COMPORTAMENTO FORMAL NA CÂMARA:
COMO PROCEDER? Lucymara de A. Correia
1 A Câmara como órgão formal e solene
Toda Câmara Municipal é um órgão Legislativo, responsável pela elaboração de leis, visando o bem-estar e a
organização social de uma cidade. São formadas por cidadãos eleitos pelo povo, em pleito regular, que investidos de
mandato, constituem o Poder Legislativo.
O que é a Câmara? - Câmara Municipal de Mogi Mirim
www.camaramogimirim.sp.gov.br/?page_id=36
No Brasil, a câmara municipal, câmara de vereadores, assembleia legislativa municipal ou câmara
legislativa é o órgão legislativo da administração dos municípios, configurando-se como a assembleia de representantes
dos cidadãos ali residentes. Apesar de ter as mesmas origens das câmaras portuguesas, atualmente possuem funções
diferentes: a brasileira é um órgão legislativo e em Portugal possui atribuições de poder executivo. Como órgão
legislativo municipal, a câmara municipal brasileira é equivalente à atual assembleia municipal portuguesa.
Atividade Legislativa
A atividade legislativa das Câmaras é delimitada pela Constituição, que determina que "compete aos
Municípios legislar sobre assuntos de interesse local" e "suplementar a legislação federal e a estadual no que couber"
(CF, art.30, I e II). O processo pelo qual as normas jurídicas municipais são feitas, o processo legislativo municipal, é
determinado pelo Regimento Interno das Câmaras. Também é assegurada a "iniciativa popular de projetos de lei de
interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do
eleitorado" (CF, art. 29, XIII).
Os Vereadores
No exercício do mandato, o vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos. Mesmo sem prévio aviso,
ele possui livre acesso às repartições públicas municipais, podendo diligenciar pessoalmente junto aos órgãos da
administração direta e indireta, solicitar esclarecimentos e informações a respeito de ações e atos administrativos,
devendo ser atendido pelos respectivos responsáveis.
Tem obrigação de comparecer às sessões plenárias, sendo descontado em seu subsídio caso se ausente sem
justificativa.
Pelo contato direto com a comunidade e as entidades que representam a sociedade organizada, o parlamentar
avalia as necessidades de caráter local, tais como, saúde, saneamento básico, educação fundamental, moradia, transporte
coletivo, uso do solo, coleta de lixo, iluminação pública, sistema viário, entre outras. Os políticos também recebem
denúncias e reclamações quanto à prestação dos serviços públicos e buscam, pelos instrumentos competentes, a solução
para os problemas e carências nestas áreas.
Os cuidados pessoais que se deve ter no trabalho da Câmara:
a) Vestimentas: A construção de uma boa imagem pessoal e profissional está inerentemente relacionada com dois
conceitos básicos: a quem servimos e de quem dependemos.
A credibilidade significa que uma boa imagem pessoal passa por transmitir confiança ao cliente, a qual se vai
mantendo ao longo do tempo, e que vem da consistência dos resultados com a satisfação do cliente. Esta imagem
pessoal e profissional é tanto mais importante, quanto maior for o contato direto com a população e autoridades.
A nossa imagem pessoal é construída normalmente em três momentos distintos:
A Primeira Impressão que é formada nos três primeiros segundos;
A Imagem Inicial que é formada nos primeiros contatos;
A Imagem propriamente dita, que é aquela imagem já formada que temos que manter e melhorar.
Algumas considerações sobre cada uma delas.
A Primeira Impressão
Normalmente sabe-se que “ninguém tem uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão”.
Estudos* atestam que são necessários somente 3 segundos, para a formação da Primeira Impressão e nesses escassos
segundos, os principais fatores que influenciam na formação da imagem são:
A Visão (conjunto da imagem) do primeiro impacto com 25%;
O Tom da Voz com 18%;
A Adequação das palavras utilizadas com 14%;
A Linguagem Corporal com 10%.
(*Management Institute of Tecnology – EUA – Revista Venda Mais – Dez 2001)
O interlocutor é influenciado principalmente pela aparência e pelo vestuário. Assim, no que diz respeito à
aparência, o que mais chama a atenção além dos tradicionais traços de higiene pessoal, é a expressão facial. Espera-se
desta expressão nos três segundos iniciais que seja de um sorriso que demonstre sinceridade. No conjunto que compõe a
expressão facial, devemos ter uma atenção especial no género feminino com os cabelos, que devem estar bem cuidados
e penteados e no género masculino, para além destes, com a face, que deve estar limpa e barbeada.
Relativamente ao vestuário, o ideal é que corresponda às expectativas do interlocutor dentro dos seus conceitos
de apresentação pessoal adequados ao contexto. Um profissional deve sempre optar por peças de vestuário que não
constituam um elemento de distração e não perturbem a comunicação com os interlocutores.
Para facilitar na definição do vestuário ideal a usar na sua atividade profissional, sempre que possível, é
importante analisar antecipadamente as características dos seus interlocutores, o ambiente e objetivos da sua empresa e
os costumes locais. Caso não seja possível, o mais adequado é usar a discrição e o “bom senso”. Se for usar farda ou
uniforme, estes deverão estar sempre impecáveis.
Ainda sobre a aparência, sem entrar na linguagem corporal que será tratada mais à frente, iremos falar sobre a
postura. Assim, nos primeiros três segundos do primeiro impacto, é importante ter em atenção a colocação da cabeça e
tronco, que devem estar eretos. Não se deve manter a curvatura dos ombros que denota cansaço ou mesmo desânimo.
Por outro lado, se estiver na posição de sentado, esta deve manter-se correta no assento, pois caso contrário, a primeira
impressão que causar será negativa.
No que diz respeito ao tom de voz, deverá utilizar um tom e velocidade da fala igual à do seu interlocutor
garantindo assim a necessária sintonia.
As palavras utilizadas devem ser adequadas, o que significa principalmente a atenção no uso de palavras
condizentes e pertinentes ao momento, sem erros de pronúncia, vícios de linguagem, gírias, expressões que denotem
intimidade, frases feitas sem originalidade, frases em tom de anedota, ou mesmo citar um volume enorme de
informações para a qual o momento não é o adequado. O momento pode ser sóbrio ou descontraído e a pessoa deve-se
adequar a ele, demonstrando já neste início de contato, que a peça chave desse relacionamento profissional é a pessoa do
“cliente” e não a sua.
Relativamente à linguagem corporal incidimos especial atenção sobre o cumprimento social e o contato visual.
O cumprimento na nossa cultura materializa-se com um “aperto de mão”, ato que deve obedecer a algumas regras
simples como:
- A mão deve ser fechada de forma firme e sem apertar;
- O braço não deve balançar mais do que três vezes e de forma natural, porém segura.
