Guia do Professor
Engenho Canavieiras
Introdução:
No decorrer do século XVI, a Colônia Portuguesa do Brasil passou a ser
a maior produtora de açúcar do mundo colonial. Com centenas de fazendas
espalhadas pelo litoral nordestino, principalmente nos territórios hoje
correspondentes à Bahia e Pernambuco, o cultivo da cana-de-açúcar era
voltada à exportação e durante boa parte do período colonial no Brasil foi a
maior riqueza e o principal produto brasileiro.
Do plantio de cana ao preparo do açúcar havia uma gama de
trabalhadores envolvidos em diversas etapas de sua preparação. A grande
maioria era de escravos negros que foram aprisionados e trazidos da África
para o trabalho nas plantações e no Engenho. Porém, também existiam nessas
áreas trabalhadores livres, em sua maioria de brancos e mestiços.
A inclusão do objeto proposto, na prática docente, pretende auxiliar o
discente na compreensão das relações sociais e de trabalho no mundo colonial
do açúcar, focalizando a economia, além de abordar a hierarquia e
desigualdade social, bem como explicar os mecanismos de seu funcionamento.
Objetivo:
Demonstrar de forma virtual as relações econômicas do sistema
açucareiro do Brasil colonial do século XVII.
Pré-Requisitos:
O aluno deverá ter conhecimentos básicos de mercantilismo, do sistema
colonial e escravidão.
Tempo previsto para a atividade:
Para este objeto sugere-se duas horas/aula. Porém acreditamos que o
professor, por conhecer melhor a realidade de seus alunos, o explore de
maneira a melhor contemplar as competências de seu grupo/turma.
Na sala de aula:
O professor deve conduzir o tema abordado de forma a instigar a
curiosidade dos alunos acerca do assunto, usando o objeto de forma
adaptativa a suas necessidades (e as de seu plano de ensino/currículo). Assim
ilustrará e simulará o mundo colonial açucareiro para melhor reflexão e
entendimento do assunto.
Questões para discussão:
-Escravidão X Trabalho Livre;
-Desigualdade Social;
-Produção Agroexportadora.
Na sala dos computadores:
Preparação
Preparar os alunos com uma introdução do assunto, desafiando-os a ver
a realidade da época com a visão do passado, sem anacronismos.
Pode ser feito em duplas ou em pequenos grupos, se não for possível
ter um microcomputador para cada aluno. No caso de grupos, incentive-os a
pensar em conjunto a respeito das possíveis soluções, aproveitando a
atividade não só pela proposta da disciplina, mas também desenvolvendo
competências como a cooperação, partilhando de suas experiências e
questionamentos.
Material necessário
Depende da escolha do professor quanto à forma de utilização do
objeto. Seria adequado que os alunos tivessem onde escrever as dúvidas que
surgirem durante a atividade, bem como os questionamentos para um possível
debate.
Requerimentos técnicos:
Computadores com internet que possibilitem a utilização do flash.
Durante a atividade:
Este objeto de aprendizagem caracteriza-se pela atividade interativa dos
alunos com o Engenho virtual e seus trabalhadores, de forma a ilustrar suas
relações sociais no contexto dos conteúdos abordados pelo professor na sala
de aula. Sua utilização fica a cargo do professor, dos objetivos que este
pretende contemplar a partir do uso do objeto.
Durante a atividade:
O professor deve retomar o assunto, sanando, na medida do possível,
as dúvidas dos alunos e abrindo espaço para um debate a respeito dos
questionamentos gerados durante a atividade. Os alunos digitarão um texto
acerca das relações de trabalho observadas.
Questões para discussão:
Qual a situação dos negros no mercado de trabalho hoje? Como os
alunos acham que a escravidão contribuiu para essa situação? Como eram as
condições dos trabalhadores em um Engenho? De onde vinha a alimentação
dos trabalhadores, se só se plantava cana-de-açúcar nessas fazendas?
Peça aos alunos descreverem sobre as impressões que tiveram a
respeito do objeto, as diferenças entre os personagens e faça um esboço da
hierarquia social.
Dica:
Peça para que os alunos façam um pequeno texto acerca da “visita” que
eles fizeram ao Engenho e, que eles escolham um dos personagens e façam
um desenho dele fazendo seu trabalho, abordando aí os objetivos
psicomotores de uma aula.
Avaliação:
Acreditamos que a partir do debate e de uma atividade como a sugerida
acima seja, possível que o professor tenha meios suficientes para avaliar o
entendimento de seus alunos quanto a importância do conteúdo abordado para
a realidade atual. Porém, somente o professor pode decidir qual a melhor
forma de avaliar a validade das atividades nas quais o objeto foi utilizado.
Atividades complementares:
Após o uso do objeto, promova a integração de duas ou mais turmas para a
troca de experiências a respeito do tema, dividindo-as em grupos que
proponham questões para um debate.
Pesquisar o assunto em livros, sites e documentários.
Para saber mais:
http://www.suapesquisa.com/colonia/
http://paginas.terra.com.br/arte/mundoantigo/colonial/engenhos.htm
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/br_100anos5.htm
Equipe História – UNIFRA Conteúdo Pedagógico:
Paula Simone Bolzan Jardin
Dílson Vargas Peixoto
Fabiula S. Martins
Equipe de Apoio Técnico
Alex Marin
Fabrício Bohrer
Rafael Diel
Henrique Telles Neto
Vitor Bertoncelo
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