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RELATÓRIO ANUAL 2004/2005
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Os notáveis avanços de 2004
O ano de 2004 passará à história da avicultura brasileira como um período de grande
incremento na produção e, sobretudo, na exportação. Também foram registrados avanços
importantes no esforço do setor avícola para manter-se distanciado dos alarmantes problemas
sanitários que afetaram alguns países produtores. Seja-nos permitida a imodéstia, mas deve-
mos afirmar que, se hoje os altos escalões do Governo Federal na área de sanidade avícola estão
perfeitamente cientes da gravidade desses problemas e da necessidade de medidas higiênico-
sanitárias cada vez mais rigorosas, isso se deve, em boa parte, ao trabalho sistemático desenvol-
vido pela União Brasileira de Avicultura junto às autoridades competentes. De tal sorte que, hoje,
o Brasil está cada vez mais próximo de implementar um programa de regionalização sanitária
da avicultura.
Como não nos cansamos de afirmar, a regionalização da avicultura é passo fundamen-
tal para que o país possa continuar exportando produtos avícolas, mesmo naquelas circuns-
tâncias em que ocorram problemas de caráter sanitário em áreas restritas. Ela ainda torna
mais seguro e ágil o imediato isolamento dos locais afetados, facilitando e acelerando a
implementação de práticas para circunscrever ou extinguir eventuais ocorrências.
Um olhar retrospectivo mostra que em 2004 o setor avícola ganhou destaque ainda
maior na pauta de exportações do Brasil. Vendeu carne de frango para 142 países e alcançou
receita cambial correspondente a US$ 2,5 bilhões: 26,14% mais que no ano anterior. Pela
primeira vez, o Brasil superou em volume e receita as exportações dos Estados Unidos, con-
quistando a posição de maior exportador mundial de carne de frango. Tão importante quan-
to este feito é o fato de o produto brasileiro estar chegando a um número crescente de países,
tornando-se internacionalmente bem conhecido e apto a ser cada vez mais consumido no
mundo.
Os abates de frango situaram-se em 4,042 bilhões, resultando daí a produção total de
8,494 milhões de toneladas de carne. Houve, assim, evolução de 8,3% no setor – portanto,
bem mais do que o crescimento do PIB.
Como sempre, o notável incremento nas exportações não retirou do mercado interno a
Zoé Silveira d´AvilaPresidente da UBA
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condição de maior consumidor da produção. O consumo
de frango no Brasil registrou crescimento de 1,65% e alcan-
çou 33,88 kg per capita. Do total de 8,494 milhões de
toneladas produzidas, 6,069 milhões de toneladas foram
absorvidas internamente. Muito importante é o fato de que
o setor se manteve perfeitamente capaz de responder a
percentuais de demanda maiores que esse.
A produção de ovos atingiu 23,9 bilhões de unidades,
plenamente satisfatória para suprir o consumo interno, que
chegou a 128,8 unidades per capita.
Ao mesmo tempo, foram embarcados para o exterior
2,470 milhões de toneladas de carne de frango, com incre-
mento de 26% na comparação com 2003. Graças a tal
desempenho, como já se disse, o Brasil tornou-se o princi-
pal exportador mundial.
O conjunto desses resultados trouxe outro benefício
para a economia brasileira, que foi a criação de pelo menos
180.000 novos empregos.
Cabe aqui fazer uma avaliação do trabalho realizado
pela UBA ao longo do ano, em nível nacional, no exercício
da representação dos avicultores brasileiros. Foram ativida-
des intensas, produtivas, e que resultaram em excelente
nível de diálogo com as autoridades federais ligadas ao
setor avícola. Traduzindo a preocupação dos produtores e
abatedouros, nossa entidade atuou permanentemente junto
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à
Secretaria de Defesa Agropecuária, com o objetivo de obter
a implementação de medidas rigorosas para manutenção
e aperfeiçoamento dos níveis de sanidade avícola no país.
Idêntico e contínuo esforço foi desenvolvido para acelerar
estudos e propostas que irão embasar a futura regionaliza-
ção sanitária da avicultura.
Foram fortalecidos os vínculos com o Ministério da
Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, e com o
Congresso Nacional, enfatizando-se o acompanhamento e
avaliação de projetos e propostas de interesse do setor.
Finalmente, deu-se início à preparação do mais im-
portante conclave do setor avícola, o Congresso Brasileiro
de Avicultura, cuja décima-nona edição já está marcada
para o mês de outubro de 2005 e para o qual esta Presidên-
cia espera poder contar com a mais expressiva participação
dos nossos avicultores.
Finalizando, cabe-nos renovar aqui um apelo: va-
mos ter sempre presente, como fundamental e estratégico, o
contínuo trabalho para a sanidade e qualidade dos nossos
plantéis. A defesa sanitária animal é a base de sustentação
de toda a produção avícola. Devemos apoiar todas as medi-
das que objetivem proteger nosso país de doenças exóticas e
manter nossos mercados globais. Vamos, cada vez mais,
desenvolver o frango brasileiro, produzindo alimento aces-
sível e gerando renda e trabalho para nossa população.
Zoé Silveira d´AvilaZoé Silveira d´AvilaZoé Silveira d´AvilaZoé Silveira d´AvilaZoé Silveira d´Avila
Presidente da União Brasileira de Avicultura - UBAPresidente da União Brasileira de Avicultura - UBAPresidente da União Brasileira de Avicultura - UBAPresidente da União Brasileira de Avicultura - UBAPresidente da União Brasileira de Avicultura - UBA
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Mensagem do Presidente ................................................................................................................... 4
Diretoria da União Brasileira de Avicultura – UBA .......................................................................... 7
Principais atividades da Diretoria em 2004 ...................................................................................... 8
Ações da UBA no campo técnico-científico ..................................................................................... 24
XXIV Congresso Mundial de Avicultura .......................................................................................... 33
XX Congresso Latinoamericano de Avicultura ............................................................................... 34
Produção avícola no continente americano .................................................................................. 36
Alojamento de matrizes para corte .................................................................................................. 38
Matrizes para postura: ovo branco e ovo vermelho ....................................................................... 40
Produção de pintos de corte ............................................................................................................ 43
Desempenho do frango de corte ..................................................................................................... 47
Exportação de frango ....................................................................................................................... 56
Peru, uma realidade no Brasil ........................................................................................................ 65
Produção de pato e marreco ........................................................................................................... 68
O setor de ovos em 2004 .................................................................................................................. 70
Dez anos de estrutiocultura no Brasil ............................................................................................. 76
Mercado de insumos ........................................................................................................................ 79
A palavra do Presidente da CNA ...................................................................................................... 84
Metas e objetivos para 2005 ............................................................................................................. 86
Índice
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Diretoria da UBA – Biênio 2004/2006
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Consultivo Antônio Venturini – AVESConselheiro Consultivo Aristides Vogt – Frangosul/ASGAVConselheiro Consultivo Domingos Martins – SINDIAVIPARConselheiro Consultivo Heitor José Müller – SIPARGSConselheiro Consultivo Júlio Cardoso – ABEF/SearaConselheiro Consultivo Nildemar Secches – PerdigãoConselheiro Consultivo Otávio de Carvalho – ABAConselheiro Consultivo Tarcísio Franco do Amaral – AVIMIGConselheiro Consultivo Walter Fontana Filho – Sadia
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente Zoé Silveira d’Avila – SadiaVice-Presidente Administrativo e Financeiro Geraldo Silva Amorim – Só Frango
Vice-Presidente para a Região Sul José Zeferino Pedroso – AuroraVice-Presidente para a Região Sudeste Érico Pozzer – APA
Vice-Presidente para a Região Centro-Oeste Uacir Bernardes – AGAVice-Presidente para a Região Norte/Nordeste José Alberto Costa Bessa Jr. – ACEAV
Vice-Presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes – FACTA
DIRETORIA SETORIAL
Diretor do Setor de Pintos de Corte José Flávio Mohalem – APINCODiretor do Setor de Ovos Alfredo Hiroshi Onoe – Granjas Tok
Diretor do Setor de Abatedouros e de Mercado Interno Umar Said Buchalla – SertanejoDiretor do Setor de Exportação e Assuntos do Mercosul Cláudio Martins – ABEF
Diretor do Setor de Avós e Matrizes – Corte/Postura João Aidar Filho – SadiaDiretor do Setor de Equipamentos Industriais Alexandre Santin – Agromarau
Diretor do Setor de Avestruz Adair Ribeiro Júnior – ACAB
CONSELHO FISCAL
Conselheiro Fiscal Luís Carlos Mendes Costa – Rio Branco AlimentosConselheiro Fiscal Paulo Vellinho – AvipalConselheiro Fiscal Valter Pitol – Copacol
SUPLENTES
Suplente Gilberto Koppe – DagranjaSuplente Ivan Pupo Lauandos – AgroceresSuplente Sinésio Volpatto – Agrovêneto
EXECUTIVOS
Diretor Executivo Clóvis PuperiSecretário Executivo João Tomelin
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JANEIRO
1. Dia 21: Realização de coletiva com a imprensa,
para apresentar os números finais de 2003 e os devidos
comentários, inclusive sobre as expectativas para 2004.
2. Dia 29: Nessa data, a UBA conquistou o direito
de organizar o XX Congresso Latinoamericano de Avicultu-
ra. A ALA – Associação Latinoamericana de Avicultura –
escolheu a cidade de Porto Alegre-RS para sediar o evento,
programado para o período de 25 a 28 de setembro de
2007. Fizeram a defesa da candidatura do Brasil os Vice-
Presidentes Paulo Vellinho e Ariel Antônio Mendes, e os
diretores João Aidar e Clóvis Puperi.
FEVEREIRO
3. Dia 2: Participação em reunião da Câmara
Setorial do Milho, Sorgo, Aves e Suínos, sobre Influenza
Principais atividades da Diretoria em 2004
Aviária, com a presença do Ministro Roberto Rodrigues,
do Secretário Executivo do MAPA, José Amauri Dimarzio e
do presidente da Câmara Setorial, Urbano Ribeiral, em
Brasília.
4. Dia 17: Reunião Plenária da UBA, em São Pau-
lo, obedecendo à seguinte pauta: 1) Atividades do Presiden-
te; 2) Avaliação da avicultura: sanidade, alojamento de
matrizes, alojamento de pintos de corte, produção, expor-
tação e mercado; 3) Perspectivas da avicultura e do
agronegócio brasileiro; 4) Outros assuntos.
MARÇO
5. Dia 5: Participação no workshop sobre Influenza
Aviária, realizado no Hotel Nacional Inn, em Campinas-
SP, contando com 294 participantes e a presença do Secre-
tário Executivo do MAPA, José Amauri Dimarzio; do Secre-
tário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano; do Diretor do
O Presidente Zoé Silveira d´Avila fez paraos jornalistas um balanço da avicultura brasileira.
Mesa que presidiu um dos painéis do workshop
sobre Influenza Aviária, realizado em Campinas.
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DIPOA, Nelmon Oliveira Costa; e do Delegado do MAPA em
São Paulo, Francisco Sérgio Jardim, além de outros técni-
cos e autoridades. A UBA foi representada pelo Presidente
Zoé Silveira d’Avila, pelo Vice-Presidente Ariel Antônio Men-
des e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
6. Dia 17: Reunião do Presidente Zoé Silveira d’Avila
e do Vice-Presidente Geraldo Amorim com a Comissão de
Agricultura, na Câmara dos Deputados, sobre greve dos
fiscais agropecuários; encontro com os fiscais; encontro com
os Ministros da Agricultura e do Planejamento, buscando
uma solução para evitar a greve e prejuízos ao setor.
7. Dias 22 e 23: Reunião para tentativa de acordo
com os fiscais agropecuários, realizada na Comissão de
Agricultura da Câmara dos Deputados, com a presença do
seu Presidente, Deputado Leonardo Vilela, e dos Deputados
Waldemir Moka, Francisco Turra e outros. Reunião no Mi-
nistério da Agricultura com o Secretário José Amauri
Dimarzio e com o assessor especial do Ministro, João
Henrique Hummel Vieira, para estudar plano de ação para
contornar uma possível greve, que acabou não se concreti-
zando graças à ação do MAPA. Nos encontros, a UBA foi
representada pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
8. Dia 24: Reunião do Conselho Consultivo da UBA,
em São Paulo, em torno da seguinte agenda:
• Apreciação dos números da avicultura em 2003
• Discussão das perspectivas da avicultura e do
agronegócio
• Discussão das ações da UBA para
2004
• Assuntos de interesse do setor avícola
9. Dias 29 a 3/4: Reunião do
CODEX, Comitê de Higiene de Alimentos, em
Washington–USA, presente o Vice-Presidente
Técnico-Científico da UBA, Prof. Ariel Mendes.
ABRIL
10. Dia 6: Participação no Seminá-
rio “Perspectivas do Agribusiness”, promovi-
do pela BMF, presentes os Ministros Roberto Rodrigues e
Luiz Fernando Furlan, outras autoridades e personalida-
des do agronegócio brasileiro. Representaram a UBA o Pre-
sidente Zoé d’Avila e o Diretor Executivo Clóvis Puperi.
11. Dias 12 e 13: Reunião sobre o Plano Estratégi-
O Ministro Roberto Rodrigues e o Governador Luiz Henrique falama dirigentes do setor avícola em reunião sobre a greve dos fiscais,realizada na Comissão de Agricultura da Câmara.
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co da ALA, em Buenos Aires, Argentina, quando foi elabo-
rado estudo prévio dos futuros objetivos e metas da ALA. O
Diretor Executivo Clóvis Puperi representou a UBA.
12. Dias 13 e 14: Reunião do RuralBrasil, na CNA,
em Brasília, sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2004/2005.
No dia 14, almoço na CNA, presentes o Ministro Roberto
Rodrigues e outras autoridades, sendo a UBA representada
pelo Presidente Zoé d’Avila, pelo Vice-Presidente Geraldo
Amorim e pelos diretores Clóvis Puperi e João Tomelin.
13. Dia 19: Reunião na Delegacia Federal do MAPA,
em São Paulo, com a presença do Secretário de Defesa
Agropecuária, Maçao Tadano; de Nelmon Oliveira Costa,
rações e sugestões. O estudo busca modernizar o sistema,
cuja legislação tem mais de 50 anos e necessita de ajustes
tecnológicos e sanitários. A UBA foi representada pelo Dire-
tor Executivo Clóvis Puperi.
14. Dias 26 e 27: Participação do Presidente Zoé
Silveira d´Avila em mesa-redonda e almoço de trabalho
com o Comissário Europeu para Assuntos de Agricultura e
Desenvolvimento Rural, Franz Fischler, da União Euro-
péia, que estava acompanhado de uma comissão da UE
vinda ao Brasil especialmente para contatos com dirigentes
do agronegócio brasileiro. O encontro foi realizado no au-
ditório da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuá-
ria do Brasil, em Brasília, e estavam presentes representan-
tes de entidades brasileiras dos setores rural e agro-exporta-
dor. O Comissário falou sobre os objetivos e a abrangência
da proposta da União Européia nas negociações da Orga-
nização Mundial do Comércio e no acordo Mercosul–União
Européia. Também abordou, em linhas gerais, os pontos
da proposta que a União Européia vai apresentar nas ne-
gociações em curso com os países do Mercosul.
15. Dia 27: Reunião no MAPA para discutir a Con-
sulta Pública sobre “Proibição do uso de proteína e gordu-
ra de ruminantes para alimentação de aves e suínos”. A
UBA, que encaminhou ao MAPA manifestação sobre a Con-
sulta, foi representada pelo Vice-Presidente Técnico-Cientí-
fico Prof. Ariel Mendes, e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
16. Dia 28: Reunião entre a UBA, a ABEF e o Secre-
Principais atividades da Diretoria em 2004
O Comissário Franz Fischler, da União Européia,Antônio de Salvo, da CNA, e Zoé d´Avila, da UBA.
do DIPOA; do Delegado Federal Francisco Sérgio Jardim e
outras autoridades, ocasião em que foi apresentado o pla-
no preliminar “Proposta para Revisão do Sistema de Inspe-
ção”, a ser elaborado e encaminhado pelo DIPOA às Asso-
ciações e empresas para exame e apresentação de conside-
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tário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, para sugerir
a regionalização da produção avícola, objetivando um con-
trole sanitário mais eficiente, preservando-se, caso ocorra
uma doença da lista “A” em determinada área, os reba-
nhos de outras regiões, e preservando-se também o merca-
do internacional a partir de regiões não afetadas. Sugeriu-
se a regionalização por estado. Representaram a UBA o
Presidente Zoé Silveira d’Avila e os diretores Clóvis Puperi e
João Tomelin.
17. Dia 29: AGO com aprovação das contas relati-
vas ao exercício de 2003 e dos relatórios Financeiro e Anual
2003/2004 da UBA, seguida de Reunião Plenária.
18. Dia 29: Encontro com lideranças do agronegócio
e dos supermercados, na ABRAS, em São Paulo, quando o
Ministro Luiz Fernando Furlan foi homenageado e recebeu
a Comenda Supermercadista Honorário. A UBA foi repre-
sentada por seu Presidente e pelo Diretor Executivo.
MAIO
19. Dia 4: Presença do Presidente da UBA, Zoé
d´Avila, na abertura da Conferência APINCO, com a parti-
cipação de 1.000 inscritos e de palestrantes de alto nível.
20. Dia 7: Visita técnica do Presidente Peter Hunton
e de Diretores da WPSA a Salvador-BA, para captação do
XXIV World´s Poultry Congress – 2012. A UBA foi represen-
tada pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
21. Dia 18: Almoço do Presidente Zoé d’Avila e do
Diretor Executivo Clóvis Puperi com 14 deputados da Co-
missão de Agricultura, presente o seu Presidente, Deputado
Leonardo Vilela, para tratar do Projeto de Lei do Deputado
Darcísio Perondi, relatado pelo deputado Moacir Micheletto,
que dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária dos pro-
dutos de origem animal, criando o serviço de inspeção mu-
nicipal. Como solução, foi sugerida a regulamentação da
Lei nº 9.712, de 1998, que reza sobre inspeção e controle
do produto de origem animal e vegetal, lei essa promulga-
da pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo en-
tão Ministro Francisco Turra. Foi também discutida a Medi-
da Provisória nº 183, de 2004, alterando a sistemática de
cobrança não-cumulativa de PIS/COFINS e eliminando o
crédito presumido das aquisições de aves e suínos de produ-
tores rurais pessoas físicas, além de tributar as importações
de material genético.
22. Dia 19: Abertura, na sede da Embrapa, em
Quatro Ministros e o Presidente Zoé Silveira d´Avilacompareceram à abertura de feira da Embrapa.
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Brasília, da feira “Ciência para a Vida”, a que comparece-
ram os Ministros Roberto Rodrigues, da Agricultura; Luiz
Fernando Furlan, do Desenvolvimento; Marina Silva, do
Meio Ambiente, e Valdir Pires, da Transparência; Clayton
Campanhola, presidente da Embrapa, e outras autorida-
des. A UBA, juntamente com a ABEF e a ABIPECS, partici-
pou com estande institucional, prestigiando o MAPA e a
Embrapa nesse importante evento.
23. Dia 20: Audiência do Dr. Zoé Silveira d’Avila, de
Geraldo Amorim e Clóvis Puperi com o diretor do Departa-
mento Econômico do Ministério de Relações Exteriores,
Ministro Piragibe dos Santos Tarragô, para entregar o Re-
latório Anual da UBA 2003/2004, agradecer a colaboração
do Ministério pelo efetivo apoio na cessão do Palácio
Itamaraty para realização do 18º Congresso Brasileiro de
Avicultura e informar a programação do 19º Congresso,
previsto para outubro de 2005, para o qual se espera poder
contar, novamente, com a possibilidade de ser realizado no
Palácio Itamaraty.
24. Dia 20: Workshop sobre Influenza Aviaria e
Doença de Newscastle, em Manaus. Representou a UBA o
Vice-presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes.
25. Dia 21: Posse da Diretoria da ASGAV, na FIERGS,
em Porto Alegre. A UBA foi representada pelo Diretor Exe-
cutivo Clóvis Puperi.
26. Dia 25: Participação na abertura da AveSui 2004
e na homenagem prestada pela Feira e pela Gessulli
Principais atividades da Diretoria em 2004
Agribusiness a profissionais e técnicos, por sua contribui-
ção ao desenvolvimento dos setores avícola e suinícola do
Brasil. Pela avicultura, foram homenageados Diego Fra-
casso e Ariel Antônio Mendes.
27. Dias 26 a 28: Participação com estande
institucional e presença em todos os principais eventos rea-
lizados na AveSui 2004.
28. Dia 26: Participação do Presidente Zoé Silveira
d’Avila, acompanhado dos Vice-Presidentes Paulo Vellinho
e Ariel Mendes, e dos Diretores Cláudio Martins e Clóvis
Puperi, em reunião da Câmara Setorial de Milho, Sorgo,
Aves e Suínos, presidida pelo Ministro da Agricultura interi-
no, José Amauri Dimarzio. Foram abordados assuntos da
área sanitária e o posicionamento da cadeia de carnes so-
bre farinhas e gorduras animais. A Embrapa apresentou
proposta de projeto de pesquisa sobre diagnóstico da
Influenza Aviaria.
Reunião da UBA com Amauri Dimarzio, doMinistério da Agricultura, sobre defesa animal.
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29. Dia 26: Reunião Plenária Regional da UBA no
Sudeste, realizada em Florianópolis, durante a AveSui. Foi
presidida pelo Presidente Zoé Silveira d’Avila e contou com
expressivo comparecimento de associados.
maki, da Universidade Estadual de Londrina-PR, discorreu
sobre “As características de qualidade da carne de aves”, e
Maria Teresa Galvão, Gerente de Análise Sensorial Instru-
mental da Sadia, abordou o tema “Análise sensorial de
produtos avícolas”. À tarde, houve concorrido painel sobre
“Programas de controle de qualidade na indústria avícola”,
coordenado pelo Prof. Ariel Mendes, e que contou com os
participantes Marizete Cerutti (Seara), representando a in-
dústria, Juliana Macedo (Braslo), pelos processadores, e
Gabriela Murra (Pão de Açúcar), pelos consumidores.
JUNHO
31. Dia 3: Participação na segunda reunião de
2004 do Grupo Técnico sobre Higiene de Alimentos do
Comitê do Codex Alimentarius, em Brasília, sendo a UBA
representada pelo Vice-Presidente Técnico-Científico, Prof.
Ariel Antônio Mendes.
