8/13/2019 Efeito Da Liberacao Muscular Hernia
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
JASOM PAMATO
PRISCILA LOURENO
EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTES COM
HRNIA DE DISCO
Tubaro
2010
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JASOM PAMATO
PRISCILA LOURENO
EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTES COM
HRNIA DE DISCO
Trabalho de Concluso de Curso apresentado no cursode Fisioterapia da Universidade do Sul de SantaCatarina, como requisito obteno de grau deBacharel em Fisioterapia.
Orientador: Prof. MSc. Ralph Fernando Rosas
Tubaro2010
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JASOM PAMATO
PRISCILA LOURENO
EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTES COM
HRNIA DE DISCO
Este trabalho de Concluso de Curso foijulgado adequado obteno do ttulo deBacharel em Fisioterapia e aprovado em suaforma final pelo Curso de Fisioterapia daUniversidade do Sul de Santa Catarina.
Tubaro, 18 de novembro de 2010.
____________________________________________Prof. Orientador Msc. Ralph Fernando Rosas
Universidade do Sul de Santa Catarina
____________________________________________Prof Msc. Fabiana Durante de MedeirosUniversidade do Sul de Santa Catarina
____________________________________________Prof Msc. Rodrigo da Rosa Iop
Universidade do Sul de Santa Catarina
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DEDICATRIA
Este trabalho dedicado acima de tudo a
Deus, aos nossos pais, irmos, familiares e a
todos aqueles que estiveram presente nesta
batalha.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao nosso Deus, que nos deu a oportunidade de chegarmos at aqui, que
embora aparecessem s dificuldades, Ele se mostrou muito presente, nos dando fora e
capacitando para enfrentar todas as situaes.
Aos nossos amados pais, que nos apoiaram durante todos esses anos, que nem por um
momento mediram esforos para chegarmos aonde chegamos, eles estiveram do nosso lado
nos momentos mais difceis, nos dando todo amor, sabedoria, pacincia e dedicao e toda
fora necessria para seguir em frente. Amamos vocs!Aos nossos queridos irmos, que participaram de cada dia dessa luta, demonstrando
seu carinho, companheirismo e nos dando fora para continuar.
Aos familiares, que sempre torceram por ns, nos incentivaram, contribuindo para
nosso crescimento como acadmico.
Ao meu noivo Jonas, que esteve presente durante todos esses anos, me apoiando e
incentivando, mostrando o seu amor, dedicao, carinho e companheirismo.
Ao Artur que contribui diretamente para a finalizao deste trabalho, nos ajudando
com seu conhecimento da lngua inglesa.
Ao orientador Ralph Fernando Rosas, que contribuiu para nossa carreira profissional
com seus conhecimentos, pelo tempo que se dedicou para podermos concluir esse trabalho,
por se mostrar disposto a nos ajudar durante todo esse perodo.
Ao nosso professor Rodrigo Iop, que nos alegrou com suas gargalhadas e brincadeiras,
e nos fez crescer como acadmicos e futuros fisioterapeutas nos repassando o grande
conhecimento que tem. Chico parabns pela tua humildade e sabedoria, continue assim,
agradecemos muito voc.
A todos os professores que puderam enriquecer nossos conhecimentos na busca de formar
grandes profissionais.
Aos nossos verdadeiros amigos, que estiveram ao nosso lado, nos apoiando at os
ltimos dias de faculdade. Valeu pelas nossas risadas, palhaadas, troca de conhecimentos,
companheirismo, enfim agradecemos vocs por fazerem parte dessa histria.
Aos examinadores da banca por aceitarem esse convite, pela dedicao e
disponibilidade para avaliar o nosso trabalho.
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Enfim, a todos aqueles que no foram citados, mas que estiveram de alguma forma
presentes nesta histria, ajudando a sorrir e a caminhar.
A todos vocs, fica aqui o nosso eterno muito obrigado!
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Apesar dos nossos defeitos, precisamosenxergar que somos prolas nicas no teatro
da vida e entender que no existem pessoas
de sucesso e pessoas fracassadas. O que
existem so pessoas que lutam pelos seus
sonhos ou desistem deles.
(Augusto Cury)
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RESUMO
A hrnia de disco um processo de rompimento do anel fibroso, deslocando assim a massacentral do disco para espaos intervertebrais. Essa disfuno promove alteraes corporais
sendo a dor e diminuio da flexibilidade os fatores que mais limitam os pacientes. Esta
patologia comum e acaba limitando o indivduo de realizar as suas atividade de vida diria.
A tcnica de liberao muscular vem com o objetivo de relaxar os msculos, dentre eles, o
quadrado lombar, glteo mximo, iliopsoas e piriforme, os quais do suporte coluna lombar,
proporcionando ao indivduo uma melhor qualidade de vida. Esta pesquisa tem como
objetivos analisar o efeito da liberao muscular na dor lombar em pacientes com hrnia dedisco, avaliar o nvel de dor e flexibilidade antes e aps a submisso ao tratamento. A amostra
foi composta por 6 indivduos de ambos os gneros com faixa etria entre 25 a 55 anos. Foi
realizada a avaliao e reavaliao da dor atravs da escala visual analgica (EVA) e da
flexibilidade atravs do teste de finger-floor. Para anlise de dados, foi utilizado o teste de
Wilcoxon. Na avaliao da dor, houve diferena estatstica (p 0,3). Em concluso, o efeito da liberao muscular
em pacientes com hrnia de disco foi eficaz em relao dor.
Palavras chave: Dor lombar. Flexibilidade. Fisioterapia.
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ABSTRACT
The herniated disc is a process of a rupture in the fibrocartilagenous material
(annulus fibrosis), moving the central mass of the disc to the gaps between the vertebrates.
This disfunction causes bodily alterations being pain and a lesser flexibility, which are the
factors that most affect the patients. The muscular release technique has the objective of
relaxing the muscles, those being the quadratus lumborum, gluteus maximus, iliopsoas and
piriformis, which give support to the lumbar spine, providing the person with a better quality
of life. This study has as an objective to analyze the effect of the muscular release on the low
back on patients with a herniated disc, and evaluate the level of pain and flexibility before and
after the submission of treatment. The sample was composed by 6 individuals of both genreswith ages between 25 and 55 years old. The evaluation and reevaluation of the pain was
analyzed through the analogic visual scaled and flexibility through thefinger-floor test. On
the data analysis it was utilized the test Wilcoxon. There was statistical difference on the
evaluation of pain (p0,3). In
conclusion, the effect of the muscular release in patients with a herniated disc was effective
in accordance to pain.
