Gesp.010.01
Escola Superior de Tecnologia e Gestão
Instituto Politécnico da Guarda
R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O
JOÃO MANUEL VIDEIRA REDUTO TOMÉ
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO
EM DESIGN DE EQUIPAMENTO
Dezembro/2012
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
i
“ O design gera inovação; a inovação reforça a marca; a marca constrói
fidelidade e a fidelidade sustenta os lucros.”
Marty Neumeir
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
ii
Ficha De Identificação
Discente: João Manuel Videira Reduto Tomé
Número: 1009512
Curso de Licenciatura: Design de Equipamento
Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior
Tecnologia e Gestão
Entidade promotora do estágio: Câmara Municipal da Guarda
Morada: Praça do Município
Código Postal: 6301-854 Guarda
Telefone: 271 220 200
Fax: 271 220 280
Correio eletrónico: [email protected]
Site: www.mun-guarda.pt
Supervisor na Instituição: Vítor Manuel dos Santos Gama
Grau Académico: Licenciado em Arquitetura
Duração do Estágio: 280 horas
Início do Estágio: 10 de Setembro de 2012
Conclusão do Estágio: 6 de Novembro de 2012
Professor Orientador: Arlindo Ferreira
Grau Académico: Mestre
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
iii
Plano de Estágio
O plano de estágio consistirá na realização de uma Estrutura Modular
Multifuncional. Assim, projetar-se-á um módulo que possa vir a desempenhar diversas
funções dentro do futuro edifício Centro Tecnológico e Logístico da Guarda (CTLG).
O referido módulo poderá ser utilizado isoladamente ou acoplado a outros.
Este projeto deverá estar preparado para que possa permitir diversas
utilizações/funções apenas com ligeiras adaptações, ex.: posto de informações, sala de
reuniões e bar.
O estudo a realizar deverá incluir as seguintes componentes: desenho da forma,
estudo volumétrico e espacial, pormenores de construção, materiais, cores e luz.
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
iv
Resumo do Estágio
O presente trabalho tem como objetivo relatar toda a atividade desenvolvida pelo
estagiário, durante um período com duração de 280 horas, cerca de dois meses, na
Câmara Municipal da Guarda (CMG).
Da frequência deste estágio, resultou o desenvolvimento de um trabalho que
consistiu na criação de um módulo destinado a múltiplas funções, sendo um projeto
totalmente modular e sob a condição de ser desenvolvido com materiais já
comercializados no mercado. Assim, optou-se pela escolha de materiais mais
económicos dado o orçamento, atribuído pela Comunidade Económica Europeia (CEE)
para equipamentos e construção do CTLG, ser de um milhão e seiscentos euros, valor
considerado bastante reduzido para um edifício com grandes dimensões.
Palavras-chave: Mobilidade, Funcionalidade, Segurança, Ergonomia e Estética.
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
v
Agradecimentos
Gostaria de aproveitar este excerto de relatório para agradecer à Câmara
Municipal da Guarda (CMG), pela oportunidade da realização do meu estágio e
confiança no meu trabalho.
Dirijo o meu agradecimento pela amabilidade e disponibilidade, ao arquiteto
Vítor Manuel dos Santos Gama, supervisor de estágio na instituição acolhedora e ao
arquiteto Nuno Rolo Morais, pelo companheirismo e apoio prestado, em toda a fase de
desenvolvimento do projeto.
Sou grato ao meu orientador Professor Arlindo Ferreira, por ter aceitado o meu
pedido de orientação de estágio curricular, oferendo-me o seu contributo, o seu
conhecimento e a sua amizade não só durante o estágio, como ao longo de toda a minha
formação superior.
Quero também agradecer a todos os professores que me acompanharam durante
o Curso de Design de Equipamento, por terem contribuído para a minha valorização
pessoal e profissional.
Agradeço ainda ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), pela oportunidade de
formação curricular.
Os meus agradecimentos finais vão para os meus pais, pela orientação,
dedicação, incentivo e apoio constante, nesta fase do meu curso e durante toda a minha
vida.
Por fim, agradeço a todos os que, de forma direta e indireta, contribuíram para a
realização deste trabalho.
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
vi
Índice Geral
Ficha De Identificação ...................................................................................................... ii
Plano de Estágio .............................................................................................................. iii
Resumo do Estágio .......................................................................................................... iv
Agradecimentos ................................................................................................................ v
Índice Geral ..................................................................................................................... vi
Índice de Figuras ............................................................................................................ vii
Índice de Organigramas ................................................................................................... ix
Índice de Anexos ............................................................................................................. ix
Abreviaturas e siglas ......................................................................................................... x
Introdução ......................................................................................................................... 1
Capítulo I .......................................................................................................................... 2
1.1. Enquadramento Territorial ..................................................................................... 3
1.2. Caracterização da instituição acolhedora ............................................................. 10
1.2.1. Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Guarda .................................... 11
1.3. Objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio .................................................. 13
Capítulo II ....................................................................................................................... 14
2.1. Enquadramento Teórico ....................................................................................... 15
2.2. Trabalho desenvolvido ......................................................................................... 17
2.2.1. Introdução ao projeto .................................................................................... 17
2.2.2. Projeto do Módulo Multifuncional ................................................................ 19
Conclusão ....................................................................................................................... 47
Bibliografia ..................................................................................................................... 48
Web grafia ...................................................................................................................... 49
ANEXOS .......................................................................................................................... A
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
vii
Índice de Figuras
Figura 1: Mapa do Concelho da Guarda ........................................................................... 4
Figura 2: Mapa do Distrito da Guarda .............................................................................. 4
Figura 3: Localização da Guarda no Mapa ....................................................................... 9
Figura 4: Bandeira ............................................................................................................ 9
Figura 5: Brasão ............................................................................................................... 9
Figura 6: Atual Edifício dos Paços do Concelho ............................................................ 10
Figura 7: Logotipo da C.M.G. ........................................................................................ 10
Figura 8: Esboço do estudo da forma ............................................................................. 20
Figura 9: Esboço procurando novas formas ................................................................... 20
Figura 10: Módulo fechado ............................................................................................ 20
Figura 11: Cantos ........................................................................................................... 20
Figura 12: União de módulos ......................................................................................... 20
Figura 13: Sistema variável de encaixe .......................................................................... 22
Figura 14: Sistema universal de união ............................................................................ 22
Figura 15: Encaixe reto de macho/fêmea ....................................................................... 22
Figura 16: Encaixe arredondado macho/fêmea .............................................................. 22
Figura 17: Esboço da Forma ........................................................................................... 23
Figura 18: Esboço com dois módulos Unidos ................................................................ 23
Figura 19: Esboço do módulo com duas paredes ........................................................... 23
Figura 20: Esboço dos módulos em volta do pilar estrutural ......................................... 23
Figura 21: Modelação em 3D com paredes duplas ........................................................ 23
Figura 22: Perfis de diferentes Policarbonatos Alveolares ............................................. 24
Figura 23: Encaixe .......................................................................................................... 24
Figura 24: Corte experimental ........................................................................................ 25
Figura 25: Ângulo de 90º ................................................................................................ 25
Figura 26: Curva experimental ....................................................................................... 25
Figura 27: Curva em placa Seplux ................................................................................. 25
Figura 28: Policarbonato e acessórios ............................................................................ 26
Figura 29: Policarbonato e fixador ................................................................................. 26
Figura 30: Amostra de cores ........................................................................................... 26
Figura 31: Esboços de estruturas com encaixe rápido e pilar ajustável ......................... 27
Figura 32: Estrutura do Spinpark.................................................................................... 28
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
viii
Figura 33: Esboço de estrutura retangular ...................................................................... 28
Figura 34: Estrutura ........................................................................................................ 29
Figura 35: Sistema de elevação (em posição de repouso) .............................................. 30
Figura 36: Sistema de elevação (em posição de trabalho).............................................. 30
Figura 37: Ajustamento à inclinação .............................................................................. 30
Figura 38: Encaixe rápido da trotinete ........................................................................... 31
Figura 39: Encaixe rápido na estrutura ........................................................................... 31
Figura 40: Acompanhamento de curvaturas (estrutura, policarbonato e calha) ............. 32
Figura 41: Aplicação da “Grapa Seplux” ....................................................................... 33
Figura 42: Cantoneira para a fixação das calhas ............................................................ 34
Figura 43: Encaixes dos cantos em policarbonato ......................................................... 34
Figura 44: Sistema de sustentação central ...................................................................... 35
Figura 45: Conjunto de mosquetão, esticador, cerra juntas, cabo de aço ....................... 35
Figura 46: Sistema de sustentação aplicado em 4 pontos do módulo ............................ 35
Figura 47: Sistema de sustentação aplicado em 4 pontos do módulo (pormenor) ......... 35
Figura 48: Vedante de pelúcia aplicado na porta ........................................................... 36
Figura 49: Vedante de pelúcia ........................................................................................ 36
Figura 50: Cortiça ........................................................................................................... 37
Figura 51: “Bulletin Board” da Forbo ............................................................................ 37
Figura 52: “Filme Policarbonato 3D” utilizado em abajures de candeeiros................... 37
Figura 53: OSB pintado de vermelho; ............................................................................ 37
Figura 54: Fechadura ...................................................................................................... 38
Figura 55: Fechadura JNF IN.20.922 ............................................................................. 38
Figura 56: Cilindro para fechadura ................................................................................. 39
Figura 57: Cilindro “JNF IN.19.520.1B” ....................................................................... 39
Figura 58: Espelho .......................................................................................................... 39
Figura 59: Espelho “JNF IN.04.36O Y10M” ................................................................. 39
Figura 60: Sistema de calha ............................................................................................ 40
Figura 61: Sistema “Geze Rollan 80”............................................................................. 40
Figura 62: Cantoneira, estrutura, parafuso e policarbonato............................................ 41
Figura 63: Par de asas ..................................................................................................... 42
Figura 64: Par de asas “Bestloque C2209” ..................................................................... 42
Figura 65: Rede aplicada no módulo .............................................................................. 43
Figura 66: Rolo de rede eletrosoldada ............................................................................ 43
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
ix
Figura 67: Policarbonato Alveolar de ligação ................................................................ 44
Figura 68: União entre três módulos .............................................................................. 44
Figura 69: Módulo (vista interior) .................................................................................. 45
Figura 70: Três módulos acoplados (vista interior) ........................................................ 45
Figura 71: Módulo (vista exterior) ................................................................................. 46
Figura 72: Acoplação entre módulos .............................................................................. 46
Índice de Organigramas
Organigrama 1: Câmara Municipal da Guarda............................................................... 11 Organigrama 2: Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras ............................ 12
Índice de Anexos
Anexo 1 – Enquadramento Histórico e Arquitetónico da Guarda .................................... B
Anexo 2 – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda .................................................... C
Anexo 3 – Informações Adicionais do Policarbonato ...................................................... E
Anexo 4 – Especificações do Sistema Utilizado para a Porta de Correr .......................... F
Anexo 5 – Tabela de Cantoneiras ..................................................................................... G
Anexo 6 – Acessibilidades ............................................................................................... H
Anexo 7 – Orçamento dos Materiais para o Módulo........................................................ L
Anexo 8 - Perspetivas ....................................................................................................... N
Anexo 9 - Desenho Técnico ............................................................................................. Q
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x
Abreviaturas e siglas
2D – Bidimensional
3D – Tridimensional
A23 – Autoestrada número 23
A25 – Autoestrada número 25
CAD – Desenho assistido por computador
CEE – Comunidade Económica Europeia
cm – Centímetros
CMG – Câmara Municipal da Guarda
CTLG – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda
DMOE – Departamento de Manutenção e Otimização de Equipamentos
DPUO – Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obra
ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão
hab./km2
– Habitantes por quilómetro quadrado
Inox – Inoxidável
IPG – Instituto Politécnico da Guarda
m2 – Metro quadrado
ml – Metro linear
mm – Milímetros
OSB – Oriented Strand Board (aglomerado de partículas de madeira longas e orientadas)
PLIE – Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial
un. - Unitário
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
1
Introdução
O relatório aqui exposto, descreve as atividades desenvolvidas no estágio, que
decorreu entre o dia 6 de setembro e 10 de novembro de 2012, na Câmara Municipal da
Guarda, no âmbito da unidade curricular “Estágio”, constante do plano curricular do
Curso de Design de Equipamento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão no
Instituto Politécnico da Guarda.
