APOSTILACND - Curso Normal à Distância
(21) 3347-3030 / 2446-0502
Metodologia da
Pesquisa
2
Sumário
Introdução ...................................................................................... 03
1. Metodologia e pesquisa em educação ......................................... 05
2. A pesquisa em educação ............................................................ 11
3. Modalidades de pesquisa em educação - tipos de pesquisa ........ 16
3.1 A pesquisa bibliográfica ................................................................ 16
3.1.1 Exemplo de pesquisa bibliográfica ...................................... 20
3.2 A pesquisa de campo ................................................................... 22
3 .2 1 Exemplo de pesquisa de campo ......................................... 24
3.3 A pesquisa documental ................................................................. 25
3.3.1 Exemplo de pesquisa documental em Educação ................ 25
3.4 A pesquisa-ação ............................................................................ 26
3.4.1 Exemplo de pesquisa ação .................................................. 28
4. O projeto de pesquisa e a apresentação dos seus resultados ....... 30
4.1 Para iniciar um projeto de pesquisa ............................................ 30
4.1.1 Os elementos pré-textuais ................................................... 33
4.1.2 Os elementos textuais da pesquisa ..................................... 36
5. Cuidados necessários com as referências ....................................... 50
6. A construção do texto de um capítulo e a conclusão ........................... 55
6.1 A construção dos capítulos ............................................................ 55
6.2 A elaboração da conclusão ............................................................ 59
Referências bibliográficas e bibliografia ............................................... 60
3
INTRODUÇÃO
Caro aluno , cara aluna
Você está iniciando um módulo muito instigante para todos aqueles
que sentem necessidade de aprofundar os estudos em Educação, através
de pesquisas.
Vamos trabalhar com informações fundamentais a quem deseja criar
textos acadêmicos com aplicação de normas técnicas que fazem a leitura
do texto apresentar clareza, coesão e coerência. O bom uso desses
recursos permite uma leitura que flui de forma ordenada e enquadrada nos
parâmetros que regem a construção do trabalho científico, especialmente da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Cabe ainda destacar que cada instituição tem normas próprias para
a apresentação dos trabalhos monográficos que você precisará conhecer
também de forma a atender as recomendações específicas da mesma. Por
exemplo nos nossos módulos convencionamos usar preferencialmente o
tipo de fonte Arial tamanho 12, que é bastante recomendado para trabalhos
científicos.
Nossos módulos de estudo não podem ser considerados como
pesquisas científicas mas algumas das regras de apresentação de trabalhos
acadêmicos estão sendo obedecidas de forma a tornar nossos textos
agradáveis à leitura e ao mesmo tempo , procuramos torná-los interativos
visando fazê-lo construtor dos conhecimentos que vamos apresentando.
Dessa forma estamos colocando caixas de textos com letras diferentes,
usamos cores para chamar atenção e usamos ilustrações o que não seria
comumente utiizado em trabalhos monográficos.
4
Após essas observações vamos trabalhar um texto da professora
Tozoni Reis(2011) onde ela apresenta a seus alunos o valor da Metodologia
da Pesquisa para formação deles.
Há mais de 20 anos tenho me dedicado à formação de educadores e, dentre todas as
atividades que essa formação requer, destaca-se a orientação de trabalhos científicos. A
formação de educadores, tendo como foco a pesquisa, tem sido, das atividades profissionais
que desenvolvo, uma das mais gratificantes.
A formação de educadores que leve em conta a sua própria participação neste
processo pode, entre outras estratégias, eleger a atividade de pesquisa como forma de
concretizar essa participação. Ao dedicar-se ao estudo de um tema específico, o educador
em formação apropria-se não somente dos conhecimentos mais aprofundados sobre
determinados temas mas também, principalmente, do processo de produção do saber. Torna-
se, assim, sujeito no mundo do conhecimento. Dessa forma, quero convidá-los para um
diálogo de orientações em forma de diretrizes metodológicas para a produção de
conhecimentos em educação, conhecimentos que venham contribuir para a educação como
um processo crítico e transformador.
Atividade
A que você atribui o valor que ela apresenta para a
Metodologia da Pesquisa? E você como se coloca em relação ao
tema?
5
1 . METODOLOGIA E PESQUISA EM EDUCAÇÃO
De acordo com Demo(1995 , p.11) metodologia quer dizer “estudo
de caminhos , dos instrumentos usados para fazer ciência”, ou como se
refere Minayo(1998, p.22) “caminhos e instrumental próprios de
abordagem da realidade.”
Já o termo pesquisa significa, no dicionário Aurélio (FERREIRA,
1986), "indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; investi-
gação, inquirição". Ainda de acordo com Tozoni-Reis (2010, p 2) é a
"investigação e estudo, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou
princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento". Ela pode ser
natural ou social ,no entanto é necessário ressaltar que é um processo através
do qual se conhece e interpreta uma realidade.
Dessa forma a função da pesquisa é a interpretação do que
vivenciamos. A pesquisa, como afirma Santos (1989), é a "prática social de
conhecimento". Assim fica patente o caráter social da atividade de pesquisa,
conferindo-lhe como objetivo último o conhecimento para a vida social.
Surge nessa definição um outro termo que demandará algumas
considerações sobre o mesmo para que fique ele claro para nós . Trata-se do
estudo sobre conhecimento.
Nosso mundo humano é construído pela cultura, pelos sujeitos em
suas relações interpessoais e com o ambiente em que vivem. Vivemos no
mundo em constante ação: observamos, sentimos e agimos, mas sempre - e
isso nos diferencia de outras espécies vivas - pensamos. Todos os nossos atos
são acompanhados de pensamento, de reflexões sobre o observado, o sentido e
o vivido.
Assim, o conhecimento diz respeito à compreensão teórica do mundo e
das coisas, a elaboração do mundo das coisas no pensamento, a busca de
6
significado para eles. Mas torna-se também a ação prática, a definição, no
pensamento e na ação, do modo de agir no mundo.
Nesse sentido, buscamos conhecer, significar, compreender todas as
situações vividas em busca de desvendar mistérios sobre o funcionamento da
vida em suas múltiplas dimensões. Todo conhecimento tem como objetivo, então,
a convivência dos sujeitos com o mundo e as coisas que o cercam - uma
convivência compreendida, significada. Agir sobre o mundo para transformá-lo,
exige sua compreensão e interpretação. A busca do conhecimento é uma atitude
essencialmente humana, buscar compreender e dar significado para o mundo e
as coisas é uma atitude que faz parte da essência do ser humano.
É preciso lembrar que o processo de elaboração de conhecimento
sobre o mundo não é um processo individual. Pode-se dizer que o
conhecimento é histórico e social. Histórico porque cada conhecimento novo dá
continuidade aos conhecimentos anteriores e social porque nenhum sujeito
constrói, a partir de nada, um novo conhecimento: todo conhecimento se apoia
em conhecimentos anteriores, produzidos por outros sujeitos, portanto, ele é
social e coletivamente produzido.
O conhecimento "ilumina" a ação humana sobre o mundo e as coisas;
é a luz do caminho a ser percorrido. Assim, o conhecimento pode ser, então,
um instrumento de libertação.
Há ainda uma importante questão relativa à produção do
conhecimento.é a questão da sua neutralidade. Sendo algo construído pelo
7
homem , esse conhecimento pode ser usado para controle ou para a
libertação, portanto ele não é neutro.
Vejamos o conhecimento como uma forma teórico-prática de
compreensão do mundo, dos homens e das coisas. Um instrumento para o
entendimento das relações dos sujeitos entre si, e deles com o ambiente em
que vivem em variadas, múltiplas e detalhadas dimensões.
Observe o organograma baseado em Luckesi( 2005) em Filosofia da
Educação
8
Dessa forma voltando nossa ótica para a pesquisa em educação é
importante refletir a importância da Educação que pode se apresentar como
transformadora ou reprodutora dos objetivos da sociedade. Consideremos
que educação seja um instrumento de reprodução da sociedade. Nesse
aspecto ela é uma educação não-crítica, que busca a adaptação do sujeito à
mesma sociedade. Nesse caso se vivemos numa sociedade desigual,e a
educação é concebida como um processo de adaptação e instrumento de
reprodução dessa sociedade, ela terá como objetivo final a manutenção da
desigualdade.
Já a educação como instrumento de transformação da sociedade é a
educação crítica, aquela que tem como finalidade principal a instrumentalização
dos sujeitos para que esses tenham uma prática social crítica e transformadora.
Isso significa dizer que, numa sociedade desigual, os sujeitos precisam se
apropriar de conhecimentos, ideias, atitudes, valores, comportamentos etc., de
forma crítica e reflexiva, para que tenham condições de atuar efetivamente na
sociedade, sob a perspectiva de transformação.
Apropriando-nos das idéias de Luckesi(2005), a partir do organograma
apresentado, quando expõe suas idéias a respeito do conhecimento escolar
ele ressalta que o mesmo precisa incorporado pela compreensão, exercitação
e ter utilidade criativa.
9
Atividades
1-Interprete a citação abaixo buscando entender o que Minayo
(1998) está trazendo à reflexão::
Entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na
sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que
alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à
realidade do mundo. Portanto, embora seja uma prática
teórica, a pesquisa vincula o pensamento e ação, ou seja,
nada pode ser intelectualmente um problema, se não tiver
sido, em primeiro lugar, um problema da vida prática.
(MINAYO, 1998, p. 17).
2- Pense sobre as ponderações de Luckesi que são apresentadas a
seguir: Reescreva-as segundo seu entendimento.
(...) “devemos pensar no conhecimento não só "como um mecanismo de
compreensão e transformação do mundo", mas também "como uma
necessidade para a ação e, ainda, como um elemento de libertação".
