O estresse no trabalho como fator de absenteísmo na função de motoristas de uma empresa de
transporte urbano de Manaus
Dezembro/2018
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Ano 9, Edição nº 16 Vol. 01 Dezembro/2018
O estresse no trabalho como fator de absenteísmo na função de
motoristas de uma empresa de transporte urbano de Manaus
Juliana Thaís da Silva Sarraff de Rezende - [email protected]
Avaliação Psicológica
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Manaus, Amazonas, 18 de dezembro de 2017.
Resumo
Abordando os estresses ocasionados pela função de Motoristas urbanos de uma empresa de
transporte urbano da cidade de Manaus. A função de motorista classifica-se como uma tarefa de
vigilância, devido às elevadas sobrecargas do organismo humano. Essa pesquisa tem como
objetivo geral: Investigar os fatores que ocasionam o estresse no trabalho e geram o índice
elevado de absenteísmo para motoristas de uma empresa de transporte urbano de Manaus, onde
dividiu em três objetivos específicos sendo: Classificar fatores que ocasionam o estresse no
trabalho; Identificar o grau de estresse que este colaborador se encontra; Verificar se o
absenteísmo está associado com o estresse. Para responder esses objetivos a pesquisa caracteriza-
se como qualitativa, quantitativa, documental e bibliográfica, contando com amostra de 273
motoristas, estes responderam o questionário contendo 10 perguntas fechadas e 01 pergunta
aberta e o teste psicológico LIPP que tem objetivo de avaliar o grau de estresse de cada
entrevistado, é uma pesquisa de campo, descritiva, explicativa que possibilitou identificar as
categorias em análise. Os objetivos foram respondidos partindo da realidade apresentada através
do questionário, possibilitando identificar o grau de estresse desses motoristas tendo maior índice
para a fase de resistência onde o índice elevado de absenteísmo associa-se às sintomatologias do
estresse.
Palavras - chave: Motorista urbano. Estresse no trabalho. Absenteísmo.
1. Introdução
Os automóveis trouxeram inúmeros benefícios a população como a facilidade de locomoção,
mas também trouxe grandes prejuízos como a poluição do ar e os inúmeros congestionamentos
que agravaram a vida da população tornando as pessoas mais estressadas, com o crescimento dos
automóveis que se tornou um objeto de consumo e status social, por outro lado as vias não se
adaptaram a grande demanda de veículos nas vias aumentando o número de congestionamentos,
aumento do tempo do percurso contribuindo como um dos fatores para o maior índice de
acidentes e motoristas mais agressivos.
O tema foi escolhido pelo fato desses problemas de infraestrutura do trânsito e o risco que esses
profissionais motoristas urbanos sofrem, já que estes ficam expostos em grande parte do tempo
do seu dia a ambientes estressante, e a mercê das injúrias, ameaças e agressões por parte dos
usuários desse sistema e a assaltos.
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Milosevic (1997) classificou a profissão de motorista como uma tarefa de vigilância, porque este
mantém atenção contínua por tempo prolongado. Por isso é chamada de vigilância e é
considerada uma das maiores sobrecargas do organismo humano. Verifica-se, ainda, que esses
trabalhadores têm a sua qualidade de vida extremamente afetada, seja pela falta de tempo, seja
pela indisposição que o trabalho cansativo lhes proporciona.
Atualmente as populações brasileiras utilizam do transporte público para sua locomoção, onde
esses profissionais do trânsito ficam longas horas expostos a fatores de riscos, atenção redobrada,
expostos a ameaças de assaltos, desafio mental, claridade excessiva do reflexo do sol no vidro de
outros veículos, mudanças constantes de temperatura, excesso de ruídos, conforto e higiene,
mesma posição por tempo prolongado, contato humano constante, problemas com o sono,
bancos sem regulagem. Os principais problemas desencadeados pelo trabalho dos motoristas de
ônibus urbano são os estresses e suas sintomatologias como mudança de apetite, alteração da
pressão, dificuldade para dormir, tensão muscular, emotividade, agressividade, psoriases,
problemas gastrointertinais, ansiedade, dentre outros. (CORASSA, 2006).
Diante dessa realidade apresentada por essa categoria de motorista urbano em nossa atualidade,
pode-se afirmar que este trabalho tem relevância científica porque é um problema real que pode
ser discutido a solução para reduzir o nível de estresse que esses profissionais vêm sofrendo, tem
relevância social porque é um problema que atinge a população como um todo, dessa maneira
influenciará na melhora da comunicação com a sociedade, tem relevância para a vida
profissional, pois a partir do momento que tiver uma atenção para o problema de fato que atacam
esses profissionais, muitos problemas podem ser evitados, que são adquiridos com o passar dos
anos exercendo essa profissão e esses impactos refletem-se nos trabalhadores, na empresa e na
sociedade.
Segundo Dejours (2001), a organização do trabalho exerce impacto sobre o aparelho psíquico do
trabalhador, decorrente do choque entre a sua história de vida pessoal e a relação com o exercício
de suas tarefas dentro das empresas, que, de maneira geral ignoram esses anseios.
Diante deste exposto o trabalho é exequível, pois trabalhar o estresse como fator de absenteísmo
favorecerá conhecer os fatores, classificar o grau de estresse e dar continuidade nessa temática
que vem comprometendo a saúde de muitos trabalhadores na categoria de motorista urbano e dar
continuidade ao trabalho no lócus da pesquisa promovendo acompanhamento psicoterápico e
uma atenção mais ampla aos profissionais tanto motoristas quanto cobradores urbanos e verificar
a possibilidade de promoção de campanhas de respeito ao próximo na sociedade.