Key words: Low Back Pain.Flexibility.Physiotherapy
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LISTA DE ILUSTRAO
Figura 1: Liberao do msculo psoas.....................................................................................29
Figura 2: Liberao do msculo quadrado lombar...................................................................30
Figura 3: Liberao do msculo piriforme...............................................................................30
Figura 4: Liberao do msculo glteo mximo......................................................................31
Figura 5: Liberao do diafragma.............................................................................................32
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Dados referentes dor (EVA), em centmetros......................................................37
Quadro 2 - Mdia da dor (EVA) na avaliao e reavaliao....................................................38
Quadro 3 - Dados referentes flexibilidade (finger-floor), em centmetros............................39
Quadro 4 - Mdia da flexibilidade (finger-floor, em cm) na avaliao e reavaliao..............39
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SUMRIO
1 INTRODUO....................................................................................................................14
2 LIBERAO MUSCULAR NA HRNIA DE DISCO...................................................17
2.1ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL......................................................................17
2.1.1Vrtebra..........................................................................................................................18
2.1.2Disco intervertebral.......................................................................................................18
2.1.3Ligamentos......................................................................................................................19
2.1.4Miologia da coluna vertebral........................................................................................202.1.5Principais msculos que influenciam na regio lombar.............................................21
2.1.6Curvaturas fisiolgicas..................................................................................................22
2.1.7Movimentos da Coluna Vertebral................................................................................23
2.2 HRNIA DE DISCO..........................................................................................................23
2.2.1 Patognese......................................................................................................................24
2.2.2 Etiologia..........................................................................................................................25
2.2.3 Tipos de hrnia...............................................................................................................252.2.4 Tipos de dor....................................................................................................................26
2.3 LIBERAO MUSCULAR..............................................................................................26
2.3.1 Avaliao da musculatura tensionada.........................................................................27
2.3.1.1 Avaliao da tenso do msculo psoas........................................................................27
2.3.1.2 Avaliao da tenso do msculo piriforme..................................................................28
2.3.1.3 Avaliao da tenso do msculo quadrado lombar......................................................28
2.3.2Tcnica de liberao da musculatura tencionada......................................................282.3.2.1 Liberao do msculo psoas........................................................................................29
2.3.2.2 Liberao do msculo quadrado lombar......................................................................29
2.3.2.3 Liberao do msculo piriforme..................................................................................30
2.3.2.4 Liberao do msculo glteo mximo.........................................................................31
2.3.2.5 Liberao do diafragma...............................................................................................31
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA.................................................................................33
3.1TIPO DE PESQUISA........................................................................................................33
3.2MATERIAL.......................................................................................................................33
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3.3 MTODO ..........................................................................................................................34
3.3.1 Populao/amostra........................................................................................................34
3.3.2 Procedimentos para coleta de dados...........................................................................35
3.3.3 Procedimentos para anlise de dados.........................................................................36
3.3.4 Aspectos ticos da pesquisa.........................................................................................36
4 ANLISE E DISCUSSO DE DADOS...........................................................................37
5 CONSIDERAES FINAL..............................................................................................42
REFERNCIAS ...................................................................................................................43
ANEXOS................................................................................................................................47
ANEXO A Ficha de avaliao ............................................................................................48
ANEXO B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)....................................52
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141 INTRODUO
A herniao de disco um processo de rompimento do anel fibroso, deslocando
assim a massa central do disco para espaos intervertebrais. Esta patologia comum e, de
certa forma, acaba limitando o indivduo de realizar as suas atividade de vida diria. Diversos
fatores contribuem para o surgimento dessa patologia como alterao msculo-esqueltica,
causas extrnsecas, posturas inadequadas, sobrecarga. O lugar mais comum de aparecer este
tipo de patologia, respectivamente, L4/L5, L5/S1, L3/L41
.
Essa alterao patolgica pode ser gerada em trs tempos. No primeiro momento,
a flexo do tronco aumenta a proximidade dos discos na parte anterior, e aumenta o espao naposterior, com isso, a substncia nuclear desloca-se posteriormente. No segundo momento,
quando ocorre uma presso axial muito forte, o disco intervertebral desloca sua substncia
para parte posterior. No terceiro momento, quando o tronco j est em total alinhamento, o
espao em que a hrnia discal passou se fecha, devido a presso exercida pelos plats
vertebrais, e a massa formada pela hrnia fica bloqueada sob o ligamento vertebral 2.
A hrnia de disco uma das principais causas de dor lombar. Normalmente ela
aparece como resultado de pequenos traumas na coluna, que com o passar do tempo lesiona asestruturas do disco intervertebral, ou tambm por um grande trauma sobre a estrutura
vertebral. Em geral, o primeiro sintoma que aparece a dor na rea do disco afetado, levando
o indivduo a adotar uma posio antlgica, tendo assim alteraes musculares1,3.
A dor nas costas acomete grande parte da populao mundial e essa dor gera
diversas limitaes sendo considerada a segunda maior causa de incapacidade funcional. Na
hrnia de disco esta dor mostra-se bem presente, devido ao deslocamento do ncleo pulposo.
Esse deslocamento gera um desequilbrio significativo na postura do indivduo levando omesmo a sofrer dores de variadas intensidades 4.
Devido a presena de herniao, pode-se perceber uma reduo relevante da
flexibilidade, limitando assim alguns movimentos. Sabemos que 5% a 10% de flexo de
tronco ocorre entre as vrtebras L1e L4, 20% a 25% entre L4e L5, e numa maior porcentagem
temos a regio onde chamamos de dobradia, que so as vrtebras L5e S1, a qual representa
60% a 75% do movimento. Com isso podemos perceber a importncia desta regio, e a
influncia desta no movimento de tronco. Sendo assim, devemos ter uma boa flexibilidade
para obtermos uma reduo da presso nos discos intervertebrais, vrtebras e facetas 5.
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Buscando solucionar a dor e melhorar a flexibilidade, a tcnica de liberao
muscular vem com o objetivo de relaxar os msculos desta regio, dentre eles, o quadrado
lombar, glteo mximo, iliopsoas e piriforme, os quais do suporte coluna lombar, a fim de
proporcionar ao indivduo uma melhor qualidade de vida 5.
Partindo do princpio do efeito da liberao muscular na hrnia de disco lombar e
das questes levantadas pergunta-se: a liberao muscular em pacientes com hrnia de disco
lombar gera alvio da dor e aumento da flexibilidade?
A hrnia discal uma patologia frequentemente comentada na sociedade. Ela
atinge diferentes idades e gneros, surgindo principalmente, por maus hbitos dirios, sendo a
coluna lombar a principal regio acometida. Um paciente com esta disfuno sofre diversas
alteraes corporais sendo a dor e diminuio de mobilidade os fatores que mais limitam ospacientes. Esse tipo de limitao, quando em casos mais avanados, foram os pacientes a se
afastarem do seu trabalho e, como consequncia, terem a sua vida econmica tambm
prejudicada.
Um estudo mostrando a eficincia de um tratamento neste caso seria de suma
importncia tanto para a cincia, a fim de aprimorar ainda mais o tratamento sobre a mesma e,
tambm para a sociedade, visto que essa alterao traz populao problemas que repercutem
de forma global vida do indivduo.Grandes especialistas buscam solues para esta disfuno, pois os mesmos
acreditam que um conjunto de fatores est associado ao surgimento dessa. Com isso, pode-se
observar que este caso deve ser trabalhado de forma multidisciplinar, sendo a fisioterapia,
uma das reas de grande importncia nessa interao profissional.
Contudo, faz-se necessrio pesquisar e divulgar a eficincia de tratamentos nesta
rea, que iro contribuir para a cincia e para a populao mundial, incentivando assim novas
pesquisas mostrando diferentes tratamentos, onde visem resolver as alteraes causadas.A pesquisa teve como objetivo geral, analisar o efeito da liberao muscular na
dor lombar em pacientes com hrnia de disco, e objetivos especficos, avaliar o nvel de dor,
utilizando a escala visual analgica, e comparar a flexibilidade, utilizando o teste de finger-
floor, dos pacientes antes e aps a submisso ao tratamento de liberao muscular.
Diante dos objetivos propostos, tem-se como hiptese, haver relao significativa
entre o tratamento de liberao muscular e a diminuio da dor e no haver relao
significativa entre o mesmo com a diminuio da dor, ou ainda, haver relao significativa
entre a liberao muscular e o aumento da flexibilidade e no haver relao significativa entre
essa com o aumento da flexibilidade.
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A pesquisa se define como quase-experimental, ou seja, apresenta variaes no
plano clssico do experimento, no obtendo um grupo controle. O nvel de profundidade
exploratrio com uma abordagem quantitativa, tratando-se de um projeto que ir mensurar a
dor e a flexibilidade 6.
