Publicado em 06.05.2013
EDIÇÃO No 63
Abril/2013
SUMÁRIO Destaques 2
Biodiesel
Produção e Capacidade 11
Atos Normativos 12
Localização de Unidades Produtoras
12
Preços e Margens 13
Entregas dos Leilões 14
Preço das Matérias‐Primas 15
Participação das Matérias‐Primas
18
Produção Regional 20
Não Conformidades no Diesel B
21
Consumo Internacional 21
Etanol
Produção e Consumo 22
Atos Normativos 23
Exportação e Importações 23
Frota Flex‐Fluel 23
Preços da Cana‐de‐Açúcar 24
Preços 24
Margens 25
Paridade de Preços 26
Preços do Açúcar 27
Não Conformidades 27
Consumo Internacional 28
Biocombustíveis
Variação de Matérias‐Primas e do IPCA
28
Números do Setor 29
APRESENTAÇÃO
Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos a produção e preços de biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos:
A publicação de estimativas para safra 2013/14 de cana‐de‐açúcar por consultorias especializadas;
O anuncio pelo Governo de medidas de incentivo à produção e investimento em etanol;
MME institui novo modelo para estoques de biodiesel;
A previsão da moagem de cana‐de‐açúcar para a região Centro‐sul na safra 2013/2014;
Informações sobre a colheita mecanizada da cana‐de‐açúcar divulgada pela SEMA‐SP;
A movimentação de R$ 2 bi com o biodiesel para Agricultura Familiar;
A publicação de documento sobre briquetes e péletes pela Embrapa Agroenergia;
A realização do primeiro voo utilizando somente biocombustíveis pela China Eastern;
Soja em grão e derivados registraram queda na maior parte de março;
Os resultados do 30º Leilão de Biodiesel.
O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.
O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.
Muito obrigado,
A Equipe do DCR
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 63 ABRIL/2013
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DESTAQUES
Consultorias Especializadas Publicam as Estimativas para Safra 2013/14 de Cana‐de‐açúcar
Nesses primeiros meses que antecedem o inicio da safra 2013/14, consultorias especializadas publicaram as suas estimativas para a safra nacional de cana‐de‐açúcar e seus derivados. Todas as publicações convergem para um aumento da produção de cana‐de‐açúcar em relação à safra anterior com uma dispersão máxima de 10% entre os dados apresentados.
Segundo a consultoria brasileira Datagro, a produção de cana no Brasil atingirá 647 milhões de toneladas de cana, crescimento de 9,8% em relação à safra 2012/13. Com essa quantidade de matéria prima serão produzidos 40,7 milhões de toneladas de açúcar e 26,87 milhões de m3.
Já a consultoria F.O.Licht, estima que a produção nacional de cana‐de‐açúcar será de 645 milhões de toneladas. Com a matéria prima disponível, será produzido 39,1 milhões de toneladas de açúcar e 26,87 milhões de m3, mesmo valor da consultoria brasileira.
A Kingsman, outra consultoria internacional especializada no tema, também aposta em uma produção de 645 milhões de toneladas de cana na safra 2013/14, mesmo valor da FOLicht. A consultoria aposta, porém, em uma menor produtividade do setor, ou seja, com a mesma matéria prima será produzido um volume menor de açúcar, 39,6 milhões de toneladas, para o mesmo volume de etanol, 26,87 milhões de m3.
Já a consultoria britânica Czarnikow, especializada no mercado de açúcar, acredita que a produção nacional de cana‐de‐açúcar atingirá 640 milhões de toneladas. A consultoria acredita em uma leve alteração do mix de produção, com a produção de 39,1 milhões de toneladas de açúcar e 27,2 milhões de m3 de etanol.
A União da Indústria de Cana‐de‐Açúcar (UNICA) é a que apresenta a estimativa mais otimista para a próxima safra dentre as consultorias apresentadas. Aditando o valor estimado pela entidade para a região norte/nordeste, é esperada a produção nacional de 650 milhões de toneladas na safra 2013/14. Com essa quantidade de matéria prima serão produzidos 39,1 milhões de toneladas de açúcar e 26,87 milhões de m3.
Fonte: Informações coletadas nos sítios das Consultorias em destaque e informações adicionais enviadas por seus representantes
Governo anuncia medidas de incentivo à produção e investimento em etanol
O governo anunciou em 23 de abril a adoção de uma série de medidas destinadas a aumentar a produção e os investimentos do setor de etanol. O anúncio foi feito pelos Ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão. Além do aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 20% para 25%, que teve início em 1º de maio (Resolução CIMA no1 de 28 de fevereiro de 2013), outras três ações serão realizadas para fomentar a competitividade e o desenvolvimento do etanol no Brasil.
A primeira medida cria um crédito presumido de Pis/Cofins ao produtor de etanol, o que na prática vai zerar a alíquota de R$ 0,12 por litro desses tributos. Para tanto, o governo vai concentrar no produtor a cobrança da alíquota referente aos dois tributos ‐ atualmente, essa cobrança é dividida entre o produtor e o distribuidor.
