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'ff ANNO

S E M A N A R IO N O T I C I O S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L A

A ssignatu ra i)A n n o , i$ooo réis; s e m e s tre , 5oo réis. Pagamento adeantado. II para o Brazil, anno. 2S5oo réis (moeda forte,:. 0A v u ls o , no dia da publicação, 20 réis. ~

EDITOR— José Augusto Saloio

I I C Í O E T— RUA DIREITA — 19, i .cA L D E G A L L K G A

PublicaçõesAnnuncios— i . a publicação. 40 réis a linha, nas seguintas,

\ 20 réis. Annuncios na 4.“ pagina, contracto especial. Os auto- ,. graphos náo se restituem quer sejam ou não publicados.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EX PED IEN TE

Rogauios aos nossos estimáveis assignantes a Qaeza de nos partic ipa rein q ua lquer falta na re ­messa do jo rn a l , para de p ro na p to p rov i de a c i a r- utos.

Acceitain-se com g ra t i­dão quaesquer noticias que sejam «le in te resse pubHco.

A PaschoaEil-a, a quadra ridente

em que se realisam as verdadeiras festas da fa­milia, em que se reunem as pessoas queridas, feste­jando a Resurreição!

Depois dos dias de luto, dos trajes negros das En­doenças e da Paixão, as cô­res alegres e garridas, a alegria em todas as almas, 0 enthusiasmo e o jubilo em todos os corações.

E’ tambem nesta época do anno que a Caridade tem ensejo de mais larga­mente se expandir. Os co­rações generosos abrem- se ouvindo os lamentos da pobreza, e derramam a flux as suas dádivas, con­solando assim as agruras e as misérias dos desprote­gidos da sorte.

Bemdita seja a caridade, que tantos dons prodigio­sos espalha pelo mundo. Bemdito o que se lembra dos pobres e lhes estende a mão, porque, na phra- se de Victor Hugo, quem dá aos pobres empresta a Deus.

Saudando este dia so- lemne, que todos respei­tam e veneram desde an­tigas eras, damos as Boas Festas a todos os que tão bizarramente nos teem coadjuvado nesta modes­ta empreza, desejando-lhes toda a sorte de venturas e prosperidades de que são dignos.

A Emprega.

P roc issão dos P assos

Como havíamos noticia­do, effectuou-se no prete- rito domingo, com a so- lemnidade dos annos ante­riores, a procissão dos Pas­sos, o que fez concorrer muita gente dos logares li- mitroph.es. O cortejo reli­gioso, que sahiu da egreja do convento da Senhora da Conceição, pelas 5 ho­ras da tarde, vinha organi- sado pela fórma dos annos anteriores: guião, pendão, irmandade dos Passos, com­posta de grande numero de membros, u anjos pri­morosamente vestidos con­duzindo os symbolos dos martyrios de Christo, o an­dor magnificamente deco­rado com flores naturaes, sobre o qual se via o mar- tyr do Goigotha curvado ao peso do seu supplicio, conduzido pelos srs. José Antonio Fernandes, José Maria Mendes, Antonio Luiz Dantas, Antonio Mo­raes da Costa Jacome, An­tonio Ermogal, Manuel Ro­drigues Brandão, Joaquim Futre e Joaquim Soeiro Garrôa; atraz, ia o andor com a Senho.'a da Purifi­cação, conduzido pelos srs. José Serrador Junior, José Joaquim Ferreira, José Luiz Aleixo e João Lazaro; o paliio, sob o qual iam os reverendos João Pereira Vicente Ramos, conduzin­do o Santo Lenho, Theodo­ro de Sousa Rego e Napo- leão.

Fechava o cortejo a phi- larmonica «i.° de Dezem­bro», desta villa, que du­rante o trajecto executou com toda a correcção, duas bonitas marchas fúnebres, intituladas «Dôr suprema» e «Dolorosa separação». Esta ultima foi executada pela primeira vez, e ambas são originaes do nosso ami­go e talentoso regente d’a- quella philarmonica, sr. Balthazar Manuel Valente.

Os sermões do pretorio, encontro e calvario foram prégados pelo rev. Napo- leão. A scena do encontro deu-se, como de costume, no largo da Misericórdia, que, comquanto seja enor­me, estava occupado pelo

povo que acompanhava a procissão.