Buscando responder essa hipótese, a pesquisa inicia-se a partir da questão problema: O estresse
no trabalho é um fator para o índice elevado de absenteísmo na função de motorista de uma
empresa de transporte urbano de Manaus? Partindo dessa pergunta surgiu o interesse em
entender o que acontece, como é esse ambiente, como se configuram e a condição social que
esses motoristas vivenciam durante seu percurso de trabalho para que venham desenvolver o
estresse e descrever também se esse fator estresse está associado com o índice elevado de
absenteísmo. A pesquisa é composta por 273 colaboradores de uma empresa de transporte
urbano de Manaus. Para responder esse problema proposto, a pesquisa dividiu-se em objetivo
geral que está em Investigar os fatores que ocasionam o estresse no trabalho e geram o índice
elevado de absenteísmo para motoristas de uma empresa de transporte urbano de Manaus que se
subdividiu em 03 objetivos específicos sendo: Classificar os fatores que ocasionaram o estresse
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no trabalho; Identificar o grau de estresse que este colaborador se encontra e Verificar se o
absenteísmo está associado com o estresse. Seguindo da estrutura metodológica, é composta
como pesquisa de campo, bibliográfica e documental, tendo sua natureza qualitativa e
quantitativa, caracterizada como descritiva e explicativa, é pesquisa de campo porque vou a
campo investigar meu problema apresentado. É documental porque vou utilizar informações da
empresa para verificar a quantidade de funcionários motoristas que irá compor minha amostra da
pesquisa.
Os instrumentos utilizados foram um questionário contendo 10 perguntas fechadas e 01 aberta,
elaborado a partir da realidade vivenciada e um teste psicológico LIPP onde se identificou o grau
de estresse de cada participante, é composto de sintomatologias fisiológicas e psicológicas,
através dos comportamentos que foram vivenciados nas últimas 24h, durante 01 semana e
durante 01 mês.
Diante dos objetivos propostos, pode ser respondido diante dos instrumentos utilizados para
coleta de dados. Foi possível classificar os fatores através do questionário aplicado com
perguntas voltadas para situações do dia a dia, tendo como fatores as condições dos veículos,
fatores familiares e particulares, ameaças, agressões por parte dos usuários, assaltos, entre outros,
foi possível também identificar o grau de estresse tendo maior índice para a fase de
resistência/quase exaustão seguido a fase de alerta para a fase de exaustão. E por fim conclui-se
que o estresse esta associado ao índice elevado de absenteísmo devido as sintomatologias do
estresse que apresentam os motoristas pesquisados.
5. Desenvolvimento
5.1 Os impactos oriundos da função de motorista urbano
A organização do trabalho exerce impacto sobre o aparelho psíquico do trabalhador, decorrente
do choque entre a sua história de vida pessoal (projetos, esperanças e desejos) e a relação com o
exercício de suas tarefas dentro das empresas, que, de maneira geral ignoram esses anseios, no
entanto isso reflete nos trabalhadores, na empresa e na sociedade Dejours (2001).
É válido destacar que os problemas físicos também podem afetar o psicológico, e o contrário
também ocorre.
Alguns problemas de ordem mental/psicológica podem afetar a saúde e a integridade do
trabalhador como:
Estresse: trata-se do estado causado pelas mudanças maléficas nos hábitos de vida e na interação
com o meio ambiente, no qual se perde a naturalidade das reações de estresse.
Ansiedade: A ansiedade é a sensação de estar sempre fora do horário ou fora do lugar. Quando a
pessoa está num lugar, tem a sensação de que deveria estar em outro (CORASSA, 2006, p. 100).
Problemas neurológicos: devido à exposição a situações desagradáveis, solidão, preocupações,
fadiga, estresse, os motoristas podem desenvolver problemas neurológicos. Estes problemas
podem ser neurose, atitudes psicóticas, problemas com o sono, dentre outros. Problemas com o
sono: referem-se a problemas como insônia, pesadelos, interrupções do sono, os quais resultam
do medo de acidente, assalto e medo de demissão, e outros que podem ser classificados como
problemas neurológicos.
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Agressividade: pode surgir no indivíduo como uma forma de extravasar o estresse, afadiga ou
outros problemas psicológicos resultantes do seu trabalho.
Fadiga: uma espécie de cansaço permanente que acompanha certas doenças como estresse e
esgotamento, e pode ser proveniente de uma má distribuição entre as horas de trabalho e as de
descanso.
Angústia: segundo Corassa (2006): é uma sensação de extremo desconforto psicológico, que aos
poucos passa a exercer um desconforto físico. É como se a alma estivesse doendo, pois tudo
incomoda e não se sabe por que.
Na ocorrência de alguns problemas físicos podem ser identificados:
Obesidade: surge em função da idade, extensão da jornada, inexistência ou duração das pausas
de descanso, inexistência ou pouco tempo de pausa para refeição, bem como o sedentarismo.
Pressão alta: Almeida (1999) coloca que o fato de se alimentar na rua, com alimentos gordurosos
e salgados, é uma causa. O estresse das viagens e das preocupações com o sustento da família
também favorecem o quadro.
Problemas gastrointestinais: causados principalmente pela extensão da jornada, a ausência de
pausas de descanso, falta de pausa para refeição, o medo de assalto, medo de demissão, e
consumo de bebida alcoólica.
Problemas osteomusculares: englobam dores nos ombros, braços, pernas e problemas de coluna,
e também varizes.
Problemas renais: tem como principais causas a hipertensão arterial, diabetes mellituse
antecedentes familiares de doenças renais.
Problemas auditivos: decorrem, na maioria dos casos, da presença de muitos ruídos dentro dos
veículos, principalmente nos motoristas de ônibus urbano.
Vista irritada: problema pode resultar a emanação de gases tóxicos dentro do ônibus, a
inexistência ventilação ou ventilação inadequada e o hábito de fumar.
Problemas respiratórios: variações de temperatura ao qual estão sujeitos os motoristas são causas
de doenças do aparelho respiratório, além da emanação de gases tóxicos e a ventilação
inadequada.
