimento moderado, prximo de 4 por cento ao ano, que comeou a
ser desenhada ao longo de 2012 e afastou o setor do avano robusto visto h dois
anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) do setor deve crescer entre 3,5 e 4 por cento
ainda em 2013, segundo o Sindicato da Indstria da Construo Civil no Estado de
So Paulo (Sinduscon-SP), praticamente o mesmo nvel de alta esperado para este
ano.
Enquanto a indstria de transformao gacha cresceu a uma taxa mdia
anual de 1,6% a partir de 1995 e at 2011, a construo civil apresentou uma
expanso de 2,5%. Os dados de emprego formal de 2007 a 2010, por exemplo,
mostram que houve uma elevao de 67% na construo de edificaes no Pas,
32
contra 63% no RS. Nas obras de infraestrutura, no mesmo perodo, a
empregabilidade brasileira aumentou 39% enquanto no Estado ficou em 32%
(Sinduscon-RS).
Segundo especialistas do setor, fatores como maior investimento em
infraestrutura, retomada dos lanamentos e recuperao da cena macroeconmica
como um todo devem contribuir para que o mercado imobilirio mantenha o ritmo de
crescimento.
Nesta dimenso de anlise o Curso de Arquitetura e Urbanismo oportuniza
qualificar profissionais para atuarem em um mercado de trabalho promissor com
competncia e perfil de qualificao.
A consolidao do curso na regio de abrangncia da URI fator
preponderante para transformar os desafios e problemas de desenvolvimento
econmico e social com qualidade ambiental.
1.5.8. A URI e o Desenvolvimento Regional
A URI tem um compromisso formal com o desenvolvimento regional e ser
identificado na busca de alternativas, produzindo um novo conceito e redefinindo a
sua presena, ou seja, criando novos modelos, novos parmetros e novas
oportunidades de participao.
Para isso torna-se necessrio dimensionar o ensino, pesquisa e extenso na
reelaborao de conhecimentos, na transformao social e na conscientizao
crtica da realidade.
O Projeto de desenvolvimento regional constitui-se, de acordo com
pressupostos, em estratgias que visem a superao de problemas existentes
permeando o processo de construo para a produo de uma cultura centrada em
valores ticos e morais consistentes e permanentes.
Por isso, o egresso da URI possui qualidade de contedos e instrumental
metodolgico e tecnolgico para torn-lo cidado participativo no processo de
desenvolvimento.
O arquiteto e urbanista da URI atuar em atividades socio-econmicas que
envolvam as transformaes dos espaos, interpretando criticamente suas etapas
com criatividade e competncia.
33
1.5.9. Contexto do Curso na Instituio
O Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional Integrada do
Alto Uruguai e das Misses - URI, localizado na cidade de Santiago, regio centro-
oeste do estado do Rio Grande do Sul, iniciou suas atividades no ano de 2001.
Desde ento, h mais de uma dcada o curso vem marcando presena na regio,
no estado e no pas por meio do ensino, pesquisa e extenso e do destaque
profissional dos egressos nas diversas reas de atuao proporcionadas. O curso de
arquitetura e urbanismo da URI, desde a sua origem, tem, na questo regional, o
foco de sua ao, cultivando o saber como forma de servir ao meio onde est
inserido.
Sua implantao foi autorizada pelo Reitor da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Misses aps sua aprovao no Conselho
Universitrio conforme Resoluo 287/CUN/2000. Foi reconhecido pela Portaria
Ministerial n 966/2006 e renovou seu reconhecimento atravs da Portaria 949/2010.
Ao longo de sua trajetria, passou por mudanas curriculares tendo em vista
a vocao do pblico regional que disponibiliza o turno diurno para suas atividades
laborais, optando por dedicar-se a academia no perodo noturno. Desta forma,
efetuou-se uma readequao de carga horria para viabilizar o acesso deste pblico
ao ensino superior, no curso de Arquitetura e Urbanismo, predominantemente
noturno.
A infraestrutura fsica do curso est em constante atualizao, adequando os
espaos fsicos, verificando a necessidade de novos equipamentos e materiais para
suprir as demandas da formao. Atualmente conta diversos laboratrios
necessrios para uma boa formao acadmica e futura atuao profissional.
O corpo docente do curso procura estar sempre em constante atualizao e
capacitao intelectual e pedaggica, atravs de palestras, cursos de formao,
seminrios, congressos, entre outros. Alm disso, todo o corpo docente do curso
possui experincia profissional tcnica em atividades pertinentes a formao
profissional de cada um.
