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Iodo

Nosso organismo contém normalmente de 20 a 30mg de iodo, com mais de 75% na glândula tiróide e o restante distribuído por todo o organismo, particularmente na glândula lactente mamária, na mucosa gástrica e no sangue. A única função conhecida do iodo é como parte integrante dos hormônios tireóideos.

Sua excreção é primariamente pela urina; as pequenas quantidades nas fezes vêm da bile.

Deficiência de iodo: Excesso de iodo:Durante a gestação e crescimento pós

natal: Cretinismo - Deficiência metal,

displegia espástica, quadriplegia, surdo-mudez, disastria.

Bócio simples ou endêmico.

Uma super dose cutânea pode suprimir atividade tiroidiana.

Fontes:

O iodo é encontrado em quantidades extremamente variáveis nos alimentos e na água de beber. Os frutos do mar, tais como moluscos bivalves, lagostas, ostras, sardinhas e outros peixes de água salgada são ricos em iodo.

Recomendações nutricionais diárias de iodo:

  Idade µg/dia

Lactentes 0 a 6 meses 110

7 a 17 meses 130

Crianças 1 a 3 anos 90

4 a 8 anos 90

Homens 9 a 13 anos 120

14 a 18 anos 150

19 a 70 anos 150

> 70 anos 150

Mulheres 9 a 13 anos 120

14 a 18 anos 150

19 a 70 anos 150

> 70 anos 150

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Gravidez 18 a 50 anos 220

Lactação 18 a 50 anos 290

Fonte: Dietary Reference Intakes: Recommended Intakes for Individuals Elements, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2004

Teor de iodo em alguns alimentos:

Fonte mcg/100g

Sal iodado 7400

Camarão 90

Algas 60

Ostras 38

Badejo 30

Atum 30

Bacalhau 20

Aipo 15

Agrião 15

Caranguejo 13

Salmão 11

Leite de vaca 11

Arenque 10

Alho 9

Carne bovina 5,3

Fígado de boi 5

Aveia 4

Arroz 3,6

Sardinha 3,5

Assuntos correlatos:

Vitaminas e Sais Minerais

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Fontes consultadas:

Vitamins in Human Health and Disease, T.K. Basu, J.W. Dickerson, CAB International, 1996.

Alimentos, Nutrição e Dietoterapia, L. Kathleen Maban, Sylvia Escott-Stump, Ed. Roca, 1998.

Tabela e Composição Química dos Alimentos, Guilherme Franco, Ed. Atheneu, 1999.

Iodo

Sinônimos: Cristais de iodo; iodo sublimado

Fórmula química: I2

1) IDENTIFICAÇÃO DOS DANOS

AVISO: VENENO! PERIGO! CORROSIVO. CAUSA IRRITAÇÃO SEVERA OU QUEIMADURAS EM TODA ÁREA DE CONTATO. PODE SER FATAL SE INGERIDO OU INALADO. VAPORES CAUSAM IRRITAÇÃO SEVERA PARA PELE, OLHOS E ÁREA RESPIRATÓRIA. OXIDANTE FORTE. CONTATO COM OUTRO MATERIAL PODE CAUSAR FOGO. AFETA OS SISTEMAS NERVOSOS CARDIOVASCULARES E CENTRAIS. PODE CAUSAR ALERGIA PARA A PELE OU REAÇÃO RESPIRATÓRIA.

Índices:

Saúde: 3 - severo

Flamabilidade:0-nenhum

Reatividade:2- moderado

Contato: 3 - severo

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Equipamento a ser usado em laboratório: óculos, avental, capuz, luvas;

Código de Armazenamento: branco(corrosivo) *Etiqueta deve conter a precaução de se evitar contato com olhos, pele e roupas, respiração da poeira. Deve conter também instruções de se usar com ventilação adequada.

Efeitos potenciais à saúde:

Inalação

Corrosivo. Vapores irritam severamente e podem queimar as membranas mucosas e área respiratória. Lágrimas excessivas, rinites, tensão no tórax, garganta dolorida, enxaqueca e edema pulmonar posterior podem ocorrer. Inalação de vapores, se concentrados, podem ser fatais.

Ingestão

Corrosivo. Possa causar queimaduras severas na boca, garganta e estômago. Causa dor abdominal, diarréia, febre, vômito, estupor e choque,. Dose letal provável é 2 a 4 g de iodo livre.

Contato com a pele

Corrosivo. Contato com o líquido pode causar queimaduras devastadoras, irritação e dor. Vapores podem irritar severamente à pele.

Contato com os olhos

Corrosivo! Vapores estão irritam severamente e podem causar dano aos olhos. Contato pode causar queimaduras severas e dano de olho permanente.

