2
1540” o que muito nos
orgulhou.
Na conferência “Cidades
pela Retoma” que ocorreu
no último dia de Novembro,
subordinada ao tema Revita-
lização Urbana e Comércio
Local lançou-se a iniciativa
“Estamos na Baixa” que visa
combater o elevado número
de lojas devolutas na baixa
farense e facilitar a abertura
de lojas com valências dife-
rentes das tradicionais e que
possam ser uma evidente
mais valia para o fortaleci-
mento do comércio local. A
receptividade tem sido bas-
tante boa e o processo de
entrega de candidaturas
termina a 25 de Janeiro,
pelo que ainda há tempo
para que os interessados
avancem com o seu projec-
to.
Boa leitura!
Caros Associados,
Em primeiro lugar desejo em
meu nome e em nome da
Direcção da “Faro 1540” um
bom ano 2013 e que este
fique bem acima das vossas
expectativas.
Tal como já vem sendo hábito
apresentamos o boletim
informativo referente ao últi-
mo trimestre de 2012, que
veio a demonstrar-se um dos
trimestres mais activos da
nossa associação. Para além
do Seminário de Reabilita-
ção Urbana e Desenvolvi-
mento Sustentável, estes
últimos 3 meses contaram
com abertura da nossa
sede com um conjunto
diversificado de aulas e
workshops, que absorveu
quase na totalidade o nosso
tempo disponível. Destaca-
se as aulas de alemão
(iniciação), o inglês
(conversação), as aulas de
guitarra, de burlesco, de
kizomba e danças latinas a
que se juntou o workshop
de Reiki (nível I) e de bom-
bons de chocolate.
Tivemos o nosso tradicional
jantar de natal que contou
com a apresentação do tra-
balho que originou o livro
da autoria de Fernando Pes-
sanha “A Cidade Islâmica de
Faro” que contou com o
apoio directo da “FARO
Mensagem do Presidente
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO
Bruno Lage
DESIGN
Nuno Antunes
COORDENAÇÃO
Idália Sebastião
REDACÇÃO
Bruno Lage
Idália Sebastião
PAGINAÇÃO
Bruno Lage
REVISÃO
Idália Sebastião
MENSAGEM DO PRESIDENTE 2
SEDE DA “FARO 1540”: O ANTES E O DEPOIS
3
3º SEMINÁRIO DE REABILITA-
ÇÃO URBANA E DESENVOLVI-
MENTO SUSTENTÁVEL
6
CONFERÊNCIA “CIDADES PELA RETOMA” - REVITALIZAÇÃO URBANA E COMÉRCIO LOCAL
12
AS ACTIVIDADES NA NOVA SEDE
15
JANTAR DE NATAL COM A APRESENTAÇÃO DO LIVRO “A CIDADE ISLÂMICA DE FARO”
17
FARO1540 APOSTA NA INICIATIVA ESTAMOS NA BAIXA PARA REVITALIZAR O COMÉRCIO LOCAL
19
AULAS E WORKSHOPS
“FARO 1540”
21
PARCEIROS “FARO 1540” 22
Nesta edição:
B O L E T I M I N F O R M A T I V O
www.FARO1540.org
Bruno Lage
Presidente da Direcção
4º Trimestre de 2012 Número: 12/ Ano: IV
A “Faro 1540” acolheu nos
últimos três meses mais 19
associados a saber: Marta
Correia, Maria Inês Pontes,
Luís Santos, Hélia Fernandes,
Renato Pereira, Ana Catarina
Nunes, Joana Pires, Susana
Antunes, Elsa Vaz, Bruno
Gouveia, Hugo Francisco,
Miguel Martins, Ricardo Seve-
rino, Emanuel Aniceto, Pedro
Martins, Luís Nadkarni,
Roberto Carvalho, Idalécia
Carrasco e Andreia Parreira.
Quadro Social
3
Como já foi anunciado no boletim informativo do último
trimestre, a FARO 1540 arrendou uma vivenda térrea
em Faro, na Rua Pedro Nunes, n.º 14, para desenvolver
as suas actividades e permitir aos seus associados e à
cidade de Faro usufruirem de um novo espaço cultural.
O edifício, uma casa térrea com 6 divisões, cave e pátio,
com cerca de 80 anos e devoluto à mais de 20, só foi
conseguido através dos esforços do Presidente da Mesa
da Assembleia Regional, Fernando Leitão Correia, co-
proprietário da moradia.
Apesar de o edifício estar na posse da Associação desde
Maio de 2012, só no passado mês de Outubro foi possí-
vel dar início ao desenvolvimento de actividades no
local. Durante estes 6 meses foram desenvolvidos inú-
meros trabalhos de reabilitação do espaço (que se
encontrava bastante debilitado como se pode ver nas
várias fotografias), trabalhos esses levados a cabo, na
sua grande maioria, por uma mão cheia de associados e
amigos da FARO 1540 que se mostraram incansáveis ao
longo desse período, prescindindo do seu tempo livre
para ajudar este projecto. A FARO 1540 não contou
com o apoio financeiro de qualquer entidade para a
reabilitação do edifício, mas a Junta de Freguesia da Sé,
a Sanitana e alguns amigos contribuíram com doações e
empréstimos de materiais e equipamentos para a sua
reabilitação.
Os trabalhos efectuados passaram por:
- limpeza de toda a área interior e exterior da casa, na
qual se acumulavam os mais variados detritos, desde
panfletos publicitários, a objectos estragados dos anti-
gos moradores, passando por ossadas de animais,
livros, carpetes e materiais de laboratório;
SEDE DA “FARO 1540”: O ANTES E O DEPOIS
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
4
- demolição das estruturas existentes no pátio
(galinheiros e canteiros), que impediam a plena fruição
do espaço;
- lavagem de todas as janelas, portas, chãos e paredes
(muitas delas cobertas por bolor);
- pintura a tinta e a cal de todas as paredes interiores,
exteriores, do pátio e da cave;
- verificação e rectificação (sempre que necessário) da
estrutura dos vários pisos da casa;
- colocação de uma nova instalação eléctrica;
- reparação do telhado e de algumas goteiras que se
verificavam na casa;
- reparação de tectos em duas salas;
- reparação de rachas existentes nas paredes;
- reparação da tubagem da água que se encontrava mui-
to corroída devido à idade avançada.