As atividades que o curso de arquitetura e urbanismo vem desenvolvendo em
ensino, pesquisa e extenso esto registradas no Sistema de Projetos URI (SPURI)
e arquivadas nas dependncias fsicas da instituio. Essas atividades fortalecem a
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produo de conhecimento dos envolvidos no processo de aprendizagem e
articulam aes de intervenes e pesquisa em arquitetura e urbanismo.
Desde a criao do curso de Arquitetura e Urbanismo, aes extensionistas
vem sendo desenvolvidas nas mais diferentes formas, acompanhando a formao
acadmica a atendendo s necessidades da comunidade regional, atravs de
eventos pblicos, prestaes de servios e cursos. Nesse contexto ressaltamos
aes permanentes, como Arquitetando na APAE, que propicia oficinas de artes
plsticas e expresso grfica populao vulnervel (crianas com necessidades
educacionais especiais) e o Escritrio Modelo, que surge para proporcionar
vivncia prtica aos acadmicos de arquitetura e urbanismo, como forma de
complementao educao universitria e para atuar de forma social na
comunidade onde se insere. O escritrio modelo de arquitetura e urbanismo no
possui finalidade lucrativa, apenas o ganho da vivncia social e a experincia prtica
aliada teoria.
Na pesquisa, o curso de Arquitetura e Urbanismo conta com o grupo Gesto
de Apoio ao Desenvolvimento Regional atravs da Arquitetura e Urbanismo
GADRAU, com as seguintes linhas de pesquisa: Arquitetura e Urbanismo e
Desenvolvimento Regional. Este grupo visa investigar a evoluo arquitetnica e
urbana dos municpios da regio na qual Santiago est inserida, como tambm
fomentar alternativas viveis para que a regio se desenvolva em todos os aspectos.
Sempre buscando o desenvolvimento regional, o curso de Arquitetura e
Urbanismo oferta para a comunidade os curso de ps-graduao, nvel lato sensu,
em Gesto Pblica em Cidades j em sua terceira edio e Arquitetura e
Tecnologia do Espao Construdo. Tambm foi disponibilizado comunidade e as
instituies de ensino regional o curso de ps-graduao, nvel stricto
sensu,mestrado MINTER em Planejamento Urbano e Regional, parceria com a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
Para constante atualizao da formao do arquiteto urbanista da URI o
corpo docente, juntamente com o corpo discente, vem realizando debates
constantes na (re)construo de um currculo dinmico. Dessa forma, tendo em vista
o perfil desejado do egresso, garantir a coexistncia de relaes entre teoria e
prtica como forma de fortalecer o conjunto dos elementos fundamentais para a
35
aquisio de conhecimentos e habilidades necessrios concepo e a prtica do
futuro profissional.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional Integrada do
Alto Uruguai e das Misses - URI, localizado na cidade de Santo ngelo, regio
noroeste do estado do Rio Grande do Sul, iniciou suas atividades no ano de 2011.
Sua implantao foi viabilizada pela Portaria de autorizao (MEC): n 125, de 12 de
janeiro de 2011.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional Integrada do
Alto Uruguai e das Misses - URI, localizado na cidade de Frederico Westphalen,
regio norte do estado do Rio Grande do Sul, iniciou suas atividades no ano de
2011. Sua implantao foi viabilizada pela Resoluo 1567/CUN/2011.
Desde a sua criao neste Cmpus, o curso de arquitetura e urbanismo, tem
procurado elaborar e implantar atividades de ensino, pesquisa e extenso, as quais
esto sendo registradas no Sistema de Projetos URI (SPURI) e arquivadas nas
dependncias fsicas da instituio.
As atividades de extenso que vem sendo projetadas e, algumas j
desenvolvidas, visam contribuir para a formao acadmica. Dentro deste contexto
destaca-se o projeto de cinema - CINEMAU, que busca trazer aos os acadmicos,
de uma maneira descontrada, o contato com arquitetura atravs de exibio de
filmes e o projeto Hora da Arquitetura, com apresentao de projetos de arquitetura
para aumento do repertrio visual e projetual dos alunos, nos quais os professores
da instituio ou fora dela, palestram, podendo apresentar, tambm, seus projetos
de pesquisa em especializao, mestrado e doutorado.
