AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECILIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
APROVADA
NOTA: 8,5
VALORES HUMANOS E EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rosimeire Liberal da Silva Gonçalves
Orientador - Prof. Ilso Fernandes do Carmo
ALTA FLORESTA/2014
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
ESPECILIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
VALORES HUMANOS E EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rosimeire Liberal da Silva Gonçalves
Orientador - Prof. Ilso Fernandes do Carmo
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Educação Infantil e Alfabetização.”
ALTA FLORESTA/2012
RESUMO
Diante de uma sociedade cada vez mais individualista, mais voltada para o
consumismo e menos para os valores humanos; se faz necessário a escolha desse
tema, realizado através de pesquisa bibliográfica sobre o modo de ser e de viver das
crianças dentro do espaço escolar e fora dele e o papel da família em todo o seu
conceito.
O objetivo desta pesquisa é verificar se elas compreendem e vivenciam
esses valores na prática, pois valores Humanos e Educacionais devem fazem parte
da vida das crianças, sabendo da sua importância para a formação humana e social.
Constatou-se que para alcançar a plenitude de “Ser Humano” se faz
necessário que os pais e os educadores façam o melhor sempre, acreditando que
por pior que seja a realidade ela pode melhorar. É necessário acreditar. Pode-se
fazer uso de livros relacionados ao assunto, dinâmicas, danças, brincadeiras, filmes
etc. Mas o mais importante: é família presente com pai e mãe que se amam e
educam seus filhos.
Sabe-se que ainda há muito a fazer. Pois para alguns o foco da problemática
está sempre no outro. Entende-se que é necessário trabalhar valores na escola, na
família e também na sociedade de forma geral, que é fundamental buscar, um
processo educativo contínuo, concepções e práticas que evoluam para além das
regras impostas. Agindo de forma contínua, os resultados são surpreendentes.
Palavras-chave: Valores Humanos e educacionais; Tolerância; Respeito às diferenças.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
1.0 VALORES NA ESCOLA......................................................................................06
2.0 O PAPEL DO PROFESSOR................................................................................10
3.0 VALORES NA FAMÍLIA.....................................................................................16
4.0 A FORMAÇÃO DE VALORES NA SOCIEDADE................................................21
5. A VIRTUDE............................................................................................................24
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................28
INTRODUÇÃO
Sabemos da importância de trabalharmos valores humanos na educação. A
escola como espaço privilegiado para as relações humanas e sociais, deve
desempenhar bem esta tarefa contribuindo com o crescimento dessa sociedade
onde está inserida.
Esse projeto busca descrever de forma sucinta, a pesquisa realizada e
aborda este tema tão importante e tão discutido por grandes pensadores e
estudiosos.
A importância dos valores na escola é desenvolver a capacidade de dialogar
e de conviver com o diferente. Aprender a lidar com situações adversas adquirindo o
autocontrole. E principalmente ajudar as crianças a perceberem que quando se
pratica o bem, e escolhe fazer o que é bom, a felicidade é certamente companheira
de toda vida.
O objetivo é mostrar que valores humanos podem e devem ser trabalhos
desde os mais pequenos, ainda na Educação Infantil visando sempre à qualidade na
educação. Como importância de desenvolver uma escola, mais humana e solidária.
Desenvolver os valores humanos e educacionais é de grande importância,
pois proporciona melhor aprendizado aos alunos, e oportunizam ainda,
conhecimento a cerca do tema “valores” ajudando-os a perceber a importância de
serem mais amáveis, tolerantes, gentis, solidários, justos, comprometidos,
participativos.
Promover uma interlocução entre os alunos acerca dos valores humanos, na
tentativa de possibilitar, mesmo que diminutamente, a formação de seres novos e
renovados, contribuintes da construção de um mundo melhor com homens e
mulheres mais conscientes do seu papel no planeta, surgiu à necessidade dessa
pesquisa.
Acreditando que educar em valores é tarefa essencial, pois em um mundo
cada vez mais agressivo e individualizado, a escola e o corpo docente têm o dever
de tentar promover uma reflexão com os alunos sobre os valores humanos, que
andam esquecidos pela maior parte da sociedade, especialmente pelos jovens. Esse
tipo de reflexão pode ser feita por qualquer educador seja qual for sua formação. O
papel do professor nessa tarefa realmente faz a diferença.
Ainda neste pensamento acreditamos que ser educador, é possuir grande
capacidade de ser mediador de conflitos. Afeto também conta muito e um grande
educador educa através do acolhimento, da compreensão, da confiança, e do amor.
Abordar valores familiares, relatar a importância da família na vida das
crianças e jovens, papel fundamental que os pais exercem no seu crescimento e
desenvolvimento. Ou seja, é na família que se estrutura a primeira base concreta
dos valores humanos.
Os pais que amam dão bons exemplos, os pais que amam, demonstram
amor com os filhos e entre eles.
O amor é o principal ingrediente dessa relação. Afeto e respeito também são
importantíssimos.
Este trabalho de pesquisa está estruturado de forma a abordar os assuntos
sobre valores humanos e educacionais tanto dentro do espaço escolar e familiar,
quanto em sociedade, bem como sua importância nestes espaços. No capitulo 1 -
Valores na Escola, abordando a difícil e grandiosa tarefa de transmitir valores onde
se acredita na maior parte das vezes que este papel e da família. Capitulo 2 O Papel
do Professor personagem de grande importância neste processo mas que descobre
que sozinho e sem a ajuda da família é praticamente impossível avanços nesta área.
O capítulo 3 Valores na Família aborda que este é o núcleo mais importante da vida
de um ser humano, é na família que ele se estrutura em todo o seu ser. Capitulo 4
Formação de Valores em Sociedade define que o ser humano que recebe valores
em família, na vida escolar, ele é um ser pronto para viver em sociedade tendo plena
consciência que seus direitos terminam onde começa os do outro. E por último o
capítulo 5 A virtude aborda a grande importância de todo este trabalho, o amor pelo
bem a alegria e a satisfação em fazer o que certo e se sentir recompensado
simplesmente e puramente por escolher ter uma atitude correta. Com virtude se
ensina a viver pleno e feliz na certeza de que o que traz satisfação não é o “ter” e
sim o “ser”. Também propomos algumas soluções para que os valores sejam cada
vez mais trabalhados dentro da escola e em família, assim também abordando seu
reflexo na sociedade para que possamos então colher seus frutos.
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1.0 VALORES NA ESCOLA
Educar, nunca foi tarefa fácil, muito menos nos dias de hoje. São tantos os
atrativos ilegais, imorais, que se torna cada vez mais difícil transmitir valores para as
nossas crianças.
Se crescerem desconhecendo a verdade sobre o que é virtude, valores
humanos e como praticá-los é bem possível que acabem fazendo escolhas erradas.
