Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Gouveia, Aucenir
O Invisível que Habita em Mim / Aucenir
Gouveia. – 2. ed. --
Rio de Janeiro : Editora Pequena Tiragem,
2016.
Pág. 124; 14x21 cm.
ISBN 978-85-92821-09-8
1. Deus 2. Fé 3. Mensagens 4. Pensamentos
Reflexões I. Título.
15-06897 CDD-248.4
Índices para catálogo sistemático:
1. Mensagens de fé : Vida cristã 248.4
SUMÁRIO
Dedicatória ................................................................................................................... 5
Quem é Deus ................................................................................................................ 6
Parábola do louva-a-deus....................................................................................... 7
Parábola dos anjos .................................................................................................. 10
Parábola das ramagens e o jardineiro pecador........................................... 14
O Invisível que habita em mim .......................................................................... 17
A visão de um profeta ............................................................................................ 20
As cortinas do tempo ............................................................................................. 22
O nascimento de um rei ........................................................................................ 24
As 3 melhores vitaminas para combater o estresse e ter uma mente bem saudável............................................................................................................. 26
Três coisas que dão força poder e glória ....................................................... 29
Os 3 tipos de amor revelados por Deus .......................................................... 33
Tome posse dos 7 termômetros mais importantes da alma e viva melhor .......................................................................................................................... 43
A teoria “TRA” que pode definir o Tempo de Relacionamento de um Casal .............................................................................................................................. 46
O fim da solidão só depende de você ............................................................... 50
Revelação das coisas que falam ......................................................................... 53
Cisternas rebocadas mantêm o coração cheio ............................................ 55
A Reconciliação......................................................................................................... 61
A visão dos cegos ..................................................................................................... 65
Aprendendo com as tempestades ..................................................................... 68
A fé não nos deixa afundar................................................................................... 75
Sonolência espiritual .............................................................................................. 79
Sem Deus você pode ser o leão ou a presa .................................................... 83
As dúvidas podem criar um mal-estar espiritual ....................................... 86
Somos barro na mão do oleiro ........................................................................... 90
Coerência espiritual................................................................................................ 94
Pão e água ................................................................................................................... 97
Mãe, o elo da vida e do amor incondicional .................................................. 99
Perdoar é um ato de amor ................................................................................ 103
A Palavra de Deus precisa ser enraizada em nosso coração .............. 108
Ponte espiritual é passaporte da felicidade ............................................... 111
Sabedoria ................................................................................................................. 115
As cortinas do tempo .......................................................................................... 117
O trabalho através da mão, da mente e do coração ................................ 119
Alianças quebradas .............................................................................................. 121
Pensamento profético ......................................................................................... 123
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DEDICATÓRIA
Dedico este livro, em especial, aos meus filhos Pedro
Gouveia ‘In memoriam’ e Vinícius Gouveia.
Aos meus parentes e amigos, a você, leitor; e ao meu
anjo da guarda que espiritualmente me guiou ao deslumbrante
mundo das grandes revelações...
Muito obrigado!
Aucenir Gouveia (Sasho)
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QUEM É DEUS
Deus é o ser supremo Criador de todo o universo. Ele
não tem princípio nem fim, sabe todas as coisas e tem poder
para fazer tudo o que desejar.
Deus é espírito, não tem limitações físicas.
Deus é amor, Deus é pessoa. Ao mesmo tempo é possí-
vel conhecê-lo e impossível compreendê-lo todo, porque Ele é
muito maior e mais complexo que nós. A Bíblia é o único livro
da revelação de Deus sobre quem Ele é.
E este livro, um sopro de um homem que ouve a Deus.
Sasho
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PARÁBOLA DO LOUVA-A-DEUS
Incrível como Deus usa sobrenaturalmente meios para
se comunicar conosco. A maneira amorosa dele cuidar de nós,
mesmo ele sendo invisível aos nossos olhos. Mas sua existência
é fato. E nenhum homem deve ignorar isso. O nosso Deus é um
Deus de grande poder, ele faz o que ele quer e ninguém o im-
pede. Ele usa quem ele quer, ele usou uma jumenta para falar
com Balaão. Sim, uma jumenta. Então, o Senhor abriu a boca
da jumenta, a qual disse a Balaão: “Que te fiz eu, que me es-
pancaste estas três vezes?”.
E Balaão disse à jumenta: “Porque zombaste de mim;
quem dera tivesse eu uma espada na mão, porque agora te ma-
taria”. E a jumenta disse a Balaão: “Porventura não sou a tua
jumenta, em que cavalgaste desde o tempo em que me tornei
tua até hoje? Acaso tem sido o meu costume fazer assim con-
tigo?”. E ele respondeu: “Não”.
Tive uma experiência parecida com um bichinho que eu
achava insignificante e feio.
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Certo dia, um Louva-a-deus ou cavalinho de Deus sur-
giu dos ventos, pousou sobre o capô do meu carro e seguiu-me
o dia todo.
