Prof. Priscila Barros David
Conjunto de mudanas ordenadas e prolongadas que ocorrem nos seres humanos desde a sua concepo at morte (Woolfolk, 2000).
FsicaPessoal
SocialAfetiva Cognitiva
Mudanas graduais e ordenadas por meio das quais os processos mentais se tornam mais complexos e sofisticados.
Maturao Mudanas geneticamente programadas (ocorrem natural e espontaneamente).
Aprendizagem Mudanas que se processam na interao dos indivduos com seu ambiente (fsico e social).
Concepo tradicional Behaviorismo (Skinner)
Concepes modernas Cognitivismo (Piaget) Socionteracionismo (Vygotsky, Wallon)
A Psicanlise
Teoria proposta por J. B. Watson no incio do sculo XX Reconhecimento da Psicologia como cincia: Adequao s regras do mtodo cientfico da
poca Definio clara e precisa de um objeto de estudo e de procedimentos de pesquisa
Psicologia livre de conceitos mentalistas e de mtodos subjetivos
J. B. Watson (1878-1958)
Psiclogo americano, principal sucessor de Watson Behaviorismo (1945): filosofia da cincia do comportamento Anlise experimental Uma teoria de aprendizagemB. F. Skinner (1904-1990)
Os organismos se ajustam aos seus ambientes pela formao de hbitos (comportamentos)O comportamento estudado em funo de variveis do meio Comportamento operante: voluntrio, envolve aprendizagem A aprendizagem se d por meio da ao do organismo sobre o meio e o efeito dela resultante
A
D
Aprendizagem e desenvolvimento constituem o mesmo fenmeno Aprendizagem: formao de cadeias S-R Desenvolvimento: especficas soma de aprendizagens
Professor: responsvel pela aprendizagem Aluno: receptor passivo de informaes Ensino: Transmisso de conhecimentos Consiste em organizar contingncias de aprendizagem Centrado em contedos formais prestabelecidos nfase na repetio, treinamento e reforo Visa eliminar o erro no aluno
Toda prtica pedaggica reflete uma certa concepo do que seja ensinar e aprender. (Oliveira, Costa e Moreira, pg. 13)
Que crticas behaviorista?
o
clip
levanta
abordagem
Jean Piaget (1898-1980)
O Construtivismo
Teoria proposta por Jean Piaget, psiclogo e bilogo suo Rigor cientfico e prticas (Educao) implicaes
Conhecimento compreendido numa perspectiva desenvolvimentalista (Epistemologia Gentica)
Piaget realizou uma analogia entre a Biologia e a Psicologia
Funes invariantes: Organizao:
concordncia do pensamento consigo
mesmo Adaptao: concordncia do pensamento com o ambiente
O pensamento construdo a partir da adaptao O pensamento se organiza na medida em que se adapta
aos objetos e a adaptao s se realiza porque o pensamento se organiza.
O desenvolvimento cognitivo se d a partir de esquemas e estruturas de pensamento
Ocorre em etapas (estgios) pelas quais todos os indivduos passam Sensrio-motor (0-2 anos) A criana aprende a partir de seus reflexos inatos (sugar, engolir, tossir, agarrar etc.)
Pr-operacional (2 a 7 anos) Funo semitica: uso de smbolos (palavras, gestos, sinais, imagens)
Operacional concreto (7 a 11 anos) Surge o pensamento lgico que ainda bastante ligado realidade fsica
Operacional formal (11 anos em diante) Capacidade de resolver problemas abstratos usando a lgica
D
A
Estgios do desenvolvimento determinam o que uma criana pode aprender (prontido para a aprendizagem) Aprendizagem: processo especfico que depende do processo de desenvolvimento mais geral Esquemas (gerais): necessitam ser adaptados s situaes especficas Equilibrao entre: Organizao e Adaptao (Assimilao e Acomodao)
Professor: Dever provocar desequilbrio no pensamento dos alunos Conhecer os estgios de desenvolvimento Saber interpretar o pensamento dos alunos Aluno: constri seus conhecimentos a partir da explorao e organizao do pensamento O Erro: representa o estgio atual de desenvolvimento do aluno Currculo: no deve ser pr-estabelecido
Educao deve respeitar o desenvolvimento!
...sempre que se tenta ensinar algo criana muito rapidamente, ns a impedimos de re-invent-las sozinhas. (Piaget)
Lev Vygotsky (1896-1934)
O Scio-Interacionismo
Teoria proposta terico sovitico
por
Vygotsky,
O desenvolvimento cognitivo se fundamenta nas relaes sociais que o ser humano estabelece Envolve elementos instrumentais, culturais e histricos
EMPIRISMO
RACIONALISMO
Psicologia como cincia natural (Biologia) Explicao dos processos elementares sensoriais e reflexos Ser humano como corpo Quantificao de fenmenos observveis Subdiviso de processos complexos em partes menores
Psicologia como cincia mental (Filosofia) Descrevia as propriedades dos processos psicolgicos superiores Ser humano como mente, conscincia, esprito Abordagem descritiva, subjetiva e dirigida a fenmenos globais Processos complexos no podem ser subdivididos em partes mais simples
Behaviorismo radical
Construtivismo radical SNTESE
Uma nova posio, diferente das anterioresElementos no presentes nas outras abordagens: Funes psicolgicas possuem suporte biolgico e
social A relao homem/mundo uma relao mediada
por sistemas simblicos
Mediao
LinguagemInterao Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
H E
M
INSTRUMENTOS
SIGNOS
Principal sistema humanos;
simblico
para
os
grupos
Funes: comunicativa e estruturante; Fundamental para o desenvolvimento cognitivo porque liberta o indivduo dos vnculos contextuais imediatos; Fala socializada Fala egocntrica Fala interior
Qual a diferena da linguagem nos animais e nos seres humanos?
