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Curso Homologado
Formao Pedaggica Inicial de Formadores(b-learning)
Mdulo 8 Avaliao da Formao e das Aprendizagens
Formadora:Alexandra Andrade
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ndice
Sub-mdulo 8.1. Avaliao quantitativa e qualitativa 3
1. Avaliao da Aprendizagem: caraterizao ... 4
1.1. Introduo 4
1.2. Avaliao da aprendizagem . 5
1.2.1.Noo de avaliao 5
1.2.2. Finalidades da avaliao 6
1.2.3. O que se Avalia? 6
1.3. Tipos de Avaliao .. 7
1.3.1. Avaliao quanto ao processo. ....... 7
1.3.2. Avaliao Quanto ao momento 9
1.4. Indicadores e critrios de avaliao da aprendizagem .. 12
1.4.1. Caractersticas tcnicas da avaliao 12
1.5. A Subjetividade na Avaliao .. 13
1.6. Tcnicas e instrumentos de avaliao . 15
1.7. Outros Instrumentos e Tcnicas de Avaliao
221.8. Construo de Instrumentos de avaliao . 23
1.9. Concluso .. 24
Sub-mdulo 8.2. Avaliao: da formao ao contexto de trabalho 25
1. Introduo 26
2. Avaliao da formao .. 27
3. Avaliao e Eficcia da Formao .. 30
4. Avaliao da qualidade da formao . 32
5. Papis e intervenientes no processo de avaliao .. 32
5.1. Formador e tutor: competncias em comum 32
6. Tcnicas e instrumentos de recolha de informao 33
7. Avaliao Sistmica .. 34
8. Medidas de Regulao . 45
9. Concluso 48
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SUB-MDULO 8.1
AVALIAO QUANTITATIVA E QUALITATIVA
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1. Avaliao da Aprendizagem: caraterizao
1.1. Introduo
Porque que duas pessoas da mesma idade, do mesmo ambiente scio-cultural e com a
mesma capacidade intelectual, perante a mesma situao de aprendizagem e dentro do mesmo
contexto, uma aprende e outra no?
Porque que o mtodo utilizado pelo formador, pode ser causa de fracasso e frustrao para
certos formandos e para outros revelar-se excelente.
Porque que o rendimento duma pessoa aumenta quando trabalha em equipa, enquantooutra precisa de silncio e do trabalho individual para obter um bom desempenho?
evidente que, a aprendizagem uma experincia pessoal ligada ao desenvolvimento
humano e, consequentemente, influenciada pelas alteraes biolgicas e psicolgicas de cada
indivduo. Isto pressupe que cada um pode adoptar um estilo de aprendizagem que
corresponda s suas prprias capacidades.
O presente captulo apresenta contedos a acerca da avaliao da aprendizagem,
nomeadamente, funes, finalidades, nveis, tipos, critrios, tcnicas e instrumentos deavaliao e as causas de subjetividade da avaliao.
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1.2.Avaliao da aprendizagem
1.2.1. Noo de avaliao
Avaliar pode significar, entre outras coisas:
VERIFICAR .... ESTIMAR ....
..... JULGAR .....DETERMINA
R
Para poder dar uma opinio respeitante ao valor de um trabalho, temos em primeiro lugar,
de ter os meios para apreender esse valor. nisso que consiste em sentido restrito, a avaliao.
Trs palavras-chave emergem ento:
VERIFICAR SITUAR JULGAR
VERIFICAR a presena de qualquer coisa que se espera (conhecimento ou
competncia);
SITUAR (um indivduo, uma produo) em relao a um nvel, a um alvo;
JULGAR o valor de...
O que a Avaliao de Aprendizagem?
AVALIAR proceder a uma anlise da situao e a uma apreciao das consequncias
provveis do seu acto numa determinada situao, i.e., verificar o que foi apreendido, retido,
verificar as aquisies no quadro de uma progresso.
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1.2.2. Finalidades da avaliao
a. Testam-se os conhecimentos e as competncias necessrias para abordar a formao
com sucesso (pr-teste);
b. Controlam-se as aquisies dos formandos nos vrios nveis do saber (taxionomia
de Bloom);
c. Informam-se os formandos dos progressos conseguidos;
d. Classificam-se em relao ao grupo;
e. Orienta-se, aconselha-se e corrige-se os formandos durante a formao;
f. Verifica-se se o nvel de competncias, durante e aps a formao, corresponde ao
perfil desejado.g. Avaliam-se os objectivos da formao;
h. Diagnosticar os pontos fracos e fortes da formao;
i. Recolhem-se e processam-se dados com vista melhoria da formao.
Em muitos casos a avaliao tem sido desvalorizada, pois a forma como feita e encarada,
quer pelos profissionais que avaliam, quer por quem est sujeito avaliao, no lhe confere a
devida importncia.
Porqu esta depreciao da avaliao?
Por vezes por desconhecimento da sua importncia e utilidade.
Outras vezes por receio de que os formandos nela no se envolvam.
Muitas vezes, por desculpa: a formao que desenvolvemos no susceptvel
de avaliao , afirmam alguns.
s vezes por incapacidade de reinventar e aplicar os instrumentos mais
adequados para pr em prtica.
1.2.3. O que se Avalia?
PROGRAMA, i.e., o contedo do ensino;
METODOLOGIA, i.e., o modo de funcionamento do sistema o que se faz e
como;
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FORMADORES, i.e., a forma como aplicam os mtodos e as tcnicas, e o uso
que fazem dos equipamentos;
INSTITUIO, i.e., a sua flexibilidade na adaptao de respostas s
dificuldades surgidas;
RESULTADOS, i.e., tudo aquilo que foi conseguido com a formao;
AVALIAO, i.e., de meios e de instrumentos.
1.3.Tipos de Avaliao
Podemos caracterizar a avaliao tendo em conta os seguintes itens:
a.
Quanto ao processo
i. Normativa
ii. Criterial
b. Quanto ao momento
i. Inicial ou diagnostico
ii. Formativa ou continua
iii.Sumativa ou final
1.3.1. Avaliao quanto ao processo
i. Normativa ou de posicionamento:
o tipo de avaliao que se processa atravs de um julgamento baseado na comparao que
feita, por exemplo, como um grupo de alunos que submeteram mesma prova.
Os resultados obtidos a partir desta avaliao, informam-nos sobre a situao dos
formandos, em relao ao grupo, colocando-os gradualmente em 1, 2, 3,
Avalia-se o formando tomando por base o comportamento dos outros formandos do grupo.
Este tipo de avaliao emprega-se, especialmente para efeitos de seleco.
Ao atribuir classificaes aos formandos o formador utilizou um padro relativo.
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ii. Criterial ou de domnio:
Assenta no grau de domnio, ao nvel do desempenho atingido pelo formando.
Adequada formao por objectivos, uma vez que quando formulados, estes devem
explicitar o comportamento esperado, as condies de realizao e os critrios de xito.
Avalia o comportamento de um formando, baseando-se no objectivo a ser alcanado. Esta
avaliao espelha o nvel de alcance do objectivo a ser alcanado esta avaliao espelha o nvel
de alcance do objectivo por parte do formando. O formador classifica os formandos mediante
um padro absoluto.
Avaliao Sumativa vs criterial
AVALIAO NORMATIVA AVALIAO CRITERIAL
Funo
Avaliar o comportamento doformando por referncia aocomportamento dos outros formandos.
Avaliar o comportamento doformando, tomando por base o objetivo aser atingido.
ClassificaoVaria em funo das classificaes
atribudas aos outros formandos.Reflete o facto de ter ou no atingido
os objetivos propostos.
