FIPAI FUNDAÇÃO PARA O INCREMENTO DA PESQUISA E DO APERFEIÇOAMENTO INDUSTRIAL
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS
Departamento de Arquitetura e Urbanismo
Relatório
Avaliação pós-ocupação de habitações com vedações de painéis monolíticos de concreto leve moldados in loco – Sistema CADEX Conjuntos habitacionais de Monte Mor-SP e Santa Maria da Serra-SP Prof. Dr. João Adriano Rossignolo São Carlos, 06 de Dezembro de 2006
Ref.: Contrato n. 032/06 – FIPAI – INOVATEC Engenharia e Tecnologia Ltda.
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Sumário
1. Apresentação 2
2. Objetivos 2
3. Breve descrição do sistema construtivo 2
4. Características das unidades habitacionais analisadas 8 4.1. Monte Mor – SP 8
4.2. Santa Maria da Serra – SP 8
5. Inspeção das unidades habitacionais 9 5.1. Parque Residencial São Clemente (Monte Mor - SP) 9
5.2. Conjunto Residencial Sta. Maria da Serra – D (Santa Maria da Serra - SP) 16
6. Considerações finais 21
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1. APRESENTAÇÃO
O presente relatório é produto da avaliação pós-ocupação de habitações térreas de
interesse social executadas no sistema construtivo CADEX, com vedação em painéis
monolíticos de concreto moldados in loco, utilizando concreto leve estrutural de alto
desempenho.
A solicitação dessa análise foi feita pela empresa INOVATEC Engenharia e
Tecnologia Ltda. com a intenção de realizar uma avaliação pós-ocupação de algumas
unidades habitacionais executadas com painéis de vedação em concreto leve do Sistema
CADEX.
Apesar de avaliar o comportamento global das habitações, por meio de inspeção
técnica visual, maior atenção foi dispensada aos painéis de vedações em concreto leve do
Sistema CADEX, por se tratar da inovação apresentada nesse sistema construtivo.
2. OBJETIVOS
Com a finalidade de atender a solicitação da empresa INOVATEC, os objetivos da
avaliação das unidades habitacionais térreas com vedações executadas em concreto leve
CADEX foram:
• Inspeção técnica global das habitações construídas nas cidades de Monte Mor-SP e
Santa Maria da Serra-SP, analisando os seguintes subsistemas: fundações, vedações
estruturais (subsistema de vedação e estrutural integrados), cobertura, esquadrias,
sistemas prediais (instalações elétricas, instalações hidráulicas e de saneamento e
revestimento);
• Verificação mais detalhada das condições das vedações horizontais executadas em
concreto leve CADEX, atentando para: condição geral do painel, fissuras, manchas de
umidade, planicidade, prumo, irregularidades de superfície, falhas de concretagem,
vinculação com a fundação (radier), vinculação entre painéis, vinculação com
esquadrias e vinculação com a laje da cobertura ou com a estrutura de telhado.
3. BREVE DESCRIÇÃO DO SISTEMA CONSTRUTIVO
O sistema construtivo em painéis monolíticos de concreto moldados in loco começou
a ser utilizado no Brasil na década de 80, para a construção de habitações de interesse
social nas cidades de Natal (RN) e Manaus (AM), e desde então passou por diversos
aprimoramentos.
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Em linhas gerais, o sistema construtivo de painéis monolíticos de concreto moldados
in loco pode ser descrito como um sistema em que as vedações de concreto armado, que
possuem também função estrutural, são executadas no local de utilização. Usualmente, a
estrutura de fundação é do tipo radier para edificações térreas, sempre levando-se em
consideração o terreno em questão (Figuras 01 a 04). Este tipo de fundação apresenta a
vantagem de proporcionar uma base de trabalho apropriada para as ações das equipes de
montagem das fôrmas e instalações, além de auxiliar no posicionamento das instalações de
entrada e saída pelo piso, tais como as redes de esgoto, água e sistema elétrico.
Figura 01 – Execução da fundação em radier:
formas . Figura 02 – Execução da fundação em radier:
armadura e tubulações.