Este documento apresenta, segundo a ordem cronológica da sua execução, o
projeto desenvolvido no Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras (DPUO),
na Divisão de Obra e no Setor de Desenvolvimento de Projetos, na instituição acima
referida. A mesma não dispõe da área de Design, na medida em que a equipa de
arquitetos e técnicos de desenho, sempre que necessário, executam também o trabalho
referente ao designer. Daí que, a escolha deste local para realizar o estágio, tenha sido
bastante enriquecedora, na medida em que tive a oportunidade de estabelecer contacto
com uma nova realidade, ao executar um projeto, envolvendo as áreas, design,
arquitetura e engenharia.
Com o tema de estágio proposto pela CMG pretende-se a construção de um
módulo destinado ao edifício CTLG, tendo este como autor do projeto, em
desenvolvimento, o arquiteto Nuno Rolo Morais. O futuro edifício a instalar no lote 2,
do Novo Pólo Industrial da Guarda (Plataforma Logística) possuirá vários módulos,
assumindo os mesmos uma vocação multifuncional, entre elas, servir de edifício sede
aos serviços centrais do Pólo Industrial, podendo acolher iniciativas diversificadas na
área de apoio empresarial, promoção, exposição e divulgação de atividades e outras.
A elaboração deste documento assenta numa estrutura onde, na primeira parte,
surge a apresentação do local de estágio, fazendo alusão ao enquadramento geográfico e
demográfico da cidade.
A segunda parte descreve, detalhadamente, a atividade prática desenvolvida
durante o estágio, onde apresentei a sequência correta da realização das experiências
que, com precisão, foram realizadas, para além de abordar as dificuldades sentidas e as
soluções encontradas.
Cabe à última parte, apresentar a conclusão sobre todo o trabalho desenvolvido,
bem com os anexos constituídos pelos desenhos técnicos e outras informações
complementares, respeitantes ao projeto elaborado.
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
2
Capítulo I
Enquadramento Territorial e Caracterização da Instituição
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
3
1.1. Enquadramento Territorial
A Cidade da Guarda é sede de concelho e capital de distrito. Localiza-se na antiga
província da Beira Alta, na Região Centro (NUT II) e na Sub-região (NUT III) Beira
Interior Norte. É a cidade portuguesa de maior altitude (1056 m) e uma das mais altas
da Europa. Fica situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela mais ou
menos localizada no local onde os Romanos tiveram a antiga Lancia Oppidiana vindo
esta mais tarde a ser destruída pelos bárbaros.
O concelho abrange uma área de 712,1 km2,tendo uma densidade populacional de
59,74 hab./km2
e 42 541 habitantes (2011), sendo estes conhecidos por guardenses ou
ainda por egitanienses. Esta cidade encontra-se inserida num concelho subdividido em
55 freguesias: Adão, Albardo, Aldeia do Bispo, Aldeia Viçosa, Alvendre, Arrifana,
Avelãs de Ambom, Avelãs da Ribeira, Benespera, Carvalhal Meão, Casal de Cinza,
Castanheira, Cavadoude, Codesseiro, Corujeira, Faia, Famalicão, Fernão Joanes, Gagos,
Gonçalo, Gonçalo Bocas, João Antão, Maçainhas, Marmeleiro, Meios, Mizarela, Monte
Margarida, Panóias de Cima, Pega, Pera do Moço, Pero Soares, Porto da Carne,
Pousade, Ramela, Ribeira dos Carinhos, Rocamondo, Rochoso, Santana de Azinha,
Jarmelo (São Miguel), Jarmelo (São Pedro), Guarda (São Vicente), Guarda (Sé), Seixo
Amarelo, Sobral da Serra, Trinta, Vale de Estrela, Valhelhas, Vela, Videmonte, Vila
Cortês de Mondego, Vila Fernando, Vila Franca do Deão, Vila Garcia, Vila Soeiro, São
Miguel da Guarda.
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4
Compreende 14 concelhos: Almeida, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Figueira
de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel,
Seia, Sabugal, Trancoso e Vila Nova de Foz Coa. O município é limitado a nordeste
pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por
Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico
da Beira.
Figura 2: Mapa do Distrito da Guarda
Fonte: www.adguarda.pt
Figura 1: Mapa do Concelho da Guarda
Fonte: http://portugal.veraki.pt
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5
Acessibilidades
No que concerne a acessos rodoviários importantes tem a A25 que liga Aveiro à
fronteira de Vilar Formoso, com cerca de 190 Km, inaugurado o último troço em 30 de
setembro de 2006. Em Fuentes de Oñoro, contínua a A-62 espanhola, dando ligação a
Madrid e ao resto da Europa. A A23 que liga a Guarda ao nó da A1 em Torres Novas,
com uma extensão de cerca de 216 Km, tendo sido inaugurado o último troço em finais
de 2003 e ainda o IP2 que liga Guarda a Bragança.
Em relação ao nível ferroviário, a Cidade da Guarda tem a linha da Beira Alta
inaugurada a 3 de Agosto de 1882, atualmente eletrificada. Permitindo esta a circulação
de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo o principal eixo
ferroviário para o transporte internacional de passageiros e de mercadorias, com destino
à Europa. Nela circulam os comboios internacionais Sud Express entre Lisboa e
Hendaye e o Lusitânia – Comboio Hotel entre Lisboa e Madrid.
Tem também a Linha da Beira Baixa, inaugurada no dia 11 de Maio de 1893,
atualmente encerrada para obras, o troço Guarda Covilhã sem reabertura prevista.
Os efes da Guarda - sua explicação
Dada a sua estratégica localização, a cidade da Guarda avista-se ao longe no
horizonte. Ela é conhecida pela cidade dos 5 “efes” tendo a sua origem várias
explicações, mas a mais conhecida e consensual é a seguinte:
1- Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua
força;
2- Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;
3- Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica as suas neves;
4- Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e
trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de
Castela, durante a crise de 1383-85. Teve ainda Fôlego para combater na batalha de
Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis (D. João
I) como Rei;
5- Formosa: pela sua natural beleza.
“Fria” é um dos “efes”, que caracterizam a cidade da Guarda.
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6
Embora de forma envergonhada, em relação a outros tempos, a neve ainda visita
a cidade, mantendo-lhe a sua beleza e transmitindo uma imagem de pureza.
Esse manto branco que cobre a paisagem, consegue inspirar artistas plásticos,
fotógrafos e poetas, tendo neste campo ficado imortalizada a poesia de um homem que
nesta cidade viveu e passou parte da sua vida, Augusto Gil com a bela “Balada da
Neve”. Daí que, a neve faça parte da marca da Guarda.
A Guarda e o seu meio ambiente
O ar, reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação
Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade
Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a
Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada
a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um
sanatório dedicado à cura da tuberculose.
Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo
seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima
qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiárias das
maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a
bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e
para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de
Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três
bacias hidrográficas se encontram.
É também uma zona que tem sido aproveitada para a mineração, havendo até
algum folclore popular que afiança existir uma enorme jazida de urânio sob a cidade e
que os Americanos, durante a Guerra Fria, sabendo deste facto, teriam proposto a
Salazar mudar a cidade pedra por pedra para outro local. Certo é o facto de existir
algum nível de radiação, especialmente em espaços fechados devido ao gás Radão.
Os "pergaminhos" da cidade
Existiu um rei, o segundo de Portugal, D. Sancho I, que se vestiu de poeta e
sonhou a Guarda a quem concedeu em 1199 o seu foral. Trata-se, pois, de uma cidade
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contemporânea da nacionalidade, onde existia ocupação anterior e que completou oito
séculos de existência em 1999.
Esta cidade foi palco de importantes acontecimentos militares da História de
Portugal, designadamente nos momentos mais conturbados da luta pela independência.
Foi, por outro lado, local escolhido por diversos reis da I e II dinastias para sancionarem
tratados, estabelecerem acordos diplomáticos e convocarem as Cortes.
Na Guarda juntam-se as tradições militares (defesa da fronteira) e religiosa.
Ambas deixaram abundantes marcas no património edificado: a Torre de Menagem do
século XII; a Sé Catedral, construída entre os séculos XIV e XVI em substituição da
anterior; o Convento de S. Francisco, do século XIII; as Igrejas barrocas da
Misericórdia e de S. Vicente e o antigo Paço Episcopal.
Deve ainda recordar-se a tradição hospitalar, através dos conhecidos sanatórios
de finais de oitocentos.
Centro Histórico
Na zona mais elevada de um planalto, desenvolveu-se o núcleo medieval da
Guarda, onde se implantou a Torre de Menagem, acima referida, considerada uma peça
importante no campo defensivo da cidade, como um padrão famoso das lutas do
passado. O morro com a Torre é tudo o que resta da antiga fortaleza mais alta de
Portugal, o castelo da Guarda. Recentemente, deram-se por concluídas as obras de
valorização desta Torre, considerada um símbolo de identidade e afirmação para todos
os guardenses. Lá do alto desfruta-se uma esplêndida vista panorâmica a 360º sobre o
Centro Histórico e as redondezas.
A área denominada de Centro Histórico é um dos mais importantes conjuntos
urbanos de origem medieval do país, onde ainda existem marcas da arquitetura filipina,
sóbria e imponente, como são as belas “janelas de canto”, com vários exemplares na
cidade.
A Judiaria pode ainda hoje ser visitada no Centro Histórico. Deve-se aos judeus
a introdução da indústria de peles.