(LUCKESI, 1985)
10
“O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da realidade
em caminhos "iluminados", de tal forma que nos permite agir com certeza,
segurança e previsão. (LUCKESI, 1985, p. 51).”
3- Aprecie as palavras de Tozoni-Reis (2010) e interprete-a
Em sua prática social, a pesquisa é uma atividade
complexa que se realiza em todos os momentos da
vida humana. Pesquisar é produzir conhecimentos
para a ação. Portanto, pesquisamos sempre e a todo o
momento. Ocorre que, no mundo acadêmico, dedicamo-
nos a uma prática de pesquisa mais sistematizada,
mais organizada. Isso ocorre porque a produção dos
conhecimentos exige as formas científicas de
compreensão das coisas.
11
2 . A PESQUISA EM EDUCAÇÃO
Para começar a abordar a questão da pesquisa em Educação no nosso
módulo escolhemos adaptar o pensamento de Rubem Alves no livro “Entre a ciência
e a sapiência” (1999 .p.123,124,125).
Muitas indagações são feitas quanto ao propósito de realizar
pesquisas em educação. Os autores dos trabalhos de pesquisa em Educação
enfatizam a importância da pesquisa qualitativa.
Há os pianos .Há a música. Ambos são
absolutamente reais. Ambos são absolutamente diferentes.
Os pianos moram no mundo das quantidades. Deles se diz
:”Como são bem feitos”. [...] Pianos são máquinas de
grande precisão Sua fabricação exige uma ciência
rigorosa.
A música mora no mundo das qualidades. Dela se
diz “Como é bela”
[...] A realidade da música se encontra no prazer de
quem a ouve.O prazer é uma experiência qualitativa.Não
pode ser medido. Não há receitas para a sua repetição.
Cada vez é única , irrepetível.”
12
O autor Triviños (1995) ao falar sobre pesquisa qualitativa conta-nos que, a
partir da década de setenta do século XX, o interesse dos educadores se volta para a
discussão dos aspectos qualitativos de Educação. Para ele o ensino sempre se
voltou para o qualitativo mas manifestava-se através de medidas quantitativas como
por exemplo a percentagem de analfabetos, de repetentes , do número de matrículas,
refletindo o discurso positivista que aplicava os mesmos princípios das ciências
naturais à Educação. Ainda para o autor acabou-se formando uma dicotomia entre
quantitativo e qualitativo, e cada grupo acusava o outro ou de quantificar ou de fazer
pesqisas qualitativas que entendiam como “artificial e inútil”(TRIVINÕS ,1995,p.116).
Ressalta então que essa interpretação é errônea.
A pesquisa em Educação, assim como a pesquisa em outras áreas
das ciências humanas e sociais, é essencialmente qualitativa.
No entanto, é necessário considerar que os fenômenos humanos e
sociais nem sempre podem ser quantificáveis, pois, como afirma Minayo
(1998), trata-se de um "universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo
das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à
operacionalização de variáveis".( MINAYO et al,1998, p.21, 22)
A pesquisa qualitativa defende a ideia de que, na produção de
conhecimentos sobre os fenômenos humanos e sociais, interessa muito mais
compreender e interpretar seus conteúdos do que descrevê-los.
No entanto, é preciso compreender a diferença entre a abordagem
quantitativa e a qualitativa na pesquisa. Enquanto a primeira dá ênfase aos
dados visíveis e concretos, a segunda aprofunda-se naquilo que não é
aparente, "no mundo dos significados, das ações e relações humanas"
(MINAYO, 1998). Essa autora afirma também que não há razão para colocar
13
em oposição essas duas abordagens, pois elas podem se complementar, isto
é, é possível dar às análises dos dados quantitativos, por exemplo, uma
abordagem qualitativa. Se você retornar às afirmativas de Triviños verificará
que os dois autores têm o mesmo ponto de vista. Fique alerta para o fato que os
paradigmas qualitativos são, portanto, os mais valorizados no tratamento dos
fenômenos sociais, inclusive em sua dimensão investigativa. No entanto, no mundo
científico em geral, essa valorização ainda é controversa.
Para encerrar a polêmica entre o qualitativo e o quantitativo vamos
considerar que em Educação, a pesquisa possui caráter essencialmente
qualitativo, sem perder o rigor metodológico e a busca por compreender os
diversos elementos dos fenômenos estudados.
Essa forma de encarar a pesquisa em Educação mostra certo
distanciamento do paradigma positivista e apresenta certa dificuldade para os
que intentam seguir seus caminhos porque todo começo é difícil em qualquer
ciência. Se você quiser entender melhor ainda o porquê das dúvidas volte ao
módulo de Ética em Educação e leia os pensamentos de Kuhn sobre períodos de
mudança de paradigmas.
As discussões sobre a pesquisa qualitativa como referencial metodológico
em Educação ressaltam as investigações dos fenômenos educativos quer na
escola ou extra muros escolares, nos diversos espaços de nossa sociedade. Esses
fenômenos, na abordagem qualitativa, deverão ser compreendidos em sua
complexidade histórica, política, social e cultural, para que possamos produzir
conhecimentos comprometidos com a educação crítica e transformadora.
Este nosso capítulo sobre a pesquisa em Educação não poderia ser
concluído sem colocar em cena uma outra peculiaridade relativo ao saber
pedagógico. Esse aspecto diz respeito ao caráter multidisciplinar da Educação e ao
14
fato da mesma fazer interface com outras ciências como por exemplo a Sociologia , a
Filosofia, a Antropologia e a Psicologia.
Para Tozoni-Reis (2010) no entanto, não podemos esperar consensos
teórico-metológicos na nossa área de estudo porque ela é dinâmica e complexa
e precisamos estar conscientes dessa complexidade, produzindo conhecimentos
que vão se constituir em saber pedagógico.
Atividade
(...) pensemos nos caminhos metodológicos para a pesquisa em educação,
caminhos nos quais não existem metodologias neutras, mas comprometidas com
um projeto de sociedade mais justa e igualitária, uma sociedade transformada.
Verifique no nosso módulo as citações de um outro autor que nos
permitem traçar comparação com as idéias de Tozoni-Reis . O que você conclui?
Por fim faz-se necessário destacar que na caminhada qualitativa da
pesquisa em Educação a tarefa do pesquisador envolvido como principal
instrumento de investigação deve ser destacada por que para nossa Ciência a
compreensão dos conteúdos, como já citamos, é mais importante do que sua
descrição ou sua explicação.
De acordo com o citado por Tozoni-Reis ao consultar Alves-Mazzotti e
Gewandsznajder(1998) o pesquisador é o principal instrumento de investigação e
assim precisa de contato direto e prolongado com o campo, para poder captar
os significados dos comportamentos observados.
15
PESQUISADOR + CAMPO + FONTE = PESQUISA
E então caro aluno? Você percebeu como a sua atitude investigativa
e o registro delas através da utilização de determinadas regras se constitui
numa importante tarefa da educação que se quer efetivamnete
transformadora?
Para torná-lo um pesquisador cada vez mais capaz o próximo capítulo
enfocará as diferentes modalidades de pesquisa em Educação.
Venha conosco!
16
3 . MODALIDADES DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO - tipos de
pesquisa
Ao por em prática a sua pesquisa há que se consider a sua a fonte dos
dados, já que ela serve para indicar também a modalidade de pesquisa que vai
ser realizada. Dentre as muitas modalidades de pesquisa presentes nos estudos
em Educação, é válido citar a pesquisa bibliográfica, a pesquisa de campo, a
pesquisa documental e a pesquisa-ação. Partimos então para o entendimento
delas levando em conta principalmente o campo de coleta de dados.
3.1.A pesquisa bibliográfica
Em todas as pesquisas, inclusive nas experimentais, que não são
muito próprias para as ciências humanas e sociais, o pesquisador precisa
buscar na bibliografia especializada conhecimentos científicos e até
informações menos sistematizadas que se relacionam ao seu estudo.
A pesquisa bibliográfica tem como principal característica o fato de
que o campo onde serão feitas as coletas dos dados se encontra na própria
bibliografia sobre o tema ou o objeto que se pretende investigar.
De fato todas as modalidades de pesquisa exigem uma revisão
bibliográfica; uma busca de conhecimentos sobre os fenômenos investigados na
bibliografia especializada.
No entanto na pesquisa bibliográfica, vamos buscar nos autores e obras
selecionados, os dados para a produção do conhecimento pretendido.
O foco nesse tipo de pesquisa é colocar os própios autores consultados
em uma situação de conversa entre eles. Verifique que isso foi sendo feito ao
longo do nosso módulo de forma procurar ouvir diferentes autores, buscando
elucidar aspectos sobre nossa disciplina.
17
Assim não partimos para ouvir entrevistados, nem observar situações
vividas, mas mantivemos uma conversação e debate com os autores através de
seus escritos.
A pesquisa bibliográfica obedece a um passo a passo que acaba por ser
comum a outros tipos de pesquisa.
O primeiro passo é o delineamento da pesquisa que consiste na
elaboração do projeto de pesquisa.
Nele o pesquisador vai proceder a uma revisão bibliográfica: para aclarar
melhor o problema de pesquisa. Isso permite que ele se aproprie de
conhecimentos para a compreensão mais aprofundada do assunto e do tema.
A partir dessa seleção e da continuidade dela através da leitura
cuidadosa dos autores e obras selecionados são coletados os dados para
análise.
De posse dos dados e após um estudo aprofundado sobre os mesmos,
passa-se a sua organização, através de categorias de análise.
A partir da análise e interpretação dos dados segue-se para a discussão
dos resultados obtidos na coleta de dados.