Como todo o contato físico, o aperto de mão é revestido de interpretações e consequentemente obriga-nos a
alguns cuidados especiais, nomeadamente quanto à não invasão do também denominado espaço pessoal, mantendo uma
distância socialmente aceite do nosso interlocutor (é normalmente tolerada a distância de dois antebraços).
No contato visual, importantíssimo na formação da “primeira impressão”, se queremos de facto iniciar um
processo de conquista da credibilidade do cliente, o olhar deve ser direto nos olhos do nosso interlocutor e ao mesmo
tempo deve demonstrar segurança e seriedade, mas tendo cuidado para não parecer demasiado intrusivo. Assim, os
olhos são a “janela da alma”, e o nosso olhar deve transmitir exatamente a nossa saudação sincera.
A Imagem Inicial
A Imagem Inicial é formada no decorrer dos primeiros contatos. Partindo da premissa que causamos uma primeira impressão positiva, em seguida, no decorrer da primeira entrevista a nossa principal preocupação é deixar no
final uma Imagem inicial positiva sem prejuízo, no entanto, do nosso relacionamento profissional.
Queremos que seja criada uma boa imagem pessoal e profissional, sem esquecer o nosso objetivo específico
para aquela visita.
Lembrando o que foi dito no início quanto à formação da imagem, aqui estão em jogo os nossos
comportamentos, hábitos, postura, ética, conhecimentos, habilidades e competência e o que temos é que utilizá-los
corretamente para conquistar a pretendida credibilidade e confiança junto do cliente. Existem, no entanto, alguns
conselhos que podem ser úteis na promoção desta imagem inicial positiva, a saber:
- Comportamentos: para além das regras de etiqueta social obrigatórias, existem algumas sugestões práticas que
consideramos mais importantes neste momento.
· Demonstre claramente desde o início o objetivo da sua visita. · Demonstre orgulho no que faz e/ou vende. ·
Mostre respeito pelo seu tempo e do cliente. · Seja educado, porém fique preparado para a marcação de outra visita ou
uma reclamação se não conseguir a “atenção seletiva” necessária.
- Hábitos: a maioria dos bons hábitos profissionais está relacionada com a educação que recebemos e, portanto,
tal como nas regras de etiqueta, vamos apenas lembrar de algumas situações consideradas críticas para a imagem
profissional.
1. O cumprimento do horário de trabalho, ou seja, a assiduidade e pontualidade, são fundamentais para a formação de
uma boa imagem profissional.
2. Outro hábito fundamental é o da comunicação personalizada, ou seja, usar desde a apresentação, o nome do seu
interlocutor sempre que possível.
3. Não interromper a pessoa que está a falar, por nenhum motivo.
- Postura: deve ser amistosa, agradável, natural e cativante, apesar de comedida.
- Ética: Tendo sempre como referência as normas éticas da sua atividade profissional, em face a um cliente/
outro interlocutor, deve ter também em atenção aos seguintes conselhos:
1. Não falar mal da sua concorrência, pois será mais vantajoso salientar as vantagens da sua empresa e se possível fazer
com que o cliente descreva os pontos negativos das outras;
2. Não falar mal da concorrência do cliente, pois ainda não sabe de onde ele veio e nem vai saber para onde vai no
futuro, cative um aliado, esteja ele onde estiver;
3. Ser ético respeitando as regras vigentes na empresa onde trabalha e incluindo e principalmente nas informações
consideradas confidenciais.
- Conhecimentos: principalmente se for um primeiro contato, e no caso de ter como objetivo conhecer o
máximo possível do seu cliente, seja comedido em demonstrar excesso de conhecimentos, forneça informações na
medida do necessário e do interesse do seu cliente, mas não queira “aparecer” como o “sabe-tudo”, pois tal atitude pode
interferir negativamente na sua imagem e bloquear a concretização.
- Habilidades: é importante salientar não todas as suas habilidades, mas especificamente aquela pela qual você
normalmente se sobressai, que todos comentam ser uma virtude nos primeiros contatos, o que em si cativa a pessoas.
Essa habilidade é denominada de “fator único”. Descubra o seu fator único e faça uso dele principalmente nesse
momento.
- Competências: são um conjunto de conhecimentos, aptidões e atitudes que harmonicamente desenvolvidas,
produzem um resultado final esperado e desejado.
Finalmente e como objetivo essencial da construção da Imagem Inicial, mais do que “ser” é preciso “parecer”
competente. Assim, antes do estabelecimento do contato deve estudar a mensagem que quer transmitir, treinar e
visualizar mentalmente os resultados pretendidos.
A manutenção da imagem
Uma vez que a imagem já esteja formada, devemos colocar periodicamente a nós próprios as seguintes
questões:
Será que eu sei realmente como a minha população me vê?
Estou realmente a cumprir com todas as minhas promessas?
Tenho feito efetivamente o suficiente pelos munícipes?
Se respondermos sim a todas as questões acima referidas, não temos muito que nos preocupar com a nossa
imagem, ela está a ser mantida, no entanto...
Lembre-se que as indicações e referências relativas à sua empresa são influenciadas principalmente pela sua
imagem. De reter também que a imagem ideal do profissional é que uma imagem de confiança perante o cliente.
Finalizando, lembramos que a Imagem Pessoal faz parte do seu Marketing Pessoal e que o mesmo se faz com
clareza de objetivos, integridade, posicionamento, comprometimento, relacionamentos, conhecimento, imagem,
autoestima e motivação.
A melhoria da imagem pessoal deve ser contínua, pelo que se vai construindo com progressivas e pequenas
conquistas e não apenas com uma grande conquista.
Bibliografia:
Branco, B. (2004). Megaservice - Assessoria Empresarial e da Academia do Sucesso em Vendas.
www.megaservice.com.br
Fachada, M.O. (2003). Psicologia das Relações Interpessoais (1.º Volume). Ed. Rumo
Estilo de se vestir e o trabalho
DRESS CODE FORMAL Michele, da UPS: os funcionários são nosso cartão de visita. Eles carregam a imagem e a
reputação da empresa, por isso é necessário vestir-se de forma adequada e de acordo com as exigências
Meias marrons ou pretas. Sapatos alinhados e cinto na cor preta. Barba feita e cabelo cortado e penteado
adequadamente. É assim que os entregadores da transportadora americana UPS devem se apresentar todos os dias no
trabalho. Na filial brasileira, como em todos os escritórios dela no mundo, existe uma série de normas escritas, que
variam conforme a categoria profissional, como explica Michele Cavalcante, gerente de RH da empresa. “Aqui, temos
diferenciação somente entre funcionários administrativos e operacionais, que utilizam uniformes padronizados, como os
entregadores, por exemplo”, explica.