De entre as cinco aberturas para o exterior, que faziam parte da zona muralhada,
subsistem três, entre elas, a grandiosa e arquitetónica Torre dos Ferreiros. Também se
encontram nesta área, diversos edifícios de valor histórico, destacando-se um, atrás
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referenciado, considerado o ex-libris da Guarda que é a sua Sé Catedral. Este majestoso
templo, iniciado com D. João I, a pedido do Bispo Frei Vasco de Lamego, deu-se por
concluído 150 anos mais tarde, em 1540. Ele apresenta diferentes estilos arquitetónicos,
encantando-nos, com o Românico, o Gótico e o Manuelino e com planta de três naves.
Numa vista aérea da Sé Catedral, visualizamos a imposição de uma cruz a formar a sua
cobertura, conforme a foto no anexo 1. Embora o granito seja uma pedra dura de
modelar, nele foram feitas as suas torres octogonais, gárgulas, portais, brasões, agulhas
erguidas aos céus, querendo-nos contar todas as histórias, não só as bíblicas como
outras. Este notável monumento organiza-se em torno da Praça Luís de Camões,
popularmente conhecida por “Praça Velha”. A estátua do fundador da cidade, D.
Sancho I, inicialmente, colocada no centro da Praça foi, recentemente, transferida para o
recanto da Sé. Situa-se, também, neste espaço, o antigo edifício dos Paços do Concelho
com as suas gárgulas e esferas armilares, ornamentado com painéis de azulejo de
Cargaleiro, representando as freguesias que compõem o concelho.
Registam-se, no interior do Centro Histórico, alguns exemplares de arquitetura
civil notáveis, tais como: a casa medieval da Rua dos Clérigos, a chamada "Casa de D.
Sancho", o solar filipino da família Alarcão e certos pormenores manuelinos,
renascentistas e barrocos.
No Largo João de Almeida, situa-se a igreja da Misericórdia que remonta ao
século XVII, com o portal enquadrado por duas torres sineiras e suportando uma
imagem da Senhora da Misericórdia, predominando no seu interior o estilo barroco, nas
formas e na decoração.
Outros núcleos históricos e arqueológicos
A Guarda está rodeada de vestígios da ocupação humana que remontam à época
pré-histórica. O Museu Regional conserva alguns desses testemunhos, podendo outros
encontrar-se à medida que nos afastamos do centro urbano: os castros do Tintinolho e
do Jarmelo, a ponte romana da Mizarela ou a anta da Pêra do Moço, assinalando
presenças muito anteriores à formação da nacionalidade.
As Igrejas do Mileu, da Aldeia Viçosa, de S. Miguel e de Codeceiro (estas com
o seu pelourinho), são testemunho da antiga relevância de povoações vizinhas da
Guarda, hoje absorvidas pelo seu desenvolvimento urbanístico, como sendo o caso da
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
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Igreja do Mileu do período românico, local de antigo culto da Nossa Senhora e
recentemente restaurada.
Todos estes vestígios assinalados, nos roteiros turísticos, distribuídos pela
Câmara Municipal e pela Região de Turismo da Serra da Estrela, deverão ser
valorizados numa perspetiva de turismo ecológico que demanda a Serra da Estrela.
Património cultural da região
A cidade da Guarda é polo de atração de um conjunto de populações rurais que
vivem em pequenas aldeias e aglomerados serranos, de que ainda restam importantes
presenças no território. A articulação entre as populações rurais e a população da
cidade, por vezes, é desenvolvida nas aldeias, mantendo-se ativas explorações agrícolas
que importam produtos de marca (sobretudo queijos e enchidos), bem como tradições
artesanais que vale a pena manter e divulgar (cestos, ferragens, campainhas de bronze,
mobiliário). Existem, ainda, hábitos de ocupação dos tempos livres, como festas e jogos
populares, que merecem ser preservados como património cultural vivo da região.
Figura 5: Brasão
Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki
/Guarda
Figura 3: Localização da Guarda no
Mapa
Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki/Gu
arda
Figura 4: Bandeira
Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki/
Guarda
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1.2. Caracterização da instituição acolhedora
O atual edifício dos Paços do Concelho encontra-se implantado na zona da
antiga Praça da Boavista ou Praça do Mercado, atualmente Praça do Município. Este
novo edifício foi inaugurado em 1993, apresenta, na fachada principal, uma Torre do
Relógio com o objetivo de fazer alusão às Torres Sineiras da Sé Catedral.
Esta instituição tem como principal objetivo participar nas atividades do
desenvolvimento económico e social do Concelho. Nesse sentido, tem envidado
esforços, de modo a promover a satisfação das necessidades das comunidades locais,
principalmente no que respeita ao desenvolvimento socioeconómico, ao saneamento
básico, ordenamento do território, abastecimento público, à saúde, ao ambiente, à
educação, desporto e cultura. Neste âmbito, esta instituição tem vindo a desenvolver um
conjunto de atividades culturais, tornando a sua agenda muito vasta e apelativa. Esta
programação cultural torna-se importante não só para a valorização da população, como
também para atrair quadros qualificados e ainda transmitir uma boa imagem da
localidade. A autarquia tem feito investimentos ao nível de equipamentos culturais
distribuídos pela cidade. Como exemplo disso, sobressai o novo Teatro Municipal da
Guarda (TMG), a nova Biblioteca Eduardo Lourenço que, juntamente com o Centro de
Estudos Ibéricos (CEI), se situa na Quinta de Alarcão.
Este Município dispõe de capacidade técnica e de aptidões para planeamento e
lançamento de concursos públicos, respeitantes a acessibilidades e à construção de infra
– estruturas.
Figura 7: Logotipo da C.M.G.
Fonte: CMG
Figura 6: Atual Edifício dos Paços do Concelho
Fonte: http://capeiaarraiana.pt
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11
1.2.1. Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Guarda
A administração da CMG é constituída por um presidente, sendo atualmente,
Joaquim Carlos Dias Valente e por vereadores, um dos quais designado vice-presidente,
intermediário executivo colegial da instituição, eleitos pelos cidadãos eleitores
recenseados na sua área.
A Câmara está divida, conforme organograma 1, em quatro departamentos:
Departamento de Administração Geral;
Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras;
Departamento de Manutenção Otimização de Equipamentos;
Departamento de Desenvolvimento, Social Económico, Cultural e Humano.
Diretor Municipal: António Júlio Gomes Patrício
Organigrama 1: Câmara Municipal da Guarda
Fonte: www.mun-guarda.pt
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O estágio desenvolveu-se no DPUO, na Divisão de Obras, no Sector de
Desenvolvimento de Projetos, como se pode verificar no organigrama 2, circunscrito a
vermelho. Encontrando-se estes serviços instalados no segundo piso do edifício da
CMG.
Diretor do Departamento: Joaquim Luís da Costa Gomes
Chefes Divisão:
- Planeamento e Ordenamento do Território: Joaquim Luís da Costa Gomes
- Gestão Urbanística: Fernando Jorge Duarte Lopes
- Obras: Vítor Manuel dos Santos Gama
Organigrama 2: Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras
Fonte: www.mun-guarda.pt
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13
1.3. Objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio
O presente estágio, tem como objetivo desenvolver um trabalho prático, no
âmbito do Design de Equipamento, seguindo uma Metodologia Projetual, com vista a
uma melhor organização de todas as fases necessárias à sua conceção. Devendo esta
proporcionar, de forma harmoniosa, o enquadramento arquitetónico com o espaço
envolvente.
O projeto orienta-se segundo os objetivos:
Pesquisar/Investigar;
Esboçar;
Projetar um módulo multifuncional;
Utilizar materiais comercializados no mercado;
Cumprir o limite orçamental;
Aplicar conhecimentos adquiridos na formação académica.
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14
Capítulo II Enquadramento Teórico
Desenvolvimento do Estágio
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15
2.1. Enquadramento Teórico
O design nasceu em 1919 [1], quando Walter Gropius fundou a Bauhaus (escola
de design de artes plásticas e arquitetura) em Weimar. A Bauhaus foi uma das maiores e
mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no Design e na arquitetura,
sendo a primeira escola de design do mundo.
Segundo Munari [1], um designer é um projetista dotado do sentido estético;
dele depende em boa parte o êxito de uma determinada criação. Sempre que a forma de
um objeto de utilidade, como por exemplo uma máquina de escrever, um binóculo, uma
poltrona, um ventilador, uma panela, um frigorífico, é bem estudada, constitui um fator
determinante no aumento de vendas. Assim sendo, o papel de um designer de
equipamento é antever problemas de utilização que podem resultar de um mau projeto e
fazer com que o objeto seja intuitivo e de fácil utilização, que crie, em simultâneo, no
utilizador uma sensação de bem estar e uma ligação emotiva e sensorial.
Quando compramos um produto, inicialmente, ele afeta o nosso quotidiano,
logo, projetá-lo será uma responsabilidade não só económica, sustentável, pessoal, mas
também social.
Nos primeiros tempos do racionalismo, afirmava-se que um objeto era “belo”
por ser funcional e apenas se considerava a função estritamente prática, tendo como
exemplo as formas dos instrumentos de trabalho. Hoje, já não se toma em consideração
a beleza, mas antes a coerência formal e também a função “decorativa” do objeto como
elemento de interação emocional, porque a beleza considerada em si, pode definir
aquilo a que se chama estilo e transformar qualquer objeto dessa tendência apenas
porque é novo. Nessa sequência, tivemos num passado recente, o estilo aerodinâmico
não só nos aviões e automóveis, mas também nos puxadores dos móveis, nos carrinhos
de bebé e nas poltronas.
É, sem dúvida, compreensível que em todo o design tem que existir um projeto
que respeite uma estrutura desde o início ao fim. Organizar um projeto, por etapas,
racionaliza o desenvolvimento do mesmo, conseguindo orientar o controlo criativo. É
de primordial importância, na atividade do designer, a aplicação da Metodologia
Projetual, de forma a permitir um avanço gradual das fases do processo e constante
avaliação das mesmas, com vista ao sucesso do projeto. Não deverá dissociar-se da
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16
metodologia, duas questões consideradas suas auxiliares, sendo elas, a Antropometria e
Ergonomia.
De origem grega, a palavra Antropometria significa “medida do homem”,
reportando-se ao estudo e compreensão da variação das medidas físicas humanas,
desempenhando um papel importante no design, onde os dados estatísticos sobre as
dimensões do corpo na população, são utilizados para otimizar produtos. A Ergonomia é
a ciência de projetar produtos, máquinas e sistemas, com o objetivo de aumentar a
segurança, o conforto e eficiência dos utilizadores aplicando-se a qualquer tarefa física
humana.