A segunda medida é a redução dos juros do Prorenova, linha de financiamento do BNDES para a renovação e implantação de novos canaviais. Com um volume de recursos de R$ 4 bilhões, o programa terá taxa de juros de 5,5% ao ano, ante 8,5% a 9,5% que vigoraram no ano passado. O prazo de pagamento é de 72 meses, com 18 meses de carência.
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A terceira iniciativa estabelece novas condições para o financiamento da estocagem do etanol. Com recursos de R$ 2 bilhões (sendo R$ 1 bilhão do BNDES e R$ 1 bilhão da poupança rural), esse crédito tem juros de 7,7% ao ano, menor, portanto, que os 8,7% anuais que valiam para a safra 2012/13 (Resolução Banco Central no4.216 de 30 de abril de 2013).
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br)
MME institui novo modelo para estoques de biodiesel
Com o objetivo de reduzir custos e melhorar a eficiência logística do biodiesel, o Ministério de Minas e Energia publicou em 8 de abril, no Diário Oficial da União (DOU), a Portaria nº 116 de 2013, que instituiu novo modelo para os estoques estratégicos de biodiesel. A medida tem como foco os consumidores quanto a preço, qualidade e regularidade do abastecimento. A norma também compatibiliza a logística para os estoques com as especificações de qualidade mais rígidas.
A principal característica é a modalidade de contratação de “opção de compra”. É um mecanismo moderno de negociação, usado em outros setores, mas agora introduzido aos biocombustíveis. Os adquirentes (Petrobras, basicamente) contratam o direito de retirar o biodiesel quando for preciso, a qualquer tempo. Os vendedores (usinas) ficam então obrigados a concluir a transação, ao preço acordado.
O biodiesel continuará no estoque regular dos produtores, cuja movimentação é diária ou semanal. Com isso, evita‐se a degradação do produto quando armazenado por longos períodos. Elimina, ainda, o transporte físico da usina até a Petrobras. Na eventual necessidade de consumir os estoques de segurança, o biodiesel sairá diretamente do produtor para a distribuidora.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), ficará responsável por definir os procedimentos necessários para efetivar o novo modelo no mercado.
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br)
Previsão da Moagem de Cana‐de‐açúcar para a Região Centro‐sul na Safra 2013/2014
A União da Indústria de Cana‐de‐Açúcar (UNICA), em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), sindicatos e associações do setor sucroenergético, anunciou a estimativa para a safra 2013/2014 de cana‐de‐açúcar da região Centro‐sul. A projeção aponta para uma moagem de 589,60 milhões de toneladas, crescimento de 10,67% em relação aos 532,76 milhões de toneladas processadas na safra anterior.
O crescimento da produção de cana‐de‐açúcar é atribuído à expansão de 6,5% na área de colheita desta cultura e ao aumento de 7,67% na produtividade agrícola, ambos tendo como base a safra anterior.
O aumento da produtividade decorre, principalmente, da redução da idade média do canavial e da melhor condição climática observada nos últimos meses, que favoreceu o desenvolvimento da planta. Segundo o levantamento divulgado, a renovação do canavial atingiu 20,5% da área total a ser colhida na safra 2013/2014, o que fará o rendimento sair de 74,3 toneladas de cana‐de‐açúcar por hectare registrado na safra 2012/2013 na região Centro‐Sul para 80 toneladas por hectare na atual safra, alta de 7,67%.
A qualidade da matéria prima também apresentará aumento, ou seja, sairá dos 135,57 kg registrados na safra passada para 136,70 kg de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana‐de‐açúcar na safra 2013/2014.
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Apesar do crescimento em relação à safra anterior, a associação alerta que, devido ao atraso na moagem já registrado em março e abril deste ano, possivelmente nem toda a cana‐de‐açúcar disponível será colhida até o final desta safra.
Nesse cenário, o volume produzido de etanol deverá atingir 25,37 bilhões de litros, alta de 18,77% em relação à safra anterior, de 21,36 bilhões de litros. A produção de açúcar estimada totaliza 35,50 milhões de toneladas, alta de 4,11% em relação as 34,10 milhões de toneladas fabricadas na safra 2012/2013.
Fonte: União da Indústria de Cana de Açúcar (www.unica.com.br)
Colheita Mecanizada da Cana‐de‐açúcar
De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sema), da área dedicada à cultura de cana‐de‐açúcar, 72,5% teve a colheita realizada de forma mecanizada, cerca de 3,38 milhões de hectares, o restante realizado na forma convencional, ou seja, por meio da queima da palha e corte manual. A colheita mecanizada foi mais empregada em áreas de propriedade da usina em contraposição a área de fornecedores de cana. Cerca de, 85% da cana plantada da usina foi colhida na forma mecanizada, enquanto 50% da cana de fornecedores por colheitadeiras.