5.2 Lei do motorista e convenção coletiva do trabalhador rodoviário
O objetivo central da lei 12.619/2012 foi o de regular e disciplinar a jornada de trabalho e o
tempo de direção do motorista profissional, ao qual se restringe aos motoristas no transporte
rodoviários de passageiros e de cargas, tais motoristas passaram a ter direito de direção, daí a
importância de se analisar a questão da validade do tacógrafo como meio de controle de jornada,
tomando como ponto de partida o altíssimo número de acidentes e adoecimentos ocupacionais no
setor dos transportes, fruto, dentre outras causas, das excessivas jornadas de trabalho neste setor
(SILVA 2012).
A justificativa principal era o alardeado índice de acidentes de transito e as exorbitantes cargas
horárias dos motoristas, que lhes proporcionavam já aquela época, um elevado desgaste físico e
mental, isso em 1988 onde PL n. 1.113 que visava regulamentar a profissão de motorista de
transportes coletivos urbanos e interurbanos (SILVA 2012).
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A finalidade social da lei é oferecer proteção aos trabalhadores e por extensão a toda população
contra a quantidade excessiva de acidentes de transito e em regra caracteriza-se também como
acidente de trabalho (SILVA 2012).
A jornada de trabalho do motorista profissional no art. 235-C acrescido a consolidação pela lei n.
12.619 não traz, nesse ponto, grandes novidades, pois a jornada de trabalho será a prevista na CR
(Constituição da República) ou nos instrumentos convencionais da categoria. Os limites
constitucionais de tempo de trabalho não poderiam mesmo ser contrariados, em regra os
motoristas não poderiam trabalhar mais de 8h diárias ou 44 horas semanais em turnos fixos, a
exceção fica por conta de acordos e convenções coletivas de trabalho, como ressalvado nas
próprias normas ora comentadas, as quais podem prever a compensação de horários ou até
mesmo a redução dessas jornadas de trabalho. No entanto surge a primeira inconstitucionalidade
da lei, pois a regra se admite a prorrogação da jornada de trabalho em até 02 horas
extraordinárias (SILVA 2012).
De acordo com a convenção coletiva de trabalho da categoria dos rodoviários – CCT do período
de 2013/2014 de Manaus/AM no que tange o parágrafo 10° referente a jornada de trabalho onde
diz que os trabalhadores do sistema ininterrupto de revezamento essencial trabalharão 06 dias
por semana, com jornada diária de 7h 20min podendo ser acrescida de até 2h extraordinárias por
dia, na forma da lei.
Parágrafo segundo diz que as empresas abrangidas por esta convenção que utilizarem os sistemas
de carros em turno único “TU” ou turno extra “TE” de segunda a sexta-feira, poderão fixar
jornadas de trabalho de forma a atender as peculiaridades do serviço público prestados, tais como
os horários de pico de movimento no início da manhã e no final da tarde, garantindo o mínimo
diário de duas horas de intervalo intrajornada, podendo superar tal patamar por razões
operacionais. O intervalo de tempo Inter jornada de trabalho, a mesma forma e pelas mesmas
razões operacionais, poderá ser reduzido do mínimo legal sem que tal se caracterize como tempo
de serviço a disposição da empresa. Aos empregados que trabalharem sob esse regime de jornada
será garantida folga aos sábados e domingos.
No parágrafo terceiro, no que compete a jornada de trabalho na CCT, diz que esse controle será
obrigatoriamente efetuado através de relógio de ponto, cartão de ponto ou sistema eletrônico
tecnologicamente mais avançado, no início e no fim da jornada.
Hoje esse controle de tempo de serviço é controlado através do Sistema de Bilhetagem
Eletrônica do Sinetram, esse programa registra o início, o termino e o intervalo de trabalho de
cada colaborador seja motorista ou cobrador urbano através dos validadores e do GPS, onde seu
turno é finalizado quando o cobrador chega na empresa para prestar conta e é emitido um
holerite através do passe livre onde descarrega numa maquina gerando informações do valor
arrecadado da dupla que trabalhou e o fim da sua jornada de trabalho diário.
5.3 Procedimento metodológico
Neste momento da pesquisa será descrito os procedimentos metodológicos utilizados para o
desenvolvimento do estudo. Começa organizando-se a partir do problema acompanhado da
seguinte pergunta: O estresse no trabalho é um fator para o índice elevado de absenteísmo na
função de motorista de uma empresa de transporte urbano de Manaus? Partindo dessa pergunta,
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surgiu o interesse em entender o que acontece, como é esse ambiente, como se configuram e a
condição social que esses motoristas vivenciam durante seu percurso de trabalho para que
venham desenvolver o estresse e descrever também se esse fator estresse está associado com o
índice elevado de absenteísmo. Para responder esse problema proposto, a pesquisa utilizou-se
das seguintes estruturas que será descrito passo a passo todos os processos de investigação,
visando justificar a escolha da classificação de pesquisa quanto aos procedimentos utilizados
optou-se como pesquisa de campo, bibliográfica e documental, tendo sua natureza qualitativa e
quantitativa, tendo sua classificação quanto aos objetivos como descritiva e explicativa.
Segundo Vergara (2007) a pesquisa de campo é a investigação empírica realizada no local onde
ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo incluindo
entrevistas, aplicação de questionários, teste e observação participante ou não. Por outro lado
Minayo (2006) retrata a importância do trabalho de campo, afirma que a pesquisa deve ser
pensada a partir dos referencias teóricos e por aspectos operacionais que envolvam questões
conceituais, ou seja, não se pode pensar em um trabalho de investigação de caráter neutro.
