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E. E. Arnaldo Barreto
Marcos – Professor de Química
Turma 2º TA - 1º bimestre do 2º semestre de 2014
Unidade 1 – Poluição da água
Capítulo 1 – Expressões físicas de concentração
Neste capítulo abordaremos o conceito de solução e vamos identificar os seus
componentes, soluto e solvente. Os níveis de concentração são caracterizados neste
capítulo.
Objetivos:
Conceituar solução, soluto e solvente;
Compreender o conceito de concentração;
Analisar e relacionar soluções por meio de suas implicações com relação a
alterações de concentração.
1 - Solução
Convivemos diariamente com vários tipos de soluções, algumas de grande
importância para a manutenção da vida, como o ar atmosférico e a água potável.
Soluções são misturas homogêneas e podem ser encontradas nos estados de
agregação gasoso, líquido e sólido.
Nessa unidade vamos estudar as propriedades das soluções líquidas. Vamos
começar pelas soluções formadas por dois componentes: em geral, o componente que
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se encontra em maior quantidade é denominado solvente (na maioria das soluções
que vamos estudar nesta unidade, o solvente será a água). O componente que se
encontra em menor quantidade é denominado soluto.
Para que se forme uma solução, o soluto deve ser totalmente dissolvido no
solvente.
2 – Relações entre soluto e solução
Podemos expressar a concentração de uma solução relacionando a quantidade
de soluto existente em uma quantidade-padrão de solução.
Nesta unidade vamos conhecer e aprender a trabalhar com a concentração em
massa.
Concentração em massa
A concentração em massa (C) indica a quantidade em massa de soluto (m) que
se encontra dissolvida em um volume-padrão de solução (V) e normalmente é
expressa em g/L (gramas por litro).
Quando dizemos, por exemplo, que uma solução possui concentração igual a
150 g/L, isso significa que em cada litro de solução há 150 g de soluto dissolvido.
Questão:
1) A água do mar possui uma concentração ideal de sais (30g/L) que permite a
sobrevivência dos seres vivos. Determine a quantidade de sais em Kg que se deve
adicionar em um aquário contendo 2000 litros de água.
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Quais os problemas causados pelo lançamento de esgotos, sem tratamento,
diretamente nas águas?
O esgoto que corre a céu aberto é considerado um dos maiores problemas
ambientais e de saúde pública do país. Os danos ambientais decorrentes do
lançamento in natura de esgotos em corpos hídricos são enormes. É preciso perceber
que tudo que é jogado nos ralos das pias, vasos sanitários, bueiros e mesmo nos
quintais das casas acaba poluindo os recursos hídricos, encarecendo o tratamento de
água e comprometendo a qualidade da água de abastecimento.
O lançamento de esgoto doméstico sem tratamento prévio em cursos de água
fornece uma grande quantidade de matéria orgânica rica em nutrientes como nitrogênio
e fósforo que passam a nutrir a população microscópica de algas que constituem o
chamado fitoplâncton. Bem nutrida, essa população de algas se reproduz numa
velocidade acima do normal.
Quando as algas morrem, produzem grandes quantidades de detritos que são
decompostos por microrganismos aeróbios, ou seja, que utilizam as reservas de
oxigênio da água para realizar suas atividades, diminuindo a quantidade de oxigênio
dissolvido na água, o que pode causar a morte de plantas aquáticas e peixes, num
processo que vai se agravando progressivamente até que todo o ecossistema fique
comprometido. Esse fenômeno é conhecido por eutrofização.
O esgoto também carrega para a água diversos organismos nocivos, como
bactérias, vírus e larvas de parasitas. E como em geral os rios deságuam no mar, o
esgoto industrial e o esgoto doméstico são uma das grandes ameaças para a vida
marinha e para quem vive no litoral.
A grande quantidade de matéria orgânica despejada nos oceanos pode gerar um
crescimento exagerado na população de certos microrganismos da classe dos
fitoplânctons, como os dinoflagelados (vegetais unicelulares marinhos), conhecida
como bloom, causando a chamada maré vermelha. Tais marés são provocadas por
uma invasão maciça de dinoflagelados rubros de diversas espécies, que tornam a água
avermelhada ou marrom.
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Muitos dinoflagelados são bioluminescentes (capazes de converter energia
química em energia luminosa), produzindo o que os primitivos navegadores chamavam
de a “queima do mar à noite”.
Os dinoflagelados não são alimentos somente dos peixes, mas também de
moluscos, que acumulam tais toxinas e, dependendo da espécie do dinoflagelado,
podem se tornar perigosos quando ingeridos pelo ser humano. Os venenos produzidos
por alguns dinoflagelados tais como Gonyaubax catanella, constituem toxinas tão
poderosas que foram estudadas como armas químicas.