O cenário de mecanização no campo reflete a mobilização dos produtores em cumprir o Protocolo Agroambiental firmado entre o governo de São Paulo e os produtores de cana do estado realizado no meado de 2008. O Instrumento prevê antecipar o fim da queima da palha da cana para 2014 em áreas com declividade de até 12% e 2017 para as áreas com declividade acima de 12%. A lei estadual Nº 11.241 de 2002 regulamenta o final da prática da queima em 2021 para as áreas mecanizáveis e 2031 para as áreas não mecanizáveis.
Outros estados publicaram determinação similar, a exemplo do estado do Paraná (Resolução Nº 076/2010 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (Sema)), que prevê o início da redução da queima da palha em 2015, ocasião em que os produtores terão que reduzir em 20% a prática até a sua extinção em 2025.
Em abril ultimo o tema da queimada da palha da cana fez parte da agenda do Supremo Tribunal Federal por meio da realização de audiência pública com a presença de representantes de entidades protetoras do meio ambiente, dos trabalhadores rurais, da agroindústria, do Ministério Público e Governo. A audiência foi convocada para subsidiar a análise e o julgamento do recurso extraordinário no qual o Estado de São Paulo questiona uma lei do município de Paulínia (SP) que proíbe a prática. A questão envolve temas como o futuro dos trabalhadores rurais, custo dos investimentos para pequenos produtores e impacto ambiental.
Fonte: texto realizado com base em informações disponíveis em Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (www.ambiente.sp.gov.br) e Supremo Tribunal Federal (www.stf.jus.br)
Biodiesel Movimenta R$ 2 bi para Agricultura Familiar
A venda de matéria‐prima para a produção de biocombustíveis movimentou mais de R$ 2 bilhões para a agricultura familiar brasileira na safra 2011/2012, de acordo com os dados informados pela indústria do biodiesel. O número equivale às transações realizadas por meio do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que atende aproximadamente 105 mil famílias de agricultores em todo o País.
O incentivo às empresas produtoras de biodiesel para comprar matéria‐prima do agricultor familiar amplia sua área de atuação. “Hoje é uma importante política pública de mercado para a agricultura familiar, de
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renda e de capacitação tecnológica”, afirma o coordenador‐geral de Biocombustíveis da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA, André Grossi Machado.
As famílias participantes do Programa estão localizadas em 16 estados e podem comercializar sua produção por meio de contratos individuais ou de cooperativas. Atualmente, existem 103 cooperativas aptas a participarem do Programa, e elas representam mais de dois terços das transações realizadas. Os três estados do Sul, juntos, reúnem mais da metade das famílias participantes, seguido pela Região Nordeste, com quase 30 mil famílias.
O último levantamento feito pela coordenação nacional do Programa mostra que foram quase dois milhões de toneladas de matérias‐primas adquiridas da agricultura familiar para a produção de biodiesel. A soja é a oleaginosa mais comercializada, representando 96% das transações, seguida por mamona e dendê.
No Assentamento Rio Paraíso, município de Jataí (GO), Paulo Gottems é um dos que investiu na venda para o PNPB. “Antes, a gente vendia para outras empresas, mas como somos pequenos, para elas não tinha muito valor”, lembra o agricultor. Há cinco anos vendendo pelo Programa, ele considera a experiência muito proveitosa. “Para mim é um dos melhores programas voltados para a agricultura familiar”, afirma.
Ele conta que as vantagens vão desde a assistência técnica, que facilita inclusive o acesso a crédito, até o maior valor de comercialização. “Aqui na região o preço pode chegar a até R$ 5 a mais por saca”, explica o produtor de soja. Graças a estes benefícios, ele decidiu aumentar a área de plantio de 30 para 56 hectares. Com isso, a família de Paulo consegue colher, em média, 2,8 mil sacas por safra.
Com a renda gerada pela produção e o apoio de políticas públicas de crédito, em especial o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Paulo já adquiriu um trator e uma plantadeira para facilitar a produção. As linhas do financiamento também são indispensáveis para o custeio da produção. “Acesso o Pronaf todo ano para plantar e também para investir”, conta.
Apesar de a soja ser a principal matéria‐prima comercializada pelo programa, algumas culturas como amendoim, gergelim, girassol e o próprio óleo de soja, têm maior valor de mercado. Essas oleaginosas, mesmo sendo vendidas para o PNPB, muitas vezes são utilizadas para fabricação de produtos com maior valor de comercialização, gerando mais renda para a agricultura familiar.
Fonte: MDA ‐ (www.mda.gov.br)
Embrapa Agroenergia publica documento sobre briquetes e péletes
Briquetes e péletes são produtos agroenergéticos obtidos a partir da compactação de biomassa, que substituem a lenha tanto para aplicação em residências quanto em indústrias e estabelecimentos comerciais como olarias, padarias, pizzarias, indústrias químicas, têxteis e de cimento. Eles podem ser produzidos com resíduos de madeira, arroz, milho, café, algodão, cana‐de‐açúcar e diversos outros, “evitando que esses materiais sejam deixados para decomposição natural, sem aproveitamento da energia neles contida e gerando passivos ambientais importantes”. É o que ressalta a introdução do documento técnico “Produção de briquetes e péletes a partir de resíduos agrícolas, agroindustriais e florestais”, recentemente lançado pela Embrapa Agroenergia.
