O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica Professor PDE/2009
Título Avaliação: Justa ou Injusta? Problema ou Solução?
Autor Ivanilde Maria Vicenzoto de Castro
Escola de Atuação Colégio Estadual Machado de Assis – Ens Fund e Médio
Município da escola Lupionópolis
Núcleo Regional de Educação Londrina
Orientador Adriana Regina de Jesus
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina
Área de Conhecimento Gestão Escolar
Produção Didático-Pedagógica (indicar o tipo de produção conforme Orientação 03/2008 disponível na página do PDE)
Artigo Científico Final
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
A temática, objeto do nosso estudo, tem relação com as questões que envolvem o ensino e aprendizagem, formação de professores, planejamento e avaliação escolar.
Público-Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Professores
Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)
Col. Est. Machado de Assis – Ens. Fund. e Médio Praça Padre Antonio Pozzatto, 896
Apresentação (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ouTimes New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Justificativa: Este artigo visa contemplar os educadores na compreensão e estudo sobre avaliação, para a construção do conhecimento, possibilitando aos professores uma formação continuada em relação ao processo de avaliação escolar, analisando as diferentes concepções no contexto avaliativo, na prática pedagógica e suas implicações no processo de ensinar e aprender. Objetivo: Refletir sobre as diferentes concepções e instrumentos de avaliação formativa, suas contribuições para o processo avaliativo e vida
escolar do educando, permitindo o repensar sobre a práxis avaliativa.
Metodologia: Utilizando a pesquisa como ponto de partida para os estudos sobre avaliação e avaliação formativa, instrumentos e técnicas de avaliação, compondo assim o projeto e artigo científico, sob a orientação da orientadora da IES, sendo sua implementação realizada através de grupos de estudos com os professores na escola de atuação do professor PDE.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
PROFª. ADRIANA REGINA DE JESUS
AVALIAÇÃO: JUSTA OU INJUSTA? PROBLEMA OU SOLUÇÃO?
Profª. PDE – IVANILDE M. VICENZOTO DE CASTRO GESTÃO ESCOLAR
Londrina 2011
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SUMÁRIO
RESUMO...............................................................................................................1 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................2 2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................2 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................5 3.1 CONCEPÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO..........................................................13 3.2 ERRO NA AVALIAÇÃO.................................................................................15 4 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA..............................................................................................................16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 29 6 REFERÊNCIAS................................................................................................31
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AVALIAÇÃO: justa ou injusta? problema ou solução?
CASTRO, Ivanilde M. Vicenzoto de1
SANTOS, Adriana Regina de Jesus2
Resumo
O presente artigo tem como objetivo refletir o processo de avaliação escolar dos educandos a partir da compreensão das diferentes concepções bem como o contexto da avaliação no que se refere à práxis pedagógica e suas implicações no processo de ensinar e aprender. Faz-se necessário destacar que esse estudo, faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional que é oferecido aos professores da rede Pública de Ensino do Estado do Paraná (PDE). Para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se como metodologia a pesquisa ação, pois por meio desta caracteriza-se a ação coletiva, favorecendo as discussões e a construção dos conhecimentos sobre a realidade pesquisada. Na busca de compreender melhor o contexto da avaliação formativa e construtiva, a pesquisa bibliográfica, a análise documental e a pesquisa de campo formaram o conjunto de procedimentos investigativos. Desta forma, o trabalho dar-se-á por meio de grupo de estudo com professores de uma escola estadual da cidade de Londrina, onde serão trabalhados a avaliação formativa e construtiva, conceitos e concepções da avaliação da aprendizagem, suas funções e implicações no processo de ensinar e aprender, bem como os diversos instrumentos de avaliação e suas formas de avaliar. Ao término do estudo constatou-se a necessidade de um repensar sobre o contexto da avaliação e dos instrumentos avaliativos no que tange ao processo de ensinar a prender.
Palavras-chave: Avaliação formativa; construtiva; significativa; instrumentos avaliativos; ensino aprendizagem.
1 Professora do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Prof. de Biologia com especialização e pedagoga da rede publica de ensino do Estado do Paraná. 2 Professora Adjunto junto ao Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pedagoga, especialista em sociologia e sociologia da educação, mestre em educação pela UEPG, Doutora em Educação pela PUC-SP, e Orientadora do PDE.
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1 Introdução
O presente artigo busca contribuir com a melhoria da formação
cidadã por meio da pesquisa ação de diversos autores em estudos nos mais
diversos textos, proporcionando reflexão sobre a avaliação, no sentido mais amplo,
enfatizando a avaliação formativa, construtiva e significativa. Este artigo é
contemplado pelo programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), oportunizando
aos professores da rede pública de ensino do Estado do Paraná, a oportunidade de
aprofundar os estudos sobre o tema em questão. A implementação deste se deu na
escola mencionada, caracterizando-se a ação coletiva dos docentes, proporcionando
discussões através da formação de grupo de estudo sobre a práxis pedagógica
avaliativa, realizada no âmbito da escola, orientados por meio de uma pesquisa
bibliográfica documentada de diversos autores, focalizando a avaliação e seus
diversos instrumentos e técnicas avaliativas, sua importância e implicações no
processo, para que estes passem a ser redimensionados no cotidiano da práxis
pedagógica dos professores, transformando suas praticas em instrumentos de
formação construtiva, significativa e humana. Através dos textos estudados e
debates realizados podemos concluir e diferenciar entre medir e avaliar. Medimos
quando avaliamos apenas para apresentar a nota, apenas quantificando o
aprendizado, porém avaliar vai mais alem, significa qualificar o aprendizado para
transformá-lo em algo prazeroso e duradouro com o significado real para a vida do
educando.
2 Desenvolvimento
Com o intuito de melhor elucidar a presente pesquisa, utilizou-se
como metodologia a pesquisa ação que é a fonte de todo embasamento teórico da
pesquisa sobre avaliação, utilizada para reflexão e um aprofundamento teórico em
forma de grupo de estudo entre os professores da escola em questão, buscando a
melhoria do ensino aprendizagem, repensando sobre as práticas avaliativas e
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revendo os diversos instrumentos de avaliação apresentados por esta pesquisa
ação. Através desta pesquisa podemos rever nossos olhares e refletir sobre cada
mensagem deixada pelos autores, aqui referendados, no que se refere ESTEBAN,
2003, p. 92, “Avaliar o aluno deixa de significar fazer julgamento sobre a
aprendizagem do aluno e sim para verificar o que o aluno não sabe e o que poderá
vir a saber”. Autores como Dalben, Paro e Hoffmann enfatizam a finalidade, a razão
de ser do processo avaliativo na construção do conhecimento.captar de suas
dificuldades e traçando metas para superação, enquanto que LUCKESI, 2002, p. 46
chama o educador à sua responsabilidade na sua prática educacional que “esteja
voltada para a transformação, não poderá agir inconsciente e irrefletidamente”..., já
Hoffmann, 2001, p. 18 referenda que “Avaliar para promover, significa assim,
compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da
ação pedagógica visando a promoção morai e intelectual dos alunos”..., como diz
MORAES, 2008, p. 51, “A ausência sobre o significado da avaliação leva muitos
educadores a exercerem uma postura tradicional”, mas quando o professor utilizar o
“erro” como forma reflexiva e indicativa de nova tomada de decisão, significa "Ter no
erro um indicador diagnóstico a anunciar possibilidades de novas alternativas para o
ensino aprendizagem”... (RUY, 2006, p.88).
