UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
COLÉGIO POLITÉCNICO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GEOPROCESSAMENTO
GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA ELABORAÇÃO
DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
CRISTIANE RODRIGUES DE OLIVEIRA
Santa Maria, RS, Brasil
2015
GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA ELABORAÇÃO DO CADASTRO AMBIENTAL
RURAL
Cristiane Rodrigues de Oliveira
Relatório de Estagio apresentado ao Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, como
requisito parcial para a obtenção do grau de
Tecnóloga em Geoprocessamento.
Orientadora: Prof.ª Drª Ana Caroline Paim Benedetti
Santa Maria, RS, Brasil 2015
Universidade Federal de Santa Maria
Colégio Politécnico da UFSM
Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento
A comissão Examinadora abaixo assinada, Aprova o Relatório de Estágio
GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA ELABORAÇÃO DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Elaborado por Cristiane Rodrigues de Oliveira
Como requisito parcial para obtenção do grau de
Tecnólogo em Geoprocessamento
COMISSÃO EXAMINADORA:
Ana Caroline Paim Benedetti, Drª (Orientadora)
Valmir Viera, Dr (UFSM)
Manoela Sacchis Lopes, MSc. (UFRGS)
Santa Maria, 15 de Julho de 2015
Universidade Federal de Santa Maria
Colégio Politécnico da UFSM
Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento
GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA ELABORAÇÃO DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Relatório de Estágio realizado na
ENGEAMBIH
Elaborado por Cristiane Rodrigues de Oliveira
Ana Caroline Paim Benedetti, Drª. (Orientadora)
Francisco Monte Alverne de Sales Sampaio (Diretor da empresa)
Cristiane Rodrigues de Oliveira (Estagiária)
Santa Maria, 15 de Julho de 2015
RESUMO Relatório de Estágio
Colégio Politécnico da UFSM Universidade Federal de Santa Maria
GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA ELABORAÇÃO
DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
AUTOR: CRISTIANE RODRIGUES DE OLIVEIRA ORIENTADORA: PROFª. DRª. ANA CAROLNE PAIM BENEDETTI
Santa Maria, 15 de Julho de 2015
O estágio supervisionado, como requisito parcial para formação no Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento do Colégio Politécnico da UFSM, foi desenvolvido na empresa Engeambih – Soluções em Engenharia e Meio Ambiente, no município de Santa Maria, RS, totalizando uma carga horária de 300 horas e teve como intuito aplicar e aperfeiçoar as técnicas e noções adquiridas durante a graduação. Foi possível acompanhar e executar diversas tarefas relacionadas, em grande parte, à área do meio ambiente, como a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a elaboração de mapas e o auxílio na realização de levantamentos topográficos. Conclui-se que o Geoprocessamento possui ampla aplicabilidade, serve como base para diversos serviços e sua utilização tem um grande potencial na área ambiental.