A relao com o outro, nas diversas esferas e nveis da atividade humana, essencial para a construo do ser psicolgico individual (Oliveira, 1998, p. 60).
a distncia entre o nvel de desenvolvimento real, que se costuma determinar atravs da soluo independente de problemas, e o nvel de desenvolvimento potencial, determinado atravs da soluo de problemas sob a orientao de um adulto ou em colaborao com companheiros mais capazes. (Vygotsky, 2003, pg. 112)
Real Potencial
Funes Intrapsicolgicas Funes Interpsicolgicas
Fenmeno sempre emergente, desencadeado por pessoas em atividade, a qual pode ou no ter sido formalmente organizada. (Meira e Lerman, 2009)
A
D
Aprendizagem e desenvolvimento se constituem mutuamente e de forma complexa Desenvolvimento: resultado de uma construo social Aprendizagem: interferncia direta ou indireta de outros indivduos e reconstruo pessoal da experincia e dos significados
Henri Wallon (1879-1962)
Teoria Psicogentica
Mdico, psiclogo e filsofo francs
Estudou a gnese dos processos psquicos Formao global do ser: intelectual, afetiva e socialMtodo de pesquisa: observao
Relaes recprocas entre o ser biolgico e socialO desenvolvimento acontece por meio de relaes entre um ser e um meio que se modificam reciprocamente O estdio emotivo: forma-se por volta dos seis meses e se caracteriza pela passagem do orgnico ao psquico
Indica os primeiros sinais de vida psquica observveis na conduta infantilAs influncias afetivas do meio humano tm ao decisiva sobre a vida psquica da criana A emoo impulsiona as primeiras trocas da criana com o mundo exterior, principalmente com as pessoas de quem dependem para a satisfao de suas necessidades vitais Confuso inicial gera oposies que favorecem a construo das estruturas da conscincia (atividades psquicas superiores)
Processos de desenvolvimento e de aprendizagem ocorrero no encontro dialtico com o outro enquanto socius inseparvel do eu (tomada de conscincia da personalidade)Destaca a importncia de crises e conflitos no processo de desenvolvimento infantil, para a formao da personalidade Temas relevantes prtica pedaggica: emoes, vida social e movimento
Professor: responsvel pela unidade do grupo, podendo receber as manifestaes das crises infantis; submetese sua espontaneidade Aluno: ativo, expressa suas emoes com liberdadeEnsino: as atividades pedaggicas e os objetos devem ser trabalhados de formas variadas Currculo: temas e disciplinas no se restringem a trabalhar o contedo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro
Sigmund Freud (1879-1962)
A Psicanlise
Neurologista e Psiquiatra austraco, autor da Psicanlise Fundamentou seus estudos em observaes realizada com pacientes adultos Estudos influenciados pelo contexto scio-histrico-cultural em que viveu: o anti-semitismo, a 1a. guerra mundial, os valores da sociedade vienense
Os problemas possuem razes inconscientes que escapam percepo do prprio sujeito Grande parte dos problemas relacionam-se a conflitos sexuaisMuitos dos problemas da vida adulta tm suas razes na infncia, principalmente nos primeiros anos do desenvolvimento
Na viso psicanaltica, a pessoa vista como um sistema energtico e a fonte de energia est nas pulses de vida e morte ou nos instintos sexuais e agressivosNesse sistema a energia flui, desviada ou torna-se bloqueada O objetivo de todo comportamento o prazer, ou seja, a reduo da tenso ou a liberao de energia
Nveis de conscincia Consciente Pr-consciente
Inconsciente
Instncias psquicas Id Ego Superego)
O consciente relaciona-se com fenmenos dos quais estamos conscientes em um dado momentoO pr-consciente relaciona-se com fenmenos dos quais podemos estar conscientes se prestarmos ateno a eles O inconsciente relaciona-se com fenmenos dos quais no estamos consciente e dos quais no podemos estar conscientes, exceto em circunstncias especiais
O id representa a fonte de toda energia da pulso (de vida e morte ou sexuais e agressivas). Marca o incio da vida humana O ego canaliza a satisfao das pulses de maneira socialmente aceitvel ou a adia para outro momento. Bloqueia, desvia ou libera a energia do id de acordo com as exigncias da realidade e da conscincia O superego representa a conscincia social e moral interiorizada.
O indivduo avana atravs de estgios de desenvolvimentoEventos passados so importantes para todo o comportamento posterior Mudana dos processos primrios de pensamento para processos de pensamento secundrio Processos primrios: a linguagem do inconsciente em
que a realidade e a fantasia so indistinguveis. Vistos em sonhos Processos secundrios: a linguagem da conscincia e do teste da realidade. Paralelo a isso est o desenvolvimento do ego e do superego
Estgio oral (0 a 1 ano): perodo da vida onde o principal centro de excitao ou tenso corporal a boca (o prazer est ligado suco no-nutritiva) Estgio anal (1 a 3 anos): perodo da vida onde o principal centro de excitao ou tenso corporal o nus (o prazer est ligado s funes excretoras) Estgio flico (3 a 6 anos): a excitao ou a tenso corporal comea a estar centrada nos rgos genitais e ocorre uma atrao pelo genitor do sexo oposto (Complexo de dipo e Complexo de Electra).
Estgio de latncia (6 a 11 anos): diminuio dos desejos e interesses sexuais. O superego se desenvolve e amplia seus contedos (limitaes aprendidas dos pais, da escola e dos amigos) Estgio genital (adolescncia): comeo da puberdade. Os impulsos reaparecem e a libido reativada. A sexualidade adquire a genitalizao prpria da idade adulta
O processo educacional estar sempre pautado em uma concepo terica do que concerne o ato de aprender e de ensinar
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