CAMPANHA
INFLUENZA 2019
EAPV
RECORDANDO OS PONTOS BÁSICOS DA
NOTIFICAÇÃO / INVESTIGAÇÃO DE EAPV E EI
Os EAPV são qualquer ocorrência clínica indesejada após a
vacinação e que, não necessariamente, possui uma
relação causal com o uso do imunobiológico
O EAPV moderados, graves e inusitados devem ser
registrados no Módulo de Eventos Adversos Pós Vacinação
do SIPNI para que possam ser analisados, quando possível
estabelecer a causalidade e indicar a conduta adequada
ETAPA 1 - NOTIFICAÇÃO
ETAPA 2 - INVESTIGAÇÃO
ETAPA 2 - INVESTIGAÇÃO
IMPORTANTE
Não temos condições de encerrar caso onde não tenha sido preenchida a
investigação
Para análise temos que considerar os antecedentes (de EAPV anteriores, doenças
pré existentes, medicações em uso etc.)
O preenchimento deve refletir o quadro clínico com a marcação das manifestações
e sua duração
Nos casos graves :
❖ Caracterização do atendimento hospitalar
❖ Resultado de exames laboratoriais
❖ Registro da evolução (se houve hospitalização, informes de prontuário ou relatório
de alta)
ETAPA 3 – ENCERRAMENTO ESTADUAL OU
NACIONAL
CAUSALIDADE E AVALIAÇÃO DA CAUSALIDADE
Causalidade
• É a relação entre os eventos (a causa e o efeito), em que o segundo evento é uma consequência do primeiro.
Avaliação da causalidade
• Determinar se existe esta relação e emque grau.
Por que realizar a avaliação de causalidade?
Para evitar concluir automaticamente que:
“evento ocorreu depois da vacinação, portanto, ocorreu devido à vacinação”…
A melhor evidência é o ensaio
aleatório que compara os eventos
adversos pós-imunização em
grupos vacinados e não vacinados.
Mas…nunca são grupos suficientemente grandes para detectar eventos
raros.
Unvaccinated group
A1 Reação inerente
ao produtor, segundo literatura
EXEMPLO
Edema local extenso
após a DTP
A2Reação
relacionada à qualidade do
produto
EXEMPLO
Casos de polio
paralítica devido a
inativaçãoinadequada
do vírusdurante a fabricaçãoda vacina
A3Erro de imunização
EXEMPLO
Transmissãoda infecção
por umfrasco
multidosecontaminado
A 4Reação de ansiedade
relacionado à imunização
EXEMPLO
Síncope vasovagal emadolescentes
após a vacinação
C1/ C2
Condiçõessubjacentes ouemergentes / Causadas poroutros fatores
EXEMPLO
Diarreia comsangue por mais de 15
dias pós VRH onde se faz diagnóstico
de APLV
Classificação de Causalidade
B2 Reação
temporal consistente,
sem evidenciana literatura
EXEMPLO
Caso de ocorrencia
de rabdomioliseapós vacinade influenza
B2Reação Dados da investigaçãosão conflitantes
em relação a causalidade
EXEMPLO
D1Inclassificável
EXEMPLO
Morte súbita em domicilio, sem apoio de
SVO para establecer diagnóstico
Classificação de Causalidade
VACINAS FLU 3v
As vacinas influenza tem perfil de segurança excelente e
são bem toleradas. Elas são constituídas por vírus
inativados, fracionados e purificados, portanto, não
contém vírus vivos e não podem causar a doença
VACINA INFLUENZA E EVENTOS ADVERSOS
A maioria dos EAPV associados a FLU 3 não são graves:
➢ Eventos locais como dor, eritema e enduração ocorrem em15% a 20% dos vacinados, sendo resolvidas em 48 h.Devem ser acompanhadas e só notificadas as mais intensas
➢ As manifestações sistêmicas são geralmente benignas eauto limitadas, as mais referidas são febre, mal-estar emialgia que podem começar de 6 a 12 h após o uso emcerca de 10 % dos vacinados
➢ Podem ocorrer também reações de hipersensibilidade aoproduto de intensidade variável
EVENTOS NÃO GRAVES FLU 3V
2017 - 2018EVENTOS 2017 2018
REAÇÕES LOCAIS 47 80
M. SISTÊMICAS LEVES (CEFALÉIA, MIALGIA, FEBRE ETC.) 33 54
R. DE HIPERSENSIBILIDADE LEVE 19 46
LINFADENOPATIAS - 02
SÍNCOPE - 02
PSEUDO PARALISIA 01 01
ASSOCIADAS A OUTRAS VACINAS 02
CONDIÇÕES CAUSADAS POR OUTROS FATORES 02 09
EM INVESTIGAÇÃO - 05
APENAS NOTIFICADOS - 03
TOTAL 103 204
EVENTOS GRAVES
NOTIFICADOS 2017 - 2018
EVENTOS 2017 2018
CONVULSÃO 04 04
CONVULSÃO ASSOCIADO PENTA/DTP 04 01
REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE GRAVE - 02
REAÇÃO LOCAL COM HOSPITALIZAÇÃO - 01
RABDOMIÓLISE 01 -
PARALISIA FACIAL 01 -
S. RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE - 06 (01 EVOLUIU OBITO)
OUTRAS ASSOCIAÇÕES TEMPORAIS
(ERITRODERMIA,ESTAFILOCOCCIA, GNDA)
03 (01 EM INVESTIGAÇÃO)
ÓBITOS EM ASSOCIAÇÃO TEMPORAL CAUSAS DIVERSAS 02 02
12 19
ANÁLISE DE CASO 1
Cliente de 04 anos, apresentou febre cerca de 8 h após administração da
vacina FLU 3v que permaneceu por 48 h. Cerca de 72 horas após vacina,
evoluiu com desconforto respiratório, baixa saturação de O2, atendida em
hospital municipal foi referenciada para o HEC, onde foi internada em UTI
com suporte ventilatório, fazendo uso de oseltamivir. Realizada coleta de oro
e nasofaringe sendo positiva para influenza A (H1N1)
Causalidade - Condições causadas por outros fatores.