O trabalho divide-se em cinco captulos, sendo que, o primeiro captulo destina-se a
introduo deste estudo. No segundo captulo apresenta-se um referencial terico. No terceiro
captulo est disposto o delineamento da pesquisa. O quarto captulo demonstra e analisa
estatisticamente os resultados obtidos na pesquisa, finalizando com as consideraes finais deste
trabalho no quinto captulo.
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172 LIBERAO MUSCULAR NA HRNIA DE DISCO
A coluna vertebral composta por uma sequncia de ossos sobrepostos, formando
um eixo central do corpo 8. A mobilidade e a estabilidade desse eixo central depende da
articulao entre cada vrtebra, dos ligamentos e da ao muscular 8, 9. As articulaes
interapofisrias vo proporcionar os movimentos de flexo e extenso, e rotao da coluna
vertebral, devido a sua anatomia. Os ligamentos vo conectar as vrtebras e promover
estabilidade, suficiente para manter o indivduo em posio ortosttica. Os msculos, atravs
da sua contrao e tenso produzida iro oferecer movimentos e equilbrio entre as
articulaes 9.Entre os corpos vertebrais existem amortecedores que tem a funo de reduzir a
carga e os impactos, que so denominados disco intervertebrais. Nas regies de maior
mobilidade pode ocorrer a ruptura ou extravasamento deste disco, causando dor. Essa dor ir
causar uma alterao muscular, gerando um maior desconforto 3, 8, 9.
Na coluna vertebral embora apresente essas estruturas que estabilizam e
mobilizam o tronco, existem curvaturas fisiolgicas que tem a funo de aumentar a
capacidade de suporte de carga e beneficiar a esttica corporal. So elas: coluna cervical,coluna torcica, coluna lombar e coluna sacral 3.
Quando h alguma alterao nessas estruturas que formam a coluna vertebral,
podem estar presente espasmos musculares e outras disfunes as quais podem levar a um
desconforto ao paciente e a tcnica de energia muscular (TEM) ir proporcionar de certa
forma um equilbrio msculo-esqueltico e tambm diminuindo o quadro lgico 7.
2.1 ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral constituda por 33 (trinta e trs) vrtebras sobrepostas as
quais so divididas por regies: cervical , torcica, lombar, sacral e coccgea. Elas so
compostas da seguinte forma 3:
a) cervical: constituda por sete vrtebras;
b) torcica: constituda por doze vrtebras;
c) lombar: constituda por cinco vrtebras;
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d) sacral: constituda por cinco vrtebras;
e) coccgeas: constituda por quatro vrtebras.
2.1.1 Vrtebra
As vrtebras tpicas so compostas por: corpo, arco e processos. O corpo ele
formado por osso esponjoso, porm ao redor das vrtebras superiormente e inferiormente o
osso composto de forma compacta 8. Ele possui uma forma cilndrica a qual tem a funo de
suportar a maior parte da carga exercida sobre a vrtebra 8, 9.O arco constitudo pelos pedculos direito e esquerdo, e tambm pelas lminas
direita e esquerda 8. Esse arco protege as estruturas nervosas que passam entre o canal
vertebral (conjunto dos forames vertebrais) 8, 9.
Os processos so apndices sseos onde se fixam os tendes, ligamentos e onde
ocorre a articulao entre as vrtebras. So eles: processo articular, processo espinhoso e
processo transverso 8, 9.
As vrtebras lombares tm caractersticas que as diferem das outras, como: seucorpo vertebral grande, o canal vertebral triangular 8, disco intervertebral mais espesso,
sendo que o mesmo tem uma forma anatmica uniforme e articularmente falando possuem
mobilidade. Seu formato permite movimentos nos planos sagital, frontal e transversal 9.
2.1.2 Disco intervertebral
O disco intervertebral vem a ser um coxim elstico localizado entre os corpos
vertebrais o qual tem a funo de absorver e dissipar cargas, impactos e compresses
exercidas sobre a coluna vertebral 3, 9. Esse disco composto basicamente por um ncleo
pulposo rodeado por um anel fibroso 8.
O anel fibroso constitudo por tecido fibroelstico, que ficam ao redor do ncleo
pulposo e estabelecem a limitao externa do disco 10. Suas principais funes so de
estabilizar os corpos vertebrais, possibilitar mobilidade entre os mesmos, impedir o
extravasamento do ncleo pulposo e amortecer impactos 3, 8.
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O ncleo pulposo possui um lquido no seu interior que quando submetido a
cargas acaba gerando uma presso intra-discal provocando, como consequncia, um
alongamento das fibras do anel 3. Ele tem como principais funes absorver as foras
exercidas entre as vrtebras e tambm de nutrir o disco atravs da troca de lquidos com os
capilares vertebrais 8.
2.1.3 Ligamentos
Os ligamentos intervertebrais so de suma importncia para a coluna vertebral,pois sem os mesmos, seria praticamente impossvel proporcionar estabilidade a essa estrutura.
Existem dois de todos os ligamentos intervertebrais que percorrem toda a coluna, o ligamento
longitudinal anterior e ligamento longitudinal posterior 9.
O ligamento longitudinal anterior se estende desde o tubrculo anterior da C1at a
superfcie plvica do sacro. Ele percorre e funde-se anteriormente aos corpos vertebrais e ao
disco vertebral 8.
O ligamento longitudinal posterior fixa-se no osso occipital e se estende at ocanal sacral. Ele se localiza interiormente ao canal vertebral percorrendo posteriormente aos
corpos vertebrais e discos 8.
Alm desses temos os ligamentos que tem a funo de se conectarem com os
processos espinhosos, transversos e com as lminas. So o ligamento supra-espinhoso e os
trs segmentares: ligamento amarelo, ligamentos interespinhosos e ligamentos
intertransversos 11.
Ligamento supra-espinhoso tem como funo conectar os processos espinhososem suas extremidades desde C7at o sacro. Este ligamento possui uma elasticidade junto com
o ligamento nucal, que permite fazer com que a cabea volte a ter a orientao normal, aps
um movimento de flexo de pescoo 8, 11, 12.
O ligamento amarelo est em cada segmento motor tanto no lado direito como ao
lado esquerdo, ele tem como funo unir as vrtebras adjacentes em cada segmento, e
contribuir para restabelecer a orientao normal da coluna aps a flexo da coluna vertebral11.
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Ligamentos interespinhais sua funo unir os processos espinhosos das vrtebras
adjacentes, so de suma importncia na regio lombar. Esse ligamento limita o movimento de
flexo 8, 11, 12.
Ligamentos intertransversais seu papel ligar os processos transversos adjacentes
limitando assim a flexo-lateral 8, 13.
A combinao dos ligamentos permite uma boa mobilidade em toda coluna
vertebral, na regio lombar so delgados e membranceos 11, 13.
2.1.4 Miologia da coluna vertebral
A ao muscular na estrutura vertebral varia de acordo com suas funes.
Geralmente, quando a musculatura ativada bilateralmente, ocorrem os movimentos de
flexo e extenso de tronco, porm, quando ativados unilateralmente, esses movimentos
podem ocorrer, mas associados a outros, como o de flexo-lateral e rotao axial ipsilateral 14.