FinalidadeClassificar, comparando os
formandos entre si.Avaliar as aprendizagens de cada
formando.
DecisesAtribuir nveis numa classificao
ordenada, tendo em vista selecionar.A Atribuio dos nveis traduz o
domnio dos objetivos.
Valordiagnstico
Identificar quem necessita demedidas de apoio para atingir o sucesso.
Identificar pontos fortes e fracos decada um, potencializando-os na conceode apoios.
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1.3.2.Avaliao Quanto ao momento
A avaliao tambm pode ser classificada dependendo do momento em que se encontra a
ao de formao. Assim, temos uma avaliao:
i. Inicial ou de Diagnstico:
Antes de se iniciar uma ao de formao, ou unidade temtica, torna-se necessrio tomar
algumas atitudes, designadamente selecionar o grupo de formandos de entre os candidatos, em
funo de vrios fatores:
Selecionar os candidatos mais aptos para a formao, tendo em conta a
motivao, os seus interesse bem como as suas capacidades e conhecimentos;
Orientar os formandos para um tipo de formao;
Decidir o ponto de entrada no processo formativo.
ii. Formativa ou Continua:
Esta fase da avaliao decorre durante a ao de formao e orientada quer para o
formador e para o formando, visando criar as condies propicias realizao da aprendizagem.
Permite ao formador obter informaes sobre os formandos em cada um dos objetivos pr-
definidos e sobre o seu prprio desempenho.
Permite:
a.A obteno de feedback contnuo e permanente, por parte do formador quer dos
objetivos pr-definidos, assim como do seu desempenho (por isso por vezes diz-se
que a essncia da formao participativa).
b.Que o formador v adaptando, quer os contedos, quer os mtodos que planeou
utilizar, medida das necessidades daquele grupo especfico.
c.Prescrever alternativas de aprendizagem.
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iii. Sumativa ou Final:
a avaliao que feita no final do processo formativo ou de um mdulo, e que tem, por
este facto, uma perspetiva globalizante, visando testar o produto, o resultado final da
aprendizagem.
Permite:
a. Concluir se os objetivos gerais foram atingidos.
b. Verificar em que extenso foram atingidos os resultados.
c. Concluir mudanas necessrias.
d.
Classificar e certificar certos formandos.Verifiquemos no quadro seguinte (quadro 12), os diferentes tipos de avaliao.
Diferentes tipos de avaliao
Avaliao Inicial Avaliao formativa Avaliao Sumativa
- Realizaes prviasrelevantes (experincias,
capacidades);
-Conhecimentos ehabilidades (pr-requesitos, pradquiridos.
-Aptides relevantes para aescolha de alternativas deaprendizagens.
- A estrutura de cada unidadede aprendizagem (programa);
- O formando no seu grau dedomnio dos objectivos;
- O formador na sua funotcnico-pedaggica;
- O processo de ensino eaprendizagem;
- As causas dos insucessosna aprendizagem.
- Em que grau de satisfaoocorreu a aprendizagem;
- Se o processo deaprendizagem foi efectivo.
Permite (no inicio): Permite (a cada momento): Permite ( posteriori):
- Inventariar aptides,competncias e interesses;
- Seleccionar formandos paraa formao;
- Decidir do ponto deentrada na aprendizagem
(colocao);
- Determinar o domnio dospr-requesitos.
- Fornecer feed-back
-Determinar dificuldades.
-Adaptar-se s actividades de
ensino/aprendizagem.
- Determinar o grau deconsecuo dos objectivos.
- Classificar resultados daaprendizagem.
- Estabelecer o balano daeficcia da formao.
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- Orientar o formando noprocesso de aprendizagem.
(orientao)
-Regular/adequar o processoformativo.
- Conferir certificao.
- Concluir das mudanasnecessrias.
Diferentes tipos de avaliao (continuao)
DIAGNSTICA FORMATIVA SUMATIVA
OBJETIVO
Saber se, em dado
momento, os formandosdispem ou no dos
conhecimentos ecapacidades necessriaspara a aprendizagem
Regular eproporcionar duplo
feed-back (formando eformador)
Fornecer umbalano de uma
determinada etapa
MOMENTO
No incio Durante o processo No final
FUNO
Prognstico (prevas possibilidades dexito e de fracasso)
Regulao
Classificao etambm o
posicionamento dosformandos uns emrelao aos outros.
OS QUATRO NVEIS DE AVALIAO:
Nvel 1 Nvel 2 Nvel 3 Nvel 4
Avaliao daSatisfao
Avaliao
Pedaggica
Avaliao daTransferncia
Avaliao dosEfeitos
Qual a opinio aquente dos
formandos sobre aprestao da
formao?
Os formandosadquiriram os
conhecimentos e osaber-fazer previsto?
O que foimemorizado?
Os formandosaplicam o queaprenderam?
A formaopermitiu atingir osobjetivos individuaisou coletivos fixados?
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1.4.Indicadores e critrios de avaliao da aprendizagem
Existem diversos sistemas de avaliao:
O tradicionala escala de 0 a 20 valores.
A escala descritiva de 0 a 5 nveis (onde 1 representa o reduzido e 5 o elevado).
A escala de I (Insuficiente), S (Suficiente) e B (Bom), de cariz mais qualitativo.
importante clarificar quais as questes mais levantadas, de forma a ser possvel dar-lhes
uma resposta antes de iniciar o processo avaliativo:
Que relao estabelecer entre a classificao a atribuir e as tcnicas de avaliaoutilizadas;
Como classificar comportamentos, capacidades e competncias;
A classificao abrange apenas o nvel do domnio cognitivo atingido, ou deve incluir o
progresso da aprendizagem;
Os formandos devem ser classificados na sua individualidade, ou em relao aos outros
elementos do grupo;
Para evitar o aparecimento destas questes no final da formao, deve ser aplicado um
plano de avaliao adequado, pensado para a populao-alvo e para os contedosdesenvolvido na formao.
1.4.1. Caractersticas tcnicas da avaliao
a. Fiabilidade
b. Validade
c. Objetividade
A validade de um instrumento de avaliao identifica-se quando este avalia os objetivos daformao e da aprendizagem, assim como as competncias desenvolvidas pelos formandos.
A fidelidade de um instrumento de avaliao reconhecida quando este permite chegar aos
mesmos resultados (ou resultados idnticos) se aplicado ao mesmo grupo mais de uma vez, pelo
mesmo avaliador ou vrios avaliadores em simultneo.
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1.5.A Subjetividade na Avaliao
De forma a garantir mais fiabilidade no processo de avaliao, o avaliador deve procurar ter em
considerao os enviesamentos mais comuns nos processos de avaliao, de forma a poder
minimiz-los, seno mesmo evit-los. Os enviesamentos no processo avaliativo, provocados
pelo avaliador, devem-se ao facto de por vezes no conseguir se objetivos enquanto avalia o
desempenho do formando. Os erros mais frequentemente cometidos na avaliao so:
Esteretipo: uma forma de atribuio quando se faz um juzo sobre um todo (por exemplo,
os ciganos) e se aplica esse juzo a todas as pessoas desse grupo, sem terem considerao o casoconcreto de cada um dos indivduos;
Preconceitos pessoais: so opinies acerca de pessoas (raa, religio, gnero, etc.) que podem
afetar avaliaes;
Efeito de Halo: ocorre quando a opinio pessoal do avaliador sobre o formando o influncia naavaliao do seu desempenho;
Erro de contraste: ocorre quando o avaliador influenciado por avaliaes (muito boas ou
muito ms) feitas anteriormente; se, por exemplo, o formando anterior teve uma avaliao muito
negativa, um formando mdio que seja avaliado de seguida pode parecer muito bom.