32. Dias 8 a 13: Participação em reunião da WPSA,
realizada durante o XXII World Poultry Congress, em Is-
tambul-Turquia. Na ocasião, o Brasil foi designado como
sede do XXIV Congresso Mundial, que comemorará os
100 anos de existência da WPSA – World’s Poultry Science
Association. A delegação brasileira, formada por membros
da WPSA-Brasil, FACTA e UBA, e responsável pela captação
desse importante evento da avicultura mundial, preparou
um Bid Book de 54 páginas, ressaltando o apoio de auto-
ridades e a representatividade da avicultura brasileira, e
Mesa que presidiu o III Seminário Internacional deAves e Suínos, realizado em Florianópolis.
30. Dia 27: Coordenação do III Seminário de Qua-
lidade de Carne de Aves, sob a direção do Vice-presidente
Técnico-Científico da UBA, Prof. Ariel Antônio Mendes, apre-
sentando palestrantes de alto nível e despertando grande
interesse. Pela manhã, palestra do Diretor de Relações
Institucionais da Perdigão Agroindustrial, Ricardo
Menezes, sobre o tema “Os novs desafios no mercado in-
ternacional de carne de aves”. Em seguida, foi apresenta-
da a palestra “Suporte do Programa Nacional de Sanida-
de Avícola à produção e exportação de carne de aves”, por
Egon Vieira da Silva, Coordenador do Programa Nacional
de Sanidade Avícola. Após o intervalo, Massami Shimoco-
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Principais atividades da Diretoria em 2004
Zoé Silveira d’Avila e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
35. Dias 16 a 18: Participação na PecNordeste
2004, no Ceará. A UBA foi representada pelo Vice-Presiden-
te Técnico-Científico, Prof. Ariel Antônio Mendes.
O Presidente Zoé d´Avila fala durante solenidade deassinatura de convênio na APA, em São Paulo, com apresença do Secretário de Agricultura do Estado deSão Paulo, Deputado Duarte Nogueira.
apresentando informações gerais sobre as condições estru-
turais e turísticas da cidade de Salvador-Bahia, proposta
para sediar o Congresso. O Bid Book foi distribuído a todos
os delegados votantes, acompanhado de folder ilustrativo
da proposta brasileira. A apresentação audiovisual foi feita
por Luiz Sesti, Secretário Executivo da WPSA-Brasil. Coro-
ando o sucesso brasileiro, na escolha da nova diretoria da
WPSA para os próximos quatro anos de mandato, foi eleito
Vice-Presidente, com a maior votação, o Prof. Edir
Nepomuceno da Silva, primeiro latino-americano a ocu-
par esse cargo na entidade. A realização do Congresso de
2012 está prevista para o mês de agosto e ocorrerá no Salva-
dor Convention Center. A avicultura brasileira recebeu a
efetiva colaboração do Salvador Convention Bureau e da
Embratur, do Ministério do Turismo.
33. Dia 9: Participação nas discussões sobre a Me-
dida Provisória nº 183 (PIS/Cofins), com parlamentares,
na CNA, em Brasília. A UBA foi representada pelo Vice-
Presidente Administrativo-Financeiro, Geraldo Amorim, e
pelo Secretário Executivo João Tomelin.
34. Dia 15: Assinatura de convênio entre a Secreta-
ria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
e a Associação Paulista de Avicultura – APA –, em São
Paulo, para execução das atividades do Programa Esta-
dual de Sanidade Avícola. Presentes o Secretário da Agricul-
tura e do Abastecimento, Deputado Duarte Nogueira, e ou-
tros executivos, sendo a UBA representada pelo Presidente
O Presidente Lula e o Ministro Roberto Rodrigues,no lançamento do Plano Agrícola 2004/2005.
36. Dia 18: Participação na cerimônia de lança-
mento do Plano Agrícola e Pecuário 2004/2005, no Palá-
cio do Planalto, em Brasília, com a presença do Presidente
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Ações no campo técnico-científico
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Ministro da
Agricultura, Roberto Rodrigues, dentre outros. A UBA foi
representada pelo Vice-Presidente Administrativo-Financeiro
Geraldo Amorim.
37. Dia 18: Participação em entrevista coletiva à
imprensa, na ABIA, em São Paulo, sobre PIS/Cofins, quan-
do foi demonstrado o inevitável aumento de preços ao con-
sumidor motivado pela abusiva elevação de impostos. Os
setores do agronegócio publicaram, em 22-06-04, matéria
sobre o assunto nos principais jornais do país. Na entrevis-
ta, a UBA foi representada pelo Presidente Zoé Silveira d’Avila
e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
38. Dia 24: Participação no 3º Congresso Brasileiro
de Agribusiness, em São Paulo. A abertura do Congresso
contou com a presença do Presidente da República em
exercício, José Alencar Gomes da Silva. A UBA foi represen-
tada pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
39. Dia 25: Participação em reunião na ABIA, em
São Paulo, para discussão sobre o crédito presumido de
PIS/Cofins, em função de uma nova proposta de percentuais
diferenciados de crédito presumido para atividades expor-
tadoras e mercado interno. Os exportadores (frango, suíno,
boi, soja) reforçaram a idéia de que não se deveria traba-
lhar alíquotas diferentes, pois isso prejudicaria a negocia-
ção, e lembraram a importância do crédito presumido para
se manter a competitividade desses produtos no mercado
internacional. Concluiu-se que se deveria manter a pro-
posta de 60% de crédito presumido, deixando-se para, no
decorrer das negociações com líderes no Congresso, a deci-
são sobre qual o melhor caminho: manter a discussão nos
60% ou tentar um acordo. Também se considerou a neces-
sidade de nova mobilização no Congresso, para se encon-
trar a melhor solução e o melhor acordo para a
agroindústria. A reunião contou com a presença de vá-
rias entidades do agronegócio e a UBA esteve representa-
da pelo Diretor Clóvis Puperi e pelos técnicos tributaristas
Gustavo Freitas, da Sadia, e Aloísio Grunow, da Seara.
40. Dia 30: Participação em reunião no MAPA, em
Brasília, convocada pelo Ministro Roberto Rodrigues, para
discussão da proposta de instituição da Taxa de Serviços
Federais Agropecuários, a ser cobrada em função dos servi-
ços prestados pelo MAPA, e para apresentação, pelo Minis-
tro, da proposta de reestruturação organizacional do Mi-
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, afetan-
Sanidade avícola e produção foram temas discutidosna Reunião Regional da UBA, em Belo Horizonte.
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do procedimentos como registros, emissão de guias, inspe-
ção, análise pericial, auditoria, autorização e outras. A UBA
foi representada pelo Vice-Presidente Geraldo Amorim.
JULHO
41. Dia 1º: Realização de Reunião Regional da
UBA, na Associação dos Avicultores de Minas Gerais – AVIMIG
–, em Belo Horizonte, tendo como destaques a Convenção
Mineira de Avicultura, a 4ª Feira de Produtos Avícolas de
Minas Gerais, palestras e painéis. A reunião regional da
UBA foi presidida pelo Vice-Presidente da Região Sudeste e
Presidente da AVIMIG, Tarcísio Franco do Amaral, presen-
tes o Vice-presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Men-
des e o Diretor Executivo Clóvis Puperi.
42. Dia 7: Reunião sobre inquérito soro-epide-
miológico em aves migratórias silvestres e urbanas, realiza-
da em São Paulo, na sede da UBA, com a participação do
Vice-Presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes. Na
ocasião, foi sugerida a implementação de inquérito soro-
epidemiológico em regiões produtoras, para verificar a
prevalência do vírus de Influenza Aviária nas aves resi-
dentes locais, como a garça carrapateira e outras, e deter-
minar os próximos pontos de coleta, de acordo com as rotas
migratórias.
43. Dia 7: Participação do Dr. Zoé Silveira d’Avila
em reunião no MAPA, em Brasília, convocada pelo Ministro
da Agricultura, Roberto Rodrigues, para discussão de pro-
posta de reestruturação organizacional do Ministério e cria-
ção de taxas de contraprestação de serviços pelo Ministério.
Principais atividades da Diretoria em 2004
Em seu gabinete, em Brasília, o Ministro RobertoRodrigues, da Agricultura, reúne-se comrepresentantes do setor avícola.
44. Dias 12 e 26: Reuniões para estudo da suges-
tão do Codex Alimentarius para o novo Código de Prática
de Higiene de Ovos e Produtos de Ovos, na sede da APA,
com a coordenação do Vice-Presidente Técnico-Científico
Ariel Antônio Mendes.
45. Dia 13: Participação do Presidente Zoé Silveira
d’Avila e do Diretor Executivo Clóvis Puperi em reunião-
almoço na Bolsa de Mercadorias e Futuros – BM&F – ,
com a presença da Deputada Kátia Abreu (Tocantins), do
presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, do Embai-
xador Rubens Barbosa e de outras autoridades.
46. Dia 14: - Reunião com o Secretário da Agricul-
tura do Rio Grande do Sul, Odacir Klein, para apresentar
sugestões sobre regionalização da produção avícola brasi-
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leira, tendo como objetivos reduzir a vulnerabilidade da
produção avícola regional; criar condições para que um even-
tual foco de doença da lista A da OIE se circunscreva à região
onde ocorreu, preservando-se a avicultura de outras regiões;
apresentar aos países importadores garantias de ausência de
risco para as importações de produtos avícolas brasileiros de
regiões não afetadas; fazer com que os serviços sanitários dos
países importadores aceitem essas garantias, permitindo im-
portações com origem de regiões livres. Presentes pela UBA
Zoé Silveira d’Avila, Ariel Mendes e Clóvis Puperi.
47. Dia 14: Participação em reunião na ASGAV para
apresentar as últimas ações da UBA e debater a avicultura
gaúcha. A UBA foi representada pelo Presidente Zoé Silveira
d’Avila, pelo Vice-Presidente Técnico-Científico Ariel Antô-
nio Mendes e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
48. Dia 15: Reunião Plenária da UBA, em São Pau-
lo, com a presença do Deputado Odacir Zonta, da Diretoria
e de associados, com a seguinte pauta:
• Atividades da Presidência
• Avaliação da avicultura: sanidade, alojamento de
matrizes, alojamento de pintos de corte, produção, expor-
tação e mercado
• Perspectivas da avicultura e agronégocio brasileiro
• Outros assuntos do setor
AGOSTO
49. Dias 23 a 27: Participação no XVIII Congres-
so Avícola Centro Americano e do Caribe, ocasião em que
foram realizadas reuniões da OIE, de Delegados e do Comi-
tê de Sanidade Avícola da ALA. Representaram a UBA o
Prof. Ariel Antônio Mendes e o Diretor Executivo Clóvis
Puperi.
50. 23-08: Participação em reunião do Comitê de
Sanidade Avícola da ALA e do ILH, para análise do Código
de Ovos e Produtos de Ovos do Codex Alimentarius, a ser
discutido em Ottawa-Canadá. Presentes o Prof. Ariel Antô-
nio Mendes e o Diretor Executivo Clóvis Puperi.
51. 24-08: Participação no III Seminário OIE-ALA
sobre enfermidades avícolas. A UBA foi representada pelo
Prof. Ariel Antônio Mendes e por Clóvis Puperi.
52. Dia 25: Participação na reunião de apresenta-
ção e credenciamento do Comitê Interamericano de Sani-
dade Avícola – CISA –, sendo a UBA representada pelo
Vice-Presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes e
pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
SETEMBRO
53. Dia 1º: Participação no seminário São Paulo
Exporta, sobre novos caminhos para o comércio exterior
paulista, com a presença do Governador Geraldo Alckmin,
do Dr. João Carlos Meireles e de vários Secretários do Gover-
no paulista. Realizado no Centro de Exposições Imigran-
tes, o seminário abordou desde as microempresas às gran-
des cadeias, incluindo logística. A UBA foi representada pelo
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Presidente Zoé Silveira d’Avila, pelo Diretor Executivo Clóvis
Puperi e pelo Diretor Executivo da ABEF, Cláudio Martins.
54. Dia 1ºDia 1ºDia 1ºDia 1ºDia 1º: Participação em reunião-almoço organi-
zada pela ABIA, com parlamentares da Comissão de Agri-
cultura da Câmara Federal, entre eles o Presidente da Co-
missão, Deputado Leonardo Vilela, e os Deputados Odacir
Zonta, Waldemir Moka, Dilceu Sperafico e Ronaldo Caia-
do; o Presidente da ABIA, Edmundo Klotz, e outros repre-
sentantes do agronegócio. Presentes o Presidente Zoé d’Avila,
o Diretor Clóvis Puperi e Cláudio Martins, da ABEF.
55. Dia 3: Participação no IX Seminário/RBS –
“Frangos e Ovos, uma opção saudável”, evento ocorrido
durante a Expointer 2004, em Porto Alegre-RS. A UBA foi
representada pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
56. Dia 10: Promoção de reunião técnica com o Dr.
Nelmon Oliveira da Costa, Diretor do DIPOA, sobre controle
da hidratação de frango, realizada na sede da UBA, em São
Paulo. Foram discutidas ações para evitar falhas nessa área.
57. Dia 13: Participação na cerimônia de abertura
da Expo ABRAS 2004, realizada no Riocentro-RJ, com a
presença do Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues,
da Governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, e
de outras autoridades. A UBA foi representada pelo Diretor
Horizonte, organizado pelo MAPA, IMA, UBA, ABEF e AVIMIG,
e que teve mais de 200 participantes. A UBA foi representada
pelo Vice-Presidente Técnico-Científico Prof. Ariel Antônio
Mendes, e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
59. Dia 21: Promoção de workshop sobre regio-
nalização sanitária da avicultura brasileira, realizado na
sede da UBA, em São Paulo. Com a participação de Egon
Vieira da Silva, Coordenador do PNSA, reuniu cerca de 65
técnicos da iniciativa privada. Foram abordados, no enfoque
da indústria, os planos de implementação e a adequação
das estruturas de defesa sanitária, legislação de trânsito,
certificação de granjas, GTAs e outras medidas para a
implementação do programa. Dirigiu os trabalhos o Vice-
Presidente da UBA no exercício da Presidência, Érico Pozzer.
60. Dia 21: Participação no ato de lançamento do
programa “São Paulo Competitivo”, pelo Governador Ge-
raldo Alckmin e pelo Secretário de Ciência, Tecnologia,
Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos de Sou-
za Meirelles, que tem como objetivo aumentar a com-
petitividade empresarial paulista. O evento foi realizado no
Palácio dos Bandeirantes e a UBA esteve representada pelo
Vice-Presidente no exercício da Presidência, Érico Pozzer.
61. Dia 21: Realização de reunião da CIA, sob a
coordenação do Vice-Presidente no exercício da Presidên-
cia, Érico Pozzer. Foi analisado o momento da avicultura
brasileira e recomendada cautela nas projeções de cresci-
mento e investimento, além de especial atenção para os
Principais atividades da Diretoria em 2004
Executivo Clóvis Puperi.
58. Dias 14 e 15: Participação no Seminário Mi-
neiro sobre Influenza Aviaria e Doença de Newcastle,
realizado no auditório da UNIBH-Campus Estoril, em Belo
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volumes de produção previstos para janeiro e fevereiro de
2005, tradicionais meses de entressafra do consumo de car-
ne de frango.
62. Dia 22: Participação em reunião da Câmara
Setorial de Milho, Sorgo, Aves e Suínos, na Delegacia Fede-
ral da Agricultura, em São Paulo, aberta pelo Secretário de
Política Agrícola, Ivan Wedekin. Foi eleito o novo Presiden-
te da Câmara Setorial, Dilvo Grolli, substituindo Urbano
Ribeiral, que pediu afastamento pela impossibilidade de
conciliar as tarefas de sua empresa com as da Câmara
Setorial. A UBA foi representada pelo Diretor Executivo Cló-
vis Puperi, e a ABEF, pelo Diretor Executivo Cláudio Martins.
63. Dia 24: Participação em reunião das agro-
indústrias, realizada na Cooperativa Agropecuária
Holambra, em Holambra-SP. Representou a UBA o Vice-
Presidente Érico Pozzer, no exercício da Presidência.
64. Dia 27: Participação em reunião sobre propos-
ta de material publicado referente à proibição do uso de
proteínas animais, especialmente cama de aviário, na ali-
mentação de ruminantes, realizada no Departamento de
Defesa Animal, em Brasília. A UBA foi representada pelo
Vice-Presidente Geraldo Amorim e pelo Secretário Executi-
vo João Tomelin.
OUTUBRO
65. Dia 1º: Participação em seminário sobre legis-
lação PIS/COFINS para o agronegócio, realizado no MAPA,
e que teve por objetivo esclarecer dúvidas sobre a legislação
aplicável aos diferentes segmentos do setor. A UBA foi repre-
sentada pelo Secretário Executivo, João Tomelin, e por
Edison Peixoto, da Sadia.
66. Dia 4: Participação no 5º Simpósio Técnico de
Incubação, Matrizes de Corte e Nutrição, realizado em Bal-
neário Camboriú-SC, com o objetivo de discutir avanços
tecnológicos no processo de matrizes de corte, incubação e
nutrição, e oferecer subsídios para seu aperfeiçoamento. A
UBA foi representada pelo Vice-Presidente Técnico-Científi-
co, Prof. Ariel Antônio Mendes, que proferiu palestras sobre
a proposta de regionalização e sobre o impacto de doenças
da lista A da OIE.
67. Dias 13 e 14: Participação em reunião sobre
regionalização sanitária da avicultura brasileira, realizada
na CNA, em Brasília, com a presença maciça de autorida-
Da esq. para a dir.: José Adão Braum, Presidente daABCS, José Amauri Dimarzio, Secretário-Executivodo MAPA, Zoé Silveira d´Ávila, Presidente da UBA eCláudio Bellaver, Secretário da Câmara Setorial deMilho e Sorgo, Aves e Suínos, da Embrapa.
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des, técnicos do MAPA, DFAs e Defesa dos estados brasileiros,
além de técnicos privados e de universidades, num total de
mais de 120 participantes. O encontro contou com apre-
sentadores de alto nível, nos diversos painéis, culminando
com mesas-redondas regionais com a finalidade de ade-
quar as melhores soluções, tendo em vista a viabilização
desse projeto. Foram analisadas diversas medidas a serem
implementadas para credenciamento de granjas, emissão
e revisão de GTAs, controle do tráfego de aves, corredores de
passagem obrigatória, postos de controle, reestruturação
dos serviços nos estados – enfim, todas as providências ne-
cessárias para garantir a implementação do plano com
critério e eficiência para garantir a produção, a exportação
e a sanidade da avicultura brasileira. Os representantes da
iniciativa privada procuraram demonstrar de maneira cla-
ra a sua total adesão à tese da regionalização. Estiveram
presentes à abertura do encontro o Dr. Maçao Tadano, Se-
cretário de Defesa Agropecuária do MAPA, representando o
Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues; Aneli Dacas,
Diretora de departamento do Ministério de Desenvolvimen-
to, Indústria e Comércio Exterior, representando o Ministro
do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan; Getúlio Per-
nambuco, representando o Presidente da CNA, Antônio
Ernesto de Salvo, além de outras autoridades. O Presidente
Zoé Silveira d’Avila representou a UBA. Ao encerramento,
também compareceram César Rocha, representando o Se-
cretário Executivo do MAPA, José Amauri Dimarzio, e Jorge
Caetano Junior, Diretor do DDA/MAPA. A reunião foi
conduzida pelo Coordenador do PNSA, Egon Vieira da Sil-
va, com a colaboração do Vice-Presidente Técnico-Científi-
co da UBA, Prof. Ariel Antônio Mendes.
68. Dia 19: Assinatura, pelos Presidente da UBA,
Zoé Silveira d’Avila, e pelo Presidente da FIERGS, Renan
Proença, de contrato de parceria para viabilização da orga-
nização do XX Congresso Latinoamericano de Avicultura,
no Centro de Exposições CIERGS, em Porto Alegre-RS. A
assinatura ocorreu durante reunião de diretoria da FIERGS,
presentes mais de 50 diretores daquela Federação. Também
assinaram o documento os presidentes Heitor Müller, do
SIPARGS, e Aristides Vogt, da ASGAV.
69. Dia 20: Participação em debate sobre questões
relacionadas à Instrução Normativa nº 15. Ficou definido
que o prazo de adequação para o sistema de processamento
de subprodutos para o bovino será de seis meses; e de 18
meses para aves; isso, a partir da revisão da IN nº 15. Tam-
bém foi equacionado o aproveitamento, para subprodutos,
das aves mortas durante o transporte. A UBA foi representa-
da pelo Vice-Presidente Geraldo Amorim, pelo Secretário
Executivo João Tomelin e por Ricardo Brandalise, da Só
Frango.
70. Dia 20: Participação em reunião realizada na
Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e De-
senvolvimento Rural, da Câmara de Deputados, em Brasília,
para discussão do Projeto de Lei nº 2.401/2003, que “esta-
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belece normas de segurança e mecanismo de fiscalização
de atividades que envolvam organismos geneticamente mo-
dificados – OGM – e seus derivados; cria o Conselho Nacio-
nal de Biossegurança – CNBS –; reestrutura a Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio –; dispõe so-
bre a Política Nacional de Biossegurança e dá outras provi-
dências”, sendo a UBA representada pelo Vice-Presidente Ge-
raldo Amorim e pelo Secretário Executivo João Tomelin.
71. Dias 22 e 23: Participação no I Encontro Na-
cional de Produtores Avícolas da Bolívia e no II Dia Nacio-
nal de Ovos e Frangos, realizados no Centro Internacional
de Convenções de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. A UBA
foi representada pelo Vice-Presidente Técnico Científico Ariel
Antônio Mendes, que proferiu palestras sobre mercado e
sobre sanidade do produto frango.
NOVEMBRO
72. Dia 3: Participação na reunião de planejamen-
to das ações do MAPA para o ano de 2005, na Embrapa, em
Brasília. A UBA foi representada pelo Vice-Presidente Geral-
do Amorim.
73. Dia 8: Participação no Fórum da ABAG, em
São Paulo, com a presença do Senador Valter Raupp, do
Deputado Leonardo Vilela e autoridades. O assunto foi o
projeto sobre Parcerias Público-Privadas (PPPs), sendo a
entidade representada pelo Presidente Zoé d’Avila e pelo
Diretor Clóvis Puperi.
74. Dias 11 e 12: Participação no I Fórum Elanco
de Proteína Animal, em São Paulo, comemorando os 40
anos da empresa no Brasil, com a presença maciça de
representantes da cadeia de carnes. Compareceram o Presi-
dente Zoé d’Avila, o Vice-Presidente Ariel Mendes e o Diretor
Clóvis Puperi.
75. Dia 15: Participação na Reunião Regional da
OIE e de Delegados da ALA, no Panamá, em que foi apro-
vada pela OIE a criação do Comitê Interamericano de Sa-
nidade Avícola – CISA. A UBA foi representada pelo Prof.