A miologia da coluna vertebral, para melhor organizao e compreenso,
dividida em trs grupos: anterior, lateral e posterior.Os msculos anteriores so: reto anterior da cabea, reto lateral da cabea, longo
da cabea, longo do pescoo, hiideos (supra-hiideos e infra-hiideos), reto abdominal,
oblquo externo do abdmen, oblquo interno do abdmen, transverso do abdmen 13. A
musculatura lateral produz a flexo lateral da coluna, sendo que a flexo ocorre para o lado
em que ocorre a maior parte da atividade muscular 14, sendo assim, so eles:
esternocleidomastideo, levantador da escpula, escalenos, quadrado lombar e iliopsoas 13. Os
posteriores tm como funo principal a extenso de tronco, so eles: trapzio, esplnio dacabea, esplnio do pescoo, suboccipitais, eretor da espinha (iliocostal, longussimo e
espinal), transverso-espinhoso (semi-espinal, multfidos e rotadores), interespinal e
intertransversrio 15.
Os msculos posteriores do tronco podem ser divididos por camadas, sendo elas:
superficial, intermediria e profunda. Os msculos da camada superficial so: trapzio, grande
dorsal, rombides, levantador da escpula e serrtil anterior. Os msculos camada
intermediria so: serrtil posterior-superior e posterior-inferior. Os msculos da camada
profunda so: os eretores da espinha (espinhal, longussimo e intercostal), transverso espinhal
(semi-espinal, multfidos e rotadores), segmentar curto (interespinal e intertransversrio) 13.
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212.1.5 Principais msculos que influenciam na regio lombar
Alm da importncia dos ligamentos e outras estruturas que foram citadas acima,
a amplitude de movimento depende tambm da parte muscular, onde esta de suma
importncia para a realizao de diversos movimentos 11.
Temos diversos msculos envolvidos na regio lombar, para assim obtermos os
movimentos necessrios para nossa vida diria, e para isso ocorrer eles tem que estar
equilibrados de forma harmnica 15.
O msculo eretor da espinha importante na regio lombar, pois quando
apresenta uma alterao na regio lombar, ao palp-lo, o msculo est dolorido e retrado.Este msculo constitui-se de outros msculos como: espinhal, longssimo e o iliocostal 15.
O msculo quadrado lombar situa-se posteriormente, na parede abdominal, ele se
fixa proximalmente a dcima segunda costela e s pontas dos processos transversos de L1-L4,
e distalmente ao ligamento iliolombar e a crista ilaca. Sua inervao provem dos ramos
anteriores dos nervos espinhais de T12a L315. Ele constitui-se de trs tipos de fibras que se
entrelaam, sendo elas verticais e oblquas. So elas 15:
a) Fibras que conectam a dcima segunda costela crista ilaca;b) Fibras que conectam a dcima segunda costela aos processos transversos das
vrtebras lombares;
c) Fibras que ligam os processos transversos de L1-L4 crista ilaca.
Quando em contrao esse msculo realiza flexo lateral de tronco homolateral,
elevao da pelve homolateral, quando contrado bilateralmente realiza extenso de tronco e
tambm bscula anterior da pelve e atua tambm no sistema respiratrio 15.
Quando sob tenso causa um desequilbrio muscular, podendo alterar oalinhamento plvico devido a estar diretamente ligado a crista ilaca, com isso podemos
perceber a importncia dele nesta regio 11.
O msculo iliopsoas formado pela juno dos msculos psoas maior, psoas
menor e ilaco, sua insero proximal a face anterior do processo transverso de L1-L5, corpo
vertebral (face lateral) e disco intervertebral da T12 e L1-L5, e dois teros superiormente a
fossa ilaca no lbio interno da crista ilaca e ligamento sacrilacos (iliolombar e anterior) e se
fixam distalmente no trocnter menor do fmur. Ele inervado pelos ramos do plexo lombar
do nervo femoral. Quando em contrao este msculo realiza inclinao lateral da coluna
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22homolateral, rotao da coluna ipsilateral, flexo da coluna toracolombar sobre a pelve, flexo
e aduo do quadril 15.
O diafragma um msculo que separa a cavidade toraco-abdominal 15. Esse
msculo uma lmina musculotendnea fina e cupuliforme, sendo que superiormente ele o
assoalho torcico e inferiormente o teto da cavidade abdominal. Ele possui trs fixaes
sseas que se dividem em costal, esternal e lombar 13.
Este msculo se fixa nas partes externas do quadrado lombar e psoas maior
atravs de dois arcos aponeurticos. Ele inervado pelas razes nervosas de C3- C5 (nervo
frnico), sendo de suma importncia e muito qualitativo na inspirao, sua contrao promove
um aumento da cavidade torcica e aumento da presso intra-abdominal 13, 15.
O glteo mximo um msculo situado posteriormente ao quadril a qual contemuma massa muscular espessa, sua insero proximal linha gltea posterior e parte posterior
do sacro do cccix, distalmente ele se insere na tuberosidade gltea no fmur e no trato
iliotibial, sua inervao provm do nervo glteo inferior. Suas principais funes so de
extenso e rotao lateral de quadril e retroverso da pelve 13, 15.
O msculo piriforme tambm conhecido como piramidal. Sua contrao
promover rotao lateral e abduo do quadril. Ele se insere proximalmente na face anterior
do sacro e distalmente ao trocnter maior. Esse msculo inervado pelo plexo sacral15
.
2.1.6 Curvaturas fisiolgicas
As curvaturas da coluna apresentam-se num plano sagital sobre um eixo frontal:
cervical, torcica, lombar e sacral. A coluna cervical apresenta uma lordose, a qual promove asustentao e os movimentos da cabea, tendo como funo primria garantir o centro de
gravidade ao ser humano. A coluna torcica possui uma cifose, com pouca mobilidade, a qual
tem a funo de proteger os rgos torcicos (pulmo e corao) 9. A coluna lombar apresenta
uma curvatura lordtica e sua principal funo garantir a mobilidade da pelve 9. Na coluna
sacral ocorre uma fuso num nico osso triangular e formam assim o sacro 8,12. Possui pouco
movimento e sua funo primria de sustentar os segmentos cervical, torcico e lombar 9,12.
Logo embaixo do sacro temos uma estrutura chamada cccix que esta permite a
proteo das estruturas da poro inferior da pelve e serve tambm como ponto de insero
para alguns msculos 3, 12.
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232.1.7 Movimentos da Coluna Vertebral
As articulaes que formam a coluna vertebral permitem que a mesma realize
movimentos nos trs planos: sagital, frontal e transversal. A mobilidade vertebral engloba um
nmero grande de articulaes pois, o movimento entre duas vrtebras adjacentes pequeno.
A coluna vertebral capaz de realizar movimentos de flexo, extenso, flexo-lateral (direita
e esquerda) e rotao 16.
Com relao ao movimento de flexo/extenso, na coluna lombar e cervical esses
movimentos so amplos, porm, na coluna torcica a amplitude de movimento menor. No
movimento de flexo-lateral, a coluna cervical a regio que possui maior mobilidade sendoseguida pela torcica e lombar, porm, a sacral um pouco mais mvel que a lombar nesse
movimento. Na rotao, assim como na flexo-lateral, a coluna cervical a mais mvel
diminuindo essa amplitude ao longo da estrutura vertebral sendo pouqussimo mais mvel na
regio sacral em relao lombar 16.
2.2 HRNIA DE DISCO
A herniao do disco intervertebral trata-se de leso no mesmo e no como
consequncia de alguma patologia, a leso e a dor provem da localizao anatmica do disco
o qual por sua vez, por estar lesionado acaba envolvendo a coluna funcional 17.
Segundo Mixter*, os sinais e sintomas clnicos da hrnia do disco foram descritos
h mais de 70 (setenta) anos. Tm-se como principais manifestaes dor e alterao na raiznervosa acometida, em funo disso pode estar presente dor irradiada, disfuno nervosa,
alteraes de motricidade, sensibilidade e reflexo articuladas as razes nervosas 18.