Quantidades de matérias‐primas disponíveis nas diferentes regiões do país, equipamentos existentes no mercado, características e propriedades dos produtos, normas técnicas e aspectos gerais do mercado brasileiro são os principais assuntos abordados no documento , que está disponível para download gratuito em http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/952626/1/DOC13.pdf.
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Os briquetes e péletes são fontes de energia renovável, que contribuem para diminuir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Mesmo tendo uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, o Brasil ocupa a 13ª posição no ranking de emissores de CO2 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Com a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), o País se comprometeu a reduzir os GEEs aqui gerados em mais de 35% até 2020. Para isso, precisará incrementar o uso da biomassa e de seus resíduos.
Os briquetes podem ser preparados em diferentes formatos e tamanhos, de acordo com o tipo de compactadora utilizada. O mesmo se aplica para os péletes, especialmente na área alimentícia, em que os formatos são bastante variados. No entanto, as dimensões são justamente a maior diferença entre os briquetes e os péletes. Estes, normalmente, têm diâmetro entre 6 e 16 mm e comprimento de 25 a 30 mm, enquanto aqueles têm diâmetro entre 50 e 100 mm e comprimento entre 250 a 400 mm. Além de gerarem produtos com poder calorífico maior do que o da lenha, a briquetagem e a peletização apresentam como vantagens a agregação de valor à biomassa, a uniformidade de tamanho e formato dos produtos, a facilidade de armazenamento e a segurança contra incêndios.
Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br)
China Eastern realiza primeiro voo utilizando somente biocombustíveis
A China Eastern (MU) realizou, em 24 de abril, um voo com biocombustível feito a partir de óleos residuais, tornando‐se o primeiro voo realizado com biocombustível na China.
Partindo do Aeroporto Internacional de Xangai (SHA), um Airbus A320 realizou voo teste de 90 minutos, durante o qual foi alimentado exclusivamente por biocombustível feito a partir de óleo residual e de óleo de palma. O avião completou todos os testes programados antes de aterrissar em segurança. Todos os dados adquiridos durante o voo serão utilizados em futuras pesquisas.
A China Eastern observou que detém os direitos de propriedade intelectual sobre a tecnologia deste biocombustível de aviação, acrescentando que a empresa pretende aumentar o uso de biocombustíveis em suas rotas comerciais. A companhia aérea, no entanto, não deu nenhuma indicação de quando poderá introduzir em larga escala de voos com biocombustíveis.
Fonte: China.org.cn (http:// www.china.org.cn)
Soja em grão e derivados registraram queda na maior parte de março
Os preços da soja em grão e também dos derivados registraram queda na maior parte de março. Além do aumento da oferta de soja neste período de pico de colheita, problemas logísticos nos portos brasileiros afastaram compradores externos e limitaram as negociações. Segundo colaboradores do Cepea, no corredor para exportação, houve fila de aproximadamente dois meses após a chegada do navio. No mercado físico interno, o movimento também foi moderado no correr do mês, tendo em vistas as negociações feitas antecipadamente.
O fato é que as dificuldades de exportação de soja que o País está passando no momento devem fazer com que os embarques sejam mais frequentes durante todo o ano de 2013, ao invés de se concentrar apenas no primeiro semestre, como em 2012. Este é um bom sinal, especialmente para negociações no mercado futuro da BM&FBovespa, uma vez que pode haver liquidez mas expressiva que em anos anteriores, como já observado recentemente para o contrato Maio/13.
Vale considerar que a produção brasileira foi prevista em 83,5 milhões de toneladas pelo USDA, e o consumo interno, em 36,9 milhões de toneladas. Com isso, há excedente de 46,6 milhões de toneladas, que
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precisariam ser exportadas. O USDA estimou, em março, que o Brasil exportará 38,4 milhões de toneladas na temporada 2012/13.
Já para a Argentina, o USDA estimou produção de 51,5 milhões de toneladas (a Bolsa de Cereais da Argentina aponta para 48,5 milhões de toneladas) e processamento interno de 36 milhões de toneladas. Assim, o excedente argentino seria de 15,5 milhões de toneladas e a estimativa de exportação divulgada pelo USDA é de cerca de 11 milhões de toneladas. De qualquer forma, a Argentina teve a oportunidade de aproveitar as dificuldades recentes de embarques brasileiros. Até o dia 22 de março, com 16 dias úteis do mês, foram embarcadas 2,8 milhões de toneladas de soja, com média diária de 174,8 mil toneladas. Este ritmo é inferior às 192,6 mil toneladas diárias observadas em todo o mês de março de 2012.
Quanto à colheita no Brasil, seguiu satisfatória, com produtividade acima da esperada em muitos casos. No Paraná, segundo agentes colaboradores do Cepea, até o final de março, cerca de 70% da área cultivada já havia sido colhida – o Deral/Seab apontou para 74% até final do mês. Em Mato Grosso, a colheita estava praticamente finalizada no final de março, restante menos de 5% a ser colhida, segundo indicações de colaboradores do Cepea. No Rio Grande do Sul, região que sofreu com a estiagem na safra passada, colaboradores do Cepea relataram que a colheita do grão aproximava‐se dos 30% no final de março.