Ariel Antônio Mendes e por Clóvis Puperi.
Romano Ancelmo Fontana Filho, presidente doConselho de Administração da Sadia, Zoé Silveirad´Avila e o governador Roberto Requião, emsolenidade de inauguração no Paraná.
76. Dias 22 a 24: Participação na 24ª ENAEX,
presentes os Ministros Luiz Fernando Furlan, Roberto
Rodrigues e José Dirceu, o Governador Geraldo Alckmin e
outras autoridades. Compareceram o Presidente Zoé d’Avila
e o Diretor Clóvis Puperi.
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77. Dia 26: Participação no 8º Encontro Técnico
de Avicultura Paulista, em Descalvado-SP, com a presença
do Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, De-
putado Duarte Nogueira, e de outras autoridades. A UBA foi
representada pelo Presidente Zoé d’Avila, pelo Vice-Presi-
dente Ariel Mendes e pelos Diretores João Aidar Filho e Cló-
vis Puperi.
79. Dia 30: Reunião da CIA, coordenada pelo
Vice-Presidente da Região Sudeste, Érico Pozzer.
DEZEMBRO
80. Dia 6: Participação no jantar de confraterniza-
ção da Associação Paulista de Avicultura – APA –, em São
Paulo, com a presença da Primeira Dama do Estado de
São Paulo, Sra. Lu Alckmim, do Secretário de Agricultura
Duarte Nogueira, de Deputados e outras autoridades. A UBA
foi representada pelo Presidente Zoé Silveira d’Avila, pelo Vice-
Presidente para a Região Sudeste Érico Pozzer, pelo Vice-
Presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes, pelo Di-
retor do Setor de Ovos Alfredo Hiroshi Onoe, pelo Diretor de
Avós e Matrizes – Corte/Postura, João Aidar, e pelo Diretor
Executivo Clóvis Puperi.
81. Dias 7 a 8: Organização e participação em
reunião do MAPA sobre regionalização da avicultura brasi-
leira, no Auditório da Confederação Nacional da Agricultu-
ra e Pecuária, em Brasília. Os trabalhos foram coordena-
dos por Dr. Egon Vieira da Silva, Coordenador do PNSA,
com o auxilio do Prof. Ariel Antônio Mendes, Vice-Presi-
dente Técnico-Científico da UBA, e por Pablo Marshall,
Secretário Executivo da ABEF. Contou com a participação
de técnicos oficiais, representando as Secretárias de Agricul-
tura e as Delegacias Federais de Agricultura dos Estados, e o
setor privado foi representado pelos membros do Comitê
Consultivo do PNSA. Também presente o Presidente da As-
78. Dia 30: Reunião Plenária da UBA, da Diretoria
e dos associados, em São Paulo, com a seguinte pauta:
• ações da Presidência
• fundo de apoio e incentivo da avicultura
• ações na área sanitária
• análise da produção: matrizes de corte e postura,
pintos de corte, produção de carne de frango, mercado
interno, mercado externo
Após a reunião, houve concorrido coquetel de confra-
ternização de fim de ano.
Estande da UBA na AveSui 2004,realizada em Florianópolis.
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sociação dos Avicultores do Espírito Santo – AVES –, Antô-
nio Venturini. Ariel Mendes e João Tomelin representaram a
UBA. Foram apresentadas propostas sobre corredores de
trânsito de aves e sobre a necessidade de recursos orçamen-
tários para implantação do Programa de Regionalização.
82. Dia 9: Reunião Ordinária da Câmara Setorial
de Milho e Sorgo, Aves e Suínos, realizada na sala de reu-
niões do CNPA/MAPA, em Brasília. O Prof. Ariel Mendes fez
uma apresentação sobre o Programa de Regionalização
da Avicultura e manifestou a preocupação do setor com os
incentivos governamentais que estão sendo dados à avicul-
tura familiar. Ressaltou que normas devem atingir esses
produtos, partindo de iniciativas do MAPA e das Secretarias
de Agricultura, já que a ênfase dada à agricultura familiar
em relação a esse produto deve também considerar a pro-
dução industrial, sob pena de haver danos significativos
para o criatório avícola nacional. Ficou decidido que o
assunto deverá ser retomado na próxima reunião da Câ-
mara Setorial de Milho e Sorgo, Aves e Suínos, em março de
2005, em São Paulo. A UBA foi representada pelo Vice-
Presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes e pelo
Secretário Executivo João Tomelin.
83. Dia 10: Participação no Jantar do Galo, realiza-
do pela ASGAV em Garibaldi-RS. Estiveram presentes o Go-
vernador Germano Rigotto, o Delegado Federal de Agricul-
tura, Francisco Signor, o Prefeito de Garibaldi, Antônio
Cettolin, Deputados e outras autoridades, além dos presi-
84. Dia 15: Participação no almoço de confraterni-
zação da ABEF e da ABIPECS, em Brasília. Presentes o
Ministro Luiz Fernando Furlan e outras autoridades. A UBA
foi representada pelo Presidente Zoé Silveira d’Avila, pelo
Vice-Presidente Técnico-Científico Ariel Antônio Mendes,
pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi e pelo Secretário Exe-
cutivo João Tomelin.
85. Dia 17: Presença em encontro e almoço de con-
fraternização promovidos pelo Sindirações, na FIESP, em
São Paulo. Presentes o Presidente da FIESP, Paulo Antônio
Skaf, o Delegado Federal do MAPA, Francisco Sérgio Jar-
dim, o Presidente do Sindirações, Mário Sérgio Cutait, e
outras autoridades. A UBA foi representada pelo Presidente
Zoé Silveira d’Avila e pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
Estande da UBA, da ABEF e da ABIPECS emexposição de tecnologia agropecuária da Embrapa.
dentes da ASGAV, Aristides Vogt e do SIPARGS, Heitor Müller.
Pela UBA, compareceram o Presidente Zoé Silveira d’Avila e
o Diretor Executivo Clóvis Puperi.
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Ações da UBA no campo técnico-científico
JANEIRO
Dia 16: Entrevista do Vice-Presidente Técnico-Cien-
tífico, Prof. Ariel Antônio Mendes, ao programa “Jornal Ru-
ral”, do Canal Rural, em São Paulo, sobre sanidade avícola.
A seguir, reunião, na sede da UBA, em São Paulo, com
Ricardo Soncini (Sadia), João Aidar (UBA) e Pablo Marshal
(ABEF), para discutir proposta de alteração da legislação
referente à importação de material genético.
Dia 21: Entrevista coletiva à imprensa, sobre a situ-
ação da avicultura, dados de produção do ano de 2003 e
perspectivas para o ano de 2004. Entrevistados: o Presiden-
te da UBA, Zoé Silveira d’Avila, e o Prof. Ariel Mendes.
Dias 26 e 27: Participação no Internacional Poultry
Scientific Forum, realizado em Atlanta-USA, com apresenta-
ção de trabalhos de pesquisa pelo Prof. Ariel Mendes.
Dia 28: Participação do Prof. Ariel Mendes na reu-
nião do Comitê de Sanidade Avícola da ALA, realizada em
Atlanta-USA.
Dias 28 a 30: Visita do Prof. Ariel Mendes e do
Diretor Executivo Clóvis Puperi à International Poultry
Exposition, realizada em Atlanta-USA.
FEVEREIRO
Dias 2 e 3: Participação do Presidente da UBA, Dr.
Zoé Silveira d´Avila, do Prof. Ariel Mendes e de Clóvis Puperi
na reunião da Câmara Setorial de Milho, Sorgo, Aves e
Suínos, em Brasília, para discussão da crise sanitária na
Ásia e apresentação de propostas de medidas para evitar a
entrada do vírus de Influenza Aviária no Brasil.
Dias 4 e 5: Participação do Prof. Ariel Mendes em
reunião de Grupo Técnico, no MAPA, em Brasília, para
elaborar proposta de ações emergenciais com o objetivo
de evitar a entrada do vírus de Influenza Aviária no
Brasil.
Dia 12: Participação do Prof. Ariel Mendes e do Dire-
tor João Aidar em reunião do Setor de Avós e Matrizes da
UBA, em Campinas-SP, com a finalidade de discutir pro-
posta de alteração na legislação para importação de mate-
rial genético, e outras medidas destinas a reforçar a
biosseguridade dos plantéis avícolas brasileiros.
Dia 17: Participação do Prof. Ariel Mendes na reu-
nião Plenária na UBA em São Paulo, para relato sobre a
situação da crise na Ásia e as medidas em implantação pelo
MAPA e pelo setor privado para evitar a entrada do vírus de
Influenza Aviária no Brasil.
Dia 24: Participação do Prof. Ariel Mendes no Pro-
grama “Debate Nacional”, na TV NBR, realizado na TV
Cultura de São Paulo, para falar sobre a situação sanitária
da avicultura brasileira.
MARÇO
Dia 4: Participação do Prof. Ariel Mendes na Reu-
nião do Conselho Consultivo do Programa Nacional de
Sanidade Avícola – PNSA –, realizada em Campinas-SP.
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Dia 5: Workshop sobre Influenza Aviária, realiza-
do em Campinas, com 294 participantes, presentes o Secre-
tário Executivo do MAPA, José Amauri Dimarzio, do Secre-
tário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, do Diretor do
DIPOA, Nelmon Oliveira Costa, do Delegado do MAPA em
São Paulo, Francisco Sérgio Jardim, além de técnicos e
autoridades. A UBA foi representada pelo Presidente Zoé
Silveira d’Avila, pelo Vice-Presidente Ariel Antônio Mendes e
pelo Diretor Executivo Clóvis Puperi.
Dia 5: Entrevista do Prof. Ariel Mendes à TV Canal
Rural, em Campinas-SP.
Dia 6: Apresentação pelo Prof. Ariel Mendes da pa-
lestra intitulada “Principais linhagens de aves de corte aba-
tidas no Brasil”, no Curso de Especialização em Tecnologia
de Carnes, no ITAL, em Campinas-SP.
Dia 10: Participação do Prof. Ariel Mendes, do Se-
cretário Executivo da ABEF, Pablo Marshal, e do Coordena-
dor do PNSA, Egon Vieira da Silva, na reunião realizada na
sede da ABEF-SP, para discutir medidas em implantação
pelo MAPA visando impedir a entrada do vírus de Influenza
Aviaria no Brasil.
Dia 11: Entrevista do Prof. Ariel Mendes à Rádio
Rural, de Porto Alegre, sobre a situação sanitária da avicul-
tura brasileira.
Dia 12: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião da Diretoria de Avós e Matrizes da UBA, com a palestra
“Medidas em estudo para prevenir a entrada de Influenza
Aviária e Doença de Newcastle no Brasil”.
Dia 27: Participação do Prof. Ariel Mendes no even-
to técnico “Risk assessment for nutritionists and foods
scientists” em Washington, EUA.
Dias 29 a 3/4: Participação do Prof. Ariel Mendes
em Reunião do Comitê de Higiene de Alimentos do Codex
Alimentarius, em Washington, Estados Unidos.
ABRIL
Dias 8 a 10: Participação do Prof. Ariel Mendes no
I Simpósio Nacional de Estrutiocultura, promovido pela
Associação Brasileira de Estrutiocultura – ABRE –, em Cam-
po Grande-MT, quando ministrou as palestras “PNSA e
Instrução Normativa Conjunta Nº 2” e “Sanidade Avícola
x Estrutiocultura”.
Dia 16: Participação do Prof. Ariel Mendes no
O workshop sobre Influenza Aviária, em Campinas,contou com grande número de participantes.
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Simpósio Goiano de Avicultura, realizado em Goiânia–
GO, onde fez a palestra “Competitividade e Qualidade do
Frango Brasileiro”.
Dia 26: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião do CCAB/Codex Alimentarius, no INMETRO, em
Brasília.
Dia 27: Participação do Prof. Ariel Mendes na 2a.
Reunião sobre a Utilização de Proteína e Gordura de Ru-
minante para Alimentação Animal, realizada na SDA/MAPA,
em Brasília.
Dia 27: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião realizada no DDA/MAPA, em Brasília, para discutir
modelo de Certificado de Exportação para a Coréia.
Dia 28: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião do Comitê Técnico criado pelo MAPA para discutir
medidas destinadas a evitar a entrada do vírus de Influenza
Aviaria no Brasil.
Dia 29: Participação do Prof. Ariel Mendes na Reu-
nião Plenária da UBA, realizada em São Paulo, onde fez
relato sobre a situação sanitária da avicultura brasileira.
MAIO
Dia 4: Participação do Prof. Ariel Mendes na Confe-
rência APINCO, em Santos-SP, que reuniu mais de 1.000
inscritos e palestrantes de alto nivel. Presença do Presidente
da UBA, Zoé Silveira d Ávila, na abertura do evento.
Dia 18: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
Ações da UBA no campo técnico-científico
nião na sede da UBA, em São Paulo, com representantes do
setor de produção, sobre utilização de proteína e gordura
de ruminante para alimentação animal. O objetivo foi har-
monizar propostas para encaminhamento ao MAPA.
Dia 19: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião na sede da UBA, em São Paulo, com representantes do
setor de produção, MAPA e CNA, sobre utilização de proteí-
na e gordura de ruminante para alimentação animal, para
avaliar a proposta encaminhada pela UBA e pela ABEF.
Dia 20: Palestra do Prof. Ariel Mendes no workshop
sobre Influenza Aviaria e Doença de Newscastle, em
Manaus-AM, sobre o tema “Importância da avicultura e im-
pacto das doenças de lista A da OIE no comércio”.
Dia 25: Participação do Presidente da UBA, Zoé
Silveira d’Avila, do Prof. Ariel Mendes, do Diretor Executivo
Clóvis Puperi, e do Diretor Executivo da ABEF, Cláudio
Martins, em reunião com o Secretário da Agricultura de
Santa Catarina, Moacir Sopelsa, e com técnicos da Secreta-
ria, em Florianópolis-SC, para apresentar proposta de
regionalização sanitária da avicultura brasileira.
Dia 26: Participação do Presidente Zoé Silveira d´Avila
e do Prof. Ariel Mendes na Reunião Plenária Regional da
UBA no Sudeste, em Florianópolis-SC, durante a AveSui. A
reunião foi presidida pelo Dr. Zoé Silveira d’Avila´e contou
com expressivo comparecimento de associados.
Dia 26: Participação do Vice-Presidente Técnico-
Cientifico Ariel Mendes, do Secretário Executivo da ABEF,
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Pablo Marshal, e de representantes do setor de produção,
em reunião na cidade de Florianópolis-SC, para avaliar
proposta do Sr. Tito Lívio, de realização de treinamento
simulado de atuação em foco de Influenza Aviaria.
Dias 26 a 28: Participação do Prof. Ariel Mendes
no III Seminário Internacional sobre Qualidade da Carne
de Aves, realizado em Florianópolis-SC, onde ministrou a
palestra “Características de desempenho e qualidade da
carne das linhagens de frango tipo colonial”.
Dia 27: Coordenação, pelo Prof. Ariel Mendes, re-
presentando a UBA, do III Seminário de Qualidade de Car-
ne de Aves. Pela manhã, houve palestra do Diretor de Rela-
ções Institucionais da Perdigão Agroindustrial S/A, Ricardo
Menezes, sobre o tema “Os novos Desafios no Mercado In-
ternacional de Carne de Aves”. Em seguida, Egon Vieira da
Silva, Coordenador do Programa Nacional de Sanidade
Avícola, fez uma apresentação sobre “Suporte do Progra-
ma Nacional de Sanidade Avícola à Produção e Exporta-
ção de Carne de Aves”. Massami Shimocomaki, da Univer-
sidade Estadual de Londrina-PR, discorreu sobre “As ca-
racterísticas de Qualidade da Carne de Aves”, e Maria Teresa
Galvão, Gerente de Análise Sensorial Instrumental da Sa-
dia, falou sobre “Análise sensorial de produtos avícolas”. À
tarde, foi realizado concorrido painel sobre “Programas de
Controle de Qualidade na Indústria Avícola”, coordenado
pelo Prof. Ariel Mendes, e que contou com os participantes
Marizete Cerutti, da Seara, pela indústria; Juliana Macedo,
da Braslo, pelos processadores, e Gabriela Murra, do Pão de
Açúcar, pelos consumidores.
Dia 30: Participação do Prof. Ariel Mendes e do Di-
retor Executivo Clóvis Puperi na audiência com o Secretá-
rio de Agricultura em exercício de Minas Gerais, em Belo
Horizonte, presentes técnicos do Instituto Mineiro de
Agropecuária – IMA –, para apresentação do projeto sobre
regionalização sanitária da avicultura brasileira.
JUNHO
Dia 3: Participação do Prof. Ariel Mendes na 2ª
Reunião de 2004 do Grupo Técnico sobre Higiene de
Alimentos do Comitê do Codex Alimentarius, realizada
em Brasília.
Dias 8 a 13: Participação do Prof. Ariel Mendes
no XXII World Poultry Congress, em Istambul-Turquia,
quando apresentou dois trabalhos em forma oral e um
em poster.
Dias 16 a 18: Participação do Prof. Ariel Mendes
no VII Seminário Nordestino de Pecuária – PecNordeste
2004, em Fortaleza-CE, quando ministrou as palestras
“Controle da Doença de Newcastle nas Regiões Norte e
Nordeste” (Simpósio de Avicultura) e “Plano Nacional de
Sanidade Avícola – PNSA” (Simpósio de Estrutiocultura).
Dia 24: Entrevista do Prof. Ariel Mendes ao progra-
ma “Brasil na TV”, da TV Canal Rural em São Paulo,
sobre a situação sanitária da avicultura brasileira.
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Dia 26: Participação do Prof. Ariel Mendes no I
Workshop Paulista da Estrutiocultura, em Campinas-SP,
quando ministrou a palestra “Critérios para Implantação
de um Controle de Qualidade para Estrutiocultura”.
JULHO
Dia 1º: Participação do Prof. Ariel Mendes na Reu-
nião Regional da UBA em Belo Horizonte-MG, com apre-
sentação sobre a situação sanitária da avicultura brasileira.
Dia 7: Participação do Vice-Presidente Ariel Mendes
e do Secretário Executivo da ABEF, Pablo Marshal, de repre-
sentantes de universidades, da Embrapa, do Ibama e da
Anvisa, em reunião na UBA, em São Paulo, para elaborar
programa de monitoramento de Influenza Aviaria e Do-
ença de Newcastle em aves migratórias.
Dia 12: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião na sede da APA com representantes do setor de ovos,
em São Paulo, para elaborar proposta de alteração no Có-
digo de Higiene dos Ovos e Produtos de Ovo, do Codex
Alimentarius.
Dia 14: Participação do Presidente da UBA, Zoé
Silveira d’Avila, do Prof. Ariel Mendes, do Diretor Clóvis
Puperi, do Presidente da ASGAV, Aristides Vogt, e de técnicos
da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, em
reunião com o Secretário da Agricultura, Odacyr Klein,
para apresentar proposta de regionalização sanitária da
avicultura brasileira.
Dia 14: Participação do Presidente da UBA, Zoé
Silveira d’Avila, do Vice-Presidente Técnico-Cientifico Ariel
Mendes, do Diretor Executivo Clóvis Puperi e do Presidente
da ASGAV, Aristides Vogt, em reunião na sede da ASGAV para
apresentar proposta de regionalização sanitária da avicul-
tura brasileira.
Dia 15: Participação do Prof. Ariel Mendes na Reu-
nião Plenária da UBA realizada em São Paulo, em que
apresentou relato sobre as atividades da Área Técnica e
sobre a situação sanitária da avicultura brasileira.
Dia 21: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião com o Secretário da Produção e Turismo de Mato
Grosso do Sul, José Felício, em Campo Grande-MS, acom-
panhado da Presidente da Associação Brasileira de
Estrutiocultura, Maria Judite Zago, e de técnicos do IAGRO
daquele Estado, para apresentação do projeto de
regionalização da vicultura, em estudo pela UBA e ABEF.
Dia 22: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião com técnicos do IAGRO e da Agência de Defesa Sani-
tária de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande-MS, para
tratar de detalhes sobre o projeto de regionalização da avi-
cultura, em estudo pela UBA e ABEF.
Dia 22: Entrevista do Prof. Ariel Mendes em progra-
ma da TV Canal do Boi, em Campo Grande-MS, sobre o
programa de regionalização sanitária da avicultura.
Dia 26: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião realizada na APA, com representantes do setor de ovos,
Ações da UBA no campo técnico-científico
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para elaborar proposta de alteração no Código de Higiene
dos Ovos e Produtos de Ovo, do Codex Alimentarius.
AGOSTO
Dia 4: Participação do Vice-Presidente Técnico-
Cientifico Ariel Mendes, do Secretário Executivo da ABEF,
Pablo Marshal, e de Hamilton Pereira, da Secretaria de
Agricultura de Santa Catarina, em reunião realizada na sede
da UBA, em São Paulo, para discussão do projeto de
regionalização sanitária da avicultura brasileira.
Dias 17 e 18: Participação do Prof. Ariel Mendes
em Reunião do Conselho Consultivo do PNSA, em Brasília.
Dias 23 a 27: Participação do Prof. Ariel Mendes
no XVIII Congresso Avícola Centro Americano e do Caribe,
em San Pedro Sula, Honduras.
Dia 23: Coordenação, pelo Vice-Presidente Técni-
co-Cientifico Ariel Mendes, da reunião do Comitê de Sani-
dade da ALA, realizada em San Pedro Sula, Honduras,
para elaboração de propostas sobre o “Código de Higiene
dos Ovos e Produtos de Ovo”, a serem encaminhadas ao
Grupo de Redação do Codex Alimentarius.
Dias 24 e 25: Coordenação e participação do Prof.
Ariel Mendes no III Seminário OIE-ALA sobre Enfermida-
des Avícolas, na cidade de San Pedro Sula, Honduras.
SETEMBRO
Dia 1º: Participação do Prof. Ariel Mendes na reu-
nião promovida em Chapecó-SC pela ABEF e a UBA
com representantes do setor de produção para discutir o
projeto de regionalização da avicultura brasileira.
Dias 14 e 15: Participação do Prof. Ariel Mendes
no Seminário Mineiro sobre Influenza Aviaria e Doença
de Newcastle, realizado no auditório da UNIBH-Campus
Estoril, em Belo Horizonte, organizado pelo MAPA, IMA,
UBA, ABEF e AVIMIG, quando ministrou a palestra “A im-
portância da avicultura e impacto das Doenças da Lista A
da OIE no Comércio de Aves e Produtos Avícolas”.