Figura 03 – Fundação em radier concretada. Figura 04 - Fundação em radier: detalhe do
rebaixo do banheiro e das tubulações.
Utiliza-se fôrma dupla para a conformação das vedações, produzindo todos os
painéis de uma edificação de uma só vez. Os painéis apresentam espessura entre 8 e
11 cm e utilizam, normalmente, formas metálicas (Figuras 05 a 08). Os módulos das formas
são produzidos de modo que possam ser carregados por uma ou duas pessoas e são
fixados de acordo com as exigências do projeto.
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Figura 05 – Painéis metálicos sendo
transportados até o local de implantação. Figura 06 – Painéis já fixados.
Figura 07 – Fôrma montada: detalhe das
instalações elétricas já embutidas. Figura 08 – Fôrma das vedações montada.
As armaduras, esquadrias e parte dos sistemas elétrico e hidráulico, como
tubulações, quadros, registros e caixas de passagem, são posicionados no interior da fôrma
antes da concretagem, nos locais previstos em projeto. Assim, após a concretagem dos
painéis obtêm-se todas as vedações da edificação, também com função estrutural, com as
esquadrias e parte dos sistemas elétrico e hidráulico já instalados (Figuras 09 e10).
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Figura 09 – Painel metálico com tubulação
elétrica já fixada. Figura 10 – Instalações hidráulicas fixadas nos
painéis metálicos.
É necessário lembrar a importância do uso de espaçadores, que garantirão o
posicionamento exato das armaduras (Figura 11). As esquadrias utilizadas, que podem ser
metálicas ou de madeira, devem ser capazes de resistir às pressões de concretagem, seja
por sua rigidez ou através da colocação de contraventamentos, retirados após a
desmoldagem (Figura 12). A colocação direta das esquadrias pode ser feita pela colocação
das mesmas, devidamente vedadas no interior das fôrmas antes da concretagem, ou por
meio da colocação de contramarcos e posterior encaixe das esquadrias após a concretagem
e desmoldagem.
Figura 11 – Detalhe dos espaçadores das
armaduras (tela eletrosoldada). Figura 12 – Painel com esquadrias já fixadas.
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O lançamento do concreto nas fôrmas pode ser realizado utilizando caçambas içadas
por guindastes ou por bombeamento. Nos dois casos o concreto deve apresentar
trabalhabilidade adequada para o processo de lançamento e para preencher as fôrmas,
geralmente com slump (NBR NM 67) acima de 150 mm (Figuras 13 a 16).
Figura 13 – Guindaste utilizado na concretagem. Figura 14 – Concretagem: detalhe de
caçamba içada por guindaste.
Figura 15 - Concretagem por bombeamento. Figura 16 – Concretagem por bombeamento.
Logo após a desmoldagem procede-se a correção de possíveis imperfeições nas
paredes, com pasta de cimento, antes de aplicar o acabamento final dos painéis (Figuras 17
e 18). Todo o processo de preparação das formas, concretagem e desforma das vedações
de uma habitação é feito, em média, em 24 horas, ou seja, para cada conjunto de fôrmas
executam-se as vedações de uma habitação por dia.
A cobertura das habitações pode ser feita com telhas de concreto, de fibrocimento,
cerâmicas ou metálicas, e a estrutura, geralmente, de madeira (Figuras 19 e 21). As lajes de
forro, executadas quando da construção ou em futuras melhorias feitas pelo morador,
normalmente são de concreto pré-moldado, havendo também a possibilidade de serem
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inclinadas, possibilitando a aplicação das telhas diretamente sobre as ripas fixadas nas
lajes, eliminando, assim, parte da estrutura do telhado (Figura 22).
Figura 17 – Vista geral do sistema produtivo. Figura 18 – Vedações após desforma.
Figura 19 – Estrutura do telhado. Figura 20 – Madeiramento e telhas cerâmicas.
Figura 21 – Habitações com cobertura em
telha cerâmica. Figura 22 - Habitação com laje de forro inclinada.
