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Pós graduação – UFPRPersonal Training
2008
Prof. Paulo Cesar Barauce Bento
Planejamento, Avaliação e Prescrição
Individualizada do Exercício Aquático
Programa
Tipo de exercícios aquáticosPropriedades físicas da águaAdaptações fisiológicasAspectos básicos da prescriçãoPrincípios meios e métodos de treinamentoAvaliação e prescriçãoModelos de periodização
Cronograma
17/ 01: Teórica (manhã e tarde)
18/01: Manhã: teórica / Tarde: prática (piscina do CED)
19/01: Manhã: Teórica / Tarde: trabalho em grupos (avaliação).
Esportes Aquáticos
Esportes Aquáticos Recreacionais
Condicionamento
Físico para jovens
e adultos
Esportes AquáticosAmadores
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Atividades Aquáticas
Natação
Atividades aquáticas na posição verticalHidroginásticaDeep WaterCaminhada aquáticaCaminhada aquática em suspensãoHidro Bike
Atividades Aquáticas
Populações EspeciaisAtividades Aquáticas
X Equipamentos
Atividades Aquáticas X
Equipamentos
Atividades Aquáticas X
Equipamentos
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DESAFIO
CONHECIMENTO DOS PRINCÍPIOS FÍSICOS DA
ÁGUA PARA TORNAR MAIS EFICAZ O SEU
PROGRAMA DE EXERCÍCIOS UTILIZANDO A
ÁGUA COM TODAS AS SUAS VANTAGENS.
DENSIDADEDensidade relativa de um objeto é a
relação entre a massa do objeto e a igual massa de volume de água deslocado.
DENSIDADE= MASSA / VOLUMEValor > 1 = objeto afundaráValor < 1 = objeto flutuaráValor = 1 = objeto flutuará logo abaixo da
superfície
Composição corporale densidade relativa:M. óssea = 1,5
M. magra = 1,0
M. Gorda = 0,8
Geralmente as mulheres tendem a flutuar mais que os homens e os idosos tendem a flutuar mais
que os mais jovens.
FLUTUAÇÃO
Exposição a duas forçasGRAVIDADEEMPUXO. Uma das principais vantagens dos
exercícios aquáticos é a redução das forças de sustentação do peso. As pessoas sentem-se mais leves movimentam-se com mais facilidade e tem menor impacto sobre suas articulações.
NÍVEL DE IMERSÃO
IMPORTANTE
Assim como a gravidade assiste ou resiste um movimento em terra a flutuação o faz na água.
A flutuação é uma força vertical para cima, todo movimento para a superfície será assistido e todo movimento para baixo seráresistido.
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PRESSÃO HIDROSTÁTICA
A pressão hidrostática ajuda a estabilizar as articulações instáveis e melhora o retorno venoso.
VISCOSIDADECaracteriza-se pelo atrito que ocorre entre as moléculas de um líquido e que causa resistência ao fluxo desse líquido.
Atua como uma resistência ao movimento, essas moléculas do fluido tendem a aderir à superfície do corpo em movimento através dele.
Esta força de resistência é conhecida como força de arrasto ou draga.
HIDRODINÂMICA
Corpo em movimento, descritos em termos de movimentação do fluido ao redor do objeto do que da movimentação do objeto através do fluido.
FLUXO ALINHADO OU LAMINARFLUXO TURBULENTO
FORMAÇÃO DE ESTEIRA
Diferença de pressão da água entre a frente e a parte de trás do corpo, que faz com que o aluno se veja empurrado para trás.
Quanto maior a turbulência maior a formação de esteira. (REDEMOINHOS)
Vantagem: dosagem da intensidade do exercício na hidroginástica
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INÉRCIA
A inércia acontece quando um corpo está em uma velocidade e de repente muda para uma trajetóriaoposta ao movimento.
O movimento sofre a oposição da inércia da água, ocorrendo turbulência.
Programa detreinamento físico aeróbio
Progressão
Freqüência Intensidade
Duração
Prescrição e progressãodo treinamento físico aeróbio
INTERDEPENDÊNCIA
VOLUMEDuração da sessão
Número de sessões
INTENSIDADE%VO2max
FCres
Prescrição
20-60 min ( exercício contínuo ou fraccionado) mínimo de 3 x 10 minutos
Qualquer atividade que mobilize grandes grupos musculares
3-5 vezes / semana
55/65% - 90% FCMax.