Exposição crônica

Exposição crônica ao iodo pode causar insônia, conjuntivites, inflamação nasal , bronquite, tremor, taquicardia, diarréia e perda de peso. Sensibilização alérgica pode acontecer.

Agravo das condições pré-existentes

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Pessoas com desordens de pele pré-existentes, problemas de olho, função respiratória prejudicada, ou doença da tiróide, pulmões ou rim podem ser mais suscetíveis aos efeitos da substância.

2) MEDIDAS DE PRIMEIROS-SOCORROS

Inalação:

Remover o indivíduo exposto ao ar livre. Se não estiver respirando, fazer respiração artificial. Se respirar com dificuldade, dê oxigênio. Procure ajuda médica.

Ingestão:

Induza o vômito imediatamente de acordo com orientação paramédica. Nunca dê algo pela boca para uma pessoa inconsciente.

Contato com a pele:

Lave imediatamente em água corrente por, pelo menos, 15 minutos. Remova a roupa contaminada e os sapatos. Procure ajuda médica. Lave as roupas e os sapatos antes de reutilizá-los. Manchas de iodo podem ser removidas lavando a pele imediatamente com solução de tiosulfato de sódio 5%.

Contato com os olhos:

Lave imediatamente com água corrente por, pelo menos, 15 minutos, abrindo e fechando ocasionalmente as pálpebras. Procure ajuda médica imediatamente.

3) MEDIDAS EM CASO DE INCÊNDIO

Fogo:

Não combustível, mas tal substância é um oxidante forte e seu calor de reação com agentes redutores ou combustíveis pode causar ignição.

Explosão:

Contato com substâncias oxidantes e incompatíveis pode causar combustão extremamente violenta.

Meio de extinção de fogo:

Use qualquer meio satisfatório para extinguir fogo circunvizinho.

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4) MEDIDAS PARA VAZAMENTO ACIDENTAL

Ventilar a área de vazamento. Usar equipamento de proteção pessoal apropriado especificado a seguir. Cubra a área de derramamento com um excesso de agente redutor (tiosulfato de sódio, bisulfato, ou sais férreos em 3M ácido sulfúrico) e então neutralize com cinza refrigerante. Colecione sobra em recipientes aprovados.

5) MANUSEIO E ARMAZENAMENTO

Mantenha o material em um container bem fechado, armazenando-o em local fresco, seco em área ventilada. Os containers vazios deste material são tóxicos quando vazios pois retêm resíduos; observe todos os avisos e precauções com relação ao produto.

6) CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO PESSOAL

Sistema de Ventilação: um sistema de exaustão local ou geral é recomendado para manter a exposição do usuário(a) a menor possível. O sistema local é preferível porque controla a emissão do contaminante em sua origem, prevenindo dispersão dele numa

área maior.

Respiradores pessoais: para as condições de uso em que há exposição a poeira ou vapor, um respirador de meia face contra poeira e vapor é efetiva. Para emergências e

instâncias em que não se sabem os níveis de exposição, use uma respirador inteiriço de pressão positiva. AVISO: respirador com purificação de ar não são efetivos num

ambiente deficientes de oxigênio.

Proteção da Pele: use luvas protetoras e roupas limpas que cubram todo o corpo.

Proteção dos Olhos: use óculos químico-protetores. Mantenha uma fonte para lavar os olhos na área de trabalho.

7) ESTABILIDADE E REATIVIDADE

Estabilidade: Estável debaixo de condições ideais de uso e armazenamento.

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Produtos de sua decomposição: Podem ser lançados gases tóxicos e vapores se envolvido em fogo.

Polimerização do produto: não ocorrerá.

Incompatibilidade: Incompatível com amônia, metais pulverizados, metais de álcali ou agentes reduzindo fortes. Reação pode ser violenta ou explosiva com acetaldeído e acetileno.

Condições a se evitar: aquecimento, luz e locais pouco ventilados.

8) INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS

Destino no ecossistema: Nenhuma informação foi encontrada.

Toxicidade ambiental: Nenhuma informação foi encontrada.

9) CONSIDERAÇÕES PARA ELIMINAÇÃO:

Sempre que não for possível salvar a substância para reutilização ou reciclagem, esta deve ser colocada em um aparato aprovado e apropriado para eliminação do lixo. O processamento, o uso ou contaminação deste produto pode alterar a forma de administrar o lixo.

Descrição

O iodo trata-se de mais um micromineral nutriente importante para o nosso organismo.

Presente no mar e no solo na forma de íons (iodeto) e na atmosfera, este elemento

encontra-se em pequena concentração em nosso organismo (cerca de 15 a 23 mg de iodo

para um adulto).