Em relação aos preços, entre 28 de fevereiro e 28 de março, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá), em moeda nacional, caiu 0,8%, finalizando a R$ 62,00/saca de 60 kg – a metodologia do Indicador leva em consideração os negócios efetivos; se não há, se mantém o valor em Reais do dia anterior. Em dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, fechou a US$ 30,66/sc de 60 kg, recuo de 3,1% no mês.
A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, finalizou a R$ 57,54/sc de 60 kg no último dia do mês, baixa de 2,9% se comparado ao dia 28 de fevereiro. Ao se considerar a média do conjunto de praças acompanhadas pelo Cepea no mercado de balcão (ao produtor), houve queda expressiva de 5% e, no de lotes (negociações entre empresas), de 4,2%.
Na BM&FBovespa, o vencimento Maio/13 fechou em US$ 30,30/sc de 60 kg na quinta‐feira, 27 – último dia de liquidez para este contrato, queda de 1,3%. O contrato Nov/13 finalizou a US$ 27,98/sc, com leve baixa de 0,4% em março.
Para os derivados, os preços do óleo de soja, o produto posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS, finalizaram o mês em R$ 2.251,86/t, com forte queda de 11,2% em março. Quanto ao farelo de soja, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores caíram 9,3% entre 28 de fevereiro e 28 de março.
No mercado externo, entre 28 de fevereiro e 28 de março, o vencimento Maio/13 negociado na Bolsa de Chicago (CME/CBOT) teve forte queda de 4,7%, finalizando a US$ 14,04/bushel (US$ 30,97/sc de 60 kg). O farelo de soja com o vencimento Maio/13 finalizou a US$ 404,60/tonelada curta (US$ 445,99/t), finalizando com recuo de 6,9%. O contrato de óleo de soja com vencimento em Maio/13 finalizou a US$ 0,5011/lp (US$ 1.104,73/t), avanço de 2,6%.
Para os prêmios, o embarque Abr/13 por Paranaguá foi calculado a US$ 31,52/sc de 60 kg no último dia do mês, com queda de 2,8% no acumulado do mês. Para os derivados, o valor FOB do farelo de soja para embarque em Abr/13 foi calculado em US$ 417,99/t no dia 28, recuo expressivo de 6,8% no mês. Já para o óleo de soja, o embarque em abr/13 fechou a US$ 1.052,27/t, leve avanço de 0,3% no mês.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br)
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Resultados do 30º Leilão de Biodiesel
Em atendimento às diretrizes definidas pelo MME pela Portaria nº 476 de 2012, foi promovido pela ANP, no iníco de março, o 30º Leilão de Biodiesel, para suprimento do mercado durante o terceiro bimestre de 2013.
Quarenta e quatro empresas foram habilitadas pela ANP para apresentarem suas propostas, respeitando os preços máximos de referência que variaram em função da região e da detenção do Selo Combustível Social, perfazendo um total de 750,3 mil m³. Nas fases posteriores foram arrematados 488,5 mil m³, de 38 unidades produtoras, ao preço médio de R$ 1,98 por litro, sem a margem do adquirente de R$ 0,05 reais por litro, mas incluíndo os tributos federais Pis/Pasep e Cofins. A movimentação financeira foi de R$ 968 milhões.
Do volume total comercializado, 480,3 mil m³ de litros (98,3%) serão fornecidos por empresas detentoras do Selo Combustível Social. Nos gráficos a seguir apresenta‐se o volume vendido e os preços médios de venda por unidade produtora (agrupados por região), por empresa, estado produtor e região. Posteriomente mostram‐se os resultados tabelados por estado de origem e por unidade produtora.
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Tabela 1. Participação por estado de origem do biodiesel
UF Região
Capacidade
Disponível
(m³/bim.)
Volume
Ofertado
(m³)
Volume
Vendido
(m³)
Valor Total
(R$)
Preço Médio
(R$ / litro)
Participação
(%)
RS S 292.640 229.640 158.133 R$ 300.168.225 1,8982R$ 32,4%
GO CO 205.860 113.700 92.560 R$ 186.060.875 2,0102R$ 18,9%
MT CO 244.431 166.280 78.065 R$ 149.790.000 1,9188R$ 16,0%
BA NE 83.785 44.000 34.000 R$ 74.821.280 2,2006R$ 7,0%
SP SE 110.447 36.003 17.418 R$ 36.797.830 2,1126R$ 3,6%
MS CO 61.800 37.250 36.330 R$ 71.491.050 1,9678R$ 7,4%
PR S 57.000 49.380 23.096 R$ 45.725.015 1,9798R$ 4,7%
MG SE 27.884 16.000 16.000 R$ 33.631.475 2,1020R$ 3,3%
CE NE 18.103 15.000 15.000 R$ 33.207.025 2,2138R$ 3,1%
TO N 26.460 17.000 8.890 R$ 18.942.300 2,1307R$ 1,8%
RO N 5.400 4.500 1.895 R$ 4.187.950 2,2100R$ 0,4%
RJ SE 10.002 3.500 825 R$ 1.881.000 2,2800R$ 0,2%
PA N 1.800 0 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
MA NE 21.600 0 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
1.197.812 750.253 488.532 R$ 967.890.425 1,9812R$ 100,0%TOTAL OBS.: Preço descontada a margem do adquirente.