A pesquisa documental, chamada também como fontes primaria devido à coleta de informações
da empresa para verificar a quantidade e outras informações a respeito desses profissionais. E a
pesquisa bibliográfica, são pesquisas desenvolvidas a partir de material já elaborado por outros
pesquisadores (GIL, 2008).
Para tanto, o tipo de pesquisa escolhida quanto à classificação dos objetivos foi descritiva,
porque vou descrever os sintomas apresentados, estudar as características de um grupo. Para
(VERGARA, 2007) a pesquisa descritiva procura descrever características de determinada
população ou de determinado fenômeno. Quanto que a pesquisa explicativa propõe explicar o
fenômeno apresentado, ou seja, identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a
ocorrência dos fenômenos.
Para analisar os resultados obtidos, foi proposto a pesquisa qualitativa porque vou descrever os
fatores que ocasionam o problema apresentado. A pesquisa qualitativa preocupa-se, com
aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e
explicação da dinâmica das relações sociais, valores e significados. (GERHARDT E SILVEIRA,
2009).
Segundo (MINAYO, 2001, p. 14)
A pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações,
dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
Quanto que a abordagem quantitativa, por possibilitar transformar em dados quantitativos para
uma leitura mais clara desses resultados. São dados estatísticos que se destina a descrever as
características de uma determinada situação, medindo numericamente as hipóteses levantadas a
respeito de um problema de pesquisa. As informações são colhidas através de um questionário
estruturado com perguntas claras e objetivas, isto garante a uniformidade de entendimento dos
entrevistados. A análise de dados quantitativos e do cruzamento entre as diversas informações
coletadas vão produzir algo qualitativo. (VERGARA, 2007).
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A pesquisa é composta de 396 motoristas de uma empresa de transporte urbano de Manaus
totalizando 389 homens e 07 mulheres, onde foram utilizados um questionário com 10 perguntas
fechadas representando a realidade vivenciada e 01 pergunta aberta para que pudesse acrescentar
algo a mais que não tinha sido citado nas perguntas fechadas e Teste psicológico LIIP: é um
questionário que fornece uma medida objetiva da sintomatologia do estresse em jovens acima de
15 anos e adultos. Sua aplicação leva aproximadamente 10 minutos e pode ser realizada
individualmente ou em grupos de até 20 pessoas. Não é necessário ser alfabetizado, pois os itens
podem ser lidos para a pessoa. O Instrumento é formado por três quadros referentes às fases do
estresse.
O primeiro quadro, composto de 15 itens refere-se aos sintomas físicos ou psicológicos que a
pessoa tenha experimentado nas últimas 24 horas.
O segundo, composto de dez sintomas físicos e cinco psicológicos, está relacionado aos sintomas
experimentados na última semana.
E o terceiro quadro, composto de 12 sintomas físicos e 11 psicológicos, refere-se a sintomas
experimentados no último mês.
Alguns dos sintomas que aparecem no quadro 01 voltam a aparecer no quadro 3, mas com
intensidade diferente. No total, o teste apresenta 37 itens de natureza somática e 19 psicológicas,
sendo os sintomas muitas vezes repetidos, diferindo somente em sua intensidade e seriedade.
5.4 Análise dos resultados
Partindo do pressuposto para o tipo de pesquisa caracterizada como qualitativa, quantitativa,
documental e de campo, descrevendo e explicando os resultados conforme a coleta dos dados.
Para a pesquisa documental a qual se deu o ponto de partida para o fornecimento de informações
para compor a população da pesquisa de campo buscando responder os objetivos propostos e o
que possibilitou a tabulação dos mesmos. De acordo com Abramo apud Marconi e Lakatos
(2002, p.144) “a tabulação é a arrumação dos dados em tabelas, de maneira a permitir a
verificação das relações que eles guardam entre si”.
A partir desses instrumentos foi possível produzir 03 tabulações para responder os objetivos
propostos, vale ressaltar que a aplicação da pesquisa de campo se deu no período de fevereiro
a abril de 2017. O primeiro quadro representa a quantidade total de colaboradores desta
empresa pesquisada.
ORDEM SITUAÇÃO QUANTIDADE
01 Quantidade total de motoristas 396
02 Motoristas participantes 273
03 Motoristas de férias 20
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04 Motoristas que recusaram a pesquisa 64
05 Motoristas que retiraram sua participação 39
Tabela 1 – Tabulação dos dados da pesquisa de campo – quantidade de participantes.
Fonte: Dados produzidos pelo autor, 2017
Ao analisar os resultados obtidos nesse quadro 01, que compete à quantidade de
colaboradores que participaram da pesquisa, esse total de 396 representa todos os
colaboradores ativo no sistema, durante o período de fevereiro a abril, período em que ocorreu
a aplicação da pesquisa de campo, tivemos o total de 273 participantes até o fechamento desta
pesquisa realizada, durante a aplicação do questionário e do teste psicológico obtive alguns
contratempos devido a 20 colaboradores estarem de férias e ao retornarem não consegui
contato e fazer que estes participassem da pesquisa, também aqueles que recusaram a
participar da pesquisa informando que não teriam tempo para responder devido o horário de
trabalho, como também colaboradores que participaram da pesquisa, mas como consta no
termo de consentimento livre e esclarecido que em qualquer momento da pesquisa poderiam
retirar sua participação, tivemos 39 que retiraram sua participação, não houve uma
justificativa, somente informaram que não queriam mais fazer parte da pesquisa, por conhecer
a vivencia desses colaboradores, analiso que seja devido acreditarem que a pesquisa tinha
haver com a empresa e que poderiam prejudicá-los no trabalho, já que na pesquisa consta
fatores da realidade vivenciada durante suas jornadas de trabalho, e de certa forma tinha essa
certeza que teria esse resultado, mas decidi arriscar.
