SARCOPENIA
Dr. Lucas Caseri Câmara
Medicina do Exercício e do Esporte
Medicina Física e Reabilitação
Papel do treinamento resistido na prevenção e tratamento
ICAD – BRASIL – 2014
Envelhecimento da população mundial
Brasil – 2025:
6ª maior população de idosos( 25% aproximadamente)
Jacob-Filho, WJ. Promoção da Saúde do Idoso. Ed. Atheneu, 1998.
Envelhecimento
Aumento de morbidade
Piora da composição corporal
Redução da aptidão física
Doenças por paciente idoso:
• Ambulatoriais : 3,5• Domiciliares: 4,8
• Intitucionalizados: 6,2
Jacob-Filho, WJ. Promoção da Saúde do Idoso. Ed. Atheneu, 1998.
Comorbidades
Piora da composição corporal
Gordura: 1 kg / ano (30-60 anos)
Músculo:0,5 kg / ano (30-60 anos)
Forbes GB. Longitudinal changes in adult fat-free mass: influence of body weight. Am J Clin Nutr. 1999;70:1025–1031.
25 - 50 anos: 10 %50 - 80 anos: 30 %
Forbes GB. Longitudinal changes in adult fat-free mass: influence of body weight. Am J Clin Nutr. 1999;70:1025–1031
Massa Muscular
Tecido Adiposo
2 Kg músculo = 30 Kcal / dia
1 Kg de gordura / ano
Forbes GB. Longitudinal changes in adult fat-free mass: influence of body weight. Am J Clin Nutr. 1999;70:1025–1031
Declínio das funções fisiológicas com o envelhecimento
Mc Ardle, WD; Katch, FI; Katch, VL. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 4ed.
Cap 30, pg. 607, 1998.
Dependência física
“Sarcopenia”
Grego
“SARX” – carne humana, corpo, matéria
“PENIA” – redução, perda
Rosenberg IH. Summary comments. Am J Clin Nutr. 1989; 50:1231-33.
Introdução
Primeiras definições da Sarcopenia
“Nenhum declínio com a idade é mais dramático ou potencialmente mais significativo funcionalmente que a
redução da massa magra”
Dr. Irwin Rosenberg
Rosenberg IH. Summary comments. Am J Clin Nutr. 1989; 50:1231-33.
Definição atual
“Perda de força e qualidade funcional em adição a perda de massa muscular”
Definição variável que ainda carece de um consenso universal
Rolland Y et al. J Nutr Health Aging 2008; 12(7): 433-50.
Epidemiologia
Difícil comparação entre as prevalências das amostras
Diferentes métodos de medida de massa muscular e suas limitações
Índices/grupos usados como referência
Rolland Y et al. J Nutr Health Aging 2008; 12(7): 433-50.
Obesidade (aumento de massa de gordura)
Obesidade sarcopenica = funcionalidade mais que obesidade e sarcopenia isoladas
6% idosos ambulatoriais
29% H e 8,4% M > 80 anos
Mioesteatose = funcionalidade inflamação
(contratilidade, recrutamento, metabolismo, sinalização)
“As partes do corpo que tem função, se usadas com moderação e exercitadas nas funções em que estão adaptadas, tornam-se desenvolvidas e envelhecem lentamente. Quando inúteis, tornam-se mais predispostas a doenças, crescem com defeitos e envelhecem rapidamente”
Hipócrates, 450 A.C.
Shakespeare (1623)
Monólogo: “As sete idades do homem”
A sexta idade faz o homem vestir-se como um arlequim, de calças justas, óculos no nariz e algibeira ao lado; meias joviais, bem conservadas, um mundo amplo demais para as suas enfraquecidas pernas, e um vozeirão másculo a tornar-se num infantil soprano, cheio de silvos e sibilos.
Força x Massa muscularMulheres
Força x Massa muscularHomens
Limitações metodológicas
Fórmulas que não levam em conta aspectos de aptidão física
ForçaPotência
Resistência
“Músculo: presente x funcional”
Rolland Y et al. J Nutr Health Aging 2008; 12(7): 433-50.
Introdução
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Dificuldade de padronização
Dificuldade para diagnóstico
Diagnóstico diferencial: Boa opção
Morley JE, 2008 J Nutr Health Aging, 12(7): 452-6
Redução da função neuro-muscular
Alterações Musculares
Redução da massa muscular
Alterações neurais
Redução da força muscular
Rolland Y et al. J Nutr Health Aging 2008; 12(7): 433-50.
Alterações musculares
Atrofia preferencial das fibras IIa
Reinervação motoneurônio tipo I
Reinervação parcial
Alterações neurais
Excitabilidade cortical e espinal
Taxa de disparo das unidades motoras
Velocidade de condução nervosa
Maior importância clínica
Redução da funcionalidade
Piora / aumento das comorbidades
Rolland Y et al. J Nutr Health Aging 2008; 12(7): 433-50.