A pesquisa bibliográfica permitiu aprofundamento e ampliação dos
pressupostos teóricos de autores que discutem a temática, objeto de estudo.
Lakatos e Marconi (1987, p.66) referendam que a pesquisa bibliográfica trata do
levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o
assunto que está sendo pesquisado, em livros, monografias, teses, dissertações,
entre outros, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo
material já escrito sobre o mesmo.
Os documentos utilizados para análise e necessidade de mudança
foram: os quadros estatísticos do relatório finai do ano letivo de 2009, e análise dos
conselhos de ciasse, enquanto professora da rede pública Estadual de Ensino do
Ensino Fundamental e Médio, desta escola. A análise realizada sobre os
documentos mencionados, nos dá a plena convicção de que é preciso dispensar
especial atenção sobre àqueles educandos com maiores dificuldades de
aprendizagem, buscando nova tomada de decisão, fortalecendo e melhorando o
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aproveitamento dos conteúdos trabalhados, através de novos instrumentos avaliativos
em estudo, como a avaliação formativa, construtiva e significativa para a vida escolar
desses educandos.
A pesquisa de campo foi realizada através de muitas discussões
por meio das reuniões pedagógicas e conselhos de classes, onde se discutia os
méritos e descaminhos da avaliação, sempre procurando buscar novas alternativas
para realizar as intervenções pedagógicas, atendendo em cada necessidade e
situação, as dificuldades apresentadas pelos alunos envolvidos.
Segundo LAKATOS e MARCONI (1996, p.75), a pesquisa de campo é
o momento em que se observa e coleta os dados díretamente no próprio locai em
que se deu o fato em estudo, caracterizando-se pelo contato direto com o mesmo,
sem interferência do pesquisador, pois os dados são observados e coietados tal como
ocorrem espontaneamente.
Contribuindo com esta reflexão, Ventura (2002, p.79) reafirma que a
pesquisa de campo procura o aprofundamento de uma realidade específica. É
basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo
estudado e de entrevisteis com informantes para captar as explicações e interpretações
do que ocorre naquela realidade.
Diante disso, para entender melhor a temática, objeto de estudo,
elaborou-se o projeto de intervenção pedagógica na escola de onde originou esse
artigo que será desenvolvido abordando vários temas sobre avaliação com os
professores, em várias etapas, estudando e refletindo os seguintes aspectos: “O Conceito de Avaliação da Aprendizagem e suas Concepções Pedagógicas”, tratando dos princípios e conceitos básicos da avaliação e suas funções; “Relação
Funcional entre Objetivos e Avaliação”, trabalhando sobre os diversos
instrumentos de avaliação, suas formas de avaliar e o que a avaliação significa para
o aluno; “Avaliando na escola”, que trás uma reflexão altamente critica sobre
avaliação e suas implicações; “Pedagogia da Autonomia - os saberes
necessários à prática educativa", tornando-nos consciente de que ensinar exige:
respeito aos saberes do educando; riscos, aceitação do novo e rejeição a qualquer
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forma de discriminação; reflexão crítica sobre a prática; consciência do
inacabamento; convicção de que a mudança é possível; comprometimento; tomada
de decisão. “Avaliação Formativa no Ensino Fundamental”, tratando das
possibilidades na açâo docente; “Avaliação Formativa: Re-signiflcando a Prova no Cotidiano Escolar”; “Avaliar para Promover: As Setas do Caminho”, trabalhando os temas; Rumos da Avaliação Neste Século, Outra Concepção de
Tempo em Avaliação, As Múltiplas Dimensões do Olhar Avaliativo.
3 Fundamentação Teórica
Como fundamentação do projeto sobre avaliação, após vasta
pesquisa e percorrendo os vários autores pertinentes ao tema, tem-se como
finalidade compreender melhor qual seja o papel da avaliação para educadores e
educandos no âmbito escolar, bem como no cotidiano de sua vida secular.
Vale ressaltar o estudo de Haydt (1994) sobre os resultados da
avaliação e sua forma de apresentá-los aos alunos, tendo em vista a melhor
eficiência da aprendizagem:
relata-se uma experiência realizada com 59 alunos que foram divididos em três grupos. A todos eles foram dadas as mesmas atividades de aprendizagem de uma habilidade motora. O primeiro grupo chamado grupo de controle - não recebeu nenhuma informação a cerca do progresso alcançado depois de cada prática. O segundo recebeu apenas algumas informações sobre seu rendimento. O terceiro teve conhecimento completo de seus erros e acertos. O resultado foi que o terceiro grupo apresentou uma aprendizagem mais eficiente, isto é, rendimento maior em menor tempo. Portanto após uma avaliação, quanto antes o aluno conhecer seus progressos e dificuldades, mais facilmente ele tende a superar as dificuldades e continuar progredindo na aprendizagem. Dessa forma a avaliação contribui para a construção do conhecimento e constitui um incentivo para o aluno aprender. (HAYDT apud ROSS, 1991, p.319).
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É natural, após uma avaliação, apresentar ao atuno uma simples
nota, como resposta a sua prova ou trabalho. Mas na realidade o que significa para
ele essa nota?
Para que ela (avaliação) adquira realmente significado, é preciso que o professor comente esse resultado em função do processo e do produto do aluno, mostrando-lhe seus progressos e os aspectos que precisa melhorar. A avaliação deve ser um instrumento para estimular o interesse e motivar o aluno a maior esforço e aproveitamento e não uma arma de tortura e punição- Nesse sentido a avaliação desempenha uma função estimuladora, â medida que serve de incentivo ao estudo. Complementando essa função, a avaliação desempenha também outra: a de feedback ou retroalimentação, pois permite que o aluno conheça seus avanços e dificuldade. E através principalmente da avaliação diagnostica e formativa que o aluno conhece seus avanços e necessidades, se encontra o estímulo para um estudo sistemático... (HAyDT, 1994, p.286-319).
Para que a avaliação atinja sua totalidade o professor deve amparar-
se de todos os meios possíveis e necessários, colhendo assim o máximo de dados
sobre o rendimento de seus alunos.
O tipo de avaliação que se pratica na escola deve ser assumido com
responsabilidade a partir dos princípios da construção, formação, justiça e igualdade,
pois é no interior do processo, que se realiza a formação humana cujo êxito depende
o futuro de cada educando como também da sociedade.