No 2° quadro mostra o resultado da pesquisa de campo, onde os 273 motoristas responderam
o questionário pontuando os fatores que lhes causam estresse de acordo com a realidade
vivenciada, o questionário é composto por 10 perguntas fechadas e 01 aberta, onde se tem a
opção de responder entre SIM, NÃO e AS VEZES, optou-se em colocar a opção “as vezes”
devido depender de como a situação se desenvolve, que pode ou não gerar estresse, no quadro
02 que segue abaixo, poderá ser observado a análise quantitativa dos dados obtidos.
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Tabela 2 – Tabulação dos dados da pesquisa de campo – questionário (n=273).
Fonte: Dados produzidos pelo autor, 2017
O resultado questionário aplicado aos colaboradores, representa a realidade vivenciada de
acordo com o que é mais frequente no dia a dia, no que competem as perguntas, foi um
desafio que escolhi ariscar, devido já saber que muitos iriam recusar-se ou retirariam sua
participação devido os tipos de perguntas formuladas, mesmo com o resultado mostrando que,
pequenas partes dessa população optaram em não participar da pesquisa, obtive um bom
resultado, o gráfico abaixo mostra que na primeira pergunta: Sente-se motivado ao trabalho,
foi uma das perguntas desafiadora, tendo a sinceridade dos participantes onde 130 dessa
população pesquisada responderam SIM, 58 participantes responderam NÃO e 85
participantes responderam ÀS VEZES, há situações do seu dia a dia que desmotivam o
colaborador, seja um simples deixar de ouvir um problema ou dificuldade, à uma medida
administrativa.
PERGUNTAS Marque a opção que mais se adequa a sua resposta.
f i
SIM %
f i
NÃO %
f i
ÀS
VEZES %
Sente-se motivado ao trabalho? 130 48 % 58 21 % 85 31 %
Σ % =
100%
As mudanças de temperatura são fatores para o
estresse? 127 46 % 51 19 % 95 35 %
As condições do veículo são fatores para o
estresse? 148 54,2 % 42 15,4 % 83 30,4 %
As ameaças dos usuários são fatores para o
estresse? 137 50 % 82 30 % 54 20 %
O tempo de percurso são fatores para o
estresse? 126 46 % 87 32 % 60 22 %
Os acidentes de transito são fatores para o
estresse? 129 47 % 17 6 % 127 47 %
Os assaltos são fatores para o estresse? 183 67 % 69 25 % 21 8%
Os assuntos particulares/familiares influenciam
como fator para o estresse? 123 45 % 122 45 % 28 10 %
A falta de informação empresa/funcionário são
fatores para o estresse? 169 62 % 13 5 % 91 33 %
O estresse é um fator para o não cumprimento
da jornada e ausência ao trabalho? 50 18,3 % 173 63, %4 50 18,3 %
Σ f i = 273
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Figura 1 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A segunda pergunta está em saber, se as mudanças de temperaturas são fatores para o estresse,
Manaus sofre diariamente mudanças de temperaturas dificultando o desenvolvimento do
trajeto devido a problemas de saúde e os transtornos decorrentes do transito em períodos de
chuvas como pode ser observado na figura 02 onde mostra que 127 desses motoristas
respondem que SIM que essas mudanças de temperaturas são fatores para o estresse, entre os
que responderam NÃO foram 51 motoristas e entre os que responderam ÀS VEZES
corresponde a 95 motoristas, que corresponde a porcentagem abaixo apresentada no gráfico.
De acordo com a pesquisa realizada pelo (MOTA, 2003) apresentado ao congresso brasileiro
de defesa do meio ambiente, mostra que em relação às temperaturas, na Região Norte do
Brasil observa-se temperaturas elevadas, com pouca variabilidade durante o ano,
caracterizando o clima quente nesta Região. Nas médias latitudes a variação da temperatura
no decorrer do ano é muito importante para a definição do clima. No período de inverno há
maior penetração de massas de ar frio de altas latitudes, o que contribui para a predominância
de baixas temperaturas.
A temperatura elevada foi destacada como fator de desconforto, decorrente da
localização do motor na parte dianteira do veículo, sendo agravada pela vedação deficiente.
Outros fatores que contribuem para a elevação da temperatura são a má circulação de ar no
interior dos veículos, o acúmulo de passageiros em horários de pico e a própria temperatura
externa (MENDES, 1997).
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Figura 2 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A terceira questão está em avaliar se as condições dos veículos são fatores para o estresse,
essa realidade compete ao fato das condições dos veículos, aos problemas mecânicos que são
recorrentes nos mesmos carros, e onde temos outros fatores em que são feitos fichas dos
problemas apresentados, mas nem sempre o setor de manutenção faz o reparo, às vezes por
falta de peça, hoje a realidade desta empresa pesquisada apresenta carros com os anos de
2004, 2005, 2006, 2011 e 2012, como pode ser observado no gráfico abaixo, temos os
seguintes resultados, 148 motoristas responderam SIM, 42 responderam que NÃO e 83
motoristas responderam que ÀS VEZES esses problemas causam estresse, conforme pode ser
observada a representação em porcentagem no gráfico 03. (DADOS DA EMPRESA
PESQUISADA, 2015).
Figura 3 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A quarta questão busca avaliar se as ameaças dos usuários são fatores para o estresse, nossa
realidade mostra que a população está cada vez exigente de situações que atendam suas
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necessidades, gosto sempre de frisar, que por conhecer a realidade pesquisada e por trabalhar
diretamente com o atendimento desses colaboradores, tenho domínio para abordar essa
questão da problemática apresentada, trata-se de uma população com baixo nível educacional,
que não tem conhecimento das normas e procedimentos da empresa, não tem conhecimento
do CTB (código de transito brasileiro) sendo que temos usuários que querem descer em
qualquer parte da via o que pode ocasionar acidentes com vítimas fatais, são usuários que
querem ficar em conversas paralelas com o motorista, usuários e principalmente crianças
sentadas no capo, usuários que não se seguram de forma adequada e numa freada brusca para
evitar uma batida ou um acidente de natureza grave o usuário vem a machucar-se, são fatores
para que usuários do sistema de transporte urbano ameacem e em alguns casos chegam as vias
de fatos, agredindo-os fisicamente o motorista e o cobrador urbano que também não esta fora
desta realidade, como pode ser observado abaixo, mostra que 137 motoristas responderam
SIM, 82 responderam NÃO e 54 responderam AS VEZES.