A maior concentração do iodo está na glândula tireóide, onde participa da formação dos

hormônios tireoidianos (tiroxina e triiodotiroxina), responsáveis por acelerar reações

celulares em quase todo o organismo, atuando assim diretamente sobre a maioria dos

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órgãos bem como de suas funções orgânicas. E é por participar da formação desses

hormônios que o iodo é importante também:

No bom desenvolvimento do cérebro e dos neurônios;

Na reprodução;

Na conversão de betacaroteno em vitamina A, síntese de proteínas e absorção

intestinal de carboidratos;

Na atuação de várias enzimas.

Recomenda-se a ingestão de 150 mcg/dia (lembrando, isto é micrograma por dia, ou seja

um milésimo de um miligrama por dia!) para homens e mulheres saudáveis. No caso de

gestantes, aumenta-se este número para 175 mcg/dia e, no caso de mulheres em fase de

lactação pode chegar a 200 mcg/dia.

Causas da Deficiência

Geralmente as principais causas de deficiência de iodo são uma alimentação deficiente em

iodo ou problemas de saúde que podem levar a uma baixa absorção do mesmo.

Além disso, há alimentos que possuem agentes capazes de impedir ou dificultar a

absorção do iodo, como: pêssego, amêndoas, soja e mandioca.

Atualmente, uma das maiores preocupações da vigilância sanitária quanto ao consumo de

iodo trata-se do uso do sal não iodado (geralmente o sal-grosso), uma vez que muito do

iodo necessário nós adquirimos por meio da ingestão do sal de cozinha (que é iodado).

Conseqüências da Deficiência

O bócio é, com certeza, o quadro clínico mais conhecido quando se fala de deficiência de

iodo, mas este não é o único problema que pode aparecer. Os principais sintomas ou

conseqüências da deficiência são:

Quando no período de gestação, aumenta as chances de:

o Aborto;

o Prematuridade;

o Formação de anomalias congênitas;

o Risco de cretinismo (um defeito congênito que afeta o desenvolvimento

físico e mental do indivíduo);

o Defeitos psicomotores;

Já em crianças e adultos pode desencadear:

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o Bócio;

o Hipotireoidismo;

o Problemas nas atividades mentais bem como no desenvolvimento do

cérebro;

o Retardamento no desenvolvimento físico (podendo levar inclusive ao

raquitismo por deficiência no desenvolvimento ósseo);

o Hipertireoidismo induzido pelo iodo.

Além disso, conforme estudos apontam, o excesso de peso pode ser sinônimo de

desequilíbrio da tireóide, desequilíbrio este geralmente causado pela deficiência de iodo.

Conseqüências do Excesso

Devido à boa excreção do iodo pelas vias urinárias (lembrando que o iodo não é excretado

somente por estas), a tolerância à ingestão de altas doses de iodo é bastante alta.

Pacientes submetidos a uma alta dose de iodo apresentaram supressão da atividade

tireoidiana.

Alimentos Ricos em Iodo

Desde 1953 o Brasil adota o processo de iodização do sal de cozinha como forma de

prevenir os males que a deficiência de iodo pode causar.

Entretanto o sal-grosso, que deveria ser empregado somente para o uso animal, muitas

vezes é empregado na alimentação das famílias pobres nas zonas rurais. Vale lembrar

que apesar de estar presente no mar, o iodo é muito volátil e, no momento da secagem da

água do mar para a obtenção do sal-grosso o mesmo evapora também, desta forma, o sal-

grosso é muito pobre em iodo!

Além disso, podemos citar também os seguintes alimentos como fontes de iodo:

Frutos do mar (camarão, ostras), peixes (atum, bacalhau) e algas;

Alguns legumes (vagem, rabanete, agrião, nabo, cebola, etc.);

Algumas frutas (ananás, ameixas, etc.);

Ovo cozido.

Curiosidades e Recomendações

A tintura de iodo trata-se de uma solução de iodo em álcool que possui

propriedades anti-sépticas, sendo usada na desinfecção de ferimentos;

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Deve-se tomar cuidado na hora de comprar o sal de cozinha, observando se a

embalagem informa que o mesmo foi iodado, bem como o prazo de validade, pois

quanto maior o tempo passado, maior poderá ser o prejuízo da qualidade do iodo

ali colocado;

Antes de uma cintilografia, o médico pode pedir ao paciente que adote uma dieta

pobre em iodo.

Referências Bibliográficas

Ciências Nutricionais, de J. E. Dutra-de-Oliveira e J. Sérgio Marchini

WIKIPÉDIA, Iodo

OLIGOPHARMA, O Iodo

MINHA VIDA, Nutrientes – Iodo

BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE – Ministério da Saúde, Deficiência de Iodo