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4. CARACTERÍSTICAS DAS UNIDADES HABITACIONAIS ANALISADAS
Foram analisadas unidades habitacionais executadas nas cidades de Monte Mor e
de Santa Maria da Serra, Estado de São Paulo, com as características descritas a seguir.
4.1. Monte Mor-SP
Nome do Conjunto: Parque Residencial São Clemente
Local: Monte Mor - SP
Empresa construtora: Construtora J.P. Engenharia Descalvado Ltda.
Painéis de vedação CADEX (Tecnologia): INOVATEC Eng. e Tecnologia Ltda.
Número de unidades: 07 (sete)
Área de cada unidade: 46,0 m2
Tipologia da unidade: habitação térrea isolada com dois quartos, um banheiro, uma
sala e uma cozinha, com laje de concreto inclinada
Início da execução: 05/2005
Fim da execução: 07/2006
Execução dos painéis de vedação: 06/2005
4.2. Santa Maria da Serra-SP
Nome do Conjunto: Conjunto Residencial Sta. Maria da Serra - D
Local: Santa Maria da Serra - SP
Empresa construtora: Construtora J.P. Engenharia Descalvado Ltda.
Painéis de vedação CADEX (Tecnologia): INOVATEC Eng. e Tecnologia Ltda.
Financiamento: CDHU
Número de unidades: 25 (vinte e cinco)
Área de cada unidade: 43,18 m2
Tipologia da unidade: TI24A CDHU - habitação térrea isolada com dois quartos, um
banheiro, uma sala e uma cozinha
Início da execução: 04/2006
Fim da execução: 12/2006
Execução dos painéis de vedação: 06/2006
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5. INSPEÇÃO DAS UNIDADES HABITACIONAIS
5.1. Parque Residencial São Clemente (Monte Mor - SP)
Dentre as sete unidades habitacionais executadas no Parque Residencial São
Clemente, em Monte Mor – SP, foram analisadas duas unidades ocupadas desde julho de
2006, denominadas nesse relatório de Unidade 01 e Unidade 02 (Figuras 23 e 24). A vistoria
das unidades habitacionais foi realizada por meio de inspeção visual, avaliando o estado
atual das construções e observando as eventuais patologias.
Figura 23 – Unidade habitacional 01
(Monte Mor – SP). Figura 24 - Unidade habitacional 02
(Monte Mor – SP).
A estrutura da fundação das duas unidades analisadas, executada em radier, não
apresenta sinais de fissuras, deformações ou recalques na inspeção visual.
Os painéis de concreto leve moldados in loco, executados utilizando o sistema
CADEX, integram os subsistemas estrutura e vedação vertical das habitações. Nas duas
unidades analisadas os painéis foram executados em julho de 2005, com isso,
apresentavam um ano e cinco meses de idade no momento da vistoria. As figuras 26 a 40
apresentam ilustração externas das duas unidades habitacionais analisadas, de acordo com
as posições apresentadas na figura 25.
Na inspeção visual dos painéis de concreto das unidades 01 e 02 não foram
observadas fissuras, deformações, irregularidades e manchas de umidades, sejam nas
faces internas assim como nas faces externas das habitações. As vinculações entre os
painéis e dos painéis com a fundação e com a laje de cobertura não apresentaram fissuras
ou qualquer outro sinal de dano ou manifestação patológica.
No momento da vistoria, a unidade 01 já havia sido submetida à alteração de layout
e de posição de esquadrias pelos usuários, sendo a inclusão de porta de madeira no fundo
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(Figura 28), a inclusão de porta metálica de duas folhas no quarto (Figura 31) e a retirada da
porta de metálica da cozinha (Figura 32). As alterações foram realizadas de forma
tradicional sem a necessidade de mão-de-obra ou equipamentos especiais e não
ocasionaram danos ao painel de vedação.
Vale destacar que no momento da vistoria os painéis das unidades 01 e02 estavam
com um ano e cinco meses de idades e, com isso, já foram expostos às temperaturas
mínimas (inverno) e máximas (verão) regionais e não apresentaram danos, como fissuras,
devido à movimentação térmica, como já observado no parágrafo anterior.
