Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná
Campus Cornélio Procópio
FLÁVIA LEONTINA ANDRADE DUTRA
JAIME DOS SANTOS JUNIOR
MARCELO STAIGUER
RODRIGO COTRIM TERREMOTO
A VISÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE A DISCIPLINA
QUÍMICA
CORNÉLIO PROCÓPIO
2013
FLÁVIA LEONTINA ANDRADE DUTRA
JAIME DOS SANTOS JUNIOR
MARCELO STAIGUER
RODRIGO COTRIM TERREMOTO
A VISÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO SOBRE A DISCIPLINA
QUÍMICA
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para conclusão da disciplina Seminários de Assuntos Pedagógicos do curso Programa de Formação Pedagógica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Câmpus Cornélio Procópio.
Orientadora: Profa. Dra. Sandra Mara Domiciano
CORNÉLIO PROCÓPIO
2013
1 INTRODUÇÃO
É comum entre os alunos do ensino médio, que aprender a disciplina de química não é
um dever fácil, pois muitos fazem a mesma pergunta: “porque estudar química?”. Desta
mesma maneira, também não é um dever fácil para os professores de química ensinar seus
alunos. Chassot (1990, p. 29apud SILVA et al, 2010)afirma que “a Química é uma
linguagem” e que, por isso o “ensino de Química deve ser um facilitador da leitura do
mundo”, facilitando as inúmeras relações no mundo em que vivemos.
Segundo Souza e Justi (2005apud SILVA et al, 2010),os educadores devem buscar
diferentes estratégias de ensino em suas áreas de atuação disciplinar, visando ampliar a
magnitude de tal ensino, o que conduziria ao rompimento do paradigma tradicional que rege o
ensino de um modo geral. Os alunos, por sua vez, precisam estar inseridos em um ambiente
no qual a compreensão dos trâmites existentes entre a construção do saber seja favorecida
(principalmente numa disciplina de caráter empírico como a química). As propostas mais
recentes de ensino de química têm como um dos pressupostos a necessidade do envolvimento
ativo dos alunos nas aulas, em um processo interativo professor/aluno, em que os horizontes
conceituais dos alunos sejam contemplados. Isso significa criar oportunidades para que eles
expressem como vêem o mundo, o que pensam, como entendem os conceitos, quais são as
suas dificuldades etc.
O presente artigo tem como finalidade analisar a visão dos alunos do ensino médio
sobre a disciplina de química para nortear os futuros profissionais da área de educação que
atuarão como professores, ou até mesmo para os atuais professores, sendo assim, os futuros
professores podem utilizar ferramentas e didáticas para suprir as necessidades dos alunos,
bem como ter uma aula produtiva e de qualidade.
Foram elaboradas treze questões simples, baseadas em alguns trabalhos já realizados
com alunos do ensino médio em diferentes regiões do país, como SILVA (2010) em Minas
Gerais; RODRIGUES (2009) em Paraíba e LOBATO (2012) em Piauí.
2 JUSTIFICATIVA
O conhecimento da disciplina química ajuda o aluno a ter uma visão crítica do mundo,
podendo analisar, compreender e utilizar no seu cotidiano. Os conceitos de química devem ser
adquiridos ao longo do ensino médio. Diante disso, esse projeto de pesquisa busca averiguar a
concepção que o aluno do ensino médio tem da disciplina química e se conseguem relacionar
essa ciência com seu cotidiano.
Essas informações favorecem também para que os professores estejam mais
conscientes da realidade dos alunos o que possibilita uma reflexão na maneira de preparar as
aulas e ensinar à química.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Analisar a visão dos alunos do ensino médio sobre a disciplina de química.
3.2 Objetivos Específicos
- Investigar a visão dos alunos da disciplina de Química do 2° ano do Ensino Médio de
quatro colégios estaduais nas cidades de Londrina – PR, Bela Vista do Paraíso – PR e
Ventania – PR.
- Identificar e analisar a visão dos alunos de Química do 2° ano do Ensino Médio dos
colégios acima citadas por meio de um questionário.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Durante muito tempo na história da educação brasileira o ensino de Ciências,
bem como todo o cenário escolar, esteve dominado pelo modelo tradicionalista o
qual, preocupava-se apenas com a transmissão dos conhecimentos produzidos pela
Ciência ao longo da história da humanidade.
