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O sistema é barato e não interfere na paisagemlocal, podendo ser usado em áreas com tráfego

intenso de veículos. [Imagem: Loide AngeliniSobrinha/UFSC]

O engenheiros estão avaliando vários métodosde construção do sistema. [Imagem: Loide

 Angelini Sobrinha/UFSC]

Meio ambiente

Biorretenção combate enchentes e limpa a água

Com informações da Agência Fapesp - 29/01/2016

Seguro

contra

enchentes

Engenheiros da USP de São Carlos (EESC-USP) estão desenvolvendo um sistema de drenagemde água de chuva alternativo que pode contribuir para minimizar o problema das enchentesnas cidades.

As estruturas, chamadas tecnicamente de sistemas de biorretenção, funcionam como umreservatório para o amortecimento da água da chuva, armazenando-a por um determinadoperíodo de tempo de modo que possa posteriormente infiltrar ou ser absorvida naturalmentepelo solo.

Há grandes vantagens em relação aos tradicionais "piscinões", sendo uma das principais o fatode que esses sistemas podem ser instalados em unidades menores, até mesmo residenciais.

"O sistema permite captar a água da chuva antes de ser lançada diretamente em um rio oucórrego de uma cidade, por exemplo, para que possa ser tratada previamente e infiltre no solocom velocidade e volume adequados, diminuindo o risco de inundações. Por isso, pode ser útilpara a prevenção de enchentes", disse Altair Rosa, participante do projeto.

Sensores de poluentes

A solução de drenagem consiste na construção de filtros subterrâneos permeáveis, compostospor camadas sobrepostas de grama, areia, brita e manta geotêxtil. Além de detertemporariamente volumes excessivos de água durante chuvas muito fortes, o mecanismopermite reter poluentes.

A camada superficial do sistema, composta por vegetação, permite reter a água da chuva demodo a não causar problemas de erosão. Em conjunto com as camadas de areia, brita e amanta geotêxtil, a camada de vegetação também auxilia na retenção de poluentes carreadospela água da chuva.

"Ao passar por essa série de filtros, a água da chuva torna-se cada vez mais tratada antes dechegar ao lençol freático", detalhou Altair.

Para monitorar a qualidade e quantidade da águaescoada, os pesquisadores instalaram sensores naentrada e na saída do sistema de biorretenção, além de

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um sistema de transmissão de dados em tempo real afim de possibilitar o controle do funcionamento.

"A ideia do uso desses sensores é que, com o advento de tecnologias voltadas a tornar ascidades inteligentes, no futuro próximo seja possível que os próprios cidadãos ou moradores deum edifício, por exemplo, controlem o tratamento da poluição da água por esses sistemas debiorretenção", afirmou Eduardo Mário Mendiondo, pesquisador responsável pelo projeto.

Os sensores de monitoramento mostraram-se capazes de medir com bastante precisão os

níveis de metais e substâncias, como nitrito, nitrato e fósforo na água recebida pelo sistema.

Vantagens da biorretenção

De acordo com os pesquisadores, algumas das vantagens do sistema alternativo de drenagemde água e biorrentação incluem o fato de ele poder ser modificado e expandido de acordo como grau de urbanização de uma determinada área, ser barato, não interferir na paisagem local eajudar a controlar a poluição em áreas com tráfego intenso de veículos, uma vez que ospoluentes são carreados pela água da chuva escoada para o sistema.

Além disso, também pode servir para outros finalidades, como tratamento de efluentes, e serusado em conjunto com os sistemas de drenagem urbana usados hoje nas cidades, baseadosem canalizações.

"Em vez de colocar só um bueiro em uma via, por exemplo, é possível associá-lo a essesistema de drenagem alternativo, que permite não somente escoar essa água da chuva, comotambém fazer com que se infiltre ou seja absorvida pelo solo e retenha parte da poluição que égerada na bacia em razão da constante urbanização", disse Mendiondo.