Trata de pensar e refletir sobre as ações e
os comportamentos em situações-limite que
ameaçam a vida e se aproximam da morte.
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
Percebi que estava a sonhar e mesmo assim
arrepiei-me.
Percebi a fragilidade dos doentes e a
importância da ética médica. Há anos que
dedicava muito tempo a estes assuntos, mas só
nesse momento, na pele de doente, me apercebi
da profunda gravidade das questões da Bioética
que tão acaloradamente se discutem hoje.
Cabral, José M. – O Desafio da Normalidade (Impressões do Fim da Vida). Lisboa: Editora Rei dos Livros. 1994(2).
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
O QUE ME PARECE SER MAIS IMPORTANTE
QUANDO O FINAL DA ESTRADA SE
APROXIMA?
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
O FIM DE VIDA
…A Curva da Estrada que se pressente, mas não se adivinha.
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
A morte não é a maior perda da vida. A maior
perda da vida é o que morre dentro de nós
enquanto vivemos.
- Pablo Picasso
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
Bioética: a morte e o morrer
Precedência da antropologia para uma ética da hospitalidade e cuidados paliativos
Entre 1970 e 2005, o acontecer da morte no hospital passou de menos de 20%
para quase 60% dos que morrem cada ano em Portugal. Este fenómeno não é
uma mera transferência de lugar, mas como uma negação de lugar aos que
morrem. A este fenómeno chama o autor deslugarização e, ao hospital, deslugar
do morrer. É necessário afirmar a urgência de uma política da morte e uma
compreensão do hospital como lugar existencial integral e os cuidados paliativos
como reencontro da medicina com a sua matriz humanista e como lugar e
instrumento de invenção, na primeira era que a não possui, de uma Ars Moriendi,
imprescindível a uma arte de bem viver.
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
A morte é um processo e não tanto com um
evento. A revisão da história das conceções e
atitudes perante a morte, ao longo dos
séculos, dá o mote para o atual modo de
morrer em Portugal, com a transferência da
morte no domicílio para a morte hospitalar.
Os cuidados paliativos, a dor, perda e
sofrimento, e a espiritualidade, a fé e as
noções da "arte de morrer" e da boa morte
são essenciais na nova dinâmica da ética em
cuidados de fim de vida
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
"Cuidar da vida até à morte:
Contributo para a reflexão ética sobre o morrer"
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
Bioética e o novo rosto da morte
Doentes terminais
Estado vegetativo persistente
Meios proporcionados e desproporcionados
Fundamento éticos das decisões de fim de vida
O conceito tem um duplo significado:
* O fim de um ciclo vital;
- A morte do “outro” e a morte do “tu”
* As condições da morte “humanizada”.
A morte “natural”
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A morte “artificial”
O conceito de morte “artificial” pode ser
entendido como um conjunto de
fenómenos que alteram as condições
normais de enfrentar a morte.
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É neste quadro que a
Bioética emerge: num
contexto científico como
uma reflexão sobre tudo o
que interfira no respeito à
qualidade e dignidade da
vida… e sobre a ética da
vida…
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DOENTES TERMINAIS
Há muitas situações clínicas em que se pode
determinar o tempo de vida do paciente. Nestas
circunstâncias, qualquer tentativa de tratamento é
inútil: esta é a área dos CUIDADOS PALIATIVOS.
Quando já não há nada a fazer para curar, há
muito a fazer para ALIVIAR O SOFRIMENTO.
Neste con tex to , merece uma re fe rênc ia espec ia l
a ques tão da INFORMAÇÃO VERDADEIRA.
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1 - Cuidados Paliativos são outra forma de cuidados curativos... 2 - Cuidados paliativos, um imperativo ético da politica de saúde… 3 - Cuidados paliativos providenciam soluções técnicas e humanamente elevadas para os doentes com o fim da vida anunciado… na prática, para aqueles com doença incurável e progressiva
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Profissionais competentes e éticos
Os cuidados paliativos obedecem a planos bem delineados: não basta ao profissional de saúde ser bem preparado e competente e compassivo como deve ser na sua profissão na sua relação com as pessoas (doentes). É necessário, para além da competência humanizante, o caráter e a fundamentação ética do agir profissional, a qual não adquire se não pelo estudo e pela prática.
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O tratamento, os cudados intensivos, quando inúteis ou
fúteis – e são sempre na pessoa doente em fase terminal –
leva, na maioria das vezes a pessoa ao sofrimento.
A morte, nesta condições, não deve ser vista como
algo temido a combater, muito pelo contrário,
deve ser recebida num universo de relação íntima –
em grande ambiente afetivo com todos - que trará
alívio ao sofrimento.
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Justiça
Beneficência
Não Maleficência
Autonomia
Recordando alguns Princípios em Bioética….
Alguns autores não distinguem estes dois princípios, mas há diferenças entre
fazer o bem e evitar fazer o mal
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MEIOS PROPORCIONADOS E
DESPROPORCIONADOS
Na base do acto médico deve estar sempre
o princípio da beneficência, contudo a
utilização de meios desproporcionados
pode ferir o princípio da não maleficência.
Deixar morrer em paz não é matar.
Segundo este princípio, as “ordens de não
ressuscitação” são justificáveis.
Que poderá esperar da Ética o profissional que
se encontra a prestar cuidados a pessoas, a
quem foi diagnosticada uma doença grave,
incurável, avançada, progressiva e com um
prognóstico de vida limitado?
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Capacidade de deliberação:
Comunicação de más notícias
Conspiração do Silêncio
Obstinação Terapêutica
Cuidados Paliativos
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Bioética e fim de vida
• Evitar submeter o paciente a intervenções cujo sofrimento resultante seja muito maior do que o benefício eventualmente conseguido.
Beneficência
• Evitar intervenções que determinem desrespeito à dignidade do paciente como pessoa.
Não Maleficência
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Uma proposta Cuidados centrados na
pessoa doente (Patient centred care)
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responsabilidade dos profissionais de saúde
vulnerabilidade da pessoa doente. convoca diferentes modos de
vulnerabilidade (cognitiva; alocatória; diferencial; médica)
Principios: Autonomia; justiça; não malecifiencia; beneficiência
Cuidados centrados no
doente
Relação médico/doente
•Narrativa/comunicação
Interpessoal (micro)
•Relação
Clínica (meso)
•Clínico como profissional
Estrutural (macro)
•Sistémico
Caso A : a família conta uma história falsa ao doente acerca da gravidade da doença e mesmo da sua terminalidade, solicitando cumplicidade à equipa de saúde;
Caso B : um doente com cancro, numa fase de prognóstico ainda sombrio, decide-se a participar numa investigação para um novo medicamento que lhe promete a cura; quando questionado, percebe-se a sua completa ignorância acerca da probabilidade de êxito bem como da toxicidade e efeitos secundários da experimentação;
Caso C: doente terminal no domicílio, deixa também progressivamente de ingerir alimentos; a família exige todos os recursos médicos disponíveis, inclusivé alimentação artificial, outros exames e mesmo o internamento.
Caso A: pode enganar-se uma pessoa sobre o seu
prognóstico vital a partir da sua doença?
Caso B: pode aplicar-se um tratamento de alta
toxicidade sem assegurar que a pessoa percebeu
claramente riscos e benefícios?
Caso C: pode continuar-se obstinadamente ao
recurso a medidas terapêuticas? Sabemos
explicar os objectivos da medicina paliativa no que
respeita a tratamento de sintomas?
Mar Adentro
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Million Dolar Baby
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Jornada da vida
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