E um sem número de pequenos detalhes que tiveram
de ser tratados para tornar o espaço habitável e aco-
lhedor e para ir de encontro aos projectos idealizados
pela FARO 1540 para desenvolver na sua sede.
O processo de reabilitação, apesar de ter sido levado a
cabo com recursos financeiros muito limitados, como
não poderia deixar de ser, centrou-se sempre na pro-
cura de uma reabilitação correcta e sustentável, ou não
fosse a FARO 1540 uma associação de defesa e promo-
ção do património. Para ir de encontro a este objectivo
foram utilizados processos e materiais equiparáveis aos
usados na altura de construção do edifício , nomeada-
mente o recurso a cal e a telha velha, as madeiras utili-
zadas eram certificadas e provenientes de florestas sus-
tentáveis, sempre que foi necessário recorrer a tinta
plástica optou-se por marcas amigas do ambiente, os
detritos da demolição foram reaproveitados para a
construção de um aterro numa das salas do edifício.
Para além disso foi utilizada muita imaginação e bom
senso na recuperação da propriedade.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
O processo de reabilitação,
apesar de ter sido levado a
cabo com recursos financei-
ros muito limitados, como
não poderia deixar de ser,
centrou-se sempre na procu-
ra de uma reabilitação cor-
recta e sustentável
5
Assim, de uma casa de habitação devoluta e em mau
estado de conservação, surgiu a sede da FARO 1540, na
qual se podem encontrar os seguintes espaços:
- sala multiusos – uma sala ampla, com espelhos e sem
mobiliário, ocupada com as aulas de dança e outras acti-
vidades que necessitem de um espaço mutável;
- sala de formação – para uma formação mais tradicio-
nal, com secretárias, cadeiras e onde não falta o tradi-
cional quadro;
- sala de leitura – com sofás e uma vasta biblioteca de
livros portugueses, espanhóis, franceses, alemães e
ingleses;
- bar – no qual os associados podem confraternizar e
que serve de apoio às várias actividades a desenvolver;
- cozinha;
- pátio;
- cave – para a qual os associados não se cansam de
sugerir os mais variados tipos de ocupações.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Foram utilizados processos e
materiais equiparáveis aos usa-
dos na altura de construção do
edifício , nomeadamente o
recurso a cal e a telha velha, as
madeiras utilizadas eram certi-
ficadas e provenientes de flores-
tas sustentáveis
6
A “FARO 1540” – Associação de Defesa e Promoção
do Património Ambiental e Cultural de Faro, levou a
efeito no dia 19 de Outubro, no Auditório do Instituto
Superior de Engenharia da Universidade do Algarve -
Campus da Penha, o seu 3º Seminário de Reabilitação
Urbana e Desenvolvimento Sustentável tendo contado
com 75 participantes.
O programa incidiu este ano essencialmente nos concei-
tos de Património e Identidade, Marketing e Economia
Urbana, Revitalização e Regeneração Urbana, Cobertu-
ras Ajardinadas e Jardins Verticais e Edifícios “verdes”
de alta performance.
Através das comunicações que foram apresentadas por
um conjunto de especialistas, este evento procurou
fomentar um debate objectivo, prático e claro com o
intuito de informar e formar os participantes sobre as
tendências e as matérias que giram em torno destas
temáticas. O Seminário terminou por volta das 18 horas
A C T I V I D A D E S
3º SEMINÁRIO DE REABILITAÇÃO URBANA E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
O programa incidiu este ano
essencialmente nos conceitos
de Património e Identidade,
Marketing e Economia
Urbana, Revitalização e
Regeneração Urbana,
Coberturas Ajardinadas e
Jardins Verticais e Edifícios
“verdes” de alta performance
7
com uma mesa redonda onde foram colocadas diversas
questões relacionadas com os temas debatidos ao longo
do dia e onde os participantes tiveram a oportunidade
de apresentar os seus pontos de vista e as suas expe-
riências.
Segundo Bruno Lage, o esvaziamento dos centros urba-
nos, tem vindo a tornar-se uma realidade em diversas
cidades e a assumir em muitos locais contornos preocu-
pantes onde se assiste à degradação progressiva das suas
estruturas urbanas, dos seus edifícios e dos seus espa-
ços exteriores sendo insustentável continuar a viver em
cidades completamente degradadas e sem vida.
Para combater este cenário, a reabilitação urbana aliada
a políticas que invertam esta situação surgem como fer-
ramentas fundamentais para devolver a determinadas
áreas das cidades a vida e a dinâmica de outros tempos,
evitando que as cidades se transformem em espaços
“fantasma”, pouco ou nada atractivos e decadentes.
Este evento contou com as parcerias da Neoturf, da
Monteiro & Ricou, do Instituto Superior de Engenharia
da Universidade do Algarve, da Lusoambiente, do Jornal
Arquitecturas, da Hagâbê Informática e do Jornal Barla-
vento que tal como no ano anterior se associou a este
evento publicando no seu jornal versão papel um con-
junto de artigos por parte dos nossos oradores.
De realçar ainda que tal como as edições anteriores,
este Seminário foi totalmente livre de emissões de gases
de efeito de estufa (Evento Carbono Zero), uma vez que
as emissões de CO2 geradas pelas deslocações dos par-
ticipantes, energia e tratamento dos resíduos gerados
serão compensadas com a plantação de árvores em ter-
renos de recuperação florestal autóctone.
Teresa Correia, vereadora do urbanismo na
Câmara Municipal de Faro e associada da “Faro 1540”,
na sua apresentação referiu que a regeneração urbana
significa não só a reabilitação do centro histórico, mas
também, a vivência dos espaços, com criatividade, com
novas soluções de negócio, projetando-se para fora das
suas fronteiras. Alcançar este objectivo tão desejado no
planeamento das cidades tem nos dias que correm,
como maior desafio, a capacidade de obter novas for-
mas de financiamento. O paradigma do investimento
público sem grandes restrições, com maior ou menor
comparticipação, terminou.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
O esvaziamento dos centros
urbanos, tem vindo a tornar-se
uma realidade em diversas
cidades e a assumir em muitos
locais contornos preocupantes
onde se assiste à degradação
progressiva das suas estruturas
urbanas, dos seus edifícios e dos
seus espaços exteriores sendo
insustentável continuar a viver
em cidades completamente
degradadas e sem vida
A regeneração urbana significa
não só a reabilitação do centro
histórico, mas também, a
vivência dos espaços, com
criatividade, com novas
soluções de negócio, projetando
-se para fora das suas fronteiras.