Segundo a escritora Fernanda Negreiros (2014), na visão de Sócrates,
virtude é conhecimento, ou seja, não se pode fazer voluntariamente o mal, somente
através da ignorância. De acordo com a escritora Fernanda Negreiros (2014),
Sócrates acreditava que as pessoas faziam o bem por interesse próprio, porque é o
que vai levá-las a felicidade. Essa equação Socrática, quer dizer que o bem é igual
ao útil. Ou seja, ele também acreditava que as pessoas deveriam agir corretamente,
pois estando no caminho certo, a tendência é que essa pessoa seria feliz. Mesmo
assim, eventos externos podem modificar o resultado dos eventos.
Sócrates, segundo Fernanda Negreiros (2014), ensina o bem pensar para o
bem viver, desejava que as pessoas se desenvolvessem na virtude. A virtude é um
agir ótimo, é procurar fazer o bem, que é o correto, o ideal. Ser virtuoso é o máximo
que se pode ser. O ato virtuoso depende do fim que se colocar para ele. As pessoas
são virtuosas à medida que elas fazem bem as coisas para as quais elas foram
feitas. O caminho para a virtude não é só o intelecto, razão, é o conhecimento
místico também. Para Platão, as principais virtudes são: força, coragem, justiça e
piedade. A virtude abrange, também, criar.
Por esta razão é imprescindível aplicar esta tarefa tão nobre bem cedo.
Desde o seu nascimento a criança necessita saber o que é certo e o que é errado.
Aprender com amor o que pode e o que não pode ser feito.
"É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma
percepção nítida dos valores. Tem de aprender a ter um sentido bem definido do
belo e do moralmente bom." (Albert Einstein, 2000).
A escola deve ser berço da justiça e da igualdade, e não aquela que propõe
que melhor é o aluno que tira as melhores notas, ou que bons são aqueles que
estão preparados para o futuro. Pois as escolas se preparam cada vez mais com
novas disciplinas e conteúdos que cairão em concursos fazendo com que seus
alunos ocupem os primeiros lugares. A escola sem se dar conta cria uma disputa
desleal, e as crianças crescem se perguntando o que é preciso “TER” para ser um
bom cidadão? Para ser aceito inclusive por essa sociedade que a ele foi imposta. As
crianças crescem sem saber regras básicas de uma boa educação, como: pedir
“licença”, dizer “por favor”, “me empresta” ao invés de tomar à força, “me desculpe”,
“obrigado”.Isso vai de encontro ao pensamento de NÉRICI que diz:
A educação é o processo que visa levar o indivíduo concomitantemente, a explicar as suas virtualidades e a encontrar-se com a realidade para na mesma atuar de maneira consciente e responsável, a fim de serem atendidas necessidades e aspirações pessoais e sociais. (1993, p.02).
Gabriel Chalita (2001, p.11), nos fala sobre a educação e o amor como algo
único, encanado, de extrema importância:
[...] Trata-se apenas de um novo olhar para esse universo a ser descortinado. Um olhar de afeto, um olhar amoroso. Educação e afeto! O ato de educar não pode ser visto apenas como depositar informações nem transmitir conhecimentos.
Há muitas formas de transmissão de conhecimento, mas o ato de educar só
se dá com afeto, só se completa com amor.
A relação mestre-discípulo da Grécia Antiga. O respeito à história de cada
educando. A cumplicidade entre querer ensinar e se permitir aprender. A troca
continuada de experiências, de sonhos, de ideais e de amor. O amor é capaz de
quebrar paradigmas, barreiras, ranços. É o amor que nos envolve que nos move.
Junto com o amor vem o compromisso, o respeito, a necessidade de
continuar a estudar sempre, de preparar aulas mais participativas, de repreender
com pertinência, de abusar da paciência.
O autor ainda nos fala da importância do educador na vida de seus
educandos, de como o amor envolvido, a responsabilidade assumida, pode de fato
mudar para sempre a vida de uma criança ou de um jovem.
[...] Triste é o educador que já não acredita mais na capacidade de aprendizado, que não se debruça para examinar melhor a peculiaridade de cada aprendiz. A educação é, em todas as suas dimensões, um grande desafio. (2001, p.11).
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Falar sobre educação é expressar sobre a única alternativa política e social
para que este país encontre a dimensão de sua grandeza e para que o povo que
aqui vive encontre a dignidade”.
CHALITA (2001, p. 12), ainda nos fala que quando é feito na medida certa a
felicidade é parceira.
O ser humano está sempre a buscar felicidade. Em todos os tempos, em todas as culturas sempre se almejou a felicidade. Na sua busca, alguns não conseguiram, outros a confundiram com os prazeres efêmeros e se entregaram à submissão. Ser feliz é um objetivo ao mesmo tempo simples e complexo. Simples porque depende de mera decisão (embora decidir seja angustiante - depende do querer). É também complexo porque o ser humano é único, é genial, é especial e aprende e ensina e evolui e cresce e é. E por causa disso tudo não se satisfaz com qualquer coisa. É mutável. É imprevisível. De qualquer forma, quando consegue canalizar seu potencial para o bem, suas obras são fantásticas.
Educar deriva do latim educare que significa revelar o que está dentro,
ajudar no surgimento das habilidades e potencialidades, dos dons de cada pessoa.
Cada ser humano, junto com o conhecimento das ciências, deve também adquirir
humildade, disciplina e bom caráter, ou seja, deve saber e ser. Deve ter consciência
de si, do outro, do nós e de que tudo que existe está inter-relacionado. (TIBA, 2002).
Na visão aristotélica, que é seguido pela maioria dos pensadores e filósofos,
sobre os desafios da educação, a felicidade humana depende do desenvolvimento
de virtudes. “Reconheçamos, pois,” – diz ARISTÓTELES (2001) – “que cada um
desfruta apenas de tanta felicidade quanto possuir de virtude e sabedoria, e de ação
virtuosa e sábia.” (p.71)
Parece que a felicidade, mais que qualquer outro bem, é tida como este bem supremo, pois a escolhemos sempre por si mesma, e nunca por causa de algo mais; mas as horárias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelência, embora as escolhamos por si mesmas, escolhemo-las por causa da felicidade, pensando que através delas seremos felizes. (ARISTÓTELES, 2001, p. 25).
ARISTÓTELES (2001), considera a virtude não apenas como o
desenvolvimento da moral, mas também do intelecto, e acrescenta em sua fala que
a Virtude “é de duas naturezas, intelectual e moral” (p.72). Sua classificação de
virtudes intelectuais incorpora aquilo que, ao longo dos séculos, veio a ser definido
como raciocínio, imaginação, compreensão e memória. Por outro lado, as virtudes
morais englobam qualidades de caráter, como temperança, justiça e veracidade.
Necessita-se, pois com urgência trabalhar esses elementos com as crianças.