Dia 21: Participação do Prof. Ariel Mendes no
workshop “Regionalização Sanitária da Avicultura Bra-
sileira”, realizado na UBA, em São Paulo, quando minis-
trou a palestra “Necessidade da Implementação e Situa-
ção Atual do Programa de Regionalização Sanitária da
Avicultura”. Presentes mais de 65 técnicos da iniciativa
privada. Foram abordados, sob o enfoque da indústria, os
planos de implementação e a adequação das estruturas
de defesa sanitária, legislação de trânsito, certificação de
granjas, GTAs e outras medidas para o programa. O even-
to foi dirigido pelo Vice-Presidente da UBA, no exercício
da Presidência, Érico Pozzer, com a participação de Egon
Vieira da Silva, Coordenador do PNSA.
Dias 28 e 29: Participação do Prof. Ariel Mendes
na reunião promovida em Brasília pelo MAPA, a UBA e a
ABEF para discutir a proposta de instituição do Programa
de Regionalização Sanitária da Avicultura.
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Ações da UBA no campo técnico-científico
OUTUBRO
Dia 4: Participação do Prof. Ariel Mendes no 5º
Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e Nutri-
ção, realizado em Balneário Camboriú-SC, quando profe-
riu as palestras “Programa de Regionalização Sanitária da
Avicultura” e “Impacto de Doenças da Lista A da OIE”.
Dia 9: Participação do Prof. Ariel Mendes, como
moderador, no I Encontro ABRE de Pesquisa e Estudos
Direcionados à Estrutiocultura, em Araçatuba-SP, promo-
vido pelo Centro Virtual de Pesquisa em Ciência Avícola da
Unesp e pela Associação Brasileira de Estrutiocultura, com
apoio da UBA.
Dias 13 e 14: Participação do Prof. Ariel Mendes
em reunião sobre regionalização sanitária da avicultura
brasileira, na CNA, em Brasília, com a presença de autori-
dades, técnicos do MAPA, DFAs e Defesa dos estados brasilei-
ros, técnicos privados e de universidades, num total de mais
de 120 participantes. A finalidade foi apontar as melhores
soluções para a viabilização do projeto. Foram analisadas
diversas medidas necessárias para credenciamento de gran-
jas, emissão e revisão de GTAs, controle do tráfego de aves,
corredores de passagem obrigatória, postos de controle,
reestruturação dos serviços nos estados – enfim, tudo o que
possa garantir a implementação do projeto com critério e
eficiência, de modo a garantir a produção, exportação e
sanidade da avicultura brasileira. A iniciativa privada pro-
curou demonstrar claramente sua total adesão à tese da
regionalização. Presentes na abertura do encontro o Dr.
Maçao Tadano, Secretário de Defesa Agropecuária do MAPA,
representando o Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues;
Aneli Dacas, Diretora de departamento do Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, represen-
tando o Ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando
Furlan; Getúlio Pernambuco, representando o Presidente
da CNA, e Zoé Silveira d’Avila, Presidente da UBA. Ao encer-
ramento também compareceram César Rocha, represen-
tando o Secretário Executivo do MAPA, José Amauri
Dimarzio, e o Diretor do DDA/MAPA, Jorge Caetano Junior.
A reunião foi conduzida pelo Coordenador do PNSA, Egon
Vieira da Silva, com a colaboração do Vice-Presidente Téc-
nico-Científico da UBA, Prof. Ariel Antônio Mendes.
O Prof. Ariel Mendes foi homenageado emSanta Cruz de La Sierra, Bolívia, durante o II DiaNacional de Ovos e Frangos.
Dia 22: Participação do Prof. Ariel Mendes no En-
contro Nacional de Avicultores da Bolívia e no II Dia Nacio-
nal de Ovos e Frangos, no Centro Internacional de Con-
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venções de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, quando mi-
nistrou as palestras “Evolución de la Comercialización de
Pollos Brasil” e “Integraciones vs. Cooperativas”.
Dia 23: Participação do Prof. Ariel Mendes no 3º
Curso Nacional en Sanidad y Producción Avicola, realiza-
do no Salón de Negocios de la Feria Exposicíon de Santa
Cruz em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia.
Dias 24 a 30: Participação do Prof. Ariel Mendes
na 15a. Reunião do Comitê de Resíduos de Medicamentos
Veterinários do Codex Alimentarius, em Washington, EUA.
reuniões em São Paulo com representantes do setor de pro-
dução e do MAPA, para discutir o programa de controle de
hidratação de frango congelado, conforme a Circular nº 9.
Dias 11 e 12: Participação do Presidente da UBA,
Zoé d’Avila, do Vice-Presidente Técnico-Científico Prof. Ariel
Mendes e do Diretor Executivo Clóvis Puperi no I Fórum
Elanco de Proteína Animal, em São Paulo, que teve a pre-
sença maciça de representantes da cadeia de carnes.
Dias 12 e 30: Participação do Prof. Ariel Mendes
na reunião do Setor de Avós e Matrizes da UBA, que discutiu
a proposta e o Regulamento do FISA.
Dias 16 a 19: Participação do Prof. Ariel Mendes e
do Diretor Executivo da UBA na 17ª Conferência da Comis-
são Regional da OIE para as Américas, no Panamá. Na
ocasião, foi aprovada pela OIE a criação do Comitê
Interamericano de Sanidade Avícola – CISA.
Dia 26: Participação do Prof. Ariel Mendes, do Presi-
dente da UBA, Zoé d’Avila, e dos Diretores João Aidar Filho e
Clóvis Puperi, no 8º Encontro Técnico de Avicultura Paulista,
em Descalvado-SP, presente, dentre outros, o Secretário da
Agricultura de São Paulo, Deputado Duarte Nogueira.
Dia 26: Participação do Prof. Ariel Mendes na XIX
Semana de Zootecnia da FZEA/USP, em Pirassununga-SP,
falando sobre “As barreiras sanitárias e a expansão do
agronegócio brasileiro”.
Dia 29: Participação do Prof. Ariel Mendes em reu-
nião na UBA, em São Paulo, com membros da Diretoria e
Prof. Ariel Mendes (UBA), Isidro Molfese (ALA) eJosé Roberto Bottura (APA), em reunião sobre oCódigo de Ovos, realizada em Otawa, no Canadá.
Dias 30 a 5: Participação do Prof. Ariel Mendes na
reunião do Grupo de Redação do Código de Higiene dos
Ovos e Produtos de Ovos do Codex Alimentarius, em Otawa/
Canadá, como representante da ALA.
NOVEMBRO
Dias 4 e 30: Participação do Prof. Ariel Mendes em
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Ações da UBA no campo técnico-científico
do Setor de Avós e Matrizes, para discutir o regulamento do
Fundo de Indenização Sanitária da Avicultura – FISA.
Dia 30: Participação do Prof. Ariel Mendes na reu-
nião do Conselho Diretor da UBA que discutiu a proposta e
o Regulamento do Fundo de Indenização Sanitária da
Avicultura – FISA.
Dia 30: Participação do Prof. Ariel Mendes na Reu-
nião Plenária da UBA, em São Paulo, quando apresentou
relato sobre ações da área de sanidade.
DEZEMBRO
Dias 7 e 8: Participação do Prof. Ariel Mendes em
reunião na sede da CNA, em Brasília, para finalizar o pro-
jeto do Programa de Regionalização Sanitária da Avicultu-
ra Brasileira. Coordenada pelo Dr. Egon Vieira da Silva,
Coordenador do PNSA, auxiliado pelo Vice-Presidente Téc-
nico-Científico da UBA e por Pablo Marshall, Secretário
Executivo da ABEF, contou com a participação de técnicos
oficiais das secretárias de Agricultura e das Delegacias Fede-
rais de Agricultura dos estados. Membros do Comitê Con-
sultivo do PNSA representaram o setor privado. Também
presente o Presidente da Associação dos Avicultores do Espí-
rito Santo – AVES –, Antônio Venturini.
Dias 7 e 8: Participação do Prof. Ariel Mendes em
reunião do Conselho Consultivo do PNSA, em Brasília.
Dia 9: Participação do Prof. Ariel Mendes na reu-
nião da Câmara Setorial de Milho, Sorgo, Aves e Suínos, em
Brasília, juntamente com o Secretário Executivo da UBA,
João Tomelin, quando falou sobre o projeto de regio-
nalização sanitária da avicultura e sobre os riscos dos pro-
gramas de incentivo à avicultura familiar.
Dia 11: Participação do Prof. Ariel Mendes no I
Seminario Zoosanitário de Estrutiocultura, em Campinas-
SP, promovido pela Associação dos Empreendedores da
Estrutiocultura – AEPE –, onde ministrou a palestra “Pro-
grama de Regionalização Sanitária da Avicultura”.
Dias 13 e 14: Participação do Prof. Ariel Mendes
no Seminário Cearense sobre Influenza Aviária e Doença
de Newcastle, em Fortaleza-CE, promoção do MAPA, Secre-
taria da Agricultura do Ceará, UBA, ABEF e ACEAV, quando
apresentou as palestras “Programa de Regionalização Sa-
nitária da Avicultura Brasileira” e “Impacto de um surto de
Influenza Aviária e Doença de Newcastle”.
Dia 15: Participação do Prof. Ariel Mendes e do Se-
cretário Executivo João Tomelin em reunião com o diretor
do DIPOA/MAPA, Nelmon Oliveira, em Brasília, sobre cria-
ção de comissão para definir normas de abate e inspeção de
avestruzes, e de comissão para alterar o RISPOA de aves.
Dia 16: Participação do Prof. Ariel Mendes na reu-
nião da Comissão de Segurança Alimentar da ABEF, em
São Paulo, discutindo-se o programa de resíduos de medi-
camentos veterinários; a participação da UBA, da ABEF e de
outras entidades no Codex Alimentarius, a revisão do
RISPOA e programa de APPCC.
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XXIV Congresso Mundial de Avicultura
Em reunião da WPSA, realizada em junho de 2004,
durante o XXII Congresso Mundial de Avicultura, em Is-
tambul, Turquia, o Brasil foi designado para sediar o XXIV
Congresso, que comemorará os 100 anos de existência da
WPSA – World’s Poultry Science Association.
A delegação brasileira, formada por membros da
WPSA-Brasil, da FACTA e da UBA, e responsável pela capta-
ção desse importante evento da avicultura mundial, prepa-
rou um bem apresentado Bid Book, com 54 páginas, res-
saltando o apoio de autoridades e a representatividade da
avicultura brasileira, além de incluir informações gerais
sobre as condições estruturais e turísticas da cidade de Sal-
vador, Bahia, proposta para receber o Congresso.
O Bid Book foi distribuído a todos os delegados vo-
tantes, acompanhado de folder ilustrativo da proposta bra-
sileira. A apresentação audiovisual foi feita pelo Dr. Luiz
Sesti, Secretário Executivo da WPSA-Brasil, sendo bastante
aplaudida.
Coroando o sucesso brasileiro, ao proceder-se à esco-
lha da nova diretoria da WPSA para os próximos quatro
anos de mandato, foi eleito Vice-Presidente, com a maior
votação, o Prof. Edir Nepomuceno da Silva, primeiro lati-
no-americano a ocupar esse cargo na entidade.
O Congresso de 2012 está previsto para o mês de agos-
to e será realizado no Salvador Convention Center. Ressal-
te-se a efetiva colaboração que a avicultura brasileira rece-
beu do Salvador Convention Bureau e da Embratur, do
Ministério do Turismo.
A delegação brasileiraque defendeu e viuaprovada acandidatura do Brasilpara sede do XXIVCongresso Mundialde Avicultura.Da esquerda para adireita, Luiz Sesti,Edir Nepomuceno daSilva, João Aidar,Ariel Mendes eClóvis Puperi.
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XX Congresso Latinoamericano de Avicultura
Começaram os preparativos para o XX Congresso
Latinoamericano de Avicultura, um dos mais importantes
encontros do agronegócio, e que será realizado em setem-
bro de 2007 no Centro de Eventos da Federação das Indús-
trias do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
A organização do maior evento da avicultura
latinoamericana foi atribuida à UBA pela Associação
Latinoamericana de Avicultura – ALA. O país estará
sediando esse encontro pela terceira vez, já que teve a res-
ponsabilidade de realizá-lo nos anos de 1972 e 1983.
Além da exposição em que serão apresentados os
mais modernos equipamentos, processos e produtos para
avicultura, o Congresso terá extensa programação técni-
co-científica e reuniões mercadológicas e comerciais para
debater tendências e negócios para o setor no futuro.
Um contrato de parceria para a organização e reali-
zação do Congresso foi assinado pelos Presidentes da União
Brasileira de Avicultura, Zoé Silveira d’Avila, e da Federação
das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, Renan
Proença, em concorrida Reunião de Diretoria da FIERGS/
CIERGS, no dia 19/10/2004, com a presença de aproxima-
damente 50 diretores das duas entidades.
Na ocasião, foi definido o nome de Heitor Müller, Vice-
Presidente da FIERGS, ex-Presidente da UBA e também
Coordenador da AGROMIX, para presidir o Comitê
Organizador do XX Congresso Latinoamericano de Avicul-
tura. Por sua reconhecida experiência associativa, indus-
trial e avícola, Heitor Müller muito contribuirá, sem dúvi-
da, para o sucesso desse importante acontecimento. Orga-
nizando-o, a avicultura brasileira buscará alcançar
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O Centro deEventos eCongressos daFIERGS, em PortoAlegre: área paraexposição, amplosplenários e toda ainfra-estruturanecessária parareceber o XXCongressoLatinoamericanode Avicultura.
representatividade internacional ainda maior e cada vez
mais condizente com a importância da posição ocupada
pelo setor na produção e no mercado global.
O lançamento oficial do XX Congresso ocorrerá no
dia 3-10-2005, na cidade do Panamá, na véspera da aber-
tura do XIX Congresso Latinoamericano de Avicultura. O
lançamento contará com a presença dos expositores, auto-
ridades da Associação Latinoamericana de Avicultura, lide-
ranças da avicultura mundial e representantes dos gover-
nos do Brasil e do Panamá.
Contatos com importantes segmentos da avicultura
latinoamericana já estão sendo iniciados com o propósito
de garantir que o evento bem expresse a pujança da avicul-
tura brasileira e latinoamericana na produção de alimen-
tos nobres, geração de empregos e riqueza no campo.
O complexo do Centro de Eventos e Congressos
FIERGS ocupa área de 64.000 m2 e tem localização es-
tratégica, a 25 minutos do centro da capital gaúcha e a dez
do aeroporto internacional. Conta com total infra-estrutura
para receber eventos de magnitude: amplos plenários, teatro
para 1.790 pessoas, 30 salas moduláveis, restaurantes, esta-
cionamento para 2.000 automóveis e 12.000 m2 de área
para exposição, além de todos os serviços e do pessoal necessá-
rios para o suporte de congressos e feiras.
O Congresso está sendo aguardado com grande ex-
pectativa. O trabalho e o planejamento das entidades
organizadoras estão direcionados à elaboração da progra-
mação mais completa e atraente, para que a realização
alcance todo o sucesso que a avicultura brasileira merece.
É o que se propõem a UBA e sua parceira FIERGS.
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A América representa atualmente 47% da produção glo-
bal de carne de frango. Os Estados Unidos são os maiores
produtores não só na América como no mundo: são 48% da
produção do continente americano. O Brasil ocupa o segundo
lugar na América, com 26% do total produzido.
Em participação nas exportações, a América foi res-
ponsável por mais de 80% dos negócios mundiais em 2004.
O Brasil foi o maior exportador mundial, com 41% do mer-
cado, seguindo-se os Estados Unidos, com aproximada-
mente 37%. Pelas condições de espaço, clima, qualidade,
sanidade e abundante oferta de grãos, cresce a cada ano a
importância da produção de carne de frango e outras aves
no continente americano. Nos próximos anos, a produção
da América deverá ultrapassar 50% da produção mundial.
1 USA 3.911.000 6.407.000 11.486.000 14.610.000 15.536.000 1º2 Brasil 534.000 1.490.000 4.050.400 7.842.950 8.493.850 3º3 México 269.162 551.704 1.283.867 2.135.000 2.250.000 4º4 Canadá 313.542 505.474 720.390 938.000 950.000 13º5 Argentina 266.530 319.500 773.735 931.500 885.000 15º6 Venezuela 163.738 360.907 444.929 900.000 880.000 16º7 Colômbia 63.043 151.300 553.055 630.000 635.000 23º8 Peru 129.915 201.018 355.103 635.000 570.000 25º9 Chile 438 72.735 289.249 397.564 400.000 29º10 Equador 12.981 43.680 175.000 212.401 212.401 38º11 República Dominicana 36.000 81.086 137.043 185.500 180.000 42º12 Guatemala 14.400 51.930 105.159 155.000 155.000 43º13 Bolívia 27.500 20.326 95.942 140.000 135.000 45º14 Panamá 8.417 24.078 58.629 89.000 89.500 56º15 Costa Rica 3.170 19.547 60.424 84.000 83.158 60º16 Jamaica 24.000 27.860 45.369 81.321 81.321 61º17 El Salvador 5.912 24.732 40.033 78.550 78.550 63º18 Honduras 6.425 17.551 49.559 90.600 74.000 65º19 Nicarágua 9.850 10.400 28.750 54.790 62.273 69º20 Puerto Rico 15.906 33.041 61.709 60.000 60.000 70º21 Trindad e Tobago 21.700 26.700 30.051 72.448 57.600 71º22 Paraguai 10.000 16.000 32.000 57.500 57.500 72º23 Uruguai 15.000 19.400 39.882 53.500 53.500 75º24 Cuba 45.360 95.295 56.724 33.696 34.250 89º25 Guyana 9.900 8.800 7.318 23.681 23.430 97º26 Belize 1.085 3.065 7.051 13.365 13.600 106º
Total parcial 5.920.949 10.585.114 20.919.366 30.507.369 32.050.933Outros 20.901 22.289 24.324 32.124 64.193Total das Américas 5.941.850 10.607.403 20.943.690 30.539.493 32.115.126
PRINCIPAIS PAÍSES PRODUTORES DE CARNE DE FRANGO NA AMÉRICA – tonPOSIÇÃOMUNDIAL
20042003199519851975
Fonte: USDA/ALA/UBA
2004
Produção avícola no continente americano
País
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EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO(em 1.000 toneladas)
10.000
9.000
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
1986
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1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
* Previsão2002
2003
2005*
2004
1986 1.617 - 1.393 - 224 13,851987 1.798 11,19 1.584 13,71 214 11,901988 1.947 8,29 1.706 7,70 241 12,381989 2.082 6,93 1.839 7,80 243 11,671990 2.356 13,16 2.057 11,85 299 12,691991 2.627 11,50 2.306 12,11 321 12,221992 2.872 9,33 2.500 8,41 372 12,951993 3.144 9,47 2.727 9,08 417 13,261994 3.491 11,04 3.010 10,38 481 14,701995 4.050 16,01 3.620 20,27 430 10,601996 4.058 0,20 3.489 -3,62 569 14,021997 4.461 9,93 3.812 9,25 649 14,061998 4.853 8,79 4.242 11,28 611 -5,861999 5.526 13,87 4.756 12,12 770 26,022000 5.977 8,16 5.070 6,60 907 17,792001 6.735 12,70 5.486 8,26 1.249 37,782002 7.517 11,60 5.917 7,85 1.600 28,072003 7.843 4,34 5.921 0,07 1.922 20,132004 8.494 8,30 6.069 2,51 2.425 26,142005* 8.950 5,40 6.282 3,50 2.668 10,00
* Previsão
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE CARNE DE FRANGO(em 1.000 toneladas)
Fonte: UBA/ABEF
EVOLUÇÃO DAEXPORTAÇÃO (%)
C=EXPORTAÇÃO(1.000 ton)
EVOLUÇÃO DOCONSUMO (%)
B=CONSUMONACIONAL
(1.000 ton)
EVOLUÇÃO DAPRODUÇÃO (%)
A=PRODUÇÃO(1.000 ton)
ANO
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ALOJAMENTO DE MATRIZES DE CORTE EM 20 ANOS (em milhões de matrizes – 1984/2004)
* Previsão
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
1984
2002
2004
Fonte: UBA
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005*
Alojamento de matrizes para corte
Em 2004, o alojamento de matrizes para produção de
pintos de corte foi recorde absoluto em toda a história da
avicultura no Brasil. O fator que mais contribuiu para isso
foi o status sanitário de vários países produtores e compra-
dores, que resultou em maior demanda pelo produto brasi-
leiro e determinou o aumento da produção de frangos.
O alojamento de 2004 alcançou o expressivo volume
de 33.293.479 matrizes, contra 31.035.056 em 2003. Hou-
ve aumento percentual de 7,28%.
A Região Sul teve pequena redução em sua participa-
ção; mesmo assim, alojou 57,30% do total nacional. A re-
dução foi causada pelos novos programas implementados
em outras regiões. Santa Catarina liderou o alojamento na
região, com 21,51% do total, seguindo-se o Paraná, com
19,84%, e o Rio Grande do Sul, com 15,94%.
A Região Sudeste alojou 28,04% do total nacional,
tendo o Estado de São Paulo participado com 16,42% e
Minas Gerais com 11,61% do alojamento da região.
A Região Centro-Oeste participou com 8,59%: Goiás
com 2,72%, Mato Grosso com 1,54%, Mato Grosso do Sul
com 1,11% e Distrito Federal com 3,23%.
A participação da Região Nordeste foi de 5,96% sobre o
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ALOJAMENTO DE MATRIZES DE CORTE POR REGIÃO
Região Sudeste 9.060.146 9.675.965 6,80 8.078.280 -16,51 8.348.947 3,35 8.170.385 -2,14 8.768.172 7,32 9.334.692 6,46
Região Sul 13.016.287 15.129.800 16,24 15.205.005 0,50 15.813.421 4,00 17.740.636 12,19 18.040.461 1,69 19.075.526 5,74
Região Centro-Oeste 1.255.300 1.938.594 54,43 2.001.393 3,24 2.212.728 10,56 2.400.740 8,50 2.377.363 -0,97 2.860.925 20,34
Região Nordeste 1.700.369 2.311.593 35,95 2.142.997 -7,29 2.052.678 -4,21 2.125.113 3,53 1.815.525 -14,57 1.984.786 9,32
Região Norte 26.025 76.350 193,37 107.880 41,30 169.469 57,09 62.282 -63,25 33.535 -46,16 37.550 11,97
Total 25.058.127 29.132.302 16,26 27.535.555 -5,48 28.597.243 3,86 30.499.156 6,65 31.035.056 1,76 33.293.479 7,28
1998 1999 %99/98 2000 %00/99 2001 %01/00
Fonte: UBA
2002 %02/01 2003 %03/02Região 2004 %04/03
ALOJAMENTO DE MATRIZES DE CORTE POR REGIÃO
Fonte: UBA
20.000.000
18.000.000
16.000.000
14.000.000
12.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
total Brasil. A produção foi: Pernambuco, 2,78%; Ceará,
1,41%; Bahia, 1,12%; e o restante nos demais estados.