Executaram habilmente os motetes os srs. José Cân­dido Rodrigues d’Annun- ciação, Joaquim d’Almeida e Amadeu dos Santos.

Os srs. dr. Luciano T a ­vares Móra, Francisco T a ­vares da Silva Ribeiradio, Luiz Fernandes Aleixo e Antonio Simões faziam a meza representando a ir­mandade da Senhora da Purificação.

Representavam a com­missão promotora da pro­cissão os srs. Cândido Jo­sé Rodrigues d’Annuncia- ção, Solibanio da Veiga e Francisco Soeiro Garrôa

As egrejas foram orna­mentadas sumptuosamen­te pelo nosso amigo, sr. Francisco Silverio Fernan­des, proprietário da agen­cia funeraria, desta villa.

Foi mantida a ordem por grande numero de cabos de segurança, indo a pro­cissão sempre com a ma­xima decencia

A commissão promoto­ra da procissão á veneran­da imagem do Senhor dos Passos, péde-nos para pu­blicarmos aqui a sua conta de receita e despeza rela­tiva á referida procissão, que é a seguinte:

R E C E IT A

Rendimento do gui ão. . $« do pendão.. 2S000» das lanternas i$ 5oo» do a n d o r... i 5S68o» de capas e de

esmolas....................... 74»385Rendimento do m ealhei­

ro, no convento........ 3»22oSomma e m .. . . . 963785

D ESP EZ A

Francisco S. Fernandes . 66S9S0Parocho........................... i$6ooIh e s o u re iro .................... 1S200Fabrica............................. S4.00Padre Theodoro............. 1S200Prégador......................... i 5$oooGratificação á philarmo­

nica i.° de Dezembro 128000Rosmaninho e areia........ $800Beberete e amêndoas aos

anjos........................... 28480100 registos da imagem

do Senhor dos Passos $36oSapatos pura os anjos, 11

pares........................... 48800Duas idas a Lisboa de um

homem........................ 1S200Distribuição de capas e

recolhimento das di­t a i . . . .......................... 1S000

Somma em. . . . . 109S020Saldo contra................... 12S2ÍÍ3Esmola.; de 2 ; nonymos. ' 48200Do sr. Francisco Silverio

Fernandes.................. 2S000Saldo conta..................... ójjoiS

D iversas form as clinicas da Influenza

Suppõe muita gente que a mesma doenca se denun-

>

ciará sempre pelos mesmos symptomas, e se realmente assim acontecesse muito se simplificaria o exercício da clinica.

E’ verdade que ha doen­ças que apresentam inva­riavelmente um conjuncto de sxmptomas perfeitamen­te característicos, mas é egualmente certo que nem todos os individuosreagem uniformemente deante dos mesmos agentes mórbidos e essas diíferenças no mo­do de reagir não podem deixar de modificar os sym­ptomas clássicos da doença.

Outras doenças ha que variam na escolha dos or- gãos que affectam, produ­zindo-se, por isso mesmo, symptomas completamen­te diversos.

Neste caso está a influ- enza.

A dor de cabeça, dores pelo corpo, protração, ele­vação de temperatura, tos­se, defluxo, deixam facil­mente diagnosticar a sua fórma clinica mais trivial, em que foram affectados os orgãos respiratórias e que por isso se cham a/or- ma thoracica.

Outros doentes queixar- se-hão de violentíssimas do­res de cabeça, vertigens, accusadissima depressão physica e moral, dores, transpiração profusa. Na­da de catharro, dada de de­fluxo.

E’ que nestes doentes foi poupado o apparelho res- piratorio e o affectado foi* o systema nervoso; é uma outra fórma da doença— a nervosa.

Existe tambem a fórma gastrò-intesiinal, em que é este o apparelho que soffre toda a violência do ataque, ficando indemnes os outros e aqui surgem novos sym­ptomas: vomitos, diarrhéa, dores abdominaes, etc.

Cada uma destas fór­mas clinicas ainda admitte subdivisões pelo predomí­nio de determinados sym­ptomas.