8
De acordo com Teresa Correia, as origens deste pro-
blema remontam aos anos 70, com o aumento da infla-
ção, a par da política de congelamento das rendas, o
qual tornou praticamente inexistente a entrada de novas
habitações no mercado de arrendamento. Nos anos 80
e 90, a liberalização do mercado financeiro pela facilida-
de de acesso ao crédito, levaram a que a aquisição de
habitação própria se tornasse na forma mais viável de
uma família ter acesso a uma habitação.
Com a crise do setor da construção, a reabilitação urba-
na poderá constituir-se como a alternativa mais exequí-
vel para preservar o património, dinamizar a economia e
dar emprego, sendo que, para que tal aconteça, é evi-
dente a necessidade de criação de uma política integra-
da. Importa, criar estímulos ao arrendamento urbano,
que permitam colocar fogos no mercado acessíveis às
famílias.
Desde o final da década de oitenta, a Câmara Municipal
de Faro tem vindo a promover diversas ações, no senti-
do da salvaguarda, qualificação e dinamização do centro
da cidade, sendo particularmente evidente, a estratégia
desenvolvida já na década de noventa, materializada
numa série de intervenções ao nível da requalificação do
espaço público e comercial. Hoje, esta dinâmica já não é
possível nestes termos.
A delimitação de 3 ARU´s (Áreas de Reabilitação Urba-
na), constituídas nestes últimos 3 anos, permitem o
acesso a significativos benefícios fiscais, a todos aqueles
que pretendem reabilitar o edificado nestas zonas,
nomeadamente a isenção do imposto municipal sob
imóveis (IMI), durante 5 anos. Pretende-se uma visão de
futuro, materializada em documentos estratégicos que
possam servir de referência num prazo alargado, embo-
ra com uma base realista, assente em medidas possíveis
de concretizar.
O parque ribeirinho, também ele a ser regenerado
ambientalmente, irá certamente contribuir para melho-
rar a qualidade de vida dos farenses, apesar da conjun-
tura desfavorável em que se vive. A frente ribeirinha é
em Faro, o maior potencial de desenvolvimento, sendo
também um espaço aprisionado pelo“ espartilho” das
enormes restrições legais.
O diálogo frutuoso com as instituições da Administra-
ção Central permite ainda ter esperança que a imple-
mentação de uma doca exterior, assim como a inter-
venção de requalificação no Cais Comercial sejam uma
realidade. Mas será sempre com persistência e com a
colaboração de todos, que se constrói o futuro.
Já Paulo Palha, director da Neoturf abordou o conceito
das Coberturas ajardinadas referindo que no século
vinte, as técnicas construtivas fizeram das coberturas
planas a regra na grande maioria dos edifícios das zonas
urbanas. Estas coberturas, cujo sistema construtivo
possibilitava agora maiores cargas, levaram ao desen-
volvimento e expansão das coberturas ajardinadas.
Hoje em dia as coberturas ajardinadas são uma área de
negócio em franca expansão, já representada por uma
indústria tecnicamente capaz e muito organizada. Por
outro lado, o reconhecimento público das enormes
vantagens deste tipo de instalação levou a que alguns
governos já tenham estabelecido incentivos para quem
adopte este tipo de solução construtiva. Como exem-
plos refiro que 43% das cidades Alemãs oferecem in-
centivos fiscais para a instalação de coberturas ajardina-
das; e Copenhaga obriga á sua instalação em novos edi-
ficios.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
9
Méritos das Coberturas Ajardinadas:
As coberturas ajardinadas extensivas, projectadas para
não serem utilizadas, e como tal isoladas das pessoas,
podem ser habitats imperturbáveis para plantas, pás-
saros e insectos, potenciando o aparecimento e desen-
volvimento da biodiversidade no interior das cidades
densas.
As coberturas ajardinadas permitem reter parte das
águas pluviais no seu substrato, libertando lentamente
parte dela e aproveitando parte através das plantas aí
presentes. Contribuem assim para o descongestiona-
mento do sistema de drenagem urbano e consequente
diminuição de probabilidade de eventos de cheias em
picos de precipitação.
Uma parte dos poluentes atmosféricos podem ser filtra-
dos pelas plantas presentes nas coberturas ajardinadas
sendo, attravés das suas folhas. Estudos demonstram
que a vegetação pode reter 95% do cádmio, cobre e
chumbo e, 16% de zinco (Peck et al. 1999).
Outro dos benefício das coberturas ajardinadas é a re-
dução do efeito da ilha de calor. Bass et al. (2002), no
seu modelo matemático, que relacionava a influência das
coberturas ajardinadas no efeito da ilha de calor na ci-
dade de Toronto, simulou que se 50% dos edifícios da
baixa de Toronto tivessem coberturas ajardinadas se
verificaria uma redução na temperatura ambiente de
apenas 0,5º C. No entanto, quando no modelo estudado
se acrescentava a possibilidade de rega, assegurando
uma evapotranspiração efectiva mesmo durante largos
períodos de seca, a redução de temperatura seria de 2º
C.
Nos problemas de ruído das cidades também parece
ser possível contar com o contributo das coberturas
ajardinadas. O isolamento acústico foi uma das princi-
pais razões para a instalação de uma cobertura ajardi-
nada no edifício da Gap’s 901 Cherry Hill, Califórnia. A
cobertura reduziu a transmissão de ruídos em cerca de
50 decibéis (Burke 2003).
Quanto a vantagens economicas convém referir desde
logo que as coberturas ajardinadas prolongam o tempo
de vida dos sistemas de impermeabilização, reduzindo
por isso os custos das renovações de edificios. Pes-
quisas efectuadas na Europa sugerem que as coberturas
ajardinadas duplicam a esperança de vida das membra-
nas das coberturas (Peck and Kuhn 2000). Mas a princi-
pal vantagem económica, é o grande aumento de efi-
ciência energética que esta solução construtiva confere
aos edifícios. As coberturas ajardinadas diminuem em
90% a acção térmica dos raios solares incidentes nas
coberturas. As temperaturas no interior do edifício
mostraram ser de menos 3 / 4º C quando a tempera-
tura exterior se situa entre os 25 e 30º C (Peck et al.