Palavras-chave:Geoprocessamento.Cadastro Ambiental Rural.Topografia
LISTA DE FIGURAS Figura 1: Área de Uso Restrito com inclinação de 25° e 45°. ............................. 6
Figura 2: Áreas de APP ...................................................................................... 8
Figura 3: SiCAR ............................................................................................... 12
Figura 4: Imagem Google Earth ....................................................................... 14
Figura 5: Imagem do CAR ................................................................................ 15
Figura 6: Etapa Geo ......................................................................................... 16
Figura 7: Mapa do Imóvel .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 8: Demarcação com piquete ................................................................. 19
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
1.1 Justificativa ........................................................................................................... 1 1.2 Apresentação da Empresa ................................................................................... 1 1.4 Objetivo Geral ....................................................................................................... 2 1.5 Objetivo Específico ............................................................................................... 2 2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 3
2.1 Geoprocessamento .............................................................................................. 3 2.2 Cadastro Ambiental Rural .................................................................................... 4
2.2.1 Imóvel Rural .................................................................................................. 4
2.2.2 Área Rural Consolidada ................................................................................ 4
2.2.3 Área de Reserva Legal ................................................................................. 5
2.2.4 Área de Uso Restrito ..................................................................................... 5
2.2.5 Área de Preservação Permanente ................................................................ 6
2.3 Levantamento Topográfico .................................................................................. 8 2.4 Mapa Temático ...................................................................................................... 9 3 ATIVIDADES REALIZADAS ................................................................................... 10
3.2 Cadastro Ambiental Rural .................................................................................. 10 3.3 Curso de Capacitação ........................................................................................ 10 3.4 Auxílio no levantamento topográfico ................................................................ 11 4 RESULTADOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .......................................... 12
4.1 Pesquisa Bibliográfica sobre o CAR ................................................................. 12 4.2 Cadastro Ambiental Rural ..................................................................................... 12 4.3 Auxílio no Levantamento Topográfico ................................................................... 19 5 CONCLUÕES E SUGESTÕES................................................................................ 20
5.1 Empresa .............................................................................................................. 20 5.2 Dificuldades encontradas durante a realização do estágio ............................. 20 5.3 Recomendações ao curso .................................................................................. 20 5.4 Conclusão ........................................................................................................... 20 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 21
ANEXO A –Formulário do CAR da empresa ........................................................... 23
1
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
O estágio supervisionado é de extrema importância para a formação do
aluno, pois é por meio dele que se pode aplicar e complementar os
conhecimentos adquiridos durante a sua formação, além de aperfeiçoar-se na
área de atuação em que melhor se adapta. O mesmo foi realizado na empresa
Engeambih -Soluções em Engenharia e Meio Ambiente localizado na cidade de
Santa Maria, RS, no período de 23 de Fevereiro a 05 de Maio de 2015, sob a
orientação da professora Ana Caroline Paim Benedetti e supervisão de
Francisco Monte Alverne de Sales Sampaio. A empresa Engeambih, atua na
prestação de serviços, seja para com as instituições públicas ou privadas.
1.2 Apresentação da Empresa
A empresa Engeambih – Soluções em Engenharia e Meio Ambiente foi
fundada em 18 de Outubro de 2012, formada por uma equipe multidisciplinar de
profissionais. O grupo trabalha para pessoas físicas, jurídicas, empresas
privadas, públicas e organizações não governamentais (ONG’s), inclusive junto
à Justiça Estadual, Federal e Ministério Público realizando perícia judicial ou
assistência técnica, nas áreas de engenharia e meio ambiente, executando
todas as suas atividades, ora como pessoa física ou jurídica. Atua, também, por
demanda social.
A empresa atua as seguintes áreas:
Serviços de Engenharia;
Serviços de Arquitetura;
Desenho Técnico relacionado à Arquitetura e Engenharia;
Perícias técnicas relacionadas à segurança do trabalho;
Atividades de pesquisa e desenvolvimento experimental à
Engenharia;
Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial;
Obras de urbanização - Ruas, praças e Calçadas;
Obras de infraestrutura;
2
Assessoria e consultoria em gestão empresarial;
Serviços de Cartografia, topografia e Geodésia;
Pesquisa e desenvolvimento experimental, relacionados à
engenharia;
Consultoria, assessoria em projetos do meio ambiente;
Captação, tratamento e distribuição de água;
Diagnóstico e monitoramento da fauna;
Produção de software para gerenciar atividades diversas;
Elaboração de plano de gestão integrada de resíduos sólidos;
Diagnóstico e monitoramento Florestal.
Atualmente as atividades da empresa estão voltadas para as Perícias
Ambientais, Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) e o Cadastro Rural
Ambiental (CAR).
1.3 Objetivos
1.4 Objetivo Geral
Aplicar técnicas de geoprocessamento e trabalhos de campo para
elaboração de mapeamentos temáticos para Cadastro Ambiental Rural na
empresa Engeambih.