Erros por condescendncia e exigncia: o erro por condescendncia ocorre quando o
avaliador tende a ser benevolente nas suas avaliaes. Pelo contrrio, o erro por exigncia,
resulta da grande severidade colocada nas avaliaes;
Erro de tendncia central:alguns avaliadores no gostam de classificar os formandos como
bons ou maus e assim distorcem a avaliao, colocando cada formando na mdia, para a
generalidade dos critrios de anlise considerados.
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Erro de semelhana: acontece, por vezes, o avaliador ter pontos em comum com o formando a
avaliar (o mesmo clube de futebol ou partido politico); este facto pode ser responsvel por uma
grande identificao do avaliador com o avaliado, fazendo querer ao primeiro que uma m
avaliao do segundo quase implica uma autoavaliao negativa;
Erro de primeira impresso: ocorre quando a primeira ideia que se faz de uma pessoa
permanece imutvel, mesmo aps ela sofre alteraes mais ou menos profundas;
Efeito dos acontecimentos recentes: tendncia para basear a avaliao nas impresses colhidas
das aes, comportamentos e desempenhos mais recentes do avaliado.
Enviesamentos culturais sabe-se que cada cultura valoriza determinados aspetos em
detrimento de outros. Por exemplo, a idade avanada , normalmente, um factor considerado
negativo na avaliao de pessoas para trabalhar, na cultura ocidental. necessrio haver
conscincia disso e no deixar que influencie negativamente a avaliao.
Ausncia de critrios comuns: a principal causa de subjectividade da avaliao , sem dvida,
a ausncia de critrios comuns aos diferentes avaliadores. Isto resulta em grande mdia do facto
de no se concederem objetivos de formao e, consequentemente, de a avaliao no incidir
em itens de verificao desses objetivos, tendo como base o desempenho, a condio e o critrio
de xito, bem definidos.
Infidelidade do mesmo avaliador: como se a discordncia entre diferentes avaliadores no
bastasse j para criar grandes problemas de subjetividade avaliao, tambm a avaliao feita
pelo mesmo avaliador suscetvel de subjetividade, pois nem sempre avalia da mesma maneira.
De facto, a avaliao feita por determinado avaliador, est dependente de fatores pessoais como
o estado de sade fsica e mental, alteraes do comportamento (como humor no momento da
avaliao, etc.), o grau de exigncia, o cansao e muitos outros fatores.
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1.6.Tcnicas e instrumentos de avaliao
O processo de avaliao caracteriza-se por um conjunto de diferentes tcnicas que se
socorrem de instrumentos escolhidos e elaborados para fornecerem dados, com o fim de medir
ou constatar eficazmente alteraes de comportamento.
Regras de elaborao e utilizao de Instrumentos de Avaliao
Sempre que possvel, apelar colaborao de uma equipa composta por especialistas
em avaliao nas matrias abordadas por psiclogos;
Ter em ateno as particularidades dos formandos e a sua familiarizao ou ausncia
dela, com tipo de instrumentos que pensa utilizar;
Fixar os objectivos da avaliao e elaborar questes com base neles;
Elaborar tabelas de correco e registar as anotaes;
Fazer a adequao entre as questes e o grupo de formandos;
Sempre que possvel, fazer o tratamento estatstico dos resultados obtidos de forma a
reformular as questes, se necessrio.
Na ptica da formao profissional, a avaliao conseguida atravs de trs processos:
Observao;
Formulao e Perguntas;
Medio.
O formador pode utilizar, estas tcnicas simultnea ou separadamente. Abobadmos de
seguida as diferentes tcnicas.
1. A OBSERVAO
uma das tcnicas mais simples e talvez a mais usada pelos formadores.
Constantemente observam o comportamento, as reaces dos formandos, a aptido, o
interesse, os passos dados para a realizao de uma tarefa, as dificuldades encontradas,
os erros cometidos, entre outros aspectos.
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Obtm assim dados em todos os domnios do saber:
Cognitivo
conhecimentos, compreenso, anlise, sntese, etc.; Afectivointeresse, zelo, participao e pontualidade;
Psicomotor capacidade motora, habilidade manual, etc..
Regras fundamentais para uma observao eficaz:
Inventariar previamente os dados que pretendemos recolher, isto fazer com que a
observao seja uma tcnica e no uma improvisao;
Observar diretamente, sem perturbar o formando;
Criar no grupo um ambiente de franqueza, de vontade, propcio observao;Ter em conta a natureza dos formandos, de modo a no desvalorizar os mais
reservados ou inibidos;
Procurar ser imparcial e objetivo;
Manter o bom senso e a prudncia quanto ao tratamento, generalizao e utilizao
dos dados obtidos;
Criar instrumentos objectivos, para no misturar factos concretos, com simples
opinies subjectivas.
Vantagens:
Permite colher dados no momento em que esto a acontecer, sendo portanto reais e
fidedignos.
Desvantagens:
Implica uma considervel disponibilidade de tempo;
Diminui a disponibilidade do formador para o grupo, j que se focaliza em apenas
um formando de cada vez;
Constitui uma tarefa exigente para o formador que tem frequentemente que
desdobrar-se em mltiplas funes: pedaggicas didcticas, psico pedaggicas e
at por vezes de gesto.
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Os instrumentos usados para observao so:
Grelhas de Observao;Listas de Ocorrncias;
Escalas de Classificao.
a. Grelhas de Observao
Nela se registam os factos que vo ocorrendo com interesse para a avaliao durante:
Uma sesso de formao
Um exerccio prtico
Uma visita de estudo.
Fichas de observao (exemplo):
FICHA DE OBSERVAO
Tarefa: Data:
Factos Observados Comentrios
b. Lista de Ocorrncias
Trata-se de uma listagem de comportamentos que esperamos que venham a acontecer,
tornando o seu registo:
Fcil;
Rpido;Objetivo.
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Lista de Ocorrncias (exemplo):
Lista de Ocorrncias
Comportamento
Formando
Esteveatento
Participou Compreendeu Aplicou Executou
Francisco
Maurcio
Maria
c. Escalas de Classificao
Permite registar um conjunto de caractersticas ou qualidades e atribuir um determinado
grau de escala.
Pode ser numerria, grfica ou descritiva.
Vantagens:
Permitem uma avaliao menos subjectiva;
Permitem a interveno de mais de um avaliador;
Permitem observar o progresso do formando.
Desvantagens:
Erro de Severidade;
Erro de Generosidade;
Erro Central;
Erro de Halo;
Erro Lgico.
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2.FORMULAO DE PERGUNTAS
As perguntas (ou questes) podem ser feitas aos formandos mediante as
seguintes formas:
Oralmente ou avaliao oral;
Por escrito ou avaliao escrita.
Em qualquer dos casos, destinam-se a avaliar dados sobretudo cognitivos, e por vezes
afetivos.
a. Avaliao Oral
uma forma muito eficaz de avaliao sobretudo quando se trata de avaliar apenas um
formando de cada vez, atravs de um dilogo direto. Permite conhecer com clareza os
conhecimentos deste e no caso de dvidas h a possibilidade de as elucidar prontamente.
Permite tambm obter o feedback da atuao do formador.
Algumas indicaes sobre a ttica de fazer perguntas:
1) No permitir respostas coletivas.
2) Exigir respostas claras.
3) Evitar que sejam sempre os mesmos a responder s perguntas.
