DROGAS COMO PODEMOS AGIR
Psicóloga Rozinez Aparecida Lourenço
Família
Escola
Amigos
Sociedade
INTRODUÇÃO
SÉCULOS XIX e XX Economia Capitalista Transformações Sociais Alterações nos padrões de comportamento Mudanças na estrutura familiar Isolamento da célula familiar Ideologia de consumo: Indução à busca instantânea do Prazer Surgimento de conflitos e desajustes: USO ABUSIVO DE DROGAS.
ASPECTOS SOCIAIS DO CONSUMO DE DROGAS
ASPECTOS SOCIAIS DO CONSUMO DE DROGAS
As condições de vida de uma sociedade
Seu contexto social
Econômico
Político
Cultural
Acabam por influenciar fortemente os hábitos de consumo de uma população.
ASPECTOS SOCIAIS DO CONSUMO DE DROGAS
Cada sociedade elege sua droga
O problema maior não esta apenas no
produto Droga, mas sim na procura pelos adultos,
jovens e crianças, isto ocorre a partir de suas
motivações pessoais e das pressões advindas das
estimulações sociais.
ASPECTOS SOCIAIS DO CONSUMO DE DROGAS
O consumo de substâncias psico-ativas, licitas ou ilícitas,
atinge níveis assustadores no Brasil e no mundo, sendo
diversas as causas:
Crise dos valores sociais
Desigualdade na distribuição de rendas
Influência da mídia
Crise do sistema educacional
Degradação familiar, entre tantos outros fatores preponderantes.
“PRÁTICA HUMANA, MILENAR E UNIVERSAL”
“Prática Humana, Milenar e Universal”
Sabe-se que a droga acompanha a evolução histórica
da humanidade, encontrando-se drogas nos contextos social,
cultural econômico, militar, religioso, místico, medicinal,
psicológico, climatológico, como também na busca do prazer.
O hábito, portanto, não nasceu em determinada
cultura, nem é recente na História da humanidade. As
sociedades humanas sempre conviveram com algum tipo de
substância psicoativa, e continuarão a conviver, sejam elas
licitas ou ilícitas, isto porque elas não desaparecerão, apesar
do consumo abusivo acarretar implicações perigosas,
problemas pessoais e de repercussão na sociedade.
“Prática Humana, Milenar e Universal”
A presença da droga na sociedade não se deve apenas
aos traficantes, mas também ao funcionamento desta própria
sociedade, com a presença de elementos que quando presentes
podem diminuir ou aumentar a probabilidade do uso de
substâncias psicoativas, uma questão de saúde pública e de
educação, e não necessariamente de polícia.
Não é todo consumo que provoca dependência, os
homens não são iguais diante das drogas, é um processo
complexo, onde além da droga intervém o contexto sócio-
cultural e econômico, com suas pressões e condicionamentos
múltiplos, e a personalidade do indivíduo usuário, com suas
motivações pessoais, conscientes e inconscientes.
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO ASSOCIADOS COM O USO DE DROGAS
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO ASSOCIADOS COM O
USO DE DROGAS
Esses fatores podem estar presentes no indivíduo, na
família, na escola, nos amigos (entre os pares) ou na
comunidade, propiciando o uso indevido de drogas
isoladamente ou em conjunto, contribuindo para diminuir a
probabilidade de envolvimento, como impedindo o
aparecimento de novos casos.
É preciso esclarecer que os fatores de risco ou de
proteção, não têm caráter determinante, são elementos na
vida de uma pessoa que aumentam, ou diminuem, a
probabilidade de algo adverso ocorrer.
Uma situação de risco pode contribuir para que um
indivíduo sinta vontade de experimentar drogas, mas não
determina a trajetória que a droga terá em sua vida.
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO ASSOCIADOS COM O
USO DE DROGAS
Os fatores de risco ou de proteção devem ser
considerados de forma conjunta e equilibrada, pois
isoladamente não são indicadores de um comportamento
determinado.
