passearsente a natureza
byNº.11 . Ano I . 2012
Castelos de Portugal
Alcácer e Viana do Alentejo
CaminhadaTrilho da Mesa
dos 4 Abades
Passeio Parque da Espanha Industrial
KayakVolta Ibérica
Ecovia 2Reconhecimento na Serra de Sintra
edição digital
Registada na Entidade Reguladorapara a Comunicação Socialsob o nº. 125 987
2
Capa Fotografia À Descoberta dos Castelos
(pág.28)
Praceta Mato da Cruz, 182655-355 Ericeira - PortugalCorrespondência - P. O. Box 242656-909 Ericeira - PortugalTel. +351 261 867 063www.lobodomar.net
Director Vasco Melo GonçalvesEditor Lobo do MarResponsável editorial Vasco Melo GonçalvesColaboradores Catarina Gonçalves, Luisa Gonçalves....
Grafismo
Direitos Reservados de reprodução fotográfica ou escrita para todos os países
Publicidade Lobo do MarContactos +351 261 867 063 + 351 965 510 041e-mail [email protected]
Contacto +351 965 761 000email [email protected]/lobodomardesign/comunicar
www.passear.com
Rumo ao futuro com o vosso apoioA resposta dos nossos leitores à campanha de Assinaturas foi muito positiva mas, continuamos a precisar do vosso apoio para levar este projeto por diante.
Estivemos presentes na Nauticampo e promovemos uma conferência subordinada ao tema As atividades de Ar Livre, uma área com potencial e que contou com a presença de Luis Quinta (Fotógrafo de Natureza), João Ministro (Empreendedor e empresário), Projeto Ecovias Portugal com Paulo Guerra dos Santos, Projeto Volta Ibérica em Kayak com Nuno Pereira, SPEA na pessoa de Luis Costa (Diretor Executivo), Aldeias do Xisto na pessoa de Bruno Santos (Departamento de Marketing e Comunicação), Douro à Vela na pessoa de António Pinto.
Nesta edição voltamos à Descoberta dos Castelos de Portugal em bicicleta, o Grupo Pénotrilho foi à descoberta do trilho da Mesa dos 4 Abades, passeámos no Parque Industrial de Espanha em Barcelona e Paulo Guerra dos Santos já está a preparar a Ecovia 2.
Boas leituras e bons passeios
14 21Edição Nº.11 Fevereiro 2012
5428
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Sumário04 Notícias
08 Equipamentos12 ASSINATURA PASSEAR14 Volta Ibérica em Kayak18 Canoagem21 Ecovia Parque Nat. Serra de Sintra28 De Bicicleta à Descoberta dos Castelos de Portugal42 Caminhada Trilho da Mesa dos 4 Abades54 Destino: Barcelona
notí
cias
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Trilhos ambientais inaugurados
O concelho de Vila Pouca de Aguiar tem, desde 22 de janeiro, seis novos percursos pedestres interpretados que surgem inte-grados na Aguiar Nature – Rede de Inter-pretação de Espaços Naturais. Através de painéis explicativos ao longo do trilho, é possível perceber o património natural e cultural existente, aliando a prática desportiva e de lazer ao conhecimento da natureza e património envolventes. Na inauguração, os cursos de água ou a ermida da Nossa Senhora da Luz foram alguns pontos de interesse registados pelos caminheiros de Vila Pouca de Aguiar, de caminheiros vindos dos concelhos vizinhos e de outras paragens do norte de Portugal, que receberam os topoguias dos percursos pedestres. Depois de, através da área do observatório, os par-ticipantes estenderem a vista sobre o lago do Alvão, foi apresentado e distribuído o Atlas Ambiental que para Domingos Dias se insere na «nossa visão de potencializar e divulgar a rede natura» existente do concelho e, relativamente a este percurso estreado, aconselhou as pessoas a voltarem ao lago e, com calma, podem desfrutar de ver duas lontras a brincar e a gozar em espaço natural. No final, as pessoas puderam participar numa merenda regional.
Centro de BTT da BatalhaO Município da Batalha vai inaugurar no próximo dia 25 de Março o Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso.O Centro de BTT da Batalha será um dos primeiros do país homologado pela UVP/ Federação Portuguesa de Ciclismo, cum-prindo todos os requisitos técnicos defi-nidos internacionalmente para uma in-fraestrutura turística e desportiva desta natureza.