Aumento da Suceptibilidade a eventos adversos
• Quedas20% que fraturam o quadril/fêmur não voltam a andar
Acima de 80 anos >50% não levantam mais da cadeira sozinhos
• Gastos: 2 bi (2000) – estimado 6 bi (2040)
Schneider EL, Guralnik JM. The aging of America: impact on with numerous senescence-related medical condi- health care costs. JAMA 1990; 263: 2335-40
Deschenes MR. Sports Med 2004; 34 (12): 809-824
Acamamento
13% força quadríceps
14% capacidade de subir escadas
12% capacidade aeróbia
Ciclo de debilitação progressiva
Comorbidade / Inatividade
Sarcopenia / Dynapenia
Debilidade
Fragilidade
Topinková E. Ann Nutr Metab 2008; 52(suppl 1):6-11
Tratamento
Objetivo principal
Restaurar
Força, potência, resistência perdida
(Funcionalidade)
Tratamento
Estratégia principal
1 – Exercícios (ER)
2 – Aporte nutricional adequado
3 - Fármacos
Tratamento
Exercícios resistidos
Idosos
“Se apenas uma atividade física tiver de ser escolhida para o aumento da capacidade funcional dos idosos, este deve ser o ER, pois as principais capacidades físicas envolvidas na realização das tarefas cotidianas dessa
população são aprimoradas com excelência através da prática regular dos ER”
Hunter et al, 2004
Prevalência
Apenas 12 % dos idosos (EUA) praticam exercícios resistidos ao menos duas
vezes por semana
Strength training among adults aged >65 years - United States 2001., in MMWR. 2004, US department of health and human services. p. 25-28.
Exercícios Resistidos
ControladosTerapêuticos
SANTAREM J.M. Princípios profiláticos e terapêuticos do exercício. In Amatuzzi M.M., Greve J.M.D., Carazzato J.G. Reabilitação em medicina do esporte, 2004, Editora
Roca, São Paulo, cap. 03, p. 17-25.
CARGAS, AMPLITUDES,
POSIÇÕES, VELOCIDADE,
GRAU DE ESFORÇO,
INTERVALOS DE DESCANSO,
REPETIÇÕES, SÉRIES,
DURAÇÃO, FREQÜÊNCIA.
Exercício Resistido x Hipertrofia
Exercício Resistido x Hipertrofia
Métodos
• 7 jovens sedentários (sem doenças)
• ER 3x/sem, 4x7 RM, ext. pernas - flywheel
• Medidas em 10, 20 e 35 dias
• EMG(MVC), US (arquitetura muscular – comprimento e ângulo de penação), MRI (CSA)
Exercício Resistido x Hipertrofia
Exercício Resistido x Hipertrofia
Conclusão
Exercício Resistido x Envelhecimento
PLoS ONE. 2007 May 23;2:e465
Exercício Resistido x Envelhecimento
Métodos
25 idosos ativos e 26 jovens sedentários (sem doenças)
ER 2x/sem, 3x10 – 80%, 12 ex. corpo todo.
Biópsia de m.Vasto lateral
Extração de RNA, Microvarredura e PCR tempo real.
Técnicas para análise dos genes e relação com resultados (Bioinformática e Bioestatística)
Exercício Resistido x Envelhecimento
Resultados
596 genes expressos de forma diferente (jovens x idosos)
Expressão aumentada: reparo de DNA, controle de ciclo celular, morte celular
Expressão diminuída: metabolismo energético e função mitocondrial
Exercício Resistido x Envelhecimento
Exercício Resistido x Envelhecimento
Resultados
179 genes com resposta ao exercício
Exercício melhora os genes relacionados ao exercício e ao envelhecimento (maior influência), “jovializando” o perfil genético
Exercício Resistido x Envelhecimento
Conclusão:
MASSA MUSCULAR - QUADRÍCEPSSECÇÃO TRANSVERSAL – cm2
80,1
53,1 51,657,0
69,3
Klitgaard H.1.990
Klitgaard H.1.990
Jovens sedentarios
Idosos sedentários
Idosos nadadores
Idosos corredores
Idosos pesistas
Estudos prévios
35 anos
32 anos
65 anos
20 anos
25 anos
67 anos
Avaliação de parâmetros de aptidão física de idosos após seis anos de treinamento resistido.
Efeito de seis anos de treinamento resistido na distância de caminhada de idosos.
Comportamento da força muscular de idosos após seis anos de treinamento resistido.
Efeitos do número de séries na força muscular de membros superiores de idosos treinados.
Efeitos do volume de treinamento em medidas de aptidão física de idosos treinados.
Recomendações gerais
• 6-15 repetições
• 8-10 exercícios (gdes grupamentos)
• 2-4 x / semana
• Intensidade sub-máxima (fadiga)
• Intervalos longos (2 minutos) *
• Amplitudes, cargas e volume adequados
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