O conhecimento desses fatores na vida do indivíduo,
pode contribuir para mudar o curso de um acontecimento. Por
isso a importância da presença de uma liderança positiva,
exercida por pessoas capazes de transmitir aos jovens UM
ESTILO SAUDÁVEL DE VIVER.
SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
Estarão mais propensas ao uso de drogas as pessoas:
Com saúde deficiente
Com personalidade vulnerável ou mal integradas
Insatisfeitas com a qualidade de vida
Sem informações adequadas sobre as drogas e seus efeitos
Com fácil acesso às drogas
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
Estarão menos propensas ao uso de drogas as pessoas:
Com boa saúde
Bem integradas consigo mesmas, na família e na sociedade
Com qualidade de Vida
Bem informadas
Com difícil acesso às drogas
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
INDIVÍDUO: Os fatores presentes são de natureza genética,
existencial emocional, psicológica e comportamental.
PODEM SER FATORES DE RISCO
Filhos de pais abusadores ou dependentes de drogas
Apresentar na infância, comportamentos contrários às
normas e as regras
Propensão à depressão ou à ansiedade
Início precoce da vida sexual
Ter contato com drogas
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Ser auto confiante e responsável
Manter uma relação afetiva de confiança, com os pais,
parentes, professores, ou outras pessoas capazes de dar
conselhos, e apoio emocional
Ter condições intelectuais e emocionais, para tomada de
decisões
Manter atividades saudáveis de esporte e lazer
Estabelecer e falar sobre suas metas para o futuro
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
FAMÍLIA
PODEM SER FATORES DE RISCO
Pais e Filhos: Pais mal definidos
Presença de adições sociais (uso ou abuso do tabaco,
bebida alcoólica, medicação, intoxicação com o trabalho,
com a comida, etc...)
Comportamentos de abuso ou dependência de drogas
excesso de permissividade ou autoritarismo
Ausência de limites
Falta de modelo adulto
Falta de critérios na aplicação de regras disciplinares
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
FAMÍLIA
PODEM SER FATORES DE RISCO
Falta de diálogo e afetividade comunicação entre pais e
filhos
Desconhecimento de quem sejam os “amigos” e a
família dos “amigos” do filho
Falta de interesse pelo que os filhos fazem
Desinformação sobre drogas, efeitos e conseqüências
Tolerância quanto ao uso do tabaco e do álcool pelos
jovens
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Cuidados pré e pós natais
Presença de vínculos afetivos, significativos, entre seus
membros
Sentimentos reconhecidos e livremente expressos
Comunicação aberta
Papéis definidos
Disciplina coerente
Estilo de crítica afetivo predominando o estilo
compreensivo, em vez de permissivo ou autoritário
Relação de confiança entre pais e filhos
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Verbalização de forma clara do que se espera dos filhos
Estimulo e valorização à educação, demonstrando
interesse pela vida do filho, participando de seus sucessos e
fracassos
Adequado manejo dos conflitos
Compartilhamento de responsabilidades familiares
Hora de lazer
Atitude de “não” usar
Educação sobre o álcool e outras drogas
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
ESCOLA
PODEM SER FATORES DE RISCO
Ambiente físico: nem sempre acolhedor
Ensino / conteúdo: desinteressante, desmotivador
Falta de atividades culturais, durante e extra hora / aula
Normas disciplinares: nem sempre claras e objetivas
(inclusive sobre o uso, pelo aluno, de drogas no interior ou
imediações da escola)
Relacionamento Pais X Escola e Professor X Aluno:
Distante
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
ESCOLA
PODEM SER FATORES DE RISCO
Falta de uma política de prevenção sobre drogas
Tolerância no uso do tabaco
Despreparo quanto a saber informar sobre o uso, abuso
de drogas e suas conseqüências
Despreparo sobre como proceder ao perceber o uso pelo
aluno
Utilização de rótulos para a identificação do aluno, como
forma de punição ou exclusão