A Região Norte teve participação reduzida, com aloja-
mento de matrizes somente nos estados do Pará e Rondônia.
Quanto às exportações de matrizes de corte, chega-
ram a 878.374, superando as 630.345 fêmeas exportadas
em 2003. A evolução percentual foi de 39,3%, o que vem
consolidar os investimentos na busca de mercados externos
pelas empresas avozeiras, que passaram a atender com
mais empenho a América do Sul e outros continentes. Tam-
bém foi aberto o mercado de ovos férteis para corte, que já
está obtendo certo sucesso e deve consolidar-se rapidamen-
te, pois o reconhecimento da qualidade sanitária da avicul-
tura brasileira está em alta no exterior.
Pelo potencial do mercado e pelos investimentos em
curso, estima-se que o alojamento de matrizes para corte
em 2005 deverá ter crescimento de 6%. Isso quer dizer que
deverão ser alojadas cerca de 35,3 milhões de fêmeas .
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Em 2004, o alojamento de matrizes de ovo branco
atingiu o total de 654.410, contra 582.289 em 2003, ou
seja, 12,4% maior.
Na distribuição desse alojamento nos estados, São
Paulo alojou 66,59% do total e Minas Gerais participou
com 33,41%.
O alojamento de matrizes de ovo vermelho em 2004
foi de 281.127, contra 222,347 em 2003, superando assim
o ano anterior em 26,4%.
Os alojamentos ocorreram em São Paulo, com 79,87%,
Minas Gerais com 17,99%, e Santa Catarina e Rondônia,
com 2,14%.
Analisando-se as exportações, verifica-se que o total
exportado de matrizes para postura de ovo branco em 2004
foi de 109.020, contra 99.646 em 2003, um percentual
9,4% maior. Já as de ovo vermelho alcançaram 224.433 em
2004, contra 219.180 em 2003, ou seja, 2,4% maior.
Quanto ao alojamento de Pintos de Comerciais, quan-
do comparado com o ano anterior, apresentou um relativo
equilíbrio, tanto no de postura comercial de ovos brancos
como de vermelhos.
As previsões do setor indicam que a produção e o
alojamento estarão também equilibrados em 2005, em re-
lação a 2004.
Matrizes para postura: ovo branco e ovo vermelho
Em 2004, oalojamento de
matrizes de ovobranco foi 12,4%
maior que o de 2003.Também o
alojamento dematrizes de ovo
vermelho superoulargamente o do ano
anterior, com26,4% mais.
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ALOJAMENTO DE MATRIZES DE POSTURAOVOS BRANCOS
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2003
2004
ALOJAMENTO DE MATRIZES DE POSTURA
MÊS2003 2004 % sobre o
no mês acumulado no mês acumulado ano anterior
Janeiro 88.154 88.154 19.039 19.039 -78,4
Fevereiro 46.334 134.488 56.802 75.841 22,6
Março 67.027 201.515 67.747 143.588 1,1
Abril 37.458 238.973 65.110 208.698 73,8
Maio 36.532 275.505 21.266 229.964 -41,8
Junho 54.005 329.510 49.196 279.160 -8,9
Julho 37.038 366.548 60.026 339.186 62,1
Agosto 19.145 385.693 49.911 389.097 160,7
Setembro 43.477 429.140 47.980 437.077 10,4
Outubro 49.550 478.690 73.054 510.131 47,4
Novembro 59.949 538.639 58.915 569.046 -1,7
Dezembro 43.620 582.289 85.364 654.410 95,7
Total 582.289 654.410 12,4%
OVOS BRANCOS
Fonte: UBA
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Matrizes para postura: ovo branco e ovo vermelho
ALOJAMENTO DE MATRIZES DE POSTURAOVOS VERMELHOS
45.000
40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2003
2004
ALOJAMENTO DE MATRIZES DE POSTURA
MÊS2003 2004 % sobre o
ano anteriorno mês acumulado no mês acumulado
Janeiro 26.016 26.016 28.654 28.654 10,1 10,1
Fevereiro 15.825 41.841 19.641 48.295 24,1 15,4
Março 25.047 66.888 25.469 73.764 1,7 10,3
Abril 16.806 83.694 16.650 90.414 -0,9 8,0
Maio 19.506 103.200 17.337 281.127 -11,1 172,4
Junho 8.086 111.286 16.400 124.151 102,8 11,6
Julho 16.830 128.116 24.510 148.661 45,6 16,0
Agosto 16.448 144.564 19.080 167.741 16,0 16,0
Setembro 23.378 167.942 28.310 196.051 21,1 16,7
Outubro 21.249 189.191 40.862 236.913 92,3 25,2
Novembro 9.230 198.421 27.915 264.828 202,4 33,5
Dezembro 23.926 222.347 16.299 281.127 -31,9 26,4
Total 222.347 281.127
OVOS VERMELHOS
Fonte: UBA
% sobre oacumulado
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Evoluindo à média anual de 6,3% nos quatro primei-
ros anos do século XXI, o segmento brasileiro produtor de
pintos de corte registrou incremento de 9,49% em 2004 e
fechou o exercício com produção próxima de 4,278 bilhões
de cabeças.
O que mais marcou a atividade no ano foi o fato de
que, pela primeira vez desde 1981 (ano em que se inicia-
ram os levantamentos nacionais mensais da produção bra-
sileira de pintos de corte) foi utilizado e até superado o
potencial instalado de produção. Enquanto o potencial
apontava capacidade máxima de produção da ordem de
4,110 bilhões de pintos de corte, a produção efetiva superou
em 4% esse potencial.
Embora os levantamentos de produção sejam reali-
zados há apenas 24 anos, este parece ser um acontecimen-
to inédito na história do setor, pois a média de utilização
tem se situado entre 90% e 95% do potencial instalado, com
períodos em que apresentou índices bem inferiores a 90%.
Dois exemplos: 80% em 1984 e 73% em 1988. Agora, o setor
conseguiu superar a capacidade existente com a melhor
utilização das reprodutoras, seja prolongando sua vida pro-
dutiva, seja recorrendo a um segundo ciclo de produção.
Ainda na dependência do alojamento de novas
reprodutoras nos primeiros meses de 2005, o potencial de
produção para o novo ano está sendo estimado em pouco
mais de 4,4 bilhões de pintos de corte, com média mensal
de 367 milhões de cabeças. É, aproximadamente, o mesmo
volume médio produzido no segundo semestre de 2004.
Representando aumento de cerca de 3% sobre a produção
registrada em 2004, esse volume corresponderá ao poten-
cial normal instalado para o ano, podendo alterar-se con-
forme o comportamento da demanda pelo produto.
Se a demanda for inferior ao potencial, os produtores
voltarão a operar com ociosidade; ao contrário, se houver
necessidade de superar o potencial, a utilização das
reprodutoras alojadas terá de ser outra vez potencializada.
Consideradas as perspectivas externas e internas para a car-
ne de frango, estima-se que a tendência a ser apontada nos
primeiros meses de 2005 será, novamente, de super-utiliza-
ção do plantel reprodutor instalado.
Em números absolutos, e também percentualmente,
a produção da Região Sul foi a que mais cresceu em 2004,
com 2,377 bilhões de pintos de corte. Houve evolução de
11,08% sobre o ano anterior e a participação alcançou
55,57% da produção brasileira. Já o Centro-Oeste cresceu
10,6%, embora seu impacto na produção nacional ainda
seja de apenas 8,3%. Como existem aspectos favoráveis à
produção avícola nessa região, espera-se para o futuro um
aumento gradativo da sua participação.
A contínua evolução genética, o manejo cada vez
mais apurado e o rígido controle sanitário têm garantido
ao setor boa remuneração e incentivo para produzir cada
vez mais e melhor, de modo a sempre atender adequada-
mente os mercados interno e global.
Produção de pintos de corte
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Produção de pintos de corte
POTENCIAL E UTILIZAÇÃO REGIONAL DE PINTOS DE CORTE EM 2004(em unidades)
2004 2003
Região% de participaçãona produção totalPotencial
produtivo(1)Potencial
real(2)% de utilização
do potencial
Variação daprodução sobreo ano anterior
Sul 2.343.145.315 2.377.039.690 101,45 11,08 55,57 54,77
Sudeste 1.198.371.239 1.199.337.927 100,08 6,92 28,04 28,71
Centro-Oeste 330.875.001 358.696.933 108,41 10,60 8,39 8,30
Nordeste 234.904.718 302.318.406 128,70 7,56 7,07 7,19
Norte 4.230.817 40.364.750 954,07 0,78 0,94 1,03
Brasil 4.111.527.090 4.277.757.706 104,04 9,49 100,00 100,00
(1) Calculado a partir do alojamento de matrizes de corte (UBA)(2) Levantamento APINCO junto aos produtores brasileiros de pintos de corte
Fonte: APINCO/UBA
POTENCIAL
PRODUÇÃO REAL
5
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
POTENCIAL E PRODUÇÃO REAL DE PINTOS DE CORTE EM 20 ANOS(em bilhões de pintos de corte – 1984/2005)
* Previsão
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Janeiro 307.408.773 324.668.047 347.892.034 7,15
Fevereiro 288.256.119 299.279.841 319.854.248 6,87 -8,06
Março 319.140.712 305.875.778 347.448.738 13,59 8,63
Abril 317.506.881 316.219.726 346.847.501 9,69 -0,17
Maio 323.909.745 319.771.884 358.721.779 12,18 3,42
Junho 304.465.863 316.436.329 352.828.092 11,50 -1,64
Julho 334.359.212 333.808.639 360.496.555 7,99 2,17
Agosto 328.219.410 334.863.264 368.803.285 10,14 2,30
Setembro 319.450.132 335.794.248 362.310.971 7,90 -1,76
Outubro 335.514.765 350.608.041 375.239.204 7,03 3,57
Novembro 307.695.764 323.135.806 362.122.723 12,07 -3,50
Dezembro 333.085.636 346.662.320 375.192.576 8,23 3,61
Total do Ano 3.819.013.012 3.907.123.923 4.277.757.706 9,49
PRODUÇÃO DE PINTOS DE CORTE DE JANEIRO A DEZEMBRO(em cabeças)
Fonte: UBA/ABEF/APINCO
Mês 2002 2003 2004 Variação Evoluçãounidades unidades unidades 2004/2003 mensal 2004
Fonte: UBA/APINCO
COMPARATIVO MENSAL DA PRODUÇÃO DE PINTOS – 2002/2003/2004
400.000.000
350.000.000
300.000.000
250.000.000
200.000.000
150.000.000
100.000.000
50.000.000
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Produção de pintos de corte
2.400.000.000
2.100.000.000
1.800.000.000
1.500.000.000
1.200.000.000
900.000.000
600.000.000
300.000.000
0
Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte Exportação
ALOJAMENTO DE PINTOS DE CORTE POR REGIÃO
Fonte: APINCO/UBA
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
ALOJAMENTO DE PINTOS DE CORTE POR REGIÃO(em cabeças)
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 % 03/04
Fonte: APINCO/UBA
2004
Sudeste 903.308.212 872.234.390 904.976.458 893.400.868 913.633.922 987.770.847 1.020.884.479 1.115.981.305 9,32
Sul 1.464.843.404 1.501.616.456 1.698.708.739 1.801.457.105 1.949.691.981 2.131.005.906 2.158.436.690 2.382.356.403 10,37
Centro-Oeste 182.233.923 189.066.093 210.810.907 232.864.251 276.292.953 342.445.041 388.663.688 420.013.720 8,07
Nordeste 240.826.633 254.507.236 291.311.556 278.468.361 289.053.171 300.568.704 288.776.372 307.648.166 6,54
Norte 36.038.120 31.821.506 40.347.461 39.878.004 46.164.652 55.177.614 48.098.694 49.673.512 3,27
Exportação 10.252.838 9.310.550 7.348.350 8.099.950 5.836.400 2.044.900 2.264.000 2.084.600 -7,92
Brasil 2.827.250.292 2.849.245.681 3.146.155.121 3.246.068.589 3.474.836.679 3.816.968.112 3.904.859.923 4.275.673.106 9,50
Total 2.837.503.130 2.858.556.231 3.153.503.471 3.254.168.539 3.480.673.079 3.819.013.012 3.907.123.923 4.277.757.706 9,49
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Sem qualquer dúvida, 2004 foi extremamente positi-
vo para a avicultura brasileira direcionada à produção de
frango e seus produtos. O setor teve nas exportações uma
alavanca fundamental para seu desempenho.
Foram abatidos 4,042 bilhões de frangos, que origi-
naram a produção de 8,494 milhões de toneladas. Do total,
6,069 milhões de toneladas foram destinadas ao mercado
interno e 2,425 milhões exportadas. A receita cambial de-
corrente, incluindo a dos industrializados, alcançou US$
2,470 bilhões. Tal performance representou incremento de
8,3% na produção de carne, sobre o total alcançado em
2003, levando o consumo per capita para 33,88 kg.
Como sempre ocorre no mercado interno, houve al-
tos e baixos no primeiro semestre. Os meses de janeiro e
fevereiro foram relativamente bons para a comercialização,
aparecendo porém algumas dificuldades no período de mar-
ço a maio, com o mercado muito ofertado e algum excesso
de produção, sem que as exportações já tivessem atingido
seus níveis mais elevados. Para evitar formação de estoques,
algumas empresas foram obrigadas a operar, principalmen-
te no frango resfriado, com preços até abaixo do custo.
Em meados do ano, com o aumento dos volumes
exportados, houve eqüalização entre produção e demanda
interna e, gradativamente, o setor passou a apresentar re-
sultados. No segundo semestre, a partir de agosto, veio a
recuperação de preços, acompanhada de queda nos custos
de produção, graças à excelente oferta e preço dos grãos. A
lucratividade foi melhorando em toda a cadeia, o que per-
mitiu um excelente ano para o frango brasileiro, cujo mer-
cado de cortes foi sempre o mais atraente e lucrativo.
As exportações foram fundamentais para esse desem-
penho, pois permitiram alta produtividade e remuneração
estimulante para as empresas abatedoras e exportadoras. A
evolução da performance de produção das aves e da opera-
ção industrial tornou o frango mais acessível, já que a
maior parte do benefício foi transferida ao consumidor,
tanto brasileiro como global.
O desempenho do frango deu à avicultura destaque
ainda maior na economia brasileira. Possibilitou que a
população consumisse um produto protéico de alta quali-
dade, sanidade e baixo custo e, mediante as exportações,
produziu expressiva receita cambial. Assim, gerou novos
empregos na cadeia produtiva e abriu ao homem do cam-
po melhor perspectiva de renda. Além disso, os resultados
positivos alcançados vão provocar mais investimentos em
toda a cadeia e na maior diversificação da produção.
Para 2005, a UBA, baseada nos investimentos progra-
mados pelas indústrias, no alojamento de matrizes em 2004
e em suas projeções para 2005, assim como no potencial de
produção de pintos e na capacidade de criar e abater, esti-
ma um abate de 4,32 bilhões de aves para atender à previ-
são de aumento do mercado interno em 3,5% e das expor-
tações em 10 %. Isso deverá levar a uma produção total de
8,950 milhões de toneladas, 5,4% maior que a de 2004.
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Obs.: Os números dentro dos círculos
indicam a variação percentual sobre o
ano anterior. Fonte: ABEF/UBA
O per capita foi estimado considerando a população brasileira de 2004 projetada em
179,1 milhões de habitantes. Não estão computadas as exportações de industrializados
de frango. No quadro, só são consideradas as expor tações de carne in natura.
PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO – 2004
EMPRESAAVES (CABEÇAS) CRESCIMENTO PARTICIP.AÇÃO
2004 CABEÇAS %2003 2004(%)
ABATE DE FRANGO NO BRASIL EM 2003/2004 – OS 50 MAIORES EM 2004
POSIÇÃO2003/2004
(01) 1 Sadia SC-PR-MG-MT-RS 550.149.640 479.900.928 70.248.712 14,64 13,61
(02) 2 Perdigão SC-RS-PR-GO 475.596.089 427.439.592 48.156.497 11,27 11,77
(04) 3 Seara SC-PR-SP-MS 263.320.384 246.151.173 17.169.211 6,98 6,51
(03) 4 Frangosul RS-MS 231.503.059 237.804.287 (6.301.228) (2,65) 5,73
(05) 5 Avipal RS-MS-BA 187.653.021 213.950.448 (26.297.427) (12,29) 4,64
(07) 6 Dagranja PR-MG 114.056.368 95.784.494 18.271.874 19,08 2,82
(08) 7 Aurora SC-MS 86.227.916 87.567.045 (1.339.129) (1,53) 2,13
(18) 8 Diplomata PR-RS-SC 84.401.085 33.154.426 51.246.659 154,57 2,09
(08) 9 Penabranca SP 74.778.648 72.163.169 2.615.479 3,62 1,85
(09) 10 Copacol PR 62.029.390 56.438.391 5.590.999 9,91 1,53
(11) 11 Pif Paf MG 50.511.257 48.561.267 1.949.990 4,02 1,25
(12) 12 Sertanejo SP 47.193.539 48.426.390 (1.232.851) (2,55) 1,17
13 Kaefer Avicult. PR-RO 44.392.807 0 44.392.807 0,00 1,10
(13) 14 Big Frango/Jandelle PR 43.766.241 41.881.434 1.884.807 4,50 1,08
(15) 15 Cooperativa Agroindustrial Lar PR 40.149.388 36.209.904 3.939.484 10,88 0,99
(16) 16 Penasul RS 39.841.177 36.157.413 3.683.764 10,19 0,99
(14) 17 Coopervale PR 37.302.168 36.243.703 1.058.465 2,92 0,92
(27) 18 Avic. Céu Azul SP 34.730.072 24.088.394 10.641.678 44,18 0,86
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EMPRESAAVES (CABEÇAS) CRESCIMENTO PARTICIP.AÇÃO
2004 CABEÇAS %2003 2004(%)
ABATE DE FRANGO NO BRASIL EM 2003/2004 – OS 50 MAIORES EM 2004
POSIÇÃO2003/2004
(20) 19 Só Frango DF 34.677.153 31.506.211 3.170.942 10,06 0,86
(28) 20 Rei Frango SP 34.584.516 22.564.223 12.020.293 53,27 0,86
(38) 21 Frango Forte SP 33.933.386 18.889.234 15.044.152 79,64 0,84
(23) 22 Ad’oro SP 33.467.059 28.380.260 5.086.799 17,92 0,83
(17) 23 Cotrel RS 30.726.919 33.365.439 (2.638.520) (7,91) 0,76
(19) 24 Coopavel PR 30.490.758 32.346.218 (1.855.460) (5,74) 0,75
(21) 25 Anhambi MT-PR 30.000.979 29.531.923 469.056 1,59 0,74
(22) 26 Nutriza GO 29.088.658 28.735.038 353.620 1,23 0,72
(24) 27 Coperguaçú SP 28.863.670 26.100.943 2.762.727 10,58 0,71
(26) 28 Comaves PR-MS 26.419.987 24.277.746 2.142.241 8,82 0,65
(30) 29 Macedo, Koerich SC 25.061.471 21.841.585 3.219.886 14,74 0,62
(31) 30 São Salvador GO 24.972.297 21.784.499 3.187.798 14,63 0,62
(32) 31 Agrovêneto SC 24.381.138 21.520.544 2.860.594 13,29 0,60
(25) 32 Mat. Avic. Flamboiã SP 23.997.475 24.403.375 (405.900) (1,66) 0,59
(29) 33 Avícola Paulista SP 23.856.551 22.421.847 1.434.704 6,40 0,59
(33) 34 Coop. R. A.Languirú RS 22.405.371 20.549.763 1.855.608 9,03 0,55
(36) 35 Francap MG 21.042.228 19.375.054 1.667.174 8,60 0,52
(41) 36 Avícola Felipe PR 20.926.282 16.310.667 4.615.615 28,30 0,52
(35) 37 Frangoeste SP 20.234.992 19.530.846 704.146 3,61 0,50
(37) 38 Coroaves PR 20.019.340 19.322.847 696.493 3,60 0,50
(34) 39 Coop. Holambra SP 19.746.255 19.647.857 98.398 0,50 0,49
(40) 40 Polifrigor SP 18.837.327 16.822.511 2.014.816 11,98 0,47
(39) 41 Frinal RS 18.125.677 17.782.540 343.137 1,93 0,45
(47) 42 Gonçalves & Tortola PR 17.904.060 12.521.349 5.382.711 42,99 0,44
(42) 43 Gale Agroindustrial GO 16.019.918 16.105.493 -85.575 (0,53) 0,40
(46) 44 Nogueira Rivelli MG 15.866.008 13.231.924 2.634.084 19,91 0,39
(45) 45 Agrofrango SC 15.112.104 13.908.187 1.203.917 8,66 0,37
(49) 46 Notaro Alimentos PE 13.937.111 11.201.710 2.735.401 24,42 0,34
47 Jaguafrangos PR 13.780.071 10.648.970 3.131.101 29,40 0,34
48 Abat. Aves Ideal SP 13.489.094 10.497.951 2.991.143 28,49 0,33
(48) 49 Votuporanga SP 13.067.272 11.418.048 1.649.224 14,44 0,32
50 Cossisa Agroindustrial MG 12.717.121 7.774.666 4.942.455 63,57 0,31
Total parcial 3.195.354.497 3.195.354.497 79,05Outros 847.002.281 847.002.281 21,88Total geral 4.042.356.778 4.042.356.778 100,00
Fonte: UBA / ABEF
Continuação
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Fonte: UBA/ABEF
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Total
Exportação
Mercado Interno
Jul
Desempenho do frango de corte
Fonte: UBA/ABEF
Mês M. Interno Export. Total M.Interno Export. Total
DESTINAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO (em toneladas)
2002 2003 2004
M.Interno Export. Total
M.Interno Total
2004/2003-% 2004/2003-%
Janeiro 512.141 98.097 610.238 484.237 146.510 630.747 519.539 156.987 676.526 7,29 7,26
Fevereiro 499.715 108.743 608.458 460.891 173.413 634.304 510.009 184.534 694.543 10,66 9,50
Março 481.257 115.513 596.770 444.144 164.010 608.154 479.593 184.576 664.169 7,98 9,21
Abril 507.688 102.850 610.538 460.800 143.288 604.088 553.453 139.678 693.131 20,11 14,74
Maio 548.709 94.331 643.040 495.994 130.034 626.028 496.655 206.408 703.063 0,13 12,31
Junho 561.383 94.095 655.478 477.702 155.437 633.139 460.748 238.270 699.018 -3,55 10,41
Julho 482.971 139.622 622.593 506.752 135.506 642.258 519.654 205.968 725.622 2,55 12,98
Agosto 497.741 140.406 638.147 497.712 193.767 691.479 448.952 252.624 701.576 -9,80 1,46
Setembro 374.499 245.139 619.638 524.276 189.555 713.831 519.208 210.108 729.316 -0,97 2,17
Outubro 436.624 185.973 622.597 522.868 157.324 680.192 511.326 219.329 730.655 -2,21 7,42
Novembro 502.947 143.784 646.731 497.935 190.472 688.407 544.333 198.631 742.964 9,32 7,93
Dezembro 511.325 131.370 642.695 547.597 142.726 690.323 505.864 227.408 733.272 -7,62 6,22
Total 5.917.000 1.599.923 7.516.923 5.920.908 1.922.042 7.842.950 6.069.334 2.424.520 8.493.854 2,51 8,30
Consumo de janeiro a dezembro de 2004 – 33,888 kg/per capita.O per capita foi estimado com base na população brasileira projetada de 179,1 milhões.
DESTINAÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO
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ABATE POR REGIÃO COM SIF (em cabeças)
Regiões 2004 2003 2002 % 04/03
Região Sudeste 803.586.267 705.935.301 714.636.823 13,83Região Sul 2.238.344.377 2.064.340.409 2.021.251.067 8,43Região Centro-Oeste 375.342.492 347.946.836 309.861.196 7,87Região Nordeste 87.522.234 74.130.841 65.933.453 18,06Região Norte 20.929.009 21.050.480 19.311.428 -0,58Total 3.525.724.379 3.213.403.867 3.130.993.967 9,72
Fonte: UBA/ABEF
Fonte: UBA/ABEF
ABATE POR REGIÃO COM SIF
2.500.000.000
2.000.000.000
1.500.000.000
1.000.000.000
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Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte
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Desempenho do frango de corte
ABATE POR ESTADO COM SIF – 2004/2003
Paraná 918.483.512 22,72 813.373.908 21,90 105.109.604 12,92Santa Catarina 712.581.904 17,63 648.752.226 17,47 63.829.678 9,84Rio Grande do Sul 607.278.961 15,02 602.214.275 16,22 5.064.686 0,84São Paulo 539.134.821 13,34 467.215.143 12,58 71.919.678 15,39Minas Gerais 256.503.939 6,35 233.044.561 6,28 23.459.378 10,07Goiás 154.740.689 3,83 138.022.314 3,72 16.718.375 12,11Mato Grosso do Sul 116.875.377 2,89 112.086.545 3,02 4.788.832 4,27Mato Grosso 69.049.273 1,71 66.331.766 1,79 2.717.507 4,10Bahia 42.857.510 1,06 33.228.118 0,89 9.629.392 28,98Pernambuco 40.568.863 1,00 37.139.875 1,00 3.428.988 9,23Distrito Federal 34.677.153 0,86 31.506.211 0,85 3.170.942 10,06Sub-total 3.492.752.002 86,40 3.182.914.942 85,71 309.837.060 9,73Outros com SIF 32.972.377 0,82 30.488.925 0,82 2.483.452 8,15Total com SIF 3.525.724.379 87,22 3.213.403.867 86,53 312.320.512 9,72Abate sem SIF 516.632.399 12,78 500.281.207 13,47 16.351.192 3,27Total Brasil 4.042.356.778 100,00 3.713.685.074 100,00 328.671.704 8,85
CABEÇAS2004
PARTIC.%2004
CABEÇAS2003
PARTIC.%2003 Absoluto %
CRESCIMENTO
Fonte: UBA/ABEF
ESTADO
ABATE POR ESTADO COM SIF EM 2004
Fonte: UBA/ABEF
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1993
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1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2003
PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO EM 20 ANOS(em 1.000 toneladas – 1984/2004)
1986
1985
2002
2004
2005*
Fonte: UBA/ABEF - *Previsão
EVOLUÇÃO MÉDIA DOS COEFICIENTES DE PRODUÇÃO DE FRANGODE CORTE NA AVICULTURA BRASILEIRA
IDADE DE ABATESemanas/DiasANO
PESO FRANGOVIVO (g)
CONVERSÃOALIMENTAR
1930 1.500 3,50 15 semanas1940 1.550 3,00 14 semanas1950 1.800 2,50 10 semanas1960 1.600 2,25 8 semanas1970 1.700 2,15 7 semanas1980 1.800 2,05 7 semanas1984 1.860 2,00 47 dias1988 1.940 2,00 47 dias1994 2.050 1,98 45 dias1998 2.150 1,95 45 dias2000 2.250 1,88 43 dias2001 2.300 1,85 42 dias2002 2.300 1,83 42 dias2003 2.350 1,88 43 dias2004 2.390 1,83 43 dias
Fonte: UBA
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Desempenho do frango de corte
* Previsão - Fonte: UBA/ABEF
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1995
1996
1997
1998
1999
2000
2002
CONSUMO INTERNO DE CARNE DE FRANGO EM 20 ANOS(em 1.000 toneladas – 1984/2004)
1985
1984
2001
2003
2005
*
2004
* Previsão - Fonte: UBA/ABEF
3000
2500
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1500
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1990
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1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2002
EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO EM 20 ANOS(em 1.000 toneladas – 1984/2004)
1985
1984
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2003
2005
*
2004
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1986 94,0 10,0 29,8 7,31987 109,0 12,4 26,0 8,01988 103,0 11,8 27,6 7,01989 83,0 12,4 33,8 6,61990 89,0 14,2 36,1 7,21991 88,0 15,7 38,0 7,61992 88,0 16,8 38,9 7,91993 86,0 18,1 37,0 8,31994 92,0 19,2 36,4 8,41995 101,0 23,3 39,3 9,21996 101,0 22,2 41,4 9,61997 82,0 24,0 39,0 9,31998 85,2 26,3 37,5 9,91999 89,3 29,1 35,6 10,72000 94,0 29,9 36,5 10,92001 94,0 31,8 37,2 10,92002 130,0 33,8 35,8 13,82003 127,0 33,3 35,6 12,42004 130,0 33,9 35,9 12,1
OVOS FRANGOS BOVINOS SUÍNOSANO (unidades) (kg) (kg) (kg)
CONSUMO PER CAPITA DE OVOS E CARNES NO BRASIL
Fonte: CNPC/ABEF/ABIPECS/UBA
Fonte: CNPC/ABEF/ABIPECS/UBA
CONSUMO PER CAPITA DE CARNES NO BRASIL45,0
40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
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1986
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1991
1992
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1995
1996
1997
1998
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2003
Frangos
Bovinos
Suínos
2004
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O MERCADO MUNDIAL
A história da avicultura brasileira, em especial do se-
tor exportador de carne de frango, sempre irá reservar forte
destaque para o ano de 2004. O Brasil conquistou o primei-
ro lugar absoluto nas exportações, tanto em receita cam-
bial quanto em volume exportado. As vendas somaram
US$ 2,6 bilhões, correspondendo a um crescimento de 44%
sobre 2003. E os embarques totalizaram 2,470 milhões de
toneladas, 26% acima do verificado no ano anterior.
“Esse desempenho representa um verdadeiro atesta-
do de qualidade e sanidade para o nosso produto, da parte
dos mais variados e exigentes importadores. Os exportado-
res brasileiros conquistaram 20 novos mercados em 2004 e
ampliaram para 142 a relação de clientes”, explica Júlio
Cardoso, Presidente da Associação Brasileira dos Produto-
res e Exportadores de Frangos – ABEF.
Merece ser destacado o notável crescimento das expor-
tações de frango em cortes e de industrializados, dois seg-
mentos de maior valor agregado. A Ásia, grande cliente de
cortes especiais, tornou-se a maior região compradora do
frango brasileiro, em receita cambial, pela primeira vez
superando o Oriente Médio.
Foram embarcadas para países asiáticos 1,450 mi-
lhão de toneladas de frango em cortes, com crescimento de
29% sobre 2003. A receita alcançou US$ 1,7 bilhão, com o
expressivo incremento de 55% sobre o ano anterior.
No caso dos industrializados, os embarques para a
Ásia somaram 45.176 toneladas – 20% acima dos verifica-
dos no mesmo período em 2003. A receita, pela primeira
vez, chegou a US$ 101 milhões, 13% a mais que no período
janeiro-dezembro de 2003.
Já as exportações de frango inteiro somaram 974,5
milhões de toneladas, com crescimento de 22% sobre o
resultado de 2003. Tais vendas representaram receita cam-
bial de US$ 801,8 milhões, 30% acima da receita obtida no
ano anterior.
Conforme Júlio Cardoso, sustentar a liderança será
mais difícil do que foi conquistá-la. Seu argumento é que
alguns dos principais concorrentes no mercado, como
Tailândia, China e Estados Unidos, que tiveram sérios pro-
blemas sanitários, terminarão superando essas dificulda-
des. Ele prevê que as condições de mercado serão diferentes
em 2005.
“Por isso mesmo, faremos todos os esforços, junta-
mente com os órgãos governamentais envolvidos em nosso
negócio, para que o frango brasileiro continue sendo cada
vez mais reconhecido em seus diversos atributos e siga am-
pliando sua presença na mesa dos consumidores mais exi-
gentes de todas as partes do mundo. Este será nosso maior
desafio em 2005”, enfatiza o presidente da ABEF.
Segundo Cardoso, outro importante desafio será a
criação de instrumentos preventivos como fundos/seguros
Exportação de frango
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indenizatórios para os produtores integrados, tendo em vis-
ta manter problemas sanitários e doenças longe do territó-
rio brasileiro.
PRINCIPAIS COMPRADORES EM 2005
Oriente Médio
Aumentou suas encomendas de frango inteiro em
14%, chegando a 644,5 mil toneladas e mantendo-se como
o principal comprador neste segmento. No segmento de
cortes de frango, as exportações brasileiras para a região
mais que duplicaram em 2004, somando 105,2 mil tonela-
das, ou 116% a mais do que em 2003.
Ásia
No segmento frango inteiro, a região reduziu em 5,5%
suas compras do produto brasileiro, com encomendas de
24,7 mil toneladas. Entretanto, no segmento cortes de fran-
go, foi o maior comprador, ampliando suas encomendas
em 39,1%. As exportações brasileiras para lá somaram 603,6
mil toneladas. Com esse desempenho, a região também
assumiu a posição de maior compradora, em receita cam-
bial, do frango brasileiro, superando o Oriente Médio.
União Européia
As exportações brasileiras de frango inteiro para a região
tiveram aumento de 3,4% e
ficaram em 18,4 mil tonela-
das. Entretanto, em cortes de
frango, as vendas brasileiras
apresentaram queda de
10,6%, ficando em 259,6 mil
toneladas.
Rússia
A adoção do regime de
cotas por esse país provocou redução de 1,92% nos embar-
ques do produto brasileiro, em relação a 2003. Foram
embarcadas 77,8 mil toneladas de frango inteiro. Da mes-
ma forma, no segmento de cortes de frango houve, sobre
2003, queda de 6,96% nas vendas brasileiras, que ficaram
limitadas a 113,7 mil toneladas.
África
As vendas de frango inteiro somaram 53,7 mil tonela-
das – 32,8% acima de 2003. Já no segmento de cortes de
frango, foi o mercado que exibiu o segundo maior cresci-
mento relativo nas compras, com encomendas de 127,3
mil toneladas – uma evolução de 57,5%.
Mercosul
Houve forte recuo (99,7%) nas vendas para o bloco
Júlio Cardoso, Presidenteda ABEF
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EXPORTAÇÕES DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2004 (em 1.000 toneladas)
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
10.000
0Jan Fev Mar Abr Mai Jun Ago Set Out Nov Dez
Total
Cortes
Inteiro
Jul
comercial. Foram embarcadas apenas 16 toneladas de fran-
go inteiro. Idêntica situação afetou os cortes de frango, em
função da queda nas vendas para a Argentina. As 752 tone-
ladas embarcadas representaram redução de 60,9% sobre
os resultados do ano anterior.
OBJETIVOS PARA 2005
O Diretor Executivo da ABEF, Cláudio Martins, expli-
ca que para 2005 a ABEF tem como objetivo atingir um
crescimento de até 10% nos volumes e de 15% na receita
cambial. “O mais importante, porém, será manter a inédi-
COMPARATIVO DAS EXPORTAÇÕES DE CARNE DE FRANGO2002/2003/2004 (em toneladas)
2004 2003 2002 2004 2003 2002 2004 2003 2002
INTEIRO CORTES TOTAL
Fonte: UBA/ABEF
2004/03%
Janeiro 65.453 63.507 42.475 91.534 83.002 55.622 156.987 146.510 98.097 7,15
Fevereiro 79.738 80.769 50.490 104.797 92.644 58.253 184.534 173.413 108.743 6,41
Março 80.168 68.974 46.676 104.407 95.036 68.837 184.575 164.010 115.513 12,54
Abril 47.022 50.014 45.209 92.655 93.274 57.641 139.677 143.288 102.850 -2,52
Maio 81.385 45.455 43.713 125.023 84.579 50.618 206.408 130.034 94.331 58,73
Junho 97.922 54.614 35.011 140.348 100.823 59.084 238.270 155.437 94.095 53,29
Julho 70.363 44.084 57.471 135.605 91.423 82.151 205.968 135.507 139.622 52,00
Agosto 110.118 87.597 52.265 142.505 106.169 88.141 252.624 193.766 140.406 30,38
Setembro 82.472 82.449 104.249 127.636 107.106 140.890 210.108 189.555 245.139 10,84
Outubro 89.382 68.304 81.878 129.948 89.020 104.093 219.329 157.324 185.972 39,41
Novembro 78.521 92.581 62.516 120.111 97.892 81.269 198.632 190.472 143.785 4,28
Dezembro 92.022 59.696 52.426 135.387 83.029 78.944 227.408 142.726 131.370 59,33
Subtotal 974.566 798.044 674.379 1.449.955 1.123.998 925.543 2.424.520 1.922.042 1.599.923 26,14
Industrializados 45.176 37.731 19,73
Total Geral 974.566 798.044 674.379 1.449.955 1.123.998 925.543 2.469.696 1.959.773 1.599.923 26,02
Exportação de frango
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Janeiro 4.136 1.721 1.679 140Fevereiro 3.842 2.566 438 50Março 3.261 3.510 2.630 -7Abril 2.999 4.211 1.194 -29Maio 3.011 2.964 1.468 2Junho 3.476 2.746 1.536 27Julho 3.355 2.560 1.932 31Agosto 3.890 3.632 1.963 7Setembro 3.654 3.420 3.192 7Outubro 4.287 2.037 2.826 110Novembro 3.832 4.189 3.512 -9Dezembro 5.433 4.175 2.594 30Total 45.176 37.731 24.964 19,7%
EXPORTAÇÕES DE INDUSTRIALIZADOS DE FRANGO – 2002/2003/2004
%2004 2003 2002Industrializados – toneladas 2004/2003
EXPORTAÇÕES DE INDUSTRIALIZADOS DE FRANGO – 2002/2003/20046.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0Jan Fev Mar Abr Mai Jun Ago Set Out Nov Dez
2002
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Jul
ta posição de maior exportador mundial em receita e em
volumes embarcados. E, para isso, será necessário ter sem-
pre o foco na importância da sanidade avícola”, ressalta.
Martins lembra os problemas sanitários de 2004 em al-
guns dos principais países concorrentes e diz que será preciso
redobrar a atenção e, ao lado do Governo Federal, ampliar os
investimentos, como forma de garantir a qualidade e a sani-
dade do produto brasileiro. Quanto à abertura de novos
mercados em 2005, ele cita como possibilidades a China,
Coréia do Sul, Estados Unidos, México, Malásia e Chile.
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MAIORES ESTADOS EXPORTADORES EM 2004CARNES E PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
Estado Toneladas 2004 Toneladas 2003 Participação % em 2004Santa Catarina 718.218 612.524 29,08Paraná 681.597 496.746 27,60Rio Grande do Sul 621.215 547.963 25,15São Paulo 187.004 63.923 7,57Goiás 82.083 59.038 3,32Minas Gerais 77.792 52.687 3,15Mato Grosso 47.826 39.004 1,94Mato Grosso do Sul 39.514 42.949 1,60Distrito Federal 14.272 0 0,58Sub-total 2.469.521 1.914.834 99,99Outros 175 7.208 0,01Total Brasil 2.469.696 1.922.042 100,0
Fonte: ABEF/UBA
Exportação de frango
ESTADOS EXPORTADORES EM 2004
Fonte: ABEF/UBA
Santa Catarina
Paraná
Rio Grande do Sul
São Paulo
Goiás
Minas Gerais
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Distrito Federal
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PARTICIPAÇÃO %
01 - Sadia S/A 688.281 27,8702 - Perdigão Agroindustrial S/A 462.426 18,7203 - Seara Alimentos S/A 333.923 13,5204 - Frangosul S/A Agro Avícola Industrial 276.595 11,2005 - Avipal S/A Avicultura e Agropecuária 144.234 5,8406 - Diplomata Industrial e Comercial Ltda. 61.816 2,5007 - Moinhos Cruzeiro do Sul S/A 47.905 1,9408 - Cooperativa Central Oeste Catarinense – Aurora 45.962 1,8609 - Cooperativa Agroindustrial Lar 43.188 1,7510 - C. Vale Cooperativa Agroindustrial 32.794 1,3311 - Penasul Alimentos Ltda. 32.479 1,3212 - Dagranja Agroindustrial Ltda. 32.226 1,3013 - Cooperativa Agrícola Consolata 29.963 1,2114 - Avicultura Granja Céu Azul Ltda. 27.847 1,1315 - Agroavícola Veneto Ltda. 24.602 1,0016 - Macedo Koerich S/A 19.408 0,7917 - Frango Sertanejo 19.266 0,7818 - Agrícola Jandelle Ltda. 17.826 0,7219 - Cooperativa Languirú Ltda. 16.541 0,6720 - Só Frango Produtos Alimentícios Ltda. 14.065 0,5721 - Cooperativa Agropecuária Cascavel Ltda. 12.342 0,5022 - Palmali Industrial de Alimentos Ltda. 11.831 0,4823 - Avícola Paulista Ltda. 10.704 0,4324 - Nogueira Rivelli Irmãos Ltda. – Frangobom 9.112 0,3725 - Avícola Felipe S/A 7.236 0,2926 - Rio Branco Alimentos S/A 7.066 0,2927 - Comaves Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. 4.515 0,1828 - Cooperativa Agrícola Mista do Vale do Mogiguaçu 3.961 0,1629 - Cooperativa Tritícola Erechim Ltda. 3.278 0,1330 - Cossisa Agroindutrial S/A 2.079 0,08Total parcial 2.443.471 98,94Outros 26.225 1,06Total geral 2.469.696 100,00
EMPRESA TONELADAS 2004
OS 30 MAIORES EXPORTADORES DE PRODUTOS DE FRANGO
Fonte: DIPOA/UBA
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Exportação de frango
EXPORTAÇÕES DE CARNE DE FRANGO POR DESTINO – 2004Destino Inteiro Corte Total (em kg)
Oriente Médio 644.520.915 105.255.592 749.776.507Ásia 29.329.172 617.511.584 646.840.756Europa 109.325.549 239.321.614 348.647.163União Européia 18.350.642 259.565.084 277.915.726África 71.750.890 166.758.118 238.509.008América do Sul 76.898.626 4.337.499 81.236.125América Central e Caribe 21.281.755 35.264.280 56.546.035América do Norte 361.750 20.259.075 20.620.825Oceania 2.724.842 925.331 3.650.173Mercosul 21.328 756.474 777.802Total 974.565.469 1.449.954.651 2.424.520.120
Fonte: ABEF/UBA
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNES – 2004(inclusive carnes industrializadas)
Fonte: SECEX/UBA
Em 1.000 ton % Em US$ milhões %
Frango 2.470 57,0 2.594 42,5
Bovino 1.219 28,1 2.525 41,4
Suíno 508 11,7 774 12,7
Peru 134 3,1 212 3,5
Total geral 4.331 100,0 6.105 100,0
Suínos 91,2 94,2 95,8 100,4
Frangos 61,3 64,0 65,1 67,7
Bovinos 56,1 58,1 58,7 61,9
Ovinos e caprinos 11,5 11,8 11,8 12,1
Peru 5,2 5,3 5,3 5,2
Patos e marrecos 5,1 5,2 5,4 5,4
Outras carnes 7,4 7,6 7,7 4,9
Produção total 237,8 246,2 249,8 257,6
PRODUÇÃO MUNDIAL DE CARNES (em milhões de toneladas)
20042001 2002 2003
Fonte: FAO/UBA
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EXPORTAÇÕES DO SETOR AVÍCOLA BRASILEIRO – 2003/2004AVES E OVOS
FRANGOS 1.922.042.104 2.424.520.120
INDUSTRIALIZADOS DE FRANGOS 37.730.957 45.176.253
PERUS 110.395.203 134.315.152
OVOS “IN NATURA”, INDUSTRIALIZADOS E PARA INCUBAR 5.547.430 11.294.373
MARRECOS E OUTROS 36.255 429.721
MATERIAS GENÉTICOS 324.797 355.857
TOTAL 2.076.076.746 2.616.091.476
2003 2004
KG
FRANGOS 1.709.743.312 2.493.929.417
INDUSTRIALIZADOS DE FRANGOS 89.209.381 100.953.516
PERUS 152.287.918 212.370.851
OVOS “IN NATURA”, INDUSTRIALIZADOS E PARA INCUBAR 12.670.693 23.242.251
MARRECOS E OUTROS 56.953 918.027
MATERIAL GENÉTICO 8.149.889 8.929.245
TOTAL 1.972.118.146 2.840.343.307Fonte: SECEX/MDIC - Elaboração: UBA/ABEF
2003 2004
US$ FOB
NÚMEROS DA AVICULTURA BRASILEIRA EM 2004 – CARNES PRODUÇÃO
Fonte: UBA/ABEF
Mercado interno (frango) 2.715.585.933 cabeças
Mercado externo (frango) 1.326.770.845 cabeças
Frango produzido 4.042.356.778 cabeças
Mercado interno (carne de frango) 6.069.334 ton
Mercado externo (carne de frango) 2.424.520 ton
Total da produção de carne de frango 8.493.854 ton
Consumo per capita de carne de frango 33,888 kg per capita
Mercado interno (carne de peru) 180.211.176 kg
Mercado externo (carne de peru) 134.315.152 kg
Total da produção de carne de peru 314.526.328 kg
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Exportação de frango
NÚMEROS DA AVICULTURA BRASILEIRA EM 2004 – OVOS
Fonte: UBA/ABEF
Alojamentos
Alojamento de matrizes de corte 33.293.479 aves
Alojamento de matrizes de ovos brancos 654.410 aves
Alojamento de matrizes de ovos vermelhos 281.127 aves
Alojamento de comerciais de ovos brancos 47.199.101 aves
Alojamento de comerciais de ovos vermelhos 15.634.947 aves
Produção
Produção de ovos 23.874.597.460 unidades
Ovos brancos 18.710.783.100 unidades
Ovos vermelhos 5.163.814.360 unidades
Caixas com 30 dúzias 66.318.325 caixas
Consumo per capita de ovos 130 unidades
Obs.: O consumo per-capita foi estimado considerando a população brasileira de 2005 projetada em 184,2 milhões de habitantes. Os números dentro dos círculos indicam a
variação percentual sobre o mesmo período do ano anterior. No volume relativo ao mercado externo não estão computadas as exportações de industrializados de frango.