O agente mórbido da in- fluenza póde affectar si­

multaneamente orgãos di­versos, contribuindo cada um delles com os seus sym­ptomas proprios e dando á doença novas feições, e as­sim é que a fórma thoraci­ca se póde combinar com a nervosa ou com a gastro­intestinal, etc.

Seria um nunca acabar se tivessemos de detalhar a enorme variante de sym­ptomas da influenza, egual­mente caprichosa na sua evolução; ora arrastando- se numa demoradissima convalescença, ora desap- parecendo bruscamente.

Uma fórma das menos conhecidas já me visitou por duas vezes.

Installa-se bruscamente, annunciando-se por fórte dor de cabeça, calefrios re­petidos, febre e grande de­pressão, dores vagas por todo o corpo, absoluta inap- petencia e, passadas pou­cas horas, sobrevem um somno irresistível e muito extraordinario em quem tem uma grande difficulda- de em habitualmente o con­ciliar.

Adormece-se num som­no pesado, profundo, de que se desperta para ador­mecer immediatamente e depois de umas quinze ou dezoito horas acorda-se de­finitivamente, magnifica­mente bem disposto, com appetite, apenas um pouco fraco e isso mesmo des- apparece em dois ou tres dias.

A mesma doença póde, pois, pela inconstancia das suas localisaçÕes, revestir aspectos os mais diversos, como acabamos de vêr pa­ra a influenza, tornado por vezes o seu diagnostico ex­tremamente difficil.

Ha pouco tempo foi pu­blicada uma nova varieda­de por que se apresenta a influenza, e acabo justa­mente de observar um ca­so bem comprovativo. Per­tence á fórma gastro-intes- tinal e é interessante conhe­cer-se, mas convém saber primeiro a disposição dos orgãos na cavidade abdo­minal. Delia nos occupare- mos no proximo artigo.

Dr. JOSÉ DE M A G A LH Ã ES.(Da Gaveta das Aldeias/

DOMIJNTGrO, 3 IDE ABRIL DE 1904

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v e rs a n o

Completou no dia 29 do mez findo o seu 2.0 anni­versario natalicio o filhinho do nosso amigo Joaquim Francisco dos Santos.

Os nossos parabéns.

u i t im o s eseasadalos «le P aris

Acabamos de receber o3.° fascículo deste interes­sante romance de aconte­cimentos sensacionaes- e veridicos, occorridos na actualidade por Dubut de Laforest.

Cada fasciculo semanal de 40 paginas e 5 gravu­ras, 5o réis. Volume men­sal de 160 paginas e mui­tas gravuras, 200 réis.

Pedidos á «Editora», L. do Conde Barão, 5o— Lis­boa.

participa hoje a todos os| socios que haverá no salão1 do referido Club uma reu­nião de familias.

C O F R E D E P E R 0 L 1 S

— -

O «Sudas

Centenas de garotos ar­mados de cacetes invadiam hontem, sabbado de alie- lu.ia, as ruas por onde pas­savam com o fim de espan­carem e queimarem o trai­dor discipulo de Christo.

S fe so rd cm

Pelas 11 horas da noite de sexta feira passada, en­volveram-se em desordem no becco do Club os srs Christianô Rodrigues de Mendonça e José Julio da Veiga Marques. Este ulti­mo ficára com uma brécha na cabeça, resultado duma bengalada que apanhara. Foi curar-se á pharmacia «Giraldes».

(i io ipo BBe5<sse3Eo

E’ hoje que se realisa a inauguração da época tau- romachica na praça de tou­ros do Campo Pequeno Os touro são de Emilio In­fante..

Xovo ClaiJ»

AdireccãodoNovo Club

Theatro saa rua «las Tay-pas

Encontra-se aqui ha pou­cos dias uma companhia dramatica, sob a direcção do celebre imitador de actores portuguezes Leo­nardo de Sousa. A compa­nhia traz bons elementos e é de crer que os espectá­culos sejam bons.

Effectuou-se hontem o primeiro espectáculo pro­movido pelo ex-actor A r­thur dos Santos, em seu beneficio, devido a estar cego.

O espectáculo agradou, e a casa estava boa.