É essencial para qualquer designer, ter este tipo de conhecimentos em relação à
ergonomia e antropometria. Conhecimento esse que, deverá ser sempre considerado,
durante o processo de conceção de qualquer produto, para que no resultado final se
obtenham equipamentos de fácil manuseamento, intuitivos e práticos, não causando
quaisquer possibilidades de lesão aos utilizadores.
Como ferramenta indispensável, em projeto de design, é a recolha de dados de
épocas anteriores para exemplos semelhantes, análise Diacrónica e a investigação sobre
soluções já existentes para problemas contemporâneos semelhantes, a análise
Sincrónica.
Considerada não menos importante é uma outra ferramenta que, com a ascensão
dos softwares de modelação 3D, cada vez mais designers chegam ao mercado de
trabalho sem fazerem uso dela, apesar de ser essencial para o seu sucesso: o esboço.
Muitos designers não dão importância a esta lacuna por acharem que não têm jeito para
desenhar. O poder do esboço não está em reproduzir fielmente o objeto, mas sim em ser
uma forma rápida de trabalhar ideias, explorar conceitos e comunicar facilmente frente
a frente com o cliente através de desenhos.
O primeiro passo de um projeto deve sempre passar pelo esboço.
Porém, esta ascensão do 3D veio trazer ferramentas de visualização que se
tornaram fundamentais na prática do design do produto. Através de renderizações
(imagens de modelos 3D geradas por computador), um designer de equipamento pode
reproduzir um objeto com um elevado grau de realidade, mostrando as suas dimensões,
as suas cores e materiais, bem como texturas e condições de iluminação.
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17
2.2. Trabalho desenvolvido
2.2.1. Introdução ao projeto
Para dar início ao meu estágio curricular, dei entrada na Câmara Municipal da
Guarda, no dia 10 de Setembro, dirigindo-me aos Recursos Humanos e daí fui
encaminhado para o DPUO, mais propriamente, na divisão de obra e no sector de
desenvolvimento de projetos, local onde o mesmo decorreu. Aí, fui recebido pelo chefe
de divisão e meu supervisor nesta instituição, o arquiteto Vítor Gama que muito
agradavelmente me acolheu e integrou na sua equipa de projetos, com o objetivo de
abordar novas ideias necessárias ao desenvolvimento de projetos urbanísticos e
consequentemente melhorar a qualidade de vida dos munícipes.
Assim sendo, a instituição espera que a área de Design de Equipamento dê o seu
contributo no sentido de dar nova roupagem a esses projetos.
Neste contexto, o supervisor apresentou uma sugestão de trabalho para eu
realizar ao longo das duzentas e oitenta horas de estágio, tratando-se de um projeto
(módulo multifuncional) exequível, tornando-se assim, segundo ele, mais interessante e
motivador para o estagiário desenvolver. O projeto proposto, além de se destinar a
múltiplas funções, deveria ser totalmente modular e sob a condição de ser desenvolvido
com materiais já comercializados no mercado. Prendendo-se esta condição, com o
limite monetário não devendo este exceder o valor máximo, destinado ao orçamento
para a construção, sendo o mesmo comparticipado pela CEE.
De seguida, o supervisor de estágio apresentou-me a um outro arquiteto, Nuno
Rolo Morais, por este se encontrar a desenvolver o projeto do edifício CTLG, onde os
módulos multifuncionais irão ser instalados e, como tal, poder-me-ia acompanhar
melhor neste trabalho, tirando-me eventuais dúvidas, sempre que estas surgissem.
A partir deste momento, foi-me cedido o anteprojeto do referido edifício em 2D,
realizado no programa Autocad da Autodesk e ainda me foi entregue o mesmo projeto
em 3D executado no programa Google Sketchup, conforme se entra no anexo 2, para
melhor percecionar o seu espaço.
Todo o trabalho inerente ao projeto do módulo em questão, foi executado por
mim, no meu computador portátil, dado entender que não seria correto, da minha parte,
proceder à instalação do programa Inventor Profissional 2012 da Autodesk num
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18
computador que além de pertencer a uma instituição pública, não dispõe de capacidade
suficiente para correr o referido programa.
O Inventor foi utilizado no desenho tridimensional, sendo todo o projeto nele
testado e modelado e ainda no desenho técnico bidimensional, no que se refere às
plantas, alçados, cortes, pormenores e suas legendas.
Quanto ao programa AutoCad 2D 2012, além de ter sido utilizado no desenho
experimental da forma, serviu também para verificar no projeto do CTLG, as medidas e
local onde vão ser instalados os módulos, dado o projeto do edifício ter sido realizado
no mesmo software.
Após o arquiteto responsável, pelo acompanhamento do meu estágio, me ter
enquadrado no projeto que eu iria desenvolver, fez referência ao local de instalação do
mesmo. Sendo este instalado no CTLG que, por sua vez, ir-se-á situar na Plataforma
Logística, localizada junto à povoação da Gata e com boa acessibilidade à entrada sul da
A23. Esta Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) ali implantada foi
implementada pela autarquia, em parceria com alguns empresários.
Trata-se de uma área destinada ao desenvolvimento e qualificação da atividade
industrial, onde irão existir, em simultâneo, uma área logística regional e ainda um
centro de serviços de apoio à atividade empresarial.
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19
2.2.2 Projeto do Módulo Multifuncional Metodologia utilizada
No desenvolvimento de todo o trabalho executado, ao longo do estágio, foi dada
importância à Metodologia Projetual, tendo esta norteado todo o processo de design que
acompanhou a integração dos módulos, no projeto desenvolvido.
O levantamento das necessidades foi feito conjuntamente com o arquiteto
responsável pelo projeto do edifício CTLG.
Dado ter sido a instituição a propor-me o projeto, senti a necessidade de partir
para a sua redefinição.
No sentido de se esclarecer alguns aspetos alusivos ao projeto e conhecer este,
mais pormenorizadamente, houve necessidade do recurso a várias sessões de «Briefing»
com o arquiteto. Num destes, foram definidos os requisitos essenciais a levar em
consideração no projeto, sendo eles:
Os módulos poderem ser utilizados individualmente ou unidos entre dois, três,
quatro ou mais;
Ter quatro portas de modo a facilitar a comunicação através deles, dado que, na
segunda fase de construção vão existir módulos sem terem acesso ao exterior, obrigando
assim a fazer o acesso através de outros módulos;
Privilegiar a entrada de luz;
Material leve e resistente;
Condições térmicas e acústicas;
Relação qualidade/preço.
Neste “Briefing” foi ainda abordada a questão dos pilares centrais de sustentação
do edifício que constituem a principal condicionante na implantação e dimensão dos
módulos. Dada a exigência do anteprojeto do CTLG pretender um determinado número
de módulos encaixados entre os pilares, limita assim as suas dimensões e acrescendo a
condição de deixar um determinado espaço entre os mesmos, para passagem da
componente técnica. Esta última exigência foi apresentada pelo arquiteto, de modo a
ocultar a passagem de tubos e cabos elétricos, sendo esta parte, posteriormente,
projetada pelos técnicos da área.
Limitando também o sucesso do projeto encontra-se, o fator monetário, não
devendo este exceder o valor máximo destinado ao orçamento do CTLG.
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20
A partir do reconhecimento do conceito de trabalho a desenvolver procedi,
através da internet, à investigação e recolha de dados contemporâneos e de épocas
diferentes para situações análogas. Esta análise sincrónica e diacrónica ajudou-me a
conhecer melhor os sistemas modulares existentes, utilizados na arquitetura e no design,
bem como alguns materiais. Apesar de ter feito uma vasta pesquisa, não encontrei um
projeto similar ao pretendido, seguidamente procedi à fase do esboço, passando por
diferentes fases ao encontro das melhores soluções, vendo-se algumas nas figuras 8 e 9.
Contribuindo a forma para o processo de comunicação estética e sob o ponto de
vista funcional, a forma geométrica que, inicialmente, esbocei foi baseada no 3D e na
planta que me foi cedida pela instituição e se encontra nos anexos.
Baseado na mesma forma, comecei por criar um modelo de junção destes
módulos. Então, surgiu-me a ideia de utilizar as oito peças que formam os cantos,
bastando para isso inverter o sentido das mesmas, como se poderá verificar nas figuras
10, 11 e 12.
Figura 9: Esboço procurando novas formas
Fonte: Elaboração Própria
Figura 12: União de módulos
Fonte: Elaboração Própria
Figura 11: Cantos
Fonte: Elaboração Própria
Figura 10: Módulo fechado
Fonte: Elaboração Própria
Figura 8: Esboço do estudo da forma
Fonte: Elaboração Própria
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21
Posteriormente, procedi à pesquisa, mais aprofundada, sobre materiais, a aplicar
nas paredes e no teto do módulo.
Após ter ponderado sobre diferentes materiais, cheguei à conclusão que seria
uma boa opção a utilização do policarbonato alveolar, dado este reunir as exigências
pré-estabelecidas.
O Policarbonato Alveolar é um polímero pertencente à classe dos
Termoplásticos. O material em causa é leve, facilitando assim a sua mobilidade; permite
uma boa passagem de luz por ser transparente como o vidro; proporciona boas
condições térmicas, permitindo economia energética e um isolamento acústico
considerável para um maior conforto; elevada resistência ao impacto; é resistente ao
calor, ao frio e à flexão; pode ser curvado a frio (com grande raio) e curvado a quente
(com o raio pretendido).
Com a utilização deste material, que se enquadra na reciclagem do plástico, no
Grupo 7 “Outros”, promove-se um Ecodesign, dada a sua reutilização e reciclagem,
eliminando assim a quantidade de substâncias nocivas, contribuindo para um melhor
ambiente. E ainda, devido à sua durabilidade, encontra-se apto para longos ciclos de
vida.
Tendo em atenção a mobilidade pretendida para a criação deste módulo,
considerei a fácil montagem e desmontagem das placas de policarbonato alveolar. Neste
sentido, fui seletivo na escolha dos encaixes.
Comecei por encontrar o modelo representado na figura 13, sendo este
inadequado para o efeito, visto criar um corte de passagem de luz e mostrando-se
inestético, apesar de ser resistente. Prossegui com a pesquisa e, de seguida, encontrei o
modelo da figura 14 que, depois de aplicado no projeto e visualizado exteriormente, me
pareceu ser razoável. No entanto, à semelhança do anterior, também este, interiormente,
faz o corte da passagem de luz tornando-se desagradável visualmente.
Passando ao modelo da figura 15, à primeira vista, pareceu ser o ideal, não
encontrando nele os inconvenientes dos modelos anteriores, excetuando o encaixe que
pareceu pouco seguro. Cheguei até ao último modelo, representado na figura 16. Dado
este apresentar as características pretendidas e anular os aspetos menos positivos dos
outros, foi o escolhido.
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22
Seguidamente, fiz uma investigação a nível de empresas que fornecem este
modelo selecionado, pedindo-lhes orçamentos e mais detalhes sobre as suas
características, como sendo, a espessura, largura, comprimento, percentagem da
transmissão de luz, cores, desenho técnico do perfil, entre outros.