No Brasil, entre os meses de março e abril de 2007, uma maré vermelha causou
a morte de cerca de 50 toneladas de peixes e mariscos, que foram despejados pelo
mar em várias praias do litoral baiano, causando um prejuízo imensurável aos
habitantes que vivem basicamente da venda de peixes e de turismo.
Uma das principais causas dessa maré vermelha, que desencadeou um
processo de pobreza nos municípios afetados, foi justamente a poluição crônica
provocada pelo sistema de esgotos jogados na baía.
Praias impróprias para banho
As características do ambiente marinho, tais como salinidade, sedimentos e
condições de marés, dificultam o isolamento de bactérias patogênicas. Isso explica por
que as pesquisas sobre a contaminação microbiana do litoral limitam-se geralmente à
determinação das concentrações de bactérias indicadoras da poluição fecal. No mundo
todo, o grupo mais utilizado nessas pesquisas é o dos coliformes e, mais
recentemente, dos estreptococos fecais que, por serem mais resistentes ao ambiente
marinho, tornam-se mais adequados para o monitoramento da qualidade das águas
marinhas.
“Cursos de água contaminados por esgotos domésticos, ao atingirem as águas
das praias, podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários.
Estes microrganismos são responsáveis pela transmissão, aos banhistas, de
doenças de veiculação hídrica tais como: gastroenterite, hepatite A, cólera, febre
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tifoide, entre outras. Do ponto de vista de saúde pública, é importante considerar não
apenas a possibilidade da transmissão dessas doenças, mas também, a presença de
organismos patogênicos oportunistas, responsáveis por dermatoses e outras doenças,
como conjuntivite, otite e doenças das vias respiratórias.
A doença mais comum associada à água poluída por esgotos é a gastroenterite.
Essa doença ocorre numa grande variedade de formas e pode apresentar um ou
mais dos seguintes sintomas: enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de
cabeça e febre. Outras manifestações menos graves incluem infecções dos olhos,
ouvidos, nariz e garganta.
O fato da praia estar imprópria não significa que todas as pessoas que se
banharem no local irão contrair alguma dessas doenças. Isso depende das condições
imunológicas de cada um e do tipo de exposição de cada um ( se fica muito tempo na
água, se mergulha a cabeça, se engole água ) A impropriedade significa que existe o
risco de se contrair tais doenças.
Nesse sentido recomenda-se que se EVITE:
- Banhar-se em água do mar consideradas impróprias:
- Tomar banho de mar após chuvas muito intensas
- Banhar-se em canais córregos ou rios que deságuam no mar
- Engolir água do mar.”
http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/praias/26-respostas-as-perguntas-frequentes
Acesso em: 6 fev. 2013.
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E. E. Arnaldo Barreto
Nome: __________________________________________________nº _____ 2ºTA
Nome: __________________________________________________nº _____ 2ºTA
Marcos – Prof. de Química – 1º bim./2º sem. De 2014 – data _____/_____/_____
Atividade em sala de aula (vale de 0 a 10)
1) Quais os problemas causados pelo lançamento de esgotos, sem tratamento,
diretamente nas águas?
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____________________________________________________________________.
2) Assinale a (s) alternativa (s) adequada (s). Algumas medidas podem ser propostas
com relação aos problemas da água:
I. Represamento de rios e córregos próximo às cidades de maior porte;
II. Controle da ocupação urbana, especialmente em torno de mananciais;
III. Proibição do despejo de esgoto industrial e doméstico sem tratamento nos rios e
represas.
3) Coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso. A situação atual das bacias
hidrográficas de São Paulo tem sido alvo de preocupações ambientais: a demanda
hídrica é maior que a oferta de água e ocorre excesso de poluição industrial e
residencial. Um dos casos mais graves de poluição da água é o da bacia do alto Tietê,
onde se localiza a região metropolitana de São Paulo. Os rios Tietê e Pinheiros estão
muito poluídos, o que compromete o uso da água pela população.
Avalie se as ações apresentadas a seguir são adequadas para se reduzir à poluição
desses rios.
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( ) Investir em mecanismos de reciclagem da água utilizada nos processos industriais.
( ) Investir em obras que viabilizem a transposição de águas de mananciais
adjacentes para os rios poluídos.
( ) Implementar obras de saneamento básico e construir estações de tratamento de
esgotos.
4) Determinada estação trata cerca de 30.000 litros de água por segundo. Para evitar
riscos de fluorose, a concentração máxima de fluoretos nessa água não deve exceder
a cerca de 1,5 miligrama por litro de água. Qual é a quantidade máxima dessa espécie
química que pode ser utilizada com segurança, no volume de água tratada em uma
hora.
5) Assinale a alternativa correta. No processo de eutrofização de águas, pode ser
encontrado o seguinte fenômeno:
a) grande mortandade de peixes;
b) suprimento escasso de nutrientes na água;
c) diminuição das taxas de decomposição bacteriana;
d) aumento da concentração de oxigênio na água;
e) diminuição da concentração de matéria orgânica.
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