4) Se tiver que dirigir a pergunta a um nico individuo, design-lo primeiro pelo nome,
fazendo depois a pergunta. Porm, estas perguntas diretas, devem empregar-se s
excecionalmente.5) Dirigida uma pergunta a todos os presentes, fazer uma pausa. Se ningum responde,
pode acrescentar: Sr. Amrico, com a sua grande experincia no assunto, quer dar-
nos a sua opinio?.
6) s perguntas que tenham sido respondidas com um sim ou no, podem seguir-se
outras em que se pede uma justificao do sim ou do no.
7) Que pensa a este respeito? uma pergunta simples e simptica, mas convm no
exagerar, empregando-a indiscriminadamente.
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Se assumir o seu papel mais de formador mediador do que de participante na sesso, o
orientador pode empregar as perguntas dos mais diversos modos. Surgiro, com efeito, muitas
situaes que requerem a sua orientao, porm, se essa orientao se converte em domnio ou
imposio o seu efeito resulta prejudicado.
Em vez de uma afirmao direta, pode, muitas vezes, obter mesmo resultado por via
indireta, expondo as suas ideias sob a forma de perguntas, tornando assim mais subtil e
agradvel a sua ao.
O instrumento da avaliao a lista de perguntasque deve: Ser elaborada previamente e
de forma objetiva;
Ser significativa da matria a avaliar;
Procurar uma avaliao correta dos conhecimentos;
Incluir perguntas claras, curtas e acessveis aos formandos;
Ser flexvel, ou seja permitir a reformulao.
Vantagens:
Facilita o dilogo formador/formandos;
Permite treino da expresso oral;
Possibilita a avaliao da comunicao no- verbal;
Permite avaliar com clareza os conhecimentos dos formandos.
Desvantagens:
Tempo: muito tempo dispendido para avaliar todos os elementos de um grupo,
dado que feita individual e separadamente;
Dificuldade em aplicar perguntas iguais a todos os formandos, o que origina um
tratamento desigual e uma avaliao pouco rigorosa, pois os fatores sorte e
subjetividade intervm fortemente;
Coloca em vantagem os formandos com maior capacidade de expresso oral e os
mais desinibidos
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b. Avaliao Escrita
Consiste em apresentar ao formando documentos escritos, aos quais ele ter de responder
por escrito. Permite colher informao sobretudo dos domnios afetivos e cognitivos, revestindo
para o primeiro domnio a forma de inqurito (cuja conceo requer conhecimento de tcnicas
especificas) e para o segundo domnio a forma de testes.
Os instrumentos da avaliao escrita (ao nvel de inquritos e testes) sero referenciados
apenas a ttulo informativo, pois a sua execuo exige conhecimentos especficos aprofundados.
Assim, e numa perspectiva pedaggica, os inquritos so instrumentos que permitem colocarquestes escritas, de forma sistemtica, com o objectivo de colher dados sobretudo do domnio
afectivo e apresentam-se sob a forma de questionrios inventrios, escalas de atitude e
sociogramas.
Os testes, numa perspetiva pedaggica, destinam-se a colher dados sobretudo no domnio
cognitivo. So geralmente estandardizados e previamente experimentados. Dependendo do
modo como so regidas as perguntas, os testes englobam-se em duas grandes categorias:
Testes de produo ou resposta aberta
O formando produz ou redige a sua prpria resposta. Subdividem-se em testes de:
Resposta curta;
Resposta longa.
Testes de seleo ou resposta fechada
O formando seleciona a (s) resposta (s) adequada (s) de um conjunto de respostas.
Podem ser:
Escolha dupla: verdadeiro vs falso (ou dupla seleco);
De completamento (ou de preenchimento ou lacunares);
Emparelhamento (ou correspondncia ou associao);
Escolha mltipla (ou teste americano ou seleco mltipla).
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Vantagens:
Economia de tempo;Possibilidade de aplicao simultnea a grandes grupos;
Tratamento igual de todos os formandos, com as mesmas perguntas;
O formador em posse da resposta, pode estud-la, compar-la, refletir sobre ela,
quer individualmente, quer em colaborao com o (s) formando (s).
Desvantagens:
Exige uma conceo cuidada e por conseguinte morosa e d vantagem aos
formandos que tm facilidade de interpretao e expresso escrita.
3. MEDIO
Esta tcnica consiste em medir determinadas performances de execuo do formando.
indispensvel para a avaliao de tarefas de execuo prtica.
Assim destinam-se a colher dados no domnio psicomotor, como sejam: tempo de execuo;
quantidade de trabalho produzido e respeito pelas mdias pr determinadas, tolerncias
mximas, etc. Na formao profissional classificam-se habitualmente trabalhos prticos
atravs de notas quantitativas, geralmente na base 20. Contudo, a medio pode ser quantitativa
por classificao analtica ou qualitativa por classificao sinttica.
1.7. Outros Instrumentos e Tcnicas de Avaliao
Portflios
Uma coleo organizada de evidncias de aprendizagem e de trabalhos realizados por um
formando, durante um determinado perodo de tempo, sob a orientao do formador.
Na sua elaborao, o formador deve:
- Participar na deciso relativa s evidncias a incluir;
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- Incitar listagem de tpicos relevantes e ao desenvolvimento de textos ou trabalhos
sobre as evidncias, atravs do recurso consulta de bibliografia;
- Promover o pensamento crtico, a reformulao, a aceitao de crticas e a avaliao
ao longo da elaborao do projecto.
Entrevistas
- entrevistas estruturadas, se obedecer a um plano sistemtico e estruturado, constitudo
por um conjunto de questes previamente recolhidas e integradas num guio de entrevista
- entrevistas no estruturadas, se o instrumento assumir o sentido de uma conversa entre
formador e formando, sem que exista o suporte de um guio rgido,
Mapa de conceitos
Instrumento que expressa a relao entre o que o formando sabe e o que est a aprender,
apresentando-se com o aspecto de um diagrama esquemtico (esquema sntese das ideiasprincipais)
1.8.Construo de Instrumentos de avaliao
Identificao do objecto aavaliar
Definio dos critrios deavaliao
Padro de valor que fundamenta o juzo de
valor e, eventualmente, a deciso(Ardoino Berger, 1989)
Especificao dos
indicadores
Elemento observvel que constitui o sinal, o
vestgio da presena de um fenmeno e quepermite a medida do nvel desse fenmeno
(Figari, 1994)
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1.9. Concluso
De um modo espontneo, consciente ou inconscientemente, estamos sempre a aprender, poreste facto, o entendimento deste domnio, no contexto da formao profissional reveste-se de
crucial importncia.
deste conhecimento que os formadores iro extrapolar mtodos, tcnicas e estratgias
pedaggicas fundamentais para a correta dinamizao dos seus contedos, tornando-os eficazes,
eficientes e significativos para os seus formandos.
O formador dispem de vrias tcnicas e instrumentos de avaliao, sendo preciso
diversifica-las porque nenhum d a imagem completa da realidade, os formandos reagem de
maneira diferente aos mesmos instrumentos de avaliao e a subjetividade do avaliador
inevitvel.
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SUB-MDULO 8.2
AVALIAO: DA FORMAO AO CONTEXTO DE TRABALHO
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1. Introduo
A avaliao constitui-se como um factor de reforo e um instrumento pedaggico da prpria
formao, cria as condies e validaes de avaliao no terreno dos conhecimentos adquiridos,
potencia o papel do responsvel da formao e permite acompanhar e apoiar os objectivos da
empresa.