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Tabela 2. Participação por unidade produtora
Unidade
ProdutoraUF
Capacidade
Disponível
(m³/bim.)
Volume
Ofertado
(m³)
Volume
Vendido
(m³)
Valor Total
(R$)
Preço Médio
(R$ / litro)
Participação
(%)
ADM SC SC 30.600 18.000 6.320 R$ 11.186.400 1,7700R$ 1,3%
ADM MT MT 81.120 50.000 23.100 R$ 43.589.850 1,8870R$ 4,7%
Amazonbio RO 5.400 4.500 1.895 R$ 4.187.950 2,2100R$ 0,4%
Barralcool MT 9.804 9.000 550 R$ 1.124.750 2,0450R$ 0,1%
Bianchini RS 54.000 45.000 32.675 R$ 62.572.625 1,9150R$ 6,7%
Binatural GO 27.000 17.000 15.000 R$ 30.372.525 2,0248R$ 3,1%
Bio Óleo MT 9.000 3.000 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
Bio Vida MT 1.080 1.080 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
Biocamp MT 18.000 18.000 7.880 R$ 15.641.800 1,9850R$ 1,6%
Biocar MS 1.800 1.500 1.330 R$ 2.892.750 2,1750R$ 0,3%
Biofuga RS 18.000 5.000 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
Bionasa GO 39.180 0 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
Biopar MT MT 6.000 2.000 540 R$ 1.069.200 1,9800R$ 0,1%
Biopar PR PR 7.200 7.200 15 R$ 31.650 2,1100R$ 0,0%
Biotins TO 4.860 2.000 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
Brejeiro SP 9.000 7.000 5.000 R$ 10.550.020 2,1100R$ 1,0%
BSBios/Petrobras PR PR 21.180 21.180 21.180 R$ 41.705.625 1,9691R$ 4,3%
BSBios/Petrobras RS RS 26.640 26.640 13.080 R$ 25.239.450 1,9296R$ 2,7%
Bunge MT 24.827 22.800 9.860 R$ 19.292.400 1,9566R$ 2,0%
Caibiense MT 6.000 1.000 500 R$ 960.000 1,9200R$ 0,1%
Camera ‐ Ijuí RS 39.000 32.000 29.343 R$ 54.739.130 1,8655R$ 6,0%
Caramuru Ipameri GO 37.500 23.000 23.000 R$ 46.266.275 2,0116R$ 4,7%
Caramuru São Simão GO 37.500 25.000 25.000 R$ 49.988.925 1,9996R$ 5,1%
Cargill MS 42.000 24.000 24.000 R$ 47.038.300 1,9599R$ 4,9%
Cesbra RJ 10.002 3.500 825 R$ 1.881.000 2,2800R$ 0,2%
Cooperbio MT 27.600 20.000 20.000 R$ 38.425.800 1,9213R$ 4,1%
Cooperfeliz MT 400 400 0 R$ ‐ ‐R$ 0,0%
Delta MS 18.000 11.750 11.000 R$ 21.560.000 1,9600R$ 2,3%
Fertibom SP 19.998 6.000 240 R$ 538.800 2,2450R$ 0,0%
Fiagril MT 33.780 33.000 9.635 R$ 18.839.600 1,9553R$ 2,0%
Granol GO GO 61.980 46.000 26.860 R$ 53.977.050 2,0096R$ 5,5%
Granol RS RS 56.000 42.000 4.035 R$ 7.464.750 1,8500R$ 0,8%
Granol TO TO 21.600 15.000 8.890 R$ 18.942.300 2,1307R$ 1,8%
Grupal MT 7.200 6.000 6.000 R$ 10.846.600 1,8078R$ 1,2%
JBS SP SP 33.614 18.830 8.005 R$ 16.970.600 2,1200R$ 1,6%
Minerva GO 2.700 2.700 2.700 R$ 5.456.100 2,0208R$ 0,6%
Oleoplan RS 63.000 52.000 52.000 R$ 98.917.575 1,9023R$ 10,6%
Olfar RS 36.000 27.000 27.000 R$ 51.234.695 1,8976R$ 5,5%
Petrobras BA BA 36.205 29.000 29.000 R$ 63.905.930 2,2037R$ 5,9%
Petrobras CE CE 18.103 15.000 15.000 R$ 33.207.025 2,2138R$ 3,1%
Petrobras MG MG 25.364 16.000 16.000 R$ 33.631.475 2,1020R$ 3,3%
Potencial PR 28.620 21.000 1.901 R$ 3.987.740 2,0977R$ 0,4%
SP Bio SP 4.173 4.173 4.173 R$ 8.738.410 2,0940R$ 0,9%
V‐Biodiesel BA 21.600 15.000 5.000 R$ 10.915.350 2,1831R$ 1,0%
TOTAL 1.197.812 750.253 488.532 R$ 967.890.425 1,9812R$ 100,0% OBS.: Preço descontada a margem do adquirente.