Estabeleci vários contatos telefónicos e via correio eletrónico, com diversas
empresas portuguesas e espanholas, tendo, entre elas, optado pela Bevelop instalada na
Ericeira. Dialoguei, telefonicamente, com um vendedor da referida empresa que, de
imediato, se disponibilizou, juntamente com um técnico, a deslocar-se à CMG em
3/10/2012, a fim de proceder à apresentação de materiais e suas aplicações, deixando
amostras de alguns deles para melhor contacto com os mesmos.
Enquanto aguardei pela vinda dos elementos daquela empresa, fui esboçando,
através das ferramentas CAD, novas propostas da forma das paredes do módulo, como
consta nas figuras 17 e 19, baseando-me nas placas da marca Seplux, fornecidas pela
empresa referida, com largura de 333,3 mm. Apresentei as várias soluções ao arquiteto,
tendo ele optado pela da figura 19, que tem paredes duplas, com a função de ocultar a
estrutura e melhorar as condições térmicas e acústicas. Ambas as paredes utilizam
placas de 333,3 mm, apenas diferindo na espessura, sendo a exterior de 20 mm e a
interior de 16 mm, os cantos têm forma arredondada. O arquiteto aprovou esta forma,
pela sua simplicidade, facilitando a mobilidade do módulo e melhorando o
Figura 13: Sistema variável de encaixe
Fonte: www.cimianto.pt Figura 14: Sistema universal de união
Fonte: www.la-aluminios.com
Figura 16: Encaixe arredondado macho/fêmea
Fonte: www.cimianto.pt
Figura 15: Encaixe reto de macho/fêmea
Fonte: www.sepitalia.com
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23
aproveitamento de área. Ao invés da apresentada na figura 17 que, apesar de mostrar
maior criatividade, achou que a mesma tinha como inconveniente a redução de área e
maior dificuldade em se acoplar a outros módulos. Após a seleção, passei-a do esboço
para a modelação em 3D, a fim de se obter uma melhor perceção da realidade, como
pode ser visualizada na figura 21.
Figura 21: Modelação em 3D com paredes duplas
Fonte: Elaboração própria
Figura 20: Esboço dos módulos em volta do pilar estrutural
Fonte: Elaboração Própria
Figura 19: Esboço do módulo com duas paredes
Fonte: Elaboração própria
Figura 18: Esboço com dois módulos Unidos
Fonte: Elaboração própria
Figura 17: Esboço da Forma
Fonte: Elaboração própria
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24
Entretanto, chegou o dia da reunião presidida pelos elementos representantes da
empresa Bevelop. Nela, estiveram também presentes o supervisor do meu estágio, o
arquiteto autor do CTLG, o diretor do Departamento de Manutenção e Otimização de
Equipamentos (DMOE), uma estagiária do curso de arquitetura e eu. Iniciou-se esta
reunião, com a apresentação de algumas amostras de placas de policarbonato alveolar
da marca Seplux, anteriormente referida, com espessuras e tonalidades diferentes, como
mostram as figuras 22 e 23. Este modelo de placas corresponde precisamente ao
utilizado nos esboços anteriores.
No decorrer da apresentação, surgiu a dúvida ao arquiteto Nuno Morais, ao
supervisor e a mim, quanto à possibilidade de criar na placa, um ângulo de 90º com um
raio de 193 mm. Passou-se à experimentação, como forma de verificação da hipótese.
Tentou fazer-se uma curvatura a frio, mas sem êxito, dado as placas possuírem pouca
largura, não atingindo assim o raio de curvatura necessário, para esta operação. Perante
este facto, eu propus ao vendedor, a possibilidade de se fazer cortes na placa, por ter já
utilizado esta técnica, na cadeira de maquetagem, para fazer curvaturas no cartão pluma.
Através de dois cortes, formou-se um ângulo de 90º, neste material.
Esta é uma solução, no entanto, tem alguns inconvenientes: a perda significativa
de resistência; mau aspeto visual; possível entrada de resíduos, através dos cortes;
excesso de maleabilidade.
Figura 23: Encaixe
Fonte: Própria.
Figura 22: Perfis de diferentes Policarbonatos Alveolares
Fonte: Própria.
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25
Não realizado com esta solução, pensei na execução da curvatura a quente,
com o intuito de colmatar as lacunas encontradas.
Mostrei aos elementos da empresa, a figura 27, onde é visualizada uma
curvatura feita neste material. Esta fotografia é um exemplo da aplicação deste material,
fornecido e aplicado pela conceituada empresa Sepitalia.
Após esta visualização, a curvatura a quente foi considerada viável.
Figura 25: Ângulo de 90º
Fonte: Própria
Figura 24: Corte experimental
Fonte: Própria
Figura 26: Curva experimental
Fonte: Própria
Figura 27: Curva em placa Seplux
Fonte: www.sepitalia.com
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26
Posteriormente, também nos foram apresentados alguns acessórios para este
material, assim como soluções de fixação possíveis de utilização neste projeto. Foi-nos
ainda apresentado, um catálogo da marca Danpalon sobre policarbonato e suas
aplicações.
De seguida, testámos, manualmente, a resistência dos materiais, mais
propriamente a sua reação à força exercida pelo homem, bem como a fixação do
encaixe.
Também nos foram apresentadas pequenas amostras de placas de policarbonato
alveolar e amostras de cores, encaixe das mesmas, peça para fixação e calha em
alumínio, sendo tudo isto da marca Danpalon.
Procedeu-se à negociação de preços, aguardando uma resposta.
Tive a oportunidade de apresentar o projeto, ainda em curso, de modo a que o
vendedor e o técnico, se pronunciassem sobre a sua viabilidade, tendo obtido uma
resposta favorável.
Figura 30: Amostra de cores
Fonte: Própria
Figura 29: Policarbonato e fixador
Fonte: Própria
Figura 28: Policarbonato e acessórios
Fonte: Própria
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Numa última abordagem e fora do contexto do projeto, mostraram-nos algumas
soluções de impermeabilizações, dado também estar presente o diretor do DMOE,
interessado por esta área. É de considerar estas soluções uma mais-valia em matéria de
construção e reparação de obras. Ainda neste âmbito de infiltrações foi apresentada uma
novidade em Portugal. Trata-se de um produto alemão, aplicado numa superfície de
parede limpa e seca, denominado de “penso” que vem dentro de uma cápsula
juntamente com um par de luvas, sendo também este produto, no nosso país, uma
exclusividade desta empresa, garantindo uma durabilidade por um período de dez anos.
Estrutura e Prumos
Após a apresentação e exemplificação da aplicação dos materiais, por parte dos
dois representastes da empresa, cheguei à conclusão que seria necessária a existência de
uma estrutura metálica, como suporte do policarbonato. Então, resolvi fazer esboços de
algumas possíveis formas de estruturas, preocupando-me com a segurança e a
resistência, dentro de uma linha simples e discreta, cortando o menos possível a entrada
de luz.
Entretanto, o arquiteto ao observar estes esboços, sugeriu que fizesse a
estrutura em cantoneira, com uma forma assumida, de modo a enquadrar-se mais no seu
estilo pessoal, estando este muito presente no CTLG. Dentro desse género, ele
aconselhou-me a fazer uma pesquisa sobre modelo de estruturas, nomeadamente, a
utilizada no Spinpark de Braga, podendo ser visualizada na figura 32.
Figura 31: Esboços de estruturas com encaixe rápido e pilar ajustável.
Fonte: Elaboração Própria
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A partir daí, envidei todos os meus esforços, no sentido de dar cumprimento ao
modelo/estilo sugerido.
No respeitante à cantoneira, decidi excluí-la por tê-la achado pesada e inestética,
dando lugar a um tubo quadrado, em aço de uso geral, dado este ter um perfil bastante
mais leve e criar outro impacto visual.
Inicialmente, surgiu-me a ideia de colocar em cada parede, três peças
retangulares, construídas em tubo metálico, como se pode observar na figura 33. As
mesmas serviram de estrutura e funcionaram como apoio do policarbonato,
minimizando o corte de luz e não descurando demasiado a minha ideia de estética.
Figura 33: Esboço de estrutura retangular
Fonte: Elaboração Própria
Figura 32: Estrutura do Spinpark.
Fonte: www.topboxdesign.com
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Ao nível de estrutura metálica seria o suficiente para sustentar o policarbonato e
seus acessórios, portas e sistemas de apoio. No entanto, para ir ao encontro do estilo do
arquiteto, este mais uma vez sugeriu que procurasse assemelhar mais à construção que
anteriormente deu como referência, ou seja, estrutura do Spinpark de Braga. Para se
conseguir essa semelhança, ficando o tubo bem realçado, optei por dar a forma de dois
“X” a cada uma das peças metálicas laterais, ficando estas mais evidenciadas. A
estrutura central, em função da sua pequena dimensão e simplicidade, foi concebida em
forma de “X”, conforme ilustração da figura34.
Devido às limitações monetárias e conciliando com o estilo preferencial do
arquiteto, decidi retirar a parede interior em policarbonato alveolar de 16 mm de
espessura e colocar apenas a parede exterior, ficando assim em destaque a estrutura.
Segundo a opinião dos técnicos da Bevelop, uma parede de 20 mm de espessura,
será o suficiente em termos térmicos, acústicos e de resistência, visto estar instalado
num espaço interior.
Foi necessária a criação de quatro prumos estruturais, servindo os mesmos de
sustentabilidade a toda a estrutura do módulo. Esses prumos foram projetados, segundo
as necessidades, em dois tubos circulares, em aço de uso geral, trabalhando um dentro
do outro, levando o que trabalha interiormente furos de 11 mm de diâmetro com
espaçamento 75 mm entre eles, de modo a fazer um ajustamento ao teto, segundo a sua
Figura 34: Estrutura
Fonte: Elaboração Própria
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altura e inclinação. Devido a esta inclinação, criei na parte superior do tubo uma peça
ajustável de apoio e fixação.
Relativamente ao tubo exterior, houve necessidade de lhe aplicar na sua
extremidade inferior, um perno como adjuvante da sua fixação na base e na parte
superior um tubo roscado no qual vai trabalhar uma porca roscada, que por sua vez
possui um varão móvel, onde vai ser exercida força, de modo a facilitar um perfeito
ajuste ao teto. Essa porca tem também um furo, no sentido oposto ao do varão móvel,
servindo, sempre que necessário, à introdução de um varão, para ajudar a dar um aperto
mais forte e eficaz, podendo o sistema ser visualizado na figura 35. Nesse sistema de
aperto, apliquei uma peça em varão de 10 mm que facilmente é introduzida ou retirada
do furo, o que lhe adiciona a particularidade de ajustamento rápido e bloqueio,
permanecendo no local, devido à sua forma, sempre que esteja em fase de repouso.