O Centro de BTT da Batalha – Pia do Urso é constituído por um edifício dotado de bal-neários, instalações sanitárias, área informa-tiva e uma zona para lavagens e pequenas reparações das bicicletas. Dispõem de uma rede de trilhos cicláveis e devidamente sinali-zados num total de 265 Km, divididos em quatro níveis de dificuldade. Os percursos do Centro de BTT percorrem os Concelhos da Batalha, Porto de Mós e Leiria.
5
5ª Travessia Via Algarviana
A Almargem está a organizar a 5ª Traves-sia da Via Algarviana que este ano será percorrida no sentido do Cabo de S. Vi-cente – Alcoutim. A travessia será reali-zada nas modalidades Pedestre, Pedestre com burros de carga e BTT.As datas previstas são:Pedestre: de 24 de Março a 06 de AbrilPedestre com burros de carga: de 27 de Março a 06 de AbrilBTT: de 02 a 06 de AbrilInscrições nas modalidades pedestre e BTT exclusivamente através do formulário online disponível em: https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dDVfQnVfTDhRN1ROUGk4N3BVUk5RTnc6MQ ( não são aceites inscrições via e-mail ou telefone)
Implementar uma estratégia de dinami-zação a iniciativas que promovam o de-senvolvimento rural e turístico é uma das apostas da Câmara Municipal de Ponte de Lima.Na reunião do dia 23 de Janeiro, o exe-cutivo municipal aprovou celebrar dois protocolos com duas associações do concelho, nomeadamente com a Asso-
Ponte de Lima incentiva iniciativas de desenvolvimento rural e turístico
ciação Cultural e Recreativa de Caça, Pesca e Gastronomia Tradicional para o Desen-volvimento Rural e Turístico do Vale de Es-torãos e com a Lima Terrae – Cooperativa de Produtos Alimentares, Artesanais e de Desenvolvimento Rural, C.R.L.O protocolo com a Associação Cultural e Recreativa de Caça, Pesca e Gastronomia Tradicional para o Desenvolvimento Rural
e Turístico do Vale de Estorãos, tem como objectivo a constituição de um parque de lazer e recreio para a prática de BTT e Downhill, designado por “Bike Park de Ponte de Lima”, a implementar na encosta da Serra de Arga, abrangendo as freguesias de Estorãos e Cabração. Este projeto vem dar resposta à necessidade de explorar as evidentes siner-gias existentes entre o turismo de natureza e o turismo activo, rentabilizando as excecio-nais características daquele território de montanha para a realização das modalidades de BTT e Downhill, particularmente a nível do seu declive e da rede de caminhos existente.
notí
cias
6
Curso de Geoturismo e Geoparque do Porto SantoO Porto Santo vai receber o Curso de Geoturismo e Geoparque do Porto Santo, organizado pelo Centro de Investigação GEOBIOTEC da Universidade de Aveiro em colaboração com a Câmara Munici-pal, através da Porto Santo Verde – Geo-turismo e Gestão Ambiental, EEM. Esta ação ocorre no âmbito do Projecto Geopark Porto Santo e pretende dar a conhecer, o património natural da ilha, em particular a componente geológica, assim como as potencialidades geoturís-ticas de determinados sítios. É especial-mente dirigida aos técnicos de turismo do Porto Santo, no entanto está aberta a todos os que pretendam aprofundar co-nhecimentos nesta área. Professor Doutor Fernando Rocha, Dou-tor Engenheiro João Baptista Silva, am-bos do Centro de Investigação GEO-BIOTEC da Universidade de Aveiro, e Professor Doutor Mário Cachão, do Cen-tro de Geologia da Faculdade de Ciências
de Lisboa, são alguns dos especialistas que integram a equipa dos formadores.Para além das palestras, o curso conta ainda com uma saída de campo, com paragens em vários geossítos e com um jantar de encer-ramento, onde será feita a entrega dos cer-tificados.O curso realizar-se-á nos dias 8, 9 e 10 de Março do corrente ano, está limitado a 50 participantes e as inscrições estão abertas até dia 22 de Fevereiro.Mais informações em: www.cm-portosanto.com
7
A bicicleta e a Assembleia da RepúblicaA resolução da Assembleia da República n.º 14/2012 aprovada em 20 de janeiro de 2012, recomenda ao Governo a pro-moção da mobilidade sustentável com recurso aos modos suaves de transporte, nomeadamente através de medidas práti-cas que garantam efetivas condições de circulação aos seus utilizadores e o re-forço da sua segurança.A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Cons-tituição da República, recomendar ao Governo que:1 — Reconheça a importância dos modos de transporte suave
no contexto da mobilidade urbana e o seu contributo para a
promoção da saúde e do bem –estar dos cidadãos.