(...) A finalidade do processo de avaliação é realizar uma investigação continua da realidade para melhor conhecê-la e entendê-la, cabendo aos educadores o papel de captar essa totalidade de relações, coletando dados e informações sobre o desenvolvimento dos alunos e cuidadosamente registrando suas necessidades e possibilidades. (DALBEN, 2004, p.72).
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Tal qual explana Vítor Paro a avaliação educativa deve prevalecer
no cuidado coma qualidade do ensino que designa a razão de ser da avaliação, que
deve relatar um diagnóstico dos resultados e propor medidas para sua superação,
buscando a melhoria da aprendizagem do educando.
(...) A razão de ser da avaliação educativa não é a classificação ou a retenção dos alunos mas a identificação do estágio de compreensão e assimilação do saber pelo edtcando, junto com as dificuldades que este se encontra, bem como os falares que determinam tais dificuldades com vista a adoção de medidas corretívas de ação. (PARO, 2001, p.40).
A avaliação, na perspectiva de construção do conhecimento, parte de
duas premissas básicas: confiança na possibilidade dos educandos de construir suas
prórpias verdades e valorização de suas manifestações de interesse.
A avaliação deixa de ser um momento terminal do processo educativo (como hoje é concebida) para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades do educando e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento, (HOFFMANN, 2000, p.20).
A avaliação da aprendizagem em sua função formativa tem um
importante papel no processo educativo, tanto para os professores quanto para os
alunos. Por meio dela, ambos tem o conhecimento sobre o percurso da
aprendizagem, sobre as dificuldades encontradas e os desafios já superados, podendo
com isso redimensionar a caminhada e promove aprendizagem.
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Propiciar condições para ajudar o aluno a pensar sobre si mesmo e o que tem realizado, é prepara-lo para uma aprendizagem significativa na caminhada da vida... é preciso que o professor acredite no aluno e ofereça condições favoráveis a aprendizagem, pois só assim este se sentira seguro, confiante e manifestará autenticidade. (SANTANNA, 1999, p.94).
O autor complementei afirmando que: [...] através da educação que o
aluno seja capaz de parar, pensar, concluir e continuar a escalada do conhecimento
com os pés firmes, consciência tranquila e garantindo seu próprio progresso.
(SANTANNA, 1999, p.33).
Reeducar o aluno a pensar e repensar o seu próprio
conhecimento, rastreando o saber e o não saber para aprender a aprender, são fatores
que dificultam e impossibilitam diagnosticar suas próprias dificuldades e possibilitar
mudanças em seus hábitos, para que se faça uma retomada de decisão para
continuidade da aprendizagem.
Não é singelo mudar paradigmas, nem é simples re-significar práticas avaliativas principalmente quando estas mudanças, envolvem reeducar o olhar para contemplar mais detidamente os processos e não os produtos, para fitar mais atentamente os erros na perspectiva de indicadores diagnósticos de novas etapas de desenvolvimento e de aprendizagem, para mirar o aluno concreto-ser humano que vive e convive em um contexto em um tempo. Não é fácil conferir voz e vez aos educandos, nem é simples desviar brevemente o olhar do ensino para centrá-lo na aprendizagem...(PERRENOUD, 1999, p.112).
Todo avaliador (professor) deveria pensar em avaliação como
instrumento de formação humana, que exige além do ato de ensinar e juntamente
com ele o respeito, pois está construindo o seu conhecimento, capacitando-o para um
agente de transformação social.
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Luckesi considera que o modelo liberal conservador da sociedade
produziu três pedagogias diferentes mas relacionadas entre si, com o mesmo objetivo:
considerar a sociedade na sua configuração. A pedagogia tradicional, centrada no intelecto, na transmissão do conteúdo e na pessoa do professor; a pedagogia renovada ou escola novista, centrada nos sentimentos, na espontaneidade da produção do conhecimento e no educando com suas diferenças individuais; e por último a pedagogia tecnteísta, centrada na exacerbação dos meios técnicos de transmissão e apreensão dos conteúdos e no principio do rendimento. (LUCKESI, 2002, p.30).
Realmente da forma como vem ocorrendo as avaliações nas escolas,
é preocupante, porque, apenas é vista como forma de promover ou reter o educando,
tendo em foco a média para ser aprovado ou reprovado e isto nada mais é do
classificação de indivíduos. Como diz Luckesi,
como função classificatória, a avaliação não auxilia em nada o avanço e o crescimento. Somente com uma função diagnostica ela pode servir para essa finalidade. A função classificatória constitui-se num instrumento estático e frenador do processo de crescimento; com a função diagnostica, ao contrario, ela constitui-se num momento do processo de avançar no desenvolvimento da ação, do crescimento para a autonomia, do crescimento para a competência. Na avaliação, como função classificatória, o educando como sujeito humano é histórico, contudo julgado e classificado, ele ficará, para o resto da vida, do ponto de viste dó modelo escolar vigente, estigmatizado, pois as anotações e registros permanecerão, em definitivo, nos arquivos e nos históricos escolares, que se transformam em documentos legalmente definidos. (LUCKESt, 2002, p.35).
Se pararmos para refletir a avaliação de nossos dias tem sido mais
uma forma de garantir a moderação e a disciplina na sala de aula, uma forma do
professor obter um melhor comportamento de seus alunos, quando deveria servir de
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análise do rendimento de cada aluno e retomar a partir daí os conteúdos que não
foram assimilados, uma forma de garantir o conhecimento e a eficiência dos
mesmos. Atentemos-nos para a concepção Luckesiana sobre a avaliação:
para não ser autoritária e conservadora, a avaliação terá que ser diagnostica, ou seja, deverá ser o instrumento da identificação de novos rumos. Enfim, terá de ser o instrumento de reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem percorridos. (LUCKESI, 2002, p.43).
Para Qramsci, a avaliação deverá verificar a aprendizagem não a
partir dos mínimos possíveis, mas sim a partir dos mínimos necessários. (GRAMSCI,
in: LUCKESI, 2002, p.44). Enquanto que para Luckesi:
o aluno não pode ser um médio de notas mas um mínimo necessário de aprendizagem em todas as condutas que são indispensáveis para se viver e exercer a cidadania, que significa a detenção das informações e a capacidade de estudar, pensar, refletir e dirigir as açôes com adequação e saber. Alguns, certamente, ultrapassarão ao mínimos, por suas aptidões, sua dedicação, condições de diferenças sociais definidas dentro de uma sociedade capitalista, mas ninguém devera ficar sem condições mínimas de competèncias para a convivência social. (LUCKESI, 2002, p.45).
A aprendizagem só faz sentido e acontece se o aluno estiver
participando e interagindo no processo como um todo. Luckesi afirma:
a prática da avaliação e da aprendizagem, em seu sentido pleno, só será possível na medida em que estiver efetivamente interessado na
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aprendizagem do educando, ou seja, há que se estar interessado em que o educando aprenda aquilo que está sendo ensinado. A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. (LUCKESI, 2002, p.99,166).