1999). Em climas onde o ar condicionado é essencial
para a manutenção de condições decentes de trabalho,
esta poderá ser uma razão fundamental para se adoptar
uma cobertura ajardinada: cada redução de 0,5º C na
temperatura interior do edifício reduzirá o consumo de
energia (destinada a aparelhos de ar condicionado) em
mais de 8%.
Dadas as caracteristicas climaticas de Portugal, as
coberturas poderiam evidenciar ainda mais os seus
beneficios mais conhecidos. Para tal necessitamos politi-
cas que incentive e regulem a sua instalação, insta-
ladores com um bom nível de conhecimento técnico e
normativas que ajudem na correcta projecção, instala-
ção e fiscalização deste tipo de construção.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Nos problemas de ruído das
cidades também parece ser
possível contar com o con-
tributo das coberturas ajardi-
nadas
Dadas as caracteristicas climaticas
de Portugal, as coberturas po-
deriam evidenciar ainda mais os
seus beneficios mais conhecidos
10
Na vez de. Diogo Ricou intervir sobre jardins verticais
afirmou que eles estão aí para ficar.
É verdade, os jardins de parede como alguns gostam de
lhes chamar chegaram a Portugal.
Há cerca de seis anos a Monteiro & Ricou foi uma das
empresas pioneiras neste novo tipo de jardins, com uma
técnica “importada” de França mas diferente das exis-
tentes hoje no mercado. Os sistemas usualmente utili-
zam telas geotêxtil, o nosso sistema utiliza um substrato
natural e reciclável onde as plantas se desenvolvem.
Aliás essa é a sua principal diferença. Na Europa porém
estes jardins contam já com cerca de 20 anos, principal-
mente pela mão do “pai” destes jardins - Patrick Blanc.
Patrick é especialista em botânica e denominou o seu
trabalho de “mur vegetal”, as suas criações revoluciona-
ram o mundo da arquitetura e do paisagismo. Também
do outro lado do mundo no Brasil este tipo de jardins
estão a tornar-se uma moda.
Em relação às técnicas estas diferem de empresa para
empresa mas principalmente são os materiais que com-
põem o sistema quem os diferencia. Qualquer que seja,
o efeito final é sempre surpreendente e atrai cada vez
mais pessoas a este negócio. No entanto por ser uma
área de trabalho altamente específica e por existir pou-
ca informação e investigação, são poucas as empresas
que se lançam a prestar este tipo de serviços.
Daí ser extremamente importante este tipo de iniciati-
vas, esta troca de conhecimentos, da “FARO 1540”,
com este 3º Seminário sobre Reabilitação Urbana e
Desenvolvimento Sustentável.
Paula Pedro relembrou que em Portugal existem cerca
de meia dúzia de empresas a trabalhar nesta área sendo
que a grande maioria estão ligadas ao sector da jardina-
gem, o que é uma mais-valia, já que um dos aspetos
mais importantes, e falando agora um pouco na fase de
projeto, é a escolha e seleção das espécies. Só conhe-
cendo as plantas e o seu comportamento podemos ter
sucesso, e isso aplica-se não só aos verticais como aos
jardins convencionais ou sob coberto natural.
As principais vantagens para quem pretende investir
numa solução destas são:
- Fonte de oxigénio;
- Baixam a temperatura do ar quando instalados no
interior, diminuindo os custos com energia;
- Purificam o ar e retém as poeiras e a poluição;
- Potenciam a biodiversidade;
- Protegem os edifícios dos raios solares e fenómenos
atmosféricos adversos;
- Melhoram o conforto térmico em edifícios (regulação
das amplitudes térmicas);
- Reduzem em alguns casos o ruído em cerca de 20db
melhorando o nosso nível de conforto acústico;
E claro, contribuem para o nosso bem-estar.
Para terminar gostaria de salientar que não nos pude-
mos esquecer que se tratam de ser vivos e que por isso
necessitam de uma manutenção regular, pormenor mui-
tas vezes esquecido e negligenciado.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Os Jardins Verticais estão aí
para ficar
11
Para Davide Alpestana, no decorrer da última década, a
revitalização dos centros das cidades teve um lugar de
destaque nos discursos e nas políticas públicas, estimu-
lando o aparecimento de programas de urbanismo
comercial e de requalificação urbana, um pouco por
todo o país. As intervenções qualificaram estabelecimen-
tos e práticas comerciais, atraíram investimentos,
melhoraram o ambiente urbano e alavancaram marcas
territoriais, contribuindo para atenuar a dinâmica de
desqualificação social, funcional e paisagística dos cen-
tros. Contudo, após o fim destes programas continuam
a subsistir vários problemas e face à diminuição do
investimento público e privado, bem como do consumo,
é necessário encontrar soluções que alcancem e prossi-
gam os mesmos objectivos.
Uma das tendências emergentes é o Urbanismo Tem-
porário. Em termos gerais, passa pelo envolvimento
das redes culturais, criativas e comunitárias na explora-
ção do número crescente de espaços expectantes,
devolutos ou simplesmente subaproveitados, através de
acções colaborativas, de baixo custo e baixo risco,
sobretudo relacionadas com as áreas do mix – criativo.
Os benefícios destas iniciativas são os rápidos efeitos de
regeneração urbana, especialmente enquanto a reabilita-
ção e o arrendamento urbano estiverem dependentes
de novos diplomas, que apesar das suas virtudes, demo-
rarão tempo a ter efeitos práticos.
Por outro lado, o comércio está a atravessar mais uma
mudança. O consumidor está mais racional, selectivo e
sofisticado e para seduzi-lo as lojas estão a adicionar
valor ao acto de compra, na forma de entretenimento,
experiências e emoções. É uma tendência que se pode
designar por Comércio Social e que está assente em
novos modelos de negócio, como sejam as Concept Sto-
res, as Pop-Up Shops ou as Fusion Stores. Na prática,
estas lojas apostam na interacção com o público, com-
binam diferentes ofertas, promovem eventos e iniciati-
vas culturais e alinham em tendências ecológicas, éticas
ou de comércio justo.