A
D
B
C
EF
G
H
Frente
Fundos
Figura 25 – Posição das ilustrações externas das unidades habitacionais.
Figura 26 – Unidade 01 (Posição A). Figura 27 - Unidade 01 (Posição B).
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Figura 28 – Unidade 01 (Posição C). Figura 29 - Unidade 01 (Posição D).
Figura 30 – Unidade 01 (Posição E). Figura 31 - Unidade 01 (Posição F).
Figura 32 – Unidade 01 (Posição G). Figura 33 - Unidade 01 (Posição H).
Figura 34 – Unidade 02 (Posição A). Figura 35 - Unidade 02 (Posição B).
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Figura 36 – Unidade 02 (Posição C). Figura 37 - Unidade 02 (Posição D).
Figura 38 – Unidade 02 (Posição E). Figura 39 - Unidade 02 (Posição F).
Figura 40 - Unidade 02 (Posição H).
A laje de cobertura foi executada utilizando elementos pré-fabricados de concreto
armado, que foram posicionados de forma inclinada com a finalidade de eliminar parte da
estrutura do telhado. Não foram observadas fissuras, deformações excessivas, sinais de
umidade ou quaisquer outras manifestações patológicas na estrutura da laje inclinada assim
como nas vinculações da laje com os painéis de vedação. As Figuras 41 a 44 apresentam
ilustrações da laje inclinada nas unidades habitacionais 01 e 02.
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Figura 41 – Laje de cobertura da unidade 01 (entrada dos quartos).
Figura 42 – Laje de cobertura da unidade 01 (cozinha).
Figura 43 – Laje de cobertura da
unidade 02 (sala/cozinha). Figura 44 – Laje de cobertura da unidade 02
(quarto).
A cobertura das unidades habitacionais foi executada em telhas cerâmica assentada
sobre trama de madeira apoiada nas lajes inclinadas. Não foram observadas deformações
excessivas, aberturas ou qualquer outro dano ou manifestação patológica na inspeção
visual (Figuras 45 e 46).
Figura 45 – Cobertura da Unidade 01. Figura 46 - Cobertura da Unidade 02.
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As portas e as janelas das unidades apresentaram perfeito funcionamento sem
manifestações patológicas aparentes.
Com relação ao sistema elétrico das habitações, na inspeção observou-se o correto
funcionamento das tomadas, dos interruptores, da iluminação e do quadro de distribuição.
O sistema hidráulico e de saneamento das habitacionais apresentou correto
funcionamento. Na inspeção foi verificado o funcionamento adequado da entrada de água,
das torneiras, do chuveiro, dos registros, do vazo sanitário e do reservatório (Figuras 47 a
50).
Figura 47 – Vazo sanitário - Unidade 02. Figura 48 – Chuveiro e pia - Unidade 02.
Figura 49 – Bancada da cozinha - Unidade 01. Figura 50 – Reservatório - Unidade 02.
Na inspeção visual não foram observados danos ou quaisquer manifestações
patológicas no sistema de revestimento das habitações, tendo sido analisado o revestimento
cerâmico do piso e da parede e a pintura das vedações verticais (interna e externa), da laje
e das esquadrias (Figuras 51 a 56).
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Figura 51 – Pintura externa - Unidade 01. Figura 52 – Pintura interna - Unidade 01.
Figura 53 – Pintura das portas - Unidade 01. Figura 54 – Revestimento de piso - Unidade 01.
Figura 55 – Revestimento parede - Unidade 01. Figura 56 – Revestimento do banheiro -
Unidade 01.
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5.2. Conjunto Residencial Sta. Maria da Serra – D (Sta. Maria da Serra - SP)
No Conjunto Residencial Sta. Maria da Serra – D, em Sta. Maria da Serra – SP, foram
executadas 25 unidades habitacionais com as vedações em painéis monolíticos de concreto
leve moldado in loco, utilizando o sistema CADEX, concluídas em dezembro de 2006 e
ainda não ocupadas (Figura 57). Foi incluído nesse relatório a inspeção dessas 25
unidades, mesma sem serem ocupadas, com o intuito de aumentar o universo de análise. A
vistoria das unidades habitacionais foi realizada por meio de inspeção visual, avaliando o
estado atual das construções e observando as eventuais patologias.