A escola situa-se entre os marcos: do aluno, do professor, da família e
da sociedade. Para Luckesi, a avaliação da aprendizagem no âmbito escolar tem dois
objetivos, a saber:
auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo ensino-aprendizagem e responder á sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado. A avaliação aqui apresenta-se como um meio constante de fornecer suporte ao educando no seu processo de assimilação dos conteúdos e no seu processo de constituição de si mesmo como sujeito existencial e como cidadão. Diagnosticando, a avaliação permite a tomada de decisão mais adequada, tendo em viste o autodesenvoivimento...(LUCKESI, 2002, p.174-175).
A responsabilidade do educador sobre a avaliação de seus alunos,
vai da consciência de cada um, e esta deverá estar formada ou formatada, voltada
para uma formação construtiva e formativa, e sobre isso Luckesi conclui:
um educador, que se preocupe com que sua prática educacional esteja voltada para a transformação, não poderá a agir inconsciente e irreftetidamente. Cada passo de sua ação deverá éster marcado por uma decisão clara e explicite do que este fazendo e para onde possivelmente está encaminhando os resultados de sua ação. A avaliação, nesse contexto, não poderá ser uma ação mecânica. Ao contrário, terá de ser uma ativídade racionalmente definida, dentro de um encaminhamento político e decisório a favor da competência de todos para a participação democrática da vida social. (LUCKESI, 2002, p.46).
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O professor deve ter consciência de que em suas mãos está a
responsabilidade do ato de ensinar, mas ensinar com a responsabilidade de fazer
aprender, e prender com a responsabilidade de transformar para as ações
concretas de humanismo, oportunidades e respeito aos nossos educandos. Discorre
assim Paulo Freire acerca do assunto proposto:
Se se respeite a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar. Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática. A prática docente crítica, implicante de pensar certo, envolve o momento dinâmico dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática. Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria educação ou a sua própria construção... (FREIRE, 1996, p.33,122).
Procurando compreender melhor o sistema de avaliação formativa e
construtiva no âmbito escolar, propomo-nos a estudar os diversos instrumentos e
técnicas de avaliação, o que possibilitará o aprofundamento nos conhecimentos
supracitados, rompendo com os antigos valores da prática avaliativa autoritária.
É inegável que é por meio do processo do conhecimento que se
poderá resgatar junto aos alunos, bem como a sociedade em gerai, a credibilidade, a
moralidade, o respeito e a dignidade educacional perdida ao longo dos anos devido a
uma prática tradicionalista de avaliação, prática esta que além de seleíiva é também
excludente.
O processo de ensinar e aprender exige do educador o mesmo que se
exige do próprio educando, que antes mesmo do processo de ensinar-aprender é
preciso ler, estudar, refletir e apreender para depois reproduzir estes conhecimentos
adquiridos com a devida transparência aos seus educandos, aproveitando o prévio
conhecimento do mesmo e incorporando a este um novo, trazido pelo seu mestre. A
esse respeito discorre Paulo Freire:
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Ao ser produzido, o conhecimento novo supera o outro que antes foi novo e se fez velho e se "dispõe" a ser ultrapassado por outro amanhã. Dal que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente. Ensinar, aprender e pesquisar lidam com estes dois momentos do ciclo gnostotógico; o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. (FREIRE, 2004, p.28).
O processo de ensinar e aprender estão estritamente ligados,
professor e aluno, aluno e professor, no compromisso intrínseco da construção do
conhecimento, interligados pelo saber.
3.1 Concepções sobre Avaliação
O professor consciente do seu papel em relação ao ensino-
aprendizagem deverá também sejr consciente no tocante às suas práticas
avaliativas e ao mesmo tempo construir uma aprendizagem significativa com seus
educandos. Para Hoffmann 2001, avaliar tem o significado da promoção humana.
Avaliar para promover significa assim, compreender a finalidade dessa prática a serviço da aprendizagem, da melhoria da açâo pedagógica, visando à promoção moral e intelectual dos alunos. O professor assume o papel de investigador, esclarecedor, de organizador de experiências significativas de aprendizagem. Seu compromisso é o de agir refletjdamente, criando alternativas pedagógicas adequadas a partir da melhor observação e conhecimento de cada um dos alunos, sem perder a observação do conjunto e provendo sempre ações interativas. (HOFFMANN, 2001, p.18).
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Pensar em aprender, é pensar em uma aprendizagem para o futuro,
e não apenas, pura e simplesmente, para a prova ou para a nota. Para HOFFMANN
a avaliação e futuro estão intimamente ligados pela visão que vai ao longe.
Avaliação como um compromisso de futuro, olhar para traz deixa de ser explicativo ou comprobatório e transforma-se em ponto de partida para a açâo pedagógica. Projetar a avaliação no futuro dos alunos significa reforçar as setas dos seus caminhos: confiar, apoiar, sugerir e principalmente desafia-los a prosseguir através de provocações significativas. (HOFFMANN, 2001, p.28).
Os caminhos da educação permeiam as trilhas do saber, seguindo
lado a lado, professor e aluno. O professor que se preocupa com os rumos da
educação, estará desta forma, se questionando, se auto-avaliando, tanto quanto
aos conhecimentos transmitidos, como em suas práticas avaliativas,
entrelaçando-os na expectativa de melhoria do ensino-aprendizagem.
Avaliar, é então, questionar, formular perguntas, propor tarefas desafiadoras, disponíbilizando tempo, recursos, condições aos alunos para a construção das respostas. Os conteúdos não deixam de existir (...) é compromisso do professor sugerir e disponibilizar variadas fontes de informações. (...) oferecer aos alunos muitas e diversificadas oportunidades de pensar, buscar conhecimentos, engajar-se na resolução de problemas, reformular suas hipóteses, comprometendo-se com seus avanços e dificuldades, (HOFFMANN, 2001, p.73).
Este é o aluno que sonhamos formar, comprometido com seu futuro,
consciente de sua formação. “Avaliação é um processo abrangente da existência
humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática. No sentido de captar seus
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avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão”.
(VASCONCELOS, 2003, p.53).
3.2 Erro na Avaliação
Muitas vezes, ao constatar-se falhas no processo avaliativo, procura-
se ignorá-las, esquece-las ou até fugir delas, ou seja, jogá-las debaixo do tapete,
mas “valorizar o erro no transcurso do processo ensino/aprendizagem demanda bom
senso e equilíbrio. Ele merece um olhar pedagógico marcado pela curiosidade
compreensiva, pela inquisição reflexiva”. (RUY, 2006, p.90).
Entretanto, não pode o educando ser punido peia simples recusa de
seu educador. Fazer uma reflexão sobre a prática avaliativa é rever aquilo que deu
certo bem como aquilo que não eu certo, fazendo com que haja uma reflexão, e se
necessário for, uma intervenção para que o processo ensino aprendizagem flua da
melhor maneira possível.