2 — Na revisão em curso do Código da Estrada (Decreto -Lei
n.º 44/2005, de 23 de fevereiro) seja consagrada:
a) A utilização do uso da bicicleta na rede viária e o estatuto do
peão na via pública, reconhecendo e valorizando efetivamente
estas soluções de mobilidade, e a necessidade de acautelar a
segurança dos seus utilizadores, atenta a sua maior vulnerabi-
lidade enquanto utilizadores da via pública;
b) A introdução de regras claras para garantir mais condições
de segurança para os utilizadores da mobilidade suave na rede
viária, nomeadamente:
i) O atravessamento de vias de trânsito por pistas dedicadas a
velocípedes, de modo similar às passadeiras para peões;
ii) O transporte de bicicletas em veículos automóveis na parte
posterior externa ou sobre o teto do veículo, e desde que com
recurso a dispositivos apropriados fixos ou móveis;
iii) A revogação da obrigatoriedade do ciclista circular o mais
próximo possível da berma, bem como a alteração de regras
de prioridade, de forma a conferir maior importância à bici-
cleta em algumas situações particulares;
iv) A introdução de regras gerais de defesa da mobilidade
suave das vias públicas (designadamente de peões e de ciclistas),
que é hoje manifestamente prejudicada face aos veículos a motor,
prevendo expressamente o especial dever de prudência, de ma-
nutenção de distâncias e de abrandamento dos veículos a motor;
v) A autorização da utilização dos passeios para a condução de
velocípedes por crianças com idade inferior a 10 anos, desde que
prossigam à velocidade de passo e não ponham em perigo ou per-
turbem os peões;
vi) A possibilidade de os velocípedes transportarem passageiros
com idade inferior a 8 anos, desde que estejam equipados com ca-
deiras homologadas para o efeito.
3 — Proceda à salvaguarda da componente de mobilidade susten-
tável (em especial os modos suaves — bicicleta e pedonal) nos
instrumentos de ordenamento do território, planeamento urbano e
viário em colaboração com as autarquias, assim como na definição
das políticas energéticas e ambientais, prevendo soluções facilita-
doras do uso dos modos suaves de transporte.
4 — Reconheça a necessidade de promover uma maior adaptação
dos edifícios e do espaço públicos, de forma a potenciar a utili-
zação de meios de transporte alternativo, nomeadamente da bici-
cleta.
5 — Tenha em consideração, reformulando onde necessário, o
Manual de Boas Práticas para Uma Mobilidade Sustentável, de-
senvolvido pela Agência Portuguesa do Ambiente e pelo Instituto
da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, como ferramenta para
a definição de políticas de mobilidade sustentável, em especial no
que respeita aos modos suaves de transporte.
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Garmin Edge® 200Facilidade e fiabilidade para a bicicleta• Compacto e intuitivo, o novo GPS paraciclismo da Garmin tornar-se-á num aliado para os utilizadores que desejem desfrutar dos seus pas-seios em bicicleta e obter dados precisos das suas viagens.• Proporciona informações sobre a veloci-dade e a distância, bem como as calorias queima-das. Além disso, pode armazenar até 130 horas de dados da viagem e graças a um companheiro virtu-al, o desportista pode competir contra os melhores tempos obtidos em percursos anteriores.A Garmin, completa a sua família de GPS para ciclismo com o Edge® 200. É um equipamento que se destaca por possuir as funções mais necessárias para que os aficionados do ciclismo disponham das informações que os façam superar as suas metas dia a dia e por oferecer um funcionamento mais intui-tivo. Para começar a utilizá-lo, basta apenas colocá-lo no suporte da bicicleta e pressionar “start”. Antes de tudo, simplesO Edge® 200 caracteriza-se por ser compacto e com um design discreto e, na sequência dos outros produ-tos da marca, pela sua rápida instalação, permitindo colocá-lo em várias bicicletas sem complicações.Uma vez instalado, o seu GPS de alta sensibilidade com tecnologia Hotfix™ encarrega-se rapidamente para começar o seu percurso. Além