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Produzir uma ação educativa, objetivando a promoção do Homem
Verbalizar as expectativas positivas, em relação ao aluno
Estimular o exercício dos princípios de altruísmo, cooperação e solidariedade
Promover atividades criativas e extracurriculares, propiciando vínculos entre aluno, escola, pais e comunidade
Comentar e discutir com os alunos, trabalhos sobre drogas, transmitindo a verdade científica, e a prevenção, num clima didático normal, levando-os à refletir sobre o uso indevido destacando as conseqüências negativas nos aspectos bio-psico-social
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Considerar que os alunos, apesar de virem de lares
diferentes, vivem os mesmos problemas da época, convivem
com vizinhos, escutam os adultos, assistem TV, são
massificados pela propaganda, têm hábitos, e sentem o
mundo de uma maneira própria, com todas as influências já
recebidas
Estimular a continuidade dos estudos, principalmente
junto aos alunos com dificuldades no desenvolvimento
escolar
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
AMIGOS (pares)
PODEM SER FATORES DE RISCO
Família “paralela” permissiva
Atitudes que possam favorecer a experiência com drogas
Amizade com usuários de tabaco, álcool e outras drogas
Relacionamento estreito com o grupo, e um distanciamento das relações familiares, como de qualquer outro grupo saudável
Contato freqüente, com colegas que apresentam comportamento transgressor
Presença da transgressão compulsiva, com à família e os valores sociais
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Aceitar a autoridade situada fora do grupo, seja na
família, na escola, na comunidade
Participar de grupos, com objetivos sociais ou
comunitários
Envolver-se em atividades de esporte, lazer, programas
anti-drogas
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
COMUNIDADE
PODEM SER FATORES DE RISCO
Poder público desorganizado
Marginalização social, falta de oportunidades sócio
econômicas para construção de um projeto de vida
Má distribuição de renda
Falta de oportunidade de emprego para os jovens
Falta de uma política organizada de prevenção às drogas
Veículos de comunicação exaltam a auto-medicação, o
uso do álcool, do tabaco
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
COMUNIDADE
PODEM SER FATORES DE RISCO
Fácil acesso às drogas lícitas e ilícitas
Permissividade em relação ao uso do tabaco, do álcool
Negligência no cumprimento de normas e leis, que
regulamentam o uso de drogas
Violência, falta de segurança, de policiamento preventivo
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
PODEM SER FATORES DE PROTEÇÃO
Política organizada de prevenção ao uso indevido de
drogas
Estabelecimento de normas de controle social, para
prevenir o uso de drogas
Satisfação das necessidades básicas: saúde, habitação,
educação, profissionalização, emprego, lazer
Incentivo ao envolvimento dos jovens em serviços
comunitários
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
Sabe-se que muitos desses fatores de risco e de prevenção, fazem parte da rotina de vida da criança, do adolescente, podendo aumentar ou diminuir, a probabilidade de experimentação da droga, do uso ocasional, do uso regular, e da dependência propriamente dita.
O que impede que cada responsável pela
formação do jovem, implemente medidas efetivas
de promoção e proteção à saúde, assim como a
criação de fatores de proteção????
FATORES DE RISCO E DE PROTEÇÃO
Ter consciência do problema, nem sempre significa ter a solução mas compete à todos nós cidadãos, de todas as áreas, garantir à criança e ao adolescente, uma vida sem drogas, não só por meio de uma ação específica concreta, como por meio do próprio exemplo.
O consumo de drogas lícitas e ilícitas pede soluções de natureza preventiva, pois sabe-se que, ao se fazer prevenção do uso indevido de drogas, se estará prevenindo acidentes, comportamentos sexuais de risco, problemas sociais diversos, delinqüência, problemas de saúde física e mental, etc...