Não basta corrigir e pontuar (...) é necessário utilizar o erro para a
reorganização do trabalho docente, na proposição de situações e tarefas diversas
bem como suscitar questíonamentos que tome o erro um observável para o aluno.
(RUY, 2006, p. 91).
Assim sendo, apresentar e utilizar o erro como forma reflexiva e
indicativa de nova tomada de decisão significa não somente verificar a nota, mas sim
"ter no erro um indicador diagnóstico a anunciar possibilidades de novas alternativas
para o ensino e para a aprendizagem, de orientador de novos caminhos a serem
percorridos por educador e educando". (RUY, 2006, p. 88).
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4 Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
A implementação pedagógica, deu-se na escola mencionada, através da
formação de grupo de estudo com os professores de diversas disciplinas como:
Pedagogo, ciências, matemática, geografia, biologia, português, que atuam na rede
estadual, ensino fundamental e médio, municipal, séries iniciais, como também
professores das APAEs deste município e município vizinho.
Neste primeiro encontro realizou-se uma reflexão profunda do material,
Produção Didático-Pedagógica, sobre o significado e importância da avaliação para
a vida escolar do aluno e expectativas para o curso, enfatizando que a avaliação
significa o momento de aprendizagem para o aluno e oportunidade para o professor
repensar a sua prática pedagógica, pois através dela, os mesmos devem analisar
refletir e perceber o que foi aprendido e o que ainda falta a aprender.
Se bem elaborada, a avaliação tem fundamental importância, oportunizando
ao professor a aplicação de novas metodologias para que o aluno adquira novas
aprendizagens e possa fixar os conteúdos assimilados, tornando o aprendizado algo
mais prazeroso e eficaz. Nossas expectativas é que através do grupo de e estudos
possa aprofundar o conhecimento a respeito da avaliação, através do estudo teórico
e da troca de experiências entre alunos/alunos e alunos/professores e que as
atividades realizadas contribuíram para uma maior compreensão sobre o tema
abordado. Aprender mais para avaliar melhor e contribuir com o aprendizado dos
alunos de forma efetiva e justa.
No segundo encontro foram utilizados textos sobre “Conceitos da Avaliação
da Aprendizagem e suas Concepções Pedagógicas”, discutidos e apresentados por
cada participante, contextualizando suas práticas pedagógicas do dia-a-dia. A
avaliação é um integrador entre o ensino e aprendizagem e através dela perceber a
aprendizagem adquirida, as falhas ocorridas para a tomada de decisão que
oportunize um aprendizado mais coerente. Através da avaliação, é possível construir
novos caminhos, revendo o caminho percorrido contribuindo com o aprendizado
eficaz para a vida dos educandos, priorizando sempre a construção do
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conhecimento, qualificando-o, para transformá-lo em algo consistente, eficaz para a
sua formação, esta é a verdadeira função da avaliação, ao contrario de avaliar
somente para atribuir notas, apenas medindo e quantificando seus conhecimentos.
Avaliar, realmente para formar educandos, promovendo o aluno para o
conhecimento.
Se o professor refletir bem a avaliação é o seu instrumento de trabalho que
o auxiliará a trilhar e construir os caminhos com seus educandos, que lhe conduzirá
para onde deve-se prosseguir sem medo de errar, mesmo porque a educação hoje
mostra claramente esta visão que se tem sobre a avaliação. Ela é o seu carro chefe,
diferente da época do tradicionalismo, isso ainda era um tanto obscuro. Veja como
se refere Haydt:
a educação renovada não mudou apenas os métodos de ensino, que se tornaram ativos, mas influiu também sobre as concepções de avaliação. Antes, ela tinha um caráter seletivo, uma vez que era vista apenas como uma forma de classificar e promover o aluno de uma série para outra ou de um grau para o outro. Atualmente, a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e de verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem está sendo atingido. Assim, a avaliação assume uma dimensão orientada, pois permite que o aluno tome a consciência de seus avanços e dificuldades, para continuar progredindo na construção do conhecimento. (Haydt, 2006, p.287).
No educando de hoje falta limites e responsabilidades para consigo mesmo
e consequentemente com seus estudos, que depende única e inteiramente de si
próprio, para que ele tenha sucesso em seu futuro, por isso a educação não vai
bem, o que fazer?
Acredito que é algo mais que deva ser trabalhado com a criança desde a
pré-escola, o compromisso com a escola, que não basta decorar, é preciso
aprender, não basta se promovido para a série seguinte, se faz necessário construir
o seu conhecimento, dia a dia para construir o seu futuro em base sólidas.
No terceiro encontro, dividimos o grupo em grupos menores, onde cada um
apresentou uma charge encontrada no texto “Avaliando na Escola”, permitindo-se
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fazer sua autocrítica, fazendo a contextualização com o próprio trabalho pedagógico,
um com o outro grupo. As avaliações por avaliações, de certa forma por assim
dizer, sem nenhum critério, fere o acesso e o direito do aluno à aprendizagem e
transforma tudo isso em documentos que nada mais servem como um rótulo,
atestando sua vida escolar para toda a vida e muitas vezes somo sinônimo de
incapacidade sem a ele o direito de aprender a aprender, o direito de saber, como
está sendo avaliado. O texto Avaliação na Escola do Departamento de Educação
básica, grupo de estudos 2008, 1º encontro, SEED/PR, diz:
A avaliação não pode ser vista ou analisada fora do contexto do trabalho de ensino aprendizagem, fora da organização curricular. Ela é ação constituinte desse trabalho e dessa organização. Por isso é que não há sentido num processo avaliativo que não seja contínuo e formativo... Tendemos a achar impossível uma avaliação justa e democrática, contínua e formativa, que atenda a essa exigência de transformar em números ou resultados apresentados por nossos estudantes... não podemos conceber a avaliação escolar se ‘não for na perspectiva de ensinar, de garantir o acesso ao conhecimento, de promover de incluir o aluno.
Quais as formas mais corretas de se avaliar um aluno: Creio que as formas
mais corretas de se avaliar estão estampadas em cada aluno que não conseguiu
aprender. O professor ao diagnosticar que o educando não aprendeu, sabe e
conhece as dificuldades e a partir daí trabalhar cada uma em busca da superação.
Vasconcelos diz:
O que se espera de uma avaliação numa perspectiva transformadora é que os seus resultados constituam parte de um diagnostico e que a partir dessa análise da realidade, sejam tomadas decisões sobre o que se fazer para superar os problemas constatados: perceber a necessidade do aluno e intervir na realidade para ajudar a superá-la. (Vasconcelos, 2006, p.89).
Realmente, o professor ao utilizar suas avaliações com o diagnostico e
estiver interessado em reavaliar suas metodologias, juntamente com o professor o
educando deve rever suas próprias dificuldades, analisar os seus métodos e
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estabelecer um cronograma de estudos para melhorar sua participação como
também seus rendimentos escolares.
O avanço deve ser de ambas as partes, porque de nada adianta o esforço
do professor, se o próprio aluno não quiser mudar de nada valerá, sem o
compromisso efetivo do aluno.