Eu estava em campanha eleitoral e disputava um cargo
no legislativo municipal. Parei o carro em muitos lugares. Vi
crianças brincar com o bichinho, mas ele ali ficou como se o
tivessem colado ao capô do carro…
À noite, depois de ter guardado o carro na garagem, aca-
bei me esquecendo do bichinho. Lembrei-me dele debaixo do
chuveiro. Minutos mais tarde, fui me certificar se ele ainda es-
tava lá.
Surpreendentemente, ao abrir a porta da sala, eis que a
criatura havia montado acampamento à porta de minha casa.
Por instantes, muitos pensamentos passaram por minha mente!
A presença insistente do bichinho me incomodava, dava-me in-
quietação…
E logo palavras saíram de minha boca:
– Tu és um inseto horrível e curioso… Afinal, o que és
tu?
Então, o louva-a-deus fixou seus pequeninos olhos nos
meus e sussurrou aos meus ouvidos, assim:
– Fecha teus olhos e ouça: não sou um bicho horrível,
teus olhos mentem e curioso é teu coração…
Sou eu a esperança em vida de inseto.
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E tua casa é a minha morada e também a minha pleni-
tude.
Sou o teu socorro hoje e amanhã serei a tua luz.
Sou tua raiz na terra, mas também sou teu carvalho no
céu. Juntos, crescemos ante as faces do sol e da lua.
E não parou de sussurrar, dizendo:
– Busque a face do Senhor, nosso Deus, que criou os
céus e a terra; o Deus Eterno que te deu fôlego de vida, meu
amigo…
Teu fardo está pesado, mas teus dias de glórias estão pró-
ximos.
Hoje, o Senhor me enviou para ser teu escudo e te livrar
de um grande acidente de carro!
Terminado de dizer essas coisas, ele bateu asas e voou.
Guardei para mim o que vi e o que ouvi, então agradeci
a Deus pelo livramento e por ter se manifestado para mim atra-
vés de um inseto.
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PARÁBOLA DOS ANJOS
Outono de 1999. Eu estava passando por uma crise exis-
tencial. Estava buscando muito a Deus. As coisas do mundo me
atormentavam, precisava me isolar de tudo e de todos. Eu me
sentia preso, amarrado em tudo o que vivia. Sentia fobia. Às
vezes, dava vontade de bater asas e voar, mas eu não tinha
asas.
Durante o dia e a noite era uma agonia sem fim. Queria
ser livre de tudo e de todos, mas me sentia impotente. Peguei
minha Bíblia e comecei a ler. Dois anjos de Deus foram envia-
dos para destruir as cidades de Sodoma e Gomorra por causa
do pecado. Eles foram recebidos por Ló e sua família. Destru-
íram as cidades e salvaram Ló e suas duas filhas. Descobri que
anjos existem e eles podem andar entre nós. Caí num sono pro-
fundo e tive um sonho. Quando acordei, peguei algumas folhas
e comecei a rascunhar o que vi e o que senti.
No coração de uma enorme floresta, um gigantesco Pa-
lácio de Cristal foi erguido pelas mãos de Deus…
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A luz da divindade pairava sobre aquele lugar dividido
por quatro partes. Quatro anjos de luz: o anjo do Amor, o anjo
da Liberdade, o anjo da Justiça e o anjo da Paz. O anjo do Amor
tratava das pessoas com coração endurecido; o anjo da Liber-
dade libertava as pessoas com alma e coração aprisionados; o
anjo da Justiça restituía o que era roubado injustamente das pes-
soas de coração reto; o anjo da Paz derramava unção com o óleo
perfumado do Senhor sobre os corações das pessoas com almas
enfermas, atormentadas, aflitas e agoniadas. Assim, de lá os an-
jos obedeciam à vontade do Criador…
Juntos, eles formavam o Conselho da Divindade dos
céus e se reuniam a cada mil anos. Centenas de bilhões de anos
se passaram… Os homens se multiplicaram, o conhecimento
aumentou e as cidades cresceram, aproximando-nos cada vez
mais do coração daquela floresta…
Essa proximidade começou a preocupar o Conselho da
Divindade. Os anjos receavam serem também tentados pelos
desejos do mundo e decidiram ilhar a floresta do mundo pro-
fano através de uma linha de fronteira…
Será que Deus se agradou da decisão que os anjos toma-
ram?
A questão é que o anjo da Liberdade foi tentado e, em
um inoportuno momento de “rebeldia”, começou a questionar-
se sobre o porquê daquele daquela linha que separava os dois
mundos (físico e Divino).
Seus pensamentos iam muito além: “… ora, como irei
continuar libertando almas e corações aprisionados se eu sou
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refém de minha própria liberdade? Sou eu o anjo da Liberdade
ou sou eu o anjo das Correntes?”.
Pensando assim, o anjo da Liberdade decidiu violar a de-
cisão do Conselho da Divindade que tinha sido decretada no
Palácio de Cristal.