Servindo de orientação para formar pessoas dotadas de valor e comportamento
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ético e moral, especialmente no que diz respeito à exigência de experiências iniciais,
na mais tenra idade, de amor e carinho, de certo e errado, de recompensa e
punição.
Gabriel Chalita (2001, p. 12), nos fala sobre esse assunto fazendo alguns
questionamentos e explicando o que é realmente é importante segundo seu ponto
de vista.
Educação para a felicidade e para a vida [...] Qual o papel da escola? Qual a importância do professor? A máquina substitui a pessoa? O que precisa ser ensinado e o que precisa ser aprendido? Todos aprendem de igual forma? É possível democratizar o ensino? Como trabalhar autonomia, ética, dignidade nos bancos escolares? Como selecionar conteúdos? E acima de tudo: onde entra o afeto na relação educacional? Numerosas experiências foram desenvolvidas e aplicadas para que se pudesse encontrar o modelo de escola ideal, e muitas fracassaram.
Talvez o foco tenha se perdido. Talvez questionamentos como os que
apresentamos não tivessem sido valorizados. Como educar sem saber que tipo de
aluno se pretende formar? Como educar sem saber o alcance do vôo que o
educador pode dar?
A tarefa de todo educador, não apenas do professor, é a de formar seres
humanos felizes e equilibrados.
O conteúdo vale mais do que o equilíbrio? E as questões emocionais? E a
dimensão social? É preciso preparar o aluno para que ele tenha capacidade de
trabalhar em grupo, como líder ou colaborador, mas em grupo. Só assim ele saberá
atuar na família e na comunidade.
Eis nosso modesto intento: trazer à tona antigas questões para auxiliar o
educador a exercer com mais competência e maestria sua missão.
CHALITA (2001), descreve por fim que a escola e os desafios para a
construção de uma nova relação educacional têm sua base em três pilares:
habilidade cognitiva, habilidade social e habilidade emocional.
Assim diz:
Trata-se de um convite à reflexão e à ação. Um convite para viajar um pouco por esse fascinante universo de construção de seres humanos, que se dá em muitos âmbitos. Embora a escola seja o local privilegiado para a educação, ela se dá na vida e se dá para a vida e para a felicidade. (CHALITA, 2001, p. 14).
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2.0 O PAPEL DO PROFESSOR
O professor é o personagem fundamental dentro da escola, ele é o sorriso, é
o abraço, o consolo, o enfermeiro, o psicólogo. Sem ele não existe aula,
aprendizado, não tem o mediador.
Segundo CHALITA (2001, p. 161), “O professor – eis o grande agente do
processo educacional. A alma de qualquer instituição de ensino.” Segundo ele por
mais que se invista em equipamentos, em laboratórios, bibliotecas, anfiteatros,
quadras esportivas, piscinas, campos de futebol – sem negar a importância de todo
esse instrumental -, tudo isso não se configura mais do que aspectos materiais se
comparados ao papel e à importância do professor. Ele ainda diz que:
Há quem afirme que o computador irá substituir o professor, que nesta era, em que a informação chega de muitas maneiras, o professor perderá sua importância. O computador nunca substituirá o professor. Por mais evoluída que seja a máquina, por mais que a robótica profetize evoluções fantásticas, há um dado que não pode ser desconsiderado. A máquina reflete e não é capaz de dar afeto, de passar emoção, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio humano. (p. 161).
Complementando sua fala o autor ainda nos diz que:
pode–se ter todos os poemas, romances ou dados no computador, como há nos livros, nas bibliotecas; pode até haver a possibilidade de se buscar informações pela internet, cruzar dados num toque de teclas, mas falta a emoção humana, o olhar atento do professor, sua gesticulação, a fala, a interrupção do aluno, a construção coletiva do conhecimento, a interação com a dificuldade da aprendizagem.
Os temores de que a máquina possa vir a substituir o professor só atingem aqueles que não têm verdadeiramente a vocação do magistério, os que são meros in-formadores desprovidos de emoção. Professor tem luz Própria e caminha com pés próprios.(p. 161).
O papel do professor na tarefa de educar, ensinar e transmitir valores faz
uma enorme diferença, neste sentido afirma SAI BABA apud BURROWS &
AYUDHYA (2000, p. 2). “O professor tem a maior participação na moldagem de um
país. De todas as profissões a de vocês é a mais nobre, a mais difícil e a mais
importante.”
O educador, segundo CHALITA (2001), deve trabalhar ainda mais sobre a
responsabilidade social, destacando que toda pessoa tem deveres com a sociedade,
e pode contribuir com a melhoria da mesma por meio de atitudes positivas, tais
como: preservação do patrimônio público e privado, trabalho voluntário, etc. Outro
valor humano que deve ser constantemente abordado é a solidariedade, esse é um
ato que demonstra amor fraternal àqueles que necessitam, é feito sem esperar nada
em troca. Seu objetivo é conseguir ajudar alguém que precisa.
A honestidade, segundo CHALITA (2001), é outro valor humano esquecido
pelas pessoas, diante disso, o professor tem a incumbência de ensinar que ser
honesto é bom, pois nos leva à retidão, e essa nos proporciona paz. Juntamente
com esses valores, podemos ainda acrescentar também a ética, expressão que
possui diversos significados, mas todos auxiliam no modo correto de um ser humano
proceder na vida, respeitando a si e a sociedade.
Para SUPLICY (2000):
[...] cabe à escola, à transmissão dos princípios democráticos e éticos que são o respeito pelo outro, o respeito por si mesmo, o respeito à pluralidade de opiniões. Á família cabe transmitir os valores morais que a escola não tem condição de dar, e isso não dá para delegar, a família tem de explicitar o que acha certo e errado, isso não compete à escola.
O trabalho e a dignidade andam de braços dados, são inseparáveis. Esse é
o exemplo de um excelente professor.
Nós vivemos num país com muitas desigualdades sociais, onde a educação
não é tratada como item de grande necessidade na vida das crianças e jovens.
Famílias inteiras crescem na ignorância sem conhecimento básico, querem
criar seus filhos assim também, pois precisam deles para o trabalho, e os
professores nem sempre recebem as condições necessárias para desenvolver bem
suas funções. Piorando ainda mais se a educação for feita em comunidades rurais.
Sobre este assunto nos fala CHALITA (2001, p.61)
os fatores geográficos terminam por acentuar os problemas: montanhas, rios caudalosos, sertão inclemente não podem ser transpostos facilmente e, muitas vezes, separam as comunidades rurais umas das outras e da escola. [...] A distância cria o isolamento. O isolamento e as dificuldades materiais tornam deficiente o ensino em grande número de comunidades. E as dificuldades atingem a formação do professor. Ainda que houvesse videocassete, laboratórios ou computadores nas escolas rurais, o professor não estaria preparado para utilizá-los em sala de aula.