Seguidamente, passei à fase de montagem da estrutura, sendo necessária a
criação de umas peças.
Ao criar este sistema, inspirei-me no mecanismo de uma trotinete, tendo nele
verificado o seu eficaz e rápido funcionamento, apresentado na figura 38.
As peças que projetei são em tubo quadrado, de aço de uso geral com 30 x 30 x
2 mm, as quais vão permitir a junção das várias peças que constituem a estrutura, como
mostra a figura 39. Estas peças permitem a estabilização e a fixação que é feita através
de molas com ponta esférica, de forma a fazer o acoplamento entre as várias peças,
permitindo este sistema uma fácil montagem e desmontagem. De modo a executar esta
operação, apenas é necessário pressionar a esfera.
Figura 37: Ajustamento à
inclinação
Fonte: Elaboração Própria
Figura 36: Sistema de elevação
(em posição de trabalho)
Fonte: Elaboração Própria
Figura 35: Sistema de elevação
(em posição de repouso)
Fonte: Elaboração Própria
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Às peças que vão formar os cantos, foram-lhes soldadas chapas de 5 mm de
espessura, para que elas se possam fixar aos prumos, através de um furo, dando assim
estabilidade ao módulo. Cada uma destas peças tem ainda a função de fazer a junção
entre duas paredes, tendo o seu estudo sido baseado na posterior ligação entre módulos,
sempre que necessário. A peça em questão, tem a forma arredondada, de modo a fazer o
acompanhamento do ângulo de curvatura que criei nos cantos de policarbonato,
conduzindo a uma economia de espaço e privilegiando a estética.
Em relação ao tubo que escolhi para a estrutura é quadrado, em aço de uso geral,
não havendo necessidade de um outro material de preço superior, visto a sua aplicação
ser num espaço interior não sujeito às intempéries. Contudo, este material vai ser sujeito
a um tratamento anti corrosão, levando um revestimento primário e de seguida pintado
de preto fosco.
No caso dos prumos, será aplicado tubo redondo também este em aço de uso
geral, mas vai ser polido e protegido com verniz para metais, a fim de evitar a oxidação.
A tonalidade polida tem como finalidade, criar um alto contraste com o preto fosco da
estrutura.
Montagem do Policarbonato
Após a montagem da estrutura metálica, parti para a do policarbonato. Tendo
este que ser colocado em duas calhas, uma denominada de perfil inferior e a outra de
superior, dado as dimensões e funções serem diferentes. Optei por a calha Seplux para
Figura 38: Encaixe rápido da trotinete
Fonte: Própria
Figura 39: Encaixe rápido na estrutura
Fonte: Elaboração Própria
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policarbonato alveolar de 20 mm, porque tem a particularidade de ter um vedante em
borracha que permite melhor vedação térmica e acústica. E ainda possuir uma aba para
melhor fixação mecânica e a inferior possuir duas abas interiores, que por sua vez, irão
impedir que o policarbonato toque na parte inferior da calha. Torna-se necessário que
estas calhas sejam fixadas à estrutura metálica. Para tal, foram utilizados os «rebites
pop» para a calha inferior, em virtude de esta ser aplicada na face inferior da estrutura e
existir um espaço reduzido entre a estrutura e a base de betão. Em relação à calha
superior, utilizei parafusos com rosca de chapa.
Estas calhas fazem curvaturas no sítio dos cantos do módulo, de forma a
acompanhar o policarbonato, bem como a peça da estrutura que forma os cantos.
Projetei alguns cortes nestas calhas, de modo a conseguir encaixá-las nas formas
pretendidas.
Estando as calhas colocadas, chegou a altura da aplicação do policarbonato. Mas
antes desta aplicação deverá ser colocada uma fita de alumínio nas duas extremidades
de cada peça do policarbonato, para assim evitar a entrada de resíduos.
Decidi colocar uma “Grapa Seplux” ao centro de cada placa de policarbonato,
para uma melhor fixação à estrutura, sendo aparafusada à barra central da mesma. Esta
peça é colocada no encaixe “macho” devendo ser aplicada antes de encaixar a segunda
peça e assim sucessivamente.
Figura 40: Acompanhamento de curvaturas (estrutura, policarbonato e calha)
Fonte: Elaboração Própria
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33
Teto e seus Componentes
Relativamente ao teto, optei pelas placas Danpalon “DP16 Multicell”, de 16 mm
de espessura por 60 cm de largura, por ter gostado do seu perfil, parecendo-me
oferecerem resistência, com pequeno ângulo de oscilação. O seu encaixe pareceu-me
também bastante resistente, devido ao sistema de união através do “U-2 Connector”,
encontrando-se estes equipamentos representados nas figuras anteriores 28 e 29.
Para a obtenção de melhores níveis de transmissão de luz, escolhi o tom “clear”
(transparente).
Todas as placas devem ser fechadas nas duas extremidades com fita de alumínio,
tal como o “U-2 Connector” com a peça “End cap for “U-2” conector”.
Para fixação das placas optei pela calha “Aluminum UDP”, as quais vão ser
fixadas, através de parafusos de chapa, a cantoneiras de abas iguais 20 x 3 mm. Esta
cantoneira tem a particularidade de permitir retirar, faseadamente, o teto ou as paredes
laterais.
Figura 41: Aplicação da “Grapa Seplux”
Fonte: Elaboração Própria
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No teto surgiu o problema dos cantos, devido à passagem dos prumos. Para
solucionar este problema criei uma peça para cada canto, tendo utilizado um perfil “H”
também em policarbonato, onde fiz os cortes adequados de modo a encaixar
corretamente nesta situação, de maneira a não haver perdas térmicas e acústicas, como
mostra a figura 43.
Como forma de evitar possíveis oscilações e suporte de teto, quando retiradas as
paredes centrais, para unir os módulos, resolvi suspender o teto, através de cinco cabos
de aço, distribuídos em pontos estratégicos fixados à cobertura do CTLG. Utilizei os
seguintes acessórios para os cabos de aço: manilha (para fixação ao teto do CTLG);
manilha em barra metálica, por mim projetada devido à inexistência no mercado com as
Figura 43: Encaixes dos cantos em policarbonato
Fonte: Elaboração Própria
Figura 42: Cantoneira para a fixação das calhas
Fonte: Elaboração Própria
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35
dimensões pretendidas (indo esta fixar ao “U-2 Connector”); esticador (permite este um
melhor ajustamento de folgas); argola para cabo de aço; cerra juntas; mosquetão (este
faz a ligação entre a manilha projetada e o esticador).
Optei por colocar um cabo de aço no ponto central do módulo, sendo este fixado
a uma placa de policarbonato compacto de 10mm de espessura, que irá proporcionar o
seu aperto e a entrada do cabo. A placa dará um bom suporte ao teto devido às suas
dimensões, a mesma poderá ser utilizada também, como base para fixação de armadura
de iluminação, apresentada na figura 44.
Figura 47: Sistema de sustentação aplicado em 4
pontos do módulo (pormenor)
Fonte: Elaboração Própria
Figura 45: Conjunto de mosquetão, esticador,
cerra juntas, cabo de aço
Fonte: Elaboração Própria
Figura 44: Sistema de sustentação central
Fonte: Elaboração Própria
Figura 46: Sistema de sustentação aplicado em 4
pontos do módulo
Fonte: Elaboração Própria
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Porta e seus componentes
Relativamente à porta, o arquiteto sugeriu que fosse de abrir, para melhor
vedação. De seguida, analisei a situação e verifiquei que esta hipótese iria retirar muito
espaço, além de poder tornar-se agressivo, aquando da passagem entre módulos, dado
cada um destes, possuir quatro portas.
Como solução mais viável, para este caso, propus-me criar o modelo de porta de
correr, ainda que este conduza a pequenas perdas de temperatura e comprometa o
espaço a nível de som. No sentido de minimizar esta situação, utilizei vedantes de
pelúcia em torno do vão da porta, conforme a figura 48.
Em contrapartida, a porta de correr melhora substancialmente a nível de
acessibilidades. Neste âmbito, é de considerar a imposição ergonómica, visando esta
garantir a segurança, comodidade e facilidade de utilização a todos os utilizadores com
necessidades especiais que acedam ao seu interior e tirem partido deste.
A estrutura da porta levará um aro em madeira maciça com 30 x 30 mm, sendo
preenchido o seu interior com cartão favado, ajudando assim a evitar o empeno.
Novamente, procedi a uma pesquisa sobre materiais a aplicar nas duas faces
exteriores, numa análise sincrónica, fiquei em dúvida entre a cortiça, o “Bulletin Board”
da marca Forbo, o “Filme Policarbonato 3D” e o OSB. A cortiça devido não só ao seu
elevado nível acústico, como também pelo contraste de textura e cor na composição
com o policarbonato. O “Bulletin Board” da marca Forbo por ter gostado da sua textura
e cor, além da sua funcionalidade, é um revestimento em linoleum, sendo ideal para
painéis de afixação, podendo ser útil para informação complementar ao módulo. Não
Figura 49: Vedante de pelúcia
Fonte: www.batista-gomes.pt
Figura 48: Vedante de pelúcia aplicado na porta
Fonte: Elaboração Própria
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37
optei por estes materiais devido ao seu preço elevado. Em relação ao “Filme
Policarbonato 3D”, este é um material cinético 3D, formado por multi-lentes, com
espetaculares efeitos de relevo, mas tem como desvantagem, na aplicação da porta, o
facto de ser demasiado maleável.
Por fim, decidi-me pelo OSB, um material composto por pequenas lascas de
madeira orientadas, segundo uma determinada direção. Essas partículas de madeira
depois de revestidas com cola, são dispostas em camadas, permitindo aumentar assim a
resistência do painel.
Considerando-se algumas das suas vantagens: resistência à deformação, à rutura;
excelente relação entre resistência e peso; fácil utilização, podendo ser facilmente
serrado, furado, aplainado, lixado, pregado, cravado ou aparafusado junto ao bordo sem
rachar; facilmente colado e pintado; tem baixo custo.
Para além de todas estas particularidades, no seu processo de fabrico, não são
utilizadas árvores adultas como matéria-prima. Sendo esta proveniente de florestas
Figura 53: OSB pintado de vermelho;
Fonte: http://typegregory.blogspot.pt
Figura 51: “Bulletin Board” da Forbo
Fonte: www.forbo-flooring.com.pt
Figura 50: Cortiça
Fonte: www.zazzle.pt
Figura 52: “Filme Policarbonato 3D” utilizado em
abajures de candeeiros
Fonte: www.mitera.pt
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geridas de forma sustentável e o material ser totalmente reciclável indo assim
influenciar o tipo de resíduos gerados e conduzindo a um impacto ambiental reduzido.
Não menos importante é a sua durabilidade, alongando o seu ciclo de vida.
Com a finalidade de dar outro acabamento e resistência à porta, ir-lhe-á ser
aplicado um aro de perfil “U” em aço Inox com 2 mm de espessura.