E numa bela manhã ensolarada, o anjo da Liberdade ba-
teu asas e voou para o mundo dos homens.
Noites e dias se passaram e o anjo passou a conviver com
os seres humanos, provando e conhecendo um pouco de tudo o
que existia na vida terrena, e o que mais o encantou e o fez se
sentir próximo de um mortal foi se saciar das delícias e malícias
da paixão humana.
O anjo se deixou levar pelas ilusões terrenas. Os deva-
neios da paixão acabaram aprisionando o coração do anjo, que
“misteriosamente” se apaixonou por uma linda jovem. A
mesma moça que teve o coração restaurado pela luz do anjo do
Amor…
Assim, o tempo passou na terra. Até que certa noite o
anjo da Liberdade recebeu uma mensagem do Conselho da Di-
vindade: “… anjo da Liberdade, vós cometeis um pecado mor-
tal, desobedecendo a uma Lei do Trono dos Céus, por isso o
coração da humanidade ficará cada dia mais endurecido e pre-
sos às vaidades. Voltai para salvá-los… Pois, se continuar entre
eles, não haverá mais esperança de libertação; sem você o equi-
líbrio entre o mundo e o espírito perder-se-á, vós sois o anjo da
Liberdade, não deverias agir contrariamente. Deus se entriste-
ceu contigo…”.
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Ouvindo, pois, o anjo regressou ao Palácio de Cristal. E
lá, ao chegar, ele foi julgado pelo Conselho da Divindade pela
sua desobediência…
Ao final do julgamento, o anjo da Justiça procedeu à lei-
tura do veredito, dizendo:
– Anjo da Liberdade, vós recebestes a ordem divina de
libertar almas e corações humanos, aprisionados pela vontade
própria (livre-arbítrio) ou pelo poder do maligno. Porém, é
ainda imortal, o que vos difere dos homens mortais, agora,
preso pelas teias do pecado da desobediência, o Conselho deci-
diu vos propor uma sentença punitiva que vos dará direito a
uma única escolha: Ficareis em vossa morada no Palácio dos
Cristais cumprindo sua missão com uma de suas asas cortada?
Ou desejas habitar na terra a viver como um mortal?
Então o que é que vós escolheis? Finalizou o anjo da
Justiça.
O que essa parábola nos revela? Será que o homem vive
em plena liberdade? Será que o homem se tornou refém de sua
própria liberdade? E o livre-arbítrio humano é o mesmo dos an-
jos?
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PARÁBOLA DAS RAMAGENS E O JARDINEIRO PECADOR
Como está sua vida espiritual? Você tem vigiado? A
todo o momento, passamos por provações. E a maior prova
disso é quando algo acontece e depois percebemos que o que
era tão bom passou a ser ruim. Existe a sensação de retroceder
no tempo como um caranguejo, ou seja, andar para trás, en-
quanto o sonho era seguir para frente de encontro com a feli-
cidade que muitos sonham. Aí vêm as surpreendentes armadi-
lhas da vida e nos cercam com suas mil faces.
Há alguns meses, notei que uma pequena planta crescia,
espalhava-se pelo chão de meu jardim e subia em um toco de
árvore com uma linda orquídea que plantei. Uma planta intrusa.
Tinha uma bela aparência e crescia rapidamente, e não
demorou a se espalhar completamente entre as demais plantas
e o pequeno vizinho pomar de hortaliças.
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Fiquei assustado! Quando caí em si, suas raízes já esta-
vam grossas, entrelaçadas e profundas. Percebi que demorei de-
mais para agir. Vi a beleza das outras plantas ser coberta pelas
ramagens da invasora.
Tomei coragem e, com uma boa tesoura de jardinagem,
comecei a cortar ramo a ramo, até chegar às suas raízes. Foi um
trabalho árduo e cansativo.
Aquela plantinha inocente e linda nunca foi o que pare-
cia. Suas folhas demonstravam beleza, mas faziam parte domi-
nante de uma espécie de cipó maligno.
Sorrateiramente queria destruir e não adornar. Exausto,
parei para descansar. Sentei-me e pus-me a pensar que aquela
ramagem era uma ilustração do que o pecado (a desobediência
a Deus) faz na vida de uma pessoa: engana como aquele cipó.
É como uma bebida doce que entra e nos bebe a alma com bo-
bagens e sabor de amor.
Surge demonstrando encanto e beleza, entra e começa o
seu trabalho destruidor. No início, tudo é poesia. Com o passar
do tempo, as ramagens da planta se espalham, as folhas multi-
plicam-se, as raízes se aprofundam, e a vida está ameaçada de
ser literalmente dominada por ela.
Então, começo a luta para livrar-se do mal que invadiu
meu jardim.
A Palavra em Romanos 6:14 diz: “O pecado não os do-
minará, porque vocês não estão debaixo da lei, mas da graça”.
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