LOCALIZAÇÃO DE UM PROBLEMA
Anexo I LOCALIZAÇÃO DE UM PROBLEMA
(Álcool e/ou outras DROGAS)
PARAFERNÁLIA DA DROGA
Objetos estranhos ao ambiente como papel de sêda,
conta-gôtas de remédios, colheres envergadas, lâminas de
barbear, sacos plásticos, cachimbos, tubos de metal ou de
vidro, seringas, colírio que podem indicar um possível uso
de drogas.
Anexo I LOCALIZAÇÃO DE UM PROBLEMA
(Álcool e/ou outras DROGAS)
COMPORTAMENTO SUSPEITO
Saídas freqüentes do ambiente (Sala de Aula, Local
de Trabalho, Residência), sem um motivo que as justifique,
recebimento de encomendas entregues por pessoas estranhas
ao seu ambiente, troca de amigos, rejeição dos antigos,
mudanças da maneira de se vestir, desleixo com a aparência,
passa a usar roupas extravagantes, uso de roupa de manga
comprida no verão ou carrega consigo um casaco em dia
quente, uso de óculos escuro em ambiente fechado, uso de
colírio, nova linguagem, toma dinheiro emprestado, pode roubar
Anexo I LOCALIZAÇÃO DE UM PROBLEMA
(Álcool e/ou outras DROGAS)
COMPORTAMENTO SUSPEITO
dinheiro ou objetos dos ambientes que freqüenta (Casa –
Escola – Trabalho), age de maneira estranha procurando
esconder seus objetos, trancando gavetas, armários, portas de
quarto, mente, inventa desculpas por não estar cumprindo com
suas obrigações, desleixo com os afazeres profissionais, etc...
Estes comportamentos podem indicar um possível uso de
Álcool e / ou outras Drogas.
Anexo I LOCALIZAÇÃO DE UM PROBLEMA
(Álcool e/ou outras DROGAS)
SINTOMAS FÍSICOS
Pupilas dilatadas ou contraídas, olhos avermelhados,
voz pastosa (língua enrolada), calafrios no verão, suor no
inverno, falta de coordenação motora, andar cambaleante,
reações retardadas, diminuição dos reflexos e da atenção,
anorexia (redução ou perda de apetite), náuseas, vômito,
palidez, dores de cabeça, coriza constante, hemorragia nasal e
gengival, taquicardia, fadiga, fraqueza muscular, sonolência,
tontura, vertigens, etc., estes sintomas podem indicar uma
doença ou uso de álcool e ou outras drogas.
Anexo I LOCALIZAÇÃO DE UM PROBLEMA
(Álcool e/ou outras DROGAS)
MUDANÇAS SÚBITAS DE PERSONALIDADE
Descontrole emocional, variação de humor,
despersonalização, desmotivação e apatia, depressão,
irritabilidade, agressividade, euforia, excitação, ansiedade,
hiperatividade, idéias delirantes, alucinações intensas
(viagens), aumento da sensibilidade, etc... Essas mudanças
também podem indicar um possível uso de Álcool e / ou outras
Drogas.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Família, Escola e Sociedade mostram-se perplexos
e despreparados frente às drogas, solicitando soluções
mágicas...
POSSÍVEL???
Considerando-se a mentalidade dos pais, dos
jovens, da escola, e da sociedade, não se pode afirmar que
soluções mágicas existam, mas pode-se sugerir algumas
reflexões, e algumas regras de bom senso, mas não uma
REGRA GERAL.
CONCLUSÃO
O QUE FAZER???
Tudo o que se pode e se deve fazer é
PREVENIR
ACREDITAR
AGIR
TODOS SOMOS RESPONSÁVEIS
TODOS PODEMOS LUTAR POR UM ESTILO SAUDÁVEL DE VIDA.
NOSSAS CRIANÇAS E NOSSOS JOVENS, AGRADECEM.
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