disso, graças a ele, o equipamento é capaz de mostrar e armazenar informações muito importantes oferecendo aos des-portistas a possibilidade de conhecer a velocidade, distância percorrida e calorias queimadas sem sen-sores adicionais. A isto, juntam-se os práticos alertas que se podem criar com base na distância, no tempo ou nas calori-as e que ajudam a atingir os objetivos de uma forma mais simples e divertida. Com a função Auto Pause, o GPS para o cronómet-ro quando não deteta movimento e volta a reiniciar no momento em que o utilizador retoma a marcha. Atividades organizadas e percursosCom o Garmin Edge® 200 é possível armazenar até 130 horas de dados de percurso e organizar cada
atividade para, quando cegar ao momento, lo-calizar o percurso mais rápido, mais longo ou o último realizado. Além disso, no seu menu encontra a função Traje-tos, que permite competir contra os melhores tem-pos obtidos em trajetos anteriores, Desta forma, um ciclista virtual vai mostrando a velocidade em comparação com o rendimento anterior escolhido, junto com uma indicação que estabelece o tempo de vantagem ou desvantagem que vai tendo com respeito à melhor marca conseguida. Competir contra outros ciclistasPor outro lado, é possível descarregar percursos de outros utilizadores através da página Garmin Con-nect™ (www.connect.garmin.com)l e participar numa competição virtual. De igual modo, e uma vez finalizados os treinos ou o percurso, o Edge® 200 pode ligar-se através do cabo USB a um com-putador para descarregar os dados armazenados sobre os diversos parâmetros e, depois, revê-los comparando com outros anteriores ou partilhá-los. Ao mesmo tempo, e utilizando a função Course Creator do Garmin Connect™, é possível planear novos percursos ou transformar uma atividade já passada num trajeto, para além de poder guardar rotas e atividades, fazer comentários e inclusive visualizá-las no Google Earth.Finalmente, este GPS proporciona uma autonomia de até 14 horas, o que permitirá aos desportistas aproveitar o máximo rendimento de cada trajeto. PVP Garmin Edge® 200: 149 euros (IVA incluído)
passearsente a natureza
byNº.11 . Ano I . 2012
Castelos de Portugal
Alcácer e Viana do Alentejo
Caminhada
Trilho da Mesa dos 4 Abades
Passeio
Parque da Espanha Industrial
KayakVolta Ibérica
Ecovia 2Reconhecimento na Serra de Sintra
edição digital
Temas incluídos na versão paga
• Kayak Volta Ibérica
• Canoagem no Douro Internacional
• Ecovia 2 : À descoberta de trilhos para a ligação Lisboa-Porto em bicicleta
• De Bicicleta à Descoberta dos Castelos de Portugal - Alcácer do Sal e Viana do Alentejo
• Caminhada - Trilho da Mesa dos 4 Abades
• Destino: Barcelona, o Parque da Espanha Industrial
18
ReseRva NatuRal do douRo INteRNacIoNal
canoagem
Texto e Fotografia: Jonas Oliveira*
PercursO 5 - Da Barragem De alDeavilla à Da Barragem De saucelle
Os vinTe quilómeTrOs DesTe PercursO Terminam na FrOnTeira DO Parque naTural DO DOurO inTernaciOnal cOm O iníciO Da zOna DemarcaDa DO DOurO vinhaTeirO, na DivisãO geOgráFica DO DOurO suPeriOr. navegaremOs agOra enTre a Barragem De BemPOsTa e a Barragem De alDeavilla.
* aKademia do Kayak
O melhor acesso á agua para este trajeto
é na freguesia de Lagoaça, concelho de
Freixo de Espada á Cinta. No centro da
freguesia encontramos indicações para
o porto de rio/pesca e seguimos as indi-
cações para esse local. A estrada, com cer-
ca de cinco quilómetros, permite sempre
visualizar o rio, terminando junto deste.
Com os kayaks já na água, subimos cerca
de seiscentos metros para montante, al-
cançando assim a El Poblado de Aldeavilla
(Espanha). Podemos ainda subir mais dois
19quilómetros mas não conseguimos che-
gar ao paredão da respetiva barragem,
uma vez que o caudal é normalmente
muito baixo.
Em direção a jusante encontramos um
rio estreito, dócil, sem grande influência
de ventos, protegido ainda pelas encos-
tas cobertas de vegetação. De longe a
longe surgem algumas casas rurais com
pomares e terrenos de cultivo. Já surgem
algumas vinhas mas de pouca dimensão.
