SUMÁRIO
CAPÍTULO I - BELEZA TÓXICA
03 Por trás dos rótulos 04 Os tais parabenos 05 O perigo escondido nas fragrâncias 06 A definição de disruptor endócrino 07 Dicas para uma penteadeira mais segura
CAPÍTULO II - POR QUE USAR COSMÉTICOS NATURAIS?
10 Afinal, o que são cosméticos naturais? 11 Os benefícios dos cosméticos sustentáveis 11 Ingredientes aliados da beleza natural 12 O que são óleos essenciais? 13 Por que cosmético orgânico é “caro”? 14 A “lavagem verde”
CAPÍTULO III - INGREDIENTES PARA EVITAR EM COSMÉTICOS
17 Tabela de ingredientes 01 18 Tabela de ingredientes 02 19 Tabela de ingredientes 03
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POR TRÁS DOS RÓTULOS
Desodorante, perfume, shampoo, condicionador,
hidratante, sabonete, rímel, batom. São muitos os
produtos presentes na nossa rotina. Mas você já parou
para ler os rótulos deles? Sabe o que significam todas
aquelas químicas? Muitas mulheres não fazem ideia,
mas esses ingredientes aparentemente inofensivos
podem fazer mal à saúde.
Segundo o Grupo de Trabalho Ambiental (EWG),
organização dedicada a combater o uso de substâncias
perigosas em cosméticos, estamos expostas a 170
químicas diferentes, dia após dia. Parabenos, sulfatos,
formaldeído,afragrânciasasintéticasaeacorantes
artificiais são alguns exemplos. E o Grupo aponta
através de seus relatórios que essas substâncias
podem trazer problemas que vão de alergias ao câncer.
Ao longo deste ebook, apresentaremos alguns desses
ingredientes e os riscos que eles podem trazer à sua
saúde. Além disso, traremos dicas práticas para que
você saiba como evitá-los, e assim possa cuidar da
beleza de maneira mais segura.
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OS TAIS PARABENOS
Utilizados para evitar que os cosméticos estraguem
devido à ação de micro-organismos, os conservantes
estão presentes na maioria dos produtos de beleza que
conhecemos. Apesar de útil para preservar a fórmula, o
uso de ingredientes como os parabenos, uma classe de
substâncias químicas muito usada para esse fim, é alvo
de diversas críticas.
Philippa Darbre, cientista da Universidade de Reading,
na Inglaterra, é referência por estudos que associam os
parabenos a doenças como o câncer. Segundo Darbre,
esses ingredientes são capazes de “imitar” a ação do
hormônio estrogênio no organismo, o que pode
estimular o crescimento anormal das células e
contribuir para a formação de tumores.
Em seu estudo, ela e a equipe coletaram tecidos dos
seios de mulheres que haviam passado por
procedimentos de retirada total ou parcial da mama
devido ao câncer. Os resultados surpreenderam: 99%
das amostras continham ao menos um tipo de
parabeno, indicando que eles podem penetrar na pele.
O estudo não concluiu que esses conservantes
causam câncer, mas Philippa acredita ser necessária
uma investigação mais aprofundada sobre eles.
O alumínio nos desodorantes
Dra. Darbre também descobriu que outras químicas
têm o potencial de desequilibrar os hormônios.
Estudos publicados em 2007 e 2005 apontam que
ingredientes derivados do alumínio, usados em
desodorantes, também podem interferir nos níveis de
estrogênio e facilitar a formação de tumores.
Como os parabenos, o alumínio pode penetrar na pele
e se depositar em tecidos, principalmente quando ela
está vulnerável após a depilação.
Uma pesquisa conduzida pelo Laboratório de
Saúde Pública de Tóquio em 2002 aponta que o
propilparabeno, um tipo de parabeno, pode
afetar negativamente a fertilidade de mamíferos.
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O PERIGO ESCONDIDO NAS FRAGRÂNCIAS
Em 2010, a organização americana Campanha por
Cosméticos Seguros (Campaign for Safe Cosmetics)
divulgou um estudo que aponta os possíveis malefícios
de substâncias ocultas nas composições dos perfumes.