Aos alunos cabia a memorização, com base em questionários e livros
didáticos, e a repetição dos conteúdos nas provas realizadas, as quais tinham por
objetivo central a promoção para séries posteriores. O conhecimento científico era
tomado como neutro e não se punha em questão a verdade científica (BRASIL, 1997).
A palavra possui um importante papel como mediadora da compreensão dos
conceitos por parte dos sujeitos. É o principal agente de abstração e generalização. A
linguagem assume um papel constitutivo na elaboração conceitual, e não apenas o
papel comunicativo ou instrumento (MACHADO e MOURA, 1995, p. 27).
No que diz respeito às escolas da rede pública, tem-se observado uma maior
desmotivação por parte dos professores, estes não buscam cursos de qualificação
profissional ou de formação na área atuante, o que desqualifica o ensino. É muito
importante aproximar os educadores da área de ciências do ensino fundamental e
médio da produção cientifica das universidades, pois isso faz com que os
professores busquem capacitar-se.
O perfil do professor que não têm acesso às universidades é extremamente
limitado, para a grande maioria a forma de ensinar é deficiente e tradicionalista. Com
isso quem sofre as maiores consequências são os estudantes, já que o ensino público
continua não oferecendo educação de qualidade e o que se vê é que a ciência fica
restrita ao ensino privado e uma pequena elite (CARVALHO, 2009).
A química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos
(alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, etc.) e é de extrema
necessidade que os indivíduos compreendam o mínimo disso tudo. Ela não é uma
coisa ruim que polui e provoca catástrofes como alguns, infelizmente pensam. Esses
preconceitos existem, inclusive devido à forma como os meios de comunicação a
divulgam.
“Dispor de rudimentos desta matéria ajuda o cidadão a se posicionar em relação a inúmeros problemas da vida moderna como, poluição, recursos energéticos, reservas minerais, uso de matérias-primas, fabricação e uso de inseticidas, pesticidas, adubos, medicamentos, importação de tecnologia e muitos outros. Além disso, aprender acerca dos diferentes materiais, suas ocorrências, seus processos de obtenção e suas aplicações, permite traçar paralelos com desenvolvimento social e econômico de um homem moderno” (CISCATO e BELTRAN, 1991, p. 16).
Segundo Moran, há a necessidade das escolas repensarem, urgentemente, sua
relação com os meios de comunicação, deixando de ignorá-los e passarem a considerá-
los seus aliados. Não podem imitá-los, mas precisam estabelecer pontes, podendo
utilizá-los como motivadores de seus conteúdos de ensino, como ponto de partida
mais dinâmico e interessante diante de um novo assunto a ser estudado (MORAN,
2009, p.22)
As visões de mundo dos estudantes também influenciam no pensamento
científico e nas expressões de sua cultura, cujos traços são parcialmente divulgados
na mídia. No entanto, é nas atividades realizadas em sala de aula que os estudantes
podem se transformar em agentes sociais e históricos de seu tempo e podem,
portanto, constituir significados apropriando-se de elementos da linguagem científica
e de seus procedimentos, o que lhes dá a oportunidade ímpar de atribuir valor às
formas de pensar e agir do cientista (KOSMINSKY E GIORDAN, 2002).
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa será do tipo exploratória, ou seja, realiza descrições precisas da situação e
quer descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da mesma.
Tem por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo
e descobrir novas idéias.
A abordagem do tipo quantitativa através de questionários, gráficos e tabelas serão
eficientes nesse processo.
O questionário é um instrumento desenvolvido cientificamente, composto de um
conjunto de perguntas ordenadas de acordo com um critério predeterminado, que deve ser
respondido sem a presença do entrevistador (MARCONI; LAKATOS, 1999, P.100) e que tem
por objetivo coletar dados de um grupo de respondentes.
O recurso da linguagem gráfica torna possível a organização de dados coletados,
utilizando números ao descrever fatos, promovendo na prática a interdisciplinaridade e a
conexão entre diversos assuntos, facilitando assim, a comparação entre eles, especialmente
para estabelecer conclusões ao apresentar a síntese do levantamento de dados de forma
simples e dinâmica.