Hoje representar-se-ha o interessante duetto «A so­peira e seu derriço-’ , «A móca», a comedia em um acto «As pragas d’um ca­pitão», poesia de Guerra Junqueiro «O Fiel», mo­nologo pela actriz Filome­na «O -riso».

No proximo domingo re­presentar-se-ha o drama em 3 actos «O Veterano da Liberdade.

Circo Amado

E’ verdadeiramente ten­tador o espectáculo popu­lar que hoje se realisa no Circo Amado, onde decer­to concorrerá muito povo, como é de costume em quasi todos es espectácu­los.. Figuram no programma d’hoje o burro amestrado, que todas as noites tem provocado as mais caloro­sas ovações, os insignes acrobatas Arthur Bimbo, Amado, Juliete e Pepito, o marinheiro aereo pela in- comparavel equilibrista Fe­reza Dominguez, funambu- lismo por Emilia Paterna, a dança hespanhola pelas distinctas dançarinas Blan- ca O í tiz e Josepha Alonso e muitos outros trabalhos e entradas cómicas de agra­do certo.

Saudemos nós, portugueses, Aquella nobre bandeira Que a uma nação guerreira F o i sempre levar a gloria.F o i ella que a santa chamma Acc.endeu em tantos peitos, Inspirando heroicos feitos Que regista a lusa historia.

F o i ella que o mundo inteiro Assombrou p o r muitas ve es, Quando os.bravos portugueses Iam por Deus combater.E 110 ardor da batalha,Quando o pendão tremulava,A todos sempre animava Só uma idéa: vencer!

E venciam! Quantas ve es Esses homens denodados Deixavam campos regados Com sangue dos inimigos!E ra assombroso deveras O seu valor sem rival,Que os filhos de Portugal Sempre sombaram dos prigos.

Pobre bandeira! Sqffreste Despre~o vil do extrangeiro. Esse pendão altaneiro,Confuso rojou no pó.Elle, que em.eras remotas Do mundo fô ra temido,Ja\ia agora abatido,Causando tristeza e dó!

Mas houve energicas almas Que o foram erguer de novo, E o santo pendão do povo Nas torres só tremulou. Parecia , solemne, altivo,D i-cr d lusa cidade:« Venho trazer liberdade,«Que o despotismo findou!»

Se um dia a nobre bandeira Tornar a ser insultada.Vereis brVhar nossa espada, Soltando chispas immensas.E com valor mostraremos Aos invasores extrangeiros Que os lusos, nobres guerreiros, Nunca perdoam qffensas!

JOAQ UIM DOS AN.IOS.

A N E Ç D O T A S

■ 0 que tencionas dar a tua mulher no dia dos annos?■ lIma caixa de excellentes charutos.- 0 quê! ella fum a?-Não, mas fumo eu.

LITTERATURA© p as to r de carpas

Perto dum rio sagrado cujas aguas banham a fali da do Fousi-Yama (Monte côr de rosa), um pastor de carpas tocava flauta, na claridade vaporosa da ma­drugada.

No Japão, são criadas com cautella as carpas nos rios sagrados. Formam cardumes, que o pastor guia ao som da flauta, co­mo os pegureiros vascon- ços conduzem no seu paiz os rebanhos de cabras.

A ’ noite, os peixes, a um signal, entram em reserva- torios feitos com laminas de porcellana, e ahi se abrigam das aves pesca­doras e dos animaes de rapina.

O pastor Toiki habitava não longe da margem,nu­ma casa bambus, illumina- da por janellas, em cujos caixilhos se faziam descer corrediças de papel de ar­roz, durante as horas de sol. Sobre o tecto, coberto de terra, floresciam os ly« rios azues.

Por traz da casa, esten­dia-se uma floresta de bambus seculares. Deante da porta abundavam as moitas de camélias e de azaleas.

O pae de Toiki era um soldado velho, que tinha assistido ao Hara Kiri do ultimo Shogoun.

Fiel ao costume dos an­tigos guerreiros japonezes, mandára desenhar no cor­po os principaes episodios das suas campanhas. No peito podia vêr-se-lhe, por exemplo, o grande comba­te dado por Taiko-Sama. e entre as espadoas o mor­ticínio dos Samourais.