40/50% - 85% VO2 R ou FCR
(ACMS)
Fatores ambientais
Frio Calor Umidade do arAltitude
E os efeitos da Imersão?
Adaptações fisiológicas a imersão
Em repouso
Em exercício sub-máximo
Em exercício máximo
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Em repouso
Efeitos cardiovasculares
BradicardiaVasodilatação periféricaRedistribuição do fluxo sanguíneo
Temperatura
Frio dispara bradicardiaVasoconstriçãoAumento do retorno venosoEnchimento atrial(Starling) Aumento do VERedução da FC = Q
Temperatura – Fluxo sanguíneo
Água fria > aumento da Fc
Água morna e quente > redução da FC
Entre (20º - 40º C) pode não alterar o fluxo
Temperatura do corpo (termoneutra)
Arrasto
Respostas fisiológicas ao exercício na água
Exercício dinâmico leve e moderado realizado na água predomina o metabolismo aeróbio
Propriedades da água: custo energéticodepende > flutuação e viscosidade (arrasto).
Na água o dispêndio energético depende da energia gasta para superar o arrasto.
Depende: tamanho – forma – posição do corpo e velocidade do movimento.
D= Força de arrasto hidrodinâmicoρ= densidade do fluidoV = velocidadeA = área transversal máximaCD = coeficiente de arrasto
Dispêndio D= ½ . ρ . A . CD . V2
na água depende:
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Comparação entre exercícios
Bicicleta:
Água: 50 rpm água 25º C 33% - 42% mais energia do que em
esteira em terra (Costill, 1971).
Água: 30 rpm, não houve diferença (menor velocidade) (Craig e Devorak, 1969).
Comparação entre exercícios
Caminhada e trote:
Evans e cols.(1978) Compararam CA
(31º C) e CE e o Vo2 foi maior na água em todas as velocidades testadas.
Água (2,56 a 5,6 km/h) contra (5,47 a 13,35 km/h) para mesmo dispêndio energético.
Comparação entre exercícios
Caminhada e trote:Gleim e Nicholas (1989) comparou esteira na água e esteira em terra.
Velocidade (3,2 a 7,2 km/h). tornozelo (25% - 55%)Joelho ( 26% - 67%)Coxa (34% - 72%)Cintura (14% - 67%)
Comparação entre exercícios
Caminhada e trote: Gleim e Nicholas (1989) comparou esteira na água e esteira em terra.
Velocidade (> 8 km/h). tornozelo (20% - 24%)Joelho ( 35% a 37%)Coxa (40% - 45%)Cintura (sem diferença)OBS: efeitos opostos da flutuação e resistência da
água. (aumento do tempo de vôo)
Comparação entre exercícios
Caminhada em suspensão: Bishop et al. (1989)
Intensidade preferida durante 45 minutos (água 28º C x terra)
- PSE sem diferença (11-12)- FC ( 122 x 157)- Vo2 máx ( 1,97 x 2,68 L/min)
Concentração de lactato
Resultados conflitantes: esteira x água
> valor na água atribuídos a maior participação do sistema anaeróbio (Svedenhag e Seger,1992; Glass et al.)
< valor na água atribuído a maior ativação muscular da CE e familiarização com a deep(Town e Bradley,1991; Frangolias e Rhodes,1994)
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Comparação entre exercícios
Natação:Vo2 aumenta linearmente com avelocidade, embora o arrasto aumente como quadrado da velocidade.
Existem diferenças entre os estilos de nadoe do nível de habilidade do nadador.