As Pop-Up Shops, por exemplo, são lojas temporárias
instaladas em espaços devolutos de pequenas dimen-
sões, usadas pelas grandes marcas para disponibilização
de colecções exclusivas, com forte impacto mediático.
Aparecem do nada, despertam o efeito surpresa nos
consumidores para depois desaparecerem ou se trans-
formarem em algo mais.
Relativamente ao sector dos serviços, a necessidade de
redução de custos associada à crescente mobilidade das
forças de trabalho e a novos perfis profissionais, tem
originado espaços de trabalho colaborativo, dos quais
se destacam os Pólos de Indústrias Criativas. São
estruturas de alojamento empresarial que visam o auto-
desenvolvimento, a sinergia entre os negócios criativos
e uma redução de custos fixos, explorando perfis não
convencionais de trabalho mas intimamente ligados ao
empreendedorismo. Estamos a falar de moda, música,
artes, design, artesanato, multimédia ou gastronomia.
Segundo a Comissão Europeia, é um sector que tem
dado provas de resistência na actual recessão e que
representa actualmente 4,5% do PIB e 8,5 milhões de
empregos na União Europeia.
Assim o urbanismo temporário, o comércio social
(juntamente com os pólos de indústrias criativas) e a
arte pública, são três tendências que podem ajudar a
revitalizar os centros das cidades, pela forma positiva e
intensa com que utilizam a cidade, adicionando cor, tex-
tura e até encontros improvisados a um pano de fundo
cada vez mais uniforme e monótono.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Os benefícios destas iniciativas
são os rápidos efeitos de rege-
neração urbana, especialmente
enquanto a reabilitação e o
arrendamento urbano estive-
rem dependentes de novos
diplomas, que apesar das suas
virtudes, demorarão tempo a
ter efeitos práticos
12
A inauguração da sede da Faro 1540, como centro
nevrálgico de desenvolvimento das actividades da asso-
ciação, teve lugar no dia 30 de Novembro (sexta-feira),
com a edição de mais uma conferência Cidades pela
Retoma (a 5.ª desde o início deste projecto e desde a
colaboração da Faro 1540 com o Movimento Cidades
Pela Retoma). O tema proposto para mais esta sessão
foi a “Revitalização Urbana e Comércio Local”.
Para abordar este tema de suma importância para a
retoma económica das nossas cidades foram convidados
dois oradores: Tiago Botelho (economista, exerce fun-
ções na Sociedade de Gestão Urbana de Vila Real de
Santo António) e Davide Alpestana (geógrafo, exerce
funções na Sociedade Pólis – Ria Formosa), tendo a
mediação da sessão ficado a cabo do Presidente da
Direcção Bruno Lage.
Tiago Botelho apresentou o caso de Vila Real de Santo
António, mais concretamente o conceito de Centro
Comercial a Céu Aberto que está a ser desenvolvido e
implementado na zona histórica/ribeirinha da cidade,
sendo já considerado um êxito quer por comerciantes,
quer por residentes e visitantes desta zona da cidade
pombalina.
Davide Alpestana, no âmbito do movimento Cidades
pela Retoma fez a apresentação e lançou o projecto
“Estamos na Baixa”, projecto esse da responsabilidade
da “Faro 1540”, desenvolvido e coordenado pelo Davi-
de Alpestana, que pretende contribuir para a revitaliza-
ção da Baixa Comercial farense. Mais à frente neste
Boletim Informativo é possível encontrar um artigo com
informação detalhada sobre esta iniciativa, o regulamen-
to e forma de participar.
A C T I V I D A D E S
CONFERÊNCIA “CIDADES PELA RETOMA”
REVITALIZAÇÃO URBANA E COMÉRCIO LOCAL
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
13
Seguiu-se uma fase de debate, com a colocação de dúvi-
das e a expressão de opiniões por parte do público pre-
sente, quer sobre o caso de Vila Real de Santo António,
quer sobre o projecto “Estamos na Baixa” e ainda sobre
a situação do comércio na baixa da cidade de Faro.
Para além da conferência esta primeira iniciativa no
novo espaço da associação contou ainda com uma
homenagem a Luís Santos, através da atribuição da cate-
goria de associado Honorário da Faro 1540. Esta cate-
goria de associado é entregue a personalidades cujas
acções por elas desenvolvidas vão de encontro aos
objectivos prosseguidos pela Associação. O associado
Honorário Luís Santos é natural de Faro e licenciado
em Educação Física pelo ISEF, tendo sido professor
durante mais de três décadas. Paralelamente à sua pro-
fissão desenvolveu diversos trabalhos e publicações
todos eles que de forma directa promoviam e valoriza-
vam a identidade e a história quer de Faro e da Ria for-
mosa, como do Algarve. Dos seus trabalhos destacam-
se: A pesca do atum no Algarve (1989), Os moinhos
de Maré da Ria Formosa (1992), Os acessos a Faro e
aos concelhos limítrofes na segunda metade do Século
XIX (1995), Faro - Um olhar sobre o passado recen-
te” (Segunda metade do Século XIX)(1997).
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Para além da conferência esta
primeira iniciativa no novo
espaço da associação contou
ainda com uma homenagem
a Luís Santos
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Para além destes livros, desenvolveu um conjunto de
colecções de Gravuras “Faro Antigo I”, “Faro Antigo II” e
“Algarve Tradicional”, todas sobre aspectos antigos de
Faro e do Algarve. Trata-se de desenho a tinta da China
e Crayon.
Posteriormente realizou alguns conjuntos de
“serigrafias” para a câmara de Faro; Loulé; Tavira; Vila
Real de Santo António; Olhão e Silves. Actualmente
está a preparar um trabalho infográfico 3D sobre a cida-
de de Faro relativo ao início do Século XIX e ao início
do Século XX. Tenho também iniciado um trabalho do
mesmo tipo sobre a cidade de Olhão, relativo a 1940.