Chega-se a fase de redação final que consistirá na elaboração do
relatório final da pesquisa na forma exigida para o nível de investigação. Esses
níveis podem ser os de monografia, trabalho de conclusão de curso, dissertação
de mestrado, tese de doutorado ou outro tipo de relatório.
Parada para revisão
Releia os informes sobre a pesquisa bibliográfica e faça um esquema
simples sobre o passo a passo para a organização da mesma.
18
Pronto para continuar?
No entanto, é necessário observar a especificidade dos procedimentos
metodológicos .
Comecemos pela leitura para análise e interpretação dos dados. Ela é
específica em todo processo, e exige do pesquisador muita atenção
Severino (1985), ao apresentar uma metodologia para leitura, análise e
interpretação de textos, afirma que não é possível captar os significados mais
profundos das ideias expressas nos textos acadêmicos e científicos se não com
um procedimento de leitura que seja sistematizado. Assim ele traça, diretrizes
metodológicas para a leitura, análise e interpretação de textos.
Interpretar, num sentido restrito, é tomar uma posição
própria a respeito das ideias enunciadas, é superar a
estrita mensagem do texto, é ler nas entrelinhas, é
forçar o autor a um diálogo, é explorar toda a
fecundidade das ideias expostas, é cotejá-las com
outras, enfim, é dialogar com o autor. (SEVERINO,
1985, p. 60).
19
Atividade
Aplique ao texto de Saviani (1998, p.45) esse procedimento sugerido no
parágrafo anterior.
Para a pedagogia crítico-social dos conteúdos, o processo de
apropriação do conhecimento como elaboração ativa do sujeito, em interação
com o objeto e os outros sujeitos, é o ponto chave do processo de ensino.
Voltando à sugestão de Severino(1985) quando ele enfatiza as múltiplas
tarefas de alguém que interpreta o texto de um autor. Severino chama a atenção
para o fato que é preciso contextualizar historicamente o autor e sua obra, para,
em seguida, proceder a um minucioso resumo da obra no que diz respeito à
estrutura do texto, as ideias apresentadas pelo autor a interpretação dessas
ideias, a problematização (discutir com o autor).
Vamos tentar esclarecer a situação de contextualização Suponha que
você leia algo escrito por Comênio(1592-1670) , na Didática Magna. Tenha
sempre em mente que ao escrever o texto o autor vivia no período de
nascimento do pensamento pedagógico moderno e assim mais facilmente você
entenderá as propostas que ele apresenta.
Outra técnica de leitura muito valiosa é o fichamento bibliográfico. O
fichamento bibliográfico deve acompanhar o estilo do pesquisador, mas alguns
de seus elementos são fundamentais tais como : informações completas sobre
20
autor e obra, informações do contexto histórico da produção da obra, resumo da
obra, identificação do objetivo, identificação da tese (ideia original defendida pelo
autor), identificação do referencial teórico (conceitos, categorias e pressupostos),
informações sobre as fontes e referências utilizadas pelo autor (INÁCIO-FILHO,
1995). O fichamento permite, portanto, sistematizar o trabalho de coleta de
dados sobre o qual serão empreendidas as análises dos temas em estudo.
Assim, a produção de conhecimentos, que resulta do trabalho de
investigação científica que toma a pesquisa bibliográfica como modalidade e não
se reduz a uma apresentação das ideias de diferentes autores acerca do tema
estudado. Ao contrário, exige do pesquisador a produção de argumentações
sobre o tema, nascidas da sua própria interpretação, resultado de um estudo
aprofundado sobre o assunto. Concordar, discordar, discutir, problematizar os
temas à luz das ideias dos autores lidos são os procedimentos dessa modalidade
de pesquisa.
3.1.1. Exemplo de pesquisa bibliográfica
Vejamos agora um exemplo de uma pesquisa bibliográfica.através do
resumo apresentado.
Construção coletiva de diretrizes teórico-metodológicas para a pesquisa
em educação ambiental.
Resumo: este estudo teve como principal objetivo construir diretrizes
teórico-metodológicas para a pesquisa em educação ambiental, uma
necessidade científica já apontada nos diferentes espaços de discussão desta
área de pesquisa. Ao contribuir para o fortalecimento da pesquisa em educação
ambiental, este estudo pode também contribuir para que essa prática social
gere conhecimentos relevantes para a prática da educação ambiental. Assim,
21
definimos como modalidade da pesquisa qualitativa para a construção coletiva
dessas diretrizes, a pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica foi feita a
partir de um levantamento de materiais já analisados e publicados em livros,
artigos científicos e teses de mestrado e doutorado. Selecionamos os autores e
obras, em forma de livros, mais significativos para a educação ambiental a
partir de uma listagem feita pelo grupo de pesquisadores. Foram selecionados
também artigos completos que relatam as pesquisas em educação ambiental
publicados nos Anais do I, ÍI e III EPEA (Encontro de Pesquisa em Educação
ambiental) e nos Anais da 26.a, 27.a, e 28.a Reunião Anual da ANPEd
(Associação Nacional de Pesquisa em Educação), referentes aos trabalhos
apresentados no GT-22, educação ambiental. Outras fontes de coleta de
dados para a pesquisa em educação ambiental foram os resumos das
dissertações de mestrado e teses de doutorado disponíveis no portal da
Capes, acessados através da internet. Procedemos então, individualmente, a
leitura dos textos distribuídos entre os integrantes do grupo e sua posterior
apresentação e discussão. O principal objetivo aqui foi identificar, analisar e
selecionar diretrizes teórico-metodológicas para a pesquisa em educação
ambiental. As diretrizes identificadas, analisadas e selecionadas nos indicam
que a pesquisa em educação ambiental deve: ser pesquisa qualitativa, ter
relevância científica e social, ter como característica básica o princípio da
ação cidadã, produzir conhecimentos pedagógicos para os processos
educativos ambientais, criticar e criar alternativas para os processos
pedagógicos conservadores, constrai conhecimentos para se compreender a
complexidade social e ambiental, tomar os temas ambientais locais como ponto
de partida para processos educativos críticos e transformadores, levar em
conta os princípios da sustentabilidade social e ambiental, ter caráter interdis-
ciplinar e produzir conhecimentos para processos educativos coletivos,
participativos, democráticos e emancipatórios. Estudadas e analisadas, essas
22
diretrizes vêm contribuindo para o desenvolvimento das pesquisas em
educação ambiental vinculadas ao grupo de pesquisadores e, publicados os
resultados, podem também contribuir para o desenvolvimento da pesquisa em
educação ambiental em outros espaços acadêmicos.
Grupo de Pesquisa cm Educação Ambiental - UNESP - Bauru
3. 2 .A pesquisa de campo
Essa modalidade de pesquisa, como o próprio nome indica, tem a fonte
de dados no próprio campo em que ocorrem os fenômenos. No caso da pesquisa
em educação, o campo são os espaços educativos. Quando nos referimos aos
campos educativos estamos nos referindo ao escolar e extra escolar, onde as
atividades de ensino-aprendizagem se realizam.
A pesquisa de campo em educação, portanto, caracteriza-se pela ida
do pesquisador aos espaços educativos para coleta de dados, com o objetivo
de compreender os fenômenos que nele ocorrem. Ao proceder a análise e
interpretação dos dados, a pesquisa poderá contribuir aclarar aspectos
educativos nos ambientes educativos escolares ou extra – escolares.
Dessa forma, os grandes momentos do processo de pesquisa, nessa
modalidade, também são a princípio iguais ao da pesquisa bibliográfica e
seguidos da coleta de dados com a ida ao campo para, através da aplicação de
algumas técnicas e instrumentos, em busca de dados para a análise. Esses
dados passam por determinada organização com organização em categorias
para facilitar a análise.
Seguem-se dois momentos essenciais quando são analisados,
interpretados e e discutidos os resultados obtidos na coleta de dados em diálogo
23
com os autores consultados e a partir disso se elabora o relato final que pode ser
uma : monografia, trabalho de conclusão de curso, dissertação de mestrado, tese
de doutorado ou outro tipo de relatório.
Há algumas maneiras de proceder à coleta de dados, levando em conta
as condições, objetivos e práticas de sua realização. As técnicas mais usadas
pelas pesquisas de campo das ciências da educação são a observação e a
entrevista.
A técnica de observação variará segundo o grau de participação do
pesquisador no local observado, podendo assumir dois tipos: observação ou
observação participante. Tenha em mente que observação é a técnica de coleta
de dados por meio da qual o pesquisador assume o papel de observador sem
nenhuma intervenção intencional no fenômeno abservado enquanto a
observação participante leva em conta a ação do próprio pesquisador. É, por
assim dizer um trabalho em que um professor, fazendo investigação de coleta de
dados por exemplo do processo aprendizagem da leitura e escrita dos seus
alunos,a observa e registra .
No tocante à entrevista essa pode também ser utilizada como entrevista
estruturada ou semi-estruturada, segundo o grau de sistematização delas. A
entrevista estruturada é a técnica de coleta de dados em que o pesquisador segue
rigorosamente um roteiro preestabelecido para suas entrevistas. Podemos
considerar que o questionário é um instrumento muito usado na pesquisa de
campo, e o mesmo tem máximo da estruturação possível para uma entrevista.
A entrevista semi-estruturada é como o próprio nome indica o meio
termo entre a estruturada e a totalmente livre como uma conversa entre
entrevistador e entrevistado sobre os temas de interesse da pesquisa.
24
3 .2.1. Exemplo de pesquisa de campo
Apresentamos, a seguir, o resumo de uma pesquisa de campo para
ilustração.