É comum encontrarmos ao longo da
descida, barcos turísticos, uma vez que
quer no lado português, quer no lado
espanhol, existem praias e portos de rio
bastante apelativas. Uma dessas praias
fica a dois quilómetros do final do per-
curso, Praia da Congida, no lado portu-
guês, que oferece além da praia, espaço
para piqueniques, bar, restaurante e alo-
jamento.
Aos fins de semana encontramos também
vários pescadores e se estivermos atentos
verificamos que pescam, de forma artesa-
nal, com grande eficácia, as Percas do rio.
Algumas serão para consumo próprio, mas
a maioria pescada, dada a abundância, será
para venda aos restaurantes da zona.
Terminada a descida, o melhor local para
saída da água é a cerca de trezentos me-
tros da barragem, no lado espanhol. O car-
ro desce quase até á agua e é muito fácil
encontrar o acesso.
Nos próximos artigos já entramos na zona
do Douro Vinhateiro.
Bom passeio!
22Ano novo, Trilhos novosPoderiA ser esTe o moTe PArA o ArrAnque do esTudo dA novA ecoviA lisboA-PorTo (ou vice-versA) que em breve ligArá A cAPiTAl à cidAde invicTA Por Trilhos e cAminhos regisTAdos em gPs, mAioriTAriAmenTe em TerrA bATidA e com AlgumAs (ineviTáveis) ligAções em AsfAlTo. PArA comPleTAr o suPorTe
Texto e Fotografia: Paulo guerra dos santos riders: Pedro, Joana e Paulo
Um percurso com mais de 300 quilóme-
tros para viajar em bicicleta com reduzido
risco de acidente rodoviário, dando ao
turista o prazer de pedalar ao longo do
litoral português.
Neste artigo, descrevemos algumas das
pedaladas naquele que foi o primeiro dia
de exploração de trilhos: um domingo so-
larengo com temperaturas frescas pelos
bonitos mas nem sempre bem tratados
caminhos florestais do Parque Natural de
Sintra-Cascais.
A loja Movefree, nossa conhecida do
mundo das bicicletas, apoiou esta aventu-
ra cedendo duas máquinas para teste: a
HardRock Comp e a RockHopper SL, am-
bas da Specialized.
É conhecido que a zona da Grande Lisboa
é densamente urbanizada e detentora de
uma rede viária com tráfego intenso nas
principais vias. Assim, a Ecovias de Portu-
gal optou por definir que a primeira etapa
da Ecovia Lisboa-Porto iniciará em Cascais,
com o viajante a fazer-se transportar mais
23
a sua bicicleta nos comboios urbanos da
CP, partindo do Cais-do-Sodré até esta
antiga vila piscatória, de onde arrancará
por ciclovias, trilhos e caminhos até à Eri-
ceira, o final da primeira etapa.
A preparação e definição dos trilhos
Toda a grande viagem começa no sofá, a
olhar para guias e mapas. No nosso caso,
a definir trilhos no computador, utilizan-
do as mais ou menos recentes imagens
de satélite do Google Earth. Puxa-se
daqui e vira-se para ali, arrasta-se para
o outro lado, medem-se distâncias, cal-
culam-se altimetrias. O Parque Natural
de Sintra-Cascais é composto por uma
cadeia montanhosa, com o ponto mais
alto a furar os céus até quase 500 metros
acima do nível médio das águas do mar.
“Esta etapa vai ser a mais dura de todo o
percurso Lisboa-Porto”, pensamos. Mas
não há alternativa. A Estrada Nacional
247 que contorna a serra junto ao litoral
tem tráfego elevado, berma estreita e aos
Domingos transforma-se numa pista de
corridas, com muitos motards a fazerem
roncar bem alto os potentes motores das
suas motos e a arriscarem ultrapassagens
perigosas nos picanços até ao Cabo da
Roca.
Assim, só resta uma alternativa para re-
duzir o risco de acidente rodoviário:
atravessar a serra de um lado ao outro,
tentando descobrir trilhos com inclinações
mais suaves, nem que para isso se tenha
que dar uma volta maior. s viajantes ao
ponto mais alto da serra? A vista
“E porque não levarmos o 360º deve ser
soberba”, dizemos uns aos outros.
Assim pensámos, assim o fizemos: a Eco-
via 2 que ligará Cascais ao Porto vai mes-
mo subir a Serra. Assim, este parque natu-
ral fará as delícias dos viajantes de duas
rodas a pedal, em regra grandes apaixo-
nados pela natureza.