Os interessados em saberem um pouco mais sobre o
trabalho desenvolvido por este ilustre farense poderão
consultar a sua página electrónica em:
http://faroalgarve3d.no.sapo.pt/
Após a cerimónia de entrega do diploma de Sócio
Honorário o convívio seguiu pela noite dentro, tendo
sido muitos os sócios, amigos e simpatizantes da Faro
1540 que passaram pelo novo espaço para conhecer as
instalações e dar os parabéns à Direcção por mais este
projecto de sucesso.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Os interessados em saberem
um pouco mais sobre o traba-
lho desenvolvido por este ilus-
tre farense poderão consultar
a sua página electrónica em:
http://
faroalgarve3d.no.sapo.pt/
Para além destes livros,
desenvolveu um conjunto de
colecções de Gravuras “Faro
Antigo I”, “Faro Antigo II” e
“Algarve Tradicional”, todas
sobre aspectos antigos de
Faro e do Algarve
15
Deram os primeiros passos em Outubro de 2012, algu-
mas das actividades que pretendem tornar o n.º 14 da
Rua Pedro Nunes um espaço de divulgação e promoção
cultural, bem como de formação e convívio, de referên-
cia em Faro.
Assim, as actividades da FARO 1540 estão divididas em
actividades fixas, que se estendem ao longo de um ano
lectivo, e actividades pontuais. Nas actividades fixas des-
tacam-se os cursos de línguas, nomeadamente o curso
de conversação de inglês e o curso de iniciação ao ale-
mão, este último devido à grande afluência de alunos
teve de ser desdobrado em duas turmas. Existe também
formação musical, nomeadamente guitarra clássica para
principiantes e dança, mais concretamente kizomba e
danças latinas. Mais recentemente, teve início na sede da
Faro 1540 uma novidade no Algarve: aulas de burlesco,
que pretendem acentuar e desenvolver o lado feminino
das participantes.
Para além destas actividades, nestes 3 meses de funcio-
namento, já foram desenvolvidos na nova sede:
- um curso de iniciação ao reiki, no qual os formandos
foram iniciados na prática de transmissão da energia
universal através da imposição das mãos;
- um workshop de chocolate, onde foi ensinada a arte
de fazer bombons de chocolate maciços com a adição
de frutos secos;
- mais uma conferência “Cidades pela Retoma”, desta
vez subordinada ao tema “Revitalização Urbana e
Comércio Local”, na qual foi apresentando o projecto
da FARO 1540, dinamizado pelo associado Davide
Alpestada, “Estamos na Baixa”.
- a festa de Natal – como não poderia deixar de ser rea-
lizou-se no dia 21 de Dezembro a primeira de muitas
festas de Natal da associação que contou com a presen-
ça de vários associados que fizeram questão de partici-
par neste convívio da família “FARO 1540” e ao mesmo
tempo conhecer este novo espaço.
A C T I V I D A D E S
AS ACTIVIDADES NA NOVA SEDE
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Pretendem tornar o n.º 14 da
Rua Pedro Nunes um espaço
de divulgação e promoção
cultural, bem como de
formação e convívio, de
referência em Faro
16
Para o próximo ano a direcção está a preparar novas
actividades e muitas surpresas, na dinamização da sede.
Caso queiras participar neste projecto e tenhas uma
ideia que pretendes desenvolver, mas para a qual neces-
sitas de espaço e algum apoio fala connosco. A sede é
um projecto de todos e para todos, com todos.
A FARO 1540 convida todos os seus associados a usu-
fruirem deste espaço, quer através da participação nas
diversas aulas (ainda existem algumas vagas por preen-
cher) e nas várias actividades temáticas que a associação
desenvolve periodicamente, ou simplesmente pelo con-
vívio com outros associados e amigos ao som de uma
música ambiente, com um bom livro, ou uma bebida.
O bar da associação está aberto todas as terças e sextas
-feiras à noite, a partir das 22:30 h, para todos os asso-
ciados e amigos.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
Caso queiras participar neste
projecto e tenhas uma ideia
que pretendes desenvolver,
mas para a qual necessitas de
espaço e algum apoio fala
connosco
O bar está aberto todas as terças
e sextas-feiras à noite
17
Decorreu no passado dia 8 de Dezembro mais uma edi-
ção do já tradicional jantar de Natal da Faro 1540. Os
associados e amigos da Faro 1540 que decidiram parti-
lhar esta noite foram muito bem recebidos, como já é
hábito, no salão de festas do Restaurante Pontinha.
Para além do convívio entre os participantes o jantar
contou, como não poderia deixar de ser, com uma
palestra de um ilustre convidado, o Dr. Fernando Pessa-
nha que apresentou o seu livro “A cidade Islâmica de
Faro”. Esta apresentação para além de dar a conhecer
uma obra cujo contributo é de grande relevância para o
conhecimento da história da cidade de Faro, teve um
gostinho especial para a Faro 1540, em virtude da Asso-
ciação ser uma das parceiras do autor que contribuíram
para a publicação da obra.
Após o jantar o Presidente da Direcção, Bruno Lage, fez
uma intervenção na qual deu as boas vindas às novas
sócias presentes, descreveu o trabalho e objectivos da
associação e, por fim, efectuou um resumo das activida-
des levadas a cabo ao longo de 2012, com especial inci-
dência na aquisição da sede, sua recuperação, principais
objectivos para a ocupação do espaço e actividades até
agora desenvolvidas.
Seguiu-se a vez do Presidente da Mesa, Fernando Leitão
Correia, que pediu a palavra para louvar e distinguir o
trabalho da Direcção ao longo de 2012, sobretudo,
todo o esforço levado a cabo para pôr de pé o projecto
da sede da Faro 1540.