Segundo a executiva, estes possuem um procedimento específico e passam por auditoria diária antes de
saírem às ruas. “O coordenador de operações é responsável por verificar se cada entregador está com seu uniforme
limpo e adequado às exigências da empresa. Isso tudo, explica, pois eles são literalmente a imagem da companhia.
“Quando pensamos em uma empresa de entrega, pensamos em seus entregadores; eles estão em contato diário com
todos os clientes e por esse motivo a apresentação precisa ser impecável”, ressalta. Os demais funcionários
administrativos – independentemente do cargo – seguem o mesmo procedimento de vestimenta, porém com outras
regras: nada de saias curtas e sandálias abertas para as mulheres, nem bermudas e camisetas para homens. E, claro, os
homens devem estar devidamente barbeados. “Os funcionários são nosso cartão de visita. Eles carregam a imagem e a
reputação da UPS, por isso é necessário vestir-se de forma adequada”, ressalta Michele.
Em algumas filiais da companhia nos EUA, por exemplo, as mulheres não podem utilizar sequer sapatos
abertos, como os peep toes, pois, as áreas administrativas estão no mesmo local das operacionais e existe, assim, risco
de acidente se a funcionária tropeçar em alguma caixa ou algum material cair no pé. Dessa forma, nada mais natural do
que pedir sapatos fechados. “Como no Brasil só há acesso às áreas operacionais, esse tipo de calçado foi liberado.
Também podemos utilizar, aqui, blusas ou vestidos sem mangas, com aquelas mangas que vão até o ombro somente
(exceção de regatas) devido ao calor”, conta.
Michele diz que nunca deixou de usar alguma peça que gosta por causa do procedimento da empresa. “Desde o
meu primeiro dia de trabalho, há 13 anos, a companhia deixou muito claro o que poderia (ou não) usar e me explicou os
motivos, com os quais concordo e compreendo. Utilizar sandália, por exemplo, já está vinculado a um dia fora do
expediente, então acredito que nem me sentiria à vontade trabalhando de sandálias, além de que a roupa social me faz
sentir mais confiante, mais profissional”, afirma.
De acordo com o ambiente
Mas nem todas as empresas são cheias de regras e formalidades. Cada ambiente corporativo demanda uma
roupa diferente – há os mais tradicionais como o financeiro e os mais liberais, como o de comunicação. De acordo com
a consultora de imagem Sabina Donadelli, o estilo da pessoa e o ambiente de trabalho devem se adequar. “Uma pessoa
criativa pode usar jeans, com lenço colorido como acessório num ambiente de comunicação, como numa agência de
publicidade; mas uma advogada, por exemplo, não poderia usar esse look no fórum, optando por um terninho ou saia e
blusa com bijuteria discreta como acessório. O mesmo acontece com as profissionais do mercado financeiro”, afirma. A
também consultora de imagem Cristina Zanetti, do site Oficina de Estilo, concorda: “Cada ambiente tem seu estilo. O
que as pessoas precisam fazer é saber o que usar (ou não) em seu ambiente de trabalho”, ressalta. Para ela, não se trata
de estar na moda e, sim, de ter alguns cuidados na hora de escolher uma roupa para trabalhar. “O que deve prevalecer
sempre é o bom-senso”, completa.
Na agência de publicidade Talent, por exemplo, é possível encontrar pessoas com tênis all star e camisetas mais
descoladas. Isso porque se trata de um ambiente mais informal, que costuma atrair profissionais com um perfil mais
despojado e que se vestem com peças mais modernas e diferentes, como explica a diretora de relações com mercado da
agência. Luiza Porto. “O interessante é que mesmo que o cliente tenha um ambiente mais formal, ele espera que os
profissionais de criação se vistam menos formalmente. Faz parte do „pacote criativo'”, brinca Luiza.
A redatora Lígia Mendes, de 33 anos, e na agência há um ano e meio, que o diga. Avessa a saltos altos e meia
calça e adepta ao conforto, ela conta que só usa peças mais arrumadas em casamentos ou festas. Por isso, para ela, é
ótimo trabalhar em um ambiente menos formal. “Isso facilita muito e evita que eu tenha dois guarda-roupas: um para o
trabalho e outro para o dia a dia”, brinca. Além disso, ela ressalta que trabalhar em um lugar em que todo dia é casual
day faz as pessoas ficarem mais à vontade e o ambiente mais leve. “Não precisa inventar muito. Uma calça jeans,
camiseta e tênis já formam o look perfeito”, afirma. Quando ela quer dar uma cara mais arrumada ao básico, investe em
acessórios como bolsas, lenços e sapatos diferentes.
Chances de crescer
Segundo a consultora em etiqueta e marketing pessoal Ligia Marques, a imagem transmite a atitude do
profissional no dia a dia. “Não há traje neutro. Você sempre estará transmitindo algo a seu respeito pelo modo como se
veste e se apresenta ao mundo”, ressalta. Segundo ela, são códigos lidos pelas pessoas que o identificarão como alguém
“igual” com quem querem (ou não) manter contato. “As roupas que usamos são essenciais para passar a ideia de um
profissional de acordo com seu cargo e ocupação. ” Embora ela reconheça que há mercados mais e menos formais, onde
é permitido ampliar os limites, é essencial ter em mente que roupa social, em especial a de balada, é uma coisa; roupa
profissional é outra. “Independentemente do lugar onde se trabalha, o profissional deve procurar passar uma imagem
positiva, de competência e poder”, afirma. Ligia recomenda o uso de roupas discretas, mais neutra em termos de cores e
modismos.
Manual de etiqueta
Com a importância da imagem no mundo corporativo e para evitar trajes inadequados, aconselha-se elaborar
um manual sobre o assunto para que os funcionários entendam os valores e conceitos da organização onde trabalham e
consigam traduzir a imagem da empresa na maneira de se vestir. “Desde cargos de níveis mais baixos até os executivos,
a apresentação pessoal pode ser fator determinante para se transmitir uma imagem positiva, tanto do próprio profissional
quanto da empresa que está sendo representada”, afirma Fernanda, da Mariaca.
Falta de informação.
Assim, para saber qual é a aparência mais adequada é preciso, em primeiro lugar, descobrir como é o ambiente
de trabalho em que vai trabalhar, pois é ele que decide o que é mais apropriado. “Dessa maneira, o profissional deverá
resistir ao padrão habitual de suas escolhas e apresentar-se em um traje compatível não apenas com a empresa, mas
também com as pessoas com quem se reunirá e com a função a ser desempenhada”.