No respeitante à fechadura escolhi a “JNF IN.20.922”, devido a esta possuir um
gancho totalmente recolhível na posição de aberta, não ferindo assim os utilizadores,
sendo a mesma, visível, na figura 55. Tive em linha de conta, o espaço que vai da testa
ao centro da entrada do cilindro. Optei pelo modelo de fechadura de maior distância que
o fabricante apresenta no mercado, devido à acessibilidade, respeitando às distâncias
(normas) atuais em vigor.
Em relação ao cilindro preferi o “JNF IN.19.520.1B”, visto tratar-se de um perfil
europeu com botão pelo lado interior (sistema de bloqueamento manual) e chave pelo
exterior.
Figura 55: Fechadura JNF IN.20.922
Fonte: www.mabalgarve.net
Figura 54: Fechadura
Fonte: Elaboração Própria
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Dado a porta ter 40 mm de espessura e o cilindro 60 mm de comprimento, iriam
ficar 10 mm de cada lado do cilindro, para fora da porta, o que ficaria inestético.
Pretendendo dar um melhor acabamento em torno do cilindro, utilizei o espelho
“JNF IN.04.36O Y10M”. Este espelho como tem 10 mm de espessura permitiu fazer um
melhor remate ao cilindro ficando este nivelado com o espelho. As suas dimensões são
as seguintes: 72 mm comprimento, 32 mm largura e 10 mm de espessura.
Figura 58: Espelho
Fonte: Elaboração Própria
Figura 59: Espelho “JNF IN.04.36O Y10M”
Fonte: www.jnf.pt
Figura 57: Cilindro “JNF IN.19.520.1B”
Fonte: www.gosimat.pt/
Figura 56: Cilindro para fechadura
Fonte: Elaboração Própria
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40
Para sustentação da porta, escolhi o sistema de calha “Geze Rollan 80”,
conforme a figura 60, conjunto que inclui: calha, rodízios, batentes e guia. O mesmo,
suporta portas até 80kg, podendo ser aplicado no teto ou na parede.
Cheguei à conclusão que, seria mais vantajoso utilizar este sistema, dado o
mesmo ter um preço acessível e preencher os requisitos qualidade/preço. Este vai
satisfazer as necessidades visto ter optado por uma porta não muito pesada, logo isso
não obriga a um sistema muito complexo e, por isso, mais fácil encontrar no mercado a
preços mais acessíveis, apesar de ser um bom e fiável sistema, tanto a nível de calha
como de roletes, peças de travamento e as de suporte da porta.
Quanto aos suportes de fixação da calha, surgiu um problema, devido à porta ter
mais espessura que a calha. Os apoios que trás de origem são destinados a portas com
menos espessura, fazendo com que a calha toque na base de fixação. Esta calha tem
31,2 mm de espessura e a porta que projetei tem 44 mm de espessura, podendo as
mesmas serem consultadas nos anexos 4 e 9.
Confrontando-me com este problema, expu-lo ao arquiteto, dando-lhe duas
possíveis soluções para o resolver: utilizar placas de OSB e de Cartão Favado com
menos espessura, a fim de reduzir a espessura da totalidade da porta, tendo como
inconveniente diminuir algumas qualidades, ou utilizar cantoneiras com abas maiores
para afastar mais a calha da estrutura e assim haver espaço disponível para o
funcionamento da porta.
Tendo sido a segunda hipótese a sua opção e, para ir ao seu encontro, consultei
algumas tabelas de cantoneiras, optando pela de abas iguais com 40 x 4 mm, podendo a
tabela ser consultada, no anexo 5. De seguida, coloquei-as, estrategicamente, pela calha
Figura 60: Sistema de calha
Fonte: Elaboração Própria
Figura 61: Sistema “Geze Rollan 80”
Fonte: http://carvalhobatista.pt
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41
de forma a fixá-la em pontos disponíveis na estrutura. Como forma de fixação a esta,
utilizei parafusos M8 com 47 mm de cumprimento. Estes têm como limite esta medida,
dada a falta de espaço disponível e o parafuso juntamente com a porca M8 auto-frenante
(impede a sua movimentação acidental), ao atravessar a estrutura poderá ferir o
policarbonato.
Para acionar o deslocamento da porta utilizei um par de asas “Bestloque
C2209/19 x 200" em aço inox satinado com 19 mm diâmetro e 200 mm altura.
A escolha deste equipamento, neste material, deve-se ao facto de ele ser
resistente à oxidação, para além de ter uma aparência higiénica, com facilidade de
limpeza e um forte apelo visual, com o seu ar de leveza e de modernidade.
Para uma melhor interação entre o utilizador e este equipamento, no aspeto da
acessibilidade e manuseamento, fiz uma investigação sobre medidas básicas a aplicar.
Procurei cumprir as medidas antropométricas, para que o equipamento se adaptasse à
sua função.
Figura 62: Cantoneira, estrutura, parafuso e policarbonato
Fonte: Elaboração Própria
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42
Rede
Dado o projetista ter idealizado para o CTLG, tetos falsos de rede, achei que
deveria usá-la também, de modo a fazer a ligação entre o teto do módulo e o teto falso
do edifício que fica a cerca de 4 m de altura.
Depois de ter feito uma vasta pesquisa, cheguei à rede eletrosoldada,
quadriculada e galvanizada, com quadriculas 25x25 mm, arame de 1,75 mm de
espessura e 1 m de altura. Ela é fornecida em rolos de 25 m de comprimento.
A rede irá ser aplicada na parte superior do módulo, acima do teto, fazendo a
mesma o contorno dos quatro prumos aos quais vai ser fixada através de abraçadeiras de
serrilha, utilizando 20 m de comprimento em cada módulo.
Tendo esta rede agradado ao arquiteto ele decidiu utilizá-la em todo o teto falso
do edifício, havendo assim uma linguagem mais uniforme.
Figura 64: Par de asas “Bestloque C2209”
Fonte:www.mabalgarve.net
Figura 63: Par de asas
Fonte: Elaboração Própria
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43
União entre módulos
No sentido de proceder à união entre módulos é necessário começar por
desmontar todos os componentes que constituem as paredes dos módulos a unir.
De modo a alcançar este objetivo, fiz o seguinte:
para a união das peças que formam os cantos estruturais, projetei uma outra,
também em tubo quadrado, em aço de uso geral com 35 x 35 x 2 mm;
para a união das placas em policarbonato alveolar que formam as paredes,
utilizei placas de 20 mm de espessura e 333,3 mm de largura iguais às restantes, na qual
projetei dois ângulos de 90º que vai permitir fazer a ligação através do encaixe
macho/fêmea, visível na figura 64;
para unir o teto, vai ser utilizada uma placa de policarbonato alveolar de 16
mm de espessura, a qual vai ser unida às restantes, através dos perfis “H” feito do
mesmo material;
para a ligação das calhas de suporte do policarbonato, entre os cantos, foram
aplicadas outras do mesmo modelo, tendo o modo de fixação sido igual ao anterior.
Pensando na estética, tentei fazer com que estas peças de união fossem uma
continuidade do módulo e assim se integrassem na mesma linguagem.
Figura 66: Rolo de rede
eletrosoldada
Fonte:.www.hilarioalves.com
Figura 65: Rede aplicada no módulo
Fonte: Elaboração própria
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44
Condicionantes à realização do projeto
Dado o edifício CTLG assumir uma vocação multifuncional, consequentemente
a projeção deste módulo destina-se a diferentes valências.
No desenvolvimento deste projeto tentei associar a qualidade ao preço, com
vista a enquadrar-se dentro dos parâmetros orçamentais previstos. No entanto, deparei
com alguns condicionalismos, para além do económico que limitou a escolha de outros
materiais, houve ainda a nível de estética. Gostaria de ter feito uma maior composição
de cores, utilizando policarbonato colorido. Mas, na eventualidade de o utilizador
necessitar permanecer no módulo, por um longo período de tempo, irá prejudicar a
visão devido à reflexão de cor, aquando da penetração da luz. Pensei também numa
iluminação com LEDs que oferece longa vida útil, baixos consumos e alta eficiência
energética, para além do efeito visual pretendido. Na impossibilidade da utilização do
policarbonato colorido, seria uma boa aposta, em termos de inovação e estética a
aplicação deste tipo de iluminação. A sua luz iria ser projetada na parte exterior do
módulo, dando-lhe cor, luz e efeito, mas devido ao seu elevado preço, não foi aplicado.
Figura 68: União entre três módulos
Fonte: Elaboração Própria
Figura 67: Policarbonato Alveolar de
ligação
Fonte: Elaboração Própria
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45
Considerações finais do projeto
Os princípios funcionais, de segurança e estéticos foram claramente tidos em
conta, pelo que procurei conciliar todos eles de modo a obter um resultado positivo,
coerente, abordando sempre a necessidade do Design.
Com este projeto pretendi privilegiar tanto a estética como a funcionalidade,
dando a possibilidade do utilizador adequar, consoante a funcionalidade pretendida, ou
necessária, o módulo.
Como objetivo adicional podem estes módulos funcionar independentemente, ou
serem acoplados, dado terem a particularidade, no caso de se pretender um espaço mais
amplo, de se juntarem (um, dois, três ou mais módulos).
A solução final que apresentei para o problema, relativo ao trabalho de estágio,
proposto pelo meu supervisor arquiteto Vítor Gama, encontra-se nas figuras 69, 70, 71,
72 e com mais detalhes nos anexos 8 e 9.
Figura 70: Três módulos acoplados (vista interior)
Fonte: Elaboração própria
Figura 69: Módulo (vista interior)
Fonte: Elaboração própria
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Figura 72: Acoplação entre módulos
Fonte: Elaboração própria
Figura 71: Módulo (vista exterior)
Fonte: Elaboração própria
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47
Conclusão
Este documento é o testemunho de uma experiência obtida durante a realização
deste estágio, que se torna indispensável à consolidação das aprendizagens adquiridas
durante o curso. Sem dúvida, que a grande parte desses conhecimentos teóricos tiveram
bastante utilidade, ao longo destes dois meses. Não passando essa importância apenas
por validar as competências académicas, mas também tem que ser vista como uma
ponte entre o ensino e o mercado de trabalho. Embora esta experiência tenha sido uma
proximidade com a realidade, sei que ainda há um longo percurso a percorrer neste
sentido.
De acordo com toda a atividade exercida, neste período, a mesma foi avaliada de
maneira metódica e cuidadosa, baseada em estudos, em pesquisas, respeitando os
princípios básicos, o conceito e a necessidade de Design na vida quotidiana do ser
humano. Para mim, este estágio tornou-se uma experiência bastante positiva, na medida
em que nele reforcei os conhecimentos estudados, associando-os às tecnologias, no
desenvolvimento de um projeto diferente, onde não só na área estudada como noutras
alarguei os meus horizontes.