A imprensa noticia histórias de mestres despreparados, valoriza até a força de vontade de um ou outro semi-analfabeto que se dispõe a alfabetizar. Freqüentemente as histórias se parecem: com esforço o pobre mestre estudou uns parcos anos e agora transmite o pouco que sabe aos que nada sabem. A boa vontade, a disposição de enfrentar dificuldades para aprender, tendo por perspectiva uma remuneração muito aquém da ideal, torna esse professor um herói. (CHALITA, 2001, p. 62).
O autor ainda esclarece sobre
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o despreparo e as carências do professor, por maior que seja sua boa vontade, comprometem indiscutivelmente o processo educacional na medida em que muitos desconhecem suas prerrogativas de cidadãos, perpetuando o atraso social. (2001, p. 62)
CHALITA (2001, p. 62), nos faz pensar que
numa sociedade em transformação como a nossa, diminui cada vez mais a força da educação espontânea e cresce a da educação intencional, no âmbito urbano ou rural. Os pais, obrigados pela conjuntura, acabam por deixar para a escola a adaptação social do filho. Até noções básicas de higiene e sexualidade ficam, por exemplo, relegadas à escola.
“ [...] Existe ainda uma questão crônica que é a diferença entre alfabetizar e
educar. Para alguns, basta saber ler, a educação virá depois, por si. Para outros,
apenas ler não liberta, não prepara para a vida.” (2001, p. 64).
Às vezes a escola não acolhe, não motiva, precisamos mudar. Sobre isso
CHALITA (2001, p.64) diz:
com poucos recursos e sem metodologias diferenciadas, algumas escolas desmotivam seus alunos. Como nada podem oferecer além dos instrumentos básicos a que estão obrigadas, decorre daí o grave problema da evasão escolar. Ficar na escola para quê?
Segundo CHALITA o filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903) dizia:
"Lembrai-vos que a finalidade da educação é formar seres aptos para governar a si
mesmos e não para ser governados pelos outros." (2001, p. 64).
Segundo CHALITA (2001), a questão da aprendizagem supera a questão do
ensino. O processo de aprendizagem, que é do professor e do aluno, tem de ser
permanente.
Ele faz com que a educação não se reduza a meros conteúdos decididos, de
forma autoritária, por pessoas distanciadas das peculiaridades regionais e culturais.
O enorme desafio do aprender a aprender é o desafio de formar seres aptos a
governar a si mesmos, a desenvolver a liderança participativa, a aprender a dizer
sim e a dizer não.
De que serve uma multidão de seres repetidores de idéias alheias sem
capacidade de pensar por si mesmos? O grave problema da formação inadequada é
a ausência de objetivos definidos, sem a perspectiva de finalidade.
CHALITA (2001), diz que segundo o pensador e economista inglês Stuart
Mill (1806-1873),
a educação compreende tudo o que nós fazemos e tudo o que os outros nos fazem para nos aproximarmos da perfeição de nossa natureza. Não se
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conseguiu desenvolver um método ou sistema educacional que faça com que o ser humano se aproxime de sua natureza. (p. 64).
Ninguém é mau em essência; pode tornar-se agressivo, violento, mentiroso,
perigoso pelas vicissitudes da vida, pela ausência de boa educação. Entretanto há
crimes cometidos por jovens a quem não faltaram bens materiais. Faltou o afeto. O
escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944). citado por CHALITA (2001,
p. 65), enfatiza:
O mais importante, na construção do homem, não é instruí-lo - haverá algum interesse em fazer dele um livro que caminha? - mas educá-lo e levá-lo até aqueles patamares onde o que liga as coisas já não são as coisas, mas os rostos nascidos dos laços divinos.
Os problemas pelos quais passam os sistemas de ensino no país são
grandes, mas há muitas possibilidades de se quebrarem paradigmas e de se
construir outro conceito de educação, de forma a assegurar, por meio de ações
simples, resultados concretos e positivos.
São pequenos gestos que provocam as mudanças, e a intervenção de cada
um de nós, mesmo que numa tímida esfera de atuação, produz resultados
alentadores. Como o trabalho com dinâmicas, com momentos, com decisões.
Precisamos de uma educação que liberta que tira as amarras, que nos livra
das imposições. CHALITA (2001), declara que essa educação libertadora tem como
meta o desenvolvimento da autonomia, a formação de um educando e de um
educador com vontade própria, com luz própria, com o perfil de um caminhante sem
medo do caminhar e sem a necessidade de seguir o caminho feito por terceiros.
O trabalho educativo é criar relações interpessoais de qualidade entre
professores e alunos. Sem uma relação positiva é impossível pensar no sucesso da
educação. Porém, quando falamos da relação com os alunos, ocorrem-nos muitas
recomendações sobre o que devemos fazer e evitar”.
O criar relações afetivas com os alunos é também dar a ele a liberdade de
poder ser quem são. Segundo MARTÍN (2010, p. 60)
nós professores falamos muitos dos nossos alunos, embora com freqüência de maneira negativa. Está certo que nem sempre comentaremos travessuras, dificuldades ou limitações, porém constantemente os problemas nos levam a destacar o lado ruim. No final, acabamos como manda a tradição: não enxergamos os acertos e superestimamos os erros. Segundo o autor não há dúvida de que os alunos podem melhorar, mas também é verdade que eles apresentam muitas qualidades que poderíamos descobrir e comunicar. Estamos convencidos de que destacar o lado bom
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de cada um deles produz resultados melhores do que focar somente o que não funciona bem.
O papel do educador (professor) é de longe um dos mais importantes no
processo de educação em valores. Um ser humano pleno de suas capacidades,
realizado e feliz recebe o apoio da família e da escola no papel desse profissional
que é o professor.
Para MARTÍNS (2010, p.22), é necessário desenvolver as competências
para ensinar a viver, quando diz:
Para influir no aprendizado de uma maneira de viver, os educadores precisam desenvolver um conjunto variado de competências profissionais. Estas permitirão que eles sejam pessoalmente relevantes na relação com seus alunos, que consigam criar uma atmosfera na sala de aula para impulsionar o trabalho e, por último, contribuam para formar uma cultura escolar de transmissão de valores. [...] para atingir tais objetivos é conveniente que os professores desenvolvam um conjunto de competências que lhes possibilitem realizar corretamente as tarefas dos diferentes âmbitos de intervenção e as competências próprias de cada um deles.
O grande professor é aquele que fica “descalços”, que não tem nada a
esconder, que é transparente, aquele que ama e se deixa amar. É leve, verdadeiro,
sincero. Tem facilidade de amar com os olhos, com a boca e com o coração. É
aquele que fecha os olhos e que se joga, sem medo, sabendo que terá quem o
ampare.