Em linhas gerais, a roupa ideal é aquela que transmite as mensagens adequadas à função que o profissional
exerce: às vezes de ser criativo, às vezes de passar credibilidade e confiabilidade. “Cada área profissional precisa passar
uma mensagem diferente: num ambiente mais formal, o look deve ser comportado e discreto, repassando a mensagem
de respeito, confiança e credibilidade.
Mas há peças, segundo especialistas, que devem ser abolidas de qualquer ambiente profissional, como
transparências e decotes para as mulheres; e camisetas de propaganda ou time de futebol e tênis de corrida, para os
homens. “É essencial respeitar as regras da empresa e estudar seu tipo físico de modo que agregue valor à sua imagem,
sempre. Seu estilo fica para as horas de lazer”.
Fica claro que saber vestir-se adequadamente para o trabalho vai muito além de apenas pensar em gostos
pessoais e em estar em dia com última tendência da moda. Independentemente do perfil da empresa, roupa social, em
especial a de balada, é uma coisa; roupa profissional é outra. O bom-senso deve prevalecer. Sempre. ”
Fonte: Revista Melhor Gestão de Pessoas.
Link da matéria: http://revistamelhor.uol.com.br/textos/289/artigo243197-1.asp
b) Falas e Gestos, comportamentos e etiqueta:
Introdução
Gesto é uma palavra que vem do latim lat. géstus,us' e significa movimento, atitude, gesto, gesticulação, esgar,
visagem, careta. É uma ação corporal visível e voluntária, pela qual um determinado significado é transmitido.
O gesto é uma forma de comunicação não-verbal de um indivíduo que possuiu uma grande expressividade
permitindo expressar uma variedade de sentimentos e pensamentos. É feito com uma ou mais partes do corpo, às vezes
usando o corpo inteiro, mãos, braços e expressões fisionômicas. Acontece sem ou com a combinação de uma
comunicação verbal podendo dar mais força à fala, ou mesmo substituí-la.
"O homem é um ser em movimento e, ao mover-se, põe em funcionamento formas de expressão completas e
complexas. [...]. A expressão gestual serve tanto a intenção cognitiva, expressiva ou descritiva, quanto a referências de
ordem afetiva."(Rector & Trinta, 1993, p. 21)
A linguagem do gesto
É o processo pelo qual as pessoas manipulam intencionalmente ou não ações e expectativas exprimindo
experiências, sentimentos e atitudes de forma a relacionarem-se e controlarem-se a si próprias, os outros e o ambiente
(Hickson e Stacks, 1985).
Estudos têm indicado que “os elementos não verbais da comunicação social são responsáveis por cerca de
sessenta e cinco por cento do total das mensagens enviadas e recebidas no processo de interações humanas, nas quais o
gesto tem um papel fundamental” (Rector & Trinta, 1993, p. 21).
Nesta linguagem não verbal, facilmente identificamos os seguintes gestos corporais:
Cabeça
Os movimentos de cabeça são importantes indicadores do andamento de uma interação. Os acenos de cabeça
são sinais não verbais muito rápidos, mas perceptíveis. Um aceno de cabeça de quem ouve é entendido por quem fala
como um sinal de atenção, desempenhando um papel de reforço e encorajamento para continuação da fala.
Olhos
A frequência, a duração e a ocasião de um olhar são fatores que permitem enviar mensagens sobre o
relacionamento entre duas ou mais pessoas. Ao estabelecermos contato visual com o outro, ele irá de alguma forma
sentir-se incluído na conversa, ao mesmo tempo que podemos elimina-lo da conversa, eliminado o contato visual. Um
olhar transmite uma série de comportamentos, desde um comportamento passivo através de um olhar evasivo, ou um olhar direto e terno que pode indicar carinho, consideração, entre outros.
Mãos
Estes gestos podem ser executados por uma ou duas mãos. É a categoria de gesto com maior ocorrência devido
a habilidade e precisão da mão humana em adquirir um grande número de configurações claramente perceptíveis. Daí a
importância que se atribui à língua de sinais, que não será tratada aqui. Os movimentos de mãos que fazemos quando
falamos são fortemente interligados com a nossa fala no tempo, no significado e na função. Ignorá-los é ignorar uma
parte da conversação.
Posições do corpo
Um dos aspectos importantes da comunicação não verbal é a postura. Esta designa os modos de nos
movimentarmos, sendo algo que se vai adquirindo com o tempo e com os hábitos. Este sinal, é em grande parte
involuntário, mas pode participar de forma importante no processo de comunicação. Em todas as culturas existem
muitas formas de estar deitados, sentados ou de pé e posturas variadas que correspondem a situações de amizade ou de
hostilidade, bem como posturas que indicam um estado ou condição social, entre outros.
Movimentos do corpo
A maneira como um indivíduo estrutura o seu micro espaço é feito de forma inconsciente, sendo esta uma
questão sempre relacionada com a situação, o ambiente e a cultura.
Expressão facial
O canal privilegiado de expressar as emoções é o rosto. Todos nós temos uma série de máscaras e movimentos
faciais que utilizamos de acordo com aquilo que queremos transmitir. As expressões faciais desempenham diversas
funções, tais como, expressão das emoções e das atitudes interpessoais, o envio de sinais inerentes à interação em curso
e a manifestação de aspectos típicos da personalidade de um indivíduo.
Significado cultural dos gestos
Todos nós, mesmo inconscientemente, somos portadores de especificidades culturais em nossos corpos. Todo
indivíduo desenvolve características corporais em relação à forma e movimento, de acordo com o seu contexto social,
sua história familiar, suas experiências motoras e emocionais e sua bagagem cultural.
A maioria dos povos além das palavras usa gestos quando falam. Este uso por alguns grupos étnicos é mais
frequente do que em outros, e esta variação da quantidade da gesticulação é considerada um fator cultural. Isto se dá
porque diversas partes do corpo humano são solicitadas de forma diferenciada, de acordo com as demandas da vida
individual e social.
Partilhando a opinião de George H. Mead (1934), a conversação por gestos está na origem de qualquer
linguagem, ela é o modelo de qualquer comunicação, já que comporta dois aspectos de qualquer processo social: a
reação de adaptação do outro e a antecipação do resultado do ato.
Os tipos mais conhecidos de gestos são os emblemáticos. São específicos de cada cultura, sendo que cada
comunidade tem repertórios específicos de tais gestos. Um único gesto emblemático pode ter um significado muito
diferente em contextos culturais diferentes, transformando-se de elogio a altamente ofensivo. No Brasil, por exemplo, o
gesto americano “OK” feito com a mão é tradicionalmente interpretado como ofensivo.