Fonte: UBA/ABEF
PRODUÇÃO DE CARNE DE FRANGO – PREVISÃO PARA 2005
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Peru, uma realidade no Brasil
Seguindo a trilha do desempenho do frango brasilei-
ro, a produção de peru e seus diversos produtos ocupa cada
vez mais lugar de destaque, tanto no consumo interno, que
já alcança 1kg por habitante/ano, como nas exportações,
que foram de US$ 212,4 milhões em 2004. Nada menos
que 75% das vendas externas do produto foram destinadas
ao mercado europeu.
No ano que passou foram abatidos 34,95 milhões de
perus, com evolução de 21,55% nos abates, em relação a
2003. A produção em peso foi de 314,5 milhões de kg,
sendo que 180,2 milhões de kg foram consumidos interna-
mente e 134,3 milhões de kg foram exportados. O incre-
mento nas exportações foi de 21,67% em peso e de 39,45%
em receita cambial.
O Brasil ainda está longe de ser grande exportador e
grande consumidor dessa exigente proteína. Há a necessi-
dade de se desenvolver mais o mercado interno, para que
não se fique na dependência do desempenho do mercado
mundial. Será importante promover maior divulgação dos
produtos, procurando-se tornar a carne de peru mais aces-
sível, de modo que perca, gradativamente, a imagem de
produto elitizado e de consumo sazonal.
Apesar da crescente tecnificação e do alto rendimento
registrados nessa atividade, persistem algumas dificulda-
des, pois o peru tem ciclo de vida maior do que o frango e,
além dos controles sanitários rígidos e bem específicos, ne-
cessita de balanceamento protéico e energético bem distri-
buído nas rações fornecidas nas diversas fases de seu desen-
volvimento. O criador tem, portanto, de se adaptar e ade-
quar às especificidades da ave para alcançar o melhor de-
sempenho.
Como existe espaço, a maior diversificação e o cresci-
mento da demanda por produtos de peru aumentarão o
interesse de novos produtores e indústrias em entrar nesse
setor. Hoje, apenas cinco unidades com inspeção federal,
de propriedade de três empresas, abatem e industrializam
peru. Mas há indicações de interesse crescente dos aviculto-
res pelo criatório, inclusive porque o ingresso na atividade é
uma forma de diversificar a produção, aumentando a ocu-
pação e a renda da propriedade, principalmente nas re-
giões produtoras de grãos.
Com o aumento da procura interna por essa alta e
saborosa proteína, com seus baixos níveis de gordura e
colesterol, seguramente o Brasil poderá ocupar rapidamente
uma posição mais importante no cenário da produção
mundial.
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Peru, uma realidade no Brasil
ABATES DE PERU POR EMPRESA – 2004
Fonte: UBA/ABEF
Empresa 2002 2003 2004 %
Sadia – Chapecó 12.347.911 12.171.141 11.628.149 -4,46
Sadia – F.Beltrão 3.715.076 3.379.148 5.332.976 57,82
Sadia – Uberlândia 3.225.737 3.454.627 6.169.130 78,58
Perdigão – Carambeí 5.046.160 5.344.126 6.480.012 21,25
Doux-Frangosul 2.252.417 4.403.630 5.339.972 21,26
Total 26.587.301 28.752.672 34.950.239 21,55
PRODUÇÃO DE PERU – 2004
Fonte: UBA/ABEF
2002 2003 2004 % 2004/2003
kg. mercado interno 130.490.652 161.043.905 180.211.176 11,90
MERCADO INTERNO
2002 2003 2004 % 2004/2003
kg 89.155.154 110.395.203 134.315.152 21,67
US$ 104.009.117 152.287.918 212.370.851 39,45
EXPORTAÇÕES
2002 2003 2004 % 2004/2003
Aves 26.587.301 28.752.672 34.950.239 21,55
kg total 219.645.806 271.439.108 314.526.328 15,87
ABATE
ABATES DE PERU POR EMPRESA – 2004
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0Aves
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2004
ABATE DE PERU EM CABEÇAS
350.000.000
300.000.000
250.000.000
200.000.000
150.000.000
100.000.000
50.000.000
02002
Mercado interno
Total
PRODUÇÃO TOTAL E MERCADO INTERNO(em quilos)
2003 2004
EXPORTAÇÕES EM US$ DÓLARES
250.000.000
200.000.000
150.000.000
50.000.000
0KG
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Produção de pato e marreco
A produção nacional de pato e marreco continua em
trajetória de crescimento no Brasil, graças à busca de novos
mercados, associada ao desenvolvimento de modernas
tecnologias. Em 2004, foram produzidas 2,85 mil tonela-
das de carne, com incremento de 30% sobre a produção do
ano anterior. O Estado de Santa Catarina destacou-se como
maior produtor brasileiro, com 79% dos abates.
Embora exista grande número de pequenos produto-
res, localizados principalmente no Sul do país, observa-se
que a grande fatia da produção concentra-se em poucas
empresas avícolas. Elas têm trazido tecnologia e genética
de origem européia.
As aves criadas no Brasil com interesse econômico
são de três espécies distintas, com diversas linhagens
genéticas:
• Marreco de Pequim: precoce, com alto índice de
postura e boa conversão alimentar, predomina nas granjas
e nas prateleiras de supermercados, principalmente pelo
seu baixo custo de produção, se comparado ao das outras
duas espécies. Santa Catarina é, tradicionalmente, a prin-
cipal região produtora e consumidora.
• Pato Mulard: proveniente do cruzamento entre pato
e marreco, é uma ave mais pesada. Destina-se, principal-
mente, à apresentação em cortes. Com sabor peculiar, é
bastante apreciado entre o público gourmet. Por apresen-
tar vigor híbrido, ou heterose, é muito rústico, adaptando-
se tanto à produção intensiva como extensiva. O Brasil já
possui tecnologia de produção de excelentes linhagens ge-
néticas de pato Mulard.
• Pato Comum: também chamado de Barbárie ou
Moscovi, é criado em menor escala, devido ao seu alto custo
de produção e à falta de bom material genético no Brasil. A
grande diferença de tamanho entre machos e fêmeas, bem
como o baixo índice de postura em comparação com as
duas outras duas espécies, ainda são fatores que limitam
sua produção em larga escala. Seu consumo concentra-se,
basicamente, na Região Norte.
Os abates controlados, tanto pela Inspeção Federal
quanto pelas inspeções estaduais, também vêm aumen-
tando. Grande parte da produção destina-se, principalmen-
te, às redes de supermercados das grandes cidades e ao
mercado institucional formado por restaurantes e hotéis. A
outra parte é consumida nas cidades de colonização euro-
péia próximas às regiões produtoras de Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e São Paulo.
As aves são comercializadas quase sempre inteiras, na
forma de carcaças congeladas e, em menor volume, como
cortes congelados. A qualidade e sanidade do produto, e
interesse dos produtores em evoluir no setor, são fatores
importantes que devem ser objetivados.
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Fonte: UBA / ABEF
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE PATO E MARRECO
Rio Grande do Sul - - 21.231 50.954 82.120 225.830 84.232 231.638 2,57Santa Catarina 214.541 514.898 267.557 642.136 810.582 1.598.113 920.239 2.142.275 13,53São Paulo 5.614 13.474 12.837 57.766 75.220 264.454 120.750 384.380 60,53Rio de Janeiro 52.000 124.800 57.000 176.800 46.730 112.153 41.458 99.500 -11,28Total do ano 272.155 653.172 358.625 927.656 1.014.652 2.200.550 1.166.679 2.857.793 14,98
Estadocabeças kg cabeças kg cabeças 03/04
Variação %2002 2003cabeças kg
2004cabeças kg
2001
ABATE DE PATO E MARRECO POR ESTADO
Fonte: UBA / ABEF
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O setor de ovos em 2004
A produção nacional de ovos alcançou 23,8 bilhões
de unidades em 2004 – ou 2,34% mais do que foi produzi-
do em 2003. O principal fator para esse resultado foi a
manutenção de um plantel médio de poedeiras 3,5% maior
que o de 2003.
No ano passado, o consumo de ovos per capita atingiu
130 unidades/ano. Foi, portanto, maior que o de 2003, quan-
do alcançou 127 ovos/habitante/ano (o cálculo considera
uma população brasileira de 179,1 milhões de habitantes).
O Brasil continuou ocupando a sétima posição no ranking
mundial de produção de ovos, atrás da China, Estados Uni-
dos, Japão, Índia, Federação Russa e México.
Como aspectos positivos do segmento em 2004 devem
ser destacados a maior estabilidade dos custos de produção
(inferiores aos do ano anterior) e os preços mais remunera-
dores, especialmente no primeiro semestre. Em razão de os
preços do milho terem sido inferiores aos de 2003, verifi-
cou-se maior equilíbrio entre os custos de produção e os
preços praticados. Isso ocorreu de forma mais significativa
no período de janeiro a agosto.
O controle sanitário do plantel de postura tem sido
objeto de ações da Defesa Animal, tanto no âmbito federal
como no estadual. A sanidade das aves está mantida.
A indústria de produtos de ovos vem incrementando
sua atuação no comércio exterior e está presente nos conti-
nentes asiático, africano e europeu. Esse é o caminho para
o aumento da produção e do consumo, tendo em vista que
existem boas possibilidades de utilização dos produtos de
ovos como ingredientes das receitas de vários alimentos
industrializados.
No ano, as exportações brasileiras de ovos e seus produ-
tos alcançaram US$ 23,24 milhões, superando em 83% o
desempenho do ano anterior, que foi de US$ 12,67 milhões.
Para 2005, espera-se um crescimento da produção de
5% a 7% maior que a de 2004. Várias ações continuam
sendo necessárias para estimular a atividade e a demanda
por ovos no Brasil. Acredita-se que com um pequeno esfor-
ço, e mesmo grandes ações mercadológicas, o consumo
per capita poderia crescer 10%.
A prática de uma estratégia de marketing adequada é
o desafio a ser enfrentado pelo setor para seu crescimento.
São requisitos para isso, entre outros, a união da cadeia
produtiva para atingir a competitividade necessária no mer-
cado global; a desmistificação do assunto colesterol; a me-
lhor promoção das qualidades do ovo como alimento; maior
atuação nos pontos de venda; maior penetração nos ni-
chos dos mercados de refeições coletivas e comerciais, e o
incremento do uso dos produtos de ovos pela indústria ali-
mentícia e nos programas sociais.
No que se refere aos produtores, o estímulo e a renta-
bilidade da atividade decorrerão da produção em si, dos
custos do milho e da soja e da prática de descartes regulares
que equilibrem oferta e procura e mantenham o plantel
com alta produtividade.
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Consumo:130 ovosper capita.
O per capita foiestimadoconsiderando apopulaçãobrasileira de 2004projetada em179,1 milhões dehabitantes.
PRODUÇÃO DE OVOS NO BRASIL
Regiões/Estado
SUDESTE São Paulo 29.178.057 23.091.883 29.576.095 24.069.354 Minas Gerais 11.232.397 8.882.954 11.557.971 9.228.784 Rio de Janeiro 657.468 519.947 475.495 370.886 Espírito Santo 3.825.986 3.025.717 3.928.628 3.264.330 Sub-total 44.893.908 35.520.501 45.538.189 36.933.354 SUL Rio Grande do Sul 5.671.648 4.485.328 5.169.448 4.232.169 Parana 6.123.162 4.842.400 5.187.004 4.245.863 Santa Catarina 2.154.592 1.703.924 1.313.199 1.021.357 Sub-total 13.949.402 11.031.652 11.669.651 9.499.389 CENTRO-OESTE Goiás 3.968.569 3.138.477 4.371.270 3.509.591 Mato Grosso 1.140.667 902.077 1.478.417 1.153.165 Mato Grosso do Sul 903.028 714.144 1.136.899 986.781 Distrito Federal 617.861 488.625 600.341 468.266 Sub-total 6.630.125 5.243.323 7.586.927 6.117.803 NORDESTE Pernambuco 3.564.583 2.818.991 5.207.806 4.162.089 Ceará 2.385.097 1.922.948 2.896.687 2.259.416 Bahia 1.763.079 1.406.851 1.956.126 1.625.778 Rio Grande do Norte 1.425.833 1.127.596 1.432.555 1.117.393 Alagoas 253.481 200.462 590.763 460.795 Sergipe 388.143 306.957 522.455 407.515 Maranhão 198.032 156.611 170.100 132.678 Piauí 475.278 375.865 533.190 415.888 Paraíba 681.231 538.741 822.554 641.592 Sub-total 11.134.757 8.855.022 14.132.236 11.223.144 NORTE Acre 63.370 50.115 75.004 58.503 Amazonas 1.592.180 1.259.149 1.823.914 1.422.653 Pará 411.907 325.750 418.126 326.139 Rondônia 277.245 219.255 429.388 334.923 Roraima 87.134 68.909 196.440 153.223 Amapá 0 0 0 0 Tocantins 356.458 281.899 319.480 249.194 Sub-total 2.788.294 2.205.077 3.262.352 2.544.635 Total Brasil 79.396.486 62.855.575 82.189.355 66.318.325Fonte: UBA
PLANTEL DE POEDEIRAS
Total médio
CAIXAS DE 30 DÚZIAS
Por ano
PLANTEL DE POEDEIRAS
Total médio
CAIXAS DE 30 DÚZIAS
Por ano
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O setor de ovos em 2004
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81.000.000
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79.000.000
78.000.0002004
PLANTEL DE POEDEIRAS EM PRODUÇÃO
2003 2002
24.000.000.000
23.500.000.000
23.000.000.000
22.500.000.000
22.000.000.000
2004
OVOS(em unidades)
2003 2002
67.000.000
66.000.000
65.000.000
64.000.000
63.000.000
62.000.000
61.000.0002004
CAIXAS COM 30 DÚZIAS
2003 2002
PLANTEL DE COMERCIAIS E PRODUÇÃO DE OVOS
2004 64.331.164 17.858.191 82.189.355 23.874.597.460 66.318.3252003 62.687.762 16.708.724 79.396.486 22.628.007.000 62.855.5752002 62.343.145 19.248.002 81.591.147 22.737.135.600 63.158.710
Fonte: UBA
MÊSBrancas TotalVermelhas Total Total
Plantel de poedeiras em produção Ovos Caixas com 30 dúzias
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PLANTEL DE POSTURA COMERCIAL – 2004
Janeiro 47.260.768 15.734.337 17.154.543 80.149.648Fevereiro 48.419.323 15.040.887 17.392.062 80.852.272Março 49.198.138 14.111.491 17.419.728 80.729.357Abril 49.503.394 13.529.344 17.180.599 80.213.337Maio 49.990.775 13.694.634 17.163.423 80.848.832Junho 50.250.763 13.741.781 17.320.798 81.313.342Julho 50.765.466 13.742.212 17.835.185 82.342.863Agosto 50.747.363 13.705.027 18.147.561 82.599.951Setembro 50.865.541 14.102.735 18.511.724 83.480.000Outubro 50.882.638 14.312.863 18.664.888 83.860.389Novembro 50.789.884 15.168.947 18.730.878 84.689.709Dezembro 50.776.026 15.639.630 18.776.902 85.192.558
Fonte: UBA
MÊSBranco 1º ciclo TotalVermelho
Plantel MensalBranco com muda
PRODUÇÃO DE OVOS – 2004
Janeiro 1.523.221.656 414.796.843 4.231.171 1.152.213Fevereiro 1.435.469.946 393.408.439 3.987.417 1.092.801Março 1.530.826.817 421.209.024 4.252.297 1.170.025Abril 1.474.966.080 402.026.009 4.097.128 1.116.739Maio 1.539.913.203 415.011.559 4.277.537 1.152.810Junho 1.497.425.520 405.306.662 4.159.515 1.125.852Julho 1.541.239.407 445.304.642 4.281.220 1.236.957Agosto 1.588.014.720 460.882.696 4.411.152 1.280.229Setembro 1.623.862.426 447.613.486 4.510.729 1.243.371Outubro 1.631.877.120 451.316.880 4.532.992 1.253.658Novembro 1.654.658.074 452.912.630 4.596.272 1.258.091Dezembro 1.669.308.131 454.025.490 4.636.967 1.261.182Total 18.710.783.100 5.163.814.360 51.974.397 14.343.928
Fonte: UBA
MÊSBranco VermelhoBranco
Produção de unidadesVermelho
Produção cx. 30 dúzias
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O setor de ovos em 2004
OS 50 MAIORES PRODUTORES DE OVOS DE CONSUMOEMPRESAS LÍDERES DE POEDEIRAS EM 2004
PLANTELEMPRESA ESTADO MUNICÍPIO %
1 Grupo Saito SP Ibiúna/Avaré 1.600.000 1,878%
Grupo Saito Go Bela Vista 1.500.000 1,761%
Grupo Saito DF Brasília 600.000 0,704%
2 Granja Yabuta SP Bastos 3.000.000 3,521%
3 Mantiqueira MG Itanhandu 2.800.000 3,287%
4 Somai Nordeste MG Montes Claros 2.200.000 2,582%
5 Granja Shigueno SP Tatuí 1.200.000 1,409%
6 Granja Katayama SP Guararapes 1.200.000 1,409%
7 Cooperativa Agropecuária Serrana ES Santa Maria de Jetibá 1.200.000 1,409%
8 Emape CE Tianguá 420.000 0,493%
Emape CE Fortaleza 330.000 0,387%
Emape BA Barreiras 430.000 0,505%
Emape TO Araguaina 400.000 0,470%
9 Aviário Santo Antônio MG Nepomuceno 1.000.000 1,174%
Gaasa Alimentos Ltda. GO Inhumas 1.000.000 1,174%
Granja Sossêgo BA Entre Rios 1.000.000 1,174%
12 Avicultura Josidith CE Fortaleza 289.000 0,339%
Avicultura Josidith GO Leopoldo de Bulhões 680.000 0,798%
13 Ademar Kerckoff ES Santa Maria de Jetibá 900.000 1,056%
14 Granja Santa Clara MG Passa Quatro 750.000 0,880%
15 Granja Koga SP Bastos 700.000 0,822%
16 Edilson A Santos Jr. PE Paudalho 670.000 0,786%
17 Granja Shinoda SP Porto Feliz 600.000 0,704%
Granjas Tok SP Mogi das Cruzes 600.000 0,704%
Granja Kakimoto SP Bastos 600.000 0,704%
Granja Sumaré SP Sumaré 600.000 0,704%
Produovos SP Itirapina 600.000 0,704%
Grupo Berger ES Santa Maria de Jetibá 600.000 0,704%
Agropecuária Carnaúba AL União dos Palmares 600.000 0,704%
24 Avipal Nordeste S.A. BA São Gonçalo dos Campos 550.000 0,646%
25 Luiz Carlos Figueiredo e Outros PR Mandaguari 520.000 0,610%
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Fonte: UBA
OS 50 MAIORES PRODUTORES DE OVOS DE CONSUMOEMPRESAS LÍDERES DE POEDEIRAS EM 2004
PLANTELEMPRESA ESTADO MUNICÍPIO %
26 Yoshiharu Morishita SP Bastos 500.000 0,587%
Staglioto MT Campo Verde 500.000 0,587%
Granja Yorozuya SP Bastos 500.000 0,587%
Roberto Kiotaka Tsuru e Outros SP Bastos 500.000 0,587%
30 Supergema MG Pedro Leopoldo 450.000 0,528%
Agenor F. Silva PE Moreno 450.000 0,528%
32 Edgar Navais C. Araujo PE Orobó 440.000 0,516%
33 Companhia Minuano RS Lajeado 420.000 0,493%
34 Granja Áurea SC São José 412.000 0,484%
35 Granja Santa Marta MG Itanhandu 400.000 0,470%
Agro-Avícola Moresco Ltda. RS Nova Prata 400.000 0,470%
Tsunehiro Nakanishi e Outros SP Bastos 400.000 0,470%
Kazuhiko Ino e Outros SP Suzano 400.000 0,470%
Sumihiro Murakami SP Bastos 400.000 0,470%
Kenichi Iwata PE Goiana 400.000 0,470%
Ovomalta Ltda. PE Paudalho 400.000 0,470%
Walbauer RS Salvador do Sul 400.000 0,470%
SS Avicultura RN Natal 400.000 0,470%
Oscar Hayashida PR Arapongas 400.000 0,470%
45 Granja Regina CE Fortaleza 380.000 0,446%
46 Granja Mizohata SP Bastos 350.000 0,411%
Massashi Yokochi SP Bastos 350.000 0,411%
Inácio Shiba SP Bastos 350.000 0,411%
Granja Capuavinha SP Monte Mor 350.000 0,411%
50 Avícola Ledur Ltda. RS Lajeado 320.000 0,376%
Total Parcial 39.411.000 46,26%
Outros 45.781.000 53,74%
Total 85.192.000 100,00%
Continuação
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Dez anos de estrutiocultura no Brasil
Em 2005 serão completados dez anos desde a chega-
da ao Brasil dos primeiros reprodutores e matrizes de aves-
truzes destinados à criação comercial, procedentes dos Es-
tados Unidos e do sul do continente africano. E terão decor-
rido nove anos desde que foi fundada a ACAB – Associação
dos Criadores de Avestruzes do Brasil.
A atividade tem apresentado taxa de crescimento bas-
tante alta para os padrões das demais atividades do
agribusiness brasileiro, o que, até certo ponto, é caracterís-
tica das atividades em formação.