A C T I V I D A D E S
JANTAR DE NATAL COM A APRESENTAÇÃO DO LIVRO
“A CIDADE ISLÂMICA DE FARO”
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
A “FARO 1540” é uma das
parceiras do autor que
contribuíram para a
publicação da obra
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Por fim, o convidado Fernando Pessanha, efectuou uma
excelente apresentação da sua obra, da qual deixamos
em baixo a sua sinopse. Para aquisição de um exemplar
deste pedaço da história de Faro podem contactar a
Associação para o e-mail [email protected]
“A Cidade Islâmica de Faro” é um trabalho que visa assi-
nalar os 1300 anos de um dos acontecimentos mais
importantes para a História e Identidade Patrimonial
algarvia: o início do domínio islâmico em Faro. A então
cidade de Ukxûnuba – nome que também designava a
região de que inicialmente era capital – começou entre-
tanto a ser mencionada pelas fontes árabes através da
literatura de viagens, masalik wa-a-mamalik, género lite-
rário muito em voga nas cortes muçulmanas da Idade
Média. É exactamente nestas fontes que encontramos
inúmeras referências ao al-Gharb e particularmente à
antiga cidade de Faro, a Ukxûnuba islâmica, posterior-
mente Santa Maria al-Harun. Por outro lado, também as
várias prospecções e escavações arqueológicas que se
têm vindo a realizar desde 1933 têm permitido aprofun-
dar o nosso conhecimento relativamente às estruturas
urbanas, à economia e ao modus vivendi das populações
que habitaram Faro durante o domínio muçulmano. O
presente trabalho pretende, portanto, não só assinalar
os 1300 anos do início do domínio islâmico na cidade de
Faro e no Algarve, como também esclarecer de uma
forma clara e resumida a presença islâmica na cidade,
recorrendo aos mais actualizados estudos arqueológicos
e às fontes escritas que subsistiram até aos nossos dias.
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
“A Cidade Islâmica de Faro”
é um trabalho que visa
assinalar os 1300 anos de um
dos acontecimentos mais
importantes para a História e
Identidade Patrimonial
algarvia: o início do domínio
islâmico em Faro
Este trabalho pretende
esclarecer de uma forma
clara e resumida a presença
islâmica na cidade,
recorrendo aos mais
actualizados estudos
arqueológicos e às fontes
escritas que subsistiram até
aos nossos dias.
Para aquisição de um exemplar
contactem a “FARO 1540”
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A FARO 1540 – Associação e Defesa e Promoção do
Património Ambiental e Cultural de Faro está a organi-
zar a iniciativa “Estamos na Baixa!”, que visa encontrar
soluções para os espaços comerciais devolutos na Baixa
de Faro e facilitar a abertura de novas lojas, em colabo-
ração com a Câmara Municipal de Faro e
a Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona
Histórica de Faro.
A iniciativa, coordenada pelo associado Davide Alpesta-
na, irá proporcionar a oportunidade a 5 empreendedo-
res de desenvolverem o seu projecto comercial em
localizações privilegiadas do centro de Faro, com condi-
ções de arrendamento gradual e a preços de excepção
durante 9 meses (Abril a Dezembro de 2013), entre
outros benefícios que podem ser consultados no regula-
mento da iniciativa.
A selecção dos projectos será realizada através de con-
curso, sendo que a inscrição é gratuita e destina-se a
todos os cidadãos nacionais ou estrangeiros.
As candidaturas já se encontram abertas e podem ser
formalizadas até ao dia 25 de Janeiro de 2013, através
do formulário próprio disponível na Internet e consultar
o regulamento e obter mais esclarecimentos sobre esta
iniciativa em <www.faro1540.org>.
Numa altura de crise, em que se assiste ao fecho de
cada vez mais espaços comerciais no centro da cidade, a
iniciativa “Estamos na Baixa” pretende desafiar os
empresários a abrir lojas 'pop up' (temporárias), contri-
buindo também para criar empregos. David Alpestana,
verificou que, durante este ano, aumentou o número de
lojas vazias na baixa de Faro. E num dos 3º Seminário de
Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Sustentável que
organizámos em Outubro, surgiu a ideia de os proprie-
tários reduzirem as rendas e de a câmara agilizar os
licenciamentos para permitir a abertura dessas lojas ‘pop
up’”. A abertura de lojas temporárias, todas situadas
“nas ruas pedonais próximas da principal artéria de
comércio tradicional da cidade”, a rua de Santo Antó-
nio, permitirá aos empresários pagarem rendas “a pre-
ços mais acessíveis, entre os 250 e os 350 euros men-
sais”, valores que serão actualizados trimestralmente ao
longo dos nove meses do projecto,
Se depois desse tempo os empresários quiserem perma-
necer, pagarão um valor mais elevado do que no primei-
ro trimestre, mas sempre dentro destes preços”.
As candidaturas, já como referido anteriormente,
podem ser entregues até 25 de Janeiro e vão ser depois
avaliadas por um júri que inclui representantes da FARO
1540 e do comércio tradicional da baixa da cidade, e
vão ser escolhidos os projectos com maior viabilidade e
que não colidam com os negócios já instalados na zona.
Após o términus deste prazo, o júri terá duas semanas
para entrevistar os candidatos, decidir quais são os
negócios com maior viabilidade e a localização que mais
se adequa aos mesmos.
Os empresários seleccionados dispõem depois de cerca
de dois meses para prepararem as lojas antes da abertu-
ra prevista para o início de Abril.
Até ao momento, a “FARO 1540” já recebeu “várias
candidaturas”, em áreas como o Desporto, as bicicletas
e a mobilidade sustentável, a moda e o pronto-a-vestir
ou o artesanato urbano, Em seguida é apresentado o
regulamento da iniciativa e pede-se o apoio dos associa-
dos para divulgarem ao máximo, junto dos seus contac-
tos este projecto.
A C T I V I D A D E S
FARO 1540 APOSTA NA INICIATIVA “ESTAMOS NA
BAIXA” PARA REVITALIZAR O COMÉRCIO LOCAL
Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
As candidaturas podem ser
entregues até 25 de Janeiro e
vão ser depois avaliadas por
um júri e vão ser escolhidos
os projectos com maior
viabilidade e que não colidam
com os negócios já instalados
na zona
A FARO 1540 está a
organizar a iniciativa
“Estamos na Baixa!”, que visa
encontrar soluções para os
espaços comerciais devolutos
na Baixa de Faro e facilitar a
abertura de novas lojas
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REGULAMENTO
1 – A FARO 1540 – Associação de Defesa e Pro-
moção do Património Ambiental e Cultural de
Faro, organiza a iniciativa designada por “Estamos na
Baixa!”, em colaboração com o Município de Faro e a
Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona
Histórica de Faro;
2 – O principal objectivo desta iniciativa é encontrar
soluções para os espaços comerciais devolutos na Baixa
de Faro e facilitar a abertura novas lojas;
3 – As lojas a instalar irão usufruir de um conjunto de
benefícios e serão seleccionadas através de concurso.