Podemos apontar trabalhos de grande relevância para o entendimento da correlação do gesto com a narrativa
dos falantes de diferentes línguas e suas culturas. Consultar, por exemplo:
• David Efron. - Gesture and Environment (1941); Gesture, Race and Culture (1972);
• Adam Kendon - Geography of gesture (1981); Conducting Interaction: Patterns of Behavior in focused encounters
(1990);
• Sotaro Kita - Language and thought interface: A study of spontaneous gestures and Japanese mimetics (1993);
Speech-accompanying gestures as a window into event conceptualization at the moment of speaking in adults and
children (2004);
• Cornelia Muller - Semantic structure of motional gestures and lexicalization patterns in Spanish and German
descriptions of motion-events (1994).
Visão histórica de estudos sobre o gesto
Estudos tradicionais
Na tradição Romana, Marcus Tullius Cicero (106 a 43 a.C.) discute os gestos e as expressões faciais em seus
tratados sobre a arte da oratória enfatizando como os gestos especialmente o rosto deve ser usado para expressar
sentimentos no discurso.
Marcus Fabius Quintilianus (30 a 95 d.C) apresenta a discussão mais completa sobre os gestos do período
Romano. Em sua obra Institutio Oratória, um programa completo para a educação de um jovem orador e como o gesto
deveria ser usado no discurso retórico, Quintilianus chama a atenção para a importância de dois aspectos: a voz e o
movimento (Kendon, 2004).
O retórico latino Julius Victor (entorno do século IV d.C.) fala sobre a importância dos gestos e das
recomendações feitas para sua utilização. Particularmente sobre o olhar e a mão diz que, “frente à diversidade infinita
das línguas faladas por todos os povos e todas as nações elas [as mãos] me parecem ser a linguagem comum de todos os
homens” (Julius Victor, em torno do século IV d.C. apud Patillon (1990, p. 11-12)).
"São [as mãos] por assim dizer uma segunda palavra; pedem, prometem, chamam, despedem, ameaçam,
suplicam, repelem com horror, temem, interrogam, negam; [elas] expressam a alegria, a tristeza, a hesitação, a
aprovação, o arrependimento, a medida, a quantidade, o número, o tempo; [elas] incitam, reprimem, aprovam, marcam a
admiração ou o pudor; [elas] substituem o lugar dos advérbios e dos pronomes para indicar um lugar ou uma pessoa [...]
(Julius Victor, em torno do século IV d.C.)."
Apesar de regras sistematizadas para os oradores (Cícero, Quintilianus, Julius Victor, etc.) muitas vezes, eram
atribuídas conotações negativas a uma gesticulação exagerada, por revelar não só a falta de formação retórica do orador,
mas também falta de conhecimentos linguísticos.
Dois autores propuseram um esquema de classificação da linguagem não verbal, identificando cinco tipos de
gestos:
• ilustrativos - ocorrem durante a comunicação verbal e servem para ilustrar e dar forma ao que está sendo dito.
Qualquer tipo de movimento corporal que desempenhe um papel auxiliar na comunicação não verbal é um ilustrador;
• adaptadores - são gestos utilizados para esconder emoções que não queremos expressar. São utilizados quando o
nosso estado de ânimo não é compatível com a situação inter-relacional;
• emblemáticos - são sinais emitidos intencionalmente, o seu significado é específico e muito claro, já que representa
uma palavra ou um conjunto de palavras bem conhecidas, como por exemplo, levantar o polegar para cima para dizer
que “está tudo bem”. São os gestos específicos de cada cultura;
• reguladores - são movimentos produzidos por quem fala ou por quem ouve com a finalidade de regular as
intervenções na interação. Os gestos reguladores mais frequentes são as inclinações de cabeça e o olhar fixo. São usados
para controlar os turnos de fala na conversação;
• exposições da influência - São semelhantes aos ilustradores no sentido em que também acompanham a palavra, mas
diferem deles no aspecto de refletirem um estado emotivo em que se encontra a pessoa. Através deste tipo de gestos
expressam-se emoções como: a ansiedade ou a tensão do momento.
Um avanço importante no campo destes estudos sobre o gesto foi o trabalho de Adam Kendon. Ele investigou
muitos aspectos dos gestos, incluindo seu papel na comunicação, na evolução da língua bem como a convencionalização
do gesto. Também propõe a integração do gesto e do discurso a partir da existência de uma unidade entre a fala e o
gesto, mencionada em dois de seus artigos mais importantes como: Some relationship between body motion and apeech
(1972) e Gesticulation and speech: two aspects of the process of utterance (1980).
Utilização do telefone
Ao se utilizar o telefone na empresa devemos tomar alguns cuidados, tais como:
- Dar toda a atenção à pessoa que ligou sem ficar distraído com outras atividades em paralelo;
- Evitar intimidades com a pessoa que está do outro lado da linha, pois isso poderá causar constrangimentos com os
colegas que estão ao seu redor;
- Ao falar ao telefone, você é julgado pela dicção, capacidade de articular pensamentos e por tratar os outros com
cortesia ou não. A voz deve ser alegre, clara, calorosa e em bom-tom, nem alta nem baixa demais;
- Ao atender telefonemas alheios, anote o recado escrevendo o nome da pessoa que ligou, o número do telefone, o
assunto e a hora;
- Não faça ligações pessoais demoradas;
- Não entre em discussões por telefone;
- Retorne as ligações, mesmo que você não conheça quem deixou recado;
- Se estiver ocupado, não tenha medo de interromper a conversa, diga que não pode falar e que ligará em seguida e não
esqueça de retornar a ligação;
- Todos estamos sujeitos a ter de atender a um telefonema com alguém ao lado. Quando for inevitável, procure fazer
com discrição, nada de gestos, caretas ou comentários tapando o bocal do telefone;
- Jamais deixe alguém esperando na linha, melhor dizer que está ocupado e que retornará a ligação depois;
- Se a linha cair não se preocupe, pois a responsabilidade de ligar novamente é de quem telefonou.