Podemos definir a avaliao como uma reflexo crtica sobre todos os momentos e factores
que intervm na formao a fim de determinar quais podem ser, esto sendo ou foram, os
resultados da mesma.Trata-se pois, de um vasto e complexo processo que supe a necessidade de recolher
informao de diferentes momentos tendo em vista melhoria dos dispositivos de formao.
No processo podemos efectuar uma separao entre fase de concepo, obteno e
tratamento da informao e a fase de interpretao desta mesma informao. O primeiro de
natureza objectiva, sendo frequentemente baseado na apresentao de dados quantitativos, cujos
critrios de validao so explicitamente referidos; o segundo caracterizado pela sua
natureza valorativa ou subjectiva.
Os momentos e factores que so objectos da avaliao dependem da finalidade da prpriaavaliao. Ao longo dos anos tem variado bastante as temticas que so privilegiadas na
avaliao. Em termos tradicionais a avaliao centrou-se quase que exclusivamente sobre os
resultados da formao. Actualmente discute-se a difusa avaliao das competncias ou dos
saberes adquiridos ao longo da vida.
importante ter-se em conta que a avaliao da formao, no se cinge apenas deteco
das diferenas entre os objectivos esperados e resultados alcanados, mas acima de tudo um
processo reflexivo sobre o prprio dispositivo de formao e orientador para tomar medidas
correctivas.
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2. Avaliao da formao
A avaliao da formalo pode definir-se da seguinte forma:Processo sistemtico de recolha de dados e de anlise da concepo, implementao e
consequentemente das aces de formao realizadas numa organizao, com vista a averiguar
a sua eficincia, relevncia e efeitos na dinmica organizacional.
(Goldstein, 1986; Philips, 1991)
A avaliao da formao fundamental no processo formativo, sendo essencial:
Auscultar a opinio dos formandos;
Medir o nvel de satisfao dos formandos;
Uma tarefa durante e aps a aco de formao;
Controlar os custos da mesma;
Um problema essencialmente tcnico;
Medir o desvio do desempenho individual e organizacional, antes e
aps a formao;
Simultaneamente uma necessidade e um acto de gesto.
A avaliao da ao pretende: medir efetivamente resultados de formao em trs tipos
lgicos diferentes:
Imediatos da informao: taxas de novos conhecimentos, contedos e
reaces dos formandos;
No posto de trabalho: como os formandos atuam neste;
Organizacionais: impacto na empresa.
Envolve uma medio e julgamento do impacto que a formao operou ao nvel do
indivduo, dos grupos e das organizaes.
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As Variveis da Avaliao
Tendo sempre como objectivo essencial clarificar a questo da avaliao e de destacaraquilo que constitui a especificidade desta actividade de avaliao de formao, permite-nos
distinguir nove grandes questes:
1. FORMAR? Esta questo pode ser encerrada na sua dimenso objectiva: quais
so as mudanas visadas, as transformaes esperadas? E tem tambm uma dimenso
subjectiva: que significado tem para os formandos a aco de formao: recompensa,
momento de escape, tempo forte numa avaliao pessoal?
2. AVALIAR? Qual a finalidade principal que se atribui aco de avaliar:
informar, regular, formar, etc.? Quais so os critrios e os indicadores que se devem ter
em conta?
3. QUAL O OBJECTO?Sobre o mbito incidir a investigao: aco global,
campo especfico? Que tipo de efeitos pode apreender e apreciar? E como ter a certeza
que os efeitos observados so mesmo consequncia da aco de formao?
4. COM QUE INSTRUMENTOS? Quais os instrumentos que teremos de
utilizar para produzir a informao e como devero ser postos em prtica?
conveniente prever a utilizao de instrumentos especficos para diferentes tipos de
aco?
5. QUEM AVALIAR? Que parte na avaliao caber: aos responsveis da
formao, aos formadores, aos formandos, aos especialistas exteriores, etc.?
6. QUANDO?Quais so os momentos oportunos para recolher informao: antes
da aco, durante a aco, pouco depois da aco, muito tempo depois da aco? Que
peso atribuir informao recolhida em cada um destes momentos?
7. PARA QUEM?Quem receber e explorar a informao?
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8. PARA TOMAR QUE GNERO DE DECISO? Quais so as bases da
avaliao? Em que dinmica se inscrevem? Quem tem o poder de decidir e em que
domnio?
9. QUAL A UTILIDADE?Como pr a avaliao ao servio de uma melhoria da
qualidade das aces de formao? Como fazer dela qualquer coisa de verdadeiramente
eficaz? E em nome de que eficcia?
AVALIAO
Para Qu?
O qu?
Quando?
Porqu?
Onde?
A quem?
Quem?
Como?
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A avaliao da formao torna-se necessria uma vez que formadores e entidades
organizadoras tm necessidade de recolher feedback sobre as suas actividades, isto ,
perceber como foram percebidos para realizar os melhoramentos/ adequaes necessrias,
seja nos programas, nas metodologias ou na prpria dimenso pedaggica.
3. Avaliao e Eficcia da Formao
A avaliao um aspecto importante no processo de formao uma vez que deve medir a
eficcia da formao profissional.
Segundo Antnio Tira-Picos (in, A Avaliao da Formao Profissional), nomeadamente
na formao de adultos, a relao de eficcia manifesta-se a trs nveis: (i)nas pessoas; (ii)nos
grupos; (iii) nas instituies.
i.
Perante um momento de avaliao, as pessoas expem-se perante os
outros e pensam que podem ser postas em causa, que o seu crdito est em jogo,
que o seu projecto pode ser interrompido. Esta situao gera sentimentos como:
ansiedade, inquietao, receio...
Para que estas dificuldades sejam minimizadas, devem implicar-se os
formandos na sua prpria auto-avaliao, por forma a que desta seja feita uma
leitura de desafio, estmulo e no de ameaa ou sanso. Neste sentido, o formando
deve estar preparado para se auto-avaliar podendo, ele prprio, comprovar os seus
progressos, encontrar percursos alternativos, solues e colaborar com o formador
Objectivos:
Mudanas concretas
que se pretendem
atingir
Estratgias:
Hipteses de
trabalho para atingir
os objectivos
Avaliao:
Confronta estratgias Obtm dados e
com objectivos comprova resultados
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na adequao e reformulao do processo de aprendizagem e na correco de
possveis lacunas.
Os critrios subjacentes avaliao devem ser conhecidos e aceites pelos
formandos e ser acessveis a eles para que os resultados possam ser interpretados
com base nesses critrios.
Assim, a avaliao deve preocupar-se com as expectativas dos formandos e,
desta forma, contribuir para a eficcia da formao.
ii. A dinmica interna do grupo proporciona aos formandos elementos
importantes de colaborao, cooperao vrs respeito pela individualidade de cada
um dos membros, o que vai determinar princpios (critrios) de justia, equilbrio e
de mais objectividade na avaliao. Sendo assim, o funcionamento de um grupo de
formao determinante para a eficcia da avaliao.
iii. As instituies devem criar, implementar e assumir um sistema de
avaliao completo, em que a prpria instituio se inclua (como objecto de
avaliao). Nesse sentido, devem ser criados mecanismos que permitam a escolha e
explorao objectiva dos resultados da formao e introduzidas as necessrias
reformulaes, relativamente a programas mtodos, tcnicas, meios, estruturas e/ou
a introduo de novos elementos de apoio que garantam a eficcia da formao.
O grau de eficcia e eficincia da formao realizada espelha-se no s nos resultados
obtidos pela actividade formativa, como nos nveis de satisfao:
dos empregadores face quantidade de pessoas formadas e ao ajustamento de
competncias conferidas pela formao s necessidades das empresas;
das pessoas formadasface utilidade e aplicabilidade da formao recebida e taxa de
emprego ps-formao.