De acordo com o relatório Not So Sexy: The Health
Risks Of Secret Chemicals In Fragrance (Não Tão Sexy:
Os Riscos à Saúde de Substâncias Químicas Secretas
nos Perfumes), o ingrediente “fragrância” pode
esconder milhares de químicas dos rótulos.
Isso porque o nome “fragrância” diz respeito não a um
único ingrediente, mas uma mistura deles elaborada
para agradar o nosso olfato. E como o fabricante não é
obrigado a listar quais substâncias compõe essa
mistura, o consumidor não sabe, pelo rótulo, o que ele
está comprando.
Marcas famosas como Chanel, Calvin Klein, Victoria’s
Secrets e Britney Spears foram usadas no estudo. Ao
contrário do que se espera de produtos com preço
elevado, os resultados não foram positivos.
As fragrâncias analisados tinham, no mínimo, dez
componentes conhecidos por desencadear reações
como asma, dor de cabeça e dermatite de contato.
Ainda segundo o documento, várias químicas usadas
para garantir o perfume dos cosméticos podem
interferir também nos hormônios, aumentado o risco
de câncer de mama e próstata, obesidade e problemas
na tireoide. Entre essas substâncias perigosas estão
uma classe de componentes chamada “ftalatos”.
Banidos da formulação de cosméticos na União
Europeia, eles são considerados potencialmente
cancerígenos, segundo órgãos como a Agência
Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) e o
Programa Nacional de Toxicologia (National
Toxicology Program). Podem ser encontrados em
perfumes e esmaltes e são usados para que os
produtos tenham maior fixação na pele e nas unhas.
5/Matriznatural
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• Esteja bem informada: sites e blogs referências no
assunto podem facilitar na escolha de cosméticos mais
seguros. O Grupo de Trabalho Ambiental oferece um
banco de dados no qual você pode digitar o nome de
qualquer ingrediente do rótulo de um cosmético e
saber se ele é confiável (clique aqui para acessá-lo).
•aDiminua a quantidade de cosméticos da sua
rotina: é muito comum usarmos mais produtos do que
realmente precisamos. Perguntar a si mesma “eu
preciso mesmo disso?” antes de comprar pode ajudar a
evitar esse problema.
• Fuja de produtos em aerossol ou spray: quando
inaladas, algumas substâncias podem trazer danos
para a saúde a longo prazo. Portanto, prefira versões
líquidas ou cremosas.
• Faça você mesma: ao invés de comprar pronto, que
tal produzir seus próprios cosméticos em casa? É mais
barato, ecológico e saudável. Você pode usar
ingredientes naturais como óleo de coco, açúcar,
bicarbonato de sódio, aveia, borra de café e camomila
para criar desde simples esfoliantes até pasta de
dente. Sempre que possível, opte pelos orgânicos.
Hormônios são mensageiros químicos que viajam pelo corpo e coordenam processos complexos, podendo influenciar o sistema imune e até o nosso comportamento. Em resposta ao sinal do cérebro, eles são liberados diretamente no sangue por meio das glândulas que os produzem e os armazenam. Essas glândulas representam o que conhecemos como “sistema endócrino”. Substâncias químicas que interferem nesse sistema são chamadas de “disruptores endócrinos”
FONTE: Hu�ngton Post
Esses são uns poucos exemplos de ingredientes
encontrados nos cosméticos, mas existem milhares. É
certo que nem todos oferecem perigo à saúde humana,
mas boa parte deles tem sido apontados por pesquisas
como perigosos, sendo alguns comprovadamente
nocivos, como é o caso do formaldeído (o “formol”).
Apesar de estudos apontarem riscos, órgãos
governamentais como a Anvisa e a FDA, essa última
responsávelapeloacontroleadeamedicamentos,
alimentos e cosméticos nos Estados Unidos, permitem
o uso dessas químicas e afirmam que são seguras, o
que nos coloca em um impasse.
Porém, se existem riscos e alternativas menos
duvidosas, será que não devemos repensar os
produtos que estamos colocando em nosso corpo?
A princípio pode parecer complicado evitar tantos
ingredientes, já que eles estão presentes em
praticamente todos os produtos que conhecemos, mas
você verá que é mais fácil do que parece.
A seguir, selecionamos algumas dicas práticas para
tornar sua rotina de cuidados mais segura.