1.5 Objetivo Específico
Aplicar Geoprocessamento nas atividades realizadas na empresa, dentre
elas:
Auxiliar os profissionais da Empresa Engeambih na elaboração de
Cadastro Ambiental Rural;
Realizar levantamentos topográficos;
Produzir mapas temáticos;
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Geoprocessamento
Geoprocessamento, de acordo com Veiga e Silva (2004, p. 189) “é um
termo pelo qual tornou-se conhecido o processamento digital de dados
referenciados geograficamente através da sua localização e relação espacial”. É
uma união de tecnologias para coletar, tratar, manipular, e apresentar
informações espaciais, que abrigam muitos sistemas e técnicas para tratar essas
informações, que podem ser visualizadas em forma de mapas, relatórios e
tabelas, formando uma ferramenta de análise e subsídio na tomada de decisão.
Para Xavier da Silva (2001) o geoprocessamento é um conjunto de técnicas
computacionais que opera sobre bases de dados (que são registros de
ocorrências) georreferenciadas, para transformar em informação (que é um
acréscimo de conhecimento) relevante, deve necessariamente apoiar-se em
estruturas de percepção ambiental que proporcionem ao máximo de eficiência
nesta transformação.
Rocha (2000, apud CARVALHO, BALSAN e LEITE, 2012 p.116) define
geoprocessamento como
Uma tecnologia transdisciplinar, que através da axiomática da localização e do processamento de dados geográficos, integra várias disciplinas, equipamentos, programas, processos, entidades, dados, metodologias e pessoas para coleta, tratamento, análise e apresentação de informações associadas a mapas digitais georreferenciados.
O principal objetivo do geoprocessamento é o fornecimento de
ferramentas computacionais para que os diferentes analistas possam determinar
as evoluções espacial e temporal de um fenômeno geográfico e as inter-relações
entre diferentes fenômenos (Câmara e Medeiros, 1998).
4
2.2 Cadastro Ambiental Rural
O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro eletrônico obrigatório
para todos os imóveis rurais que tem por finalidade incluir as informações
ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP),
das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação
nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e
posses rurais do país conforme a Lei 12.651 de 25 de Maio de 2012 e
regulamentado pelo nº 7.830/2012.
O Cadastro Ambiental Rural tem como objetivo promover a identificação
e integração das informações ambientais das propriedades e posses rurais,
visando ao planejamento ambiental, monitoramento, combate ao desmatamento
e a regularização ambiental.
2.2.1 Imóvel Rural
É um prédio rústico de área contínua, qualquer que seja sua localização,
que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativista
vegetal, florestal ou agroindustrial, conforme disposto no inciso I do Art. 4º da Lei
8.629, de 25 de fevereiro de 1993, sendo caracterizado como:
a) Pequena propriedade ou posse: com área de até 4 módulos fiscais,
b) Média propriedade ou posse: com área superior a 4 até 15 módulos fiscais;
c) Grande propriedade ou posse: com área superior a 15 módulos fiscais.
2.2.2 Área Rural Consolidada
Área de imóvel rural com ocupação antrópica preexistente a 22 de
julho de 2008, com edificações, benfeitorias ou atividades
agrossilvipastoris, admitida, neste último caso, a adoção do regime
de pousio (Inciso IV Art. 3° Lei 12.651/12).
5
2.2.3 Área de Reserva Legal
Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada
nos termos da legislação vigente, com a função de assegurar o uso econômico
de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a
conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e da biodiversidade,
abrigar a fauna silvestre e proteger a flora nativa.
Conforme o Art. 12 da Lei 12.651/12 todo imóvel rural deve manter área
com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da
aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados
os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os
casos previstos no art. 68 desta Lei.
I - localizado na Amazônia Legal: a) 80% (oitenta por cento), no imóvel
situado em área de florestas; b) 35% (trinta e cinco por cento), no
imóvel situado em área de cerrado; c) 20% (vinte por cento), no imóvel
situado em área de campos gerais; II - localizado nas demais regiões
do País: 20% (vinte por cento), (BRASIL,2012).
2.2.4 Área de Uso Restrito
As Áreas de Uso Restrito se constituem em um segundo tipo de áreas
especialmente protegidas pela legislação. Neste caso estão inclusos não só os
pantanais e as planícies pantaneiras bem como as encostas com inclinações
entre 25º e 45º.