2. Utilização de e-mail
A utilização do e-mail é algo extremamente polêmico e atualmente se discute muito sobre o direito das
empresas monitorarem os e-mails de seus funcionários, violando assim sua privacidade. Então, é importante que se
tenha alguns cuidados ao se utilizar o e-mail fornecido pela empresa:
- Nunca escreva algo que possa constrangê-lo depois, evite intimidades e escreva aquilo que você falaria pessoalmente
para a pessoa;
- Verifique sempre a gramática e a ortografia do texto antes de enviá-lo, pois não existe nada pior do que um texto cheio
de erros que, em muitos casos, pode ofender pessoas que prezam muito uma boa grafia;
- Seja claro e objetivo, pois hoje em dia ninguém tem tempo para ler textos extensos demais ou ficar pensando em
palavras fora de contexto;
- Um e-mail, apesar de também ser um documento, não deve ser tão formal quanto uma carta;
- Jogue fora todos aqueles e-mails que não servem para nada, como malas diretas, correntes e piadinhas infames e só
responda àqueles que realmente mereçam sua atenção;
- Não mande correntes, piadas - obscenas ou não - e pegadinhas por e-mail para quem não conhece.
3. Comportamento em Reuniões
É neste momento que seu profissionalismo é posto à prova e onde sua postura profissional estará sendo julgada,
então tome alguns cuidados ao participar de reuniões de trabalho.
- Não chegue atrasado. Além de irritar quem chegou na hora, sua imagem ficará péssima, pois sua pontualidade foi
ineficaz;
- Nunca sente à cabeceira da mesa, pois esse lugar normalmente é reservado à pessoa que conduzirá a reunião. Assim
você dará a entender que conhece seu lugar, demonstrará apoio e deixará claro que não ameaça a pessoa que está
conduzindo a reunião;
- Leia e pesquise sobre o assunto que será colocado em pauta. Dessa maneira você estará preparado e poderá participar
da discussão, sem passar pelo constrangimento de dar um fora;
- Quando participar de uma reunião não entre mudo e saia calado, torne sua participação ativa;
- Exponha todas suas ideias independentemente de boas ou ruins, e quando achar que deve discordar, discorde, mesmo
que seja com quem está conduzindo a reunião. Dessa maneira você tornará a reunião mais produtiva e não apenas um
encontro de amigos;
- A pessoa que está conduzindo a reunião deve ser o primeiro e o último a falar. Ou seja, é ela que abre e fecha a
reunião;
- Se for encarregado de conduzir uma reunião, lembre-se de que um bom condutor é aquele que expõe suas opiniões de
modo que todos entendam, sabe ouvir e mediar conflitos;
- Ao fazer um comentário, apresentar uma ideia ou sugestão, seja claro e objetivo. Resuma ao máximo o que tem a dizer
para não tornar a reunião longa e cansativa demais;
- Olhe para os outros quando estiverem falando para mostrar interesse. Não baixe os olhos para a mesa;
- Apresente suas ideias como recomendação e não como ordens. Senão você poderá comprometer a autoridade diante
dos demais participantes;
- É importante manter a postura durante uma reunião. Evite ficar gesticulando, rabiscando, mexendo no celular e
principalmente entrar em uma reunião com o celular ligado.
2.4. Fofocas de corredor
Algo inevitável nas empresas são as fofocas de corredor, por isso evite ao máximo fazê-las.
- Afaste-se das fofocas e maledicências. Só o fato de prestar atenção nelas pode lhe dar a fama de fofoqueiro, e aquele
que lhe conta a última novidade pode levar também um comentário péssimo sobre você e aumentar o conflito
interpessoal;
- Evite fazer profecias. As previsões podem não se realizar e as palavras se voltarão contra você;
- Não seja inconveniente, aparecendo em outros setores da empresa sem ligar antes só para fazer uma fofoca rápida;
- Mantenha a voz baixa, especialmente quando precisar falar de assuntos de caráter confidencial;
- Quando se referir a um colega numa conversa, use o nome completo dele para evitar mal-entendidos;
- Evite falar de sua vida pessoal com quem você não conhece o caráter;
- Não comente com qualquer um os seus resultados positivos, prêmios e novos projetos que lhe foram confiados;
- Caso trabalhe com alguém de quem não gosta, troque cumprimentos, mantenha distância e não comente a antipatia que
sente. Isso minimiza os atritos e evita que os outros reparem a incompatibilidade e façam fofocas.
3. Exercícios do cargo/função
Jamais use seu cargo, função, atividade, posição ou influência com o fim de obter qualquer favorecimento para
si ou para outros. Busque o melhor resultado mantendo sempre uma atitude transparente, de respeito e colaboração com
os colegas de trabalho.
- Procure saber como seus superiores trabalham e como gostam que seus colaboradores exerçam suas atividades, pois
dessa maneira você poderá guiar suas atitudes e reações;
- Deixe claro quais são as suas funções, principalmente se elas incluírem obrigações pessoais e particulares. Sobretudo,
no caso de secretárias e assistentes que são encarregados de controlar as contas do chefe, organizar agenda, comprar
presentes para os familiares, etc.;
- Caso tenham afinidades ou amigos em comum, não há mal algum em fazer comentários pessoais, mas seja discreto e
tome cuidado para não parecer inconveniente nem puxa-saco;
- Reconheça os erros, mas não exagere no arrependimento nem na culpa. A fala correta é: “não foi um erro intencional,
isso não vai ocorrer de novo e vou remediar o acontecido”;
- Jamais diga a palavra problema para se referir a uma situação desfavorável. Dá a impressão de que você não consegue
controlar a situação.
4. Relacionamentos
4.1. Entre colegas, coordenadores e gerentes
Saiba respeitar as diferenças individuais, aja de forma cortês, com disponibilidade e atenção a todas as pessoas
com quem se relaciona, independentemente de seu cargo na empresa.
- Reconheça os méritos relativos aos trabalhos desenvolvidos por colegas ou gerentes;
- Não prejudique a reputação de colegas ou gerentes por meio de julgamentos preconceituosos, falso testemunho,
informações não fundamentadas ou qualquer outro subterfúgio;
- Não busque obter troca de favores que aparentem ou possam dar origem a qualquer tipo de compromisso ou obrigação
pessoal;
- Estimule a manifestação de ideias, quando alinhadas com os objetivos das empresas, mesmo que representem mudança
significativa.
4.2. Emocionais entre colegas de trabalho
1. Este assunto foi, é e sempre será muito polêmico, pois dependendo da diferença de hierarquias entre o casal, com
certeza surgirão comentários maldosos. Portanto, ao se relacionar com um colega de trabalho tome os seguintes
cuidados:
2. - Você e um colega se apaixonaram: se a empresa não proíbe namoro entre funcionários e vocês são desimpedidos,
não vale a pena esconder. Os colegas desconfiam, descobrem e fofocam;
3. - Enquanto estiver na empresa evite os apelidos carinhosos e telefonemas melosos. Nada de “fofo”, “lindinha”,
“bebê” e “neném”;
4. - Não constranja os colegas nem cause falatório criando situações para ficar a sós com seu amado ou sua amada.