Paulo e Pedro observam a imensidão da paisagem num dos pontos mais altos do Parque Natural de Sintra-Cascais.
pass
eio
bicl
icle
ta
28
Durante três Dias peDalei pelas estraDas calmas que me levaram à Descoberta De alcácer Do sal, alcáçovas e viana Do alentejo.Texto e Fotografia: vasco de melo gonçalves
de Bicicleta à descoberta dos castelos de Portugalalcácer do sal e viana do alentejo
29
Alcácer do Sal Viana do Alentejo Alcáçovas
Duração3 DiasDistância 142,1 KmDificuldade
Tipo: LinearLocalização: AlentejoApreciação Geral: Médio
42
CaminhadaTrilho da Mesa dos 4 AbadesTexto e Fotografia: grupo PénoTrilho
O Grupo Pénotrilho de Braga propõe para este mês um percurso pedestre lá para os lados de Ponte de Lima, O “ Trilho da Mesa dos 4 Abades”. É um simpático trilho bastante fácil de se realizar, com bonitas paisagens sobre o vale do rio Lima, lagoas e bosques, recomendado para toda a família. pa
ssei
o
43
Vacariça Ald.V.do Monte M.4 Abades Vacariça
Duração5.00 horasDistância 10 KmDificuldade
Tipo: Circular e SinalizadoLocalização: Ponte de LimaApreciação Geral: Dif. Moderada
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DESTINO: BARCELONA
Parque da Espanha IndustrialOs faróis e o dragãoUM ENORME DRAGãO EM FERRO COM CAUDA POR ONDE DESLI-
zAM AS CRIANçAS à IMAGEM DE UM ESCORREGA GIGANTE, UM
GRANDE LAGO “GUARDADO” POR NEPTUNO, ESPAçOS PROTEGI-
DOS POR ÁRVORES ONDE SE PODE SENTAR A DESCANSAR… ASSIM
É O PARQUE DA ESPANHA INDUSTRIAL EM BARCELONA ONDE O
FOGO, A ÁGUA E A TERRA SãO PROTAGONISTAS. TUDO ISTO PRO-
TEGIDO POR FARóIS!
Texto e fotografia: vasco de melo gonçalves
55
A cidade de Barcelona, em Espanha, está
repleta de parques e jardins de grande
interesse e o Parque da Espanha Indus-
trial é um digno representante do em-
penhamento das autoridades camarárias
de Barcelona. Barcelona é conhecida
por ser uma cidade aberta e este con-
ceito reflecte-se em tudo até nos seus
parques e jardins. Como tal este parque,
situado a um nível inferior em relação
à estrada, possui diversas entradas. Por
mera coincidência entrámos pela prin-
cipal e o que primeiro visualizamos é
uma grande estrutura metálica cheia
de crianças a brincar no seu interior. O
primeiro pensamento foi “será que nos
enganámos!!!” após uma observação
mais atenta da estrutura reconhecemos
a figura de um dragão e por detrás te-
mos diversos faróis perfilados o que nos
começa a fazer pensar que afinal talvez
não nos tenhamos enganado.
Foi durante um fim-de-semana de No-
vembro que visitámos o parque e é im-
pressionante ver o gosto da população
pelos seus parques e jardins, são espaços
vivos e com as utilizações mais diversifi-
cadas.
A primeira sensação e tendo em conta
que nos encontramos num plano supe-
rior, é surpreendente devido ao impacto
que as escadarias brancas, o lago, os
ciprestes e os faróis criam. A conjugação
destes elementos pouco usuais transmite
um visual contemporâneo ao espaço.
assi
natu
ra Temos um Passado mas vamos caminhar juntos rumo ao Futuro!
Após 11 edições gratuitas da revista digital Passear tomámos a decisão de começar a comercializar a publicação através da venda de Assinaturas.
É nossa convicção que só desta forma poderemos continuar a oferecer aos nossos leitores um produto de qualidade e com inovação.
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1 euro por revista! É um preço simbólico mas que fará toda a diferença para que continuemos a evoluir neste nosso projeto editorial.
Contamos com os NOSSOS LEITORES para nos apoiarem nesta nova etapa.
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Ericeira – S. Lourenço – EriceiraUma CAMINHADA de contrastes
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Ecovia Lisboa a BadajozAS VIVÊNCIAS DE FRANCISCO MORAIS
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