Ainda, procura-se realizar viagens de estudos e mostras do curso com
trabalhos dos alunos, geralmente semestralmente, como a mostra das disciplinas de
Expresso Grfica e Forma, que trabalham alinhadas sob mesmo objeto, pelo
menos em uma atividade e a mostra de Maquetes comestveis. Nas atividades de
viagens est sendo realizada uma parceria com a UFRGS: o ARQUITUR, para
futuramente ser firmado convnio. Este projeto trata-se de viagens internacionais e
nacionais realizadas anualmente, para que os acadmicos vivam a arquitetura e o
urbanismo das cidades objetos de estudos.
Dentro desta linha de atividades extensionistas, procura-se atender s
necessidades da comunidade regional, atravs de cursos e prestaes de servios
dentro do Escritrio Modelo, no mesmo conceito dos demais campus da URI.
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Outro projeto de extenso que pe os preceitos da arquitetura a servio das
dimenses sociais o Recriando a Mquina. Trata-se de arquitetura aplicada ao
reaproveitamento de mquinas caa-nqueis, o qual pretende a readequao de
mquinas, antes usadas para a contraverso penal, gerando problemas sociais,
transformando-as em ferramentas pedaggicas que auxiliem o processo ensino-
aprendizagem e a conscientizao da necessidade de medidas sustentveis,
promovendo maior acessibilidade e a incluso digital em comunidades carentes.
Este projeto desenvolvido em parceria com o Projeto Infoacesso do Departamento
de Cincias da Computao da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Misses URI Campus de Santo ngelo.
Na pesquisa, segue-se na busca do enriquecimento acadmico e atendimento
as necessidades da comunidade regional atravs das pesquisas vinculadas s
propostas do Grupo de Pesquisa Cidade, Memria e Arquitetura. Ressaltam-se os
projetos Evoluo Urbana e Histria da Cidade de Santo ngelo e Arquitetura e
Patrimnio Histrico da Cidade de Santo ngelo. O primeiro baseia-se no resgate e
reconstruo da histria para remontar o desenvolvimento e evoluo urbana da
Cidade de Santo ngelo, busca construir e entregar, comunidade de Santo ngelo
uma recuperao de sua histria urbana, garantindo o registro e permanncia de
sua memria e ajudando a fortalecer a identidade da cidade. O segundo projeto
busca levantar, catalogar e apresentar o Patrimnio Arquitetnico da Cidade de
Santo ngelo na tentativa de tentar suprir a falta de informaes sobre a Arquitetura
da Cidade, assim como colaborar com as pesquisas que fazem uma classificao do
que j considerado e do que possa ser includo como Patrimnio Arquitetnico da
Cidade. Este trabalho pretende produzir material que poder ser utilizado na
ampliao das aes de Turismo, contribuindo com o desenvolvimento econmico
da Cidade e da Regio.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo da URI Frederico Westphalen se prope
a promover eventos semestrais que venham a complementar os contedos previstos
no currculo como o caso do Ciclo de Palestras sobre Conforto Ambiental e
Habitao onde visa disseminar o conhecimento permitindo a congregao de
alunos, professores, profissionais e da sociedade voltada ao ambiente de projeto de
edificaes e planejamento urbano. Ao atualizarem-se frente s tecnologias,
permite-se aos participantes deste evento ampliar suas habilidades diante dos
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desafios, o que ampliar e facilitar a insero no mercado de trabalho e refletir em
aes concretas perante a comunidade.
Outras aes extensionistas esto diretamente ligadas ao ensino
fundamental, como o Perspectivando nas Escolas de Ensino Fundamental, onde
acadmicos, professores e alunos das escolas de ensino regular podem dividir
experincias e desenvolver, ambos, a capacidade de comunicao verbal e domnio
de sala de aula e expresso grfica.
Este projeto busca promover a insero do acadmico de Arquitetura e Urbanismo
nas escolas de ensino fundamental de Frederico Westphalen, atravs do
engajamento no projeto de extenso Recreao URI, com a finalidade de
proporcionar, a ambas as partes, a experincia em atividades desenvolvidas em
grupos e o estmulo para propostas que priorizem a criatividade na expresso grfica
de trabalhos, atravs de desenhos de perspectivas.