Figura 4 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A quinta questão pesquisada investiga se o tempo de percurso são fatores para o estresse,
atualmente a prefeitura de Manaus contratou uma empresa terceirizada para ficar responsável
pela questão de logística de todas as empresas de transporte urbano de Manaus, conhecida
como ACOP que é Acordo Operacional, esta empresa por meio do sistema de bilhetagem do
sinetram via GPS controla o tempo de percurso e o tempo que os carros ficam parados, e
principalmente monitora os horários de saída, chegada, e os percursos onde cada carro tem
pontos chaves para passar nesses horários, o lado positivo é atendem a população com a
demanda de carros necessários para cada bairro e fazer com que todos saiam nos seus horários
programados sem o fato de deixar a população sem transporte. O lado negativo é que de certa
maneira acaba sobrecarregando o colaborador porque as vezes devido o transito acabam
chegando atrasados tendo que sair novamente sem uma breve pausa para ir ao banheiro e
beber uma água, mas a frequência disso é muito mínima, temos também linhas que fazem
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mais de 03 horas em cada viagem, temos os TU´s que são os turnos únicos escalados para
atender as demandas em horários de pico, esse novo sistema da ACOP também favorece o
colaborador porque tem mais tempo de intervalo e reduziram a quantidade de viagens de
algumas linhas. (DADOS DA EMPRESA PESQUISADA, 2016) diante das respostas
obtivemos os seguintes resultados, entre os que responderam SIM foram 126, entre os que
responderam NÃO foram 87 e 60 motoristas responderam que ÀS VEZES o tempo de
percurso causa estresse, como pode ser observado a porcentagem no gráfico abaixo.
Figura 5 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A sexta questão está em pesquisar se os acidentes de transito são fatores para o estresse, todo
acidente de transito que envolve batida ou vítima lesionada, os restantes das viagens são
interrompidas para procedimentos, primeiramente, dependendo da gravidade, é esperar
perícia, fazer boletim de ocorrência para apresentar na empresa, quando o carro recolhe para a
garagem passa por vistoria e dependendo da situação o motorista paga os danos causados no
veículo, temos também os acidente externos, ou seja, outros acidentes que congestionam o
transito e acaba-se perdendo muito tempo nas viagens com o transito parado, podemos usar
como exemplo um dos últimos acidentes que tivemos, onde uma carreta tombou na passagem
de nível da Avenida Paraíba e parou toda a cidade, colaboradores que estavam desde a
madrugada acordados conseguiram retornar para o final de linha já no início da noite e
também pôde ser acompanhado nas mídias, muito dos pontos de ônibus super lotados.
De acordo com o Portal do Holanda postado no dia 21/05/2015, uma carreta transportando
contêiner tombou na passagem de Nível Antônio Simões na avenida Umberto Calderaro, - antiga
Paraíba - próximo à Shinzen, no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul, o cavalo-
mecânico Mercedes Benz, tombou na curva, deixando o condutor e o trânsito ficou
congestionado, mesmo com a intervenção do Manaustrans.
Sousa (2005, apud IGNÁCIO, 2011 p.10):
[...] relata que as situações de maior incômodo referiam-se, aos prejuízos financeiros
por ter que assumir despesas por multas de trânsito, peças quebradas do ônibus e
consertos resultantes de acidentes ou colisões com ônibus.
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Figura 6 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A sétima questão, está em pesquisar, se os assaltos são fatores para o estresse, de acordo com
os atendimentos realizados a esses colaboradores na ocorrência dos assaltos, muitos ficam
transtornados com a forma como foram abordados, de janeiro a julho deste ano que segue, os
assaltos são geralmente provocados por mais de um integrante, estão visualmente sobre efeito
de drogas, são jovens e na maior parte menores de idade, agem com crueldade, ameaçam,
engatilham armas na cabeça das pessoas, roubam seus objetos pessoais, esses colaboradores
ficam afastados por tempo provisório e com acompanhamento ambulatorial e psicológico para
que possam reestabelecer sua integridade física e mental ou são afastados pelo INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social) devido não conseguirem retomar suas atividades. Segundo
Kompier (1996 apud TAVARES, 2010), alguns dos problemas enfrentados pelos motoristas
de ônibus são as exposições a risco constante de assaltos e agressões físicas.
Figura 7 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A oitava questão está em investigar se além dos fatores relacionados a função de motoristas,
buscamos investigar se os assuntos particulares e familiares são fatores influentes para o
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estresse. A realidade da população pesquisada, mostra que temos muitos colaboradores que
transmitem os problemas particulares para o desenvolvimento das atividades que refletem
também para a ação de outros fatores, esse tipo de problema pode ocasionar acidentes de
transito, e conflito com usuários.
Figura 8 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A nona questão está em investigar se as faltas de informação da empresa para com o
colaborador causam estresse, a realidade vivenciada mostra que muitos dos colaboradores são
chamados na empresa para resolver alguma pendencia, e quando estes chegam à empresa, as
pessoas não sabem ou não mostram qualquer interesse em informar qual setor deve procurar,
esse tipo de ação causa certa irritabilidade, devido à ação de ficarem “jogando de setor em
setor” como eles usam a expressão para saber por que foram chamados a empresa, logo esse
tipo de situação pode gerar um estresse, entre os que responderam SIM foram 169, entre os
que responderam NÃO foram 13 e entre os que responderam ÀS VEZES foram 91 motoristas.