O quarto encontro, especial, pois foi realizado na UEL – Universidade
Estadual de Londrina, com a palestrante autora do texto: “Avaliação Formativa: Res-
significando a Prova no Cotidiano Escolar”, que desenvolveu o tema com várias
dinâmicas reflexivas durante todo o período que nos fez ver para valorizar sempre as
produções de seus educandos quer seja nas atividades de sala de aula ou tarefas
que devem ser dosadas, diversificadas e criativas, que estimulem a ação reflexiva
dos mesmos, realizada por eles em casa e ainda muito importante às correções das
mesmas, das provas ou testes. É preciso o professor ser bem cauteloso, observador
e reflexivo, ao analisar a cada ‘erro e acerto’ de seus educandos, possibilitando a
partir daí rever sua postura e metodologia ao discutir com eles os erros e acertos.
Assim estar retomando o conteúdo, fazendo-o com os próprios educandos,
instigando-os na construção de seus conhecimentos de forma significativa
explorando suas próprias idéias, no que diz Hoffmann.
Se o educador valorizar efetivamente toda a produção do estudante, partindo de suas idéias ou dificuldades, para o planejamento de novas ações educativas, estará naturalmente tornando-o participante do processo. (Hoffmann, 1993, p.58.)
O professor deve rever o seu papel tanto quanto o tradicionalismo de
outrora e o de hoje, mediador que deve ser, na construção do conhecimento, nossa
clientela é outra, a tecnologia nos alcança, abriram-se os horizontes, e se faz
necessário suscitar as indagações, respeitar o saber elaborando que partem deles.
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Antes se tratava de saber bem (o professor), para transmitir ou avaliar certo. Agora se trata de saber bem para discutir com a criança... fazer perguntas ‘inteligentes’, para formular hipóteses, para sistematizar quando necessário. (Macedo, 1993, p.30).
O professor como mediador do conhecimento deve dispensar mais atenção
e observação individual na construção que o aluno faz do seu conhecimento, a partir
das atividades... Propostas pelo próprio professor, observando seus erros e acertos.
Hoffmann diz bem quando afirma que:
A teoria construtivista introduz a perspectiva do erro cometido pelo aluno como mais fecundo e produtivo do que um acerto imediato... Mas nem todos os ‘erros’ cometidos pelos alunos são passiveis de descoberta por eles em seus estágios evolutivos de pensamento. (Hoffmann, 1993, p.60).
Os erros significativos são aqueles que aprendemos com eles e nos fazem
crescer no conhecimento. Hoffmann diz que.
Nem todos os erros cometidos podem ser denominados ‘erros construtivos’. Nem sempre podemos acertar com eles. Nem sempre eles nos servem de parâmetros para nova tomada de decisão. A intervenção do professor, então deve ser verdadeiramente desafiadora, nunca coercitiva (não é assim) ou retificadora (dando a resposta certa) mas devolvendo suas hipóteses sobre forma de perguntas ou realizando novas tarefas no sentido de confrontar o aluno com outras respostas diferentes e contraditórias, para leva-lo a defender o seu ponto de vista ou reformula-lo. (Hoffmann, 1993, p.64).
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E quando o educando deixa questões da prova ou tarefa em branco? Será
por falta de atenção ou incompreensão? Tecer comentários sobre questões, neste
caso, seria a melhor solução, ao invés de simplesmente atribuir-lhe somente o certo
ou errado, ou ainda pontos, melhor seria ajudá-lo a encontrar suas próprias
dificuldades e oferecer-lhe nova oportunidade de aprendizagem.
O erro sempre nos faz repensar a situação do educando e nos mostra
claramente que há o que fazer assim nos fala Maria Tereza Esteban:
O erro muitas vezes mais do que o acerto, revela o que a criança ‘sabe’, colocando este saber numa perspectiva processual, indicando também aquilo que ela ‘ainda não sabe’ portanto o que pode ‘vir, a saber’. (Esteban, 1992-2003, p.21).
Nesta perspectiva o erro deve servir de estimulo para reconstrução
significativa do conhecimento. Mediante o erro, mudar é preciso transformar é
necessário, é um convite, o desafio à mudança da prática pedagógica. Luckesi nos
lembra de algo muito comum que acontece com os pais quando o filho comete o
erro:
O erro especialmente no caso da aprendizagem, não deve ser fonte de castigo, pois é um suporte para a compreensão... Aprendemos a retirar deles os melhores e os mais significativos benefícios, mas não façamos deles uma trilha necessária de nossas vidas. (Luckesi, 2002, p.58-59).
Repensar o erro é muito importante, para não cometer um outro erro ao
tentar corrigir o erro em questão. É preciso lembrar que, o erro não deve ser visto
como fonte de castigo, mas de forma positiva para aprender de forma correta e
evoluir com eles, mas tomar o cuidado para não usá-lo (erro) como alvo para sua
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aprendizagem, fazer sempre errado, para depois tentar acertar, isso se tornará um
vicio sobre o erro. A consciência de que não optamos por ele e não queremos nunca
errar, mas se houver o erro, que ele seja subseqüente um aprendizado, seria então,
trilhar para o sucesso.
No quinto encontro, continuamos e fechamos a discussão sobre os diversos
instrumentos avaliativos, encontrados no texto: “Relação Funcional entre Objetivos e
Avaliação”, analisando, importância vantagens e desvantagens de cada instrumento
avaliativo que selecionará apenas um deles e aplicará com seus alunos e
apresentará no ultimo dia de encontro, sendo que estabelecer objetivos ou metas
para a avaliação é garantir o sucesso da aprendizagem do educando. É preciso
analisar cuidadosamente as diversas técnicas e instrumentos avaliativos a serem
utilizados antes de aplicá-los. É uma ferramenta que pode servir para contribuir com
o crescimento da aprendizagem, como ao contrário para barrar a mesma. Portanto a
análise criteriosa destes instrumentos é peça fundamental para a efetiva
aprendizagem como afirma Haydt:
Há uma estreita relação entre avaliação e a definição de objetivos, porque ‘avaliar’ é basicamente comprovar se os resultados desejados foram alcançados. E a partir da elaboração do plano de ensino, com a definição dos objetivos que norteiam o processo ensino aprendizagem, que estabelece o que e como julgar os resultados da aprendizagem dos alunos. (Haydt, 1994, p.294).
Se o professor conseguir definir seus instrumentos avaliativos, também
analisar criteriosamente seus resultados. Haydt diz que ao avaliar o que o aluno
aprendeu, o professor está avaliando o que ele próprio conseguiu ensinar. (Haydt,
1994, p.288). É hora de avaliar também os erros de forma construtiva com seus
educandos.