Professor exemplo é aquele que faz e ensina; ou aquele que ensina e faz o
que ensina, assim como. Complementado nas palavras de CHALITA (2001, p. 162)
não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem experimentar a conquista da independência que é o saber; que ele queira que seu aluno seja feliz sem demonstrar afeto. E para que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem. O copo transborda quando está cheio; o mestre tem de transbordar afeto, cumplicidade, participação no sucesso, na conquista de seu educando; o mestre tem de ser o referencial, o líder, o interventor seguro, capaz de auxiliar o aluno em seus sonhos, em seus projetos.
Todos os dias são um desafio para o professor, pois este precisa estar se
atualizado sempre, se melhorando sempre e nunca esquecer que ele é exemplo,
que só vai conseguir transmitir conhecimento e este for aceito pelo seu educando se
conseguir do seu aluno o respeito pelo que faz e principalmente pelo que é. Assim
complementa CHALITA (2001, p.162), “A formação é um fator fundamental para o
professor. Não apenas a graduação universitária ou a pós-graduação, mas a
formação continuada, ampla, as atualizações e o aperfeiçoamento."
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Não basta que um professor de matemática conheça profundamente a
matéria, ele precisa entender de psicologia, pedagogia, linguagem, sexualidade,
infância, adolescência, sonho, afeto, vida. Não basta que o professor de geografia
conheça bem sua área e consiga dialogar com áreas afins como história; ele precisa
entender de ética, política, amor, projetos, família. Não se pode compartimentar o
conhecimento e contentar-se com bons especialistas em cada uma das áreas.
Para que um professor desempenhe com maestria a aula na matéria de sua especialidade, ele precisa conhecer as demais matérias, os temas transversais que devem perpassar todas elas e, acima de tudo, conhecer o aluno. Tudo o que diz respeito ao aluno deve ser de interesse do professor. Ninguém ama o que não conhece, e o aluno precisa ser amado!. (CHALITA, (2001, p.162).
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3.0 VALORES NA FAMÍLIA
A família tem um papel fundamental na vida de todo o ser humano,
principalmente quando criança, ser humano que ainda está em formação de
personalidade e caráter, pensamento e idéias assim completadas nas palavras de
Gabriel Chalita:
...Não se experimentou para a educação informal nenhuma célula social melhor do que a família. É nela que se forma o caráter. Qualquer projeto educacional sério depende da participação familiar: em alguns momentos, apenas do incentivo; em outros, de uma participação efetiva no aprendizado, ao pesquisar, ao discutir, ao valorizar a preocupação que o filho traz da escola. (2001, p. 10).
Em outro dizer complementa:
...Por melhor que seja uma escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca vai suprir a carência deixada por uma família ausente. Pai, mãe, avó ou avô, tios, quem quer que tenha a responsabilidade pela educação da criança deve dela participar efetivamente sob pena de a escola não conseguir atingir seu objetivo. (CHALITA, 2001, p. 10-11)
A transmissão de valores é uma das preocupações que todo pai tem ao
educar. Como fazer isso no dia-a-dia? Quais valores precisam ser passados? A
escola pode ajudar? É natural que dúvidas acabem surgindo: o assunto é muito
sério. Sem transmitir os valores humanos universais, não há como formar cidadãos
éticos e preparados para viver em sociedade. Apesar de não existir respostas
simples, é possível apontar caminhos a serem seguidos, com o objetivo de amenizar
alguns problemas de comportamento enfrentados atualmente.
Segundo uma das definições mais aceitas na Educação, proposta pelo
biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), conforme os autores Paulo de Camargo e
Juliana Bernardino (2009), “valores são investimentos afetivos. Isso quer dizer que,
apesar de se apoiarem em conceitos, estão ligados a emoções, tanto positivas
quanto negativas.” Educar para os valores é transmitir aos filhos as idéias que
realmente acreditamos, por exemplo, que vale a pena ouvir enquanto outra pessoa
estiver falando, pedir licença quando precisar passar. Não cortar a fila, conceder o
assento do ônibus para uma pessoa idosa ou com alguma deficiência física. Ou
ainda que cada pessoa deva assumir a responsabilidade por seus atos.
Segundo Gabriel Chalita (2001, p. 21),
A família é a instituição em que as mascaras devem dar lugar à face transparente, sem disfarces. O diálogo é necessário. Se em outros tempos bastava um olhar severo para se corrigir o comportamento, hoje se vive na era do “porque”. E com razão. A família autoritária perpetua a sociedade autoritária. Faz permanecer na mente de seus membros os ideais de obediência e submissão. [...] O individuo que somente aprende a obedecer não estará preparado para a sociedade complexa deste novo milênio. [...] A preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser são responsabilidade da família. É essa a célula mãe da sociedade em que os conflitos necessários não destroem o ambiente saudável. O conflito de gerações, por vezes, faz com que os pais queiram viver a vida dos filhos e vice-versa. Nem a indiferença, nem o amor exagerado, opressor; a grande conquista é o equilíbrio, a serenidade, o bom senso. O respeito, que faz com o tom de voz seja brando, que os espaços não sejam invadidos e a liberdade ensaie seus primeiros vôos em casa.
A educação tanto familiar quanto escolar deve auxiliar a criança a se
descobrir como pessoa, ajudá-la a desenvolver suas potencialidades para que no
futuro ela possa partilhar tudo o que foi capaz de absorver e tornar-se agente de
transformação dessa sociedade, podendo assim ser também transformada por ela,
esse papel é exclusivo da família e escola. Como declara SAI BABA apud DISKIN et
al (1998): “O pai, mãe e o professor (a) são elementos responsáveis pela formação
do futuro de um país.” e assim também declara Gilmar de Oliveira:
Se a família é estruturada ensina valores, como justiça, honestidade, sinceridade, respeito e valores morais em geral, fazendo a criança se estruturar socialmente. Ao ir à escola, a criança aprende as conseqüências de praticar atos lícitos ou ilícitos, analisa se respeitar os outros lhe dá o direito de exigir respeito e daí deve ser estimulada a tirar suas conclusões. Se a família é desestruturada e ensina valores que ferem leis e valores socialmente aceitos, é na escola que a criança aprenderá as conseqüências de tais ações e aprender alternativas de conduta, e, por si só, exercer suas escolhas verificando e refletindo sobre sua vida, sua educação familiar e concluindo o que é melhor para si. Se a família não educa de forma adequada, não é a escola que deve assumir o papel dos pais. Mas ao ensinar a pensar com ética, responsabilidade e consciência, evitaremos mais famílias inadequadas.( 2008)
A família é elemento fundamental nesse processo de educação em valores.
E o grande desafio é unir família/escola, e juntos falarem a mesma linguagem, pois
uma depende da outra, para que se tenha realmente êxito em seus projetos.
E se a família é a base de todo ser humano, que base estará sendo? Assim,
todos somos frutos de nossas famílias, trazendo conosco a marca delas. José
Saramago (1995), grande escritor português, ilustra isso para nós ao dizer que: “
Família é como varíola: a gente tem na infância e marca a gente pra vida toda.”