De acordo com o Art. 10. Nos pantanais e planícies pantaneiras, é
permitida a exploração ecologicamente sustentável, devendo-se considerar as
recomendações técnicas dos órgãos oficiais de pesquisa, ficando novas
supressões de vegetação nativa para uso alternativo do solo condicionadas à
autorização do órgão estadual do meio ambiente, com base nas recomendações
mencionadas neste artigo. (BRASIL,2012)
6
Conforme o Art. 11. Em áreas de inclinação entre 25° e 45°, serão
permitidos o manejo florestal sustentável e o exercício de atividades
agrossilvipastoris, bem como a manutenção da infraestrutura física associada ao
desenvolvimento das atividades, observadas boas práticas agronômicas, sendo
vedada a conversão de novas áreas, excetuadas as hipóteses de utilidade
(BRASIL,2012).
A figura 1 abaixo representa as áreas de inclinação entre 25° e 45°:
Figura 1: Área de Uso Restrito com inclinação de 25° e 45°.
Fonte: <http://www.ciflorestas.com.br/cartilha/area-de-uso-restrito.html>Acesso em 26/5/2015
2.2.5 Área de Preservação Permanente
Área de Preservação Permanente é uma área protegida, coberta ou não
por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos,
a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico
de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações
humanas, de acordo com Inciso II Art. 3º Lei 12.651/12.
De acordo com o Art. 61-B, aos proprietários e possuidores dos imóveis
rurais que, em 22 de julho de 2008, detinham até 10 módulos fiscais e
7
desenvolviam atividades agrossilvipastoris nas áreas consolidadas em Áreas de
Preservação Permanente é garantido que a exigência de recomposição, nos
termos desta Lei, somadas todas as Áreas de Preservação Permanente do
imóvel, não ultrapassará:
10% (dez por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais
com área de até 2 módulos fiscais;
20% (vinte por cento) da área total do imóvel, para imóveis rurais
com área superior a 2 e de até 4 módulos fiscais.
O Artigo 4° da Lei 12.651/12 Considera as Áreas de Preservação
Permanente, em zonas rurais ou urbanas, estabelece que:
I- As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito
regular, em largura mínima.
a)30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez)
metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que
tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem)
metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos
d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de
largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham
largura superior a 600 (seiscentos) metros. (BRASIL,2012).
A figura 2 abaixo exemplifica as Áreas de Preservação Permanente do
Novo Código Florestal:
8
Figura 2: Áreas de APP Fonte:http://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/erros-e-acertos-do-codigo-florestal> Acesso em 15 de Jul. 2015.
2.3 Levantamento Topográfico
Conforme a NBR 13.133/1994 o levantamento topográfico é um conjunto
de métodos e processos que, através de medições de ângulos horizontais e
verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas, com instrumental
adequado à exatidão pretendida, primordialmente, implanta e materializa pontos
de apoio no terreno, determinando suas coordenadas topográficas. A estes
pontos se relacionam os pontos de detalhes visando à sua exata representação
planimétrica numa escala predeterminada e à sua representação altimétrica por
intermédio de curvas de nível, com equidistância também predeterminada e/ ou
pontos cotados (ABNT1994 p.3).
O Levantamento Topográfico Altimétrico é descrito no item 3.15 da NBR 13.133/94 sendo como um “Levantamento que objetiva, exclusivamente, a determinação das alturas relativas a uma superfície de referência, dos pontos de apoio e/ou dos pontos de detalhes, pressupondo-se o conhecimento de suas posições planimétricas, visando à representação altimétrica da superfície levantada”.
9
2.4 Mapa Temático
Os mapas temáticos são representações gráficas da superfície terrestre,
ilustradas de acordo com algum assunto especifico objeto do estudo. Para
designar os diferentes aspectos do espaço geográfico, utiliza-se de elementos,
tais como base de origem, referências, título do mapa, escala, sistema de
projeção e convenções (FITZ, 2005). Mais do que apenas realizar descrições
espaciais sobre determinadas atividades ou fenômenos naturais, os mapas
temáticos também possuem a capacidade de apresentarem formas distintas de
leitura e interpretações da realidade.