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BIODIESEL
Biodiesel: Produção e Capacidade Produtiva Mensais
Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção estimada em março de 2013 foi de 221 mil m³. No acumulado do ano, acrescido da estimativa para fevereiro e março, a produção atingiu 674 mil m³, um acréscimo de 7% em relação ao mesmo período de 2012 (628 mil m³). Abaixo são apresentados, para os períodos de B5, a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
A capacidade instalada, em março de 2013, ficou em 7.243 mil m³/ano (603 mil m³/mês). Dessa capacidade, 86% é referente às empresas detentoras do Selo Combustível Social. O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em janeiro foi de 41.
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Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores
Atos Normativos Portaria MME 116‐2013 – diretrizes específicas para formação de estoques de biodiesel no País; Aviso de Consulta e Audiência Pública ANP 10/2013 – Querosene de Aviação Sintético.
Produtores Autorização de Operação nº 374/2103 (Jataí – GO, capacidade de 50 m³/d); Despacho da Diretora‐Geral da ANP no 45/2013 (cancela as Autorizações ANP nos 365/2008 e
91/2009, Bionorte – GO).
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Região nº usinas Capacidade Instalada
mil m3/ano %
N 4 202 3%
NE 6 741 40%
CO 27 3.072 43%
SE 11 890 12%
S 11 2.338 32%
Total 59 7.343 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/03/2013.
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Biodiesel: Preços e Margens
O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.
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No mês de março, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou uma acréscimo de 2,2% na média nacional em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve um acréscimo de 2,4%.
A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um acréscimo de 0,7%. É importante lembrar que esta margem é calculada pela diferença entre o preço de venda ao consumidor final e o preço de aquisição do produto pelo posto revendedor. Representa, em tese, a lucratividade bruta do posto revendedor por cada litro de combustível comercializado.
Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada
O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5.
O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média trimestral. Em outubro, a performance ficou em 90% .
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Biodiesel: Preços das Matérias‐Primas
O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso.
Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.
No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.
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No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja.
No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.
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O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.
As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.
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Biodiesel: Participação das Matérias‐Primas
Os gráficos a seguir apresentam a evolução mensal e anual da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. No mês de fevereiro, a participação das três principais matérias‐primas foi: 67,5% (soja), 21,7% (gordura bovina) e 4,4% (algodão).
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Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa‐se que o óleo de soja é a principal matéria‐prima na maioria das as regiões, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão. Na região Norte outros materiais graxos tem sido a principal matéria‐prima. Na região Nordeste o óleo de algodão, em alguns meses, foi a segunda principal matéria‐prima. Nas regiões Norte e Sudeste a gordura bovina, em alguns meses, foi a principal matéria‐prima.
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Biodiesel: Distribuição Regional da Produção
A produção regional, em fevereiro de 2013, apresentou a seguinte distribuição: 41,9% (Centro‐Oeste), 32,6% (Sul), 11,8% (Sudeste), 12,6% (Nordeste) e 1,1% (Norte).
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Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)
A ANP analisou 7.947 amostras da mistura B5 comercializada no mês de março. O teor de biodiesel fora das especificações representou 19,0% do total de não conformidades identificadas.
Biodiesel: Consumo em Países Selecionados
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ETANOL Etanol: Produção e Consumo Mensais
A moagem de cana de açúcar da safra 2012/2013 acumulada até 01/04/2013 somou aproximadamente 589 milhões de toneladas, o que representa uma moagem, no mês de março, de aproximadamente 3 milhões de toneladas de cana de açúcar. O total acumulado da moagem resultou na produção, até 1° de abril de 2013, de aproximadamente 38 milhões de toneladas de açúcar, 14 bilhões de litros de etanol hidratado e 10 bilhões de litros de etanol anidro.
A produção de etanol no mês de fevereiro foi de 106 milhões de litros de etanol, sendo aproximadamente 49 milhões de litros, desse volume, referentes a etanol anidro e os outros 57 milhões de litros referentes a etanol hidratado. Se comparada à produção do mesmo período do ano passado, a produção foi aproximadamente 72% maior. Os níveis de produção estão compatíveis com o período de entressafra da cana de açúcar.
A respeito do consumo para fins carburantes, o mês de março apresentou um volume consumido total de 1,74 bilhões de litros de etanol, sendo que, a participação do etanol hidratado nesse volume foi de 0,99 bilhão de litros e a participação de etanol anidro foi de aproximadamente 75 milhões de litros. No mês de março houve aumento no consumo de etanol anidro em 27%, em relação a fevereiro. O consumo de etanol hidratado, em março, praticamente não variou, se comparado ao mês de fevereiro.
