Biofábricas: o potencial de uso de microrganismos em agricultura
Eng. Agr. Solon C. de AraujoConsultor da ANPII
Apresentado no V Simpósio Brasileirode Microbiologia Aplicada.UFRGS, setembro 2011
Biofábricas
• Qualquer produto produzido por um ser vivo.• Produção de plantas por cultura de tecidos
em escala industrial.• Produção de algum produto por
microrganismos.• Produção de microrganismos em escala
industrial.
Fixa��o do Nitrog�nio - soja
• Caso de sucesso – 24 milh�es de ha de soja cultivados sem N mineral, somente com N biol�gico.
• 25 milh�es de doses de inoculante em 2.010.• Elevadas produtividades com o uso de
inoculantes.
Fatores de sucesso
• Sele��o de estirpes altamente eficientes.• Estrutura para recomenda��o de estirpes -
RELARE. • Banco de estirpes – Centro de Refer�ncia -
FEPAGRO. • Melhoramento da soja para FBN.• Ind�stria de inoculantes altamente competente. • Envolvimento de todos os �rg�os de pesquisa na
difus�o da tecnologia.
Feijão
• Baixo uso (10% da área).• Estirpes mais antigas com baixa eficiência e
perda de poder de fixação. • Melhoramento feito com uso de N químico.• Novas estirpes de Rh. tropici mais eficientes
e adaptadas ao clima tropical.• Aditivos que podem melhorar a nodulação
(flavonóides).
Outras leguminosas
• Pouco uso. Mais em leguminosas temperadas que em tropicais.
• Amendoim com pequena utilização• Aumento no uso em feijão caupí, com
seleção de novas estirpes e divulgação do uso pela Embrapa e UFLA.
FBN em não leguminosas
• Inoculantes à base de Azospirillum brasilense jádisponíveis no mercado.
• Resultados de aumentos médios de 8 sacas/ha (milho).
• Ainda não há recomendação de substituição de N mineral.
• Cerca de 1 milhão e meio de ha. de milho jáutilizam a inoculação.
• Pesquisas em andamento para desenvolvimento de inoculante para cana de açúcar.
Promotores de crescimento
• Muitas pesquisas sobre bactérias e fungos promotores de crescimento.
• Não há uma definição estrita do que seja promotor de crescimento e que funções estão envolvidas.
• Pode ser produção de hormônios, absorção de um ou mais nutrientes, disponibilização de nutrientes no solo.
• Micorrizas
Defensivos biológicos
• Fungos.– Trichoderma– Metarhizium– Beauveria
• Bactérias.– Bacillus thuringiensis, B. subtilis, Pseudomonas.
• Nematóides.• Vírus– Baculovírus
Legislação • Para inoculantes– Equipamento base– Técnico responsável– Uso de estirpes recomendadas– Concentração mínima de 1 X 109 bact/g ou mL (1 X
108 para não leguminosas– Uso de turfa esterilizada– Máximo de contaminantes: na diluição 105
– Nova tecnologia, necessário apresentar laudo de eficiência agronômica, conforme protocolos.
• Promotores de crescimento.– Ainda não há legislação em vigor. Necessária a
apresentação de laudos de eficiência agronômica.
• Defensivos biológicos.– Três ministérios: agricultura, Meio Ambiente e
Saúde. – Processo muito caro e demorado, retardando o
progresso da tecnologia no Brasil.
Legislação
Tubo matriz Tubos para uso produção
10 dias
Erlen. de 250 mLc/ 100 mL meio Kitasato. De 4.000 mL,
c/ 1,5 mL de meio, saída inferior
5 dias
48/72 horas
Fermentador de15 L úteis
48/72 horas 48/72 horas
Fermentador de150 L úteis
Fermentador de1.500 L úteis
Tubo c/meio líquido
10 diasAgitadores orbitais
Relação ótima Inóculo/caldo: 1:10Fase ideal para transferência: logarítmica
Tipos de inoculantes• Turfoso.– 30% do mercado– Inoculante mais resistente a condições adversas.– Maior dificuldade de mistura com as sementes.– Não há 100% de aderência.
• Líquido– 70% do mercado.– Mais suscetível a condições adversas.– Facilidade de mistura.– 100% de aderência.
Pré-inoculação de sementes
• Busca de protetores celulares que permitam uma pré inoculação.– Alguns dias antes do plantio – Sementes industrialmente tratadas, já com o
inoculante (60 a 90 dias antes do plantio).• Ainda não há nenhum produto registrado no
MAPA para esta finalidade. • Há necessidade de laudos de eficiência
agronômica.
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