Para Câmara e Medeiros(1998) mapas temáticos descrevem a
distribuição espacial de uma grandeza geográfica, expressa de forma qualitativa,
como os mapas de pedologia e a aptidão agrícola de uma região. Estes dados,
obtidos a partir de levantamento de campo, são inseridos no sistema por
digitalização ou, de forma mais automatizada, a partir de classificação de
imagens.
10
3 ATIVIDADES REALIZADAS
As atividades do estágio foram realizados no escritório da empresa
Engeambih e executadas conforme a demanda de trabalhos solicitados à
empresa. Esporadicamente ocorriam atividades em campo.
3.1 Pesquisa Bibliográficas sobre o CAR
Na primeira etapa do estágio foi necessário fazer pesquisas sobre a
plataforma do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), para
poder compreender como funcionava o sistema. Foram feitas leituras sobre o
Novo código Florestal Lei 12.651/12 para ter um melhor entendimento sobre as
questões do relacionadas ao cadastro ambiental rural.
3.2 Cadastro Ambiental Rural
Durante o estágio foi possível participar da elaboração do Cadastro
Ambiental Rural (CAR) de uma propriedade no município de Itaara, não houve a
necessidade de realizar o levantamento topográfico da propriedade rural, pois o
proprietário já possuía o geoferrenciamento. Foram inserido os dados do cliente
na plataforma do SiCAR para o cadastramento da propriedade, depois do
preenchimento da documentação foi realizado a etapa Geo na plataforma SiCAR
onde são inseridos os shapes da área imóvel, remascentes de vegetação nativa,
área consolidada e área de reserva legal. Não foi enfrentada nenhuma
dificuldade para executar o Cadastro Ambiental Rural desta propriedade, devido
a plataforma de cadastramento ser simples e de fácil preenchimento.
3.3 Curso de Capacitação
Durante a realização do estágio teve-se a oportunidade de fazer cursos
de capacitação sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que foi organizado pelo
Colégio Politécnico em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar-RS) e também foi realizado um curso a distância de Capacitação para o
Cadastro Rural (CapCAR), realizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)
11
em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) que teve duração de
1 mês. Ambos os cursos foram de extrema importância para adquirir
conhecimentos sobre o Cadastro Ambiental Rural.
3.4 Auxílio no levantamento topográfico
Entre as atividades desenvolvidas na empresa Engeambih, foi possível
auxiliar no levantamento topográfico de uma área para a regularização de um
loteamento no município de Restinga Seca/RS, para a realização de um estudo
das cotas máximas de cheia do Rio Vacacaí para saber se a inundação chagaria
até o loteamento. Realizou- se um levantamento Altimétrico da área de estudo,
onde auxiliei no estaqueamento dos piquetes e no prisma.
.
12
4 RESULTADOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
4.1 Pesquisa Bibliográfica sobre o CAR
De acordo com a figura 3 foram feitas as pesquisas sobre o funcionamento
da plataforma do SiCAR para obter informações sobre como é realizado o
cadastro ambiental rural. As pesquisas foram de fundamental importância para
realizar estudos sobre o Novo Código Florestal (Lei 12.651/12) e para a realizar
o cadastro dos futuros clientes.
Figura 3: SiCAR Fonte: Autora
No site do SiCAR tem algumas ferramentas e informações que pode se
obter, tais como instruções de como baixar o módulo do CAR e consulta de
situação.
4.2 Cadastro Ambiental Rural
Durante a realização do estágio foi feito um Cadastro Ambiental Rural de
uma propriedade localizada no município de Itaara- RS, a propriedade possui
13
uma área total de 12,48 hectares, não foi preciso realizar o georreferenciamento
da propriedade pois a mesma já possuía.