RESUMO
Esta pesquisa pretendeu ressaltar a temática da motivação profissional,
de uma perspectiva filosófica e reflexiva. Teve por finalidade tratar sobre a
importância da postura do gestor em relação à motivação da sua equipe. Seu
objetivo foi investigar a função do gestor como elemento primordial na co-relação
com a equipe dentro da organização, explicitando a motivação como alavanca
para o sucesso da empresa como um todo. O referencial teórico foi Lück( 2001 ).
Essa autora reflete sobre a importância da gestão participativa e a sua influência
de forma eficaz na motivação profissional. O autor Chiavenato (1999), traz um
olhar amplo sobre os aspectos da motivação e o reflexo que a falta da mesma
tem sobre os seres humanos e as suas atividades diárias, afetando até mesmo o
processo ensino- aprendizagem, pois um profissional desmotivado não consegue
desempenhar bem as suas funções. Para esta investigação de cunho qualitativo
foi realizada uma pesquisa de campo através de entrevistas com um grupo de
profissionais, de áreas diversas, de uma Instituição de Ensino privada. Este
estudo conclui que a motivação é um instrumento eficaz na trajetória e no
sucesso de uma Instituição e que cabe ao gestor buscar meios para atuar em
relação a sua equipe cuidando para que ela se sinta co-responsável no
desempenho da organização e motivada a contribuir da melhor forma possível
para o sucesso de todos. (BRAGA, ALINE. UNIVERCIDADE, 2006)
PALAVRAS CHAVES: Motivação, Gestão participativa, Equipe
Pedagógica, Processo Ensino-Aprendizagem.
25
3.3. A pesquisa documental
Como o sugerido pelo nome essa modalidade consiste na coleta dos
dados, através de documento que pode ser histórico, institucional, associativo,
ou oficial. Isso significa dizer que a busca de dados estará focada nos
documentos, que exigem uma análise, para a partir daí produzir-se
conhecimentos. Seguem-se alguns exemplos de documentos que se prestam a
esse trabalho em Educação:
O Relatório Mundial da Educação lnfantil da Unesco, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de Educação, os Parâmetros
Curriculares Nacionais, os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil, as Diretrizes Curriculares para os cursos de Pedagogia, a Agenda 21 e a
Carta de Salamanca
Concluimos ressaltando que a pesquisa documental em educação é,
portanto, uma análise que o pesquisador faz a documentos que tenham certo
significado para a organização da educação ou do ensino.
3 .3.1 Exemplo de pesquisa documental em Educação
No texto a seguir podemos ter, através do resumo da mesma um
exemplo de uma pesquisa documental em Educação.
Sinaes: do documento original à legislação(ROTHEN, J.C. e SCHULX, A.
UNITRI, 2005)
26
Resumo: no início do governo Lula, foi constituída a Comissão Especial
de Avaliação da Educação Superior (CEA) com o objetivo de elaborar uma
nova proposta de avaliação. O texto tem como propósito discutir e apresentar a
hipótese que a legislação que instala o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior (Sinaes) é diferente da Proposta da CEA, apesar de serem
apresentadas como interligadas. O estudo tem como fontes primárias os docu-
mentos: "Bases para uma nova proposta de avaliação da Educação Superior",
da CEA, e "Diretrizes para a avaliação das instituições de Educação Superior",
da Conaes, a Lei 10.861 que instituí o Sinaes e a Portaria MEC 2.051 que o
regulamenta. Conclui-se que o conteúdo da proposta e da legislação são
consequências das concepções da formação e a de controle; e que uma das
causas das diferenças reside no fato de que no governo Lula não há consenso
a qual função a avaliação deve atender.
3 .4 A pesquisa-ação
Tal como o nome implica, a pesquisa-ação visa produzir mudanças
através ação e ao mesmo tempo através da pesquisa se busca a compreensão a
respeito da ação da qual se participa. A consideração dessas duas dimensões,
mudanças e compreensão, podem dar uma importante contribuição na
elaboração do projeto de pesquisa. Nessa metodologia a pesquisa-ação a
produção de conhecimentos é articulada com a ação educativa. Fazer pesquisa-
ação significa planejar, observar, agir e refletir de maneira mais consciente, mais
sistemática e mais rigorosa o que fazemos na nossa experiência diária. Por um
lado investiga, produz conhecimentos sobre a realidade a ser estudada e, por
outro, realiza um processo educativo para o enfrentamenlo dessa mesma
realidade. Essa modalidade da pesquisa qualitativa também é conhecida como
pesquisa participante, pesquisa participativa ou pesquisa-ação-participativa. E
considerada "uma modalidade nova de conhecimento coletivo do mundo e das
27
condições de vida de pessoas, grupos e classes populares" (BRANDÃO, 1981,
p. 9).
Tem como ponto forte a participação democrática dos sujeitos
envolvidos. tomando como ponto de partida os problemas reais, e refletindo
sobre eles, visa-se romper a separação entre teoria e prática na produção de
conhecimentos sobre os processos educativos. "
Atividade
Compare as afirmativas e estabeleça as suas conclusões a respeito da
pesquisa- ação
(...)consiste em uma alternativa de pesquisa que coloca a ciência a
serviço da emancipação social, trazendo duplo desafio: o de pesquisar e o de
participar, o de investigar e educar, realizando a articulação entre teoria e prática
no processo educativo (DEMO, 1992).
A pesquisa-ação tem como ponto de partida a articulação entre a
produção de conhecimentos para a conscientizaçao dos sujeitos e solução de
problemas socialmente significativos (THIOLLENT 2000).
Nessa modalidade de pesquisa os participantes deixam de ser "objetos"
de estudo para serem pesquisadores, produtores de conhecimentos sobre sua
própria realidade. O sujeito que vive a realidade socioambiental em estudo é,
28
portanto, um sujeito-parceiro das investigações definidas participativamente; ou
ainda, um pesquisador comunitário que constrói e produz conhecimentos sobre
essa realidade em parceria com aquele que seria identificado, numa outra
modalidade de pesquisa, como pesquisador acadêmico.
Sâo claros os fundamentos político-sociais da pesquisa científica sob a
metodologia da pesquisa-ação em educação referem-se, em especial, à
necessidade de superar um modelo de ciência que se fundamenta na separação
entre a teoria e a prática. Por outro lado para alguns pesquisadores que utilizam
métodos e metodologias convencionais, a pesquisa ação é pobre, porque não
existem as condições metodológicas exigidas para um trabalho considerado
“científico”.
3.4.1.Exemplo de pesquisa ação
RESUMO
O trabalho de conclusão de curso se propõe a desenvolver uma abordagem
clara e precisa concernente a algumas implicações pedagógicas do processo de
Educação de Jovens e Adultos. Sua temática está focalizada nos desafios que
os educadores enfrentam no seu fazer pedagógico e a contribuição que a
metodologia de Paulo Freire acrescenta para o desenvolvimento de uma prática
diferenciada. Realizou-se uma pesquisa qualitativa em educação. Para tanto o
atual trabalho destacou a importância da aplicabilidade de um estudo
investigatório envolvendo educadora e educandos de um projeto de uma
Organização não governamental, para reforçar que a sociedade está unida para
uma perspectiva transformadora. E revelou-se que é possível vencer obstáculos
presentes no cotidiano escolar, possibilitando uma educação que priorize o
pensamento critico dos educandos, desenvolvendo sua autonomia intelectual e
29
com isso compromisso um com a sociedade. A que permita ao jovem e adulto o
resgate dos direitos sociais que lhes foram negados. (ROSA, PRISCILA G..
UNIVERCIDADE, 2006)
PALAVRAS - CHAVES: Educação de Jovens e Adultos, alfabetização,
aprendizagem
Ao final da apresentação das quatro formas mais comuns de pesquisa
metodológica em Educação, é válido registrar que no Brasil, as pesquisas em
educação têm crescido muito em número e qualidade da produção .
Ressaltamos que não há necessidade de se fechar um círculo levando
em conta somente os tipos de pesquisa apresentados no nosso módulo .
Há na verdade um desejo de construir práticas inovadoras de pesquisa em
Educação de forma a permitir a elaboração de um retrato cada vez mais próximo da
realidade educativa em nosso país, para que todos os envolvidos em Educação
possam auxiliar com seus trabalhos para a construção da sonhada sociedade mais
justa e democrática.
30
4. O PROJETO DE PESQUISA E A APRESENTAÇÃO DOS SEUS
RESULTADOS
Ao partirmos para a pesquisa faz-se necessário elaborar um projeto
de pesquisa adequado ao que se pretende e ao mesmo tempo procurando
atender às normas técnicas e à qualidade científica. É nele que o
pesquisador esboça, delimita e expõe o objeto de estudo explicitando o tipo
de abordagem que pretende dar ao assunto sobre o qual trabalhará.
De acordo com Tozoni-Reis(2010) podemos entender projeto de
pesquisa “não um caminho de traço único, rígido e engessado, mas um caminho
que possa, ao mesmo tempo, evitar os imprevistos e nos preparar para eles,
criando condições concretas para evitar qualquer coisa que nos imobilize”.
O meio acadêmico dá ao projeto de pesquisa uma importância que se
assemelharia ao cartão de vista do pesquisador.
Eis aqui o meu projeto!
4.1.Para iniciar um projeto de pesquisa
Uma interessante sugestão de princípios para elaborar um projeto são
sugeridas a seguir por Rudio(1986 apud Tozoni Reis, 2010).
Podemos partir desses princípios para pensar no projeto de
pesquisa.que iremos realizar.
31
Dessa forma as decisões a serem tomadas no projeto de pesquisa
dizem respeito ao tema, ao problema, aos objetivos, às hipóteses, às
justificativas, aos procedimentos metodológicos, ao tempo de execução, aos
recursos financeiros necessários e aos pesquisadores participantes.