A coleta de dados será feita nos Colégios: Colégio Estadual Vicente Ríjo e Colégio
Estadual Professora Célia Moraes de Oliveira, ambos localizado na cidade Londrina – PR,
Colégio Estadual Brasílio de Araújo, localizado na cidade de Bela Vista do Paraíso – PR e
Colégio Estadual Alberto da Silva Paraná, localizado na cidade de Ventania – PR.
O estudo foi feito com alunos do 2° Ano do Ensino Médio. De acordo com o Plano de
Trabalho Docente, neste período os alunos possuem conhecimento de diversos conteúdos de
Química, pois além dos conceitos adquiridos nesse ano, já tiveram aulas de Química no 1°
ano do Ensino Médio.
O questionário será aplicado para 70 alunos do Ensino Médio, encolhidos
aleatoriamente entre os quatro colégios.
A pesquisa será feita através de um questionário para os alunos com perguntas abertas
e fechadas sobre a disciplina de Química no intuito de saber a opinião dos mesmos com
relação aos seus conceitos e aplicações no seu cotidiano.
Será realizado um estudo comparativo através de gráficos das respostas dos alunos.
As etapas previstas da pesquisa serão de acordo com o cronograma:
- Escolha do Tema
- Objetivo
- Justificativa
- Fundamentação Teórica
- Metodologia
- Apresentação da Proposta
- Aplicar o questionário para os alunos
- Análise das respostas através de Gráficos
- Apresentação Final
6 CRONOGRAMA
CRONOGRAMA
Ago Set Out Nov Dez Jan Fev
Escolha do Tema X
Objetivo X
Justificativa X
Fundamentação Teórica X
Metodologia X
Apresentação da Proposta
X
Aplicar o Questionário para os alunos
X
Análise das respostas através de Gráficos
X X
Apresentação Final X
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para a análise foram nomeados os colégios da seguinte forma: A, B, C e D,
preservando-se assim a identidade dos colégios e seus respectivos alunos. No colégio A,
responderam ao questionário um total de 18 alunos; no colégio B, 18 alunos; 10 alunos no
colégio C e 24 no colégio D, num total de 70 alunos. Todos os alunos entrevistados estavam
estudando o 2° ano do ensino médio. Assim verifica-se que a maior parte destes, tinha entre
16 e 17 anos.
O questionário apresentava as seguintes questões: “Gênero do entrevistado:”, “Faixa
etária do entrevistado:”, “Para você, o que é química?”, “O que você acha de estudar
química?”, “Como você considera o estudo de química?”, “Como você considera-se em
relação ao conhecimento de química?”, “Você considera a química importante no seu dia-
dia?”, “Dê três exemplos onde a química está presente no seu dia-dia:”, “Você considera
importante que as pessoas estudem química?”, “Que profissão você pretende exercer após o
ensino médio?”, “Você acredita que irá fazer uso da química na profissão que deseja
seguir?”, “O que você acha das aulas de química?”, “As aulas de química poderiam ser
melhores? Se sim, o que você sugere para melhorar as aulas de química?”. Para facilitar a
apresentação dos resultados, cada questão será apresentada separadamente utilizando tabela e
gráfico.
Gênero do entrevistado:
Esta questão teve como objetivo identificar do entrevistado: feminino ou masculino.
Os resultados obtidos em cada colégio encontram-se na tabela 1.
Tabela 1: Porcentagem Gênero do entrevistado:
OPÇÕES A B C D
Feminino 33,3 72,2 20 62,5
Masculino 66,7 27,8 80 37,5
Percebe-se que no colégio A, a maioria dos alunos (66,7%) são do gênero masculino.
E também a maior parte dos alunos do colégio C (80%). Já no colégio B e D a maioria dos
alunos são do gênero feminino, sendo: B (72,2%) e D (62,5%).
Sendo assim de modo geral, a maior parte dos entrevistados é do gênero feminino
(51,4%), e (48,6%) do gênero masculino, conforme gráfico 1.
Faixa etária do entrevistado:
Esta questão teve como objetivo obter a idade dos alunos entrevistados. Os resultados
adquiridos de cada colégio encontram-se na tabela 2.
Tabela 2: Porcentagem Faixa etária do entrevistado:
OPÇÕES A B C D
15 anos 27,8 0,0 10 4,2
16 anos 22,2 66,7 70 50
17 anos 38,9 33,3 10 20,8
Mais que 17 anos 11,1 0,0 10 25
Observa-se no colégio A, que a maioria dos alunos (38,9%) tem 17 anos. Já nos
colégios B, C e D, a maior parte dos entrevistados tem 16 anos.