•aObserve frases como “sem parabenos”: nos
rótulos, elas auxiliam quem ainda não consegue
identificar facilmente os principais nomes de
ingredientes polêmicos.
• Atenção às composições: adquira o hábito de ler a
fórmula dos produtos de beleza antes de comprar. Isso
ajudará você a se familiarizar com os rótulos.
• Escreva para não se esquecer: não é necessário
decorar dezenas de substâncias químicas. Para
facilitar, anote as principais a serem evitadas e leve o
papel quando for às compras.
“Nós realmente precisamos começar a
questionar os produtos que estão colocando
em nossa pele e não apenas supor que os
ingredientes que estão dentro deles são
seguros.” Richard Bence, para o Daily Mail
Dicas práticas para uma penteadeira mais segura
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• Esteja bem informada: sites e blogs referências no
assunto podem facilitar na escolha de cosméticos mais
seguros. O Grupo de Trabalho Ambiental oferece um
banco de dados no qual você pode digitar o nome de
qualquer ingrediente do rótulo de um cosmético e
saber se ele é confiável (clique aqui para acessá-lo).
•aDiminua a quantidade de cosméticos da sua
rotina: é muito comum usarmos mais produtos do que
realmente precisamos. Perguntar a si mesma “eu
preciso mesmo disso?” antes de comprar pode ajudar a
evitar esse problema.
• Fuja de produtos em aerossol ou spray: quando
inaladas, algumas substâncias podem trazer danos
para a saúde a longo prazo. Portanto, prefira versões
líquidas ou cremosas.
• Faça você mesma: ao invés de comprar pronto, que
tal produzir seus próprios cosméticos em casa? É mais
barato, ecológico e saudável. Você pode usar
ingredientes naturais como óleo de coco, açúcar,
bicarbonato de sódio, aveia, borra de café e camomila
para criar desde simples esfoliantes até pasta de
dente. Sempre que possível, opte pelos orgânicos.
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•aPrefira produtos hipoalergênicos e sem
fragrância: cosméticos hipoalergênicos são aqueles
formulados para pessoas sensíveis. Suas composições
costumam ter menos componentes alergênicos e
menos químicas polêmicas em geral, como as
fragrâncias sintéticas. Lembre-se apenas de que esses
produtos não são naturais, apenas possuem uma
quantidade menor de ingredientes.
• Escolha produtos de beleza naturais no lugar dos
comuns: cosméticos 100% naturais e formulados com
ingredientes orgânicos trazem menos impactos para a
saúde e para o meio ambiente, pois não possuem em
suas formulações parabenos, fragrâncias sintéticas,
alumínio e ftalatos, entre outras químicas polêmicas.
• Seja criativa: um produto 100% natural pode ter
inúmeras utilidades, pois seus ingredientes quase
sempre são compatíveis com partes do corpo
diferentes daquela que ele foi destinado para cuidar.
Sabonete corporal pode virar shampoo, óleo para o
corpo também funciona para hidratar e proteger os
cabelos, condicionador pode ser usado como creme
de pentear ou mesmo como definidor de cachos.
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Como você viu até aqui, os produtos de beleza
convencionais podem conter ingredientes nocivos
para a saúde e para o meio ambiente.
Por isso, os cosméticos naturais surgem como uma
alternativa mais saudável e ecológica, propondo cuidar
da pele e dos cabelos com o mínimo de impactos.
Afinal, o que significa “cosmético natural” e “cosmético orgânico”?
Muita confusão se faz sobre o significado do termo
“cosmético natural”, e existe um motivo para isso:
órgãos como Anvisa e FDA, que regulamentam
cosméticos, não definem quais pré-requisitos um
fabricante precisa atender para ter seu produto
considerado natural.
Por isso, órgãos particulares, especializados em
inspecionar produtos ditos orgânicos ou naturais,
estabelecem quais normas precisam ser seguidas para
serem definidos dessa maneira. Para o IBD (Instituto
Biodinâmico), principal certificador privado brasileiro,
um cosmético natural precisa ter 5% de sua fórmula
composta por ingredientes orgânicos.
Os 95% restantes podem ser ingredientes naturais,
como óleo de coco, manteiga de cacau, argila, aloe
vera, extrato de camomila e diversos outros.