Essa estrutura conta com: elementos pré-textuais (capa, folha de
rosto, resumo, sumário); elementos textuais (introdução, justificativa, objetivos,
problema de pesquisa, hipóteses, metodologia, cronograma) e elementos pós-
textuais {referências e anexos).
O que pesquisar?
Resposta: formulação do problema, das hipóteses e das referências teóricas.
Por que pesquisar?
Resposta: justificativas.
Como pesquisar?
Resposta: metodologia da pesquisa.
Quando pesquisar?
Resposta: cronograma
Com que recursos?
Resposta: orçamento.
Quem pesquisa?
Resposta:pesquisador/coordenador/orientador e/ou grupo de pesquisa.
(RUDIO,1986)
32
Capa , folha de rosto e sumário – elementos prétextuais
Modelo simplificado de projeto de pesquisa- elementos
textuais
� .1..Introdução (obrigatório): na introdução devem constar os
seguintes elementos abaixo:
� Assunto e Tema (obrigatório)
� Justificativa (obrigatório)
� Problema (obrigatório)
� Hipótese
� Objetivos gerais e específicos (obrigatório)
� 2.Fundamentação teórica
� 3.Metodologia
� 4.Cronograma
� 5. Orçamento (caso seja necessário)
� 6..Referências bibliográficas (obrigatório)
� 7.Anexos e glossário (se julgar necessário) elementos
póstextuais.
33
Com o projeto de pesquisa bem elaborado podemos partir para a
realização e apresentação da pesquisa que conterá também os chamados
elementos pretextuais, os textuais e os póstextuais.
4.1.1.Os elementos pré-textuais
São assim considerados a Capa, Folha de Rosto e Sumário
A capa, a folha de rosto e o sumário, devem vir cada um deles em
folha separada. Eles fazem parte da apresentação inicial do projeto de
pesquisa de uma monografia e depois é transformado na própria apresentação
do trabalho.
É importante ressaltar que cada Instituição estabelece o modelo que
deseja aplicar a seus trabalhos, especialmente quanto à capa e folha de rosto..
Os tipos de letra mais comumente aplicadas são a Times New Roman e a Arial
no tamanho 12 .
O sumário é obrigatório segundo as regras da ABNT e consiste na
enumeração das divisões, capítulos e outras partes do trabalho com o
respectivo número de página. Há algumas regras para a apresentação do
sumário que podem ser procuradas por você na ABNT sob o número
6027/1989. Optamos por não apresentá-las nesse seu primeiro contato com a
metodologia da pesquisa. À medida que seu interesse pelo método de
apresentação da pesquisa for crescendo , você deverá buscar as normas na
ABNT.
Observe as sugestões de modelo a seguir.
34
35
36
4.1.2 Os elementos textuais da pesquisa
Daqui em diante estaremos apresentando as formas de escrever não só
o projeto de pesquisa como também o relato do resultado dela.
Ao realizar um trabalho acadêmico você tem três partes principais e
inevitáveis, quais sejam : a introdução o desenvolvimento e a conclusão, (ABNT-
NBR14.724/2002) e cada um deles tem alguns elementos que precisam ser
cuidados ao tratarmos de um trabalho de pesquisa.
O assunto e o tema da pesquisa: informações da introdução
Todo trabalho científico, seja ele uma proposta ou um relatório de
pesquisa em forma de artigo ou texto completo tem início com a introdução. Essa
introdução precisa ter a qualidade necessária para integrá-la ao corpo do
trabalho.
Num projeto de pesquisa, ela tem o objetivo de traçar um panorama
geral do estudo proposto, isto é, descrever em linhas gerais o estudo que será
apresentado nas páginas seguintes.
A introdução deve informar ao leitor o ponto a partir do qual o autor da
proposta concebe o assunto e o tema a ser estudado. Para isso, necessitamos,
em primeiro lugar, apresentar o assunto em estudo para, em seguida,
empreender uma rigorosa revisão bibliográfica sobre ele e, então, apresentar o
tema.
Um assunto, no processo de investigação científica, diz respeito a uma
abordagem mais geral do tema a ser estudado. Assim, se vamos estudar, por
exemplo, tem um tema sobre a a introdução do colegiado escolar numa dada
instituição , podemos considerar que o assunto é a Gestão escolar. Outro
exemplo: se o assunto de um estudo monográfico é alfabetização, o tema pode
ser a alfabetização na Educação Infantil.
37
Assunto Tema
Assim seria recomendável que na introdução o pesquisador enfocasse
seu tema a partir do assunto mais geral para então chegar ao tema.
Uma introdução bem escrita não precisa ser longa como um capítulo,
mas deve ser objetiva, tratar do assunto e do tema estudado, pois tem o papel de
fazer o o leitor se interessar pela leitura e segui-la adiante .
O importante aqui é apresentar ao leitor o trabalho de forma mais geral,
isto é, ele deve ser informado, na introdução, o que e como será tratada a
temática a ser desenvolvida no decorrer do texto.
Falando de uma forma mais livre a introdução pode ser comparada ao
lançamento de uma novela ou um filme que vá estrear. Antes deles acontecerem
a televisão mostra partes do conteúdo, traça o perfil rápido dos personagens de
forma a interessar o público.
O tema necessita, num primeiro momento, ser explorado de tal forma
pelo pesquisador a ponto de criar um problema de pesquisa, ainda mais
específico. Assim, é importante que o tema seja contextualizado na introdução
para que se possa compreender melhor as perspectivas de análise.
Se o pesquisador apresentar o trabalho acerca da alfabetização na
Educação Infantil, como no exemplo anterior, é imprescindivel que na introdução
ele deixe claro o que ele entende como "Educação Infantil" e "alfabetização"
38
explicando os principais conceitos que serão abordados pelo trabalho. Fará essa
explicação a partir de uma breve análise das principais concepções defendidas
e/ou criticadas por outros autores. Assim, a introdução de um projeto de
pesquisa tem necessariamente algumas tarefas a cumprir: deve fazer uma breve
revisão bibliográfica sobre o assunto e o tema, tomar posição acerca das
diferentes concepções sobre eles, anunciar o estudo a ser empreendido e
apresentar, brevemente e parte a parte, o restante do projeto.
Outro aspecto essencial ao projeto de pesquisa diz respeito às justificativas
do estudo. Justificar é mostrar que o tema proposto é relevante procurando
demonstrar as razões pelas quais se justifica sua realização. É possível
conseguir argumentos a partir da leitura dos autores e obras que tratam do
tema. Esses darão suporte ou subsídios para a justificativa.
De acordo com Deslandes devemos considerar algumas indagações:
"Quais os motivos que a justificam? Que contribuições para a compreensão,
intervenção ou solução para o problema trará a realização de tal pesquisa?"
(DESLANDES, 1998). Nos projetos de pesquisa em educação, é na
justificativa que o pesquisador argumenta sobre a relevância social e científica
do tema em estudo que deve ter razões que comprovem a importância da
mesma.
Definição dos objetivos
Um objetivo é um propósito, uma meta, um alvo que se pretende
atingir, uma ação a ser realizada, a própria materialização do estudo. Assim, a
definição dos objetivos é uma das mais importantes etapas de um trabalho
científico. É a partir da formulação dos objetivos que se pode delinear o projeto
de pesquisa.
A formulação deles obedece a uma certa ordem e coerência. Vejamos
de que forma .É conveniente apresentar, primeiramente, objetivos gerais do
39
estudo para, em seguida, traçar os objetivos específicos. Também não é
interessante apresentar muitos objetivos, mas aqueles que têm mais
significado para o trabalho. Facilita muito a leitura se os objetivos estiverem
interligados entre si e apresentados de forma sequencial. É recomendável
para garantir a clareza da ação a ser realizada, iniciar sempre a formulação de
um objetivo usando uma ação no infinitivo: identificar, analisar, compreender
etc.
O problema de pesquisa
A escolha e formulação ao problema de pesquisa, parte importante do
projeto, é uma das tarefas mais difíceis da construção da proposta da
pesquisa. O problema emerge do tema, é a problematização, portanto, é da
compreensão mais aprofundada do tema de pesquisa que surge o problema.
Partir de um assunto mais amplo, delimitar um tema, pensá-lo na perspectiva
do estudo proposto, dos objetivos, é chegar perto da formulação do problema.
(SALOMON, 2004).
Um problema decorre, portanto, de um aprofundamento do tema. Ele é
sempre individualizado e específico.
Diversos autores sugerem que o problema deve ter algumas
características. A mais usual delas se refere ao fato que, para facilitar a
pesquisa, o mesmo deve ser formulado como pergunta.
40
Essa maneira parece ser a mais simples para se formular um problema,
além do que facilita sua identificação por quem consulta o projeto de pesquisa. A
formulação do problema deve ser clara e precisa.
A escolha de um problema merece que o pesquisador faça sérias indaga-
ções (RUDIO, 1986 apud TOZONI-REIS 2010):
a) Trata-se de um problema original?
b) O problema é relevante?
c) Ainda que seja "interessante", é adequado para mim?
d) Tenho hoje possibilidades reais para executar tal estudo?
e) Existem recursos financeiros para a investigação desse tema?
f) Terei tempo suficiente para investigar tal questão?
A formulação das hipóteses
O que são hipóteses e qual seu papel no projeto de pesquisa?
Hipóteses dizem respeito às indagações que orientam a investigação. Isto é,
41
são respostas provisórias aos problemas de pesquisa e têm como função
principal nortear as investigações. As hipóteses orientam o diálogo do
investigador com a realidade a ser compreendida e interpretada, portanto,
devem ser claras, objetivas, específicas e ter como base as referências
teóricas do estudo apresentado pelo projeto.