5. - Cenas de ciúme e bate-boca são péssimas para sua imagem na empresa;
6. - Se brigar com ela (ele), deixe a cara fechada e a reconciliação para fora da empresa. Seu romance não é novela,
para ser acompanhado capítulo a capítulo;
7. - Não policie os horários da (o) sua (seu) parceira (o) e muito menos crie empecilhos para que ela (ele) almoce com
colegas ou superiores sob o argumento “você não liga mais para mim”;
8. - Você e o chefe se apaixonaram: em muitas empresas, trata-se de amor proibido. Vocês podem tentar escondê-lo
por um tempo, mas correm sérios riscos;
9. - Do ponto de vista ético, o melhor a fazer é pedir, rapidamente, uma transferência de departamento, já que o
romance pode comprometer o trabalho. Se não for possível uma transferência, a saída mais correta é um dos dois pedir
demissão. Durante o período de impasse, ajam com absoluta discrição, pois os fofoqueiros de plantão adoram comentar
sobre situações como essa;
10. - Paixão por alguém casado: em casos assim, trata-se de nitroglicerina pura. Se o romance se tornar público, amor,
trabalho e família virarão uma grande confusão e isso é péssimo para a carreira;
11. - Evite comentar o assunto em voz alta e não transforme seu drama em tema de debate no fumódromo.
5. Intimidações
- Jamais tolere ameaças ou assédios de qualquer tipo;
- Não se submeta a situações de assédio moral (entendido como o ato de desqualificar repetidamente, por meio de
palavras, gestos ou atitudes, a autoestima, a segurança ou a imagem do empregado em função do vínculo hierárquico) e
denuncie o assediador;
- Respeite a hierarquia, porém informe imediatamente à gerência superior qualquer comportamento irregular, desde que
devidamente fundamentado;
- Comunique imediatamente aos seus superiores hierárquicos, para que as providências cabíveis, qualquer aliciamento,
ato ou omissão que julgue contrários ao interesse da empresa;
- Não ceda a pressões que visem a obtenção de vantagens indevidas.
6. Feedback
Feedback: conjunto de sinais perceptíveis que permitem conhecer o resultado da mensagem; é o processo de se
dizer a uma pessoa como você se sente em função do que ela fez ou disse. Para isso, fazer perguntas e obter as respostas,
a fim de verificar se a mensagem foi recebida ou não.
Como a comunicação eficaz é um processo de troca bidirecional, o uso de feedback é mais uma maneira de se
reduzir falhas de comunicação e distorções.
Habilidades de Feedback:
- Assegurar-se de que quer ajudar (e não se mostrar superior);
- No caso de feedback negativo, vá direto ao assunto; começar uma discussão com questões periféricas e rodeios
geralmente cria ansiedades ao invés de minimizá-las;
- Descreva a situação de modo claro, evitando juízos de valor;
- Concentre-se no problema (evite sobrecarregar o receptor com excesso de informações ou críticas);
- Esteja preparado para receber feedback, visto que o seu comportamento pode estar contribuindo para o comportamento
do receptor;
- Ao encerrar o feedback, faça um resumo e reflita sobre a sessão, para que tanto você como o receptor estejam
deixando a reunião com o mesmo entendimento sobre o que foi decidido.
7. Conclusão
A Ética é algo que não pode ser definido como certo ou errado. É a forma de como as pessoas acreditam, é o
bom senso, em suma, e como você observa o mundo ao seu redor.
Infelizmente a Ética, postura profissional, relacionamentos no ambiente de trabalho, transformou-se em chavões
onde ninguém sabe explicar o que é certo ou não, ou melhor, pode-se notar que a Ética já não está sendo respeitada.
O coerente seria que as organizações desenvolvessem códigos de condutas, assim poderiam mostrar o que é
“correto” para aquele ambiente de trabalho. Uma vez tendo isso bem exemplificado e explicado, não deixaria margem
para questões sem o menor pingo de cuidado do uso de termos sem o menor sentido, que em vez de ajudar acabam por
prejudicar e muitas vezes ofender as pessoas.
d) Etiquetas
3 Outras Formalidades exigidas:
a) Composição de mesa
Composição de mesa
Nas solenidades em que se compõe mesa com a confirmação de autoridades, devemos utilizar a ordem geral de
precedências; a maior autoridade ou o anfitrião ocupará o lugar de honra ao centro da mesa.
As mesas com lugares ímpares deve-se observar que a colocação deve ser feita a partir do centro à direita, alternando
com a esquerda.
1. Maior autoridade presente (preside a mesa)
2. Segunda maior autoridade
3. Anfitrião
4. Terceira maior autoridade
5. Quarta maior autoridade
Em mesas com número par de lugares, o lugar de honra é o da direita mais próximo ao centro.
1. Maior autoridade (presidente da mesa)
2. Anfitrião
3. Segunda maior autoridade
4. Terceira maior autoridade
5. Quarta maior autoridade
6. Quinta maior autoridade
2.14 – Plano da Mesa de Honra
2.14.1 .Mesas ímpares
A pessoa mais importante fica no centro. A segunda pessoa mais importante fica a direita da pessoa mais
importante. A terceira pessoa mais importante fica a esquerda da mais importante. A distribuição continua nessa ordem.
Ou seja, com número ímpar de participantes, a pessoa mais importante ( o primeiro da lista de precedência) é o
número 1 e depois você distribui a sequência da precedência um para a direita, outro para esquerda. 6 4 2 1 3 5 7
2.14.2. Mesas pares
Ninguém fica no centro da mesa. É considerado um centro imaginário a partir do qual são colocadas as
autoridades. A primeira pessoa mais importante fica à direita do centro imaginário. A segunda à esquerda do centro. A
terceira pessoa fica à direita da primeira mais importante. A quarta à esquerda da segunda, e assim por diante...
(coloque-se no palco, de frente a platéia, na posição de um palestrante).
Ainda, com número par de participantes, idealize um centro imaginário e coloque a pessoa mais importante, o
número 1 à direita, e depois você distribui a sequência da precedência da mesma forma, um para cada lado. 5 3 1 2 4 6
Composição da mesa e Ordem de pronunciamento
A composição da mesa de trabalho de um Ato Solene deverá obedecer à ordem de precedência da Universidade
de acordo com o tipo do evento. Ficará composta a mesa da seguinte forma:
Em mesa ímpar:
1ª chamada – Presidente ao centro da mesa;
2ª chamada – à direita;
3ª chamada – à esquerda;
4ª chamada – à direita;
5ª chamada – à esquerda; assim sucessivamente.