Habitualmente, os pacientes relatam dor na regio lombar e em membros
inferiores que acaba limitando a realizao de certas atividades funcionais 18. Essa dor, na
maioria dos casos, traz consigo conseqncias secundrias tais como insnia, alterao do
humor, concentrao, sexualidade e, com isso, essas alteraes podero descondicionar o
indivduo fisicamente e isso tornar o quadro clnico do paciente ainda mais grave 19.
*Mixter WJ. Rupture of the lumbar intervertebral disk: na etiologic factor for so-called sciatic pain. Ann Surg.1937; 106(4):777-87. apud 18.
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Essa disfuno ocorre com maior frequncia em pessoas entre 30 (trinta) e 50
(cinquenta) anos de idade. De 2 a 3% dos indivduos so acometidos por este processo, onde
se tem uma prevalncia maior em homens do que em mulheres e em torno dos 37 (trinta e
sete) anos que se manifesta o primeiro sintoma decorrente da patologia, porm o que vem
anteceder esta patologia so crises de dor lombares 20.
2.2.1 Patognese
A hrnia discal pode ocorrer devido a um acmulo de leses, quando ocorre essasleses contnuas tanto musculares ou dos tecidos moles, levar uma alterao biomecnica
que isto poder afetar a estrutura articular numa sequncia, podendo provocar leses no anel
fibroso acarretando num extravasamento do ncleo pulposo, ou seja, acarretar numa protuso
do disco ou extruso do disco 21.
Os movimentos combinados de flexo, extenso, flexo lateral e rotao da
estrutura vertebral, desempenham foras significativas, sobre as articulaes e o disco, esse
stress sobre essas estruturas mais significativo na regio lombar, devido a maior carga desustentao 10.
Essas leses provem de trs mecanismos10:
a) Descarga de peso, a qual provoca a compresso do disco;
b) Rotaes associadas com flexes laterais, provocando assim uma toro no
disco;
c) Movimentos excessivos na coluna vertebral desencadeando um stress nas
articulaes.Segundo Charnley*, uma leso no disco pode resultar em sete fatores que
desencadearo nas patologias discais. Podemos ter 10:
a) Toro aguda do dorso que ocorre quando h leso das fibras do anel fibroso,
leso dos ligamentos posteriores ou leso das estruturas msculotendinosas;
b) Ingesto de lquidos, que quando ocorre uma absoro maior do lquido
pulposo;
*Charnley J. Acute lumbago and sciatica. Britisb Medical Journal. 4904 (1); 344-346, 1955. apud 10.
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c) Ruptura pstero-lateral do anel, no qual ocorre um rompimento das lminas do
anel fibroso, que ir acarretar em irritaes, podendo ser, mecnica, inflamatria ou qumica.
d) Proeminncia do disco, extravasamento do ncleo, pinando a estrutura
nervosa.
e) Fragmento sequestrado, quando h presena de uma partcula, do ncleo
pulposo ou do anel fibroso, que esto livres dentro do espao articular e causa irritao.
f) O mesmo fragmento citado anteriormente, porm o mesmo se move para o
interior do canal vertebral ou forame intervertebral.
g) Degenerao do disco intervertebral e progressivamente do anel fibroso.
2.2.2 Etiologia
Constatou-se que alguns casos devido ao processo degenerativo lento ou por
traumas, principalmente em pessoas jovens, a causa do aparecimento vem a ser por algum
esforo brusco 22.
Num disco intervertebral sabemos que existem foras que atuam sobre ele. Tm-se dois movimentos que prejudicam o mesmo, como uma compresso significativa numa
direo axial e o movimento de flexo anterior, a unio desses movimentos o fator principal
para o aparecimento da hrnia de disco e sua protuso 22.
Independente do mecanismo que ir desencadear esta patologia, a protuso de
disco acaba pressionando as estruturas adjacentes, a direo mais comum deste caso
postero-lateral, podendo levar assim um pinamento da raz nervosa, tendo como
consequncia dor na regio das costas, ndegas, coxas, pernas e p e tambm ao desequilbriomuscular 10, 20.
2.2.3 Tipos de hrnia
A hrnia de disco, antomo-patologicamente, pode ser distinguida em trs tipos:
hrnia de disco externa, hrnia de disco interna e hrnia de disco medial 23:
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a) Hrnia de disco externa: quando a herniao desloca a raz nervosa para ointerior. O paciente apresenta leve lombalgia com dor mais intensa no membro inferior. O
movimento de flexo-lateral homolateral intensifica a dor, j o contralateral promove alvio;
b) Hrnia de disco interna: quando a hrnia desloca a raz exteriormente. Opaciente refere dor mais intensa na lombar do que no membro inferior. O movimento de
flexo-lateral contralateral aumenta a dor enquanto que o movimento homolateral alivia;
c) Hrnia de disco medial: neste caso, a hrnia de disco compromete vrias razesnervosas e geralmente, isso ir proporcionar ao paciente uma ciatalgia bilateral.
A durao e a melhora com relao tratamento/doena variam de acordo com a
localizao da hrnia. Dentre os trs tipos de hrnia discal, a externa a que apresenta um
melhor prognstico, seguida pela interna, medial e a hrnia de disco em vrios nveis 23.
2.2.4 Tipos de dor
A dor transmitida por impulsos nervosos atravs das fibras aferentes (Tipo C).
De acordo com a leso, esses impulsos transmitem diferentes tipos de sensao de dor osquais so classificados como23:
a) Dores sseas e sinoviais so dores que provm de patologias reumticas
(artrose, poliartrite reumtica, espondilite anquilosante);
b) Dores cpsulo-ligamentares essa desencadeada por meio de traes ou
tores;
c) Dores musculares so dores difusas e profundas que ocorrem por espamos
musculares;Essas dores levaro a uma tenso muscular e, com essa alterao, ir ocorrer um
desequilbrio msculo-esqueltico 23.
A liberao muscular promover um alvio dessa tenso, provocando, de certa
forma, analgesia e restaurao do equilbrio corporal 23.
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272.3 LIBERAO MUSCULAR
A tcnica de liberao muscular, segundo Brodin*, denominada de TEM a qual
foi criada por Fred Mitchell em 1958, sendo aperfeioada por vrios outros profissionais. Essa
tcnica de terapia manual que tem como princpio a utilizao da contrao muscular, de
forma a produzir maior amplitude de movimento nas articulaes, aumento de flexibilidade
muscular, reduzindo assim dores gerados pelo desequilbrio msculo-esqueltico 24. Ela
utiliza os seus msculos, controlando a posio do segmento corporal direcionando-o
especificamente 6.
2.3.1 Avaliao da musculatura tensionada
Diversas disfunes do sistema msculo-esqueltico esto ligadas a tenso
muscular. A tenso muscular quando presente nos msculos antagonistas pode levar a uma
inibio recproca, limitando o movimento e podendo gerar dor7
.
Segundo Janda, antes de realizar o tratamento de hrnia discal necessrio fazer
uma avaliao correta, para identificar corretamente a tenso muscular e o grau da limitao,
para isso temos que analisar alguns itens: a posio de incio, tcnica de fixao, sentido do
movimento, a fora a ser exercida deve trabalhar em apenas uma articulao e num
movimento rtmico apropriado lento e preciso, deve-se ter a certeza de que no apresenta
bloqueios mecnicos, impedindo o movimento 7.
2.3.1.1 Avaliao da tenso do msculo psoas
Paciente na posio supina, com perna a no ser testada em flexo de joelho e
quadril estabilizando a coluna lombar, e a perna a ser testada em extenso. Se o paciente no
*Brodin H. Inhibition-facilitation techique for lumbar pain treatment. Acta Belg Med Phys 1983; 1(6): 31-5.apud 24.Janda V 1983 Muscle function testing. Butterworths, London. apud 7.