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4. Avaliao da qualidade da formao
Feita pelos formandos e formandos sobre:
Estrutura do programa,
Objetivos,
Contedos,
Metodologia,
Atividades e recursos,
Formador
5. Papis e intervenientes no processo de avaliao
Formador
Tutor
5.1. Formador e tutor: competncias em comum
Comunicao
Colaborao
Compromisso
Motivao
Tolerncia
Empatia
Cordialidade
Honestidade
Flexibilidade
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6. Tcnicas e instrumentos de recolha de informao
a)
Testes de conhecimentos
b) Testes de performance
Avaliam o desempenho e a performance numa determinada rea especifica
c) Inqurito por entrevista
Listagem de questes/guio de entrevista com questes
d)
Inqurito por questionrio
Tcnica de recolha de informao, constitudo por um conjunto estruturado e
pr-definido de questes (fechadas, abertas ou semiabertas/semifechadas).
e) Anlise documental
Mtodo de recolha e de verificao de dados: visa o acesso s fontes
pertinentes, escritas ou no, e faz parte integrante da heurstica da investigao.
3 fases:
Crtica interna do documento efetuar uma leitura atenta do texto, procurando
interpret-lo;
Crtica externa ou crtica da testemunha- o que vai ser examinado j no a
mensagem, o texto, mas os aspetos materiais do documento;
Crtica do testemunho: confirmar a informao- confrontar o testemunho
examinado com outros testemunhos independentes do primeiro.
f) Observao direta
g) Focus-group
Conjunto de mtodos de discusso baseados em grupos
Interao do grupo moderada por um avaliador ou investigador que estabelece
os tpicos ou perguntas para discusso
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Tem particular interesse na anlise de temas ou domnios que levantam
opinies divergentes ou que envolvem questes complexas que precisam de ser
exploradas em maior detalhe.
h) estudos de caso
Abordagem metodolgica de investigao adequada para explorar ou descrever
acontecimentos e contextos complexos, nos quais esto simultaneamente
envolvidos diversos fatores
i) simulao
j) elaborao de projetos
k) incidentes crticos
l) porteflios
m) anlise custo-benefcio
n) roteiros de atividades
7. Avaliao Sistmica
Podemos definir avaliao sistmica como:
Conjunto de atitudes que permitem valorizar as potencialidades de cada um, permitindo a
progresso possvel de todos os formandos, cujos desempenhos so aferidos por referencia a
objectivos de aprendizagem.
Visando a melhoria das competncia e do desempenho de cada um.
O desempenho dos formandos analisado por referencia a objectivos de
aprendizagem.
Avalia as aprendizagens de cada formando, e determina as caractersticas e nvel de
desenvolvimento.
Regula o processo de ensino/aprendizagem.
Reorganiza e regula o ensino/aprendizagem num processo
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Logo:
Para que se entenda o xito das aces de formao necessrio procurar responder pelosresultados obtidos. Desta forma impem-se a pertinncia da avaliao da formao para assim
se avaliarem os resultados e os efeitos da formao
A avaliao pressupe um trabalho sobre um conjunto de informaes. Mas nem todas as
informaes so relevantes para uma correcta avaliao, por isso ela deve obedecer a alguns
princpios.
Critrios de Eficcia da Formao
INDICADORES OBJECTIVOS
1. Resultados mdios de aprendizagem dos formandos
2. Grau de aplicabilidade
3. Aplicabilidade prtica da formao
4. Assiduidade vs Absentismo
5.
Maior produtividade
6. Progresso / Promoo
INDICADORES SUBJECTIVOS
1. Qualidade do Desempenho
2. Satisfao no Trabalho
3.
Nvel de Motivao dos Empregados4. Desenvolvimento Pessoal
5. Desenvolvimento Social
6. Projectos e Ambies
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Indicadores estratgicos de avaliao na formao
Dimenso da aquisio de competncias
Os trs domnios do saber: saber, saber fazer e saber ser.
Dimenso de efeitos sentidos pela organizao
Mais valia do posto de trabalho.
Dimenso da insero na vida prof issional
Experincia anterior e estatuto na carreira
Dimenso pedaggica e organizati va da formao
Modelo de formao e estrutura de apoio logstico
Nveis de Avaliao na Formao
Ao nvel das Reaces dos Formandos
Procurar qual a reaco dos formandos internamente ao processo pedaggico, isto , s
actividades, ao ambiente, aos formadores, aos mtodos pedaggicos, aos suportes, etc.
Ao nvel dos Resul tados dos f ormandos ou ao nvel da aco de formao
Procura-se avaliar em que medida os formandos atingem os objectivos pedaggicos ao
nvel de competncias/aptido no final da aco.
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Ao nvel da Empresa
A avaliao visa determinar qual o efeito, qual a contribuio para a melhoria dosresultados da empresa.
Anlise sistmica dos resultados da avaliao
OQU?
S atravs da avaliao pode saber-se o que se passou na formao (naquele grupo, tempo e
espao), da que todos os elementos que integram o processo formativo devam ser alvo da
avaliao:
O programa, ou seja, o contedo, os fins e os objectivos da formao
A metodologia seguida, quer dizer, o modo de funcionamento do sistema. O
que se faz e como se faz para atingir os fins.
Os formandos, no sentido de testar em que medida atingiram os objectivos
Os formadores, no que respeita forma como aplicam os mtodos as tcnicas e
o uso que fazem dos equipamentos postos sua disposio.
Avaliao
O Qu?
A Quem?
Quando?Para qu?
Como?
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A instituioe a estrutura da formao, para avaliar a qualidade do servio
prestado, bem como a sua flexibilidade na procura e adaptao de respostas s
dificuldades surgidas.
Os resultados num sentido amplo, isto so: devem ser avaliados no s os
resultados esperados (os que constam dos objectivos) da formao, mas tambm aqueles
que no foram previstos, os resultados inesperados (todos os efeitos registados no
decorrer da formao, que no estejam previstos e definidos nos objectivos).
A prpria avaliao, como parte integrante e importante do processo, no
sentido de sabermos se o tipo de avaliao usado, os meios e instrumentos, se adequam
sua funo.
QUANDO?PARA QU?
A temporalidade da formao profissional muito mais concentrada do que a do ensino
acadmico, o que constitui um constrangimento ao acto avaliativo. O formador tem de
assegurar-se da consolidao da aprendizagem sem consumir grande tempo, o que implica uma
grande capacidade avaliativa, para no pr em causa a fidelidade e fiabilidade na tomada de
deciso e garantir, em qualquer timing, a adequao constante dos processos.
Isto implica que o formador integre a avaliao, enquanto procedimento, no processo
formativo, numa ptica sistmica, logo a partir do momento inicial.
Antes da formao- o perfil de entradaAvaliao Prvia
Questo que esta
avaliao coloca...
Como se situam os formandos, a nvel cogni tivo e
afecti vo, perante o tema (contedos) a desenvolver?
No se trata de uma avaliao com inteno classificativa. Ela importante, principalmente
quando no foi traado um perfil de entrada dos formandos, o que acontece muitas vezes.
Pode ser feita oralmente ou por escrito, mediante questionrios.
Destina-se ao levantamento e inventariao dos constrangimentos e condies que vo
balizar a realizao da aco. Est estreitamente relacionada com as foras que o sistema deformao estabelece, a obteno de dados relativos situao real dos formandos, o seu
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posicionamento, principalmente face aco de formao (dados afectivos), mas tambm face
aos conhecimentos que a vo ser objecto de abordagem.