Sendo assim de modo geral, a maior parte dos alunos entrevistados (50%) tem 16
anos, em segundo (27,2%) tem 17 anos, em terceiro (12,8%) tem mais que 17 anos e a
minoria (10%) tem 15 anos, conforme o gráfico 2.
Para você, o que é química?
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica Química da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná (2008), a química define as relações muito especiais entre o
homem e a matéria: nem dominação nem submissão, mas uma negociação perpétua por
alianças ou corpo-a-corpo-entre as singularidades.
Segundo a Universidade Federal de Santa Maria Diretório Acadêmico do Curso de
Química Licenciatura, pode-se definir que a química é o ramo da ciência que estuda as
alterações e transformações sofridas pela matéria.
Esta questão foi levantada com o objetivo de observar o que é a química para cada
aluno entrevistado. Também foi analisada em conjunto. Os dados revelam que 34,3%
responderam com coerência o conceito correto, 44,3% das respostas fizeram associações com
as palavras: matéria, substâncias, elementos e moléculas, mas não conseguiram deixar
definidas suas idéias e 21,4% não responderam. Os resultados também seguem abaixo no
gráfico 3.
O que você acha de estudar química?
Esta questão foi levantada para obter dos alunos entrevistados suas visões do que
acham de estudar química. Os resultados encontram-se na tabela 3.
Tabela 3: Porcentagem O que você acha de estudar química?
OPÇÕES A B C D
Gosto 50 61,1 20 20,8
Acho importante 50 27,8 10 16,7
Não gosto 0 0 10 8,3
Não compreendo 0 11,1 60 54,2
Observa-se que no colégio A, metade dos alunos (50%) gostam de estudar química e a
outra metade (50%) acham importante. No colégio B, a maioria dos alunos (61,1%) gosta de
estudar química. Já no colégio C (60%) e D (54,2%), a maior parte dos entrevistados disse
que não compreendem o estudo da química.
De modo geral, (38,6%) afirmaram que gostam de química, não compreendem (30%),
(27,1%) acham importante estudar química e a minoria (4,3%) disseram que não gostam. Para
melhor visualização os dados foram alocados no gráfico 4.
Alguns alunos justificaram esta questão, relacionado à química com o meio ambiente e
com o ser humano: “A química vem sendo algo muito mais que importante dividida em duas
partes, aquela que acaba com o meio ambiente, e aquela que nos ajuda, começando pela
água que tomamos”, outros disseram que a disciplina é difícil e o professor deixa a desejar:
“Não compreendo, pelo fato de ser difícil, e não entender muito bem o que o professor
ensina, ou melhor explica, pois não entendo”, e outros afirmaram realmente não entender:
“Não entendo nada”, “Não entendo as formulas”, “As formulas são muito complicada”.
Sabendo destas informações, os futuros professores de química poderão propor
atividades mais atrativas e diferenciadas aos alunos, pois a maioria dos mesmos (38,6%)
afirmou gostar da disciplina.
Como você considera o estudo da química?
O resultado desta questão segue abaixo na tabela 4.
Tabela 4: Porcentagem Como você considera o estudo da química?
OPÇÕES A B C D
Fácil 16,7 11,1 50 8,3
Complicado 83,3 83,3 40 62,5
Difícil 0 5,6 10 29,2
Percebe-se que a maior parte dos alunos do colégio A (83,3%), B (83,3%) e D
(62,5%), afirmaram que considera o estudo da química complicado e apenas a maioria do
colégio C (50%) disseram que o estudo de química é fácil.
No geral, 70% dos alunos entrevistados afirmaram que o estudo de química é
complicado, 17,1% disseram que é fácil e 12,9% falaram que é difícil. Gráfico 5.
Desta maneira, o futuro professor poderá rever o jeito de lecionar suas aulas de
química, utilizando recursos e didática para “descomplicar” o ensino-aprendizagem desta
disciplina.
Como você considera-se em relação ao conhecimento de química?
Esta questão teve como objetivo analisar a auto-avaliação de cada entrevistado sobre o
seu conhecimento de química, conforme a tabela 5 abaixo:
Tabela 5: Porcentagem Como você considera-se em relação ao conhecimento de
química?