Justificativa e recomendações –
A vacina influenza é composta de diferentes cepas de Myxovírus influenzae
inativados, fragmentados e purificados, não pode portanto ocasionar sintomas da
doença que está protegendo. Lembramos que para que a vacina confira
imunidade é necessário um tempo de pelo menos 15 dias para formação da
proteção imune. Recomendamos portanto que a criança seja vacinada
anualmente.
ANÁLISE DE CASO 2
Cliente de 10 m sem doenças pré existentes, recebeu as vacinas FA e FLU 3v
cerca de 6 horas após apresentou urticária sendo levada pela família a US,
sendo medicada com anti histamínicos, com melhora. 42 h após apresentou
manifestações dermatológicas mais intensas: lesões urticariformes e manchas
escuras em tronco e MMII, evoluindo com choro, inquietação e vômitos.
Referenciado a Hospital Regional onde permaneceu em tratamento por quatro
dias, recebendo alta sem sequelas.
Caso encerrado pelo grupo técnico do Ministério da Saúde classificado como
urticária gigante, sendo contra indicadas as vacinas FA e INF 3v e
recomendado que a administração das demais vacinas seja feita com
precaução do processo alérgico
ANÁLISE DE CASO 3
Cliente de 11 a, residente em área indígena, apresentou convulsão afebril com
duração de cerca de 3 minutos.
Durante investigação foi apurado que apresentou crise convulsiva aos 8 anos e ao
longo do tempo, apresentava episódios esparsos de intensidade leve, porém não
fazia uso contínuo de anticonvulsivante. Nos dias que antecederam a vacina
apresentou tremores e outras manifestações motoras e cerca de 13 horas após a
vacina apresentou uma crise mais intensa e duradoura sendo hospitalizada por 5 dias.
Na alta, foi referenciado para neuropediatra que diagnosticou epilepsia e indicação
de uso contínuo de anticonvulsivante
CAUSALIDADE – Condições subjacentes ou emergentes.
RECOMENDAÇÕES - A ocorrência de crise convulsiva em associação com a vacina
influenza é extremamente rara, salvo em clientes com condição neurológica. Nossa
orientação é que em novas doses seja observado se o uso de anticonvulsivante está
ocorrendo e que a vacina seja feita no período da manhã, para melhor
acompanhamento, utilizando antitérmicos, caso necessário, sob prescrição médica.
ANÁLISE DE CASO 4
Cliente de 81 anos, feminina, com diagnóstico de psoríase há 5 anos, em
acompanhamento médico. Recebeu FLU 3v e 48 h após apresentou hiperemia
e coceira nos olhos, prurido e urticária, sendo atendida em hospital local
sendo tratada como reação alérgica, alta após 2 dias em uso de celestamine.
Alguns dias depois o quadro dermatológico retorna, procura a UPA com alívio
momentâneo da sintomatologia após medicação. Cerca de 15 dias após
apresentou febre e intensificação das placas vermelhas, prurido, anasarca,
leucocitose, dor abdominal difusa e um episódio de diarreia sanguinolenta.
Procurou hospital sendo regulada para o HUPES. Relata que durante o
internamento, na vigência do quadro infeccioso, apresentou oligúria sendo
utilizada sonda vesical. Refere fraqueza em MMII ao andar. Recebeu alta
clinicamente bem e hemodinamicamente estável. Diagnóstico: Eritrodermia
esfoliativa (agravamento da psoríase? Reação medicamentosa? Reação à
vacina? Micose fungóide?)
ANÁLISE DE CASO 4 - continuação
Causalidade – relação temporal consistente mas sem evidência na literatura
Justificativa / Recomendação - A eritrodermia esfoliativa é uma síndrome
rara, responsável por eritema e descamação difusos. Doenças cutâneas como
a psoríase, podem ser uma das causas do seu aparecimento, também pode
estar relacionada ao uso de medicações (penicilina, fenitoína e barbitúricos
são os mais citados na literatura) e muitas vezes a causa subjacente não pode
ser identificada. As vacinas não são referidas na literatura médica que
encontramos, entretanto, não podemos afastá-las completamente como
reação causal. Desta forma, nossa orientação é que as próximas vacinas
desta cliente sejam indicadas e realizadas sob supervisão médica no Centro
de Referência de Imunobiológicos Especiais preferencialmente no CRIE UFBA /
HUPES, pois o histórico médico da cliente já se encontra neste hospital ou
CRIE / Instituto Couto Maia.
ERRO DE IMUNIZAÇÃO
Todos os EI devem ser acompanhados e registrados, para
que ocorra a orientação em relação a conduta
Nos registro dos EI sem EAPV, é feita apenas a notificação,
mas deve haver uma descrição do erro (campo evento
adverso) para facilitar a análise
Nos EI com EAPV deve ser realizada e registrada a
investigação
ERROS DE IMUNIZAÇÃO
INFLUENZA 2018
ERRO DE IMUNIZAÇÃO NUMERO
REPETIÇÃO DESNECESSÁRIA DE DOSE 09
DOSE ACIMA DO PRECONIZADO 03
INTERVALO INADEQUADO ENTRE DOSES 02
VACINA FORA DA FAIXA ETÁRIA 01
TROCA DE VACINA 01
TOTAL 16
“
”
Vacina é proteção e qualidade
de vida para toda família”
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