Em face da informao recolhida, o formador estabelece um prognstico do que poder vir a
ser a aco, prognstico esse que suportar as suas decises futuras em termos de planificao
da aco. Desta forma, a avaliao prvia, melhora o enquadramento pedaggico da aco de
formao (uma vez que o formador pode introduzir alguns ajustamentos ao programa de
formao j elaborado, tornando-o mais de acordo com as necessidades sentidas pelos
formandos), potencia a qualidade do resultado a atingir pelos formandos e garante uma boa
articulao entre todas as variveis do processo formativo.
Durante a formaoo processo/ desenvolvimento da formaoAvaliao Contnua
Questo que esta
avaliao coloca... Os formandos esto mesmo a apr ender?
Trata-se de um tipo de avaliao mais vocacionado para a avaliao da aprendizagem.
Realmente, o grau de envolvimento dos formandos, o tipo de questes que colocam, a qualidade
das respostas dadas s questes colocadas (), apesar de serem ptimos indicadores do seuinteresse pela formao (constituindo feed-back acerca da qualidade da formao)
proporcionam, essencialmente, dados sobre o seu progresso no processo de aprendizagem.
Verdadeiro eco dos formandos, a avaliao continua acontece ao longo de toda a
actividade de formao, acompanhando o desenrolar do processo formativo. De certa forma, ela
confunde-se com o trabalho pedaggico do formador, pois este deve manter uma atitude de
questionamento constante sobre a articulao entre os procedimentos pedaggicos e os
resultados alcanados pelos formandos.
Esta avaliao desempenha tambm um papel de ajuda aprendizagem, permitindo que:
- o formando consciencialize o seu percurso, dificuldades, sucessos, e se motive
(levar o formando a aprender a aprender e a desenvolver autonomias de
aprendizagem);
- o formador perceba o grau de envolvimento dos formandos, o tipo de questes
que colocam, as repostas que do s questes que lhes remete, o interesse pela
actividade formativa e o seu progresso na aprendizagem.
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Assim, o sucesso de uma aco de formao depende em grande parte das avaliaes
intermdias que permitem operar os ajustamentos necessrios sem perder de vista os objectivos
da aco:
Avaliaes dirias cujo objectivo detectar a tempo desvios, tendo sempre em
considerao os objectivos e as expectativas;
Avaliao semanal, cujo objectivo fazer um balano da semana decorrida,
planificar e coordenar a continuidade da aco de modo que os objectivos sejam
atingidos.
Depois da formaoo perfil de sadaAvaliao Final
Questes que esta
avaliao coloca...
O que que os formandos aprenderam durante a
actividade formativa?
Os formandos gostaram da actividade formati va?
Este tipo de avaliao inscreve-se em duas vertentes distintas:
Ver tente didctica- tem como funo principal a certificao de uma aprendizagem, isto
, atravs da recolha e anlise das respostas dos fins s questes feitas relativamente ao tema a
propsito do qual se pretende apurar o que que aprenderam durante a actividade formativa.
Por outras palavras, visa apurar quais as mudanas operadas a nvel do saber (conhecimentos),
do saber-fazer (aptides) e do saber-ser (atitudes).
Ao classificar, situar, verificar e informar, cumpre o seu papel objectivo que o de
diferenciar os formandos em termos do lugar que ocupam relativamente a uma norma ou
critriopreviamente definidos.
Ao avaliarmos relativamente a uma norma, estamos a comparar o resultado alcanado
por um formando com os alcanados por outros formandos que, em situao idntica, foram
sujeitos ao mesmo instrumento de avaliao.
Quando o referente criterial, a relao avaliativa estabelece-se entre o resultado alcanado
pelo formando e o valor/ objectivo estabelecido pelo formador como referncia (critrio) para a
comparao.
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- No primeiro caso (avaliao normativa), a preocupao centra-se em
seleccionar o melhor dos formandos. Isso no significa que o seu nvel de resultados,
face aos objectivos, seja satisfatrio (o primeiro; o ltimo..., por exemplo);
- No segundo caso (avaliao criterial), o objectivo o de situar os formandos em
termos absolutos no que se refere aprendizagem realizada (apto; no apto, por
exemplo).
Esta vertente da avaliao sumativa utiliza normalmente observao, testes e
questionrios.
Vertente pedaggicaquando esta avaliao tem por objectivo apurar e medir o grau de
envolvimento e de interesse dos formandos pela actividade formativa. Neste sentido, atravs da
recolha e anlise das reaces dos formandos aos objectivos, contedos, mtodos, actuao do
formador e comportamento global do grupo, pretende demonstrar se os formandos gostaram da
formao. Nesta vertente, a avaliao sumativa utiliza questionrios e/ ou relatrios.
A avaliao final tem, assim, vrias funes:
Fazer o balano dos conhecimentos adquiridos em relao aos objectivos
Maior consciencializao dos benefcios da aco, uma vez que fornece
material para avaliar globalmente a ao;
Reajustamento do projecto pessoal e profissional;
Despertar para a necessidade de formao complementar;
Prever a melhor maneira de rentabilizar competncias adquiridas;
Determinar orientaes futuras;
Deste modo, procura-se saber, em que medida a formao contribuiu para alterar
qualitativamente as suas competncias profissionais, aptides e atitudes.
Aps a formaomudanas no terrenoAvaliao de Impacto ou Posterior
Questes que esta Os formandos mudaram mesmo?
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avaliao coloca... E a Empresa ou Organ izao, tambm mudou?
A avaliao de impacto utiliza, normalmente, inquritos dirigidos aos formandos e/ou s
suas chefias directas e tem como objectivo principal apurar o impacto da aprendizagem na
valorizao humana e tcnico-profissional dos formandos, efectuando-se de trs a seis meses
aps a actividade formativa. Aquilo que se pretende, mais concretamente, saber em que
medida a actividade formativa contribuiu para alterar qualitativamente as competncias
profissionais do formando, ao nvel dos conhecimentos, aptides, atitudes.
Sistematizando ideias, so quatro os momentos fundamentais de avaliao de umaformao (se considerarmos a avaliao formativa na sua dimenso mais vocacionada
avaliao da aprendizagem): antes do incio da Aco de Formao, no fim da Aco de
Formao e aps a realizao da Aco de Formao.
Antes do incio da Aco de Formao: Avaliao Prvia
Objectivos:
Avaliar as expectativas dos formandos e da empresa relativamente aco de
formao;
Fornecer um prognstico e suportar as decises futuras em termos de
planificao da aco de formao.
Durante da Aco de Formao: Avaliao Continua
Objectivos:
Avaliar e acompanhar o desenrolar do processo formativo;
Ajudar aprendizagem do formando.
Fim da Aco de Formao
Objectivos:
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Avaliao dos conhecimentos adquiridos pelos formandos e organizao da
aco;
Avaliao da dinmica do grupo de formao (formandos e formadores).
Aps a realizao da Aco de Formao: Follow-Up/ Impacto
Objectivos:
Avaliao do nvel de aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos pelos
formandos;
Avaliao do impacto produzido na empresa em consequncia da formao
(para activos).
Esta avaliao efectuada 3 ou 6 meses aps a formao. Visa essencialmente apurar o
impacto da aprendizagem na valorizao humana e tcnico-profissional dos formandos.
QUEM?
Formandos, formadores, coordenadores, instituies, esto todos envolvidos quer como
origem, quer como destinatrios da avaliao.