Figura 57 – Vista geral do conjunto S. M. Serra – D.
A estrutura da fundação das 25 unidades analisadas, executada em radier, não
apresentaram sinais de fissuras, deformações ou recalques na inspeção visual (Figura 58).
Figura 57 – Ilustração da fundação (radier).
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Os painéis de concreto leve moldados in loco, executados utilizando o sistema
CADEX, integram os subsistemas estrutura e vedação vertical das habitações. Nas
unidades analisadas os painéis foram executados nos meses de maio e junho de 2006, com
isso, apresentavam idade entre seis e sete meses no momento da vistoria. As figuras 58 a
65 apresentam ilustração externas das unidades habitacionais analisadas, de acordo com
as posições apresentadas na figura 25.
Na inspeção visual dos painéis de concreto das 25 unidades não foram observadas
fissuras, deformações, irregularidades e manchas de umidades, sejam nas faces internas
assim como nas faces externas das habitações. As vinculações entre os painéis e dos
painéis com a fundação e com a cobertura não apresentaram fissuras ou qualquer outro
sinal de dano ou manifestação patológica.
Figura 58 – Posição A. Figura 59 - Posição B.
Figura 60 – Posição C. Figura 61 - Posição D.
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Figura 62 – Posição E. Figura 63 - Posição F.
Figura 64 – Posição G. Figura 65 - Posição H.
A cobertura foi executada utilizando estrutura de madeira e telhas cerâmicas. Não
foram observadas deformações excessivas, aberturas ou qualquer outro dano ou
manifestação patológica na inspeção visual (Figuras 66 a 69).
Figura 66 – Ilustração do beiral. Figura 67 - Ilustração do beiral.
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Figura 68 – Ilustração do telhado. Figura 69 - Ilustração do telhado.
As portas e as janelas das unidades apresentaram perfeito funcionamento sem
manifestações patológicas aparentes (Figuras 70 a 73).
Figura 70 – Janela do quarto. Figura 71 - Janela do quarto.
Figura 72 – Janela e porta da entrada. Figura 73 – Porta e janela da cozinha e janela
do banheiro.
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Não foi realizada a inspeção do sistema elétrico das habitações, que apesar de
concluído, não estava ligado à rede de distribuição de energia.
Da mesma forma, o sistema hidráulico e de saneamento das habitações não foi
inspecionado por ainda não estarem em completo funcionamento.
Na inspeção visual não foram observados danos ou quaisquer manifestações
patológicas no sistema de revestimento das habitações, tendo sido analisado a pintura das
vedações verticais internas e externas e das esquadrias (Figuras 74 a 76).
Figura 74 – Ilustração da pintura das paredes externas.
Figura 74 – Ilustração da pintura do
banheiro. Figura 75 – Ilustração da pintura das
portas e paredes internas.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na inspeção técnica das habitações construídas nas cidades de Monte Mor e Santa
Maria da Serra, estado de São Paulo, não foram observadas manifestações patológicas ou
mau funcionamento dos subsistemas analisados, sendo eles: fundações, vedações
estruturais (subsistema de vedação e estrutural integrados), cobertura, esquadrias, sistemas
prediais (instalações elétricas, instalações hidráulicas e de saneamento) e revestimento.
Na verificação mais detalhada das condições das vedações horizontais executadas
em concreto leve CADEX, objeto principal de análise desse relatório, não foram detectadas
anormalidades ou manifestações patológicas nos itens analisados, como fissuras, manchas
de umidade, irregularidades de superfície ou falhas de concretagem. No momento da
vistoria, os painéis das unidades habitacionais 01 e 02 de Monte Mor estavam com um ano
e cinco meses de idades e, com isso, já haviam sido expostos às temperaturas mínimas
(inverno) e máximas (verão) regionais e não apresentaram danos, como fissuras, devido à
movimentação térmica.
São Carlos, 06 de Dezembro de 2006.
Prof. Dr. João Adriano Rossignolo
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