Ao contrário dos produtos naturais, que são atingidos
pela falta de regulamentação de órgãos do governo, a
Lei 10.831/2003 estabelece os significados de
“produção orgânica” e “produto orgânico”.
Resumidamente, podemos dizer que um produto
orgânico é aquele produzido de maneira sustentável e
socialmente justa, sem mão de obra escrava,
transgênicos, agrotóxicos ou abudos sintéticos. Ele
também precisa ser certificado por um órgão
competente para o consumidor ter a garantia de que
esses pré-requisitos foram cumpridos.
Comparando o cosmético natural ao orgânico, a
diferença primordial é que o cosmético orgânico
precisa ter uma grande porcentagem de seus
ingredientes naturais proveniente da produção
orgânica, bem acima dos 5% exigidos para cosméticos
naturais. Quem define essas porcentagens são as
certificadoras, sobre as quais falaremos mais adiante.
10/Matriznatural
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São livres de químicas nocivas: o principal
benefício dos cosméticos naturais e orgânicos é
excluírem de seus rótulos químicas perigosas para dar
lugar a ingredientes que tenham o mínimo de impacto.
aaaaaCausam menos danos ao meio ambiente:
esses produtos são elaborados com substâncias
menos agressivas para o meio ambiente, evitando a
poluição dos recursos hídricos e a morte de animais.
Podem oferecer propriedades terapêuticas:
presentes em muitos cosméticos naturais e orgânicos,
os chamados “óleos essenciais”, substâncias derivadas
das plantas, oferecem propriedades como ação
antisséptica, anti-inflamatória, bactericida e fungicida.
E esse são apenas alguns dos ingredientes benéficos
que esses produtos de beleza trazem.
Não são testados em animais: as empresas que
certificam os cosméticos orgânicos proíbem qualquer
tipo de testes em animais. Logo, esses produtos são,
obrigatoriamente, livres de sofrimento animal.
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Os ingredientes que são grandes aliados da beleza natural
Na indústria cosmética, “argila” é o termo que define
uma mistura de minerais extraídos do solo e utilizados
para tratamentos estéticos. Graças à versatilidade e às
propriedades terapêuticas que elas oferecem,
inúmeros produtos de beleza naturais as utilizam como
principais matérias-primas.
Segundo Soraia Zonta, especialista em argilas e no
desenvolvimento e formulação de cosméticos pela
Associação Brasileira de Cosmetologia, a maior
concentração de um tipo de mineral (como zinco, ferro,
cálcio e outros) é responsável por definir qual será o
benefício e coloração da argila.
“As argilas com tons de cinza e verde possuem uma
concentração maior de minerais capazes de realizar o
controle das glândulas que produzem a oleosidade da
pele”, diz Soraia. “Já as argilas vermelhas promovem o
aumento da elasticidade e do tônus devido a
oligominerais como o ferro e as hematitas”.
Quais são os benefícios dos cosméticos sustentáveis?
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Os óleos essenciais são substâncias complexas e de natureza volátil. Produzidos pelas plantas, estão ligados a importantes processos biológicos delas, como reprodução e defesa. No organismo humano, essas químicas oferecem propriedades terapêuticas, como combate a micro-organismos, ao envelhecimento, ao excesso de oleosidade, entre muitas outras. Além disso, contribuem positivamente para a saúde emocional, já que os óleos essenciais podem auxiliar no combate à depressão, ansiedade, ao cansaço mental, etc. Em cosméticos naturais, são usados para conservar a formulação, perfumar e potencializar os benefícios dos produtos.
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De acordo com a bióloga e pesquisadora Luciane
Schoppan, os óleos e as manteigas vegetais, muito
presentes nos cosméticos naturais, possuem vitaminas
e minerais que nutrem e auxiliam no combate ao
envelhecimento. A pró-vitamina A e a vitamina E são
alguns exemplos.
Além disso, colaboram para evitar o ressecamento sem
interferir nos mecanismos de hidratação natural, uma
vez que são mais fáceis de absorver e compatíveis com
a estrutura da pele.
Para os cuidados da beleza, óleos ricos em
ômega-3 e ômega-6, como os de semente de
linhaça e amêndoas, são grandes aliados. Esses
tipos de gorduras são capazes de regenerar a
barreira lipídica danificada, evitando a perda de
água e portanto o ressecamento.