O velho passava os dias inteiros sentado á porta da casa, sobre um tamborete de xarão, e fumando num pequeno cachimbo de ré- servatorio de bronze.

Toiki caminhava ao lon­go da margem, modulan­do arias com que fascina­va o rebanho.

-3 FO LHETIM

Traduccáo de J. DOS ANJOS

D E P O I SL iv ro S egu n do

11

— Entáo vamos para a mesa, volveu a sr.a Telemaco. Vem pequena, ac­crescentou, approximando-se da Ma­gdalena e fazendo menção de lhe ti­rar o chapéo de viagem e a capa.

Mas a Magdalena ficou impassível e afastou a sr.11 Telemaco com um ges­to.

— Vae comer tu sfísinha. se tens vontade, disse lhe ella. Cu tenho pres­

sa de ir vêr o men pae. Quer acom­panhar-me, sr. Riballier?

— Estou ás suas ordens, minha se­nhora, respondeu este.

A Magdalena levantou-se e deixan­do a sr.a Telemaco muito espantada, afastou-se com elle.

Cá fóra. o grupo dos curiosos aca­bava de se dissipar e como, aquella hora, os habitante; de Antraigues es­tavam á mesa, a Magdalena, com gran­de satisfação, não ; ncontrou um uni­co no caminho. Em alguns minutos achava se deante da choupana pater­na. Armou-se de animo e entrou, náo sem ficar levemente sufíbeada pelo espectáculo d’aq>'ella miserável habi­tação . e que estava havia muito tem­po desabituada e que difteria com- pietamentè do nco palacio de onde sahira na vespera em Paris. Parou no limiar da poita. pregada alii pelo ter

ror. par; lysada. convencida de que não poderia dar um passo mais.

■— Tenha animo, minha senhora, disse-lhe o tabellião ao ouvido.

Ella amparou se-lhe ao braço e en­trou. Mas mal os seus olhos viram o interior da choupana, sahiu lhe da bò- ca um grito de terror. Sobre a cama, que estava ao fundo da casa, procu­rara o rosto do pae e não vira nada, nada, senão a fórma de um corpo im- movel. desenhado por um lençol branco que o cobria todo. A'quelle grito, uma religiosa que estava senta­da ao pé da cama, em companhia de uma camp -.meza. levantou-se.

— Está morto! murmurou Riballier.— Morto! repeiiu a Magdalena ma-

chinalinente.— Quando foi, minha irmã? pergun

t o a -o tabelhão.— Esta manhã, ds nove horas. ,

— Quando fui para Privas, não pa­recia que isso sue cedesse táo depres­sa.

— E ’ verdade; mas quasi logo de­pois do senhor sahir. declarou-se a crise e comprehendi então que esta­va tudo acabado. O sr. Guillemale, que estava ao pé de mim. foi logo ao presbyterio. O senhor cura ainda lhe poude dar os últimos sacramentos, e depois o pobre homem, que perdera o conhecimento de tudo, foi-se indo a pouco, depois de uma agonia curta, sem soTrjmento.

— Antes de expirar, minha irmã, lembrou se da filha? perguntou timi­damente a Magdalena.

— Não. minha senhora, respondeu n religiosa com brandu a.

— Então foi rigoroso até ao fim; morreu sem me perdoai’! suspirou a M;-. dalena.

Ao mesmo tempo prorompeu em soluços e, dobrando-se-lhe os joelhos, cahiu deante da cama. O tabellião re­cuou discretamente até á porta.

— Quer vêr o seu pae, minha se­nhora? tornou a irmã.

Afastou o lençol, e a Magdalena poude contemplar a face amarellada e cheia de rugas do Thiago Malzon.

— Ah! meu pae, meu pae! murmu­rou ella de repente, entre soluços, se me pode ouvir, náo repilla as minhas supplkas e o meu arrependimento. Juro aqui aos seus pés mudar de vida, consagrar á expiação os dias que me restam para viver. Mas conceda-me o seu perdão.

— Socegue. minha senhora, disse a irmã com voz commovida, approxi­mando-se d'ella.

— A i! sou tão infeliz!(Continua,'.