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Etanol: Atos Normativos
Autorizações para operações de usinas
O Departamento de Combustíveis renováveis continua com o trabalho de acompanhamento de autorizações para operação de usinas de etanol, a autorização são dadas pela ANP de acordo com as atribuições que lhe foram conferidas pela Lei n° 12.490/2011.
Em abril de 2013, até o dia 25, foram retificadas 61 autorizações para operação de usinas de etanol, devido a alterações nos volumes de produção autorizados. Todas as autorizações retificadas foram emitidas em 2013 e são as seguintes: 34 e 37, emitidas em 17 de janeiro de 2013; 245, 246, 245, 246, 247, 248, emitidas no dia 06 de março de 2013; 250, 251, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 258, 259, 260, 261, 262, 263, 264, 265, 266, 267, 268, 269, 270, 271, 272, 273, 274, 277, emitidas no dia 07 de março de 2013; 302, 303, 304, 305, 306, 307, 308, 309, 310, 311, 312, 313, 314, 315, 316, 317, 318, 319, 320, 321, 322, 324, 325, 326, 327, 328, 329, 330, 331, emitidas no dia 19 de março de 2013.
Banco Central do Brasil ‐ BCB Resolução nº 4.216, de 30/04/13, que institui linha de financiamento para a estocagem de etanol
combustível.
Etanol: Exportações e Importações
Em março, as exportações brasileiras de etanol apresentaram uma diminuição de 64% em relação ao mês anterior, somando 73,5 milhões de litros, contra 210 milhões de litros em fevereiro de 2013. O baixo volume é consequência do período de entressafra da cana de açúcar, que vai até abril deste ano. O volume acumulado no ano é de 630 milhões de litros de etanol exportados.
O preço médio (FOB), em março, subiu 5% em relação ao mês anterior, US$ 0,69/litro, contra US$ 0,66/litro em fevereiro. Se comparado ao mesmo período de 2012, o preço médio (FOB), por litro caiu 9%.
As importações brasileiras de etanol apresentaram, em fevereiro, expressivo aumento, totalizando 58 milhões de litros. O preço médio (FOB) dessas importações foi de US$ 0,68/litro. A principal origem das importações brasileiras foram os Estados Unidos, com um volume relativo de quase 100% das importações.
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Etanol: Frota Flex‐Fuel
O número de licenciamentos de veículos leves em março de 2013 foi de 268 mil, apresentando uma diminuição de 5,4% em relação ao mesmo período de 2012 e um aumento de 21% em relação ao mês anterior. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,5%, os carros exclusivamente movidos a gasolina representaram 5,3%, os carros a diesel 6,2%.
Etanol: Preços da Cana‐de‐Açúcar
Etanol: Preços
Em março, o preço médio do etanol hidratado no produtor, sem tributos, teve uma diminuição de 1,2% em relação ao mês anterior, tendo uma média de preço de R$ 1,22/litro. O preço médio do etanol anidro ficou em R$ 1,36 por litro do combustível, mesmo preço do mês anterior.
Comparando os preços de março de 2013 com os preços do mesmo período ano anterior, o anidro está 3,4% mais caro e hidratado está 1% mais barato. Destaca‐se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ refere‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos.
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Etanol: Margens de Comercialização
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Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal
Etanol: Paridade de Preço – Semana de 30.03.2013 a 24.03.2013
A paridade de preços no varejo, em nível nacional, na última semana de março de 2012, esteve levemente superior aos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina). Apenas Cuiabá e Goiânia que tiveram paridade inferior a 70%. As cidades de Florianópolis, Belém, Teresina e Boa Vista tiveram as maiores paridades, próximas de 90%. A cidade de São Paulo que apresentou paridade acima de 70%.
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Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol
Em março, o preço médio do açúcar foi de US$ 405,10/ton (aumento de 1,6% em relação ao mês anterior e retração de 26% em relação a março de 2012). O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 108,37/barril (diminuição de 7% em relação ao mês anterior).
Etanol: Não Conformidades na Gasolina C
A ANP analisou 8.222 amostras de gasolina C no mês de março. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 35,8% do total das não conformidades.
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Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado
A ANP analisou 4.076 amostras de etanol hidratado no mês de março, das quais 69 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de Álcool.
Etanol: Consumo em Países Selecionados
Biocombustíveis: Variação de Matérias‐Primas em Comparação à do IPCA
O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA.
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Biocombustíveis: Números do Setor em 2011 e 2012
NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2011 e 2012)
Etanol Biodiesel
2011 2012 2011 2012
Produção (safras 2011/12 e 2012/13 – milhões de m³) 22,8 23,5 n.a. n.a.
Produção (ano civil – milhões de m³) 22,9 23,5 2,7 2,7
Consumo combustível (milhões de m³) 20,6 19,0 2,7 2,7
Exportações (milhões de m³) 1,96 3,1 ‐ ‐
Importações (milhões de m³) 1,15 0,5 ‐ ‐
Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) 1,21 1,12 2,21 2,41
Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L) 1,93 1,94 1,77 1,86
Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L) 2,19 2,21 2,01 2,09
Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 6,0 6,9 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distr ibuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Diego Oliveira Faria, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos e Ricardo Borges Gomide.
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