OPÇÕES A B C D
Ótimo 11,1 11,1 10 0
Bom 55,5 27,8 20 25
Regular 27,8 61,1 60 58,3
Ruim 5,6 0 10 16,7
Percebe-se que a maioria dos entrevistados do colégio A (55,5%), afirmaram que é
bom o seu conhecimento de química. Já a maior parte dos entrevistados dos colégios B
(61,1%), C (60%) e D (58,3%), consideram-se regular ao conhecimento de química.
De modo geral, os alunos entrevistados em sua maioria, 51,4% consideram-se regular
ao conhecimento de química, 32,9% disseram que o seu conhecimento é bom, 8,6%
afirmaram ser ruim e a minoria 7,1% consideram-se ótimo. Gráfico 6.
Você considera a química importante no seu dia a dia?
Os dados desta questão encontram-se na tabela 6.
Tabela 6: Porcentagem Você acha importante a química no seu dia a dia?
OPÇÕES A B C D
Sim 77,8 83,3 100 54,2
Não 22,2 16,7 0 45,8
Observa-se que a maioria dos entrevistados de todos os colégios: A (77,8%), B
(83,3%), C (100%) e D (54,2%), afirmaram que a química é importante no seu dia a dia.
No geral, 74,3% dos alunos entrevistados acham importante a química no seu dia a dia
e apenas 25,7% acham que não. Gráfico 7.
Esta questão é de suma importância para os futuros professores, pois a maior parte dos
entrevistados acham importante a química em seu dia a dia, deste modo, o futuro professor
poderá utilizar ferramentas de ensino-aprendizagem com foco no dia a dia de seus alunos e
também exemplos práticos.
Dê três exemplos onde a química está presente no seu dia-a-dia:
Os alunos das quatro escolas identificaram como exemplos em seu cotidiano que
teriam relação com a química: produtos de limpeza (35,7%), higiene pessoal/cosméticos
(31,4%), Medicamentos (28,6%) e não responderam (4,3%). Gráfico 8.
Você considera importante que as pessoas estudem química?
Os resultados desta questão encontra-se na tabela 7.
Tabela 7: Porcentagem Você considera importante que as pessoas estudem química?
OPÇÕES A B C D
Sim 88,9 100 100 79,2
Não 11,1 0 0 20,8
Compreende-se que os entrevistados de todos os colégios consideram importante que
as pessoas estudem química: A (88,9%), B (100%), C (100%) e D (79,2%).
De maneira geral, 90% dos alunos entrevistados consideram importante que as pessoas
estudem química e 10% não consideram. Gráfico 9.
E ainda alguns alunos que responderam sim, justificaram suas respostas: “Porque a
química ta presente no nosso dia-dia”, “Porque as pessoas usam a química todos os dias em
quase todos os lugares”, “Porque terão maior cuidado com as coisas perigosas liquidas”,
“Para entender melhor as substancias colocadas nos produtos”
Sendo assim, o futuro professor poderá utilizar em suas aulas exemplos da química com pessoas.
Que profissão você pretende exercer após o ensino médio?51,6% dos alunos entrevistados pretendem exercer uma profissão e 48,4% ainda não
sabem qual profissão seguir. Gráfico 10.
Você acredita que irá fazer uso da química na profissão que deseja seguir?A maior parte dos alunos entrevistados (52,9%) não acreditam que utilizaram a
química na profissão que deseja seguir. Já (47,1%) acreditam que irá fazer uso da química na profissão que deseja seguir. Gráfico 11.
O que você acha das aulas de química?Tabela 8: O que você acha das aulas de química?OPÇÕES A B C DÓtimas 66,7 50 0 4,1Boas 27,8 33,3 40 41,7Regulares 5,5 16,7 40 41,7Ruins 0 0 20 12,5
Observa-se que a maioria dos alunos dos colégios A (66,7%) e B (50%) acham ótimas as aulas de química. Já nos colégios C (40%) e D (41,7%) acham as aulas de química boas e regulares.
De modo geral, 35,7% acham boas as aulas de química, 31,4% acham ótimas, 25,8% acham regulares e 7,1% acham ruins. Gráfico 12.
Desta maneira, o futuro professor poderá melhorar o ensino-aprendizagem de química.
As aulas de química poderiam ser melhores? Se sim, o que você sugere para melhorar as aulas de química?