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O DOMINGO

A A M B IW I ) D l HEIpor Eduardo de Noronha

qualquer numero dt netas ou tomos.

cad-:Tocava t os peixes dou­rados juntavam-se ao'som da flauta. Assim os condu­zia pelos meandros do rio, por entre os salgueiros e saxifragias, de onde soltam o vôo as cegonhas.

As carpas faziam ondu­lar as escamas e subiam de .vez em quando' ao lume dagua, para apanharem moscas azues.

E o pastor caminhava ao longo do rio á hora do pôr do sol. Quando o cume do Fousi-Yama tomava as côres ardentes de cobre e que se ouvia ao longe o gungo, Toiki voltava para traz; e o seu rebanho dó­cil descia o rio até ao re- servatorio de porcellang, onde entrava novamente ao som de uma aria lenta, cadenciada, tocada na flau­ta.

Para a margem do rio sagrado ia ás vezes brin­car a pequena princeza Idzouno, filha do governa­dor.

Chegava dentro de um palanquim de xarão, que dois. servos conduziam. Idzouna acabava de attin- gir a undécima lua. Tinha a côr do lotus. Os cabellos seguravam-se-lhe com al­finetes de tartaruga recor­tada. Os seus labios eram tintos a ouro e carmim, e brunidas com succo das flores as suas paipebras. A princeza trajava um comprido vestido de seda, cruzado sobre o peito e bordado de passaros chi- mericos. Em torno da cin­tura um cinto largo, de cores vivas e formando da parte de traz um laço, que simulava duas azas de bor­boleta.

Sentava-se na margem, tirava as sandalias de mar­fim e deixava os pésinhos descalços rasgarem a su­perfície da agua. Gostava de ouvir Toiki tocar flauta.

— O ’ pastorinho, — dizia ella — meu pae mandou vir para mim da índia dois bengalinhos que cantam divinas canções, mas eu prefiro os sons que os teus, labios arrancam do bambu.

E o pastor tocava perto de Idzouna, para que os peixes se reunissem em volta delia.

A s vezes a princeza acompanhava-o no sam- sim, especie de guitarra, de tres cordas c1e seda, que tocava com um plectro de tartaruga.

Nada havia para Toiki como o rio sagrado. O pastor via alli coisas mara­vilhosas- e mostrava-as a Idzouna.

A agua, de um azul de turqueza, tinha profundi­dades de transparência ce­leste, e animaculos

vam-na de pontos lumino­sos como estrellas. No fun­do, a agu i azul, correndo nun leito de areia amarel- la, projectava claridades verdes; ou então, ao pas­sar por cima de conchas côi- de rosa, tomava a côr arroxeada do lyrio.

De vez em quando subia á superfície como que uma onda de pérolas, que se desvanecia ao contacto do ar, e as escamas das car­pas appareciam num a fen­da brilhante.

Os olhos da pequenina princeza e os de Toiki mer­gulhavam nas profundida­des vagas do rio, onde adi­vinhavam existencias mys- teriosas.

(Conlinúa)

A G R I C U L T U R AC u l t u r a d o Biâillio

A boa ou má lavoura concorre poderosamente para o desenvolvimento e producção do milho, e por isso lembramos aos lavra­dores a conveniencia de lavrar fundo, não só por­que a terra movida em uma rasoavel profundida­de conserva mais tempo a humidade e permite á plan­ta lançar as raizes com li­berdade, procurando fres­cura do sólo e resistindo assim melhor aos ardores do sol, e tambem porque quanto mais funda fôr a la­voura, mais camadas de terra se revolvem e conse- guintemente maior porção de saes se emprega na pro­ducção.

A prova do que deixa­mos dito, e que, decerto, todos teem experimentado, é que no sitio onde se ar­ranca alguma arvore é melhor o centeio e o milho do que no resto do cam­po, por espaço d’uns pou­cos dannos. e nos ater­ros das estradas, embora seja terra de monte e de peior qualidade, vê-se pro­duzir.