Conforme Patricia Rodrigues, (2009, p. 01).
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Na visão de CHALITA (2001, p. 24), “Os filhos preferiam que os pais fossem
como os que aparecem em algumas novelas ou em alguns filmes ou os de alguns
amigos."
Os pais sonham que os filhos sejam isso ou aquilo. A mulher sonha com o
marido ideal e o marido sonha com a mulher ideal. Quando defrontaram com a
realidade, frustram-se, e o inferno se instala no lar, as relações familiares atingem
patamares de loucura. Não falo de briguinhas normais de fim de semana quando
toda a família se reúne.
O problema maior e mais complexo se dá quando o pai sonha o futuro do
filho, deixa de sonhar o seu futuro e tenta impedir que o filho tenha sonho próprio;
quando a mãe resolve que o filho vai ser médico ou advogado, ela já está traçando a
história de outra pessoa. Talvez essa mãe sinta a frustração de não ter sido médica
e por isso queira que o filho siga a profissão. Talvez o pai, que é dentista, queira que
todos os filhos sejam dentistas para clinicar juntos. Pode até ser boa a intenção, mas
o espaço de sonhar é individual. Cada um precisa ter o direito de sonhar o próprio
sonho. Ser individual não significa ser individualista.” E a educação se dá em todas
as idades e de múltiplas formas.
Eis a família e sua difícil tarefa. A convivência diária pode ser desgastante. É
preciso criatividade. A convivência diária pode ser penosa. É preciso amor.
Pais precisam ser bons exemplos para seus filhos, pois são espelhos, e a
imagem que refletem é exatamente aquilo que seu filho aprenderá como diz um
antigo ditado “um exemplo vale mais que mil palavras”.
Uma criança tem grande capacidade para aprender muito mais com a
observação do que com as palavras. EINSTEIN apud MARTINELLI (1996, p. 51)
afirma que:
A mais importante busca humana é esforçar-se pela moralidade em nossa ação. Nosso equilíbrio interno, inclusive da existência, depende disso. Somente a moralidade em nossas ações pode dar beleza e dignidade à vida. Fazer disso uma força viva e trazê-la para a consciência é talvez a tarefa principal da educação.
O exemplo é o melhor ensinamento: deve-se, pois ensinar as crianças o que
é um ser humano e como nos tornamos SERES HUMANOS, na plenitude, e na
inteireza da palavra. (NAOURI, 2004).
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Ser “humano” é possuir essência divina e a perda desses valores, é, o que
traz o caos ao mundo. Quando o ser humano adquire o conhecimento enriquece
também o espírito, se tornando um novo ser, transformado e pronto para atuar nesse
mundo em constante transformação. Assim neste sentido educacional TEIXEIRA,
apud DEWEY (1978, p. 17) afirma que a educação consiste em:
Educar-se é crescer, não já no sentido puramente fisiológico, mas no sentido espiritual, no sentido humano, no sentido de uma vida cada vez mais larga, mas rica e mais bela, em um mundo cada vez mais adaptado, mais propício, mais benfazejo para o homem.
Educar para os valores é convidar alguém a acreditar naquilo que
apreciamos, como, por exemplo, respeitar o próximo. Não há valor que se sustente
sem bons exemplos. Não adianta os pais defenderem que a criança não pode agir
como se ela fosse o centro do mundo se eles mesmos o fazem todos os dias.
Não é exemplo de família aquele em que o filho assiste à mãe pegar na feira 14 laranjas e não 12, e pagar uma dúzia. Não é exemplo de família aquele em que o filho é testemunha involuntária dos desentendimentos entre os pais; ou aquele em que os pais, frustrados com a própria infância e adolescência, projetam na prole toda a energia negativa, agressiva e cruel. Não é exemplo de família aquele em que o pai chega embriagado, em que a mãe foge da responsabilidade... (CHALITA, 2001 p. 20).
Nesta mesma linha de pensamento de CHALITA (2001), os pais que ainda
ensinam para nunca trapacear ou tomar proveito das pessoas, agindo como
egoístas; mas numa fila de banco, dá um péssimo exemplo, passa na frente de
todos, inclusive, de mulheres grávidas e pessoas idosas, dizendo: _ é rapidinho, “só
vou fazer uma pergunta!”, mas trapaceia e paga sua conta primeiro.
Alguns questionamentos a cerca desse assunto, se faz necessário; os pais
contribuem para formação de valores em seus filhos? Os pais tem sido exemplo na
formação do caráter? Na escola faltam limites? Os alunos compreendem o que são
valores? A convivência em casa reflete no seu desenvolvimento na escola? Os
professores têm transmitido além de conhecimentos, também valores humanos? A
escola, a família e a sociedade têm contribuído positivamente para a formação de
valores nos alunos?
Embora exista bom grau de concordância a respeito do ensino de valores à
criança e suas conseqüências na vida adulta, observa-se que tal fato ocorre
superficialmente na prática, e não com o necessário vigor a tal formação. Ou seja,
vários dos que concordam sobre a importância do ensino de valores e da moral no
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desenvolvimento da pessoa parecem não empreender essa tarefa com a dedicação
que lhe é devida.
Gabriel Chalita (2001), nos fala do afeto, da importância da família, o papel
dos pais na vida dos filhos de uma forma maravilhosa, escolhendo palavras e
expressando sentimentos verdadeiros em relação à convivência familiar
esclarecendo outro ponto importante.
A alfabetização, segundo CHALITA (2001), tem de ser acompanhada pela
família. Os primeiros escritos, o incentivo à leitura, os brinquedos pedagógicos. É
melhor dar à criança um jogo de habilidades do que uma arma de plástico. É melhor
um programa educativo do que uma novela, desde que o pai e a mãe assistam
juntos. Não adianta trancar a criança com a babá no quarto para ver canal educativo
enquanto papai e mamãe assistem à novela. Vai parecer castigo. O que é bom, o
que é gostoso ela não pode fazer - só os adultos. Talvez seja melhor deixar que
os filhos vejam a novela, pelo menos estão perto dos pais. A presença é
fundamental. Nada substitui esse carinho.
A mãe que pega na mão do filho, com o maior carinho, mas com a
responsabilidade de quem precisa mostrar os limites, segundo CHALITA (2001), faz
com que ele recolha os brinquedos que esparramou pela casa. O "cheirinho", o
cobertor se arrastando pelo chão para deitar no meio dos pais. A vontade de ficar de
mãos dadas com o papai ou a mamãe...
O conforto não é mais importante do que a presença, o afeto. Aqueles pais que não entendem por que os filhos são rebeldes e reclamam afirmando que lhes deram tudo - viagens, melhores escolas, cursos, roupas de boas marcas, festas -, não lhes deram o essencial: atenção, carinho, amor. Então não deram nada. Quantos casais não mandam seus filhos para paraísos de férias com empregados ou amigos? Que ótimo poder viajar, mas que maravilhoso seria ter a companhia do pai e da mãe. O dinheiro não faz tudo. (CHALITA, 2001 p. 27-28).
