Por Marli Tagliari
Apoio aos familiares do paciente “Borderline”
“ Quando uma pessoa vive de verdade,
todas as outras também vivem! ” Pinkola Éstes
Entendemos que seja:
Nossa individualidade. O que nos distingue do outro
Um conjunto de características marcantes de uma pessoa
Um conjunto de padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos do indivíduo ao longo da vida
Uma tendência psicológica de realizar certos comportamentos sociais
Uma combinação dinâmica do temperamento e do caráter de uma pessoa
Segundo a CID-10 (1933) o transtorno de Personalidade “borderline” é :
Um transtorno de personalidade no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente sem consideração
das conseqüências, junto com a instabilidade afetiva.
A capacidade de planejar do indivíduo pode ser mínima, e acessos de raiva intensa pode levar à violência ou a
explosões comportamentais: estas são facilmente precipitadas quando atos impulsivos são criticados
ou impedidos por outros (p.200).
Você convive com alguém de di1cil acesso na família ou relações de amizade através de um comportamento que envolva:
Instabilidade / desregulação emocional intensa, várias vezes ao dia Suas emoções transbordam! Vivem no limite entre a neurose e a psicose Contato social e afeGvo prejudicado Mecanismo mental do pensar, senGr, agir dicotômico: pensam de uma certa maneira, sentem de outra e agem de outra totalmente diferente
Delicados em alguns momentos e agressivos em outros
Labilidade afeGva, ansiedade, impacientes, com reações imprevisíveis de raiva ou de alegria desproporcional ao esNmulo, de raciocínio extremista, imediaGstas
Não toleram frustração. Sensíveis à rejeição.
Desmancha prazer
Impulsividade sem consideração das conseqüências
Sedutores e as vezes manipuladores
Acusam o outro de ter feito algo que o outro não fez
SenGmento persistente de vazio -‐ vácuo existencial
Acusam o outro de ter feito algo que o outro não fez SenGmento persistente de vazio -‐ vácuo existencial Compensam este senGmento de vazio através do comer compulsivo, drogas,
bebidas, sexo, gastos excessivos Distorcem a realidade Ao senGrem-‐se rejeitados se auto muGlam como forma de tamponar a dor
psíquica, como tentaGva de senGrem alguma dor “palpável” Confusos e desorganizados emocional e afeGvamente Mundo interno e de relações caóGco Não toleram a separação
Enfurecem quando supõe que seu cuidador está indiferente
São paradoxais: buscam a aproximação do outro mas se afastam das pessoas
São crianças em corpos de adulto. Sentem medo intenso do abandono
Idealizam e desvalorizam as pessoas com as quais convivem permanentemente
Falta de auto-‐esGma
Podem ser explosivos ou implosivos
Passivos para fazer mas muito aGvos para achar quem faça por ele
• COMO LIDAR COM UM FAMILIAR PORTADOR DE TPB:
Não se envolver diante dos ataques de fúria do TPB
Escutá-‐lo. Ser empáGco. Manter roGnas familiares
É importante acolher o indivíduo, mas não seu comportamento.
Falar a ele o senGmento que ele gerou em você com seu comportamento
Mostrar ao TPB que ele é responsável por suas ações
Não acolher o lugar de viGma em que ele se coloca
Estabelecer limites claros
Não deixá-‐lo isolar-‐se
DiscuGr com ele os problemas que surgem
Apoiá-‐lo quando ele se comprometer a fazer um tratamento
Estabelecer uma relação terapêuGca de confiança
Não reforçar o comportamento mal adaptado do TPB
Traçar junto com o TPB objeGvos específicos
Colocar limites
Trabalho corporal (relaxamento) , música e artes expressivas são
bem vindos, pode acalmá-‐lo
Construir sua subjeGvidade
• PROCESSO TERAPÊUTICO COM O TPB VISA:
O familiar adoece junto
Probabilidade do familiar ser acomeGdo de depressão e stress é grande
O nível de ansiedade dos familiares é grande em decorrência
da instabilidade de humor do TPB
Quando os familiares se vêem despreparados e surpresos diante da impulsividade do TPB
Para facilitar a comunicação do familiar com o TPB
• PORQUE O TRABALHO COM AS FAMÍLIAS:
Para que os familiares aprendam a ter uma mesma conduta diante do TPB
Diminuir a culpa que sentem
Aprender a ter um tempo só para si
Tratamento psiquiátrico
Pequenas doses de anG-‐depressivos
Psicoterapia para ajudá-‐lo na reconsGtuição da personalidade
Especialistas acreditam que com o passar dos anos pode haver a regressão dos sintomas, ainda que o TPB nunca se cure por completo.
Acreditam que eles consigam se relacionar melhor e a controlar o vazio que sentem
• TRATAMENTO E PROGNÓSTICO:
Colaborar para que a convivência diária do familiar com o
portador do TPB seja mais harmoniosa
Ajudá-‐los a desenvolver habilidades de enfrentamento diante do TPB
Ajudá-‐los a diminuir a dor e os encargos emocionais
Aumentar a competência dos familiares no manejo com o TPB
Ajudá-‐los a encontrar saídas mais criaGvas
EsGmular a troca de experiência entre as famílias através do espelhamento
• OBJETIVO DO TRABALHO COM AS FAMÍLIAS:
Referência bibliográfica:
Fonte: CID 10 1992
Transtornos mentais e do comportamento da CID 10
Sobrevivência Emocional Rosa Cukier Porto Alegre – Artes Médicas 1993
Corações descontrolados Ana Beatriz Barbosa Silva Ed. Fontanar
Psicóloga clínica, psicoterapeuta de abordagem Junguiana,
formada pela Universidade Metodista de São Paulo. Especialista em:
Terapia de Casal, através do Núcleo de Casal da Sociedade Brasileira de
Psicologia AnalíGca de São Paulo Terapia Familiar Sistêmica, pelo Sistemas Humanos, Núcleo e Estudos de
práGcas Sistêmica: Família, Individuo, Grupo reconhecido pela Associação Brasileira e Paulista de Terapia Familiar ABRATEF/APTF.
Terapia de Casal de abordagem psicodramáGca pelo InsGtuo J.L.Moreno Terapeuta Corporal
Marli Tagliari – CRP 06/6074
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