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28conseguir colocar a coxa em total contato com a maca, indica que h uma retrao do msculo
iliopsoas 6.
2.3.1.2 Avaliao da tenso do msculo piriforme
Paciente em posio supina, posicionando o membro inferior a ser testado em
flexo de quadril e joelho com p em contato total com a maca lateralmente ao joelho
contralateral, tendo a pelve a no ser testada estabilizada pelo terapeuta.
Realiza-se o movimento de aduo na perna a ser testada a fim de alongar omsculo piriforme. Se o msculo estiver tensionado, o paciente relatar um desconforto na
regio posterior do quadril 6.
2.3.1.3 Avaliao da tenso do msculo quadrado lombar
Paciente na posio de decbito lateral (DL), o terapeuta o instrui a realizar uma
abduo de quadril. Se ocorrer uma ativao dessa musculatura abdutora do quadril antes dos
25 isso indicar uma tenso de energia muscular anormal nesse msculo 6.
2.3.2 Tcnica de liberao da musculatura tensionada
A tcnica de liberao muscular utiliza contraes isomtricas em todos os planos
da articulao a ser mobilizada. O auxlio do paciente durante a realizao da tcnica de
suma importncia para um bom resultado da mesma. A fora realizada pelo terapeuta durante
a tcnica deve ser controlada de forma lenta e precisa 6.
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2.3.2.1 Liberao do msculo psoas
Paciente em decbito dorsal (DD) sobre a maca, flexiona o quadril do membro a
ser tratado sendo que o terapeuta realizar uma resistncia de modo a promover uma
contrao isomtrica do msculo. A mo de cima do terapeuta realizar uma frico no eixo
transversal do msculo de forma a alongar e relaxar suas fibras 22.
Figura 1 Liberao do msculo psoas
Fonte: Ricard F., 2001 22.
2.3.2.2 Liberao do msculo quadrado lombar
Paciente em DL com o membro inferior de baixo com flexo de quadril e o de
cima a ser tratado em posio neutra, a fim de obter melhor resultado na tcnica de liberao.
O terapeuta ficar em p, perpendicular ao corpo do paciente com as mos na pelve (crista
ilaca). Os braos do terapeuta iro realizar rotao e flexo-lateral contralateral associando ao
movimento ativo de flexo-lateral homolateral rotao para o lado oposto ao do terapeuta, a
fim de promover uma leve contrao isomtrica 6, 23.
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Figura 2 Liberao do msculo quadrado lombar
Fonte: Chaitow L, Liebenson C, 2001 6.
2.3.2.3 Liberao do msculo piriforme
Paciente em DL, com o membro inferior a ser tratado para cima, e com quadril e
joelho flexionados bilateralmente. O terapeuta se posiciona na frente do indivduo, na altura
do quadril e coloca o cotovelo na direo ceflica posteriormente ao trocnter e a mo de
baixo no tornozelo. Realiza-se uma rotao interna passiva a fim de alongar o msculo
piriforme. O terapeuta ir instruir o paciente a realizar uma rotao externa contra aresistncia do terapeuta, com o objetivo de contrariar isometricamente o msculo piriforme, e
ir realizar uma presso com o cotovelo contra o trocnter (a resistncia ao movimento feita
com a mo de baixo do terapeuta) 6.
Figura 3 Liberao do msculo piriforme
Fonte: Chaitow L, Liebenson C, 2001 6.
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312.3.2.4 Liberao do msculo glteo mximo
Paciente em DD com elevao da perna a ser tratada e joelhos estendidos, a perna
contralateral mantm-se em flexo de quadril e joelho. Instrui-se ao paciente realizar uma
extenso de quadril contra a resistncia do terapeuta de forma a promover uma contrao
isomtrica, mantendo-se sempre o joelho estendido. O terapeuta ir pressionar a regio do
glteo durante a extenso 6.
Figura 4 Liberao do msculo glteo mximoFonte: Chaitow L, Liebenson C, 2001 6.
2.3.2.5 Liberao do diafragma
Paciente em DD, o terapeuta se localiza ao lado do indivduo, que fica oposto ao
lado a ser liberado, posicionando suas mos na borda inferior da caixa torcica do mesmo e
pedindo ao paciente inspirar de forma fisiolgica e tranquila, e expirar vagarosamente. No
momento da expirao o terapeuta segue o movimento do diafragma para dentro da caixa
torcica e em seguida atravs de seus polegares elevam a caixa torcica anteriormente 6.
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Figura 5 Liberao do diafragma
Fonte: Travell J, Simons, DG, 2006 24.
A aplicao da TEM possui pontos importantes que devem ser enfatizados ao
paciente e ao terapeuta, pra que o resultado da tcnica seja eficaz. Os pontos principais so 6,7:
a) A resistncia do terapeuta deve-se combinar com o esforo do paciente, a fim
de promover apenas uma contrao isomtrica.
b) O paciente deve utilizar 20% do total esforo da contrao muscular possvel.
c) O tempo mantido de contrao deve ser de 7 (sete) a 10 (dez) segundos.
d) A quantidade de contraes isomtricas exercidas de acordo com o terapeuta.
O ponto principal da TEM trata-se da utilizao da energia do paciente com a
finalidade de atingir os tecidos moles, liberando-os 6.
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333 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Neste momento o investigador determinou a abrangncia e entendimento sobre o
assunto, ou seja, explicou detalhadamente como foi feito seu trabalho, os meios que utilizou
durante a pesquisa, a metodologia e os demais procedimentos 25.
3.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa se definiu como quase-experimental, ou seja, apresentou variaes no
plano clssico do experimento, no obtendo um grupo controle 25.
O nvel de profundidade foi exploratrio com uma abordagem quantitativa,
tratando-se de um projeto que mensurou a dor e a flexibilidade 25.
O presente estudo apresentou como variveis dependentes flexibilidade e dor e
como varivel independente a liberao muscular.
3.2 MATERIAL
Foram utilizados para a coleta de dados:
a) Ficha de avaliao com escala visual analgica (EVA) para medir a dor emcentmetros (ANEXO A);
b) Fita mtrica, para medir a flexibilidade em centmetros;c) Banco de 15 (quinze) cm de altura para realizar o teste definger-floor;d) Maca.
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343.3 MTODO
Para nossa vida cotidiana temos sempre que escolher a melhor opo, e na
pesquisa este aspecto tambm no se torna diferente, nela temos que ter uma linha de
raciocnio para assim chegarmos a nossos objetivos 25.
3.3.1 Populao e Amostra
A pesquisa definida como no-probabilstica intencional. Foi realizada com uma
populao composta de indivduos que estavam devidamente inscritos na lista de espera da
Clnica Escola de Fisioterapia - UNISUL, Campus Regional Sul / Unidade Tubaro, com
diagnstico de hrnia de disco lombar. A amostra foi constituda dos indivduos que
obedeceram aos seguintes critrios de incluso:
a) Constar na lista de espera citada acima, com o diagnstico de hrnia de disco
lombar.b) Idade cronolgica de 25 a 55 anos de ambos os gneros.
Como critrios de excluso foram estabelecidos os seguintes parmetros:
a) Faltar qualquer interveno fisioteraputica.
b) Realizar outro tratamento teraputico simultaneamente com a fisioterapia ou,
ter realizado outro tratamento fisioteraputico num intervalo menor que seis meses.
c) No conseguir realizar os movimentos necessrios para a realizao do
tratamento (dor) ou utilizao de roupas que limitem a aplicao das tcnicas (roupasinadequadas).
d) Realizar exerccio fsico duas vezes ou mais por semana (musculao, yga,
Pilates, RPG, cooper, ginstica, isostretching).
e) Utilizar medicao analgsica e/ou antiinflamatria em concomitncia com o
tratamento proposto.