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Figura 9 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
A décima questão está em avaliar se o estresse é um fator para o não cumprimento da jornada
e ausência ao trabalho, entre os que responderam SIM foram 50 motoristas, entre os que
responderam NÃO foram 173 e entre os que responderam ÀS VEZES foram 50, diante desta
pergunta houve um pouco de ousadia e também a dúvida se seriam sinceros em suas
respostas, como realizei a aplicação com todos, tive a sinceridade de suas respostas através de
uma breve conversa realizada com a amostra pesquisada.
De acordo com Neri et al 2005 apud Ignácio p15, 2011 conforme ilustração apresentada no
texto da Ignácio e explicando essa ilustração de Neri, fala que existe 03 consequências
devido as condições do trabalho, a primeira sendo para os condutores com as consequências
por distúrbios emocionais e físicos, segundo é as consequências para a empresa que ocorre o
aumento do absenteísmo, aumento da rotatividade, e aumento dos conflitos e por terceiro
ocorre as consequências para a sociedade tendo a diminuição da qualidade do serviço,
aumento do número de acidentes e aumento do custo do serviço.
Figura 10 – Representa em porcentagens o questionário aplicado aos motoristas
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Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
O quadro 03 mostra o resultado da aplicação do Inventário de sintomas de stress para adultos
de LIPP, esse inventário tem por objetivo identificar através das sintomatologias físicas e
psicológicas o nível de estresse, de acordo com a autora Marilda LIPP (2000), podem
apresentar sintomatologia no modelo quadrifásico do estresse sendo as fases de alerta, fase de
resistência, fase de quase exaustão e fase de exaustão. Trata-se de um inventário validado
utilizado para o diagnóstico de estresse em adultos e jovens acima dos 15 anos de idade. A
escala é composta de três quadros que se referem às quatro fases do estresse. No primeiro
quadro, composto de 12 sintomas físicos e 03 psicológicos, o respondente assinala os
sintomas que tenha experimentado nas últimas 24 horas. No segundo, composto de 10
sintomas físicos e 05 psicológicos, o sujeito marca aqueles que experimentaram na última
semana. E no quadro três, composto de 12 sintomas físicos e 11 psicológicos, devem ser
assinalados os sintomas vivenciados no último mês. Totalizando 37 itens de natureza somática
e 19 de natureza psicológica, alguns sintomas se repetem em mais de um quadro, porém
diferindo em sua intensidade e seriedade. Para o diagnóstico correto da presença do estresse,
da fase e da predominância de sintomatologia física ou psicológica não basta utilizar o
número total de sintomas assinalados, sendo necessário consultar as tabelas de avaliação. O
resultado é obtido da seguinte maneira, primeiro somam-se por quadro as respostas Físicas (F)
e Psicológicas (P) separadamente, a fim de se obter três escores de sintomas físicos e três de
sintomas psicológicos. Essas notas são utilizadas para responder se a sintomatologia mais
presente é de ordem somática ou psicológica. O segundo passo, somam-se os escores P + F
por quadro, de modo a encontrar três escores, um para cada quadro do inventário. Essas notas
são utilizadas para responder se a pessoa apresenta sintomas significativos de estresse e em
que fase a pessoa se encontra. E o terceiro passo da avaliação da sintomatologia e da fase
estresse, utilizam-se as tabelas de correção. Para a soma dos escores brutos P + F de cada
parte do Inventário, deve-se comparar com os escores definidos por Lipp (2000). Esses
escores são valores obtidos através de uma tabela criada de acordo com as pesquisas e a
criação do inventário onde sua aplicação é permitida somente por profissionais da área de
psicologia.
SINTOMATOLOGIA DO ESTRESSE
Propensão
para Fase de
alerta
Fase de
alerta
Propensão para
Fase de
resistência /
quase exaustão
Fase de
resistência /
quase
exaustão
Propensão
para Fase de
Exaustão
Fase de
exaustão
Não apresenta
nenhuma fase do
estresse
86 75 103 169 19 02 27
Tabela 03 – Tabulação dos dados da pesquisa de campo – teste LIPP (n=273)
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2017)
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Ao analisar essas sintomatologias apresentadas, vale ressaltar que diante das fases
apresentadas, sendo as fases de alerta, fases de resistência quase exaustão, faze de exaustão e
aqueles que não apresentam nenhuma das sintomatologias do estresse compete ao total de 273
motoristas que corresponde à amostra pesquisada, no que compete as propensões utilizadas na
tabela 03, refere-se ao ato de somente parte dessa amostra pesquisada estavam propensos a
desenvolver estresse, optou-se em colocar as propensões, devido o participante apresentar
uma das fases ou não apresentar estresse, mas está propenso para desenvolver algum desses
modelos quadrifásico do estresse, no entanto, como nem todos apresentaram essa propensão, é
relevante explicar para que não haja dúvidas quanto a leitura e interpretação dos resultados.
Conforme tabela abaixo mostra que esses motoristas apresentam estresse com maior
porcentagem na fase de resistência quase exaustão que representa 169, na fase de alerta com
75, na fase de exaustão 02 e os que não apresentaram nenhum grau de estresse e nenhuma
propensão para desenvolver o estresse foram 27 motoristas.
Fase de alerta Fase de resistência
/ quase exaustão
Fase de
exaustão
Não apresenta nenhuma
fase do estresse
27,4 % 62 % 0,8 % 9,8 %
Tabela 04 – Resultado no modelo dradrifásico do inventário de sintomas de stress para adulto de LIPP
Fonte: Dados produzidos pelo o autor na pesquisa de campo, através do inventário LIPP (2017)
Para Lipp (2001) a fase de alerta é a fase positiva do estresse, o ser humano se energiza
através da produção da adrenalina, a sobrevivência é preservada e uma sensação de plenitude
é frequentemente alcançada.