No sexto encontro, apresentação e discussão da síntese já elaborada
anteriormente, dos textos: “Não há docência sem discência” “Ensinar é uma
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Especificidade Humana” e “Ensinar não é Transferir Conhecimento”, onde o próprio
texto fala por si mesmo muito claramente. No tema ressaltado para o momento,
Paulo Freire nos coloca em choque com o nosso compromisso, nossa consciência,
responsabilidade, e rigor conosco mesmo e com os educandos, com a nossa própria
identidade cultural, formativa, ética e aceitação do novo, o que complementa no seu
resgate histórico de sua formação para a interação no conhecimento com o
educando, ressaltando que o rigor faz parte dos saberes necessário a uma prática
competente para o bom desenvolvimento de seu trabalho e em suas relações
educativas e afetivas com seus educandos. Paulo Freire nos ressalta que:
Ao ser produzido, o conhecimento novo supera o outro que antes foi novo esse fez velho e se ‘dispõe’ a ser ultrapassado por outro amanha. Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente. Ensinar, aprender e pesquisar lida com esses dois momentos... o que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o que se trabalha a produção do conhecimento ainda existente. (Freire, 1996, p.28).
Compromisso assumido e respeitado enquanto profissional ético, ser
humano para com ser humano, crescimento e conhecimento atualizado
construtivamente e registrado com seus educandos. Paulo Freire diz que ‘ensinar
não é transferir conhecimentos’.
Saber que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos educandos, as suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto a de ensinar e não a de transferir conhecimento. (Paulo Freire, p.47).
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Sabemos que nós, professores, nos compete o compromisso de estarmos
sempre nos atualizando, nos aprimorando e nos intervindo com relação às nossas
práticas no dia-a-dia de sala de aula, para que possamos realizar intervenções,
respeitando as necessidades e os limites dos educandos a cada prática avaliativa
aplicada. A respeito do assunto diz Paulo Freire:
Quando saio de casa, não tenho dúvida nenhuma de que, inacabados e conscientes do inacabamento, abertos à procura, curiosos, ‘programados, mas para aprender’, exercitamos tanto mais e melhor a nossa capacidade de ensinar quanto mais sujeitos e não puros objetos do processo nos façamos. (Freire, p.58-59).
Vai do bom senso de cada um, aprimorar as metodologias trabalhadas,
inovar em seus conteúdos como também refletir suas práticas avaliativas, analisá-las
e aplicar as justas intervenções para melhorar o nível de conhecimento de sua
turma. Tomar consciência de que deve haver normas reguladoras e diversificadas
para suas atividades e trabalhos. O professor deve exercer sua função com
autonomia, conhecimento, autoridade e respeito para com o educando, Paulo Freire
comenta:
É o meu bom senso que me adverte de que exercer a minha autoridade de Professor na classe, tomando decisões, orientando atividades, estabelecendo tarefas, cobrando a produção individual e coletiva do grupo não é sinal de autoritarismo de minha parte. É a minha autoridade cumprindo o meu dever. (Freire, 1996, p.61).
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O bom senso do professor deve fazê-lo ver a dificuldade de cada educando
que se esconde por trás de sua inquietação, dos alvoroços, da inseguranças, das
irritabilidades e ao mesmo tempo sua timidez, dizem algo ao professor que deva ser
compreendido. Por isso a humildade que deva ter o professor ao lidar com esta
situação, é indispensável que ele reveja suas práticas e retome os seus conteúdos
trabalhados com estes educandos, para que os coloquem de posse do
conhecimento, caso contrário seria um desrespeito com os próprios. O compromisso
e a consciência ética assumido exigem que se faça isso. Esta é a realidade do dever
que o chama. E fazê-lo com alegria e esperança que ocorra com sucesso, para isso
é preciso ter convicção de que intervir é preciso e também para reverter em sucesso,
é preciso despertar no aluno um sentimento de curiosidade com relação ao que está
propondo, porque ‘Ensinar não é transmitir conhecimentos, diz Paulo Freire.
Só na verdade, quem pensa certo, mesmo que às vezes pense errado, é quem pode ensinar o pensar certo. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos demasiado certa de nossas certezas. Por isso é que pensar certo, ao lado sempre da pureza é necessariamente distante do puritanismo e rigorosamente ético... com a desvergonha de quem se acha cheia ou cheio de si mesmo. (Freire, 1996, p.28).
Ser professor, é ser doação total de seu ser, entregue à envergadura da
ética e da cumplicidade, com a eficiência de sua prática educativa, quanti e
qualitativamente com seus educandos. Como posso ser professor sem analisar a
realidade de cada sala de aula/aluno como também sem fazer a contextualização
dos conteúdos fatos de nosso dia a dia e sua importância contemporânea para a
sociedade. Diz Paulo Freire:
Assim como não posso ser professor sem me achar capacitado para ensinar certo e bem os conteúdos de minha disciplina, não posso por outro lado reduzir minha prática docente ao puro ensino daqueles conteúdos... Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos é o meu testemunho
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ético ao ensiná-lo. É a decência com que faço. É a preparação cientifica revelada sem arrogância, pelo contrario com humildade. E o respeito jamais negado ao educando, a seu saber de experiência feito que busco superar com ele. Tão importante quanto o ensino dos conteúdos, é a minha coerência de classe. A ocorrência entre o que digo, o que faço é o que faço. (Freire, 1996, p.103).
Contudo, não é necessário que eu esqueça de ser educado para ser
autoridade, e nem ser obrigatoriamente perder o respeito para ser rigoroso com seus
educandos, posso ser rigoroso e competente sem ser arrogante e importante, e
assim poder, saber e conseguir ouvir e entender o ser educando, perspicaz e antes
de tudo humano.
Ao estudarmos Paulo Freire, aprendemos com ele e concluímos com ele
que, não é com arrogância que ficamos mais inteligentes e mais autoritários, e nem
a arrogância é sinal de competência, mas ao contrario é com humildade que
conseguimos transmitir melhor nosso recado e chegamos até nossos educandos.
A simplicidade não faz desmerecer o nosso saber, e sim nos torna pessoas
melhores por conseqüência, alunos melhores, mais afetivos, mais respeitosos e
mais humanos e assim a nós mesmos.
No sétimo encontro, nos encontramos no próprio texto: “Rumos da
Avaliação neste Século”, que ao estudarmos, sentimos o quanto é imprescindível, a
responsabilidade e o compromisso de ambas as partes, professor x alunos, alunos x
professor e já ouvimos no texto anterior de Paulo Freire também, sabemos o quanto
é complexo o tema avaliação e o quanto é necessário a cumplicidade de cada
professor para com cada aluno. É preciso mapear, conhecer as dúvidas para
retomar os conteúdos, vencer os obstáculos para avançar na aprendizagem,
progredindo em seus conhecimentos. Esta é uma tarefa um tanto difícil para o
professor mais eficaz e nos diz Hoffman:
À medida que se concebe a avaliação como compromisso... significa reforçar as setas dos seus caminhos: confiar, apoiar, surgir e
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principalmente desafiá-los a prosseguir através de provocações significativas. (Hoffman, 2001, p.28).