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353.3.2 Procedimentos para coleta de dados
Foi realizado o contato com os pacientes que apresentaram hrnia de disco lombar
por telefone atravs da lista de espera da Clnica Escola de Fisioterapia e foram contatados
para comparecer em data e horrio agendados para a avaliao fisioteraputica.
Aps a seleo de 6 (seis) indivduos que se enquadraram aos critrios de incluso,
os mesmos foram submetidos a nove consultas fisioteraputicas. Na primeira consulta foi
explicado ao paciente os objetivos e as tcnicas a serem utilizadas, esclarecendo todos os
critrios que podiam exclu-lo da amostra. Aps o paciente aceitar fazer parte da amostra o
mesmo assinou um termo de consentimento livre esclarecido TCLE confirmando estar cientede todos os procedimentos a serem utilizados no tratamento. Logo em seguida foi avaliado
dor atravs da EVA e flexibilidade pelo teste definger-floor.
A EVA consiste em uma linha de 10 cm. O ponto inicial da escala representado
por 0 cm o qual identifica que o indivduo no apresenta dor e o ponto final por 10 cm
quantificando a pior dor possvel. Ser pedido ao paciente para que o mesmo faa um trao
nessa linha de 10 cm que corresponda ao valor de sua dor no momento da avaliao.
No teste definger-floor, o paciente faz flexo da coluna, anotando-se a distncia,em centmetros, da ponta do terceiro dedo ao solo4. Nesse estudo, foi utilizado um banco de
15 cm de altura, para quantificar com fidedignidade essa distncia.
Aps a avaliao destas variveis, ainda na primeira consulta, foi realizada a
interveno atravs da tcnica de liberao muscular. Num todo, foram realizadas nove
consultas, sendo que, na ltima foi feito uma reavaliao da dor do paciente, atravs da EVA,
e o terapeuta verificou o grau de flexibilidade por meio do teste definger-floor.
A coleta foi feita no perodo de maro de 2010 novembro de 2010, sendo quecada paciente foi atendido duas vezes por semana, com durao de 40 minutos cada consulta.
As tcnicas de liberao muscular foram realizadas nas posies descritas no captulo
anterior. Os atendimentos aos pacientes foram feitos nos perodos matutino (4 pacientes),
vespertino (1 paciente) e noturno (2 pacientes).
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363.3.3 Procedimentos para anlise de dados
Foi feito uma anlise da dor e flexibilidade do paciente atravs da EVA e teste
finger-floor.
Os dados foram armazenados em uma planilha do Excel. A anlise estatstica da
dor e da flexibilidade foi feita atravs do teste de Wilcoxon ( = 0,05) para amostras
independentes comparados os valores da avaliao e reavaliao da EVA, em centmetros, e
do teste definger-floor, tambm em centmetros.
3.3.4 Aspectos ticos da pesquisa
A pesquisa teve incio logo aps a aprovao do projeto de pesquisa pelo Comit
de tica em Pesquisa da UNISUL, com o cdigo 10.020.4.08.III.
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374 ANLISE E DISCUSSO DE DADOS
Neste captulo sero apresentados os resultados e a discusso coletados no estudo. Os
dados sero demonstrados atravs de tabelas relacionando os mesmos com as avaliaes e
reavaliaes de flexibilidade e dor.
Para anlise de dados, foi utilizado o teste de Wilcoxoncom nvel de significncia de
5% a fim de verificar diferena estatstica entre as mdias das variveis analisadas.
Logo abaixo, foram descritos os dados coletados na avaliao e reavaliao dos
pacientes com hrnia de disco lombar submetidos ao tratamento de liberao muscular.
No quadro 1, foram apresentados os dados relacionados a dor, avaliados pr e ps otratamento de liberao muscular, com auxlio da EVA.
4.1 Dor (EVA)
Na avaliao, foi possvel observar que quatro dos seis pacientes apresentavam dornvel 8, sendo que, na reavaliao ps-tratamento, trs dos mesmos zeram o nvel de quadro
lgico.
Quadro 1 Dados referentes dor (EVA), em cm.
Amostra Avaliao Reavaliao
1 8 02 8 0
3 7 2
4 8 3
5 5 0
6 8 0
Os dados dos indivduos com relao dor na avaliao obtiveram uma mdia de 7,33cm na EVA (1,21), sendo a medida mnima de 5 cm e mxima de 8 cm (moda = 8 cm). Na
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Todavia, no h significncia quanto anlise estatstica dos dados relacionados
flexibilidade (p>0,3).
Para facilitar a visualizao, os dados acima esto demonstrados na tabela a seguir:
Quadro 3 Dados referentes flexibilidade (finger-floor), em cm.
Amostra Avaliao Reavaliao
1 15 6,5
2 17 9
3 31 23
4 10 14
5 31 33
6 43 25
Quadro 4 Mdia da flexibilidade (finger-floor, em cm) na avaliao e reavaliao.
Pacientes Avaliao Reavaliao
Mdia 24,5 18,42
Desvio padro 12,51 10,27
Mnimo 10 6,5
Mxima 43 33
Moda 31 No h.
Segundo Salter e Kapandji 1, 3, a hrnia discal vem a ser a principal causa de dores na
coluna lombar. Alm disso, a diminuio da flexibilidade outra alterao que pode estarassociada herniao do disco. 5.
Lombalgias frequentemente trazem consigo alteraes associadas tais como espasmos
e fraquezas musculares alm de diminuio de flexibilidade. Algumas ocupaes profissionais
podem, dentre outras alteraes, desencadear tenses musculares por exigir posturas
inadequadas. Contraes contnuas por tempos prolongados desencadeiam alteraes
circulatrias e metablicas significativas podendo promover, dentre outras alteraes,
hipersensibilidade e rigidez temporrias23
.
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Os resultados demonstrados no estudo de Thomas, Silman, Papageorgiou, Macfarlane
e Croft 26, apontam que a mobilidade na regio lombar pode estar associada a lombalgias.
Estudos realizados afirmam que tcnicas teraputicas manuais, quando baseadas em
manobras miofasciais, mostram eficcia principalmente no que diz respeito lombalgias
agudas 27. A TEM tem por finalidade eliminar tenses musculares, promovendo assim
relaxamento muscular e, por conseguinte, melhoras com relao qualidade de vida ao
indivduo 5. Pde-se observar que no presente estudo, as variveis acima citadas apresentaram
alteraes positivas, comprovando assim os resultados obtidos durante essa pesquisa, onde
com a aplicao da tcnica de liberao muscular obtivemos um alvio significativo da dor.
Um estudo sobre a dor, afirma aos profissionais da sade a necessidade de avaliao e
mensurao da dor de forma regular, assim como os sinais vitais. O mesmo ainda afirma, decerta forma, aprimorar e segurar respectivamente a teraputica e equipe profissional, alm
de garantir melhoras com relao qualidade de vida 28.
Um estudo prospectivo realizado por Wilson, Payton, Donegan-Shoaf e Dec 29, que
tinha o objetivo de analisar os resultados da TEM em pacientes com lombalgia aguda, avaliou
e tratou dez homens e nove mulheres com esse diagnstico. Foram formados dois grupos
aleatoriamente, sendo um, o grupo controle, o qual recebeu um tratamento de reeducao
neuromuscular e treinamento de resistncia, e o outro, o grupo experimental, que eracomposto do mesmo plano de tratamento do grupo anterior, porm, somada TEM. Ambos
foram submetidos ao tratamento respectivo ao grupo oito vezes em um perodo de quatro
semanas.