Outra ao do curso o Escritrio Modelo de Arquitetura e Urbanismo, que
surge para proporcionar vivncia prtica aos acadmicos de arquitetura e
urbanismo, como forma de complementao educao universitria e para atuar
de forma social na comunidade onde se insere. O escritrio modelo de arquitetura e
urbanismo no possui finalidade lucrativa, apenas o ganho da vivncia social e a
experincia prtica aliada teoria.
O Curso tambm busca promover a Mostra de Arquitetura de Interiores com a
finalidade de proporcionar aos acadmicos a experincia na organizao e
promoo de um evento, e propiciar aos mesmos a oportunidade de adquirir novos
conhecimentos pelo exerccio da prtica no que se refere a arquitetura de interiores.
A ideia que a realizao desse evento traga para Frederico Westphalen,
mais especificamente a URI - Cmpus Frederico Westphalen, a oportunidade de
divulgar o curso de Arquitetura e Urbanismo na regio, bem como as entidades
parceiras, evidenciando a importncia da arquitetura no estudo de interiores, criando
ou adequando ambientes residenciais, comerciais, de trabalho ou outros, com
propostas de interiores funcionais, saudveis, harmnicas e com estilo,
proporcionando aos usurios bem estar, satisfao e segurana ao usufruir desses
ambientes.
O Curso possui o Grupo de Pesquisa Arquitetura, Urbanismo, Tecnologia e
Conforto Ambiental AUTEC, com as seguintes linhas de pesquisa: Conforto
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Ambiental e Tecnologia no Ambiente Construdo; Habitao Social e Planejamento
Territorial; Histria, Conservao e Restaurao do Patrimnio Cultural;
Metodologias Aplicadas em Projetos de Arquitetura e Conforto Ambiental. Este grupo
visa promover na rea da Arquitetura e Urbanismo, estudos cientficos adequados s
necessidades de conforto e conscientizao, prioriorizando a qualidade de vida dos
usurios dos municpios da regio na qual Frederico Westphalen est inserido, como
tambm de desenvolver pesquisas no mbito da concepo e produo da
Habitao de Interesse Social e das Polticas Pblicas, direcionadas para enfrentar
questes que envolvam interfaces na concepo de projeto arquitetnico,
urbanstico, tecnologias, tcnicas, custos, eficincia energtica, participao
comunitria e programas habitacionais de interesse social.
1.5.10. Contexto do Curso na Legislao
O Projeto Poltico Pedaggico visa atender as exigncias sociais e s atuais
conecpes sobre o processo de aprendizagem, observando o contexto individual e
coletivo, fundamentando-se na legislao que baseia o exerccio profissional e o
ensino no cenrio nacional:
Constituio Federal Brasileira de 1988;
Lei n 9394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional
Lei 5194/96, resoluo 218 e Deciso 47 do CONFEA
Lei n 9795 de 27/04/1999 e Decreto n 4281 de 25/06/2002 Avalia a
integrao da educao ambiental as disciplinas do curso de modo
transversal, contnuo e permanente.
Resoluo CNE/CES n 2 de 17 de junho de 2010 Institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Arquitetura e Urbanismo
Lein 10.861, de 14 de Abril de 2004. Institui o Sistema Nacional de
Avaliao da Educao Superior - SINAES e d outras providncias.
Resoluo CONAES n 01 - 17/06/2010 O NDE atende a normativa
pertinente.
Portaria Normativa n 12/2006 Adequao da denominao do Curso.
Resoluo CNE/CP n 02/2007; carga horria mnima dos Cursos e tempo
de integralizao.
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Decreto n 5296/2004 Acessibilidade
Lei 12.378/2010 Regulamenta o Exerccio da Arquitetura e Urbanismo; cria
o conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU/BR e os Conselhos de
Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal e d outras
providncias.
Diretrizes Nacionais para a Educao em Direitos Humanos Resoluo n
01 de 30 de maio de 2012. CNE
Resoluo N 51, de 12 de julho de 2013 - Dispe sobre as reas de
atuao privativas dos arquitetos e urbanistas e as reas de atuao
compartilhadas com outras profisses regulamentadas, e d outras
providncias.
Resoluo n 21, de 5 de abril 2012- Dispe sobre as atividades e
atribuies profissionais do arquiteto e urbanista e d outras providncias.
Tambm este PPP observa a Lei n11.645, de 10/03/2008, que altera o art.