O utra coisa muito atten- divel se deve ter em vista: ordinariamente c u s t u m avirar-se a lavo ara um an­no para um lado, e outro anno para ouiro, e que se­gundo a inclinação do ter­reno, se costuma chamar— virar acima ou abaixo, porém éconveniente, quan­do seja possivel, que se vi- re ao poente, isto é, prin­cipiai' a lavo ra por este lado e acabar pelo nascen­te; porque, d’esta maneira, dando raios do so! na ter­ra logo de manhã, aque­cem-na mais facilmente, cujo calor promove o prom­pto desenvolvimento do

Quando, no decurso do dia, o sol declina para o Doente, aquece a relva da eiva encostada para aquel- e lado concentrando-lhe o calor, que se conserva qua­si toda a noite e que auxi- ia poderosamente, não só a prompta germinação, como tambem a fermenta­ção da dita relva, tornan­do-a em estrume.

Sendo, pelo contrario, a relva diminue, em gran­de parte, o calor do sol á terra revolvida;e arrefecen­do durante o dia a dita rel­va enterrada em direcção contraria ao sol, fica fria de noite, o que dá em re­sultado um sensivel atrazo na nascença da planta, e egualmente na alludida fer­mentação.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - — - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

A l c o c l i e í c

Tem logar nas noites de4 e 11 do corrente no vas­to salão da florescente so­ciedade « i5 de Janeiro», dois bailes promovidos por rapazes daquella villa.

A companhia dramatica que actualmente está em Aldegallega pensa em ir alli sabbado dar uma re­cita.

-------- «*>--------------------í4SBÍ lS S ff i tC f i8 1 J t í í . .

O n.° 79 desta luxuosa publicação, editada pelos Grandes Armazéns G ran­della, da capital, vem, co­mo sempre, cheia de inte­resse e bom gosto. Com o summario de primeira or­dem, firmado por bons nomes, tanto na prosa co­mo no verso, e uma varie­dade de gravuras, na maio­ria consagradas á guerra russo-japoneza, o «Passa­tempo» impõe-se a todos que possuam um aprimo­rado bom gosto.

O «Passatempo» em ju­nho proximo, pela loteria de Santo Antonio, realisa- rá a primeira tombola de este anno. Por ella ficarão os seus assignantes com direito a brindes-valiosos, entre os quaes se salienta um de cem mil réis em di­nheiro. Aos compradores tambem a empreza conce­de um seguro gratuito, quando viagem em cami­nho de ferro. Em caso de ferimento ou de morte, to­dos que appareçam com o numero publicado até á data do desastre, fi­carão com direito a impor­tantes subsídios, para si ou su?s familias.

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Alguidares de zinco de todos os tamanhos, fogarei­ros de chapa de ferro, tigelas da casa e baldes de ferro zincado. Malas em todos os tamanhos e feitios cober­tas de lona, oleado e folha.

COFRES A PROVA DE FOGOresistentes a qualquer instrumento perfurante ou cor­tante com segredos e fechaduras inglezas, recebidos directamente de uma das melhores fabricas do paiz.

Os attestados que os fabricantes possuem e cujas copias se encontram nesta casa, são garantia mais do que sufficiente para o comprador.

Tapetes, capachos de côco e arame, de duração infi­nita. Completo sortido de colchoaria e muitos outros artigos. Emfim, uma visita a esta casa impõe-se como um dever a todas as boas donas de casa.

N’esta casa se pule e concerta mobilia com perfeição.P K líV O » H&AS FA B llX C A S

A entrada nesta casa é franca e péde-se a todos que visitem tão util estabelecimento. ,s9

Page 4: Anno, Avulso, ,. graphos náo se restituem quer sejam ou ... · Bemdito o que se lembra dos pobres e lhes estende a mão, porque, na phra- se de Victor Hugo, quem dá aos pobres empresta

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Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul- phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o.con­sumidor como para o re­vendedor. 132

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OS DRAMAS DA CORTE

(Chronica do reinado de Luiz XV)

Romance historico porE. L A D O U C E T TE

Os amores trágicos de Manon Les- faut com o celebre cavallèiro de Grieux, formam o entrecho d‘este romance, rigorosamente historico, a que Ladoucette imprimiu um cunho de originalidade devéras encantador.

A corte de Luiz xv. com todos os seus esplendores e misérias, é esrri- pta magistralmente pelo auctor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito egual aquelle com que foi receb do em Pa ris, onde se conta-am por milhares os exemplares vendidos.