Por que produtos orgânicos são “caros”?
Quando você compra um produto orgânico, está
comprando algo que visa preservar recursos naturais,
a saúde dos consumidores, ser produzido de maneira
socialmente justa e sustentável, além de outros
benefícios já citados até aqui.
Porém, produzir dessa maneira não é barato e exige
que os produtores recorram a alternativas que
trazem custos elevados. Somado a isso, outros fatores
interferem no preço dos orgânicos e fazem com que
eles tenham valor superior.
De acordo com a FAO (Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura), um desses
fatores seria a baixa oferta de produtos em relação à
procura, que vem crescendo nas últimas décadas.
Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária), dois outros elementos também
tornam o cultivo orgânico mais caro: a maior demanda
por mão de obra e o selo de certificação.
Esse último vai garantir ao consumidor que a empresa
produz de maneira sustentável e socialmente justa, e
não usa em suas formulações químicas nocivas. No
entanto, para receber a certificação, os produtores
precisam se adequar a inúmeras exigências,
demandando investimentos que refletem no preço.
No Brasil, as principais empresas que emitem selos de
certificação natural e orgânica são o IBD e a EcoCert.
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Por fim, temos a mão de obra, maior na agricultura
orgânica. Isso porque nem sempre é possível ou viável
economicamente a mecanização, principalmente
quando se trata de propriedades familiares. E além de
maior, essa mão de obra deve ser remunerada de
maneira justa, o que aumenta o preço final.
Se só considerarmos o preço e não todos os benefícios
que estão agregados ao produto orgânico, talvez o
adjetivo “caro” faça algum sentido.
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Mas se pensarmos em todas as vantagens que eles
oferecem para nós e para o meio ambiente, o mais
correto seria falar em investimento.
O dinheiro será gasto, mas receberemos o retorno
mais adiante, direta ou indiretamente.
A “lavagem verde”
Com o crescimento da demanda por produtos
ecologicamente corretos, graças aos benefícios que
oferecem, muitas empresas passaram a fazer uso do
“greenwashing” para fisgar consumidores desatentos.
O termo, que pode ser traduzido como “lavagem
verde”, caracteriza a prática de usar o marketing
enganoso para vender como sustentável produtos e
serviços que não possuem essa característica.
Embalagens com cores e ilustrações que remetem à
natureza e rótulos com atributos vagos como “amigo
do meio ambiente” são algumas das estratégias usadas.
Denúncias de “greenwashing” podem ser feitas para
órgãos como o Conar (Conselho Nacional de
Autorregulamentação Publicitária).
Exemplos de selos de certi�cação encontrados em cosméticos
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15
O pecado do selo falso: passar a ideia, por texto
ou imagem, de que aquele produto tem um selo de
certificação que na verdade ele não possui. Para
driblar isso, verifique se o suposto “selo” é real, como
os que são fornecidos pelos órgãos IBD e EcoCert.
aaaaO pecado do custo ambiental camuflado: o
rótulo destaca uma qualidade “sustentável” do
produto e esconde outras características que podem
resultar em prejuízos maiores para o meio ambiente.
Publicado em 2010, o relatório The Sins of
Greenwashing (Os pecados do Greenwashing), da
consultoria TerraChoice, aponta sete “pecados” que
empresas podem cometer ao comercializar produtos
ditos sustentáveis. No estudo, o segmento de
cosméticos e higiene pessoal foi o que mais apresentou
apelos mentirosos, principalmente em países como
Canadá e Brasil.
Abaixo, adaptamos alguns desses “pecados” para que
você saiba como detectá-los.
O pecado da falta de provas: esse pecado é
cometido quando um apelo do produto não pode ser
provado por informações de acesso fácil ao
consumidor. Um exemplo é dizer que um cosmético é
100% natural e não fornecer a composição dele para o
cliente poder verificar.
O pecado da incerteza: muitas empresas incluem
nos rótulos frases como “elaborado com ingredientes
naturais” ou “amigo da natureza” para vender o
produto como sustentável. Esses apelos não garantem
nada: mercúrio também é natural, mas traz danos para
a saúde e para a natureza.