- O formador avalia o formando;
- Os coordenadores avaliam os formadores;
- As inspeces avaliam as instituies que proporcionam ou gerem as aces de
formao;
-
Os formandos avaliam a aco de formao, os formadores e o prprio sistema
de formao;
- Todos os intervenientes podem e devem fazer auto-avaliao. Relativamente ao
formando, ela um meio de avaliao muito til (podendo ser um objectivo geral da
formao), uma vez que constitui um indicador da autonomia e maturidade do
formando, favorecendo o seu auto-conhecimento.
Relativamente ao formador, terminada uma actividade formativa e antes de assumir
qualquer outro compromisso relacionado com a animao da formao, importante quase
mesmo indispensvel que o animador faa um tempo de paragem e reflexo. Ser uma
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oportunidade para interiorizar, de forma lcida e serena, os pontos fortes e fracos da iniciativa,
empenhando-se no reforo os primeiros e na melhoria os segundos.
Formandos, formadores, coordenadores, instituies, esto todos envolvidos
quer na origem, quer como destinatrios da avaliao.
COMO?
Durante as aces de formao, o formador e a prpria entidade formadora, podem utilizarseparadamente ou em simultneo vrios instrumentos de avaliao.
Para se obter uma avaliao da formao eficaz e que traduza o mais real possvel os
resultados da formao necessrio construir instrumentos adequados, ou seja, aqueles que
oferecem mais vantagem e menos inconvenientes.
A avaliao da formao, dos formandos, dos formadores e da entidade formadora
realizada atravs de escalas de vrios tipos (numricas, literais e descritivas), cujos os
parmetros podem variar de avaliador e em funo dos contedos em presena.
Facilitando uma anlise comparativa, Tira-Picos e Sampaio (1994), apresentam uma sntese
dos instrumentos e tcnicas de avaliao da formao.
Instrumentos de avaliao
Informaes da chefia dos trabalhadores que participam na aco formativa
Questionrio a preencher pelo responsvel da rea do participante
ndices de produo
Estatsticas de acidentes
Observao no posto de trabalho
Avaliao de desempenho
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Obstculos avaliao da formao
Os responsveis no encorajam a avaliao da formao;
Os formadores no tm as competncias necessrias para fazer avaliaes;
Em muitos casos no est claro o que deve ser avaliado e a que questes a
avaliao deve dar resposta;
Existe o receio de que o dinheiro investido num programa ou curso no retorne
como valor acrescentado.
8. Medidas de Regulao
Na avaliao tambm importante prever medidas de regulao com vista melhoria do
processo formativo, nomeadamente na avaliao formativa e na avaliao feita no fim da
formao.
No primeiro caso, este tipo de avaliao no tem como objectivo principal classificar
mas, principalmente, diagnosticar dificuldades e facilitar o processo de aprendizagem do
formando. Sendo assim, aquando da definio da deciso(uma das fases da concepo dos
instrumentos de avaliao), devem prever-se possibilidades de remediao para a
eventualidade dos resultados do formando no coincidirem com os critrios de xito pr-
estabelecidos, isto , se o formando no satisfizer as exigncias mnimas previstas na
avaliao.
O formador deve, ento, estabelecer um conjunto de alternativas podendo, por exemplo:
O formando ser aconselhado a rever a parte da matria que no domina;
Serem-lhe oferecidas alternativas de aprendizagem, tais como o formador fazeruma nova e/ou diferente abordagem aos contedos, utilizando outros meios e outros
mtodos de ensino-aprendizagem.
Serem-lhe postas disposio sesses de ensino mais individualizado;
Proporcionar-se assistncia de sesses adicionais em outros grupos de formao.
No que concerne aos resultados insatisfatrios da avaliao final da aco de formao,
tambm se deve prever medidas de regulao com vista melhoria de um futuro processo
formativo. Um dos insucessos pode prender-se com a metodologia inadequada utilizada por um
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formador; nesse caso poder, eventualmente, ser pedido ao formador em questo para, numa
prxima aco, reformular os seus mtodos e tcnicas pedaggicas.
Noutro caso, se a estrutura do programa no estava bem adequada ao pblico-alvo, e no
caso de futuras aces serem destinadas para o mesmo pblico, poder ser benfico proceder-se
a alteraes nos contedos e carga horria dos mdulos.
Este exemplo de possveis alteraes com o objectivo primordial de melhorar futuras aces
de formao, apenas ilustrativo da panplia de medidas de regulao.
Actualmente, pretende-se uma avaliao que se inscreva nas tentativas de melhor
compreender para melhor agir, melhor resolver os problemas, melhor atingir os objectivos. ,
no fundo, uma procura de melhores desempenhos, para uma dinmica duradoura de qualquer
processo de desenvolvimento.
Uma interveno formativa que se pretenda esclarecida e eficaz, tem de incluir
processos de avaliao que, entre outras finalidades, se examine a si prpria no seu contexto de
aplicao, aprecie os seus efeitos em relao a uma situao de referncia, verifique o impacto
em relao aos objectivos perseguidos: impacto global, utilidade social, interesse econmico,
etc.
Capucha et al.(1996:11) referem alguns dos contributos principais da avaliao:
A melhoria do autoconhecimento das instituies;
A melhoria da conduo e gesto de dispositivos, programas e projectos, com
afinao dos mecanismos de autocorreco;
A produo de informaes sistematizadas;
A melhoria dos processos de tomada de deciso;
A melhoria dos mecanismos de difuso da informao, da participao e da
negociao nos processos de mudana;
A formao dos actores;
A prestao de contas e apuramento de resultados;
o reforo das teorias, metodologias, sobre determinados assuntos.
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A avaliao mais efectiva:
-
Quando integrada num programa e no vista como uma actividade extra;- Quando os fins esto claramente determinados e relacionados com os objectivos
iniciais;
- Quando conhecemos o grupo;
- Quando h uma clarificao das responsabilidades em relao tarefa;
- Quando esto estabelecidos o timinge os recursos (equipamentos);
- Quando se utilizam mtodos simples de recolha de informao.
A ttulo de reflexo:
Na formao de adultos, nomeadamente, devem considerar-se possveis consequncias que
a avaliao pode representar para as pessoas avaliadas.
A situao de avaliao pode provocar na maioria das pessoas ansiedade, inquietao, receio
por exemplo, quando se sentem expostos na presena de outros. Uma das estratgias possveis
para contornar este problema, ser implicar os formandos tanto quanto possvel na sua prpria
avaliao tornando-a, desta forma, um desafio e estmulo e no uma punio.
Os formandos devem ter oportunidade de lhes ser dada preparao para realizarem uma
auto-avaliao, de forma a serem eles a comprovar os seus progressos, a construir o seu prprio
caminho na procura de solues, a colaborar com o formador tendo em vista eventuais
correces.
A avaliao deve preocupar-se com as expectativas dos formandos, procurando encontrarrespostas e contribuir para a eficcia da formao.
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9. Concluso
A eficcia de uma avaliao reside nas decises subsequentes. As decises volta de umprograma de formao exigem, em maior medida, a implicao das pessoas num consenso
alargado sobre o diagnstico da situao e das actuaes pertinentes, a inequvoca aceitao das
responsabilidades correspondentes a cada elemento, a necessidade de cooperao, assim como a
proporia avaliao do programa, a fim de permitir apreciar a evoluo e tomar decises
adequadas, quer para prosseguir com o percurso projectado, quer para o modificar, desde que a
situao o justifique.
fundamental ver o processo formativo como um todo, onde existe a interligao de
diferentes factores, sendo a avaliao da formao o resultado final de todo o processo, e quem
cabe a determinao final da eficcia e eficincia da mesma.