Os resultados do estudo acima demonstraram diferena estatisticamente significativa
com o grupo experimental apresentando maior melhora no que diz respeito capacidade
funcional que o grupo controle.
Salvador, El Daher Neto e Ferrari
23
, realizaram um estudo sobre a aplicao da TEMem coletores de lixo com lombalgia mecnica aguda. Participaram da pesquisa 28 indivduos,
sendo os mesmo divididos aleatoriamente em dois grupos. O primeiro, grupo experimental,
aplicava-se a TEM. No segundo, grupo controle, os indivduos eram submetidos
eletroestimulao transcutnea. Ambos os grupos utilizaram EVA e testes de comprimento
muscular a fim de avaliar e reavaliar os indivduos. Ao final desse estudo, pde-se observar
uma melhora estatstica significativa no grupo experimental, mostrando diminuio da dor e
aumento da flexibilidade aps aplicao da tcnica. No estudo citado acima, a melhora
significativa da dor corrobora com esta pesquisa enquanto que, a melhora da flexibilidade
diverge com os resultados obtidos neste estudo.
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A terapia manual, afirma Aure, Hoel e Vasseljen 30, mostrou significante melhora
quando em comparao com teraputicas de exerccios ativos em quadros de pacientes com
lombalgia crnica.
Um estudo randomizado envolvendo 20 indivduos com dor lombo-plvica, sendo os
mesmos divididos em dois grupos, demonstrou uma diferena estatstica significante. O grupo
controle, que recebeu tratamento placebo, sofreu um aumento com relao EVA enquanto
que o grupo experimental, que se submeteu ao tratamento de TEM, obteve diminuio
significativa da mesma, efetivando assim a tcnica aplicada 31. A pesquisa acima mostra a
eficcia do tratamento de liberao muscular, melhorando estatisticamente o quadro lgico
dos pacientes concordando assim com o presente estudo.
Estudos realizados afirmam que os msculos iliopsoas e glteo mximo possuemfuno estabilizadora da regio lombar 32, 33. Atividades que envolvem contraes do msculo
iliopsoas promovem foras de compresso e de cisalhamento principalmente sobre a regio
lombar, que pioram ainda mais o quadro de indivduos com dores na coluna vertebral 34.
Durianova examinou 30 pacientes com espasmo do msculo liopsoas e os mesmos relataram
dor na regio dos ombros, nas articulaes sacroilacas e, principalmente na regio lombar,
vindo de encontro e corroborando presente pesquisa realizada 35.
Segundo Chaitow6
, as tcnicas de energia muscular so eficazes em quadros em que ador e o espasmo muscular prevalecem, podendo no precisamente promover ganhos
significativos de mobilidade. Esta citao iguala-se ao presente estudo, observando que a dor
estatisticamente reduziu enquanto que a flexibilidade no apresentou melhoras significativas.
Aps anlise literria, a maioria dos estudos apresentados e discutidos nessa pesquisa
corroboraram com o presente estudo realizado.
Boa parte dos estudos encontrados e apresentados nessa pesquisa buscaram, de certa
forma, analisar alteraes individuais dos msculos da regio lombar. Contudo, este estudoprocurou mostrar a importncia de uma anlise mais ampla da musculatura envolvente.
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425 CONSIDERAES FINAIS
Este estudo abordou um tratamento proposto para indivduos com hrnia de disco,
analisando os mesmos principalmente no que diz respeito varivel dor, visto que, a mesma
vem a ser o fator mais limitante desta patologia.
Este trabalho, seguindo a metodologia proposta, constatou que a liberao muscular
proporciona estatisticamente reduo e alvio do quadro lgico. Ao contrrio da dor, a
flexibilidade ao teste estatstico no pode comprovar melhora.
Diante da dificuldade de obteno de amostras para esse estudo, sugerem-se novas
pesquisas com maior nmero de amostras que venham a comprovar estatisticamente obenefcio da tcnica de liberao muscular com relao flexibilidade em pacientes com
hrnia de disco.
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ANEXOS
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ANEXO A Ficha de Avaliao
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FICHA DE AVALIAO DO ESTGIO SUPERVISIONADO EM ORTOPEDIA,
REUMATOLOGIA E TRAUMATOLOGIA CLNICA ESCOLA DA UNISUL
Professor: Ralph F. Rosas
Nome:
_________________________________________________________________________________
Data de
Nascimento:_____________________Idade:________Sexo:________Raa:___________________
Encaminhamento
Mdico:________________________________________Profisso:_________________________
Diagnstico
Mdico:_________________________________________________________________________
QP.:______________________________________________________________________________
H.M.A.:___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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sem dor dor insuportvel
Goniometria:Articulao Movimento Esquerdo Direito
AVAL REAVAL AVAL REAVAL
Testes Especiais:Teste Resultado
AVAL REAVAL
Exames Complementares:Exame/Data Resultados
Disfunes identificadas:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
DIAGNSTICO CINTICO-FUNCIONAL: _____________________________________________
Objetivo do tto:
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
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Plano de tratamento:
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Nome do aluno
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ANEXO B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
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53Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA UNISULCOMISSO TICA EM PESQUISA CEP UNISUL
TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO TCLE
TTULO DO PROJETO:EFEITO DA LIBERAO MUSCULAR NA DOR LOMBAR EM PACIENTESCOM HRNIA DE DISCO.
OBJETIVOS E FINALIDADES DO PROJETO:Analisar o efeito da liberao muscular na dor lombar empacientes com hrnia de disco.
RESPONSVEIS PELO PROJETO:
Jasom Pamato 0XX(48) 99154435 / e-mail: [email protected] Loureno 0XX(48) 96093525 / e-mail: [email protected]
Prof orientador: Ralph Fernando Rosas - e-mail: [email protected]
ESCLARECIMENTOS AO VOLUNTRIO:
Os voluntrios sero submetidos primeiramente a uma avaliao fisioteraputica. Os voluntrios que aceitarem participar deste estudo no sero submetidos a nenhum procedimento
invasivo, doloroso ou que a exponha a qualquer tipo de risco biolgico. O perodo de participao ser de maro a novembro de 2010. Os voluntrios ficaro assegurados quanto ao direito de recusar a responder ou participar da
avaliao fisioteraputica, sem dar maiores explicaes justificativas a pesquisadora. Os voluntrios no devero receber nenhum valor em direito e nem dever ter qualquer despesa
para participar do estudo, sendo este carter totalmente gratuito.
CONSENTIMENTO DA PARTICIPAO DA PESSOA COMO SUJEITO
Eu,_____________________________________________________________________,RG:____________________ CPF:______________________,abaixo assinado, concordo em participar do estudo:Efeito da liberaomuscular na dor lombar em pacientes com hrnia de disco.,ambos gnero, faixa etria entre 25 e 55 anos, comosujeito. Fui devidamente informado e esclarecido pelo (s) pesquisador (es)______________________________________________________________ sobre a pesquisa, os procedimentosnela envolvidos, assim como os possveis riscos e benefcios decorrentes de minha participao. Foi-megarantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ouinterrupo de meu acompanhamento/ assistncia/tratamento.
Local e data: _______________________________________________________________
Nome e Assinatura do sujeito ou responsvel:___________________________________________.
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IDENTIFICAO DOS PESQUISADORES
___________________________________________Jasom Pamato
_______________________________________________Priscila Loureno
____________________________________________Ralph Fernando Rosas (Prof orientador)
Tubaro, ___ de ________________ de 2009.