26 da lei 9.394/1996, e a Resoluo CNE/CP n 01 - 17/06/2004, onde h referncia
sobre o ensino da histria e cultura Afro-brasileira e Indgena. Essas temticas
apontadas nessa legislao so especificamente observadas nas disciplinas
voltadas tica Profissional e Legislao, Sociologia Urbana, Realidade Brasileira e
Teoria e Histria da Arquitetura e Urbanismo IV.
Ainda observa-se o Decreto n. 5.626 de 22 de dezembro de 2005 que
dispe sobre a lngua brasileira de sinais-LIBRAS. Considerando a caracterstica do
curso, e a modalidade de bacharelado, atende-se a este decreto com a insero da
disciplina de LIBRAS como uma disciplina eletiva.
1.6 FUNDAMENTOS NORTEADORES DO CURSO
1.6.1 Fundamentos tico-Polticos
Partindo da premissa de que vivemos em uma sociedade globalizada que
exige um movimento constante de atualizao profissional, o Curso de Arquitetura e
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Urbanismo inserido, neste contexto, busca adaptar-se aos variados desafios
apresentados no mbito pessoal, social, poltico e econmico.
Sendo assim, entendemos que o arquiteto urbanista, como ator social,
engajado nesse processo e comprometido com a qualidade da vida humana, sua
formao no pode estar centrada somente na dimenso tcnica, mas integrada
dimenso tico poltica.
Desta forma, o Curso de Arquitetura e Urbanismo proporciona aos seus
acadmicos uma formao generalista, humanista, crtico e reflexiva, qualificando-os
para o exerccio profissional para atuar, no mundo do trabalho, com senso de
responsabilidade social, rigor cientfico e intelectual, pautado em princpios ticos e
compromisso com a cidadania.
A tica no ensino da Arquitetura e Urbanismo deve propiciar ao discente o
exerccio da escolha e da deciso entre alternativas diferentes, tanto na execuo
de atividades profissionais como na definio de caminhos, procedimentos ou
metodologias mais eficazes para qualificao dos ambientes construdos, visando
sempre o bem-estar e os anseios dos usurios. Ao destacar o valor da pessoa, o
Curso de Arquitetura da IES elege tambm como valores a liberdade, a
responsabilidade, a justia e a verdade.
Em funo da recente criao do Conselho de Arquitetura e Urbanismo
(CAU), que foi desmembrado do Conselho de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
(CREA), o Cdigo de tica Profissional dos Arquitetos e Urbanistas utilizado ainda
o mesmo do CREA, pois o novo cdigo de tica dos arquitetos e urbanistas est em
fase de discusso e de elaborao. Sendo assim, as normas do referido Cdigo de
tica, fazem parte do dia-a-dia acadmico, tanto nas atividades de ensino, pesquisa
e extenso, quanto nas relaes interpessoais imprescindveis ao desenvolvimento
individual, profissional e social, partindo de reflexes que envolvem a busca pela
qualidade do servio e pelo respeito ao sujeito/usurio. Ainda, h todo um ensino-
aprendizado sobre princpios, direitos, responsabilidades, deveres e proibies
pertinentes conduta tica dos profissionais de arquitetura e urbanismo.
1.6.2 Fundamentos epistemolgicos
Busca-se contribuir para a formao de pessoas capazes de posicionarem-se
crtica, responsvel e construtivamente nas diferentes situaes sociais, capazes de
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reconhecerem-se como valor, como sujeitos histricos e transformadores, os quais
possam compreender a complexidade do mundo em que se vive. Isto implica no
desenvolvimento de valores, mas tambm de contedos que permitam desenvolver
as capacidades necessrias a uma efetiva participao social.
O que se percebe que, na educao atual, h necessidade de que a forma
de organizao, distribuio e trabalho dos contedos sejam voltados para uma
formao de indivduos altamente informados e especializados, com capacidade de
aplicar seus conhecimentos na vida, de relacion-los entre si e de compreenderem
sua importncia para o seu prprio processo de desenvolvimento.
O Curso de Arquitetura e Urbanismo prepara futuros profissionais para que
ultrapassem a concepo fragmentada do mundo a qual transforma os homens em
objetos destitudos de conscincia prpria e altamente manipulveis, para integr-los
no universo complexo em que vivem, fazendo-os participar da histria de sua
sociedade a medida em que vo construindo sua prpria histria.