Todos os entrevistados responderam esta questão, a maior parte (79,2%) afirmou que as aulas de química poderiam ser melhores e 20,8% disseram que não. Gráfico 13. Alguns alunos fizeram as seguintes sugestões: “Podia ter aulas fora de sala de aula, mais vídeos, trazer mais materiais apropriados para a matéria”, “Sugiro que seja aumentada as aulas de química, diminuindo as de educação física, onde assim todos nos aprenderíamos aquilo que temos que pular do livro, pelas poças aulas”, “Um laboratório e um professor que explique melhor”, “Explicar mais e usar mais exemplos”, “Deveriam ter mais aulas praticas”, “Os professores estarem mais preparados para explicar para os alunos e paciência que é o essencial”, “As aulas são boas e poderiam sim ser melhores, mas para que sejam melhor ainda deveria ter aula de pratica para aprendermos melhor”.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo da sequencia de conteúdos, pode influenciar em muito a compreensão pelo
aluno, por exemplo, na disciplina História são estudados separadamente os conteúdos, ou seja,
o professor ministra história do Brasil, antes ou depois, segunda guerra mundial e qualquer
outro tópico do planejamento sem que exista uma palpável interdependência de conteúdos,
pois o aluno consegue compreender fatos históricos separadamente. Já na disciplina química,
para uma real compreensão, é imprescindível que o aluno conheça a base da matéria: a teoria
atômica, a partir desse conhecimento, toda uma base pode ser formada e não há possibilidade
de se compreender um novo conteúdo sem que se entenda um anterior, ou seja, todos os
conteúdos da química são interdependentes e complementares. Baseado nessa peculiaridade
da disciplina química e no fato de que nos planejamentos em geral, temos um excesso de
conteúdos, em que o professor deve decidir se aplica todos de maneira geral ou aprofunda-se
em algum, percebo que é consenso entre os professores o aprofundamento de conteúdos
específicos, pois não haveriam aulas suficientes, mesmo que apresentassem todo o conteúdo
designado para o ano letivo de maneira superficial.
Começam ai os problemas, pois a falta de comunicação entre professores, faz com que
conteúdos necessários em anos subsequentes sejam dados de maneira superficial ou
rejeitados, quando não repetidos. Esse fato já é bastante complexo quando se trata do ensino
técnico e se agrava ainda mais no ensino médio, quando ocorrem transferências de alunos
entre escolas, nesse caso alunos não conseguem aprender, pois não tiveram base ou tem de
rever um conteúdo já estudado, deixando de aprender conteúdos importantíssimos para sua
formação.
Para que essa grave situação seja resolvida, uma das soluções, seria a unificação dos
conteúdos, ou seja, para o primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio, haveriam
conteúdos específicos, mas alguns argumentam que isso tiraria a autonomia dos professores.
Minha sugestão pessoal seria de que pelo menos dentro das escolas houvesse uma coerência
entre a ordem dos conteúdos, simplesmente para que os alunos não fossem prejudicados. Para
que isso ocorra, são fundamentais reuniões que precedessem o ano letivo, um diálogo
constante entre os professores e total apoio da equipe pedagógica no sentido de orientar esse
processo.
A criação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que deu autonomia às escolas para que
definissem seus próprios projetos pedagógicos, foi um passo importante.
Ao longo do tempo, porém, essa tática descentralizada mostrou-se ineficiente. Por esse
motivo, uma nova proposta de ação integrada e articulada, cujo objetivo é organizar melhor o
sistema educacional deve ser desenvolvida.
Esta nova Proposta Curricular, é fundamental para que subsídios sejam dados aos
profissionais que integram a rede educacional, para que se aprimorem cada vez mais. Lembro
ainda que, apesar de o currículo ter sido apresentado e discutido em toda a rede, ele deve estar
em constante evolução e aperfeiçoamento.
Mais do que simples orientação, o que desejo, com a elaboração da Proposta
Curricular e de todo o material que a integra, é que essa ação tenha um foco definido no
sentido principal de melhoria da educação no ensino da Química.