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4.0 A FORMAÇÃO DE VALORES NA SOCIEDADE
Os valores da sociedade moderna têm mudando com o passar do tempo. E
mudado muito. De um modo geral, a sociedade hoje valoriza muito mais o “ter” do
que o “ser”. Os valores morais têm se transformado em valores materiais. Você é o
que você pode comprar. Esta ideologia fomenta muitos preconceitos em nossa
sociedade.
Jean-Jacques Rousseau, filósofo, sociólogo e pedagogo francês (1712-
1778), citado por CHALITA (2001), acreditava na idéia de que o homem nasce bom,
a sociedade o corrompe. Para ele o homem bom é aquele que se encontra no
estágio primitivo, que não foi contaminado pela "civilização". Mas não se pode voltar
o tempo atrás, mas é preciso melhorar a sociedade.
É tão desnecessário, é tanta bobagem o medo de não acompanhar o
sucesso e de possuir as coisas. Que acabamos permitindo que as coisas nos
possuam. A humanidade segundo Gabriel Chalita (2001), perdeu o essencial. E
perder o essencial faz um mal enorme à alma humana, e a quem quer ser feliz.
E é assim que as crianças têm sido criadas, dando maior valor às coisas que
às pessoas. E o caráter se forma não pela sociedade ao todo em si, mas pelas
conversas e convivências no “pequeno grupo”, amizades, família etc.
Ela é ensinada que descolado é quem usa roupas de marca, chique é ter
celular, Tablet e que mais legal é aquele amigo que possui brinquedos eletrônicos
movidos por controle remoto.
Estar na moda é poder comprar os lançamentos dos “melhores” brinquedos
anunciados nas propagandas da TV.
Super bacana é poder dizer que o pai possui um “carrão” melhor que o pai
do colega, ou como costumam dizer: _ minha casa é maior e melhor, tenho os
melhores brinquedos, eu sou rico e você é pobre.
Rousseau, conforme descreve Gabriel Chalita (2001, p.19), “o homem
primitivo, era bom, amava as pessoas, não tinha ambição, pois não possuía nada,
ou pelo menos não possuía o sentimento de posse e nem competição.”
Tornamo-nos tão competitivos, que podemos estar bem, porém basta saber
que outra pessoa possui mais que a gente para ficarmos insatisfeitos e queremos
mais. Estamos nos tornando a sociedade dos competitivos.
Cada dia se torna mais assustador andar pelas ruas, as crianças quando
estão em bandos não respeitam a faixa de pedestres, invadem lojas mexendo em
tudo. Se forem advertidos por adultos reagem negativamente. Nos restaurantes, em
alguns almoços de família, parece mais um campo de batalha, ou os pais ignoram o
que fazem os filhos, ou gritam o tempo todo. Nos supermercados então, outro show,
os filhos gritam, esperneiam e conseguem o querem dos pais. Deixam bem claro
que esses valores são construídos na vida familiar, na convivência humana, e na
escola, nos movimentos e organizações.
Tendo analisado as informações concluo que o limite é necessário, para não
dizer essencial, pois é ele que estrutura a convivência em sociedade, onde se dá a
noção do perigo, onde começa e terminam as coisas. O “por favor” é quase mágico,
abre muitos caminhos e possibilidades. O “obrigado” ganha simpatia. Mas deve ser
acompanhadas de exemplos sempre positivos, pois só palavras, não bastam.
Tratando ainda dessa questão, o “não” que os pais dizem sem muito refletir,
num primeiro momento deixa a criança indignada porque ela simplesmente quer.
Então a criança insiste, e os pais acabam cedendo porque o “não” foi produzido mais
pelo vício proporcionando “conforto” para os pais do que por um motivo realmente
importante. Essa criança vai perceber que basta chorar para conseguir o que deseja.
Assim mais tarde ela fica conhecida como uma criança desobediente e os pais não
se darão conta de que eles mesmos a ensinaram a não dar importância a um pedido
ou a um limite explícito.
Essa ideia nos faz pensar que de nada adianta os pais ensinarem a criança
a pedir “por favor” quando necessita de algo, se os pais não fizerem o mesmo. Ou a
dizer “obrigado”, se não reconhecem as gentilezas dos filhos, e às vezes ainda
dizem que eles não fizeram mais que a obrigação.
Podemos acreditar portanto pelas várias contribuições dos escritores
citados, que são inúmeras, as oportunidades que os pais têm para mostrar a
importância de desenvolver e cultivar valores como respeito, generosidade, gratidão,
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responsabilidade, solidariedade. Mas infelizmente a maioria nem percebe as
chances que perdem de ensinar seus filhos.
Bem apresentado nessa história de CHALITA (2001, p. 28-29):
PEDIDOS DE UMA CRIANÇA
- Não tenham medo de ser firmes comigo. Prefiro assim. Isso faz com que eu me sinta mais seguro.
- Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que peço. Só estou experimentando vocês.
- Não deixem que eu- adquira maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.
- Não me corrijam com raiva nem o façam na presença de estranhos. Aprendo muito mais se falarem com calma e em particular.
- Não me protejam das conseqüências dos meus erros. Às vezes, eu preso aprender pelo caminho mais áspero.
- Não levem muito a sério as minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.
- Não sejam irritantes ao me corrigir; se assim fizerem, eu provavelmente farei o contrário do que pedem.
- Não façam promessas que não poderão cumprir, lembrem-se de que isso me deixará profundamente desapontado.
- Não ponham muito à prova a minha honestidade. Sou facilmente tentado a dizer mentiras.
- Não me mostrem Deus carrancudo e vingativo; isso me afastará Dele.
- Não desconversem quando faço perguntas, senão procurarei na rua as respostas que não tive em casa.
- Não me mostrem pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei muito chocado quando descobrir nelas algum erro.
- Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.
- Não digam que meus termos são bobos, mas ajudem-me a compreendê-los.
- Não me tratem como pessoa sem personalidade. Lembrem-se de que tenho meu próprio jeito de ser.
- Não me apontem continuamente os defeitos das pessoas que me cercam. Isso criará em mim um espírito intolerante.
- Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo. Não queiram me ensinar tudo.
- Nunca desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro vocês verão em mim um fruto daquilo que plantaram.
Muito obrigado, papai, mamãe, por tudo o que fizeram
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5. A VIRTUDE
CHALITA (2001, p.86-87), ainda apresenta para nós as idéias de Nicolau
Maquiavel, filósofo italiano do Renascimento, que escreveu obras magistrais sobre o
poder, sobre as dificuldades para chegar ao poder e nele se manter. Polêmico, foi
muito mal interpretado pela história. "[...] mas há um aspecto de sua filosofia que
salta aos olhos e é bastante elucidativo para a compreensão do ser humano. Para o
filósofo, a natureza humana estava calcada em dois elementos: a fortuna e a tirtü."