A primeira etapa consiste em baixar a imagem do município que será
usada como base. Na segunda etapa é feito o preenchimento da documentação
com os dados do proprietário e depois os dados da propriedade. Nesta
propriedade foram observadas as seguintes características ambientais do local:
Remanescente de vegetação nativa, área consolidada e um lago.
Primeiramente foi feito a delimitação da área no Google Earth para um
reconhecimento do local. Os dados foram salvos em KML para serem
transformar em shapes no software ArcGIS versão 10.1 para serem inseridos no
módulo de cadastro do CAR.
Na etapa GEO do cadastro ambiental rural foram observados algumas
diferenças entre as imagens do Google Earth e as imagens do CAR.
Na imagem do CAR tem um descolamento da área que se sobrepõem
com a área de servidão e a base de imagens do sistema é de baixa qualidade,
já na imagem do Google Earth não teve esse problema de descolamento a
imagem é muito nítida e é mais fácil de se trabalhar, a figura 4 e 5 mostram as
diferenças entre as imagens.
14
Figura 4:Imagem Google Earth Fonte: Autora
A figura 5 representa a área da propriedade no Sistema CAR, onde
apresenta nitidamente a sobreposição da propriedade com a área de servidão.
16
A figura 6 demostra a etapa GEO do CAR com os dados das
características ambientais da propriedade inseridos no sistema.
Figura 6:Etapa Geo Fonte: Autora
Na finalização do Cadastro Ambiental Rural é gerado um arquivo em PDF
com as informações do imóvel rural, informações gerais, representação gráfica,
áreas declaradas (hectares), identificação do proprietário/possuidor e
informações adicionais.
Também foi elaborado uma mapa de localização e mapa temático com as
características ambientais do imóvel rural (figura 7).
18
Foram observados na propriedade as seguintes características ambientas Tabela 1: Características Ambientais
Área (há) %
Remanescente de vegetação
nativo
4,43 35,5
Área consolida 8,03 64,3
Lagoa 0,008 0,6
Reserva legal 2,57 20,6
O percentual da área de Reserva legal desta propriedade é de 20% está
adequada conforme a Lei 12.651/12.
19
4.3 Auxílio no Levantamento Topográfico
Outra atividade executada no estágio foi no auxílio no levantamento
topográfico para a regularização de um loteamento situado no município de
Restinga Seca –RS, foi realizado um levantamento Altimétrico do local para obter
as cotas do terreno para um estudo de inundação (Figura 8).
Até o momento da conclusão do estágio não foi finalizado este trabalho,
como atividade de estagiaria fiquei responsável pelo estaqueamento.
Figura 7: Demarcação com piquete Fonte: Autora
Foram coletados pontos de 10 em 10 metros, para gerar curvas de nível
para descrever o perfil Altimétrico do terreno, estendidos até a margem do Rio
Vacacaí.
20
5 CONCLUÕES E SUGESTÕES
5.1 Empresa
A empresa Engeambih se demostrou cordial com os estagiários durante
a realização do estágio, os colaboradores da empresa auxiliaram em parte nos
trabalhos de saída de campo, pois a empresa não tem um funcionário que
trabalhe exclusivamente com Geoprocessamento.
5.2 Dificuldades encontradas durante a realização do estágio
Durante a realização do estágio foram feitas pesquisas sobre o
levantamento topográfico, pois tive bastante dificuldade nesta questão, faltou
conhecimento da parte prática.
5.3 Recomendações ao curso
Recomendo ao Curso Superior de Tecnologia em Geoprocessamento,
para que tenha mais aula prática de topografia no decorrer do curso, pois a
disciplina é ministrada nos primeiros semestres. Poderia ter mais uma disciplina
complementar de graduação sobre topografia para complementar o aprendizado
do aluno.
5.4 Conclusão
O estágio supervisionado foi de suma importância para a vida profissional,
pois é um suporte de complemento para a formação e através do estágio que se
pôde vivenciar a realidade de uma empresa com as dificuldades e exigências
impostas no dia-a-dia e, assim, pode-se ampliar os conhecimentos adquiridos
durante o decorrer do curso.