Para Salomon(2004) a hipótese e problema formam um todo indivisível,
quando se pensa no projeto quer em termos de metodologia ou teoricamente.
A definição da hipótese como resposta provisória ao problema é um
dado interessnte. Como é a "solução" indicada e que precisa ser comprovada
pela pesquisa - daí a coleta de dados e sua análise se fazerem em função da(s)
hipótese(s) - sua formulação está intimamente relacionada com o problema.
Tanto o problema corno a hipótese são formulados dentro do marco teó-
rico de referência adotado pelo pesquisador. O esboço desse marco teórico já
deve existir e ser revelado no projeto. O processo de pesquisa, particularmente
nas fases do levantamento bibliográfico e da documentação, proporcionam ao
pesquisador sua complementação ou sua reformulação.
A escolha da metodologia
Assim como na monografia, no projeto de pesquisa ou trabalho de
término de curso a metodologia tem como objetivo principal informar sobre o
caminho a ser percorrido na pesquisa, mais do que uma descrição detalhada
do uso previsto das técnicas e instrumentos. Deve apresentar todo caminho
percorrido, com a coerência teórico-metodológica necessária. Assim, num projeto
de pesquisa em educação encontramos na metodologia, em primeiro lugar, uma
reflexão teórica sobre a metodologia de pesquisa qualitativa e a modalidade de
pesquisa escolhida para o trabalho: pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo,
pesquisa documental, pesquisa-ação etc.
42
Deslandes (1998) nos inspira a sintetizar os principais elementos da meto-
dologia como: definição do universo ou campo onde se fará a pesquisa; coleta de
dados; e organização e análise dos dados, isto é, após a reflexão teórica acerca da
modalidade de pesquisa escolhida, na metodologia devem constar a abrangência
do universo a ser pesquisado (lembremos que a pesquisa qualitativa não se baseia
em critérios estatísticos de amostragem do universo de pesquisa, mas exige que ele
seja definido e anunciado), as técnicas e instrumentos que vão viabilizar a coleta
de dados, descritos da maneira mais detalhada possível (entrevistas, observações,
questionários etc.), e a descrição também detalhada de como serão organizados e
analisados os dados coletados.
É uma boa possibilidade anexar o roteiro, mesmo que provisório, das
observações, entrevistas e/ou questionários ao projeto de pesquisa.
É possível ainda apresentar uma descrição detalhada de todos os pro-
cedimentos de pesquisa usados no trabalho. Trata-se de especificar quantas
entrevistas foram previstas, quantas foram realizadas, com que público, onde, além
dos procedimentos de organização e análise dos dados.Leia o exemplo:
Uma professora procurou descobrir porque havia diferenças na forma
de denominar um mesmo colégio quando os alunos estavam cursando a
primeira fase da Ensino Fundamental e outra quando ingressavam na segunda
fase. Para entender o porquê da diferença de representação para a mesma
instituição na passagem do 5º ano para o 6º ano , a professora entrevistou
professores de ambos os segmentos, pais de alunos que também eram
professores do mesmo colégio e assitiu às aulas tanto do primeiro quanto do
segundo segmento para tentar descobrir no discurso dos diferentes agentes
sociais as razões para a diferença de nomenclatura e atitude, dentro da mesma
instituição. Para isso usou a análise de discurso como forma de desvelamento
daquela realidade , além da pesquisa bibliográfica e documental.
43
MODELO DE PROJETO DE PESQUISA
1. INTRODUÇÃO 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA 3. OBJETIVOS 4. JUSTIFICATIVA 5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 6. HIPÓTESE(S) 7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8. METODOLOGIA DA PESQUISA 9. CRONOGRAMA 10. BIBLIOGRAFIA
Univercidade- Pedagogia- TCC 1 - 5º Período- Unidade Freguesia
1. INTRODUÇÃO (CORREA, Rosana. UNIVERCIDADE, 2006)
Atualmente, a informação é uma das principais ferramentas para a
participação no mundo social e o domínio da linguagem torna-se essencial
para desenvolver competências que possibilitem ao homem movimentar-se e
interar-se com o meio.
Buscar-se-á neste projeto, investigar a dificuldade que os alunos de
nível médio apresentam para transmitir informações, pois é através da análise,
pesquisa, busca de argumentos que o aluno poderá selecionar informações
produzindo sentido para problematizar os modos de construir conhecimento
facilitando a forma de ver a si mesmo e o mundo.
Exemplo de Projeto de Pesquisa do Trabalho de Término
de Curso do Centro Universitário da Cidade-UNIVERCIDADE
44
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
A função da linguagem, a objetividade das informações, a articulação
textual e a identificação dos diferentes gêneros textuais, serão temas
abordados através do desenvolvimento dessa monografia.
Estabelecer-se-á, com base na linha de pesquisa da Univercidade,
relativa à gestão pedagógica e cotidiano da escola, uma investigação de
ações e projetos que possibilitem ao professor trabalhar com seu aluno de
forma a fazê-lo buscar autonomamente informações que necessitem. Esse
estudo atende ainda à formação da pesquisadora em Administração e
Supervisão Escolar.
3. OBJETIVOS
Favorecer, através de uma metodologia de projetos, a formação do
comportamento leitor dos alunos desde cedo para que observem os textos
apresentados, identifiquem suas formas e reconheçam os aspectos e as
pistas que facilitem a compreensão do conteúdo.
Elucidar junto aos professores meios de contribuir para a qualidade da
leitura.
Colaborar com reflexões baseadas nas experiências vivenciadas pela
pesquisadora, relatando as dificuldades apresentadas pelos candidatos na
inscrição para o Vestibular de uma Universidade Pública Federal.
4. JUSTIFICATIVA
A pesquisa originou-se da necessidade de investigar as raízes da
dificuldade que muitos alunos concluintes do nível médio apresentam na
transferência do conhecimento escolar para uma situação nova.
45
Ao efetuar inscrições para o Vestibular, o candidato não consegue
repassar para o formulário as informações solicitadas, baseando-se nas
explicações de editais e manuais disponibilizados para orientação, gerando
uma grande quantidade de dados errados inviabilizando o ato de confirmação
de inscrição.
5. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Em que medida o Supervisor poderá contribuir para diminuir a
dificuldade que os alunos concluintes do Ensino Médio apresentam em
situações que exigem a autoinformação?
6. HIPÓTESE(S)
A questão da auto-informação está ligada à função da linguagem,
chamada referencial que prevê objetividade e ao domínio dos vários tipos de
textos. Ao se deparar com situações novas, esta linguagem torna-se emotiva
e o aluno confunde-se.
Parte-se da hipótese que a escola não vem trabalhando
adequadamente os diferentes gêneros textuais, dificultando assim a formação
de leitores.
7. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A pesquisa fundamentar-se-á na proposta dos PCNS para o Ensino
Médio, com ênfase no uso da linguagem, métodos e tecnologias, passando
pela importância da coesão e coerência textual de Ingedore Koch, seguindo a
linha de pensamento de Luiz Antonio Marcushi em seu livro Por uma Proposta
para a classificação dos gêneros textuais.
46
8. METODOLOGIA
A metodologia usada neste trabalho será qualitativa de cunho
bibliográfico e documental com análise de textos, revistas, consulta de vários
livros que possam esclarecer de forma objetiva como desenvolver um trabalho
sistemático e organizado com a linguagem de forma que o aluno possa atuar
como agente transformador na sociedade.
Será também apresentada uma coleta de dados com exemplificação
dos formulários de inscrição numa Universidade Federal com erros que
demonstram a dificuldade de interpretação das informações solicitadas.
Utilizar-se-á ainda o relato de experiência do pesquisador que durante sua
atividade laboral na Instituição citada vem constatando o problema bem de
perto.
9. CRONOGRAMA
10. BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério de Educação. Secretaria de Educação Básica.
Parâmetros Curriculares Nacionais para Ensino Médio. Brasília: 1998.
Eventos MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO MÊS/ANO
Projeto 05/06 05/06 05/06 05/06
Introdução 05/06 05/06 05/06 05/06
Capítulo 1 06/06 06/06 06/06 06/06
Capítulo 2 08/06 08/06 08/06 08/06
Capítulo 3 08/06 08/06 08/06 08/06
Conclusão 12/06 12/06 12/06 12/06
47
KOCH, Ingedore Villaça. A Coesão Textual. São Paulo: Contexto,
2004.
---------. Coerência Textual. São Paulo: Contexto, 2005.
MARCUSCHI, Luis Antônio. Por Uma Proposta para Classificação
dos Gêneros Textuais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.
Outro exemplo que será acrescentado ao nosso módulo se refere ao
momento em que o projeto fornece os aportes para se construir a Introdução da
monografia propriamente dita. Você poderá, comparando os dois exemplos,
verificar o quanto o projeto é valioso não só para o início, mas também para a
continuidade de um estudo.
INTRODUÇÃO da monografia (GÒIS, Edijane C.S. UNIVERCIDADE, 2005)
Discutir sobre as questões ambientais no interior das instituições de
ensino é de suma importância para a sociedade, pois o futuro da humanidade
depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso que o homem faz e
poderá fazer dos recursos naturais disponíveis.
Sendo assim esta pesquisa tratou da educação ambiental voltada para o
interior das escolas, tendo o supervisor e o corpo docente como agentes
transformadores na conscientização infantil de uma sociedade futura centrada no
desenvolvimento de valores, atitudes, posturas éticas que são trabalhadas desde
a infância, e que vão consolidar-se na vida adulta, contemplando as inter-
relações do meio natural com o social, verificando assim, a necessidade de uma
crescente internalização da questão ambiental, estimulando a criança para uma
reflexão da realidade atual.