A edição portugueza do popular e commovente romance, será feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grande formato, illustrados com soberbas gravuras de pagina, e cons­tará apenas de 2 volumes.

20 réis o fasciculo£ 0 0 réis o tomo

2 valiosos brindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular, Em­presa Editora. 162, Rua da Rosa, 162«- Lisboa.

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feájii» be mm mmmNeste estabelecimento encontra o publico, sempre

que queira, a excellente carne de porco fresca e salga­da, assim como:

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18, RUA DO FORNO, 18 A I. B> Bi €Á A !L B„ li f» A

COMMERCIO DO POVOTendo continuado a augmentar o movimento desta

já bem conhecida casa commercial pela seriedade de transacções e já tambem pela modicidade de precos porque são vendidos todos os artigos, vem de novo recommendarao publico em geral que nesta casa se en­contra um esplendido sortido de fazendas tanto em fan­queiro como em modas, retrozeiro, mercador, chape­laria, sapataria, rouparia, etc., etc., prompto a satisfazer os mais exigentes e

A O A L C A N C E DE T O D A S A S B O L S A SDevido á sahida do antigo socio d’esta casa, o ill.mo

sr. João Bento Maria, motivada pelo cansaço das lides commerciaes, os actuaes proprietários resolveram am- plear mais o actual commercio da casa dotando-a com uns melhoramentos que se tornam indispensáveis a melhorar e a augmentar as várias secções que já existem. Tornam, pois, a liberdade de convidar os seus estimá­veis freguezes e amigos, a que, quando qualquer com­pra tenham de fazer, se inteirem primeiro das qualida­des, sortido e preços porque são vendidos os artigos, porque decerto acharão vantagosos.

A divisa d'esta casa é sempre ganhar pouco para ven­der muito e vender a todos pelos mesmos preços, pois que todos os preços são fixos.

Aissíessa. pois. o Commercio do P ovo ____

N P ES DE CARVALHO & SILVARua Direita , 88 e go — — Rua do Conde, 2 a 6

Aldegallega do Stibatejo

MERCEARIA RELOGIO(S U C C E SS0 R E S 1

Franco & FigueiraOs proprietários d’este novo estabelecimento parti­

cipam aos seus amigos e ao publico em geral, que teem á venda um bom e variado sortido de artigos de mer­cearia, especialidade em chá e café, confeitaria, papela­ria, louças pó de pedra. Encarregam-se de mandar vir serviços completos de louça das principaes fabricas do paiz, para o que teem á disposição do publico um bom mostruário. Petroleo, sabão e perfumarias.

Unicos depositários dos afamados Licores da Fabri­ca Seculo X X , variado sortido em vinhos do Porto das melhores marcas, conservas de peixe e de fructas, mas­sas, bacalhau de differentes qualidades, arroz nacional e extrangeiro, bolachas, chocolates, etc., etc.

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Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luetas entre inglezes e boers, «illústrada» com numerosas zinc o-gravun.s de «homens celebres» do Transvaal e do Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruentas da

G U E R R A A N G L O -B O E R ?or um funccionario da Cruz Verm elha ao serviço

do Transvaal.Fasciculos semanaes de 16 paginas........................ 3 o réisTomo de 5 fasciculos ........................................... / 5 o »A G U ER R A A N G LO BO ER é a obra de mais palpitante actualidade.

N'ella são descriptas, «por uma testemunha presencial», as differentes phases e acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantado o mundo inteiro.

A G U ER R A ANGLO -" O ER faz passar ante os olhos do leitor todas as «grandes bat; lhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada e acérrima lueta entre inglezes, tra svaalianos e oranginos, verdadeiros prodígios de heroísmo e tenacidade, em que sáo egualmente admiraveis a coragem e de­dicação p triotica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e itre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras perlpecias. por tal maneira dramaticas e pittoreseas, que dão á G U E R ­RA A N G LO -B O ER. conjunctamente com o irresistível attractivo dum a nar n.tiva h storica dos nossos d as, o encanto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do D IA R IO DE N O T IC IA Sapresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto. julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesim tempo desejam deleitar-se e adquirir perfeito conhecimento dos successos que mais interessam o mundo culto na actualidade.

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