Entre os participantes da pesquisa nesta primeira fase de alerta, podemos identificar
predominância maior para as sintomatologias físicas que corresponde a 95% apresentando
mãos e pés frios, nó no estômago, aumento de sudorese, tensão muscular, diarreia passageira,
insônia, hipertensão súbita e passageira e predominâncias psicológicas a 05% apresentando
vontade súbita de iniciar novos projetos.
Nessa fase, o organismo se prepara para a reação de luta ou fuga, que é essencial para a
preservação da vida. Os sintomas presentes nesta fase de alerta, se referem ao preparo do
corpo e da mente para a preservação da própria vida.
Na segunda fase, que é a fase da resistência, a pessoa automaticamente tenta lidar com os seus
estressores de modo a manter sua homeostase interna.
Entre a amostra pesquisada, essa fase foi a que mais atingiu o percentil, identificou-se a
predominância maior para as sintomatologias físicas que corresponde a 70% apresentando
problemas com a memória, formigamento das extremidades, sensação de desgaste físico
constante, mudança de apetite, hipertensão arterial, cansaço constante, tontura/sensação de
estar flutuando e predominâncias psicológicas a 30% apresentando sintomatologia como
sensibilidade emotiva excessiva, pensar constantemente em um só assunto, irritabilidade
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excessiva e diminuição da libido. No quadro 03 pode ser observada uma propensão para a
fase de exaustão, isso ocorre como Marilda Lipp, 2001 menciona que, se os fatores
estressantes persistirem em frequência ou intensidade, há uma quebra na resistência da pessoa
e ela passa a fase de quase exaustão. Nesta fase, o processo de adoecimento se inicia e os
órgãos que possuírem uma maior vulnerabilidade genética ou adquirida passam a mostrar
sinais de deterioração, em não havendo alivio para o stress através da remoção dos estressores
ou através do uso de estratégias de enfrentamento, no entanto, a pessoa que está nessa fase do
estresse de quase exaustão, embora apresentando desgaste e outros sintomas, a pessoa ainda
consegue trabalhar e atuar na sociedade.
A quarta fase do modelo quadrifásico que é a fase de exaustão, a fase final do stress, podem
ocorrer doenças graves, como enfarte, úlceras e psoríase, dentre outros, essa fase do estresse a
pessoa não consegue lidar com suas obrigações diárias, podendo aparecer problemas
fisiológicos como o aparecimento de ulceras, cardíacos, gastrointestinais, musculares e
problemas psicológicos como apatia, depressão, desanimo, sensação de desalento, e
hipersensibilidade emotiva até raiva, ira irritabilidade e ansiedade além de ter potencial para
desencadear surtos psicótico e crises neuróticas em pessoas predispostas. (LIPP, 2001)
Diante da pesquisa somente 02 motoristas apresentaram esse quadro de estresse de exaustão,
no entanto os mesmo apresentam bastante ausência ao trabalho por diversos fatores,
principalmente para as sintomatologias físicas. No quadro 03, mostra também as propensões para desenvolver um dos modelos quadrifásico,
ou seja, o motorista apresenta ou não uma das quatro fases e tem propensão para desenvolver
outra fase do estresse.
6. Conclusão
O trabalho dos motoristas de ônibus urbano de Manaus tem grande importância social, pela
necessidade de locomoção de grande parte da população, o que os possibilita suas atividades
cotidianas, no entanto essa profissão exige grande concentração em um ambiente hostil,
perigoso e de agentes estressores. A pesquisa possibilitou conhecer como o estresse se
desenvolve no ambiente de trabalho com motoristas, considerando que se trata de uma
profissão de vigilância.
Nessa fase da pesquisa é valido informar que os objetivos foram respondidos quando optou-se
em classificar esses fatores, a partir do questionário respondido pelos motoristas onde através
da realidade vivenciada apresentamos fatores do seu dia a dia que ocasionam o estresse ou da
maneira como é vivenciada, pode acorrer ou não o estresse, a partir do momento que
classificaram a situação em SIM e AS VEZES para a ocorrência do estresse. Pensou-se nesse
modelo de perguntas no questionário, devido ser uma realidade vivenciada, que podem gerar
um transtorno a esse profissional.
Quando optou-se em identificar o grau de estresse, foi pensado no Inventario de sintomas de
estresse LIPP, que é voltado para a identificação do estresse, diante da aplicação foi possível
identificar os quatro modelos quadrifásico sendo fase de alerta, fase de resistência / quase
exaustão e fase de exaustão onde o índice maior ocorreu na fase de resistência, seguindo da
fase de alerta e a fase de exaustão.
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Respondendo ao ultimo objetivo, concluímos que o estresse está associado com o índice
elevado de absenteísmo, partindo da realidade das sintomatologias físicas e psicológicas
apresentadas pelo inventário LIPP e dos fatores decorrentes do dia a dia investigado através
do questionário, ocorre o índice elevado de ausências ou carga horária incompleta de trabalho.
É importante salientar que tal situação não ocorre com motoristas que não apresentam estresse
e nem propensão ao estresse e quando da ausência dos mesmos ao trabalho a situação é
sempre antecipada.
O impacto proveniente das condições de trabalho obtém um reflexo na vida dos trabalhadores,
em seu convívio com a sociedade e na empresa onde trabalha. Com isso não podemos apontar
diretamente as condições de trabalho como causa do surgimento de distúrbios na saúde dos
trabalhadores, são muitos os componentes sociais e psico-biológicos, existentes que podem
interferir também neste processo.
Finalizamos informando que este trabalho é apenas um complemento para futuros trabalhos a
serem desenvolvidos na empresa diante da realidade vivenciada.
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