48
O presente estudo tem como tema: Educação Ambiental: O Papel do
Supervisor numa visão ecopedagógica no contexto escolar. Esta pesquisa tomou
como direção a formação de profissionais da educação na ética, representação
social e cidadania e atende à habilitação em administração e supervisão escolar
da UNIVERCIDADE referente à formação e trabalho do profissional da
Educação, a constituição do saber docente e de suas práticas, através das
relações sociais existentes.
Esta pesquisa teve como objetivo geral refletir sobre as possibilidades que
os espaços escolares proporcionem a interação do indivíduo com a natureza,
ensejando a aproximação e o respeito, para que o homem venha interrelacionar-
se harmoniosamente com o ambiente.
Como objetivos específicos o estudo visou: estudar as possibilidades de o
Supervisor Escolar contribuir na construção de uma consciência
socioambientalista, comprometida com a qualidade de vida no cotidiano escolar;
verificar por que caminhos as instituições escolares vêm trabalhando a questão
da Educação Ambiental no seu currículo, fazendo um breve histórico ao longo
das décadas.
A justificativa que demonstra a relevância em abordar esse tema partiu da
possibilidade de se repensar as práticas sociais e o papel do supervisor como
mediador e como transmissor de um conhecimento necessário aos docentes,
para que esses compreendam o meio ambiente global e local, os problemas e
possíveis soluções, a importância da responsabilidade de cada um para a
construção de uma sociedade ambientalmente sustentável.
O trabalho de pesquisa apresenta como questão-problema: em que
medida a escola pode contribuir na formação do professor/aluno/comunidade,
como parte de uma sociedade mais consciente das suas ações, vivências e
experiências perante o meio ambiente?
49
Como hipótese, tem-se que os supervisores escolares, em consonância
com o corpo docente poderão possibilitar a reformulação do currículo, na
implementação de novas habilidades e competências para se trabalhar a
questão da preservação ambiental dentro do contexto escolar, refletindo,
futuramente, a vivência de uma sociedade cidadã-consciente.
Neste estudo foram utilizados pressupostos teóricos de Carvalho (2004),
Reigota (2001), Gadotti (2000) entre outros, uma vez que são autores
renomados e fizeram considerações significativas sobre o assunto.
A metodologia utilizada foi de pesquisa qualitativa de tipo bibliográfica
descritiva e documental, na qual foram utilizados diversos documentos e livros de
autores renomados que tratam do assunto supracitado.
Para apresentar este trabalho foram criados três capítulos assim
dispostos:
No primeiro capítulo foi feito um histórico da questão ambiental no Brasil e
a inclusão da educação ambiental no currículo contemporâneo.
O segundo capítulo trouxe à tona a função do supervisor escolar como
articulador de propostas ambientais que viabilizam a trabalho e a prática docente
no contexto escolar.
E por fim, no terceiro capítulo foi feita a união do tema abordado e o papel
do supervisor na elaboração de possíveis estratégicas de ação curricular que
potencializam a questão de ensino-aprendizagem, da formação de atitudes e de
respeito ao meio ambiente que vem sendo discutida de forma séria e objetiva.
Este estudo não pretendeu dar o assunto como acabado, mas levantar
questões para possíveis discussões e encaminhamentos.
50
5. CUIDADOS NECESSÁRIOS COM AS REFERÊNCIAS
As referências são um componente importante do projeto de pesquisa,
pois têm o papel de oferecer ao leitor mais algumas pistas sobre os caminhos
teóricos e metodológicos percorridos pelo pesquisador. Sua finalidade objetiva é
apresentar a documentação usada nos estudos empreendidos para chegada ao
tema, proporcionando um maior aprofundamento dos estudos.
As diretrizes e normas para as referências são as mesmas tanto para
projetos quanto para relatórios de pesquisa quer sejam monografias, trabalhos de
término de curso , dissertações, teses ou artigos científicos.
Muitos pesquisadores até iniciam a leitura de um trabalho científico pelas
referências, pois, a partir dos autores tratados no estudo, tem-se um conjunto de
informações a respeito da abordagem dada ao tema, e isso já fornece uma pista
do interesse do leitor pelo estudo.
A apresentação das referências devem ser bastante detalhadas, uma vez
que objetivam padronizar as informações em todos os países do mundo. No
Brasil, como já citamos, essa normatização é feita pela ABNT.
Para o objetivo do nosso módulo serão trazidas a você alguns informes
essenciais dada a importância que essa parte da pesquisa apresenta.
As referências completas devem vir sempre no final do texto, mas à
medida que desenvolvemos o trabalho há também alguns cuidados no
tratamento das mesmas sendo essencial observar rigorosamente as normas de
referências.
Dessa forma todos os autores citados ou referenciados durante o texto
têm que estar nas Referências. Se um autor teve muita importância no trabalho
na fundamentação teórica do trabalho, ele tem que estar citado ou referido
durante o mesmo.
51
Há duas formas de citar um autor: de forma direta ou indireta
A citação direta é a fala literal do autor, transcrita diretamente do texto
lido. Para fazer "citações diretas' de autores quando forem muito adequadas ao
tema abordado deve-se ter em conta alguns procedimentos. Para trechos
transcritos com até 3 linhas, colocar a citação no corpo do trecho, sempre entre
aspas, sem itálico e com fonte igual a do restante do texto. Se a citação
ultrapassar as três linhas ela deve ser apresentada em destaque,com fonte
menor e com recuo em relação ao parágrafo utilizado no texto. Observe o
recurso sendo usado no nosso módulo na página 8. Atenção: o número da
página da obra de onde a citação direta for extraída precisa aparecer também.
A citação indireta é um recurso que indica a influência dos autores lidos
nas ideias apresentadas pelo pesquisador. Para chamada no texto, deve-se en-
trar com o último sobrenome do autor e o ano de publicação. Exemplos:
(GARCIA, 1993) caso ela venha no final da paráfrase ou se você preferir ou
Garcia (1993) se estiver se referindo a ele durante a paráfrase..
Para reforçar
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição
responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e
minúsculas. Exemplo: Ramal (2002) e, quando estiverem entre parênteses,
devem ser em letras maiúsculas. Exemplo: (RAMAL, 2002)
Continuando a nossa conversa sobre as citações há ainda mais
algumas informações úteis.
Assim nas citações diretas ou indiretas, quando se trata de uma obra
de dois autores, deve-se colocar "e" entre eles. Exemplo: De acordo com
Gandin e Gandin (1999) ... ou (GANDIN e GANDIN,1999)se estiver no final do
texto citado.
52
Por outro lado usa-se "et al” se os autores forem três ou mais por
exemplo: (MINAYO et al, 2005) ou Reis et at (2005);
Outra regra a ser seguida é a de que para fazer omissões de partes do
trecho citado ou saltos maiores nas citações, deve-se usar reticências entre
colchetes [...];.Você pode observar a aplicação da regra na página 9 do nosso
módulo.
Quando se você quer citar um autor que foi citado por outro (citação de
citação), porque não se tem a obra original usa-se apud. Exemplo: Segundo
Montessori (apud GADOTTI, 2002).
Algumas vezes as notas de rodapé são necessárias e merecem
cuidado . Assim use-as somente para completar informações . A versão mais
moderna do editor de texto oferece esse recurso e se coloca o número no texto e
no rodapé a referência já vai aparecer com letra menor do que a do texto e com
espaço simples.
Reforçando ideias
Citação é a menção de uma informação extraída de outra fonte. Ela pode ser
direta ou indireta. Citação direta é a transcrição textual de parte da obra do
autor consultado. Citação indireta é o texto baseado na obra do autor
consultado. Sempre que utilizar citações diretas, é necessário especificar no
texto a página, volume, tomo ou seção da fonte consultada. Na citação
indireta, a indicação da página consultada é opcional.
Exemplos com citações indiretas:
Este momento de crise em que vivemos caracteriza-se, de acordo com
Santos (1997) pela perda da confiança epistemológica. Para o autor, está-se
vivendo o fim de um ciclo de hegemonia de certa ordem científica.
53
O diretor de escola, que deveria ser um agente envolvido na formação do
aluno, acaba por se transformar num burocrata que se limita a assinar papéis e
seguir ordens superiores. (HORA, 1994)
Exemplos com citações diretas:
As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas
entre aspas duplas. As aspas simples são utilizadas para indicar citação no
interior da citação.
Primeiro exemplo
Para Libâneo, “o campo da atividade pedagógica extra-escolar é
extenso. Poder-se-ia incluir no item da educação extra-escolar toda gama de
agentes pedagógicos que atuam no âmbito da vida privada e social.” (LIBÂNEO,
1997, p.52)
Segundo exemplo
As citações diretas, no texto, com mais de três linhas, devem ser
destacadas com recuo da margem esquerda, com letra menor que a do texto
utilizado e sem aspas.
As mudanças recentes no capitalismo internacional
colocam novas questões para a Pedagogia. O mundo
assiste hoje a intensas transformações, como a
internacionalização da economia, as inovações
tecnológicas e científicas que levam à introdução, no
processo produtivo, de novos sistemas de organização do
trabalho, mudança de perfil profissional e novas exigências
de qualificação dos trabalhadores, que acabam afetando os
sistemas de ensino. (LIBÂNEO, 1997, p.20)
54
Fique atento
Há autores que diferenciam bibliografia de referências bibliográficas nos
trabalhos acadêmicos-científicos. Dessa forma a bibliografia seria a
apresentação dos autores lidos, mesmo os que não são referidos ou citados no
texto, e as referências mostram apenas os autores referidos e citados.