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Parabenos
Ingrediente(s) Pode ser encontrado(s) em Como aparece nos rótulos Problemas associados
Grande parte dos cosméticos, mas principalmente maquiagens
Methylparaben, Propylparaben, Butylparaben, Ethylparaben
Distúrbios hormonais
Liberadores deFormol
Lenços umedecidos, shampoo, condicionador e diversos outros produtos capilares
DMDM Hydantoin, Imidazolidinyl Urea,aDiazolidinylaUrea, Quaternium-15
Dermatite de contato
Tolueno Esmaltes Toluene Irritações na pele e no sistema respiratório
DBP Esmaltes e perfumes Dibutyl Phthalate Câncer, distúrbios hormonais e irritações na pele
Formol Esmaltes e alisamento capilar Formaldehyde Câncer, distúrbios hormonais e irritações na pele
Fragrância Grande parte dos cosméticos, pois garante aroma agradável aos produtos
Fragrance Câncer, distúrbios hormonais, alergias, danos no sistema respiratório
Resorcinol Tinturas capilares Resorcinol Distúrbios hormonais e irritações na pele
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Compostos deAlumínio
Aluminium Chlorohydrate, Aluminium Powder
Câncer e distúrbios hormonais
Desodorantes e maquiagens em pó
Font
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"Vitamina A" ou Retinol
Produtos anti-idade em geral
Retinol Aumento do risco de câncer de pele
Compostos butilados
BHT, BHA Batons, sombras, brilho labial, delineador
Câncer, distúrbios hormonais e alergias
Triclosan TriclosanDesodorantes, perfumes, sabonetes antissépticos
Distúrbios hormonais
PEG’s Substâncias que contenha a abreviação "PEG" no nome (ex.: PEG-4 Laurate)
Hidratantes, condicionadores, gel capilar, produtos anti-idade em geral
Alergias como dermatite de contato
Etanolaminas Grande parte dos produtos capilares
Triethanolamine, Cocamide DEA, TEA-lauryl sulfate, Cocamide MEA
Câncer e prejuízos para a fertilidade
Chumbo Maquiagens, tinturas capilares, argilas
Não está listado nos rótulos, pois é um ingrediente contaminante
Distúrbios hormonais e prejuízos para a fertilidade
Oxibenzona Protetores solares, maquiagens com proteção solar
Oxybenzone, Benzophenone-3 Câncer e distúrbios endócrinos
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Compostos de retinol
Maquiagens em geral e protetores solares
Retinyl Palmitate, Retinyl Acetate, Retinyl Oleate
Aumento do risco de câncer de pele
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Ingrediente(s) Pode ser encontrado(s) em Como aparece nos rótulos Problemas associados
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Ingredientes que contenham "FD&C" no início do nome (ex.: FD&C blue 1)
Alergias como dermatite de contato
Corantes Arti�ciais Esmaltes, maquiagens em geral, tinturas capilares
PPD Tinturas capilares P-phenylenediamine, Phenylenediamine ou PPD
Alergias como dermatite de contato
Talco Talc Problemas nos sistemas respiratório e reprodutor
Propileno Glicol Gel capilar, condicionador, shampoo, hidratantes
Propylene Glycol Alergias como dermatite de contato
Methylisothiazoli-none
Produtos capilares em geral Methylisothiazolinone Alergias como dermatite de contato
Lauril Sulfato de Sódio (SLS)
Shampoos, sabonetes, condicionadores
Sodium Lauryl Sulfate Alergias como dermatite de contato e descamações
Alergias como dermatite de contato e descamações
Lauril Éter de Sódio (SLES)
Shampoos, sabonetes, condicionadores
Produtos infantis e maquiagens em geral
“Te�on” Tetra�uoroethylene ou PTFE Distúrbios hormonais Sombras, bases, pó facial
Sodium Laureth Sulfate
Derivados de petróleo ("petroquímicos")
Grande parte dos cosméticos, mas principalmente produtos capilares
Para�num Liquidum, Mineral Oil, Petrolatum, Para�n Wax
Interferem na hidratação natural da pele e acumulam nos cabelos
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Font
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ampa
nha
por C
osm
étic
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egur
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Gru
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G).
Ingrediente(s) Pode ser encontrado(s) em Como aparece nos rótulos Problemas associados
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