21
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 13133:
Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro,1994.
FITZ, P. R. Cartografia básica. Canoas/RS: Unilasalle, 2005.
SANSOLO, Davis Gruber; BACK, Gilberto. O ensino de geoprocessamento
para estudantes de turismo: uma discussão sobre suas potencialidades.
Universidade Anhembi Morumbi. In V Seminário de Pesquisa em Turismo do
MERCOSUL (SeminTUR) Turismo: Inovações da Pesquisa na América Latina.
Universidade de Caxias do Sul, RS, Brasil, 27 e 28 de Junho de 2008.
VEIGA, Teresa Cristina; SILVA, Jorge Xavier da. Geoprocessamento aplicado a
identificação de áreas potenciais para atividades turísticas: o caso do município
de Macaé – RJ In Geoprocessamento & análise ambiental: aplicações. Silva,
Jorge Xavier da; Zaidan, Ricardo Tavares (orgs). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2004. 189 p.
Câmara, G.; Medeiros, J. S. Geoprocessamento em projetos ambientais. 2a. Edição - Revisada e Ampliada. São José dos Campos, São Paulo. INPE, 1998. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/gilberto/tutoriais/gis_ambiente/> Acesso em: 05/5/2015 ROCHA, Cézar Henrique Barra. Geoprocessamento. Tecnologia transdisciplinar. 2. ed. rev., atual e amp. Juiz de Fora, MG: Ed. do Autor, 2002. 220p.
CARVALHO, Elisangela Martins; BALSAN, Rosane; LEITE, Emerson Figueiredo.
Geoprocessamento aplicado no planejamento turístico: discussão teórica.
Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Três
Lagoas/MS – nº 15 – Ano 8, Maio 2012.
BRASIL. Lei 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da
vegetação nativa; altera as Leis 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de
19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006, revoga as
Leis 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.745, de 14 de abril de 1989, e a
Medida Provisória 2.166-67, de 24de agosto de 2001; e dá outras
providências. Diário Oficial da União. Brasília – DF: 12 mai. 2012.
CARVALHO, Elisangela Martins; BALSAN, Rosane; LEITE, Emerson Figueiredo.
Geoprocessamento aplicado no planejamento turístico: discussão teórica.
Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Três
Lagoas/MS – nº 15 – Ano 8, Maio 2012.
22
XAVIER-DA-SILVA, J. Geoprocessamento para análise ambiental. Rio de
Janeiro: Ed. Jorge Xavier da Silva, 2001. 228 p.
ROCHA, C.H.B. Geoprocessamento: Tecnologia transdisciplinar. Juiz de
Fora, MG: Ed. do autor, 2000.
Cartilha do Novo Código Florestal. Disponível em: <http://www.ciflorestas.com.br/cartilha/area-de-uso-restrito.html> acesso em 26/5/2015
Erros e Acertos do Novo Código Florestal. Disponível em:
<http://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/erros-e-acertos-do-
codigo-florestal >Acesso em:15 jul. 2015.
23
ANEXO A –Formulário do CAR da empresa
FORMULÁRIO PARA O CAR
* Não obrigatório
Dados do Imóvel
Nome do Imóvel
UF RS Município Itaara
CEP Zona ( x ) Rural ( ) Urbana
Descrição de Acesso Ao Imóvel
Endereço para correspondência
Rua
Nº Complemento
Bairro CEP UF RJ
Município Telefone*
E-mail* CPF/CNPJ
Domínio
Data de Nascimento Nome
Nome da Mãe (x) Propriedade ( ) Posse
Documentação
Área (há) ( ) Contrato de compra e venda ( ) Escritura
( ) Em regularização ( ) Certidão de registro Caso informe o nº de matricula também deve constar: data do documento, livro, folha, UF do cartório e município/comarca do cartório.
Nº da Matrícula ou Documento Data
Livro Folha UF/Cartório RS
Município Cartório Itaara Cod. no INCRA*
Possui Reserva Legal averbada e/ou aprovada não averbada ( ) Sim ( ) Não
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