Como nossos módulos não são apresentação de trabalho científico
optamos por usar as duas denominações, tendo em conta que por exemplo nos
módulos da Língua portuguesa seria contra producente para a continuidade da
sua leitura, a cada exemplo citar de que gramática o mesmo estava sendo
retirado.
No entanto, em trabalhos acadêmicos deve-se usar apenas a referência
bibliográfica.Há diferentes possibilidades de apresentação das referências mas a
mais usada é a da colocação em ordem alfabética de autores.
Nos trabalhos científicos, as referências devem apresentar os
seguintes dados: autor, título da obra, numeração da edição, local da
publicação, editora e ano de publicação. Esses são os dados mais comuns,
porém, dependendo do tipo de referência, é preciso também constar
indicação do volume, coleçào, número de série, do tradutor, número de
páginas, data mais completa de publicação, do endereço de acesso
eletrônico etc. Para saber mais sobre as referências consulte as normas
ABNT.
55
6-A CONSTRUÇÃO DO TEXTO DE UM CAPÍTULO E A CONCLUSÃO
Para descrever os capítulos e elaborar a conclusão do trabalho são
precisos alguns cuidados.
6.1. A construção dos capítulos
Ao começá-lo deve-se apresentar um parágrafo introdutório que aborde,
de forma geral, o que vai ser descrito nos subitens do capítulo.
Ao final do capítulo o mesmo deve ter um fechamento sobre o que foi
pesquisado e cabe fazer referência ao que vai ser desenvolvido a seguir, no
próximo capítulo.
Para que o leitor não tenha a leitura longa que leve à dispersão procure
abrir parágrafos com freqüência. Elimine também o uso de parênteses e não use
reticências nem pontos de exclamação.
Ao elaborar um texto para um trabalho científico é aconselhável o uso de
forma impessoal na terceira pessoa como nas sugestões: Achou-se por bem;
Utilizaram-se os dados disponíveis; Procurou-se elucidar. (ISKANDAR, 2003).
Essa rigidez de forma pode e já é flexibilizada com a possibilidade da
utilização da primeira pessoa do plural. Observe o exemplo:
É interessante que ao termos coragem de romper com as
fronteiras disciplinares vamos encontrar respostas a nossas
questões as quais, na fronteira disciplinar que alguns
insistem em nos prender, não havíamos encontrado.
Como enfocar, por exemplo, o problema do fracasso
escolar se nos mantivermos na gaveta disciplinar fechada e
o entregarmos aos especialistas avaliadores do sistema.
(ALVES E GARCIA, 2001, p.95)
56
Ao elaborar o texto dos capítulos você deverá, citar os autores cujas
obras darão sustentação as suas idéias a respeito do tema escolhido, utilizando-
se das citações diretas e indiretas, cuja forma de apresentação técnica já
estudamos.
Uma boa redação deve levar em conta que essas citações especialmente
as diretas, ao serem utilizadas devem ser interpretadas ou se deve citar um texto
como apoio a uma interpretação já feita. Também não fica muito agradável
utilizar-se citações diretas muito longas e muitas numa página só.
Há algumas expressões úteis na elaboração desses comentários:
� Cabe, pois concluir que; parece acertado que; dever-se-ia dizer que;
é lícito supor; conclui-se daí que; ao exame desse texto percebe-se que...
Para fazer as citações indiretas usamos as
paráfrases.
Paráfrase é a interpretação de um texto com
palavras próprias, mantido o pensamento
original. (KOOGAN/HOUAISS, 1994)
57
De acordo com site abaixo1 pode-se parafrasear utilizando-se de:
Emprego de sinônimos; Emprego de antônimos apoiados em palavras negativas;
Mudança de ordem dos termos no período; Omissão de termos facilmente
subentendidos; Mudança de voz verbal, entre outros.
Exercícios com paráfrases e citações
Atividade 1
PERRENOUD, Philippe. Avaliação entre duas lógicas: da excelência à
regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999, P.14.
A escola conformou-se com as desigualdades de êxito por tanto tempo
quanto elas pareciam "na ordem das coisas". Dentro dessa perspectiva, uma
avaliação formativa não tinha muito sentido: a escola ensinava e, se tivessem
vontade e meios intelectuais, os alunos aprendiam. A escola não se sentia
responsável pelas aprendizagens, limitava-se a oferecer a todos a oportunidade
de aprender: cabia a cada um aproveitá-la! A noção de desigualdade das
oportunidades não significou, até um período recente, nada, além disto: que cada
um tenha acesso ao ensino, sem entraves geográficos ou financeiros, sem
inquietação com seu sexo ou sua condição de origem.
Use o espaço abaixo e parafraseie as idéias expressas pelo autor.
Segundo Perrenoud (1999)
1http://portuguesnaveia.blogspot.com/2008/04/parfrase.html
1
58
Você poderá usar: Segundo... - de acordo com... - como lembra... -,
atendendo ao que propõe. - a partir do pensamento de... -... (ano) indica, ...-
....explicita que ....Obs.: sempre se coloca o ano da obra consultada.
Atividade 2
Citações, paráfrases e plágio
Ao elaborar a ficha de leitura, você resumiu vários pontos do autor que
lhe interessavam: isto é, fez paráfrases e repetiu com suas próprias palavras o
pensamento do autor. E também reproduziu trechos inteiros entre aspas.
Ao passar para a redação da tese, já não terá sob os olhos o texto, e
provavelmente copiará longos trechos das fichas. Aqui, é preciso certificar-se de
que os trechos que copiou são realmente paráfrases e não citações sem aspas.
Do contrário, terá cometido um plágio.
Essa forma de plágio é assaz comum nas teses. O estudante fica com a
consciência tranqüila porque informa, antes ou depois, em nota de rodapé, que
está se referindo àquele autor. Mas o leitor que, por acaso, percebe na página
não uma paráfrase do texto original, mas uma verdadeira cópia sem aspas pode
tirar daí uma péssima impressão. E isto não diz respeito apenas ao orientador,
mas a quem quer que posteriormente estude a sua tese, para publicá-la ou para
avaliar sua competência.
Como ter certeza de que uma paráfrase não é um plágio? Antes de tudo,
se for muito mais curta do que o original, é claro. Mas há casos em que o autor
diz coisas de grande conteúdo numa frase ou período curtíssimo, de sorte que a
paráfrase deve ser muito mais longa do que o trecho original. Neste caso, não se
59
deve preocupar doentiamente em nunca colocar as mesmas palavras, pois às
vezes é inevitável ou mesmo útil que certos termos permaneçam imutáveis.
A prova mais cabal é dada quando conseguimos parafrasear o texto sem
tê-lo diante dos olhos, significando que não só não o copiamos como o
entendemos.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1997
Agora responda:
1. Para Eco como se pode elaborar um fichamento?
2. Quando se comete um plágio?
3. Por que o plágio desvaloriza um trabalho?
4. Qual a melhor maneira de parafrasear?
6.2 A elaboração da conclusão
Esta é a parte final do texto e para elaborá-la você deve se preocupar em
voltar à Introdução e verificar se seus objetivos, sua hipótese e se os autores
referenciados como essenciais permitiram que você cumprisse o roteiro que havia
traçado.
Abra parágrafos referentes às conclusões a que você chegou a cada
capítulo.
Apresente sugestões para ação a partir do que você concluiu. Também é
interessante relatar se a pesquisa que você realizou instigou-o, a saber, mais
sobre a temática envolvida.
60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E BIBLIOGRAFIAS:
ALVES-MAZZOTTI, A. J. & GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas
ciências naturais e sociais. São Paulo: Pioneira, 1998.
ALVES, Nilda e GARCIA, Regina. Atravessando fronteiras e
descobrindo (mais uma vez) a complexidade do mundo. In O sentido da
Escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
ALVES, Rubem. Entre a Ciência e a Sapiência – o dilema da
Educação. São Paulo: Loyola, 2001
BRANDÃO, C. R. (org.) Pesquisa participante. 3. Ed, São Paulo:
Brasiliense, 1981.
DEMO, P. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo:
Atlas, 1995.
DESLANDES, Sueli Ferreira. A construção de um projeto de
pesquisa. Pesquisa social- Teoria, Método e Criatividade. (org.) Petrópolis:
Vozes, 1996.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1997
FERREIRA, Aurélio. B. H. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
61
FERREIRA, Rosa Maria G. C. Anotações de orientação aos alunos de
TCC. Rio de Janeiro: UNIVERCIDADE, 2004 a 2007.
GANDIN, Danilo e GANDIN, Luís A. Temas para um projeto político
pedagógico. Petrópolis: Vozes, 2003.
INÁCIO-FILHO, A monografia na universidade. Campinas: Papirus,
1995.
ISKANDAR, Jamil Ibraim. Normas da ABNT comentadas para
trabalhos científicos. Curitiba: Juruá, 2003.
KOOGAN e HOUAISS. Enciclopédia e dicionário Ilustrado. Rio de
Janeiro: Delta, 1994.
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico
social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1997.
LUCKESI, Carlos Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez,
21ª reimpressão, 2005
MINAYO, M. C. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.
Petrópolis, Vozes, 1998.
62
SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins
Fontes, 2004.
SANTOS, B. S. Introdução a uma ciência pós-moderna. Rio de Janeiro:
Graal, 1989.
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, Currículo e Didáticos- problemas
de conteúdo e método no processo pedagógico. Campinas, São Paulo:
Autores Associados, 1998.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Cortez, 1985.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez,
2000.
TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos Pesquisa e a Produção de
Conhecimentos. Botucatu, São Paulo UNESP Disponível em
<http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/195/3/01d10a03.pdf>
Acesso em maio de 2011
TRIVIÑOS , Augusto N.S. Introdução à pesquisa em Ciências Sociais-
a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas,1987.
Top Related