Acredita-se que uma educao de qualidade, voltada para o aperfeioamento
da pessoa, deva no s incluir contedos que possibilitem a compreenso e a critica
da realidade, por parte do educando, mas que permitam articul-los entre si,
superando as fronteiras que inibem, reduzem e fragmentam o saber.
O que se pretende favorecer uma prtica educacional vinculada ao
cotidiano em que ela ocorre e a partir da qual se possa refletir sobre os problemas
complexos, amplos e globais da realidade atual. Essa postura implica superar a
fragmentao imposta pela falta de comunicao entre as disciplinas curriculares
numa viso, necessariamente, interdisciplinar.
A concepo pedaggica deste curso preocupa-se em oportunizar atividades
significativas do cotidiano, em busca da realizao humana, do respeito, da
solidariedade, da responsabilidade, do senso crtico e criatividade, para uma
educao transformadora do ser humano e do meio em que est inserido.
1.6.3 Fundamentos Didtico-Pedaggicos
De acordo com o Artigo 6 da Resoluo CNE/CES N 2, de 17 de junho de
2010, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em
Arquitetura e Urbanismo, os contedos essenciais para o curso esto distribudos
42
em Ncleo de Conhecimentos de Fundamentao, Ncleo de Conhecimentos
Profissionais e Trabalho de Curso, recomendando-se sua interpenetrabilidade.
Com um projeto pedaggico centrado no acadmico como sujeito da
aprendizagem, o professor dever assumir, em sala de aula, uma postura de
facilitador e mediador do processo ensino aprendizagem. Passar a deslocar a lente
do ensinar para o processo do aprender. Tal metodologia busca uma formao
integral e adequada do acadmico no processo de uma reflexo crtica alicerada na
realidade local, regional e nacional e que, esse processo de ensino, esteja afinado
com a pesquisa e a extenso. Assim, objetiva-se a formao de um sujeito
autnomo, comprometido e inquiridor.
Esta nova perspectiva impe um reposicionamento onde o foco no aprender a
aprender no est mais na disciplina ou nos contedos, mas no processo de
aprendizado como um todo, envolvendo teoria, prtica, pesquisa,
interdisciplinaridade e contextualizao, sendo estes, requisitos bsicos para a
formao de um acadmico ativo, tico, capaz de trabalhar em equipe, atento e
sensvel para com os problemas de sua regio.
Os fundamentos didtico-pedaggicos que norteiam o Curso promovem a
formao de um profissional com conhecimentos requeridos para o exerccio de
competncias e habilidades gerais, previstas nas suas diretrizes curriculares.
Tais fundamentos concentram-se numa prtica interdisciplinar, na qual o
conjunto de conhecimentos estudado de forma integrada, construindo assim uma
base slida acerca dos saberes necessrios ao Arquiteto e Urbanista. Assim, a
concepo pedaggica baseia-se no pressuposto de que a educao deva ser
compreendida como o processo de socializao dos conhecimentos historicamente
construdos pela humanidade, construindo e reconstruindo, de modo a adequ-los
realidade social e, desse modo, contribuir na formao do Arquiteto e Urbanista
enquanto sujeito crtico-reflexivo, responsvel, comprometido e ciente de seu papel
na sociedade.
1.7 Pressupostos Metodolgicos do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Ao refletir sobre a formao do arquiteto e urbanista, a relao teoria e prtica podem ser consideradas como um elo articulador por serem elementos
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indissolveis, que se unem e se completam. No Curso de Arquitetura e Urbanismo
da URI, busca-se cada vez mais aliar a prtica educativa teoria.
Os acadmicos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da URI tem o seu
aprendizado desde os primeiros semestres at a sua formao final pautados no
aprendizado terico-prtico. Dessa vivncia surgem novas reflexes e novos
conhecimentos, portanto, amplia-se a teoria o que resulta em novas alternativas para
a prtica, ainda, fomentando a pesquisa e as atividades extensionistas.
No que se refere interdisciplinaridade na formao, considera-se que esta acontece a partir da integrao de disciplinas no mbito do Curso de
Arquitetura e Urbanismo, com vistas a preparar o acadmico para solucionar de
forma compartilhada problemas complexos. Sabe-se que a integrao, para
compreender melhor a realidade, pode ocorrer entre duas ou mais disciplinas na
discusso de um mesmo assunto. Desse modo, tem-se a expectativa de fortalecer
aspectos para a formao do arquiteto e urbanista, na perspectiva interdisciplinar,
para q
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