O papel da ACAB, entidade representativa da
estrutiocultura, foi fundamental nas discussões junto aos
órgãos regulamentadores (Ministério da Agricultura, Pecuá-
ria e Abastecimento, IBAMA e agentes da cadeia da avicul-
tura, representados pela União Brasileira de Avicultura –
UBA), tendo por objetivos a total regulamentação da ativi-
dade, sua inserção no Plano Nacional de Sanidade Avícola
e a conscientização dos produtores.
A grande conquista da estrutiocultura nacional ocor-
reu com a publicação da Instrução Normativa no 2, edita-
da pelo MAPA em fevereiro de 2003, que regulou todas as
normas de criação de ratitas no Brasil.
Decorridos dez anos, o país já ocupa lugar de desta-
que na estrutiocultura mundial. E o segmento tem a con-
vicção de que, em poucos anos, o Brasil será o maior player
mundial da industria do avestruz.
A forte procura por aves reprodutoras, para a forma-
ção do plantel, tem mantido aquecido o mercado matrizeiro.
Ao mesmo tempo, a estrutura de organização do segmento
se torna cada vez mais forte, com a criação de diversas
associações regionais e estaduais de criadores de avestruz.
Os abates tiveram início em 2001, ainda em pequena
escala; mas crescem exponencialmente, principalmente no
Estado de São Paulo, onde já funcionam três frigoríficos
com SIF, destinados ao abate de avestruz. Um deles foi
construído e está sendo utilizado exclusivamente para essa
finalidade.
Assim, a industria do avestruz se estrutura a largos
passos, graças à iniciativa dos empreendedores e aos fortes
investimentos de agentes da cadeia produtiva. A ACAB tem
papel importante no processo para a total normatização,
por parte dos órgãos oficiais, dos abates específicos de aves-
truzes. Isso vai exigir uma série de discussões e etapas que
deverão ser superadas.
São muito grandes as perspectivas de o Brasil entrar
no mercado exportador já em 2005. Em parte, isso será
conseqüência de problemas sanitários existentes na África
do Sul, país líder do mercado. Mas o principal fator é a
competência dos agentes que compõem a cadeia produtiva.
Já existe demanda para a exportação imediata de 20.000
avestruzes, o que reforça, ainda mais, o papel que a ACAB
deve desempenhar no processo de normatização, de modo
a atender às necessidades prementes de seus associados.
Recente visita realizada a várias fazendas produtoras
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e a frigoríficos de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, por
representantes da Klein Karoo – empresa sul-africana, lí-
der mundial do mercado de carne, couro e plumas –, de-
monstrou o reconhecimento e o espaço que a estrutiocultura
brasileira tem conquistado no mercado mundial.
O processo de regionalização, dentro do Plano Nacio-
nal de Sanidade Avícola, tem mobilizado técnicos e produ-
tores para agilizar sua implantação na estrutiocultura.
Para 2005, a ACAB programou uma série de ativida-
des visando à conscientização de toda a cadeia produtiva
sobre a necessidade de implantar as medidas previstas no
PNSA. A participação nos eventos da avicultura nacional é
meta da atual diretoria, seja para a completa inserção da
estrutiocultura na cadeia avícola, seja para o estreitamento
REBANHO BRASILEIRO DE AVESTRUZ (em cabeças)
Região 2003 2004 2005(*) (%)
SUDESTE 51.200 65500 150.000 39%NORDESTE 24.000 44000 80.000 21%CENTRO-OESTE 21.000 34500 85.000 22%SUL 12.000 16000 35.000 9%NORTE 11.800 15000 30.000 8%TOTAL 120.000 175000 380.000 100%
(*)Previsão
REBANHO BRASILEIRO400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2003
2004
2005 (Previsão)
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Dez anos de estrutiocultura no Brasil
NÚMERO ESTIMADO DE CRIADORES DE AVESTRUZ
Unidade da Federação
São Paulo 700 700 735Paraná 200 250 275Bahia 120 220 242Rio Grande do Sul 150 200 220Goiás 60 100 110Santa Catarina 40 100 110Rio de Janeiro 40 90 99Mato Grosso do Sul 85 85 93,5Ceará 32 80 88Minas Gerais 30 50 55Mato Grosso 40 40 44Distrito Federal 40 40 42Pernambuco 20 30 31,5Alagoas 20 30 31,5Rio Grande do Norte 10 30 31,5Paraíba 10 20 21Tocantins 5 20 22Rondônia 5 20 21Maranhão 5 20 21Espírito Santo 20 21Sergipe 5 10 11Demais (+margem de erro embutida) 83 45 47Total de criadores no Brasil 1700 2.200 2.372
(*)Previsão
Número provável decriadores em 2003
Número provável decriadores em 2004
Número provável decriadores em 2005(*)
das relações com os órgãos governamentais e reguladores.
A busca por investimentos e linhas de créditos tam-
bém se faz necessária para o crescimento do setor.
Igualmente importante é o apoio dos associados da
QUANTIDADE DE AVESTRUZES ABATIDAS E PRODUÇÃO DE CARNEANO 2002 2003 2004 2005(*)
AVES ABATIDAS 100 811 1750 10.000KG DE CARNE 3 24,33 50,75 290COURO 90 800 1700 10.000
(*)Previsão
ACAB e, principalmente, o apoio que o segmento vem rece-
bendo da UBA. Tal cooperação é fundamental para que, em
curto prazo de tempo, a estrutiocultura possa agregar valores
ao desempenho da avicultura na pauta de exportação.
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Em 2004, a produção e o consumo de milho perma-
neceram estáveis na maior parte do ano. Em relação a
preços e volumes, os produtores não tiveram grandes pro-
blemas para manter em sincronia a demanda por seus
produtos e a oferta de insumos pelo mercado.
Para o próximo ano, a Conab prevê uma oferta em
torno de 43,8 milhões de toneladas de milho e de produtos
alternativos, frente a um consumo estimado de cerca de
40,l milhões de toneladas.
Para chegar ao consumo estimado, a Conab compu-
tou o volume previsto de 29,1 milhões de toneladas de mi-
lho a serem produzidas na safra 2004/2005, mais 8,7 mi-
lhões de toneladas de milho da safrinha 2005, mais 4,0
milhões de toneladas remanescentes do estoque total de 5,0
milhões de toneladas, carregado de 2004, e mais cerca de
2,5 milhões de toneladas de produtos alternativos como
sorgo, triticale, farelo de polpa cítrica e milheto. Ter-se-á
assim o volume total de 43,8 milhões de toneladas.
Na realidade, embora o estoque de milho carregado
de 2004 seja da ordem de 5,0 milhões de toneladas, sabe-se
que nos primeiros meses de 2005 serão exportadas de 800
mil a 1,0 milhão de toneladas, o que reduzirá essa reserva
para cerca de 4,0 mihões de toneladas.
Considerando aquele consumo esperado de 40,1 mi-
lhões de toneladas, estaria configurada uma situação rela-
tivamente confortável no abastecimento do mercado inter-
no. No entanto, a Conab avalia que o Brasil ainda vai
exportar, da safra 2004/2005, mais 2,0 a 2,5 milhões de
toneladas, para países vizinhos. Essa demanda é concreta e
especialmente atraente para os produtores paranaenses das
regiões mais próximas ao Porto de Paranaguá.
Desta forma, se todas essas previsões se confirmarem,
o Brasil deverá chegar ao fim de 2005 com um estoque de
milho da ordem de apenas 2,0 milhões de toneladas, con-
siderado muito baixo, pois representa menos de um mês do
consumo interno.
Ainda assim, a Secretaria de Política Agrícola do MAPA
acredita que o abastecimento do mercado em 2005 será
“razoavelmente bom”, mesmo que ocorra uma quebra na
produção na próxima safrinha. No entanto, a Secretaria
alerta para a possibilidade de ocorrerem crises localizadas
de abastecimento, principalmente em função dos proble-
mas climáticos enfrentados pelo Estado do Rio Grande do
Sul. Os produtores gaúchos poderão ter de se socorrer da
produção de estados mais próximos, como Paraná, Santa
Catarina e, talvez, Mato Grosso do Sul, o que ocasionaria
alguma pressão sobre o comportamento dos preços. Nesse
caso, porém, a importação de milho argentino se colocará
como solução alternativa.
Desde já, a Conab estima que no próximo ano pode-
rão entrar no mercado brasileiro (especialmente no Nor-
deste e no Rio Grande do Sul) entre 1,0 e 1,5 milhão de
toneladas de milho argentino. Deve-se observar que, a par-
tir de 2005, as importações do produto passarão a depender
Mercado de insumos
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DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE MILHO
de autorização direta do CTNBio, encarregado de anali-
sar, caso a caso, os pedidos de compras. Permanece tam-
bém a possibilidade de importação de reduzidos volumes
de sorgo.
A propósito de produtos alternativos, o Gerente de Pro-
dução da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, Sílvio
Farnesi, avalia que em 2005 o Brasil poderá contar com
cerca de 2,0 milhões de toneladas de sorgo e 500 mil tone-
ladas de triticale, farelo de polpa cítrica e milheto. Farnesi
acredita que o mercado brasileiro absorverá essa produção
local para complementar a utilização de milho.
Portanto, segundo ele, no aspecto global o mercado
continuará abastecido e em situação até relativamente
melhor do que estaria se fosse considerada exclusivamente
a produção de milho.
O Secretário de Política Agrícola prevê que em 2005 os
preços internos do milho terão como teto a paridade com os
preços do produto importado. Ou seja, se houver tendência
de elevação acentuada nos preços do produto nacional, as
importações irão funcionar como fator de regulação, já
que o mercado internacional deverá dispor de boa oferta.
Também a safrinha de 2005 será determinante do compor-
tamento dos preços: como não deverá haver folga de pro-
dução na safra 2004/2005, a tendência é os produtores
reterem o produto até o fim do primeiro semestre, para só
então decidir quando comercializar seus estoques.
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* Previsão
** Inclui Avós e Matrizes
Fonte: UBA
AVICULTURA – DEMANDA DE MILHO(em 1.000 toneladas)
2003 2004 2005*
Frango de Corte ** 13.403,9 14.516,4 15.285,7Postura Comercial ** 2.116,9 2.193,1 2.302,7Peru 572,4 663,2 696,3TOTAL 16.093,2 17.372,7 18.284,7
AVICULTURA – DEMANDA DE FARELO DE SOJA(em 1.000 toneladas)
2003 2004 2005*
Frango de Corte ** 4.843,3 5.245,3 5.523,3Postura Comercial ** 631,5 654,2 686,9Peru 257,1 297,9 312,7TOTAL 5.731,9 6.197,4 6.522,9
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE GRÃOS2003/2004 (realizada) – 2004/2005 (estimada)
2003/04
Algodão em caroço 2.099,2 2.232,9 6,4 1.100,0 1.151,8 4,7Algodão em pluma 1.309,4 1.392,3 6,3 - - -Amendoim 217,3 280,1 28,9 98,2 115,7 17,8Arroz 12.808,2 12.809,4 0,0 3.649,5 3.771,2 3,3Aveia 411,0 411,0 - 299,2 299,2 -Centeio 3,5 3,5 - 2,6 2,6 -Cevada 367,2 367,2 - 137,1 137,1 -Feijão 2.994,4 2.837,5 -5,2 4.286,2 3.910,4 -8,8Girassol 82,0 82,2 - 52,8 52,8 -Mamona 106,1 147,9 39,4 164,9 189,4 14,9Milho total 42.191,5 37.883,0 -10,2 12.822,0 12.296,7 -4,1(1ª safra) 31.617,3 28.162,0 -10,9 9.465,3 9.194,8 -2,9(2ª safra) 10.574,2 9.721,0 -8,1 3.356,7 3.101,9 -7,6Soja 49.770,1 51.719,3 3,9 21.275,7 22.853,5 7,4Sorgo 2.021,8 1.918,4 -5,1 899,3 850,9 -5,4Trigo 5.851,3 6.021,6 2,9 2.464,2 2.756,3 -Triticale 228,6 228,6 - 101,0 101,0 -Brasil* 119.152,2 116.942,6 1,9 47.352,7 48.488,6 2,4
Fonte: CONAB/ Estimativa 02/2005
Produção de grãos(em 1.000 toneladas)
2004/05 Var. (%) 2003/04 2004/05 Var. (%)
Área plantada(em 1.000 hectares)
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BALANÇO DE OFERTA E DEMANDA REGIONAL DE MILHO – SAFRA 2004/2005(em 1.000 toneladas)
Estados Produção Consumo Saldo
Fonte: CONAB/UBA
Paraná 9.780 7.300 2.480Gois e Distrito Federal 3.316 2.800 516Mato Grosso do Sul 2.105 800 1.305Mato Grosso 2.950 800 2.150Minas Gerais 6.016 4.000 2.016Norte/Nordeste 3.684 4.500 -816Rio Grande do Sul 2.163 5.500 -3.337São Paulo 4.106 6.600 -2.494Santa Catarina 3.614 6.400 -2.786Outros 149 1.400 -1.251Fluxo 37.883 40.100 -2.217
PRODUÇÃO NACIONAL DE RAÇÕES(em mil toneladas por espécie)
Avicultura 17.141,0 19.236,7 20.177,6 21.755,6 23.144,8 24.190,0 24.923,5 26.557,3Corte 14.639,3 16.139,6 16.865,9 18.046,5 19.194,8 20.250,0 20.841,7 22.271,4Postura 2.501,7 3.097,1 3.311,7 3.709,1 3.950,0 3.940,0 4.081,8 4.285,9Suínos 9.870,8 9.425,4 10.085,2 12.050,3 12.590,1 13.221,9 12.553,8 12.788,0Bovinos 1.599,1 2.069,6 2.468,7 2.981,8 3.619,8 3.880,0 5.165,0 5.939,7Pet Food 750,0 950,0 1.000,0 1.172,0 1.234,0 1.300,0 1.430,7 1.502,0Eqüinos 264,2 282,0 320,0 340,0 360,0 378,0 300,0 300,0Aqüicultura 80,0 99,1 126,8 162,0 202,3 247,5 260,0 270,0Outros 397,8 444,1 280,0 350,0 443,1 470,0 300,0 300,0TOTAL 30.102,0 32.506,9 34.458,3 38.811,7 41.594,1 43.687,4 44.933,0 47.657,0
Fonte: Sindirações/UBA * Previsão
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005*
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OFERTA E DEMANDA MILHO(em 1.000 toneladas)
Fonte: CONAB/UBA
1997/1998 9.548,6 30.187,8 1.765,1 41.501,5 35.000,0 3,5 6.498,01998/1999 6.498,0 32.393,4 796,9 39.688,3 35.000,0 8,3 4.680,01999/2000 4.680,0 31.640,9 1.759,2 38.080,1 34.480,0 62,1 3.538,02000/2001 3.538,0 42.289,3 548,8 46.376,1 36.135,5 5.917,7 4.322,92001/2002 4.322,9 35.280,7 362,4 39.966,0 36.410,0 2.509,0 1.047,02002/2003 1.047,0 47.410,9 806,6 49.264,5 38.700,0 3.969,3 6.595,22003/2004 6.595,2 42.191,5 299,4 49.086,1 39.400,0 4.769,4 4.916,72004/2005 4.916,7 37.883,0 1.000,0 43.799,7 40.100,0 2.000,0 1.699,7
Safra Estoque Inicial Produção Importação Suprimento Consumo Exportação Estoque Final
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Antônio Ernesto de Salvo
Presidente do Conselho Superior de Agricultura e Pecuáriado Brasil (RuralBrasil) e da Confederação Nacional daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
A agropecuária pecuária não
cresceu em ritmo tão acelerado, em
2004, como em anos anteriores,
quando chegou a superar a mé-
dia geral da economia. O Produto
Interno Bruto (PIB) da agrope-
cuária aumentou apenas 3%, fren-
te a uma expansão estimada de
4,5% para o conjunto da economia. Contribuíram para
essa desaceleração a quebra da safra de grãos, com perdas
de 10 milhões de toneladas, além do forte aumento dos
preços dos insumos. Mas, apesar das dificuldades, o campo
continuou garantindo uma balança comercial positiva,
empregando mais gente e oferecendo comida mais barata
ao consumidor. Segundo o Índice de Preços ao Consumi-
dor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-
Fipe), o preço da alimentação caiu 1,78%, entre janeiro e
novembro de 2004, em termos reais.
Na área externa, a previsão é de superávit comercial
de US$ 33 bilhões da balança agropecuária brasileira, fru-
to de US$ 38 bilhões de exportações e US$ 5 bilhões em
importações. As boas notícias envolveram também a ge-
ração de oportunidades de trabalho. A estimativa é de que
o resultado acumulado do ano registre entre 90 mil e 100
mil novos empregos rurais, frente aos 58 mil novos em-
pregos gerados em 2003.
Para 2005, no entanto, a palavra de ordem é prudên-
cia. As perspectivas são pouco animadoras; o aumento
mundial da produção e a existência de grandes estoques
tendem a contribuir para a derrubada dos preços das
commodities. O crescimento brasileiro é pequeno e os pre-
ços dos insumos agropecuários subiram demais. É hora de
fazer contas, olhar com cuidado. Não vamos parar de cres-
cer, nem parar de produzir. Vamos até aumentar a produ-
ção, mas com muito cuidado.
O segmento de carnes como um todo (aves, bovinos,
suínos) foi destaque em 2004. Entre janeiro e dezembro, o
setor comercializou 4,33 milhões de toneladas no mercado
externo, com faturamento de US$ 6,1 bilhões. Ao contrário
do que ocorre no mercado de grãos, o cenário para o seg-
mento de carnes é de estabilidade em 2005, pois não há
tendência de queda substancial de preços. Para as
commodities agrícolas, entretanto, o anúncio da
superssafra nos Estados Unidos já começou a derrubar pre-
ços no final deste ano. Nem mesmo a estimativa inicial de
uma safra brasileira de 128,8 milhões de toneladas, frente
aos 119,2 milhões de toneladas do ano agrícola 2003/204,
deverá compensar a queda dos preços das commodities.
Isso significa perda de renda para o produtor. As projeções
dos indicadores CNA/Cepea/USP (Centro de Estudos Avan-
Fazer as contas e crescer com prudência
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çados em Economia Aplicada da Universidade de São Pau-
lo), que indicam a remuneração da atividade rural, são de
apenas 2,2% para o PIB da atividade primária da
agropecuária, em 2005.
Um dos principais problemas enfrentados no campo
em 2004 foi a alta dos preços dos insumos, movida em
parte pela alta dos preços do petróleo. Entre janeiro e julho,
os fertilizantes ficaram em média 17% mais caros, enquanto
o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)
– subiu 8%. Os fungicidas utilizados para combater a ferru-
gem asiática nas lavouras de soja, além da oferta insuficiente
para atender à demanda, apresentaram altas de 50% a 90%
em julho, em comparação aos preços cobrados em janeiro.
Os insumos subiram de preço e esqueceram de voltar.
Mas o Brasil tem boas perspectivas para a área de
proteínas animais: aves, carne bovina e suína. Em 2004,
obteve-se superávit na balança comercial de lácteos, rever-
tendo-se a histórica tradição de forte importação nesse seg-
mento. Entre janeiro e dezembro, o superávit da balança
de lácteos foi de US$ 11,5 milhões, frente ao saldo negativo
de US$ 63,8 milhões registrado em igual período de 2003.
Mas temos problemas na área de grãos. É preciso olhar o
Custo Brasil, ver onde o produtor está localizado porque,
conforme o lugar, esse custo pode aumentar e até tornar
inviável a produção. Teremos certamente um ano mais
difícil do que o de 2004, mas com a esperança de que seja,
ainda, de crescimento.
Um dos indicadores das dificuldades a serem enfren-
tadas é a estimativa de exportações de soja, que devem
render divisas de US$ 9 bilhões em 2005, frente aos US$ 10
bilhões de 2004. A previsão de queda no faturamento se
deve à redução dos preços médios pagos pelo grão, e não à
queda da produção. A produção nacional de soja deverá
subir de 49,7 milhões de toneladas, na safra 2003/2004,
para no mínimo 59,5 milhões de toneladas, em 2004/2005.
A produção aumenta porque produtores de culturas como
milho receberam preços tão baixos em 2004 que deverão
migrar para a soja, preferindo optar por uma lavoura que,
apesar da queda de preço, tem liquidez e valores sustenta-
dos internacionalmente.
O Governo precisará adotar ações mais fortes em po-
líticas de sustentação de preços, para evitar perdas ainda
maiores de renda no campo. Em 2004, o crédito agrícola
foi escasso e chegou tarde às mãos dos produtores, dificul-
tando o planejamento do cultivo e prejudicando a produti-
vidade. Embora o Rural Brasil (Conselho Superior da Agri-
cultura e Pecuária do Brasil) tenha alertado para a neces-
sidade de liberação de R$ 56,2 bilhões de crédito rural, com
juro equalizado, para atender à safra 2003/2004, o Gover-
no anunciou, em seu plano de safra, a oferta de apenas
R$ 17,7 bilhões, pouco mais de 30% do necessário. Para
2005, será preciso compensar a perda de renda do produ-
tor, sob o risco de comprometer o crescimento da produ-
ção nos próximos anos.
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Metas e objetivos para 2005
• Fortalecimento da indústria avícola por meio de maior participação associativa
• Acompanhamento permanente da produção, do abastecimento de insumos e dos mercados avícolas nacional e
internacional
• Promoção de ações visando manter e melhorar ainda mais a sanidade e a qualidade do produto avícola brasileiro
• Ações por maiores recursos para a defesa animal
• Ações para aprovação do Projeto de Regionalização Sanitária da Avicultura
• Implementação do Fundo de Indenização Sanitári a da Avicultura – FISA
• Treinamento simulado para técnicos dos setores público e privado nas ações emergênciais em casos de foco de
Influenza Aviária e Doença de Newcastle
• Estímulo à competitividade no setor
• Realização de seminários e reuniões para treinamento de técnicos
• Acompanhamento das reuniões do Codex Alimentarius sobre Higiene de Alimentos e Resíduos
• Integração ainda mais estreita do segmento com a sociedade
• Respeito aos princípios éticos
• Acompanhamento das ações do Executivo, Legislativo e Judiciário, no interesse da avicultura brasileira
• Continuidade das ações contra a elevação da carga tributária e por um modelo tributário justo, visando à
desoneração do produto alimentício
• Acompanhamento das reformas trabalhista e política
• Assistência permanente aos trabalhos da Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara de Deputados, e jun-
to aos demais poderes, quando do interesse da avicultura
• Ações no Congresso para aprovação do Projeto das Integrações
• Regulamentação do Projeto 9712/98, para padronização das inspeções federal, estaduais e municipais
• Edição do Relatório da UBA 2005/2006
• Organização do 19º Congresso Brasileiro da Avicultura, no Palácio Itamaraty, em Brasília, previsto para outubro
de 2005
4ª capa
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