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, G. P. A Visão de Estudantes do Ensino Médio Sobre a Química e os Profissionais de Química. 2009. Trabalho de conclusão de curso submetido aoDepartamento de Química da UEPB, PB, 2009. Disponível em < http://quimica.cct.uepb.edu.br/MONOGRAFIAS/ensino%20de%20quimica/Gessenildo%20%20A%20VIS%C3%83O%20DE%20ESTUDANTES%20DO%20ENSINO%20M%C3%89DIO%20SOBRE%20A%20QU%C3%8DMICA%20E%20OS%20PROFISSIONAIS%20DE%20QU%C3%8DMICA.pdf > Acessado no dia 15 de Outubro de 2013.
SILVA, R. O; SOARES, A. G; VERASSANI, B. F. A; MORAES, C. A; SILVA, D. H; BARBOSA, J. C; MOURA, J. F; SILVA, L. H. P; CAETANO, M. D; SILVA, R. P; JUNIOR, J. G. T. 2010. XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) – Brasília, DF, Brasil – 21 a 24 de julho de 2010. Disponível em < http://www.xveneq2010.unb.br/resumos/R1087-1.pdf > Acessado no dia 28 de Setembro de 2013.
Lobato, H. L; Silva, T.P; Oliveira, R.S; Dourado, G. L; Chaves, J. A. P; Bezerra, C. W. B; Costa, J.N; Silva, R. J. P. A Química e o Ensino Médio na Visão dos Estudantes: um Estudo de Caso. 2010. 10° Simpósio Brasileiro de Educação Química – Teresina/PI – 29 à 31 de Julho de 2012. Disponível em < http://www.abq.org.br/simpequi/2012/trabalhos/171-9199.html > Acessado no dia 16 de Outubro de 2013.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica Química, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, SEED – PR, 2008. Disponível em < http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_quim.pdf > Acessado no dia 11 de Dezembro de 2013.
Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, Diretório Acadêmico do Curso de Química Licenciatura. Disponível em < http://coral.ufsm.br/daquil/pag-div-hisa.html > Acessado no dia 11 de Dezembro de 2013.
BRASIL. SEF/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CARVALHO, T. O ensino de ciências no Brasil. Disponível em: http://cientfica.blogspot.com/2008/07/o-ensino-de-cincas-no-brasil.html. Acessado em: 28 de julho de 2009.
CISCATO, C. A. M.; BELTRAN, N. O. Química, coleção magistério 2° grau. Série formação geral. São Paulo, Cortez, 1991.
KOSMINSKY, L.; GIORDAN, M.; Visões de ciências e sobre cientista entre estudantes do ensino médio. Química Nova na Escola, nº 15, maio 2002.
MACHADO, A. H.; MOURA, A. L. A. Concepções sobre o papel da linguagem no processo de elaboração conceitual em química. Química nova na Escola, São Paulo, nº 2, p. 27-30, 1995.MORAN, José Manuel. Os meios de comunicação nas escolas. www.crmariocovas.sp.gov.br/com_a.php?t=006. Acesso em 22 de julho de 2009.
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
Este trabalho está sendo realizado pelos alunos da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná - Campus Cornélio Procópio do curso Programa Especial de Formação Pedagógica, as
respostas irão auxiliar o desenvolvimento do artigo: O reflexo da disciplina da matemática no
ensino da química.
ESCOLA:______________________________________________________________
CIDADE:______________________________________________________________
TURMA:_______________________________________________________________
1) Gênero do entrevistado:
Feminino
Masculino
2) Faixa etária do entrevistado:
15 anos
16 anos
17 anos
Mais que 17 anos
3) Para você, o que é a Química?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_______________________________________________
4) O que você acha de estudar química?
Gosto
Acho importante
Não gosto
Não compreendo
Justifique:___________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________________________________________
5) Como você considera o estudo da química?
Fácil
Complicado
Difícil
6) Como você considera-se em relação ao conhecimento de química?
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
7) Você considera a química importante no seu dia a dia?
Sim
Não
8) Dê três exemplos onde a química está presente no seu dia-a-dia:
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9) Você considera importante que as pessoas estudem química?
Sim
Não
Justifique:___________________________________________________________________
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10)Que profissão você pretende exercer após o ensino médio?
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11)Você acredita que irá fazer uso da química na profissão que deseja seguir?
Sim
Não
12)O que você acha das aulas de química?
Ótimas
Boas
Regulares
Ruins
13) As aulas de química poderiam ser melhores? Se sim, o que você sugere para melhorar
as aulas de química?
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