Em mesa par:
1ª chamada – Presidente ao centro à direita da mesa;
2ª chamada – centro à esquerda;
3ª chamada – à direita;
4ª chamada – à esquerda;
5ª chamada – à direita;
6ª chamada - à esquerda; assim sucessivamente.
Os pronunciamentos se darão na ordem inversa a da chamada sendo o último pronunciamento feito pelo
Presidente da mesa, que é o anfitrião da Solenidade.
b) A recepção de autoridades
Recepção de Autoridades
Assuntos Estrangeiros
Recepção de autoridades e visitantes estrangeiros e brasileiros
Quando se recebe autoridades ou visitantes, sejam estrangeiros ou brasileiros, há uma série de providências que
devem ser tomadas para o sucesso da visita. Estas providências podem ser agrupadas numa check-list, como a que é
apresentada neste texto. Vale lembrar que cada instituição pode preparar sua própria check-list, de acordo com suas
necessidades e particularidades.
Além das providências elencadas na check-list, alguns pontos merecem ser lembrados por aqueles envolvidos
diretamente na recepção de visitantes e convidados:
Interesse do visitante
O visitante normalmente demonstra interesse não só pela instituição e/ou projeto que veio conhecer, como
também pela região, Estado ou município. É importante que o responsável pelo receptivo conheça o local e possa, em
uma conversa, satisfazer a curiosidade do visitante. Evidentemente, não é possível conhecer tudo, mas sempre se pode ir
atrás da resposta para satisfazer seu interesse.
Trajes
Deve-se tomar um cuidado especial na escolha do traje a ser usado. Para tanto, leva-se em consideração os
locais a serem visitados e a programação a ser seguida. Trajes em cores sóbrias são os mais indicados, pois ficam bem
em todas as pessoas e transmitem uma imagem profissional.
Papel do responsável pelo receptivo
Não se deve esquecer que, por mais que o visitante tenha contato com diversas pessoas durante sua estada,
provavelmente passará mais tempo com o responsável pelo receptivo. Assim, o responsável é a "vitrine" da instituição.
Quanto mais bem preparado estiver, melhor será a impressão que se guarda do local.
c) Ordem de Precedência nas falas da solenidade
d) Citações (uso dos pronomes de tratamento)
Pronomes de Tratamento
Pronomes de Tratamento: são pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou
respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa.
Ex. Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se
encontra ausente.
Emprego dos pronomes de tratamento
O vocativo e o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência terão a
seguinte forma: Vocativo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
Senhor Senador,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
Senhor Desembargador,
Senhor Procurador,
Senhor Juiz,
Senhor Promotor,
Endereçamento:
A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10a
Vara Criminal
Rua Beltrano, no 123
74000-000 – Goiânia – GO
Não é apropriado o uso do tratamento digníssimo (DD) para autoridades, pois a dignidade é pressuposto para
que se ocupe qualquer cargo público, sendo redundante a sua repetição.
Relativamente às autoridades tratadas por Vossa Senhoria, o vocativo e o endereçamento das comunicações
terão a seguinte forma:
Senhor Fulano de Tal,
[...]
Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua Beltrano, no 123
74000-000 – Goiânia – GO
É desnecessário o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa
Senhoria e para particulares. Como regra geral, doutor deve ser empregado apenas em comunicações dirigidas a pessoas
que tenham concluído doutorado, pois não constitui forma de tratamento, mas, sim título acadêmico. Não obstante isso,
é costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o
tratamento Senhor é o mais adequado.
Veja-se abaixo quadro geral para o tratamento de autoridades, com o pronome pertinente.
Almirante Sua/Vossa Excelência
Arcebispo Sua/Vossa Excelência Reverendíssima
Bispo Sua/Vossa Excelência Reverendíssima
Brigadeiro Sua/Vossa Excelência
Cardeal Sua/Vossa Eminência Reverendíssima (ou Eminência)
Cônego Sua/Vossa Reverendíssima
Conselheiro de Tribunal de Contas Sua/Vossa Excelência
Cônsul Sua/Vossa Senhoria
Coronel Sua/Vossa Senhoria
Deputado Sua/Vossa Excelência
Embaixador Sua/Vossa Excelência
Frade Sua/Vossa Reverendíssima
Freira Sua/Vossa Reverendíssima
General Sua/Vossa Excelência
Governador de Estado Sua/Vossa Excelência
Irmã (madre, sóror) Sua/Vossa Reverendíssima
Magistrado e membro do MP Sua/Vossa Excelência
Major Sua/Vossa Senhoria
Marechal Sua/Vossa Excelência
Ministro Sua/Vossa Excelência
Monsenhor Sua/Vossa Reverendíssima
Padre Sua/Vossa Reverendíssima
Papa Sua/Vossa Reverendíssima
Patriarca Sua/Vossa Excelência Reverendíssima (ou Beatitude)
Prefeito e vice Sua/Vossa Excelência
Presidente e vice Sua/Vossa Excelência
Reitor (de Universidade) Sua/Vossa Magnificência
Secretário de Estado e Secretário Executivo de Ministério Sua/Vossa Excelência
Senador Sua/Vossa Excelência
Tenente-Coronel Sua/Vossa Senhoria
Vereador Sua/Vossa Excelência
Demais autoridades, Oficiais e particulares Sua/Vossa Senhoria
Fonte
:
Manual de Redação do Ministério Público do Estado de Goiás
:
4. Dinâmicas práticas
Referências
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McNEILL, D. (1995). Hand and mind. Chicago/London: University of Chicago Press.
Alguns links externos
Sociedades internacionais
International Society for gesture studies INTERNATIONAL SOCIETY FOR GESTURE STUDIES
Publicações na área / Periódicos
GESTURE ISSN: 1568-1475 E-ISSN: 1569-9773
Centros de referência no desenvolvimento de pesquisa sobre o gesto
MAX PLANCK INSTITUTE FOR PSYCHOLINGUISTICS (Nijmegen, Holanda)
Max Planck Institute for Psycholinguistics Max Planck Institute for Psycholinguistics
GOLDIN-MEADOW LABORATORY (Chicago,U.S.A.)
Goldin-Meadow Laboratory
MCNEILL LAB / CENTER FOR GESTURE AND SPEECH RESEARCH (Chicago, U.S.A.) McNeill Lab /
Center for gesture and speech research
Gesture tecnology
PIONEER & WORLD LEADER IN GESTURE RECOGNITION TECHNOLOGY
Pioneer & World Leader in gesture recognition technology
Softwers para estudos do gesto
EUDICO Linguistic Annotator - ELAN
É um software livre, especialmente desenhado para a realização de experimentos psicolinguísticos desenvolvido pelo
Departamento de Psicolinguística do Instituto Max Planck (Nijmegen, Holanda).
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