Tive a perceção do quanto é importante ter cuidado com todas as questões
ligadas ao mecanismo, funcionalidade, segurança, conciliando com a estética, sendo
esta privilegiada.
No entanto, ao longo deste tempo, algumas dificuldades apareceram, mas com o
contributo do arquiteto que acompanhou o meu estágio, com quem facilmente me
adaptei e identifiquei com a sua forma de trabalho, consegui transpô-las.
Espero que o meu trabalho tenha correspondido ao grau de exigência pretendido,
que venha a ser aplicado e que, de alguma forma, consiga atingir os resultados de
rentabilidade pretendidos, mesmo com todas as limitações inerentes, adversidades e
circunstâncias.
Em jeito de reflexão, considero muito gratificante, a realização deste projeto,
neste departamento desta instituição, com colaboradores disponíveis que me trouxeram
inúmeras vantagens, ao nível profissional.
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
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A
ANEXOS
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B
Porta da Erva
Fonte: http://img.geocaching.com
Porta d'El Rei
Fonte: http://upload.wikimedia.org
Torre de Menagem
Fonte: http://www.mun-guarda.pt
Antigo edifício dos Paços do Concelho
Fonte: http://upload.wikimedia.org
Sé Catedral (vista traseira)
Fonte:.http://www.turismo.guarda.pt
Sé Catedral (vista fontal)
Fonte: http://www.skyscrapercity.com
Torre dos Ferreiros
Fonte: http://mw2.google.com
Igreja da Misericórdia
Fonte: http://upload.wikimedia.org
Solar dos Alarcão
Fonte:.http://upload.wikimedia.org
Sé Catedral (vista aérea)
Fonte: Saraiva, A. e Jorge, F., Guarda Vista do
Céu; 2009
Capela do Mileu
Fonte: www.cise.pt
Anexo 1 – Enquadramento Histórico e Arquitetónico da Guarda
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C
Vista de Sudoeste. Escadas de Emergência
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Vista de Noroeste. Entrada
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Escadas de emergência. Platibanda de proteção/reflexão solar.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Vista de sudeste. Escadas de emergência. Saídas do auditório.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Vista geral desde a entrada.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Anexo 2 – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda
Vista geral.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
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D
Rampa de acesso ao piso 1.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Módulos em cima e auditório em baixo
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Chegada ao piso 1. Cafetaria à vista.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Vista da cafetaria para o pátio descoberto interno.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Pátio descoberto com Bétulas
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Auditório ao fundo.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Cafetaria
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
Módulos e casa de banho.
Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais
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E
Anexo 3 – Informações complementares do Policarbonato
Precauções
Apesar do Policarbonato ser muito mais leve que o vidro as estruturas devem ser
dimensionadas para o efeito do vento, que é muito maior que o peso próprio das
estruturas com policarbonato ou com vidro.
Não usar elementos de limpeza abrasivos ou altamente alcalinos, como por
exemplo: saponáceos ou limpadores a base de amoníaco.
Não usar Butilo Celusolo nem Isopropanol na superfície protetora do
Policarbonato.
Não lavar as chapas de Policarbonato sob sol forte ou temperatura elevada.
Não aplicar esforços físicos nas estruturas e chapas sem orientação prévia.
Manuseamento
As chapas de policarbonato podem ser cortadas e furadas. Recomendamos serras
de fita ou circulares e brocas fabricadas de aço carbono.
Para as operações de corte e furação, as chapas devem estar bem fixadas em
bancadas de trabalho, para que se evitem riscos.
É importante que ao final da operação de corte as extremidades das chapas sejam
levemente arredondadas, evitando o acúmulo de tensões residuais.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/plasticos/policarbonato.php
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F
Anexo 4 – Especificações do sistema utilizado para a porta de correr
Dimensões do Sistema
Fonte: http://joker.od.ua/systems/images/geze/Rollan03.gif
Dimensões do Sistema
Fonte: http://pe4.hmcdn.de/media/2012/12/10/item/19/95/24/53/1/item_L_199524531_351273051.jpg
Acessórios do Sistema “Geze Rollan 80”
Fonte: http://www.beschlagsfachhandel.de/images/produkte/i12/121-rollan-80kg.jpg
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G
Anexo 5 – Tabela de Cantoneiras
Consultei a seguinte tabela não só para selecionar a cantoneira a fim de sustentar
o sistema da porta de correr, como também para fixar as calhas de suporte do
policarbonato. A escolha refere-se às que se encontram em destaque.
Tabela de Cantoneira de Abas Iguais
Fonte: http://www.fachagas.pt/cache/bin/XPQWfpAXX617UzkZMyMbs1ZKU.pdf
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H
Anexo 6 – Acessibilidades
Fonte: Panero, J. e Zelnik, M., Dimensionamento Humano Para Espaços Interiores. Editorial Gustavo Gili, SA,
Barcelona, 2002.
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I
Fonte: Panero, J. e Zelnik, M., Dimensionamento Humano Para Espaços Interiores. Editorial Gustavo Gili, SA,
Barcelona, 2002.
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J
Fonte: Guia da norma brasileira, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, 2004
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K
Fonte: Teles, P., Guia da Acessibilidade e Mobilidade para Todos, Secretaria de Estado Adjunta e da
Reabilitação, Lisboa, 2007.
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L
Anexo 7 – Orçamento dos materiais para o Módulo
Empresa Descrição do Material Preço
Unitário Nº de Peças
Quantidade Total
J.Soares Correia
(Guarda)
Telf.: 271238269
Tubo redondo 50x2 2,50€ /ml 17,12 ml 42,80€
J.Soares Correia Tubo redondo 45x1,50 1,74€ ml 15,60 ml 27,14€
J.Soares Correia Tudo redondo 55x1,50 ? 4 peças
roscadas 0,60 ml ?
J.Soares Correia Tubo quadrado 35x35x2 2,06 € 150,392 ml 309,81€
J.Soares Correia Tubo quadrado 30x30x2 1,72 € 2,11 ml 3,63 €
Hilário e Alves
Telf.: 244 684 314
Email:geral@hilarioal
ves.com
REDE L.A. 25X25X1.75 1.00MT
Rede electrosoldada, quadriculada e
galvanizada. Rolo de 25 metros.
78,25€/
rolo 78,25€
Bevelop
Telf.: 261 866 895
Email:
Perfil superior da marca Seplux
Calha em Alumínio para policarbonato com
20 mm de espessura, possui aba lateral para
fixação e borracha vedante.
4,10€ /ml 19,997 ml 81,99€
Bevelop
Perfil inferior Seplux
Calha em Alumínio para policarbonato com
20 mm de espessura, possui aba lateral para
fixação e borracha vedante.
3,36€ / ml 41,456 ml 139,29€
Bevelop
Perfil Danpalon Aluminum UDP
Calha em Alumínio para policarbonato com
16 mm de espessura.
2,65€ / ml 20,15 ml 53,40 €
Bevelop
Seplux 20X333,3mm 17,17€ /m
2
163,2 ml
54.394 m2
933,95 €
Bevelop Danpalon 16 mm Multicell (600) 26,96€/m2
44,937 ml
26,962 m2
726,90€
Bevelop OMEGA POLICARBONATO
NATURAL 1,62€/ml 39,944 ml 64,70€
Bevelop
Grapa seplux
Permite uma melhor fixação do
policarbonato Seplux 20.
0,80€ €/un. 40 32€
Bevelop Cinta de Alumínio (rolo de 33m) 0,27€ / ml 82 ml 22,14 €
Perfil “U” em aço Inox com 2 mm 24,8 ml
Madeira 30 x 22 24.74 ml
Lival
Telf.: 224119420
Email:
lival.embalagens@gm
ail.com
PRANCHA FAVO 12 2040x940x22 mm. 5,43€ /un 4 21,72 €
Jular
Telf.: 229 953 638
Email: [email protected]
Placas de OSB-3
(para ambientes húmidos) c/ 2500x1250x9
mm
4,48 €/ m2
14€ /un. 8 112 €
Carvalho, Batista &
Cª., Sa
Calha Geze Rollan 80
Medidas standard (mm): 910-1100 57,50 € 4 57,50 €
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M
Telf.: 223 392 120
Email:
orcamentos@carvalho
batista.pt
Conjunto que inclui calha, rodízios,
batentes e guia, para portas até 80kg.
Aplicável no teto ou na parede.
Mabalgarve
Telf.: 289 828 189
Email:
Par Asas BESTLOQUE C2209/19 x 200
Inox
Par de asas inox satinado com 19mm
diâmetro e 200mm altura.
15.50 €
o par 4 62 €
Mabalgarve
JNF IN.20.922
Fechadura de embutir para portas de correr
com espessura mínima de 35mm. Gancho
recolhível e entrada para cilindro europeu.
Frente e chapa testa em Aço Inox.
Inclui testa para parede e material de
fixação.
7.20 € / un. 4 28,8 €
JNF
Telf.: 224 663 230
Email: [email protected]
JNF IN.19.520.1B
Cilindro de Perfil Europeu com botão por
um lado e chave pelo outro. Acabamento
em Níquel Escovado.
9, 00 € / un 4 36 €
JNF
JNF IN.04.36O Y10M
Espelho para cilindro perfil europeu em
Inox satinado. Espessura total de 10mm.
3,60€ / un. 8 28,8€
JNF
JNF IN.10.204
Cabo de aço de 4 mm de diâmetro. Carga
de rutura: 900 kg.
1,90 € / ml 5 Varia Varia
JNF JNF IN.10.430
Olhal com porca M8. Em Aço Inox. 3,20€ / un. 1 3,20 €
JNF
JNF IN.10.011
Esticador de Aço Inox. 9,60€ / un. 5 48 €
JNF JNF IN.10.040
Argola para cabo de aço. Em Aço Inox.
0,30€ / un. 10 3 €
JNF JNF IN.10.050
Cerra cabos. Em Aço Inox.
1,30€ / un. 10 13 €
JNF
JNF IN.10.103
Mosquetão com 8 mm de diâmetro e
suporta carga máxima de 220 kg. Em Aço
Inox.
2,20€ / un. 5 11 €
JNF
JNF IN.10.120
Manilha reta com eixo de 5mm de diâmetro
e suporta carga máxima de 600 kg. Em Aço
Inox.
1,35€ / un. 5 6,75 €
Chagas S.A.
Telf.: 244 828 567
Cantoneira de abas iguais em aço de uso
geral com 20 x 3 mm 1,06 € / ml 0,64 ml 0,68 €
Chagas S.A. Cantoneira de abas iguais em aço de uso
geral com 40 x 4 mm 4,18 € / ml 0,56 ml 2,35 €
Acima da Média
Telf.: 289 865 726
Perfil “H” em Policarbonato para placas de
16 mm 39,6 € / ml 0.98 ml 38,80 €
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
N
Anexo 8 - Perspetivas
Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé
Q
Anexo 9 –
Desenhos Técnicos
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