Mulheres > custo de nado que homensCrianças > custo de nado que adultos
Devido ao menor tamanho corporal
THOMAS REILLY,1* CLARE N. DOWZER2 and N.T. CABLE1
Journal of Sports Sciences, 2003, 21, 959–972
The physiology of deep-water running
Journal of Sports Sciences, 2003, 21, 959–972
The physiology of deep-waterrunning
THOMAS REILLY,1* CLARE N. DOWZER2 and N.T. CABLE1
GRAEF & KRUEL
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 4 – Jul/Ago, 2006
NQV – UFPR 2006
Diferenças FCmáx entre Corrida na esteira x corrida na água em suspensão
Diferenças entre FC submáxima (TEP 12-14)
Diferenças entre FC de reserva entre água e terra
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Controle da FC
Repouso na água Repouso em terra
Teste na água
Estágios de 2’80 ppmAumento de 10 ppmControle da FCEsforço percebidoCritérios de interrupção do teste
Estágio máximo NQV – UFPR 2006
0,0004*0,39540,0002*p
125,05 ± 11,5270,5 ± 12,98195,55 ± 10,2Esteira
107,55 ± 14,3073,83 ± 14,00181,38 ± 8,7Água
FCresFCrepFCmáx
NQV – UFPR 2006
0,0007 *± 12,980,2± 14,870,5% FCres (12-14)
0,0003 *± 18,24170,5± 15,71150,4FCsub TEP (12-14)
pEsteiraÁgua
Avaliação em Atividades Aquáticas
Vo2 máximo (potência aeróbia)Limiar de lactatoEquações de regressãoVelocidade críticaF. CardíacaPSE (Escala de Borg)% de esforço (melhor tempo de nado)
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F. Cardíaca: proposta para sua utilização
% da F.C. Máx%F.C. de reserva
IT= (Fcmáx – FCR) x % T + FCR
AEA (1995) e CASE (1995): IT= (Fcm-FCR) x % T+ FCR –17
NATAÇÃO: 220 – IDADE – 13 BPM
GPAA (RS) 220 – IDADE- BRADICARDIA
NQV: mensurar Fcrep; Fcmáx na água
V 400
400M(y=0,4193 + 0,6455 x , r2 = 0,88, R=0,93, p< 0,01)
OBLA=[0,4193 + ( 0,6455 X Vm 400m)]
OBLA – Intensidade de exercícios correspondente àconcentração fixa de 4mM de lactato sanguíneo;
Vm400 (m/s) – Velocidade média, em metros por segundo, obtida na performance dos 400m estilo CRAWL na natação
WAKAYOSHI ET AL.1993
V 200
200MOBLA = Vm200m (m/min) x 0,9 + 1,96
OBLA – Intensidade de exercícios correspondente à concentração fixa de 4mM de lactato sanguíneo;
Vm200 (m/min) – Velocidade média, em metros por minuto, obtida na performance dos 200m estilo CRAWL na natação
BALIKIAN et al.1997
Velocidade Crítica
Maior velocidade que pode ser mantida por tempo prolongado
Corresponde ao OBLA: início de acúmulo de lactato no sangue
Concentração fixa de 4mml/l sangue
Velocidade Crítica Em síntese
Fatores que afetam a resposta ao exercício na água:- viscosidade e fricção- sustentação do peso corporal- diferenças biomecânicas entre CA e CE- temperatura da água- nível de imersão
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Prescrição do exercício aquático
Considerar respostas fisiológicas em imersãoRealizar avaliações no meio aquáticoUtilizar avaliações específicas FC utilizar valores de FCmáx; FCrep e FCresobtidos em testes na águaIndicações gerais sobre prescrição, são apenas indicações gerais (arte da prescrição depende da capacidade do professor em considerar a individualidade)
COMO PRESCREVER?
?Há alterações
fisiológicas no
comportamento da
freqüência cardíaca
a partir do repouso
em imersão?
Instrumentos
Anamnese (questionário)
Escala de borg
Freqüencímetro Polar modelo F610 C/interface
Piscina profundidade mínima 1,20m,Temperatura da água entre 29 e 30º
Comportamento da freqüênciacardíaca (FC) em indivíduos adultos em repouso, comparadas nos meios
aquático e terrestre.
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METODOLOGIA
PROCEDIMENTOS
Aferição da FC em 3 momentos:
1- sentado fora da piscina; o menor valor
2- em pé ao lado da piscina (transição)
3- imerso com água na altura dos ombros.por 5 minutos contínuos
TESTE MÁXIMO
TESTE MÁXIMO TESTE MÁXIMO
INFANTIL BOA TARDE!
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