A fortuna é a sorte, a ocasião, as circunstâncias. Não há como negar que boa parte do sucesso ou do fracasso possa advir da sorte. O indivíduo pode estar no local certo, no momento certo e, de repente, ser agraciado pelo destino. Segundo Maquiavel, não há controle sobre as circunstâncias que se apresentam na vida e não é possível permanecer aguardando a boa sorte. E se ela não vier?
O outro elemento, a virtú, é a excelência das qualidades humanas, a coragem, a determinação, a garra, que faz com que não se espere as coisas acontecerem, mas que se tenha uma antevisão dos acontecimentos. A virtú é uma qualidade indispensável a quem deseja o poder, não o poder que leva a uma posição de comando na sociedade. Trata-se do poder sobre si mesmo, o poder das conquistas pessoais, no plano do amor filial, paternal ou conjugal, o poder das conquistas profissionais, obtido com estudos e dedicação. A virtú é a ação humana.
Conforme declara CHALITA (2001, p.118) a tolerância com a corrupção
alheia também é sintoma de falta de ética. A garantia do futuro ou da vida não se dá
apenas com o dinheiro, dá-se com a dignidade, a tranqüilidade de não ter feito mal a
outrem e de poder olhar para os filhos, para os pais ou para os amigos sem baixar
os olhos, pois se está com a consciência em paz.
Eis o princípio básico da construção da cidadania: educar para a convivência
pacífica, harmônica, feliz.
Educar para o respeito, para a troca de experiências, para o exemplo no
trato com o outro e consigo mesmo.
Educar para que todas as vicissitudes sejam enfrentadas com
galhardia.
Essa responsabilidade não é apenas da escola, é de toda a sociedade, a
começar pela família, primeiro espaço de convivência em que os pais se tornam
modelos, mitos, exemplos.
Depois dos pais, os professores, cuja atitude pode influenciar e moldar.
Também os clubes, as igrejas, as associações podem contribuir para formar uma
pessoa responsável e engajada nos inteesses da comunidade.
É preciso considerar que o cidadão precisa amar sua cidade. Cidade em
sentido amplo, cidade que pode ser país.
Não se compreende o ensino que não incentive o respeito e a defesa da
nação. Boa parte dos brasileiros despreza tudo que é nacional, como se nossa arte,
cultura, história fossem inferiores às de outros povos ou como se fôssemos os
únicos a ter problemas de corrupção, de violência ou de desigualdade social. Nada
contra os estrangeiros nem contra a arte importada, mas há muito a se valorizar
neste país, o que o brasileiro só conseguirá fazer; quando conhecer sua história e
sua cultura. Criticar faz parte do exercício da cidadania, mas a crítica construtiva.
A construção de uma nova sociedade passa pela construção de uma nova família. Se o Estado não consegue organizar melhor suas instituições, se a educação continua na marginalidade dos projetos políticos, a única alternativa é a família.
A família tem a responsabilidade de formar o caráter, de educar para os desafios da vida, de perpetuar valores éticos e morais. Os filhos se espelhando nos pais e os pais desenvolvendo a cumplicidade com os filhos. (CHALITA, 2001 p. 14)
A virtude é uma dúvida muita antiga. Sócrates já havia formulado uma
pergunta semelhante – “A virtude pode ser ensinada?
Para MARTÍN (2010, p. 20),
não é claro que as virtudes possam ser ensinadas, pelo menos não da mesma maneira que matemática, geografia, desenho ou línguas, [...] não é possível que alguém adquira virtudes e valores por meio das explicações que são oferecidas pelos adultos, nem por meio de memorização dessas explicações.
O autor afirma que o importante é ensinar a viver, “e ensinar a viver não é
transmitir saberes, e sim um “saber fazer”.
Ensinar a viver não transmite apenas um “saber fazer”, mas também a
estima e a paixão por ele. Não se aprende a viver sem sentir o domínio das
capacidades e das virtudes morais como algo particular e importante. Em resumo
segundo MARTÍN (2010, p. 20),
saber transmitir esse “saber fazer” faz toda a diferença. Um professor pouco querido pode chegar a transmitir conhecimentos de modo correto, mas dificilmente conseguirá transmitir valores, pois o vinculo afetivo entre
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professor e aluno é imprescindível para influenciar o aprendizado da maneira de viver.
Não desistir nunca, amar muito, ser exemplo sempre, é a chave para abrir as
portar dos corações das crianças rumo à uma vida bela de conquistas valorosas e
virtuosas.
Baseado nas consideração e informações dos pesadores citados nesse
artigo, faz-se mister pensarmos que a grande cartada da educação em valores é a fé
e a persistência. Plantar sementes hoje; aguá-las, adubá-las e deixar que o tempo
se encarregue de fazer germinar e formar uma enorme e frondosa árvore de folhas
verdes e brilhantes, de sombra agradável e aconchegante, de tronco forte e
resistente. Flores perfumadas nas estações certas e que produza frutos doces e
suculentos. Assim também será a criança que receber orientação, ensinamentos,
amor e bons exemplos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que valores humanos precisam ser ensinados e praticados todos
os dias, por grandes e pequenos, e que escola e família, que praticam sua
metodologia com base nos valores humanos em sua educação, tem a capacidade
de formar cidadãos de bem, de bom caráter, preparados para o que o mundo vier a
exigir deles, ou seja, serão pessoas de sucesso nesta sociedade cada dia mais
exigente e competitiva.
Considera-se então a família e a escola como berço acolhedor, quando
auxilia a criança: a ser ela mesma, reconhecer o outro, facilitar o diálogo, trabalhar
em equipe, fazer refletir sobre suas atitudes, que o mundo pode ser melhor, porque
nossos gestos são bons, que o mundo pode ser melhor porque nos tornamos
pessoas melhores, que cada um deve fazer a sua parte, e se assim pensarmos e
praticarmos o mundo será melhor. Para que esses valores sejam despertados, é
imprescindível, que haja continuidade dessas práticas, envolvendo professores, pais
e comunidade em geral. Juntos terão formado um mundo melhor para se viver.
Conclui-se que a base está no afeto, este que diminui a desigualdade social,
que aproxima os seres humanos.
O aluno precisa do humano para abraçar, beijar, sorrir junto, amar. Criança
precisa de bons exemplos. Precisa do amor dos pais. Pais precisam de orientação,
paciência e disposição para serem melhores pais.
O mundo necessita de pessoas de bem para mantê-lo em ordem, esse papel
cabe a família e a escola. Ambas devem assumir essa responsabilidade com alegria
e caminhar na mesma direção, despertando valores humanos, espirituais e morais
para formar uma sociedade com pessoas sadias que darão assim continuidade a
uma vida plena e feliz.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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