O professor precisa ganhar a confiabilidade de seus educandos para que a
aprendizagem seja realmente significativa, educandos e educadores precisam estar
engajados no processo ensino-aprendizagem, em busca de solucionar todas as suas
duvidas, redimensionando suas práticas, avaliando seus erros e acertos dia a dia,
prosseguindo para o alvo. Mas ainda existe aqui algo a ser levado em conta que é o
primordial para o desenvolvimento do educando, o desenvolvimento da família para
o sucesso de toda aprendizagem, como retrata Hoffman: ‘É compromisso dos pais
acompanhar o processo vivido pelos filhos, dialogar com a escola, assumir o que
lhes é de responsabilidade’.
Cabe a família compartilhar com a escola, com o educando e com seus
filhos, seus avanços e suas dificuldades, crescendo juntos no seu cotidiano escolar.
A cada passo é um avanço a uma nova conquista.
No oitavo encontro, analisamos, discutimos e contextualizamos o texto: “
Outra Concepção de Tempo em Avaliação”, onde o tempo em avaliação para o
aluno é algo raro e difícil para se conseguir planejar, ele nunca tem tempo para
nada, mas ao mesmo ele tem tempo para tudo, menos para se dedicar aos estudos,
isto a nível fundamental e médio. Na verdade falta mesmo organizar melhor o seu
tempo dentro e fora da sala de aula e o professor tenta de tudo para captar-lhe a
atenção. Mas há sempre novos desafios e novas perspectivas em avaliação sendo
estudadas pelos professores respeitando o tempo do aluno. Hoffman acena com
novas possibilidades:
Os rumos da avaliação, na ultima década, apontam para a organização de experiências educativas desafiadoras, promovendo e favorecendo a evolução dos alunos, mas respeitando tempos e percursos individuais. Uma avaliação contínua irá exigir, essencialmente, uma outra concepção de tempo em educação, o que nos levará a perseguir novos rumos metodológicos. (Hoffman, 2001, p.41).
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Assim trabalhando pedagogicamente falando de forma diferenciada de
maneira a desenvolver em uma experiência coletiva de sala de aula. Todo aluno
aprende, mas aprende a seu tempo, de maneira única em sua singularidade.
Entretanto com clareza e sabedoria do professor, está e, promover o indivíduo e o
grupo de forma paralela e peculiar de cada um. Jussara Hoffman, diz que ‘todo
aprendiz está sempre a caminho’. Assim deve valer que todo educando estará
sempre evoluindo, trilhando caminhos, por ritmos e etapas diferentes e o educador
precisa perceber e analisar com um diferencial individualizado acompanhando os
seus aprendizes em especial com um novo olhar, na perspectiva da construção do
conhecimento.
No nono e último encontro estudamos e discutimos o texto: “ As Múltiplas
Dimensões do Olhar Avaliativo”, após leitura interativa, realmente nos avaliamos
quanto ao nosso olhar para cada situação dos alunos, após uma atividade avaliativa.
Cada professor teve a oportunidade de aplicar e refletir sobre o instrumento de
avaliação com seus alunos e diagnosticar e rever a dificuldade na aprendizagem de
seus educandos, durante o período deste grupo de estudo e cada um relatou sobre
sua prática avaliativa citada em grupo anterior, socializando-a no grupo. Hoffman diz
que “é preciso um olhar profundo às múltiplas dimensões de aprendizagem que lhe
constituem a base.” (Hoffman, 2001, p. 60).
Quando pensamos em avaliação, refletimos muito em busca de novas
formas de avaliar, para que possamos encontrar outros caminhos que nos leve ao
sucesso da aprendizagem dos alunos, porque não basta obter notas, é fundamental
a aprendizagem, somente esta abrirá portas para o futuro. A intenção é oferecer aos
educandos, várias e diversificadas aferições, que lhe oportunizarão reflexões sobre
seus conhecimentos e usá-los para a resolução de problemas, assumindo
compromisso consigo mesmo em relação às suas aprendizagens e dificuldades,
superando-as.
O professor sempre detém de um novo olhar sobre a cada avaliação e seus
resultados, analisando e intervindo, quando necessário. Hoffman faz referencias
neste sentido:
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Avaliar é, então, questionar, reformular perguntas, propor tarefas desafiadoras aos alunos para a construção das respostas. Os conteúdos não deixam de existir, eles são mais do que nunca importantes, assim como a visão interdisciplinar, e é compromisso do professor sugerir e disponibilizar variadas fontes de informação. A premissa é oferecer aos alunos muitas e diversificadas oportunidades de pensar, buscar conhecimentos engajar-se na resolução de problemas, reformular suas hipóteses, comprometendo-se com seus avanços e dificuldades. (Hoffman, 2001, p.73).
O compromisso do aluno vem fechar o que necessariamente, o torna mais
eficaz em suas atividades escolares, promovendo-o para a sua própria
progressividade, em todos os sentidos, pois o compromisso do professor com a
avaliação e com o ensino aprendizagem, ambos devem estar interligados para que
processo avaliativo aconteça de forma contínua e formativa.
5 Considerações finais
A implementação do Projeto Avaliação: Justa ou Injusta? Problema ou
Solução?, oportunizou vários momentos de reflexão a respeito do tema, através dos
grupos de estudos realizados aos sábados e o aprofundamento teórico adquirido por
cada participante do grupo, contribuirá para a melhoria da qualidade de ensino e da
avaliação dos nossos educandos.
Desde então, o estudo trouxe reflexão sobre as práticas, que vão sendo
redimensionadas e a cada diagnostico se resume num resgate social, contribuindo
assim na formação de nossos educandos.
Diante do exposto, após debruçarmos sobre as diversas obras de revisão
literária, foi fundamental para se ter uma idéia sobre o verdadeiro significado de uma
avaliação para o contexto educacional dos educandos.
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Muitos são os estudos sobre avaliação, práticas avaliativas e instrumentos e
técnicas de avaliação, mediante diferentes concepções de aprendizagem.
Compreender e transformar as práticas no ensino-aprendizagem é uma tentativa
por parte dos autores envolvidos, em especial educadores e educandos, que exige
muito estudo, reflexão e compromisso de ambas as partes.
Com este grupo de estudo, aprendemos que muito ainda se tem que
estudar, mas pouco é o tempo que existe para isto, alem de sua carga horaria na escola,
40 horas, pesada ainda é a sobrecarga que leva para casa e é isto que dificulta ainda
mais, ampliar seus conhecimentos. Mas os que conseguiram participar deste grupo de
estudo, o fizeram com muito esmero, dedicação e compromisso, portanto a avaliação
deve servir como tomada de consciência de sua prática para transformação de sua
retomada de decisão. Mediante todas as pesquisas e estudos realizados esperamos
alcançar e deixar para nossos educandos um conhecimento que o torne capaz de
refletir, agir, tomar decisões consciente de um cidadão compromissado com a
sociedade onde vive, almejando um futuro melhor.
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Referências
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34
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VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. 16a Edição. São Paulo. Libertad. 2006. v. 3.
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