Nesse sentido surge o presente regulamento;
4 – A participação neste concurso implica a aceitação
integral das condições inscritas no presente Regulamen-
to;
5 – A inscrição é gratuita e destina-se a todos os cida-
dãos nacionais ou estrangeiros;
6 – As candidaturas deverão ser formalizadas até ao dia
25 de Janeiro de 2013, através do formulário próprio
disponível na Internet em <www.faro1540.org> ou em
<http://bit.ly/119yEb7>;
7 – Constituem processo de candidatura:
- Formulário de candidatura corretamente preenchido
- Cópia do cartão de cidadão ou outro documento legal
de identificação dos promotores
8 – A avaliação dos projetos submetidos ao programa
será efectuada por um Júri, constituído por 4 elementos
e da sua decisão não caberá recurso;
9 – O Júri é composto pelos seguintes elementos:
- Bruno Lage – Presidente da “FARO 1540”
- Davide Alpestana – Coordenador da iniciativa
“Estamos na Baixa!”
- Isabel Narciso – Membro da ”FARO 1540”
- Tierri Farias – Associação de Desenvolvimento
Comercial da Zona Histórica de Faro
10 – A organização do Concurso reserva-se o direito
de modificar a Composição do júri por motivos de força
maior;
11 – A avaliação dos projetos terá em consideração os
seguintes critérios, com as respectivas percentagens de
importância:
- Viabilidade do projecto – 40%
(Ramo (s) de actividade, produtos a comercializar ou serviços
a prestar)
- Criatividade e Inovação – 30%
(Conceito de loja a implementar)
- Iniciativas de Marketing e Comunicação - 30%
(Iniciativas de promoção ou eventos a realizar)
12 – Não são admitidos a concurso negócios em regime
de Franchising;
13 – Serão pré-seleccionados os 10 melhores projetos
e os seus promotores convocados para uma entrevista
perante o júri para apuramento de 5 projectos vence-
dores;
14 – Os promotores dos projetos vencedores serão
notificados até ao dia 05 de Fevereiro e terão dois
meses para se instalar no espaço seleccionado, usufruin-
do de isenção de renda nesse período;
15 – Os vencedores beneficiam de condições de arren-
damento gradual e a preços de excepção para os 9
meses seguintes – Abril a Dezembro de 2013, como
no seguinte exemplo:
1º ao 3º mês – 200 €uros
4º ao 6º mês – 250 €uros
7º ao 9º mês – 300 €uros
16 – Face ao carácter temporário da iniciativa, os pro-
jectos a instalar terão benefícios referentes a taxas e
licenciamentos camarários;
17 – Em contrapartida, os promotores devem assegurar
a manutenção e os custos fixos da loja, a decoração do
espaço e a realização de iniciativas promocionais;
18 – Após terminar o período de arrendamento gra-
dual, pode a actividade permanecer e terá como refe-
rência os valores praticados durante a iniciativa;
19 – As lojas seleccionadas deverão ostentar publicida-
de institucional ao “Estamos na Baixa!” sendo que está
isenta de taxa de publicidade;
20 – A Organização garante a confidencialidade durante
todo o processo de candidatura e avaliação dos projetos
a concurso;
21 – A Organização reserva-se ao direito de admitir a
concurso, em circunstâncias excepcionais, as candidatu-
ras que não verifiquem a totalidade das condições esta-
belecidas neste regulamento;
22 – A Organização reserva o direito de decidir sobre
qualquer questão não prevista no presente Regulamen-
to;
23 – Em caso de dúvidas, os interessados podem até ao
dia 15 de Janeiro de 2013 solicitar à organização os
esclarecimentos que entenderem convenientes para:
A C T I V I D A D E S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
21
E V E N T O S Associação FARO 1540 - Boletim Informativo
A “FARO 1540” no âmbito das suas atribuições e objectivos, vai ministrar na sua sede um conjunto de aulas, cujo
início se prevê na primeira semana do mês de Janeiro. O número de alunos será relativamente pequeno, entre 6 a 8
(à excepção das aulas de Guitarra que serão grupos mais pequenos), onde se espera que os interessados partici-
pem de forma entusiástica e aprendam a manusear e a entoar sons melodiosos com uma qualquer guitarra, a aplicar
a sensualidade feminina do burlesco, os quentes passos das danças latinas e o ritmo africano da quizomba, uma das
mais recentes danças criadas.
De referir que os formadores para além da sua experiencia no mundo da dança e das artes, têm cursos de especia-
lização no estrangeiro para poderem ensinar estas danças com o máximo rigor e profissionalismo.
Para além destas aulas estão já em funcionamento as aulas de inglês (conversação) e de Alemão (Iniciação). Estes
cursos estão especialmente dirigidos para todos aqueles que não tendo a sua formação base nas áreas em que se
inscrevem têm gosto e interesse em aprofundar os seus conhecimentos nestas matérias.
Os interessados poderão solicitar mais informações e deverão com a maior brevidade possível efectuar a sua inscri-
ção enviando um e.mail para <[email protected]> a indicar qual o curso ou cursos que pretendem frequentar.
Estas aulas estão abertas a toda a comunidade, dando no entanto primazia em caso de igualdade à inscrição dos
associados da “FARO 1540”.
Entretanto está-se já a preparar um conjunto de workshops com vagas a rondar os 8 lugares (devido a restringi-
mentos físicos das nossas instalações) que vão decorrer no próximo trimestre, podendo fazerem já as suas pré-
inscrições:
- História e Cultura do Algarve
- Chás e Ervas Medicinais
- Hortas Urbanas
- Feng-Shui
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Para a prossecução dos seus objectivos a FARO 1540 tem estabelecido diversos protocolos de cooperação
com associações, movimentos e empresas.
PARCERIAS COM ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS
As parcerias com colectividades visam fomentar actividades paralelas ou em parceria contribuindo para a pro-
moção, defesa e recuperação do património ambiental, arquitectónico, cultural e histórico de Faro e do Algar-
ve.
PARCERIAS COM EMPRESAS
Estas parcerias, para além de fomentar relações privilegiadas entre a FARO 1540 e as entidades comerciais
aqui mencionadas, estas disponibilizam junto dos nossos associados um conjunto exclusivo de vantagens e
regalias.
PARCEIROS
B O L E T I M I N F O R M A T I V O
www.FARO1540.org